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secretaria de sua unidade. Caso você não tenha obtido, junto a sua secretaria, as orientações e os
esclarecimentos necessários, utilize o canal institucional da Ouvidoria.

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3

SUMÁRIO

1. PROGRAMA DA DISCIPLINA ........................................................................... 4


1.1 EMENTA ............................................................................................................ 4
1.2 CARGA HORÁRIA TOTAL .......................................................................................... 4
1.3 OBJETIVOS ........................................................................................................ 4
1.4 CONTEÚDO PROGRAMÁTICO ..................................................................................... 4
1.5 METODOLOGIA .................................................................................................... 4
1.6 CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO ....................................................................................... 4
1.7 BIBLIOGRAFIA RECOMENDADA .................................................................................. 5
CURRICULUM VITAE DO PROFESSOR ................................................................................. 5

2. TEXTO PARA ESTUDO ...................................................................................... 6

3. ATIVIDADES PRÁTICAS .................................................................................. 7

Contabilidade de Ativos Relevantes


4

1. PROGRAMA DA DISCIPLINA

1.1 Ementa
Revisão da Estrutura Conceitual para Elaboração e Divulgação de Relatório Contábil-
Financeiro. Conceitos fundamentais e suas classificações; Momentos e requerimentos
para reconhecimento contábil; Técnicas de mensuração inicial e subsequente; Momentos
e requerimentos para baixa; Apresentação nas Demonstrações Contábeis e Divulgação
em Notas Explicativas; Julgamentos profissionais e as estimativas mais significativas
para contabilização dos seguintes Ativos Relevantes: Instrumentos Financeiros básicos;
Estoques; Ativos Biológicos, Imobilizado; Propriedades para Investimentos e Ativo
Intangível (exceto Goodwill).

1.2 Carga horária total


24 horas-aula.

1.3 Objetivos
Analisar e estimar aspectos relevantes à aplicação do IFRS no reconhecimento e
mensuração de ativos relevantes;
Identificar o efeito na posição patrimonial e no desempenho das empresas em
decorrência de operações envolvendo ativos relevantes; e
Elaborar demonstrações contábeis em conformidade com o IFRS em relação a transações
recorrentes que envolvam ativos.

1.4 Conteúdo programático


Revisão da Estrutura Conceitual para Elaboração e Divulgação de Relatório Contábil-
Financeiro. Conceitos fundamentais e suas classificações; Momentos e requerimentos
para reconhecimento contábil; Técnicas de mensuração inicial e subsequente; Momentos
e requerimentos para baixa; Apresentação nas Demonstrações Contábeis e Divulgação
em Notas Explicativas; Julgamentos profissionais e as estimativas mais significativas
para contabilização dos seguintes Ativos Relevantes: Instrumentos Financeiros básicos;
Estoques; Ativos Biológicos, Imobilizado; Propriedades para Investimentos e Ativo
Intangível (exceto Goodwill).

1.5 Metodologia
Aulas expositivas com várias sessões de atividades práticas.

1.6 Critérios de avaliação


70% - Prova individual (sem consulta)
30% - Exercícios e estudos de casos
Havendo questões da FGV na prova individual, as questões do professor terão peso de
60% da prova individual (60% de 70%).

Contabilidade de Ativos Relevantes


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1.7 Bibliografia recomendada


1. ALMEIDA, Marcelo Cavalcanti. Curso de Contabilidade Introdutória em IFRS e
CPC. São Paulo: Atlas, 2014.
2. _ ALMEIDA, José Elias Feres de; et al. Contabilidade das pequenas e médias
empresas. Rio de Janeiro: Elsevier-Campus, 2014.
3. _ HERNANDEZ, José; OLIVEIRA, Luís. Contabilidade Avançada. 8. ed. São Paulo:
Atlas, 2012.
4. _ MARTINS, Eliseu; GELBCKE, Ernesto Rubens; SANTOS, Ariovaldo dos; IUDÍCIBUS,
Sérgio de. Manual de Contabilidade Societária. 2.ed. São Paulo: Atlas, 2013.
5. _ SZUSTER, Natan; CARDOSO, Ricardo Lopes; SZUSTER, Fortunée Rechtman;
SZUSTER, Fernanda Rechtman; SZUSTER, Flávia Rechtman. Contabilidade Geral.
4.ed. São Paulo: Atlas, 2013.
6. _ Comitê de Pronunciamentos Contábeis (CPC). Pronunciamento Técnico CPC 01
(R1), Redução ao Valor Recuperável de Ativos.
7. _ CPC. Pronunciamento Técnico CPC 04 (R1), Ativo Intangível.
8. _ CPC. Pronunciamento Técnico CPC 08 (R1), Custos de Transação e Prêmios na
Emissão de Títulos e Valores Mobiliários.
9. _ CPC. Pronunciamento Técnico CPC 12, Ajuste a Valor Presente.
10. _ CPC. Pronunciamento Técnico CPC 16 (R1), Estoques.
11. _ CPC. Pronunciamento Técnico CPC 20 (R1), Custos de Empréstimos.
12. _ CPC. Pronunciamento Técnico CPC 27, Ativo Imobilizado.
13. _ CPC. Pronunciamento Técnico CPC 28, Propriedade para Investimento.
14. _ CPC. Pronunciamento Técnico CPC 31, Ativo Não Circulante Mantido para
Venda e Operação de Descontinuidade.
15. _ CPC. Pronunciamento Técnico CPC 38, Instrumentos Financeiros:
Reconhecimento e mensuração.
16. _ CPC. Pronunciamento Técnico CPC 46, Mensuração do Valor Justo.
17. _ CPC. Pronunciamento Técnico CPC PME (R1), Contabilidade para Pequenas e
Médias Empresas com Glossário de Termos.

