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Direito Processual do Trabalho – Analista Judiciário TRT 12

Teoria e exercícios comentados


Prof. Eduardo Campos – Aula 05

AULA 05 – Dos recursos trabalhistas. Do


processo eletrônico na Justiça do Trabalho.

SUMÁRIO
1. DOS RECURSOS TRABALHISTAS 1
1.1. Teoria Geral dos Recursos 1
1.2. Do Recurso Ordinário (RO) 9
1.3. Do Recurso de Revista (RR) 11
1.4. Do Agravo de Instrumento (AI) 13
1.5. Do Agravo de Petição (AP) 14
1.6. Dos Embargos no TST 15
1.7. Dos Embargos de Declaração (ED) 17
1.8. Do Recurso Adesivo 17
2. DO PROCESSO ELETRÔNICO NO PROCESSO DO 18
TRABALHO
3. QUESTÕES DE CONCURSO 25

Olá, meus queridos alunos!


Estamos na nossa 5ª (quinta) aula. Hoje nossa aula é muito importante,
por isso preste bastante atenção e depois treine com nossos exercícios
comentados.

1. DOS RECURSOS TRABALHISTAS

1.1. Teoria Geral dos Recursos

Recurso, na linguagem processual, é o ato pelo qual a parte tenta rever


uma decisão. O Juízo ou o Tribunal de origem (do qual emanou a decisão
recorrida) é chamado de Juízo ou Tribunal a quo, ao passo que o Tribunal de
destino é chamado de Tribunal ad quem.

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Trata-se de uma oportunidade de tentar mudar total ou parcialmente
uma sentença ou uma decisão interlocutória. Sentença, nós já estudamos, e já
sabemos o que é. Decisões interlocutórias são todas as decisões do Juiz
anteriores à sentença.
No processo trabalhista, existem os seguintes recursos: recurso
ordinário, recurso de revista, agravo de instrumento, agravo de petição,
embargos de declaração, agravo regimental, embargos no TST e recurso
extraordinário.
Não iremos estudar profundamente o recurso extraordinário, que é
matéria de direito processual civil e direito constitucional. Aplica-se ao
processo do trabalho, segundo o princípio da subsidiariedade. O prazo é de 15
dias, o Tribunal competente é o STF e destina-se a analisar matérias
eminentemente constitucionais.
Quanto ao agravo regimental, também não iremos nos alongar. É cabível
no prazo, na forma e nos casos previstos no regimento interno de cada
tribunal, por isso só será cobrado de você caso o edital preveja.
Os recursos trabalhistas possuem características em comum, que
passaremos a estudar agora:

# Juízo de Admissibilidade: tanto o Juízo a quo quanto o Juízo ad


quem devem proferir um “juízo de admissibilidade”, que consiste em conhecer
(receber, aceitar) ou não do recurso. É isso mesmo, diz-se que se “conhece do
recurso”. As hipóteses gerais de não conhecimento são intempestividade (fora
do prazo), deserção (falta de preparo) e ilegitimidade de representação.

Na realidade, essas “hipóteses gerais” são doutrinariamente conhecidas


como pressupostos recursais de admissibilidade.
Eles se dividem em pressupostos intrínsecos e extrínsecos. Os
pressupostos intrínsecos são os que dizem respeito às partes, aos sujeitos, ao
juízo, tudo que é interno ao recurso. São exemplos a legitimidade para
recorrer, o interesse para recorrer, a capacidade das partes, etc. Já os
extrínsecos se remetem a requisisos externos ao recurso, tais como a

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tempestividade e o preparo (recolhimento das custas e do depósito recursal,
como estudaremos mais adiante).

Um pressuposto intrínseco interessante a ser observado nos recursos


para o TST (recurso de revista, embargos ou recursos ordinários de sentenças
originárias dos TRT’s) é fato de o recorrente (aquele que entra com recurso)
ter de atacar os fundamentos da decisão recorrida, sob pena de não
conhecimento. É o que diz a Súmula 422 do TST:

“RECURSO. APELO QUE NÃO ATACA OS FUNDAMENTOS DA


DECISÃO RECORRIDA. NÃO CONHECIMENTO. ART. 514, II, do CPC
(conversão da Orientação Jurisprudencial nº 90 da SBDI-2) - Res.
137/2005, DJ 22, 23 e 24.08.2005
Não se conhece de recurso para o TST, pela ausência do requisito de
admissibilidade inscrito no art. 514, II, do CPC, quando as razões do
recorrente não impugnam os fundamentos da decisão recorrida, nos termos
em que fora proposta.”

E anote ainda essa recente Súmula do TST (434) sobre a tempestividade


dos recursos cabíveis de acórdãos (os julgados dos tribunais):

“RECURSO. INTERPOSIÇÃO ANTES DA PUBLICAÇÃO DO ACÓRDÃO


IMPUGNADO. EXTEMPORANEIDADE. (Conversão da Orientação
Jurisprudencial nº 357 da SBDI-1 e inserção do item II à redação) -
Res. 177/2012, DEJT divulgado em 13, 14 e 15.02.2012
I) É extemporâneo recurso interposto antes de publicado o
acórdão impugnado.(ex-OJ nº 357 da SBDI-1 – inserida em 14.03.2008)
II) A interrupção do prazo recursal em razão da interposição de embargos de
declaração pela parte adversa não acarreta qualquer prejuízo àquele que
apresentou seu recurso tempestivamente.”

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# Unirrecorribilidade: cada tipo de decisão comporta um e somente
um tipo de recurso, o que significa dizer que os recursos são sempre
sucessivos. Exemplo: da decisão que nega seguimento ao recurso ordinário
cabe apenas agravo de instrumento.

# Fungibilidade: a não ser na hipótese de erro grosseiro da parte, um


recurso pode ser recebido como se fosse outro. Fungibilidade significa “troca,
permuta, substitutividade”. Exemplo: a parte interpõe embargos de declaração
requerendo efeito modificativo da decisão que nega seguimento a recurso
ordinário, os embargos são convertidos em agravo de instrumento, recurso
adequado à hipótese.

Atenção com a súmula 424, item II, do TST, que diz o seguinte:

“EMBARGOS DECLARATÓRIOS CONTRA DECISÃO MONOCRÁTICA


DO RELATOR CALCADA NO ART. 557 DO CPC. CABIMENTO (conversão
da Orientação Jurisprudencial nº 74 da SBDI-2) - Res. 137/2005, DJ
22, 23 e 24.08.2005
I - Tendo a decisão monocrática de provimento ou denegação de
recurso, prevista no art. 557 do CPC, conteúdo decisório definitivo e conclusivo
da lide, comporta ser esclarecida pela via dos embargos de declaração, em
decisão aclaratória, também monocrática, quando se pretende tão-somente
suprir omissão e não, modificação do julgado.
II - Postulando o embargante efeito modificativo, os embargos
declaratórios deverão ser submetidos ao pronunciamento do Colegiado,
convertidos em agravo, em face dos princípios da fungibilidade e celeridade
processual.”

# Irrecorribilidade das decisões interlocutórias: em geral, no


processo do trabalho, diferentemente do processo civil, as decisões

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interlocutórias (a exemplo da decisão que manda o empregador reintegrar o
empregado, por ser estável), são irrecorríveis, isto é, não comportam recurso.
O TST, na Súmula 214, cobradíssima em provas, prevê três exceções a
esta regra:
a) decisão suscetível a recurso para o mesmo tribunal – é o caso de
agravo regimental.
b) decisão que acolhe exceção de incompetência territorial, com a
remessa dos autos para Tribunal Regional distinto daquele a que se vincula o
juízo excepcionado – é o caso de recurso ordinário.
c) decisão de TRT em desconformidade a Súmula ou OJ do TST – é caso
de recurso ordinário (se for ação originária do próprio Tribunal, como no caso
de ação rescisória) ou é caso de recurso de revista (no caso de ação com
origem em uma Vara do Trabalho).
Professor, no caso da regra geral, como a parte deve fazer para tentar
modificar uma decisão interlocutória? Nesse caso, a medida cabível é o
mandado de segurança. Não é recurso, é mandado de segurança.

# Unicidade de prazo: no processo do trabalho, os recurso têm prazo


de 8 (oito) dias, exceto recurso extraordinário (15 dias) e embargos de
declaração (5 dias).
As contrarrazões (resposta da outra parte) são aceitas em igual prazo,
intimando-se o recorrido após ser recebido o recurso.
Atenção: as pessoas jurídicas de direito público têm prazo em
dobro para recorrer!