Curriculum vitae do professor


Andréa Alves Silveira Monteiro é Mestre em Ciências Contábeis com ênfase em
Contabilidade Financeira pela UERJ; Especialista em Educação a Distância; Bacharel em
Ciências Contábeis pela Faculdade Moraes Júnior; Licenciada em Matemática pela
Universidade Celso Lisboa, Coach Membro da Sociedade Brasileira de Coaching e é
autora de várias apostilas, artigos técnicos publicados e premiados nacional e
internacionalmente e do livro Contabilidade para Investimentos – FGV ON LINE. Sua
experiência profissional desde 1985 inclui os cargos de auditor independente, de gerente
contábil, de diretora financeira e consultora independente. Coordenou equipes de
auditoria independente para empresas como: Caixa Econômica Federal, Banco do Brasil,
Banco do Estado do RJ, Banco da Bahia, Casa Mattos e Sergen. Foi Superintendente do
Grupo Signorelli, Professora da Universidade Cândido Mendes, Coordenadora do Curso de
Ciências Contábeis da Faculdade CCAA e instrutora do CRC – RJ. Atualmente é
professora do curso de graduação em Administração Industrial do CEFET – RJ aprovada
em 1º lugar no concurso federal para professora de contabilidade e professora convidada
do Programa de MBA, Pós-Graduação e Pós MBA da FGV desde 2002.

Contabilidade de Ativos Relevantes


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2. TEXTO PARA ESTUDO


Prezados estudantes,
Esta é a apostila da disciplina ATIVOS RELEVANTES e servirá como um
guia de estudos para o conteúdo do módulo. Este material está organizado da seguinte
forma: a primeira parte (3. ATIVIDADES PRÁTICAS) são as atividades para aplicação do
conhecimento e a segunda parte são os slides para acompanhamento das aulas. Os
CPCs contendo os conteúdos teóricos da disciplina poderão ser baixados no site do
Comitê de Pronunciamento Contábil: www.cpc.org.br/pronunciamentos.
Nesta apostila estão atividades as quais serão desenvolvidas em sala de
aula e fazem parte do Trabalho de Disciplina o qual vale 30% da avaliação. Todas as
atividades são gabaritadas em Excel e os respectivos arquivos serão, ao final do módulo,
enviados ao representante de turma, por e-mail, para distribuição aos demais colegas.
Vocês poderão me contatar por e-mail (andrea.silveira@ig.com.br),
facebook (Andréa Silveira Monteiro) ou WhatsApp (21-99965-6667). Estou à disposição
e é uma satisfação manter este contato tão valioso com os estudantes.
Desejamos a todos, um excelente aproveitamento e, em nome da
Fundação Getúlio Vargas e sua Conveniada Local, sejam todos, bem-vindos!

Contabilidade de Ativos Relevantes


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3. ATIVIDADES PRÁTICAS

Atividade 1:

Objetivo:
Compreender os elementos contábeis com base na simulação patrimonial de transações
empresariais.

Enunciado:
A empresa Mineradora Prata Brasil S/A foi constituída no início de 2016. Durante o
primeiro trimestre (02/01/2016 A 31/03/2016) a empresa realizou as transações
relacionadas abaixo. Elabore nos espaços indicados, para cada transação, as seguintes
tarefas: (a) a classificação das origens e aplicações de recursos para as transações; (b) o
movimento de entradas e saídas de caixa;(c) a composição do resultado econômico a
partir da demonstração das receitas e despesas apuradas e (d) a apuração da situação
patrimonial e financeira. Com base na Simulação Patrimonial final, responda as
perguntas ao findo do formulário. Utilize o PLANO DE CONTAS que segue no
preenchimento do template.

TRANSAÇÕES:

1. Integralização do Capital Social pelos sócios da empresa, através de depósito


bancário, no valor de R$130.000.000,00. A constituição da empresa, através do
contrato social, foi arquivada na Junta Comercial local.
2. Aquisição de Ativo Minerário (jazida de minério J) com capacidade avaliada em
1 milhão de toneladas para exploração em mina. O valor da compra foi de
R$100.000.000,00 e o contrato de aquisição transferiu para a empresa
Mineradora Prata Brasil todos os riscos e os benefícios da exploração. A
negociação do pagamento com o proprietário do ativo ocorreu da seguinte forma:
50% à vista e 50% financiado por instituição financeira. O reconhecimento
contábil deverá segregar o financiamento bancário em curto (parcelas em até 12
meses) e longo prazo (parcelas acima de 12 meses). Para efeito exclusivo deste
caso, os juros foram calculados pela Tabela Price e reconhecidos apenas ao final
do trimestre por ocasião do pagamento trimestral na transação 10 mais adiante.
O financiamento foi pactuado com a instituição financeira nas seguintes
condições:
• prazo: 240 meses;
• taxa mensal pré-fixada de 1,5%;
• pagamentos trimestrais.

O pagamento do primeiro trimestre foi composto como abaixo:

TOTAL JUROS PRINCIPAL


2.314.967,28 2.249.020,62 65.946,66

Contabilidade de Ativos Relevantes


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3. Aquisição de Maquinário e Equipamentos para a extração do minério no valor


de custo de R$8.000.000,00. A compra foi a prazo, a ser paga em 4 parcelas no
valor fixo de R$2.000.000,00 e a primeira parcela será paga somente no próximo
período. A empresa assumiu os riscos e os benefícios do ativo. O tempo que a
empresa pretende usar os equipamentos em condições adequadas para a
operação é de 10 anos, ou seja, no período, a empresa depreciará o equipamento
em um fluxo de 10% ao ano. O valor residual deste ativo é de R$500,00.
4. Extração de 1% do minério da mina e transporte para o ponto de estocagem.
Para esta operação foram compostos os Gastos Gerais da Extração (exploração da
mina) para a formação do estoque (Pilha de Minério) pela seguinte composição:
(a) Minério, como a exaustão de 1% da mina + MOD como a apropriação da Mão
de Obra Direta+ CIE como os Custos Indiretos de Extração, aqui definidos como:
recursos hídricos, elétricos e logísticos. A mão de obra referente às horas
apontadas no controle de extração x o custo unitário da hora-homem (MOD) é de
R$100.000,00 e o CIE totalizou R$20.000,00. Os valores devidos sobre estes
recursos não foram pagos no período e, por tanto, respectivamente, foram
reconhecidos como Salários a Pagar e Contas a Pagar.
5. Depreciação dos equipamentos para extração em 10% anual (10%/12*3 =
2,5%) do valor do depreciável (valor de aquisição – valor residual). Por se tratar
de ativo específico da produção, seu encargo de depreciação foi computado no
custo do estoque (Custo Indireto da Extração) e será reconhecido na DRE
somente por ocasião na baixa do estoque quando do momento da venda da
produção.
6. Venda de 95% do estoque (pilha de minério) a um preço onde foi aplicado
um mark up genérico de 6, sendo 30% recebido à vista e 70% será recebido no
próximo período. Os riscos e os benefícios do produto foram transferidos da
mineradora para o cliente no ponto de carregamento do minério, por ser uma
operação onde o risco do transporte é por conta do destinatário. A estimativa é
que não haverá inadimplência deste cliente.
7. Baixa de 95% do Estoque contra o Custo da Produção Extração (DRE) em
decorrência da venda descrita na transação 6.
8. Reconhecimento da incidência dos impostos indiretos (sobre vendas)
sobre a operação de venda à alíquota de 15%. O valor será recolhido no próximo
período.
9. Reconhecimento das despesas administrativas e com vendas para o período
em um montante de R$1.300.000,00, sendo 60% deste valor referente à folha de
pagamento, 10% referente às despesas comerciais e o restante referente aos
gastos com infraestrutura. Destas despesas, aquelas relativas às comerciais e
às de infraestrutura foram totalmente pagas dentro do período através do banco e
as relativas à folha de pagamento serão pagas no próximo período e, portanto,
reconhecidas neste momento contra Salários a Pagar.
10. Pagamento da parcela 1/240 a 3/240 do financiamento conforme os
valores determinados na transação 2 deste caso. As parcelas de longo prazo que
se tornaram curto prazo até o findo do período foram reclassificadas do longo
para o curto prazo.
11. Reconhecimento dos Impostos sobre o Lucro à alíquota de 34% (IRPJ+IRPJ
ADICIONAL + CSL). O cálculo foi feito diretamente sobre o lucro antes dos
impostos por não haver ajustes fiscais.

Contabilidade de Ativos Relevantes


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12. Proposição de dividendos no montante de 80% do lucro líquido do período a


serem pagos no período seguinte. O saldo de 20% do lucro líquido será retido
pela empresa a título de Reserva de Lucros.

PLANO DE CONTAS BÁSICO


ATIVOS
BANCO
CLIENTES A RECEBER
ESTOQUES
ATIVOS MINERÁRIOS
EQUIPAMENTOS

PASSIVOS
FINANCIAMENTOA PAGAR NO CURTO PRAZO
FORNECEDORES DE EQUIPAMENTOS A PAGAR
SALÁRIOS A PAGAR
CONTAS A PAGAR
IMPOSTOS SOBRE VENDAS A PAGAR
DIVIDENDOS A PAGAR
IMPOSTOS SOBRE O LUCRO A PAGAR
FINANCIAMENTO A PAGAR NO LONGO PRAZO

PATRIMÔNIO LÍQUIDO
CAPITAL SOCIAL
RESULTADO DO PERÍODO
RESERVAS DE LUCROS

RESULTADO ECONÔMICO (RECEITAS E DESPESAS)


RECEITA OPERACIONAL DE VENDAS
DESPESAS DE IMPOSTOS SOBRE VENDAS
CUSTO DO PRODUTO EXTRAÍDO
DESPESAS COM INFRAESTRUTURA
DESPESAS COM PESSOAL
DESPESAS COMERCIAIS
DESPESAS FINANCEIRAS
DESPESAS DE DEPRECIAÇÃO
DESPESAS DE IMPOSTOS SOBRE O LUCRO

Contabilidade de Ativos Relevantes


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DESENVOLVIMENTO DA ATIVIDADE:

TRANSAÇÃO 1: INTEGRALIZAÇÃO DE $130.000.000,00 DE CAPITAL


SOCIAL EM DINHEIRO
APLICAÇÃO R$ ORIGEM R$

BANCO CAPITAL

A
SOCIAL
TOTAL DAS TOTAL DOS
APLICAÇÕES RECURSOS

VARIAÇÃO DO FLUXO DE CAIXA X RESULTADO ECONÔMICO


DFC R$ DRE R$

SALDO INICIAL = (+) RECEITAS

+
INTEGRALIZAÇÃO + (-) DESPESAS

-
TRANSAÇÃO 1

DE CAPITAL
GERAÇÃO DE CAIXA

SALDO DE CAIXA RESULTADO

BALANÇO PATRIMONIAL

ATIVOS R$ PASSIVOS R$

BANCO

PATRIMÔNIO
LÍQUIDO
CAPITAL
SOCIAL
RESULTADO DO
PERIODO
TOTAL TOTAL

Contabilidade de Ativos Relevantes


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TRANSAÇÃO 2: AQUISIÇÃO DE JAZIDA DO MINÉRIO J POR 100 MILHÕES COM


AVALIAÇÃO DE UM MILHÃO DE TONELADAS / 50% CAIXA, 50% FINANCIAMENTO

APLICAÇÃO R$ ORIGEM R$

ATIVOS MINERÁRIOS FINANCIAMENTO

A
CURTO PRAZO
FINANCIAMENTO

A
LONGO PRAZO
BANCO

R
TOTAL DAS TOTAL DOS
APLICAÇÕES RECURSOS

VARIAÇÃO DO FLUXO DE CAIXA X RESULTADO ECONÔMICO

DFC R$ DRE R$

SALDO INICIAL = (+) RECEITA

+
CAPTAÇÃO DE + (-) DESPESAS

-
TRANSAÇÃO 2

FINANCIAMENTO
AQUISIÇÃO DE (-
ATIVOS MINERÁRIOS )
CONSUMO DE CAIXA

SALDO DE CAIXA RESULTADO

BALANÇO PATRIMONIAL
ATIVOS R$ PASSIVOS R$

BANCO 80.000.000 FINANCIAMENTO 2.500.000


CURTO PRAZO
ATIVOS MINERÁRIOS 100.000.000 FINANCIAMENTO 47.500.000
LONGO PRAZO
PATRIMÔNIO
LÍQUIDO
CAPITAL SOCIAL 130.000.000