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# Transcendência ou prejuízo: somente a parte sucumbente ou o
Ministério Público, na condição de custus legis (fiscal da lei), podem recorrer.

# Efeito meramente devolutivo: via de regra, os recursos trabalhistas


têm efeito meramente devolutivo, isto é, simplesmente devolvem a matéria
recorrida ao Tribunal de destino, sem efeito suspensivo. Isso significa que, a
princípio, as decisões podem ser executadas provisoriamente, salvo se a parte
consiga o tal “efeito suspensivo” (que suspende a execução provisória).
Para que a parte consiga efeito suspensivo, há de ser ajuizada uma ação
cautelar, junto ao Tribunal ad quem (Súmula 414, do TST).
Existe apenas um caso em que o Tribunal ad quem pode, de ofício,
conceder efeito suspensivo ao recurso. É o caso de recurso ordinário para o
TST em decisão de dissídio coletivo, em que o Presidente do TST pode
suspender os efeitos da decisão até o julgamento final do recurso.

Atenção com a Súmula 393 do TST:

“RECURSO ORDINÁRIO. EFEITO DEVOLUTIVO EM


PROFUNDIDADE. ART. 515, § 1º, DO CPC (redação alterada pelo
Tribunal Pleno na sessão realizada em 16.11.2010) - Res. 169/2010,
DEJT divulgado em 19, 22 e 23.11.2010
O efeito devolutivo em profundidade do recurso ordinário, que se extrai
do § 1º do art. 515 do CPC, transfere ao Tribunal a apreciação dos
fundamentos da inicial ou da defesa, não examinados pela sentença, ainda que
não renovados em contrarrazões. Não se aplica, todavia, ao caso de pedido
não apreciado na sentença, salvo a hipótese contida no § 3º do art. 515 do
CPC.”

Professor, o que é efeito devolutivo em profundidade?


Vamos explicar o que diz a súmula acima. O “efeito devolutivo em
profundidade” permite o juízo ad quem apreciar fundamentos da petição inicial
ou da defesa não examinados pela sentença (atenção, a Súmula diz

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fundamentos). Vamos a um exemplo. O reclamante postula estabilidade por
dois motivos (fundamentos): pelo fato de ser integrante da CIPA e pelo fato de
ter sofrido acidente de trabalho. A sentença não aprecia o fato de ser
integrante da CIPA e rejeita o pedido de estabilidade com base no acidente de
trabalho. Se o reclamante recorrer, o Tribunal deverá analisar os dois
fundamentos. Cuidado, a súmula não fala em efeito devolutivo em
profundidade em relação a pedidos. Exemplo: se o reclamante pede a
devolução de valores descontados a título de danos materiais causados ao
empregador e a sentença não aprecia esse pedido (a sentença é omissa), o
Tribunal só poderá apreciar esse pedido no recurso caso o reclamante tenha
entrado com embargos de declaração para sanar a omissão na sentença,
justamente porque o efeito devolutivo em profundidade não permite a
apreciação de pedidos sem manifestação prévia do juízo a quo. A única
exceção é a hipótese contida no § 3º do art. 515 do CPC. Um caso: a sentença
extingue um pedido relativo a um direito previsto em regulamento de empresa
sem resolução de mérito por falta de interesse de agir. Se na análise do
recurso do reclamante o Tribunal afasta essa decisão de extinção sem
resolução do mérito, ele pode entrar no mérito do pedido se tratar de questão
exclusivamente de direito e estiver em condições de imediato julgamento, com
prevê no § 3º do art. 515 do CPC, sem a necessidade de retornar o processo
ao juízo a quo para que este o aprecie antes.

# Necessidade do preparo: no prazo do recurso, a parte recorrente


deve realizar o preparo, isto é, o pagamento das custas do processo (já
estudamos) e o recolhimento do depósito recursal, repito, dentro do prazo do
recurso, sob pena de o recurso ser declarado “deserto” e não ser conhecido
(recebido).
Atenção: existe uma exceção – no agravo de instrumento, o depósito
recursal deve ser recolhido no ato da interposição do recurso (art. 899, §
7º da CLT)

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Recolher o depósito recursal significa realizar um depósito, na conta
vinculada do FGTS do trabalhador, valor que será levantado pela parte
vencedora após o trânsito em julgado da decisão.
São isentos do recolhimento do depósito recursal as mesmas pessoas
isentas do pagamento de custas.
O valor teto (máximo) do depósito recursal é fixado todo ano pelo
Tribunal Superior do Trabalho, sempre no mês de agosto.
A parte deverá depositar o valor da condenação (fixado na sentença),
mas sempre respeitando o valor máximo fixado pelo TST.
A CLT, nos parágrafos do artigo 899, fala em “dez vezes o valor do
salário mínimo”. Esqueça isso. O que vale, para fins de depósito recursal, é
observar quanto o juiz fixou como valor da condenação e quanto é o limite do
TST.
Lembre-se ainda do seguinte: para cada recurso, é necessário um
depósito recursal, até que se atinja o valor da condenação.
Nossa, professor, quanta informação! Não tem um exemplo prático para
elucidar tudo isso? Tem sim, vamos lá.
Hoje, junho de 2013, o valor máximo de depósito recursal fixado pelo
TST é R$ 6.598,21 para recurso ordinário e R$ 13.196,42 para recurso de
revista, embargos, recurso extraordinário e recurso em ação rescisória.
Vamos supor que o Juiz condenou uma empresa ao pagamento de
verbas trabalhistas no valor de R$ 10.000,00. Qual seria o valor das custas e
do depósito recursal para recurso ordinário e depois para recurso de revista?
As custas calculam-se em 2%, então seria R$ 200,00.
Já o depósito recursal é calculado da seguinte maneira. Primeira coisa,
qual o valor da condenação? R$10.000,00. É maior ou menor que o valor
fixado pelo TST (R$ 6.598,21)? Maior. Logo, a parte deposita o valor fixado
pelo TST, R$ 6.598,21. E para recurso de revista? Do valor da condenação,
ainda restam quanto? R$ 3.401,79. É maior ou menor que o valor fixado pelo
TST (R$ 13.196,42)? Menor. Então, a parte deposita o valor restante da
condenação, R$ 3.401,79.

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Outro exemplo. O Juiz condenou a parte ao pagamento de R$ 1.000,00.
Qual o valor do depósito recursal para recurso ordinário?
Vamos lá. O valor da condenação é maior ou menor que o valor teto
fixado pelo TST? Menor. Então, a parte deposita somente os R$ 1.000,00.
Ficou claro? Espero que sim! Isso pode ser cobrado de você na prova...
Apenas os valores atualizados pelo TST é que você não precisa decorar, o
enunciado costuma de fornecer ou simular um outro valor.

Cuidado: para as sentenças meramente declaratórias, isto é, sem


condenação em pecúnia, não é necessário realizar o depósito recursal!

Fique esperto ainda com as regrinhas que o TST estipulou sobre as guias
de depósito recursal em 2011, por meio da Súmula 426:

“DEPÓSITO RECURSAL. UTILIZAÇÃO DA GUIA GFIP.


OBRIGATORIEDADE (editada em decorrência do julgamento do
processo TST-IUJEEDRR 91700-09.2006.5.18.0006) - Res. 174/2011,
DEJT divulgado em 27, 30 e 31.05.2011
Nos dissídios individuais o depósito recursal será efetivado mediante a
utilização da Guia de Recolhimento do FGTS e Informações à Previdência Social
– GFIP, nos termos dos §§ 4º e 5º do art. 899 da CLT, admitido o depósito
judicial, realizado na sede do juízo e à disposição deste, na hipótese de relação
de trabalho não submetida ao regime do FGTS.”

Explicando: se for relação de trabalho submetida ao regime de FGTS (a


maioria), tem que ser na conta vinculada do empregado, por meio de guia
GFIP. Nos demais (e raríssimos casos), aceita-se o depósito judicial comum.