RESULTADO DO 0
PERÍODO
TOTAL 180.000.000 TOTAL 180.000.000

Contabilidade de Ativos Relevantes


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TRANSAÇÃO 3: AQUISIÇÃO POR $8 MILHÕES, A PRAZO, DE MAQUINÁRIOS E


INSTALAÇÕES PARA AS OPERAÇÕES DA EMPRESA
APLICAÇÃO R$ ORIGEM R$

EQUIPAMENTOS FORNECEDORES

A
DE
EQUIPAMENTOS
TOTAL DAS TOTAL DOS
APLICAÇÕES RECURSOS
VARIAÇÃO DO FLUXO DE CAIXA X RESULTADO ECONÔMICO

DFC R$ DRE R$

SALDO INICIAL = (+) RECEITAS

+
+ (-) DESPESAS

-
CONSUMO DE CAIXA
TRANSAÇÃO 3

SALDO DE CAIXA RESULTADO

BALANÇO PATRIMONIAL
ATIVOS R$ PASSIVOS R$

BANCO FORNECEDORES
DE
EQUIPAMENTOS
EQUIPAMENTOS FINANCIAMENTO
CURTO PRAZO
ATIVOS MINERÁRIOS FINANCIAMENTO
LONGO PRAZO
PATRIMÔNIO
LÍQUIDO
CAPITAL SOCIAL

RESULTADO DO
PERÍODO
TOTAL TOTAL

Contabilidade de Ativos Relevantes


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TRANSAÇÃO 4: EXTRAÇÃO E ENTREGA DE 1% DO MINÉRIO

APLICAÇÃO R$ ORIGEM R$

ESTOQUES ATIVOS

R
MINERÁRIOS
(EXAUSTÃO)
SALÁRIOS A

A
PAGAR
CONTAS A PAGAR

A
TOTAL DAS TOTAL DOS
APLICAÇÕES RECURSOS
TRANSAÇÃO 5: DEPRECIAÇÃO DE 10% A.A DOS EQUIPAMENTOS PELO USO NA
PRODUÇÃO
APLICAÇÃO R$ ORIGEM R$
TRANSAÇÕES 4 A 10

ESTOQUES EQUIPAMENTOS
A

R
(DEPRECIAÇÃO
ACUMULADA)
TOTAL DAS TOTAL DOS
APLICAÇÕES RECURSOS
TRANSAÇÃO 6: VENDA E ENTREGA DE 95% DO ESTOQUE COM MARK UP DE 6,
SENDO 30% RECEBIDO NO PERÍODO E 70% NO PERÍODO SEGUINTE

APLICAÇÃO R$ ORIGEM R$

BANCO RECEITA DE
A

VENDAS
CLIENTES A RECEBER
A

TOTAL DAS TOTAL DOS


APLICAÇÕES RECURSOS
TRANSAÇÃO 7: BAIXA DE 95% DO ESTOQUE

APLICAÇÃO R$ ORIGEM R$

CUSTO DE EXTRAÇÃO ESTOQUE


A

VENDIDA
TOTAL DAS TOTAL DOS
APLICAÇÕES RECURSOS

Contabilidade de Ativos Relevantes


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TRANSAÇÃO 8: IMPOSTOS INCIDENTES SOBRE VENDAS DE


15%
APLICAÇÃO R$ ORIGEM R$

IMPOSTOS SOBRE IMPOSTOS

A
VENDAS SOBRE VENDAS A
PAGAR

TOTAL DAS TOTAL DOS


APLICAÇÕES RECURSOS
TRANSAÇÃO 9: RECONHECIMENTO DAS DESPESAS COMERCIAIS, DE PESSOAL E
DE INFRAESTRUTURA
APLICAÇÃO R$ ORIGEM R$

DESPESAS COM SALÁRIOS A


A

A
PESSOAL PAGAR
DESPESAS BANCO
A

R
COMERCIAIS
DESPESAS COM
A

INFRAESTRUTURA
TOTAL DAS TOTAL DOS
APLICAÇÕES RECURSOS
TRANSAÇÃO 10: PAGAMENTO DAS PARCELAS 1/240 a 3/240 DO
FINANCIAMENTO
APLICAÇÃO R$ ORIGEM R$

FINANCIAMENTO BANCO
R

DESPESAS
A

FINANCEIRAS
TOTAL DAS TOTAL DOS
APLICAÇÕES RECURSOS

Contabilidade de Ativos Relevantes


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VARIAÇÃO DO FLUXO DE CAIXA X RESULTADO ECONÔMICO

DFC R$ DRE R$

SALDO INICIAL = 80.000.000 (+) RECEITA DAS 7.523.929


VENDAS

+
RECEBIMENTO DAS VENDAS + 2.257.179 (-) IMPOSTOS SOBRE -1.128.589

-
AS VENDAS

PAGAMENTO DAS DESPESAS (-) -520.000 (-) CUSTO DA - -1.253.988


EXTRAÇÃO VENDIDA

PAGAMENTO DE JUROS (-) -2.249.021 (-) DESPESAS COM - -780.000


PESSOAL

AMORTIZAÇÃO DO (-) -65.947 (-) DESPESAS - -130.000


FINANCIAMENTO COMERCIAIS

(-) DESPESAS COM - -390.000


INFRAESTRUTURA

CONSUMO DE CAIXA -577.789 (-) DESPESAS - -2.249.021


FINANCEIRAS

SALDO DE CAIXA 79.422.211 RESULTADO 1.592.331

BP 4: ANTES DOS IMPOSTOS SOBRE O LUCRO

ATIVOS R$ PASSIVOS R$

BANCO 79.422.211 FORNECEDORES DE 8.000.000


EQUIPAMENTOS

CLIENTES A RECEBER 5.266.750 SALÁRIOS A PAGAR 880.000

ESTOQUES 65.999 CONTAS A PAGAR 20.000

EQUIPAMENTOS 7.800.013 IMPOSTOS SOBRE 1.128.589


VENDAS A PAGAR

ATIVOS MINERÁRIOS 99.000.000 FINANCIAMENTO 2.500.000


CURTO PRAZO

FINANCIAMENTO 47.434.053
LONGO PRAZO

PATRIMÔNIO
LÍQUIDO

CAPITAL SOCIAL 130.000.000

RESULTADO DO 1.592.331
PERÍODO

TOTAL 191.554.973 TOTAL 191.554.973

Contabilidade de Ativos Relevantes


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TRANSAÇÃO 11: APURAÇÃO DE 34% DOS IMPOSTOS SOBRE O LUCRO A PAGAR

APLICAÇÃ R$ ORIGE R$

DESPESAS COM IMPOSTOS IMPOSTOS SOBRE O

A
SITUAÇÃO PATRIMONIAL FINAL

SOBRE O LUCRO LUCRO A PAGAR

TOTAL DAS APLICAÇÕES TOTAL DOS


RECURSOS

TRANSAÇÃO 12: PROPOSTA DE DESTINAÇÃO DOS LUCROS A PAGAR EM 80%

APLICAÇÃO R$ ORIGEM R$

RESULTADO DO PERÍODO DIVIDENDOS A


R

A
PAGAR

TOTAL DAS APLICAÇÕES TOTAL DOS


RECURSOS

Contabilidade de Ativos Relevantes


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DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS FINAIS

1 -DEMONSTRAÇÃO DO RESULTADO DO EXERCÍCIO

DEMONSTRAÇÃO DO RESULTADO R$

RECEITA OPERACIONAL BRUTA 7.523.929

+
(-) IMPOSTOS SOBRE AS VENDAS -1.128.589

-
(=) RECEITA OPERACIONAL LÍQUIDA 6.395.339

(-) CUSTO DA EXTRAÇÃO VENDIDA - -1.253.988

(=) LUCRO BRUTO 5.141.351


(-) DESPESAS COM PESSOAL - -780.000

(-) DESPESAS COMERCIAIS - -130.000

(-) DESPESAS COM INFRAESTRUTURA - -390.000

(-) DESPESAS FINANCEIRAS - -2.249.021


(=) RESULTADO ANTES DOS IMPOSTOS 1.592.331
S/LUCRO
(-) IMPOSTOS SOBRE O LUCRO (34%) -541.392

(=) LUCRO LÍQUIDO 1.050.938

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2 – DEMONSTRAÇÃO DOS FLUXOS DE CAIXA

FLUXO OPERACIONAL – DIRETO

RECEBIMENTO DAS VENDAS + 2.257.179


PAGAMENTO DAS DESPESAS (-) -520.000
PAGAMENTO DE JUROS (-) -2.249.021
(=) CONSUMO DA OPERAÇÃO -511.842
FLUXO DE INVESTIMENTO

AQUISIÇÃO DE ATIVOS MINERÁRIOS (-) -100.000.000


CONSUMO DE INVESTIMENTO -100.000.000

FLUXO DE FINANCIAMENTO

INTEGRALIZAÇÃO DE CAPITAL + 130.000.000


FINANCIAMENTO + 50.000.000
AMORTIZAÇÃO DO FINANCIAMENTO (-) -65.947

GERAÇÃO DE FINANCIAMENTO 179.934.053

CAIXA GERADO (0 + I + F) 79.422.211


SALDO INICIAL = 0

SALDO DE CAIXA 79.422.211

Contabilidade de Ativos Relevantes


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3 – BALANÇO PATRIMONIAL

ATIVOS R$ PASSIVOS R$

ATIVO 84.754.961 PASSIVO 13.910.732


CIRCULANTE CIRCULANTE

BANCO 79.422.211 FORNECEDORES 8.000.000


DE
EQUIPAMENTOS
CLIENTES A 5.266.750 SALÁRIOS A 880.000
RECEBER PAGAR
ESTOQUES 65.999 CONTAS A 20.000
PAGAR
IMPOSTOS 1.128.589
SOBRE VENDAS
A PAGAR
ATIVO NÃO 106.800.013 FINANCIAMENTO 2.500.000
CIRCULANTE CURTO PRAZO

EQUIPAMENTOS 7.800.013 IMPOSTOS 541.392


SOBRE O LUCRO
A PAGAR
ATIVOS 99.000.000 DIVIDENDOS A 840.751
MINERÁRIOS PAGAR
PASSIVO NÃO 47.434.053
CIRCULANTE
FINANCIAMENTO 47.434.053
LONGO PRAZO
Total dos 61.344.786
Passivos
PATRIMÔNIO
LÍQUIDO
CAPITAL SOCIAL 130.000.000

RESERVAS DE 210.188
LUCROS
Total do PL 130.210.188

TOTAL 191.554.973 TOTAL 191.554.973

Contabilidade de Ativos Relevantes


20

Com base nas informações apuradas nas demonstrações contábeis finais,


responda:

1. Qual é o elemento contábil e seu respectivo valor que representa o montante


controlado pela empresa, decorrente de eventos passados e sobre o qual
os usuários desta informação esperam que fluam em benefícios futuros para
a entidade?
Elemento: ______________________
Montante: ______________________