1.2. Do Recurso Ordinário (RO)

Recurso Ordinário é o recurso cabível das sentenças (definitivas – com


resolução de mérito – e terminativas – sem resolução de mérito) dos Juízes do

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Trabalho ou das decisões de ações originárias dos TRT, seja em dissídios
individuais, seja em dissídios coletivos).
É o chamado “primeiro recurso”, na sucessividade deles. É o mais
comum, e de maior número nos Tribunais Regionais, pois é o meio pelo qual a
parte perdedora tenta rever a sentença.
O RO é interposto no Juízo ou Tribunal a quo, onde é recebido ou não (o
ato de receber ou não o recurso é chamado de “juízo de admissibilidade), para
ser analisado pelo Juízo ad quem.
No geral, o RO é apreciado por três desembargadores (um relator, que é
quem analisa o processo e dá seu parecer, dando ou não provimento ao
recurso, e dois votantes). Antigamente, havia a figura do revisor, que hoje só
existe para dissídios coletivos, conforme o regimento interno de cada Tribunal.

Existe certa peculiaridade do RO nas demandas sujeitas ao procedimento


sumaríssimo, que é provavelmente o que será cobrado de você na prova:

# Será imediatamente distribuído, podendo inclusive o Tribunal designar


uma Turma de desembargadores específica para julgar esses RO’s;
# O relator deverá liberá-lo em até 10 (dez) dias para julgamento;
# Terá parecer oral do representante do Ministério Público presente à
sessão de julgamento, se este entender necessário o parecer, com registro na
certidão;
# Se a sentença for confirmada (mantida) pelos próprios fundamentos, a
certidão de julgamento, registrando tal circunstância, servirá de acórdão.
Explico. Acórdão é a decisão do Tribunal a respeito do caso. No caso de
procedimento sumaríssimo, a própria certidão (resumo) de julgamento servirá
de acórdão, não sendo necessário expor as razões do desembargador relator,

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caso este opte por manter a sentença “pelos próprios fundamentos” lançados
pelo Juiz a quo.

1.3. Do Recurso de Revista (RR)

O Recurso de Revista é o recurso cabível das decisões emanadas em


recursos ordinários e agravos de petição, sendo admitido somente nos
dissídios individuais. Não existe RR em dissídio coletivo. Não cabe, também,
RR em acórdão que julga agravo de instrumento (Súmula 218 do TST).
O RR é interposto no TRT, sendo remetido, caso conhecido (recebido), ao
TST, para apreciação.
Porém, não é qualquer matéria que pode ser enviada ao TST. As
questões fáticas (análise de provas) não são sujeitas ao exame do TST via RR.
Somente questões jurídicas, envolvendo entendimento acerca de temas ou
artigos de lei, são levadas aos Ministros do TST via recurso de revista.
A CLT prevê as duas hipóteses de cabimento de RR. Vamos a elas:

a) quando a decisão der ao mesmo dispositivo* interpretação diversa da


que lhe houver dado outro Tribunal Regional, ou a Seção de Dissídios
Individuais do Tribunal Superior do Trabalho, ou a Súmula do TST; (a isso
damos o nome de divergência jurisprudencial).

*O dispositivo pode ser de lei federal, lei estadual, Convenção Coletiva


de Trabalho, Acordo Coletivo, sentença normativa, ou ainda regulamento
empresarial de observância obrigatória em área territorial que exceda a
jurisdição do Tribunal Regional prolator da decisão recorrida.

b) quando a decisão violar literalmente lei federal ou a Constituição


Federal.

Algumas observações pertinentes e que gostam de aparecer em prova,


acerca do RR:

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1) Só caberá recurso de revista em decisão de agravo de petição


(recurso cabível em execuções), inclusive em decisões de embargos de
terceiro, na hipótese de ofensa direta e literal de norma da Constituição
Federal.
2) A divergência apta a ensejar o Recurso de Revista deve ser atual, não
se considerando como tal a ultrapassada por súmula, ou superada por iterativa
(repetitiva) e notória jurisprudência do Tribunal Superior do Trabalho.

Atenção: O TST, por meio da Súmula nº 337, com recente redação de


2012, estabelece algumas regras para a comprovação da divergência
jurisprudencial. Negritei as partes mais importantes que costumam cair em
prova.
Súmula 337. I - Para comprovação da divergência justificadora do
recurso, é necessário que o recorrente:
a) Junte certidão ou cópia autenticada do acórdão paradigma ou cite a
fonte oficial ou o repositório autorizado em que foi publicado; e
b) Transcreva, nas razões recursais, as ementas e/ou trechos dos
acórdãos trazidos à configuração do dissídio, demonstrando o conflito de teses
que justifique o conhecimento do recurso, ainda que os acórdãos já se
encontrem nos autos ou venham a ser juntados com o recurso.
II - A concessão de registro de publicação como repositório autorizado de
jurisprudência do TST torna válidas todas as suas edições anteriores.
III – A mera indicação da data de publicação, em fonte oficial, de
aresto paradigma é inválida para comprovação de divergência jurisprudencial,
nos termos do item I, “a”, desta súmula, quando a parte pretende demonstrar
o conflito de teses mediante a transcrição de trechos que integram a
fundamentação do acórdão divergente, uma vez que só se publicam o
dispositivo e a ementa dos acórdãos;
IV - É válida para a comprovação da divergência jurisprudencial
justificadora do recurso a indicação de aresto extraído de repositório oficial na
internet, desde que o recorrente:

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a) transcreva o trecho divergente;
b) aponte o sítio de onde foi extraído; e
c) decline o número do processo, o órgão prolator do acórdão e a data da
respectiva publicação no Diário Eletrônico da Justiça do Trabalho.

Continuando as observações sobre o RR:

3) O RR não será conhecido caso a decisão recorrida esteja em


conformidade com Súmula do TST.
4) Os Tribunais Regionais procederão, obrigatoriamente, a uma
uniformização de sua jurisprudência, isto é, formular Súmulas próprias a
respeito de certos temas. Porém, estas Súmulas não podem servir de
fundamento para RR, caso estejam em desconformidade com Súmula do TST.
5) Nas causas sujeitas ao procedimento sumaríssimo, somente será
admitido recurso de revista por contrariedade a súmula do Tribunal Superior
do Trabalho ou violação direta da Constituição da República. Não cabe RR
em rito sumaríssimo alegando contrariedade de Orientação Jurisprudencial
(Súmula 442 do TST).
6) O Tribunal Superior do Trabalho, no recurso de revista, examinará
previamente se a causa oferece transcendência com relação aos reflexos gerais
de natureza econômica, política, social ou jurídica. (a isso dá-se o nome de
repercussão geral do recurso de revista)

1.4. Do Agravo de Instrumento (AI)

Agravo de Instrumento é o recurso cabível da decisão que não recebe


(não conhece) e portanto não dá seguimento a recurso ordinário, recurso de
revista, agravo de petição ou a embargos no TST.
O AI será julgado pelo Tribunal que seria competente para julgar o
recurso cuja interposição foi denegada (o AI é interposto diretamente no Juízo
ou Tribunal ad quem).

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O agravado será intimado para oferecer resposta ao agravo e ao recurso
principal (isso mesmo, já oferece contrarrazões também ao recurso não
recebido). Caso seja dado provimento ao AI, o Tribunal já procede à análise do
recurso ao qual foi negado seguimento.
Para interpor AI, o agravante deve, além de colacionar (juntar) as peças
necessárias e as que julgar importantes, realizar um depósito recursal no
valor de 50% do valor do depósito recursal do recurso cujo
seguimento foi negado.
Exemplo: Se foi negado seguimento a um RO, cujo depósito recursal foi
de R$ 6.000,00, para entrar com o agravo a parte deverá fazer novo depósito,
no ato da interposição do agravo, no valor de R$ 3.000,00 (isto, é claro, se
ainda não tiver sido alcançado o valor da condenação, conforme estudamos).
Nossa, muita informação, né? Mas o que provavelmente irá ser cobrado
de você é o que a CLT elenca como peças obrigatórias para a interposição do
Agravo de Instrumento: cópias da decisão agravada, da certidão da respectiva
intimação, das procurações outorgadas aos advogados do agravante e do
agravado, da petição inicial, da contestação, e da decisão originária.
Só preciso ressaltar o seguinte: apesar de estar previsto isso na CLT, os
Tribunais que já possuem o processo digital (eletrônico) já possuem portarias
no sentido de que essas peças então “obrigatórias” são desnecessárias, já que
o acesso é livre de qualquer computador...