2. Qual é o elemento contábil e seu respectivo valor que representa o montante


que resultará em saída de recursos no futuro decorrente de obrigações
presentes oriundas de eventos passados?
Elemento: ______________________
Montante: ______________________

3. Qual é o elemento contábil e seu respectivo valor que representa o montante


residual da empresa que representa o seu capital próprio?
Elemento: ______________________
Montante: ______________________

4. Qual é o elemento e seu respectivo valor que representa montante auferido no


ano correspondente ao valor justo líquido pela entrega de sua operação
(extração do minério) que tenha gerado, como contrapartida, aumento de
ativos?
Elemento: ______________________
Montante: ______________________

5. Considerando que as despesas representam o esforço para geração da


receita e que, para a empresa o que importa é a sua receita operacional
líquida e que os impostos sobre o lucro são destinações de um desempenho
apurado, qual é o montante total composto destas despesas no período?
______________

6. Qual foi o resultado econômico líquido que a empresa apurou no ano?


______________

7. Qual foi a variação do caixa operacional no período?

8. Considerando as decisões operacionais, de investimento e de


financiamento, houve geração ou consumo de caixa no período?

__________________________________________________________
________________________________

Contabilidade de Ativos Relevantes


21

Atividade 2:

Objetivo:
Fixas o conteúdo teórico sobre os métodos de mensuração.

Enunciado:
Correlacione os métodos de mensuração à sua adequada definição:

Definição Métodos de
Mensuração
A Método em que os ativos são registrados pelos valores VALOR
pagos ou a serem pagos em caixa ou equivalentes de JUSTO
caixa ou pelo valor justo dos recursos entregues para
adquiri-los na data da aquisição. Este método é utilizado na
mensuração inicial em todos os ativos, exceto nos casos dos
instrumentos financeiros avaliados pelo valor justo e dos
ativos biológicos (assuntos tratados mais adiante).
B Método em que os ativos são mantidos pelos valores em CUSTO
caixa ou equivalentes de caixa, os quais poderiam ser CORRENTE
obtidos pela venda em uma forma ordenada. É um dos
métodos de valor de saída. O método adota sua forma
líquida, ou seja, o valor de venda líquido dos impostos
indiretos, comissões e despesas para completar a venda.
C Método em que os ativos são mensurados pelo valor do seu CUSTO
fluxo futuro de recebimento descontado dos juros HISTÓRIC
embutidos. Este método só é adotado para os ativos que O
tenham juros embutidos no seu fluxo de recebimento, como
por exemplo, contas a receber de clientes ou no caso de ter
havido aquisição de ativos com juros embutidos.
D Método em que os ativos são mensurados pelo valor que VALOR
poderia ser trocado entre partes conhecedoras, REALIZÁVE
dispostas a isso, em uma transação sem favorecimentos. L LÍQUIDO
Nesta metodologia de mensuração o grau de observação do
valor de negociação no mercado identificará se o valor justo
foi determinado como valor de mercado (específico ou
ajustado) ou por estimativas de fluxos de caixa.

E Método em que os ativos são reconhecidos pelos valores em VALOR


caixa ou em equivalentes de caixa, os quais teriam de ser PRESENTE
pagos se esses ativos ou ativos equivalentes fossem
adquiridos na data ou no período das demonstrações
contábeis. Este método é o valor justo acrescido dos custos
da compra (taxas, fretes, etc.)
F Método em que os ativos são mensurados em seu CUSTO
reconhecimento inicial, menos as amortizações de principal, AMORTIZA
mais ou menos juros acumulados calculados com base no DO
método da taxa de juros efetiva menos qualquer redução
(direta ou por meio de conta de provisão) por ajuste ao valor
recuperável ou impossibilidade de recebimento.”

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22

Atividade 3:

Objetivo:
Praticar a aplicação dos métodos de mensuração dos ativos relevantes.

Enunciado:
Com base nos casos abaixo, determine a mensuração de cada ativo conforme
solicitado:

1. A empresa Produção Feliz Ltda. adquiriu um equipamento para uso


reconhecendo como um imobilizado. O valor da aquisição do equipamento foi
de R$10.000,00 sendo que os impostos inclusos e incidentes nesta compra não
são recuperáveis. Os gastos com frete e seguro estão por conta do comprador
e representaram um total de R$2.000,00, houve um gasto para colocar o ativo
em funcionamento no valor de R$3.000,00 e o fornecedor concedeu um
desconto incondicional de 20%, no ato da compra, incidente sobre o valor da
aquisição do ativo.
Determine: (a) qual o método de mensuração inicial que deverá ser
adotado pela empresa e (b) qual o valor a ser reconhecido na
contabilidade.

Método da Mensuração Inicial

V ALOR DA COMP R A DO E QUIP AME NTO C OM DE S C ONTO OB TIDO

CUS TO DE F R E TE S

CUS TO DE INS TALAÇÃO

VALOR DA MENS URAÇÃO DO ATIVO NO BP

2. A empresa Muito Estoque Ltda. apurou no seu inventário de estoques, por


ocasião da apresentação de suas Demonstrações Contábeis, 2.000 unidades da
sua mercadoria ZZ. Na mesma data base, o valor estimado de venda unitário
da mercadoria foi de R$100,00; a empresa adotou uma política comercial de
conceder descontos incondicionais de 10%; os impostos indiretos sobre a
venda foram determinados a uma alíquota de 25% sobre o valor de venda após
a dedução dos descontos concedidos; a comissão dos vendedores era de 15%
(incidente sobre o valor de venda após os descontos concedidos) e as despesas
para completar a venda (entrega) era de R$2.000,00. O custo histórico destas
mercadorias foi de R$110.000,00.
Determine: (a) qual o método de mensuração subsequente que deverá
ser adotado pela empresa e (b) qual o valor a ser reconhecido na
contabilidade.