Atenção ainda: O agravo de instrumento interposto contra o despacho


que não receber agravo de petição não suspende a execução da sentença.

1.5. Do Agravo de Petição (AP)

O Agravo de Petição é o recurso cabível das decisões (inclusive de


embargos de terceiro) proferidas em execuções trabalhistas.
O AP é interposto no Juízo a quo, com destino ao Juízo ad quem. Porém,
se a execução for de ação originária do TRT, o próprio TRT julga o AP. Isso
mesmo, parece estranho, mas não existe AP no com trâmite no TST!

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O que costuma aparecer em provas é que o agravo de petição só será
recebido quando o agravante delimitar, justificadamente, as matérias e os
valores impugnados da execução, ficando desde logo permitida a execução
imediata da parte da parte não impugnada até o final, e não só até a penhora.
Isso quer dizer que os valores não impugnados pelo agravante, no AP,
são considerados como incontroversos na execução, podendo haver inclusive
hasta pública de bens penhorados.
Outra informação relevante: a garantia do juízo é pressuposto de
admissibilidade do agravo de petição!!! Claro que isso só vale quando o AP é
interposto pelo devedor, pelo credor não.

1.6. Dos Embargos no TST

Os embargos no TST são o recurso cabível de decisões de recursos em


trâmite no TST.
Podem ser de dois tipos: infringentes e divergentes.
Os embargos infringentes ou “de infringência” são os interpostos em
decisões não unânimes que conciliarem, julgarem ou homologarem conciliação
em dissídios coletivos que excedam a competência territorial dos Tribunais
Regionais do Trabalho e estender ou rever as sentenças normativas do
Tribunal Superior do Trabalho. São apreciados pela SDC (Seção de Dissídios
Coletivos) do TST.
Já os embargos divergentes ou “de divergência” são os interpostos em
decisões de Turmas do TST, em recurso de revista de dissídios individuais, que
divergirem de outra Turma, ou das decisões proferidas pela Seção de Dissídios
Individuais, salvo se a decisão recorrida estiver em consonância com súmula
ou orientação jurisprudencial do Tribunal Superior do Trabalho ou do Supremo
Tribunal Federal. São apreciados pela SDI (Seção de Dissídios Individuais).
Vamos explicar melhor.
Os dissídios individuais começam nas Varas do Trabalho, já vimos. Sua
sentença comporta recurso ordinário para o TRT. A decisão de recurso
ordinário do TRT comporta recurso de revista para o TST, onde será julgado

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por uma Turma de Ministros. Se a decisão do RR daquela Turma divergir do
entendimento de outra Turma do TST, caberá embargos ao TST.
Já os dissídios coletivos (assunto da aula 06) têm origem no próprio TRT.
Da decisão, cabe recurso ordinário para o TST. Se a decisão do RO não for
unânime, cabem Embargos no TST.
Os Embargos no TST, assim como o RR, não se destinam à análise de
provas e fatos, devendo o recorrente comprovar a divergência jurisprudencial
que embasa seu recurso.

Atenção: tanto para interposição de Embargos no TST, como para


interposição de Recurso de Revista, é preciso que a matéria esteja
prequestionada, isto é, tenha havido manifestação expressa do Tribunal a
quo, acerca de seu entendimento jurisprudencial. Caso não tenha havido o
manifestação expressa, o recorrente deverá interpor embargos de declaração
antes, para suprir a omissão, ficando considerada prequestionada a matéria
caso o Tribunal a quo continue a se omitir.

Atenção (2): A Súmula 353, do TST, ensina que não cabem embargos
para a Seção de Dissídios Individuais de decisão de Turma proferida em

agravo, salvo:
a) da decisão que não conhece de agravo de instrumento ou de agravo
pela ausência de pressupostos extrínsecos;
b) da decisão que nega provimento a agravo contra decisão monocrática
do Relator, em que se proclamou a ausência de pressupostos extrínsecos de
agravo de instrumento;
c) para revisão dos pressupostos extrínsecos de admissibilidade do
recurso de revista, cuja ausência haja sido declarada originariamente pela
Turma no julgamento do agravo;
d) para impugnar o conhecimento de agravo de instrumento;
e) para impugnar a imposição de multas previstas no art. 538, parágrafo
único, do CPC, ou no art. 557, § 2º, do CPC.

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f) contra decisão de Turma proferida em agravo em recurso de revista,
nos termos do art. 894, II, da CLT..

Atenção (3) – Novíssima Súmula do TST – nº 433 (2012) – Admissão de


embargos na fase de execução: A admissibilidade do recurso de embargos
contra acórdão de Turma em Recurso de Revista em fase de execução,
publicado na vigência da Lei nº 11.496, de 26.06.2007, condiciona-se à
demonstração de divergência jurisprudencial entre Turmas ou destas e
a Seção Especializada em Dissídios Individuais do Tribunal Superior do
Trabalho em relação à interpretação de dispositivo constitucional.

1.7. Dos Embargos de Declaração (ED)

Os Embargos de Declaração são o recurso cabível para sanar vícios de


omissão, obscuridade (confusão) ou contradição de decisão interlocutória,
sentença ou acórdão, bem como para corrigir manifesto equívoco no exame
dos pressupostos extrínsecos do recurso.
É um recurso atípico, pois tem prazo de 5 (cinco) dias e é julgado
(apreciado) pelo próprio Juízo ou Tribunal que prolatou a decisão.
A interposição de ED interrompe o prazo para interposição de outros
recursos, como já vimos quando falamos de prazos.
O julgamento dos ED ocorrerá na primeira sessão do Tribunal após a sua
interposição.
Por fim, é interessante lembrar que os ED admitem efeito modificativo
(isto é, modificam a sentença) apenas no caso de suprimento de omissão ou
contradição e de manifesto equívoco no exame dos pressupostos extrínsecos
do recurso (juízo de admissibilidade).

1.8. Do Recurso Adesivo

Ué, professor, este não estava no rol de recursos do começo da aula...

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Não estava mesmo, porque é especial. A CLT não prevê, mas o TST
(Súmula 283) permite expressamente a aplicabilidade das normas do CPC a
respeito, no processo do trabalho.
O recurso adesivo é o recurso admitido no prazo de contrarrazões. É o
recurso do recorrido, se se pode assim dizer.
Havendo sucumbência recíproca, isto é, as duas partes perderam em
parte, ambas as partes podem recorrer. Mas se só uma recorre, a outra pode
apresentar recurso adesivo, no prazo para contrarrazões. É uma segunda
chance para a parte que se olvidou em recorrer.
O recurso adesivo é sempre da mesma espécie do principal, e segue
sempre a sorte deste. Isso significa que se quem recorreu primeiro desiste do
recurso, o recurso adesivo é extinto. Ainda, se o recurso principal não é
conhecido, o recurso adesivo também não.
Admite-se o recurso adesivo para o recurso ordinário, recurso de revista,
agravo de petição e embargos no TST.
A Súmula 283, do TST, ainda estabelece que o recurso adesivo não
precisa versar sobre a mesma matéria do principal.

2. DO PROCESSO ELETRÔNICO NA JUSTIÇA DO TRABALHO

O edital da prova do Rio de Janeiro (TRT 1ª Região) cobrou noções sobre


a informatização no processo do trabalho, ou seja, sobre o processo eletrônico,
realidade vivida em quase todo o país, especialmente na Justiça do Trabalho.
Então resolvi colocar aqui nesse curso também algumas dicas sobre as
normas que regulamentam o processo eletrônico.
Eu sei que no seu edital não aparece este tema, mas caso você se
interesse, dê uma lida, pois pode servir até para sua vida profissional como
servidor público do TRT!

Primeiramente, vamos à Resolução nº 140/2007, do Tribunal Superior do


Trabalho.

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Essa Resolução regulamenta, no âmbito da Justiça do Trabalho, a Lei n°
11.419, de 19 de dezembro de 2006, que dispõe sobre a informatização do
processo judicial.
São diretrizes principais previstas na Resolução de 2007 (você tem que
saber):
 Os Tribunais Regionais do Trabalho disponibilizarão em suas
dependências e nas Varas do Trabalho, para os usuários dos serviços de
peticionamento eletrônico que necessitarem, equipamentos de acesso à
rede mundial de computadores e de digitalização do processo, para a
distribuição de peças processuais.
 No âmbito da Justiça do Trabalho, o envio de petições, de recursos e a
prática de atos processuais em geral por meio eletrônico serão admitidos
mediante uso de assinatura eletrônica.
 Ao credenciado será atribuído registro e meio de acesso ao sistema, de
modo a preservar o sigilo (mediante criptografia de senha), a
identificação e a autenticidade de suas comunicações.
 A prática de atos processuais por meio eletrônico pelas partes,
advogados e peritos será feita, na Justiça do Trabalho, através do
Sistema Integrado de Protocolização e Fluxo de Documentos Eletrônicos
(e-DOC). Muita atenção aqui: o Sistema e-DOC está sendo
paulatinamente substituído pelo PJE (Processo Judicial Eletrônico), em
todos os TRTs, cuja regulamentação é justamente o objeto da Resolução
94/2012, do CSJT.
 As petições, acompanhadas ou não de anexos, apenas serão aceitas em
formato PDF (Portable Document Format), no tamanho máximo, por
operação, de 2 Megabytes.
 O envio da petição por intermédio do e-DOC dispensa a apresentação
posterior dos originais ou de fotocópias autenticadas, inclusive aqueles
destinados à comprovação de pressupostos de admissibilidade do
recurso.
 Deverão os Tribunais informar, nos respectivos sítios, os períodos em
que, eventualmente, o sistema esteve indisponível.

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 Consideram-se realizados os atos processuais por meio eletrônico no dia
e hora do seu recebimento pelo sistema do e-DOC.
 Quando a petição eletrônica for enviada para atender prazo processual,
serão consideradas tempestivas as transmitidas até as 24 (vinte e
quatro) horas do seu último dia.
 Não serão considerados, para efeito de tempestividade, o horário da
conexão do usuário à Internet, o horário do acesso ao sítio do Tribunal,
tampouco os horários consignados nos equipamentos do remetente e da
unidade destinatária, mas o de recebimento no órgão da Justiça do
Trabalho.
 A publicação eletrônica no DJT (Diário da Justiça do Trabalho Eletrônico)
substitui qualquer outro meio e publicação oficial, para quaisquer efeitos
legais, à exceção dos casos que, por lei, exigem intimação ou vista
pessoal.
 Considera-se como data da publicação o primeiro dia útil seguinte ao da
disponibilização da informação no DJT. Os prazos processuais terão início
no primeiro dia útil que seguir ao considerado como data da publicação.
 Considerar-se-á realizada a intimação no dia em que o intimando efetivar
a consulta eletrônica ao teor da intimação, certificando-se nos autos a
sua realização.
 A consulta referida deverá ser feita em até 10 (dez) dias corridos
contados da data do envio da intimação, sob pena de considerar-se a
intimação automaticamente realizada na data do término desse prazo.
 As intimações feitas na forma deste artigo, inclusive da Fazenda Pública,
serão consideradas pessoais para todos os efeitos legais.
 Observadas as formas e as cautelas deste artigo, as citações, inclusive
da Fazenda Pública, poderão ser feitas por meio eletrônico, desde que a
íntegra dos autos seja acessível ao citando.
 As cartas precatórias, rogatórias e de ordem, no âmbito da Justiça do
Trabalho, serão transmitidas exclusivamente de forma eletrônica,
através do Sistema de Carta Eletrônica (CE) já referido, com dispensa da
remessa física de documentos.

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 Os documentos produzidos eletronicamente e juntados aos processos
eletrônicos com garantia da origem e de seu signatário, na forma
estabelecida nesta Instrução Normativa, serão considerados originais
para todos os efeitos legais.
 A argüição de falsidade do documento original será processada
eletronicamente na forma da lei processual em vigor. Os originais dos
documentos digitalizados deverão ser preservados pelo seu detentor até
o trânsito em julgado da sentença ou, quando admitida, até o final do
prazo para interposição de ação rescisória.
 Os documentos cuja digitalização seja tecnicamente inviável devido ao
grande volume ou por motivo de ilegibilidade deverão ser apresentados
ao cartório ou secretaria no prazo de 10 (dez) dias contados do envio de
petição eletrônica comunicando o fato, os quais serão devolvidos à parte
após o trânsito em julgado.
 O magistrado poderá determinar que sejam realizados por meio
eletrônico a exibição e o envio de dados e de documentos necessários à
instrução do processo.
Pois bem, como já dissemos, em 2012, o CSJT editou a Resolução nº 94,
instaurando o Processo Judicial Eletrônico – PJE, cuja intenção foi nacionalizar
e padronizar o processo eletrônico na Justiça do Trabalho, substituindo pouco a
pouco o então utilizado e-DOC.
São as principais diretrizes desta Resolução do CSJT que você deve saber
para a prova:
 A partir da implantação do PJe-JT em unidade judiciária, o recebimento
de petição inicial ou de prosseguimento, relativas aos processos que nele
tramitam, somente pode ocorrer no meio eletrônico próprio do sistema,
sendo vedada a utilização do e-DOC ou qualquer outro sistema de
peticionamento eletrônico.
 O PJE foi instituído considerando a internet como instrumento de
celeridade e qualidade da prestação jurisdicional.
 Os atos processuais, também exercidos via assinatura eletrônica
(também chamada assinatura digital), terão registro, visualização,

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tramitação e controle exclusivamente em meio eletrônico e serão
assinados digitalmente, contendo elementos que permitam identificar o
usuário responsável pela sua prática.
 O usuário é responsável pela exatidão das informações prestadas,
quando de seu credenciamento, assim como pela guarda, sigilo e
utilização da assinatura eletrônica, não sendo oponível, em qualquer
hipótese, alegação de uso indevido.
 As manutenções programadas do sistema serão sempre informadas com
antecedência e realizadas, preferencialmente, no período das 00h dos
sábados às 22h do domingo, ou no horário entre 00h e 06h nos demais
dias da semana.
 Os prazos que se vencerem no dia da ocorrência de indisponibilidade
serão prorrogados para o dia útil seguinte à retomada de funcionamento,
quando:
I - a indisponibilidade for superior a 60 minutos, ininterruptos ou não, se
ocorrida entre 06h00 e 23h00; e
II - ocorrer indisponibilidade entre 23h00 e 24h00.
 As indisponibilidades ocorridas entre 00h00 e 06h00 dos dias de
expediente forense e as ocorridas em feriados e finais de semana, a
qualquer hora, não produzirão o efeito do item anterior.
 Aos prazos fixados em hora (exemplo, citar para pagar em 48h) não se
aplica a regra prevista acima, e serão prorrogados na mesma proporção
das indisponibilidades ocorridas no intervalo entre 06h00 e 23h00.
 O sistema receberá arquivos com tamanho máximo de 1,5 megabytes e
apenas nos seguintes formatos: arquivos de texto, no formato PDF
(portable document format), com resolução máxima de 300 dpi e
formatação A4; arquivos de áudio, no formato MPEG-1 ou MP3 (Moving
Picture Experts Group); arquivos de áudio e vídeo (AV), no formato
MPEG-4 (Moving Picture Experts Group); arquivos de imagem, no
formato JPEG (Joint Photographic Expertes Group), com resolução
máxima de 300 dpi.

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 A parte ou o advogado poderá juntar quantos arquivos se fizerem
necessários à ampla e integral defesa de seus interesses, desde que cada
um desses arquivos observe o limite de tamanho máximo fixado no
caput deste artigo.
 Os documentos produzidos eletronicamente, os extratos digitais e os
documentos digitalizados e juntados aos autos pelos órgãos da Justiça do
Trabalho e seus auxiliares, pelos membros do Ministério Público, pelas
procuradorias e por advogados públicos e privados têm a mesma força
probante dos originais, ressalvada a alegação motivada e fundamentada
de adulteração.
 Incumbirá à parte zelar pela qualidade dos documentos juntados por
qualquer meio, especialmente quanto à sua legibilidade, para o que se
recomenda não utilizar papel reciclado, em virtude de dificultar a
respectiva visualização posterior.
 Os originais dos documentos digitalizados deverão ser preservados pelo
seu detentor até o trânsito em julgado da sentença ou, quando admitida,
até o final do prazo para propositura de ação rescisória.
 A arguição de falsidade do documento original será processada
eletronicamente na forma da lei processual em vigor.
 Os documentos cuja digitalização mostre-se tecnicamente inviável devido
ao grande volume ou por motivo de ilegibilidade deverão ser
apresentados em secretaria no prazo de 10 (dez) dias contados do envio
de petição eletrônica comunicando o fato. Após o trânsito em julgado, os
referidos documentos serão devolvidos, incumbindo-se à parte preservá-
los, até o final do prazo para propositura de ação rescisória, quando
admitida.
 No caso de petição inicial, o sistema fornecerá, imediatamente após o
envio, juntamente com a comprovação de recebimento, informações
sobre o número atribuído ao processo, o Órgão Julgador para o qual foi
distribuída a ação e, se for o caso, a data da audiência inicial, designada
automaticamente e da qual será o autor imediatamente intimado.