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23

Método da Mensuração S ubsequente

UNIDADE S E S TOC ADAS

P R E Ç O UNITAR IO E S TIMADO

R E C E ITA B R UTA DE V E NDA

DE S C ONTOS C ONC E DIDOS

IMP OS TOS S OB R E V E NDA

C OMIS S ÕE S DE V E NDE DOR E S

DE S P E S AS P AR A C OMP LE TAR A V E NDA

V ALOR R E ALIZÁV E L LÍQUIDO

V ALOR DO C US TO HIS TÓR IC O

VAL OR DA MENS URAÇÃO DO ATIVO NO BP

3. A empresa Esperando pelo Cliente Ltda. realizou uma venda a prazo no valor
de R$30.000,00 para ser quitada pelo cliente em 10 parcelas mensais e iguais
e sucessivas no valor de R$3.000,00. Neste valor foi computada uma taxa
mensal de juros de 2% e o cliente já havia amortizado 3 parcelas até a
apresentação das Demonstrações Contábeis. Historicamente, 10% dos clientes
se tornam incobráveis e a estimativa desta perda é determinada sobre o valor
presente do saldo de contas a receber.
Determine: (a) qual o método de mensuração subsequente que deverá
ser adotado pela empresa, (b) qual o valor a ser reconhecido na
contabilidade e (c) qual o montante de juros a apropriar no final do
período.

Mens uraç ão S ubs equente

V ALOR TOTAL DA V E NDA

S ALDO DO C ONTAS A R E C E B E R ANTE S DO AJ US TE A V ALOR P R E S E NTE

V ALOR DA P R E S TAÇ ÃO (HP : P MT)

QUANTIDADE DE P R E S TAÇ ÕE S E M AB E R TO (HP : N)

TAX A DE J UR OS (HP :I)

S ALDO DO C ONTAS A R E C E B E R DE P OIS DO AJ US TE A V ALOR P R E S E NTE

E S TIMATIV A DE DE V E DOR E S DUV IDOS OS

VAL OR DA ME NS UR AÇ ÃO DO ATIVO NO B P

R E C E ITA F INANC E IR A DE J UR OS A AP R OP R IAR

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24

4. A empresa Ações entre Amigos Ltda. adquiriu 2.000 ações de uma empresa
listada na bolsa de valores com cotação ativa e mantém este papel com
intenção de venda. O valor da cotação da ação na compra foi de R$10,00.
Durante os três meses do primeiro ITR – Informações Trimestrais do ano as
cotações foram as seguintes: Jan – R$12,00; Fev – R$15,00 e Mar – R$11,00.
Na aquisição do investimento a empresa pagou à corretora 1% de taxa sobre o
valor investido.
Determine: (a) quais os métodos, respectivamente, de mensuração
inicial e subsequente que deverão ser adotados pela empresa, (b)
quais são, respectivamente, os valores a serem reconhecidos na
contabilidade e (c) qual o resultado financeiro apurado no período.

Mensuração Inicial e S ubsequente

QUANTIDADE DE AÇÕE S ADQUIR IDAS

COTAÇÃO NA COMP R A

VALOR J US TO NA AQUIS IÇÃO

COTAÇÃO NO F INAL DO P E R ÍODO

VALOR DA MENS URAÇÃO DO ATIVO NO BP

G ANHO NA OP E R AÇÃO

DE S P E S A F INANCE IR A

RES ULTADO FINANCEIRO DO PERÍODO

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25

5. Considere que a empresa “Poupando Muito Ltda.” iniciou um investimento em


uma caderneta de poupança no início do mês 1 de um determinado trimestre.
A empresa mantém esta conta para suprimento periódico de caixa. No primeiro
ITR do ano a empresa realizou, no primeiro dia do período, um depósito de
R$10.000,00 e realizou saques mensais de R$2.000,00 no último dia do
período. Os juros foram de 0,60% ao mês.
Determine: (a) qual o método de mensuração subsequente que deverá
ser adotado pela empresa e (b) qual o valor a ser reconhecido na
contabilidade.

Mensuração S ubsequente

AP LIC AÇ ÃO INIC IAL MÊ S 1

ATUALIZAÇ ÃO DO S ALDO A 0, 60%

S AQUE NO F INAL DO P E R ÍODO

S ALDO INIC IAL MÊ S 2

ATUALIZAÇ ÃO DO S ALDO A 0, 60%

S AQUE NO F INAL DO P E R ÍODO

S ALDO INIC IAL MÊ S 3

ATUALIZAÇ ÃO DO S ALDO A 0, 60%

S AQUE NO F INAL DO P E R ÍODO

VAL OR DA MENS URAÇÃO DO ATIVO NO BP

Atividade 4:

Objetivo:
Praticar a aplicação dos métodos de mensuração dos ativos relevantes.

Enunciado:
Responda as questões abaixo:

1. Uma empresa verificou as seguintes situações em seus ativos e pede-se para


indicar qual o caso que haverá perda por não recuperabilidade de custo, qual o
valor e justifique os casos onde não houve apuração desta perda.
a) Um ativo avaliado a custo histórico com o valor de R$10.000,00 e seu
valor recuperável de R$8.000,00;
b) Um ativo avaliado a valor justo com o valor de R$15.000,00;
c) Um ativo avaliado a custo histórico com o valor de R$30.000,00 e seu
valor recuperável de R$40.000,00.

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26

2. Uma empresa está simulando a possibilidade de perda por não


recuperabilidade em um de seus ativos de uso e apresentou as situações
abaixo. Com base nos dados, indique o valor recuperável para cada situação e
indique em quais casos ocorreram impairment e por qual valor.