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 Os advogados devidamente credenciados deverão encaminhar
eletronicamente as contestações e documentos, antes da realização da
audiência, sem prescindir de sua presença àquele ato processual. Fica
facultada, porém, a apresentação de defesa oral, pelo tempo de até 20
minutos, conforme o disposto no art. 847 da CLT.
 A suspensão dos prazos processuais não impedirá o encaminhamento de
petições e a movimentação de processos eletrônicos, podendo a
apreciação dos pedidos decorrentes desses prazos ocorrer, a critério do
juiz, após o término do prazo de suspensão, ressalvados os casos de
urgência.
 Os atos processuais praticados por usuários externos considerar-se-ão
realizados na data e horário do seu recebimento no PJe-JT. Não serão
considerados, para fins de tempestividade, o horário inicial de conexão
do usuário à internet, o horário de acesso do usuário ao sítio eletrônico
do Tribunal ou ao PJe-JT, tampouco os horários registrados pelos
equipamentos do remetente. A não obtenção de acesso ao PJe-JT e
eventual defeito de transmissão ou recepção de dados não-imputáveis à
indisponibilidade ou impossibilidade técnica do sistema não servirão de
escusa para o descumprimento de prazo processual.
 A partir da implantação do PJe na segunda instância das Regiões da
Justiça do Trabalho, será dispensada a formação de autos suplementares
em casos como de agravos de instrumento, precatórios, agravos
regimentais e execução provisória.
 A partir da vigência da presente Resolução é vedada a instalação de
novas Varas do Trabalho sem a concomitante implantação do Processo
Judicial Eletrônico da Justiça do Trabalho – PJe-JT.

Com esse breve resumo, creio que vocês conseguem resolver questões
sobre a informatização do Processo do Trabalho. Se tiverem tempo, leiam as
Resoluções na íntegra. Caso contrário, confiem nas minhas dicas!!

Bons estudos!

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3. QUESTÕES DE CONCURSO

QUESTÃO 01 (TRT 20ª – 2006) De acordo com a Consolidação das Leis do


Trabalho, das decisões do Juiz nas execuções caberá

(A) embargos, no prazo de 10 dias.


(B) embargos, no prazo de 8 dias.
(C) agravo de Petição, no prazo de 8 dias.
(D) agravo de Petição, no prazo de 10 dias.
(E) recurso Ordinário, no prazo de 8 dias.

QUESTÃO 02 (TRT 23ª – 2007) Das decisões definitivas das Varas do Trabalho
pode ser interposto para a instância superior

(A) recurso extraordinário e de revista.


(B) recurso ordinário.
(C) recurso de revista.
(D) agravo de petição.
(E) agravo de instrumento.

QUESTÃO 03 (TRT 18ª – 2008) De acordo com a Consolidação das Leis do


Trabalho, em regra, nas reclamações sujeitas ao procedimento sumaríssimo, o
recurso ordinário

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(A) será distribuído de imediato ao Procurador do Trabalho designado, que terá
o prazo de dez dias para encaminhá-lo ao relator, com a emissão de parecer
escrito.
(B) será distribuído de imediato ao relator designado, que deverá encaminhá-
lo para o revisor no prazo máximo de 15 dias contados da distribuição.
(C) terá parecer escrito do representante do Ministério Público, que deverá
apresentá-lo no prazo máximo de dez dias contados do recebimento do
processo.
(D) será distribuído de imediato ao relator designado, que deverá liberá-lo
para pauta de julgamento no máximo em 30 dias contados da distribuição.
(E) terá acórdão consistente unicamente na certidão de julgamento, com a
indicação suficiente do processo e parte dispositiva, e das razões de decidir do
voto prevalente.

QUESTÃO 04 (TRT 18ª – 2008) De acordo com a Consolidação das Leis do


Trabalho, em regra, da decisão interlocutória proferida por magistrado em
exceção de suspeição

(A) caberá recurso ordinário para o Tribunal Regional do Trabalho competente


no prazo de oito dias.
(B) não caberá recurso, cabendo exame apenas no recurso que couber da
decisão final.
(C) caberá recurso ordinário para o Tribunal Superior do Trabalho no prazo de
oito dias.
(D) caberá agravo de instrumento para o Tribunal Regional do Trabalho
competente no prazo de dez dias.
(E) caberá recurso ordinário para o Tribunal Regional do Trabalho competente
no prazo de dez dias.

QUESTÃO 05 (TRT 2ª – 2008) A respeito dos recursos em matéria trabalhista,


é INCORRETO afirmar:

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(A) Cabe agravo de instrumento contra decisão que negar seguimento a
recurso ordinário.
(B) Cabe agravo de petição contra a sentença que homologa o cálculo em
execução de sentença, desacolhendo parcialmente impugnação do reclamado.
(C) Cabe agravo regimental para o Tribunal Pleno do TST das decisões
proferidas pelo Corregedor do TST.
(D) Pode o reclamante interpor recurso ordinário contra a decisão que
homologa acordo entre as partes.
(E) Os embargos de declaração são cabíveis para impugnar sentença ou
acórdão quando ocorrer omissão, obscuridade ou contradição.

QUESTÃO 06 (TRT 7ª – 2009) Observe as assertivas abaixo a respeito dos


Embargos de Declaração.

I. Os Embargos de Declaração serão opostos quando existir contradição ou


omissão na sentença ou acórdão.
II. O prazo para interposição dos Embargos de Declaração da sentença é de
dez dias.
III. A interposição dos Embargos de Declaração interrompe o prazo para
qualquer recurso.
IV. Os Embargos de Declaração são processados e julgados pelo próprio juízo
prolator da decisão embargada e, quando opostos em face de acórdão de TRT,
devem ser dirigidos ao juiz relator.
V. O prazo para a interposição para Embargos de Declaração de acórdão é de
três dias.

É correto o que se afirma APENAS em:

(A) I, III e IV.


(B) II e V.
(C) I, II e III.
(D) I, II, III e V.

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(E) III e IV.

QUESTÃO 07 (TRT 7ª – 2009) Das decisões definitivas dos Tribunais Regionais


de Trabalho em processos de sua competência originária, é cabível

(A) Agravo Regimental, no prazo de dez dias.


(B) Agravo Regimental, no prazo de oito dias.
(C) Agravo de Instrumento, no prazo de oito dias.
(D) Recurso Ordinário, no prazo de oito dias.
(E) Recurso Ordinário, no prazo de dez dias.

QUESTÃO 08 (TRT 7ª – 2009) Considere as assertivas abaixo a respeito do


Agravo de Instrumento.

I. Caberá Agravo de Instrumento, dentre outras hipóteses, contra decisão que


denegar seguimento a Recurso Ordinário.
II. O Agravo de Instrumento será julgado pelo Tribunal que seria competente
para conhecer o recurso cuja interposição foi denegada.
III. O Agravo de Instrumento interposto contra o despacho que não receber
Agravo de Petição, suspende a execução da sentença.
IV. O prazo para interposição de Agravo de Instrumento é de oito dias.

É correto o que se afirma em:

(A) III e IV, apenas.


(B) I, II e IV, apenas.
(C) I, II e III, apenas.
(D) I, II, III e IV.
(E) I e III, apenas.

QUESTÃO 09 (TST 2012) No processo do trabalho, considerando as normas


específicas e a jurisprudência sumulada do TST é correto afirmar:

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(A) Nas causas da jurisdição da Justiça do Trabalho, as exceções serão


alegadas como matéria de defesa, não havendo suspensão do feito, ainda que
se trate de exceções de suspeição ou incompetência.
(B) Havendo pedido expresso de que as intimações e publicações sejam
realizadas exclusivamente em nome de determinado advogado, a comunicação
em nome de outro profissional constituído nos autos é válida, diante do
princípio do jus postulandi.
(C) A nulidade não será declarada senão mediante provocação das partes,
devendo ser pronunciada ainda que for arguida por quem lhe tiver dado causa.
(D) Haverá nulidade por julgamento extra petita da decisão que deferir salário
quando o pedido for de reintegração, ante a falta de previsão legal.
(E) Na Justiça do Trabalho as decisões interlocutórias não ensejam recurso
imediato, salvo nas hipóteses de decisão que acolhe exceção de incompetência
territorial, com a remessa dos autos para Tribunal Regional distinto daquele a
que se vincula o juízo excepcionado.

QUESTÃO 10 (TST 2012) - Em matéria recursal, conforme previsão contida na


Consolidação das Leis do Trabalho, é correto afirmar:

(A) Cabe recurso ordinário, no prazo de 8 dias, das decisões definitivas ou


terminativas das Varas; sendo que em relação aos Tribunais Regionais, em
processos de sua competência originária, somente cabe o recurso das decisões
definitivas em dissídios individuais, e das decisões definitivas ou terminativas
em dissídios coletivos.
(B) No Tribunal Superior do Trabalho cabem embargos, no prazo de 8 dias, de
decisão unânime de julgamento que estender ou rever as sentenças
normativas do Tribunal Superior do Trabalho, nos casos previstos em lei.
(C) Das decisões proferidas pelos Tribunais Regionais do Trabalho ou por suas
Turmas, em execução de sentença, inclusive em processo incidente de
embargos de terceiro, não caberá Recurso de Revista, salvo na hipótese de
ofensa direta e literal de norma da Constituição Federal.

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(D) Cabe Recurso de Revista para Turma do Tribunal Superior do Trabalho das
decisões proferidas em grau de recurso ordinário, em dissídio individual, pelos
Tribunais Regionais do Trabalho, quando proferidas com violação literal de
disposição de lei municipal, estadual e federal ou afronta direta e literal à
Constituição Federal.
(E) O agravo de instrumento interposto, no prazo de 8 dias, contra o despacho
que não receber agravo de petição suspende a execução da sentença até o seu
julgamento final.

QUESTÃO 11 (TRT 1ª 2012) Sobre os recursos no Processo do Trabalho,


conforme previsão legal é correto afirmar:

(A) O Agravo de Instrumento é o recurso cabível para questionar as decisões


interlocutórias, devendo ser interposto no prazo de 8 (oito) dias.
(B) No Tribunal Superior do Trabalho cabem Embargos, no prazo de 8 (oito)
dias das decisões das Turmas que divergirem entre si, ou das decisões
proferidas pela Seção de Dissídios Individuais, ainda que a decisão recorrida
esteja em consonância com súmula ou orientação jurisprudencial do próprio
TST.
(C) Cabe Recurso Ordinário para a instância superior das decisões definitivas
ou terminativas dos Tribunais Regionais, em processos de sua competência
originária, no prazo de 15 (quinze) dias, quer nos dissídios individuais, quer
nos dissídios coletivos.
(D) O Recurso de Revista, interposto em 10 (dez) dias, dotado dos efeitos
suspensivo e devolutivo, será apresentado ao Presidente do Tribunal recorrido,
que poderá recebê-lo ou denegá-lo, fundamentando, em qualquer caso, a
decisão.
(E) O Agravo de Petição só será recebido quando o agravante delimitar,
justificadamente, as matérias e os valores impugnados, permitida a execução
imediata da parte remanescente até o final, nos próprios autos ou por carta de
sentença.

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QUESTÃO 12 (TRT 1ª 2012) A Consolidação das Leis do Trabalho prevê os
recursos admissíveis em relação às decisões no processo do trabalho. Os
prazos previstos em lei para os recursos ordinários, embargos no TST, agravo
de instrumento, agravo de petição, embargos de declaração são,
respectivamente,

(A) 08 dias, 10 dias, 08 dias, 05 dias e 10 dias.


(B) 08 dias, 05 dias, 48 horas, 05 dias e 05 dias.
(C) 08 dias, 08 dias, 08 dias, 08 dias e 05 dias.
(D) 10 dias, 05 dias, 48 horas, 08 dias e 05 dias.
(E) 05 dias, 08 dias, 48 horas, 08 dias e 08 dias.

GABARITO

01 – C
02 – B
03 – E
04 – B
05 – D
06 – A
07 – D
08 – B
09 – E
10 – C
11 – E
12 – C

COMENTÁRIOS SOBRE AS QUESTÕES:

Erros estarão em vermelho e acertos em azul.

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QUESTÃO 01 (TRT 20ª – 2006) De acordo com a Consolidação das Leis do


Trabalho, das decisões do Juiz nas execuções caberá

(A) embargos, no prazo de 10 dias.


(B) embargos, no prazo de 8 dias.
(C) agravo de Petição, no prazo de 8 dias.
(D) agravo de Petição, no prazo de 10 dias.
(E) recurso Ordinário, no prazo de 8 dias.

O recurso cabível nas decisões proferidas na fase de execução é


sempre o agravo de petição, no prazo de 8 dias. Essa foi fácil!

QUESTÃO 02 (TRT 23ª – 2007) Das decisões definitivas das Varas do


Trabalho pode ser interposto para a instância superior

(A) recurso extraordinário e de revista.


(B) recurso ordinário.
(C) recurso de revista.
(D) agravo de petição.
(E) agravo de instrumento.

Das decisões definitivas (sentenças) dos Juízes do Trabalho


caberá sempre RO. Essa foi bem tranqüila.

QUESTÃO 03 (TRT 18ª – 2008) De acordo com a Consolidação das Leis do


Trabalho, em regra, nas reclamações sujeitas ao procedimento
sumaríssimo, o recurso ordinário

(A) será distribuído de imediato ao Procurador do Trabalho designado, que


terá o prazo de dez dias para encaminhá-lo ao relator, com a emissão de
parecer escrito.

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(B) será distribuído de imediato ao relator designado, que deverá encaminhá-
lo para o revisor no prazo máximo de 15 dias contados da distribuição.
(C) terá parecer escrito do representante do Ministério Público, que deverá
apresentá-lo no prazo máximo de dez dias contados do recebimento do
processo.
(D) será distribuído de imediato ao relator designado, que deverá liberá-lo
para pauta de julgamento no máximo em 30 dias contados da distribuição.
(E) terá acórdão consistente unicamente na certidão de julgamento,
com a indicação suficiente do processo e parte dispositiva, e das
razões de decidir do voto prevalente.

Alternativa E corretíssima. As demais contém erros em vermelho,


vide aula. Questão de decorebinha, mas que insiste em aparecer nas
provas...

QUESTÃO 04 (TRT 18ª – 2008) De acordo com a Consolidação das Leis do


Trabalho, em regra, da decisão interlocutória proferida por magistrado em
exceção de suspeição

(A) caberá recurso ordinário para o Tribunal Regional do Trabalho competente


no prazo de oito dias.
(B) não caberá recurso, cabendo exame apenas no recurso que couber
da decisão final. (princípio da irrecorribilidade das decisões
interlocutórias)
(C) caberá recurso ordinário para o Tribunal Superior do Trabalho no prazo de
oito dias.
(D) caberá agravo de instrumento para o Tribunal Regional do Trabalho
competente no prazo de dez dias.
(E) caberá recurso ordinário para o Tribunal Regional do Trabalho competente
no prazo de dez dias.

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QUESTÃO 05 (TRT 2ª – 2008) A respeito dos recursos em matéria trabalhista,
é INCORRETO afirmar:

(A) Cabe agravo de instrumento contra decisão que negar seguimento a


recurso ordinário.
(B) Cabe agravo de petição contra a sentença que homologa o cálculo em
execução de sentença, desacolhendo parcialmente impugnação do
reclamado.
(C) Cabe agravo regimental para o Tribunal Pleno do TST das decisões
proferidas pelo Corregedor do TST.
(D) Pode o reclamante interpor recurso ordinário contra a decisão que
homologa acordo entre as partes. Esta decisão é irrecorrível, passível
apenas de ação rescisória!
(E) Os embargos de declaração são cabíveis para impugnar sentença ou
acórdão quando ocorrer omissão, obscuridade ou contradição.

QUESTÃO 06 (TRT 7ª – 2009) Observe as assertivas abaixo a respeito dos


Embargos de Declaração.

I. Os Embargos de Declaração serão opostos quando existir


contradição ou omissão na sentença ou acórdão.
II. O prazo para interposição dos Embargos de Declaração da sentença é de
dez dias. (são 5 dias)
III. A interposição dos Embargos de Declaração interrompe o prazo
para qualquer recurso.
IV. Os Embargos de Declaração são processados e julgados pelo
próprio juízo prolator da decisão embargada e, quando opostos em
face de acórdão de TRT, devem ser dirigidos ao juiz relator.
V. O prazo para a interposição para Embargos de Declaração de acórdão é de
três dias. (São 5 dias)

É correto o que se afirma APENAS em:

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(A) I, III e IV.


(B) II e V.
(C) I, II e III.
(D) I, II, III e V.
(E) III e IV.

Atenção aqui: muita gente pode ter pensado que o item I estaria
incompleto, mas nem por isso estaria errado. Se o item falasse em
“somente quando existir....”, aí sim, haveria o erro. Do contrário, está
certo.

QUESTÃO 07 (TRT 7ª – 2009) Das decisões definitivas dos Tribunais


Regionais de Trabalho em processos de sua competência originária, é
cabível

(A) Agravo Regimental, no prazo de dez dias.


(B) Agravo Regimental, no prazo de oito dias.
(C) Agravo de Instrumento, no prazo de oito dias.
(D) Recurso Ordinário, no prazo de oito dias. (vide aula)
(E) Recurso Ordinário, no prazo de dez dias.

QUESTÃO 08 (TRT 7ª – 2009) Considere as assertivas abaixo a respeito do


Agravo de Instrumento.

I. Caberá Agravo de Instrumento, dentre outras hipóteses, contra decisão


que denegar seguimento a Recurso Ordinário.
II. O Agravo de Instrumento será julgado pelo Tribunal que seria
competente para conhecer o recurso cuja interposição foi denegada.
III. O Agravo de Instrumento interposto contra o despacho que não receber
Agravo de Petição, suspende a execução da sentença.
IV. O prazo para interposição de Agravo de Instrumento é de oito dias.

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É correto o que se afirma em:

(A) III e IV, apenas.


(B) I, II e IV, apenas.
(C) I, II e III, apenas.
(D) I, II, III e IV.
(E) I e III, apenas.

QUESTÃO 09 (TST 2012) No processo do trabalho, considerando as normas


específicas e a jurisprudência sumulada do TST é correto afirmar:

(A) Nas causas da jurisdição da Justiça do Trabalho, as exceções serão


alegadas como matéria de defesa, não havendo suspensão do feito, ainda que
se trate de exceções de suspeição ou incompetência. (reveja a Aula 03)
(B) Havendo pedido expresso de que as intimações e publicações sejam
realizadas exclusivamente em nome de determinado advogado, a comunicação
em nome de outro profissional constituído nos autos é válida, diante do
princípio do jus postulandi. (errado – veja Súmula 427 do TST: “Havendo
pedido expresso de que as intimações e publicações sejam realizadas
exclusivamente em nome de determinado advogado, a comunicação
em nome de outro profissional constituído nos autos é nula, salvo se
constatada a inexistência de prejuízo.”
(C) A nulidade não será declarada senão mediante provocação das partes,
devendo ser pronunciada ainda que for arguida por quem lhe tiver dado causa.
(reveja aula 02)
(D) Haverá nulidade por julgamento extra petita da decisão que deferir salário
quando o pedido for de reintegração, ante a falta de previsão legal. (questão
de direito material misturada com direito processual – veja Súmula
396, item II: “Não há nulidade por julgamento “extra petita” da
decisão que deferir salário quando o pedido for de reintegração, dados
os termos do art. 496 da CLT.”

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(E) Na Justiça do Trabalho as decisões interlocutórias não ensejam recurso
imediato, salvo nas hipóteses de decisão que acolhe exceção de incompetência
territorial, com a remessa dos autos para Tribunal Regional distinto daquele a
que se vincula o juízo excepcionado.

Comentário: Confesso que não gostei dessa questão, porque a


letra E não contempla todas as exceções da Súmula 214 do TST,
conforme estudamos. E a letra E fala em “nas hipóteses de ...”. Mas,
ainda que incompleta, está correta, e todas as outras estão erradas.

QUESTÃO 10 (TST 2012) - Em matéria recursal, conforme previsão contida na


Consolidação das Leis do Trabalho, é correto afirmar:

(A) Cabe recurso ordinário, no prazo de 8 dias, das decisões definitivas ou


terminativas das Varas; sendo que em relação aos Tribunais Regionais, em
processos de sua competência originária, somente cabe o recurso das decisões
definitivas em dissídios individuais, e das decisões definitivas ou terminativas
em dissídios coletivos. Comentário: cabe RO tanto de decisões definitivas
quanto em terminativas das decisões dos TRTs de sua competência
originária, seja em dissídio individual, seja em dissídio coletivo.
(B) No Tribunal Superior do Trabalho cabem embargos, no prazo de 8 dias, de
decisão unânime de julgamento que estender ou rever as sentenças
normativas do Tribunal Superior do Trabalho, nos casos previstos em lei.
(C) Das decisões proferidas pelos Tribunais Regionais do Trabalho ou por suas
Turmas, em execução de sentença, inclusive em processo incidente de
embargos de terceiro, não caberá Recurso de Revista, salvo na hipótese de
ofensa direta e literal de norma da Constituição Federal. Conforme
exatamente o que estudamos na aula.
(D) Cabe Recurso de Revista para Turma do Tribunal Superior do Trabalho das
decisões proferidas em grau de recurso ordinário, em dissídio individual, pelos
Tribunais Regionais do Trabalho, quando proferidas com violação literal de

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disposição de lei municipal, estadual e federal ou afronta direta e literal à
Constituição Federal. Comentário: só lei federal!
(E) O agravo de instrumento interposto, no prazo de 8 dias, contra o despacho
que não receber agravo de petição suspende a execução da sentença até o seu
julgamento final.

QUESTÃO 11 (TRT 1ª 2012) Sobre os recursos no Processo do Trabalho,


conforme previsão legal é correto afirmar:

(A) O Agravo de Instrumento é o recurso cabível para questionar as decisões


interlocutórias, devendo ser interposto no prazo de 8 (oito) dias.
(B) No Tribunal Superior do Trabalho cabem Embargos, no prazo de 8 (oito)
dias das decisões das Turmas que divergirem entre si, ou das decisões
proferidas pela Seção de Dissídios Individuais, ainda que a decisão recorrida
esteja em consonância com súmula ou orientação jurisprudencial do próprio
TST.
(C) Cabe Recurso Ordinário para a instância superior das decisões definitivas
ou terminativas dos Tribunais Regionais, em processos de sua competência
originária, no prazo de 15 (quinze) dias, quer nos dissídios individuais, quer
nos dissídios coletivos.
(D) O Recurso de Revista, interposto em 10 (dez) dias, dotado dos efeitos
suspensivo e devolutivo, será apresentado ao Presidente do Tribunal recorrido,
que poderá recebê-lo ou denegá-lo, fundamentando, em qualquer caso, a
decisão.
(E) O Agravo de Petição só será recebido quando o agravante delimitar,
justificadamente, as matérias e os valores impugnados, permitida a execução
imediata da parte remanescente até o final, nos próprios autos ou por carta de
sentença.

QUESTÃO 12 (TRT 1ª 2012) A Consolidação das Leis do Trabalho prevê os


recursos admissíveis em relação às decisões no processo do trabalho. Os
prazos previstos em lei para os recursos ordinários, embargos no TST, agravo

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de instrumento, agravo de petição, embargos de declaração são,
respectivamente,

(A) 08 dias, 10 dias, 08 dias, 05 dias e 10 dias.


(B) 08 dias, 05 dias, 48 horas, 05 dias e 05 dias.
(C) 08 dias, 08 dias, 08 dias, 08 dias e 05 dias.
(D) 10 dias, 05 dias, 48 horas, 08 dias e 05 dias.
(E) 05 dias, 08 dias, 48 horas, 08 dias e 08 dias.

Grande abraço, fiquem à vontade para mandar suas dúvidas!


Eduardo Campos

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