VALORES
AVALIAÇÃO REFERÊNCIA SITUAÇÃO 1 SITUAÇÃO 2 SITUAÇÃO 3 SITUAÇÃO 4
Custo de aquisição - depreciação
CONTÁBIL (VC) ENTRADA acumulada 90.000,00 90.000,00 90.000,00 90.000,00
Valor presente líquido dos fluxos
de caixa durante sua vida útil
VALOR JUSTO (VJ) USO econômica 95.000,00 80.000,00 109.000,00 82.000,00
VALOR DE MERCADO (VM) TROCA Tabela FIJ (+)/(-) Ajustes 102.000,00 85.000,00 102.000,00 87.000,00
VALOR RECUPERÁVEL (VR) REALIZAÇÃO Maior valor entre USO e TROCA 102.000,00 85.000,00 102.000,00 87.000,00
IMPAIRMENT Só quando o VR < VC 0,00 -5.000,00 0,00 -3.000,00

_____________________________________________________________
_____________________________________________________________

Atividade 5:

Objetivo:
Fixar os critérios de avaliação de ativos e integrar estes conhecimentos na
apresentação das demonstrações contábeis, a saber, Balanço Patrimonial,
Demonstração do Resultado e Demonstração dos Fluxos de Caixa.

Enunciado:
A empresa Coisas de Casa S/A iniciou suas atividades no ano de 2015 com a atividade
de venda no varejo de objetos de decoração e bricolagem. A primeira operação foi a
integralização de seu Capital Social, através de depósito bancário, em conta não
remunerada, no valor de R$150.000,00 não havendo, portanto, qualquer outra
movimentação no período. Durante o período de 01/01/2016 a 31/12/2016, iniciando
seu caixa com R$150.000,00, a empresa realizou as atividades abaixo descritas nas
etapas de 1 a 6. Considere ainda que (a) para a determinação do lucro líquido, a
empresa reconheceu para o período o consumo total de despesas
administrativas, comerciais e de pessoal no valor anual correspondentes a 10%
do valor da receita bruta e o prazo médio de pagamento destas despesas é de 30 dias
e, estando a empresa adimplentes com seus compromissos, realizou seus pagamentos
por banco; (b) os impostos sobre o lucro foram apurados à alíquota de 34%
(desconsidere os ajustes fiscais necessários no Lalur), os quais serão recolhidos no
período seguinte e, (c) para finalização do Balanço Patrimonial, foi realizada uma
destinação de 90% do lucro líquido como dividendos a pagar no período
seguinte e o saldo remanescente do lucro líquido foi retido pela empresa como
Reservas de Lucros. Com base nos dados fornecidos, preencha os relatórios que
seguem a fim de evidenciar as informações para apresentação das Demonstrações
Contábeis: Demonstração dos Fluxos de Caixa, Demonstração do Resultado do
Exercício e, por fim, o Balanço Patrimonial. Em seguida, retorne para o quadro abaixo
indicando a informações solicitadas. Considere para os saldos patrimoniais os valores
líquidos de ajustes ou perdas.

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27

INFORMAÇÕES SOLICITADAS VALORES


INFORMADOS
1. O saldo de Instrumentos Financeiros
2. O saldo de Estoques de Mercadorias para Revenda
3. O saldo de Contas a Receber
4. O saldo do Imobilizado
5. O saldo das Propriedades para Investimentos
6. O saldo dos Intangíveis
7. A variação do caixa no período (DFC)
8. O resultado econômico no período (DRE)
9. Montante total dos recursos controlados, decorrentes de
eventos passados que gerarão benefícios futuros.
10. Montante de obrigações presentes, decorrentes de
eventos passados que gerarão saída de recursos no
futuro.
11. Valor residual do patrimônio.

PARTE 1: ESTOQUES DE MERCADORIAS PARA REVENDA:

Durante o período a empresa realizou compra e admissão do risco e benefício do


estoque de 10.000 unidades de diversas mercadorias, conforme nota fiscal de
entrada, considerando o valor total da mercadoria de $200.000,00, já incluso o ICMS.
O valor total da operação foi composto como: (+) valor da compra (+) valor do frete
por conta do comprador de $2.000,00 (+) o valor do seguro por conta do comprador
de $1.000,00 (-) desconto incondicional obtido de $20.000,00. A alíquota do ICMS na
compra é de 20% e incidiu sobre o valor total da operação e está embutido no custo
das notas fiscais de entrada das mercadorias e do frete. A empresa é contribuinte do
ICMS e recuperará este imposto incidente nas compras. O prazo médio de pagamento
é de 90 dias, sendo este montante o que ficará em aberto a pagar aos fornecedores
no próximo período. Até o findo do período a empresa havia vendido 70% do seu
estoque de mercadorias conforme informações contidas na parte 2 desta atividade.
Sobre a realização do saldo mantido em estoque foram estimadas as informações para
determinação do valor realizável líquido, a saber: (a) valor unitário médio de venda
das mercadorias de R$18,00, (b) uma tributação sobre a venda de 20% e (c)
comissão para vendedores de 5% das vendas. O estoque será mensurado pelo custo
histórico ou valor realizável líquido, dos dois valores o menor, e não há objetos
obsoletos ou não comercializáveis nos estoques.

PARTE 2: RECEITA DE VENDA, IMPOSTOS SOBRE VENDA E CLIENTES A


RECEBER:

Venda e entrega durante o período de 7.000 unidades das mercadorias por um preço
unitário médio de R$30,00. Até o findo do período todas as mercadorias vendidas
foram transferidas para o cliente. Sobre a venda, a empresa concedeu um desconto
incondicional médio de 20% e incorreu em impostos indiretos à alíquota de 22%
incidentes sobre a venda após os descontos concedidos.

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28

A venda foi realizada em 10 parcelas iguais e sucessivas, determinadas pelo valor


bruto de venda após os descontos concedidos, com juros embutidos de 2% ao mês. A
empresa recebeu no período 8 parcelas e 2 parcelas estão compondo o Contas a
Receber. Os juros incorridos das 8 parcelas devem ser apurados e reconhecidos na
Receita Financeira do período e os juros a incorrer das duas parcelas restantes devem
permanecer retificando o saldo das contas a receber a valor presente. Estes cálculos
já foram demonstrados no relatório.
Para efeito de pagamento do imposto incidentes sobre a venda, houve a compensação
do imposto a recuperar e a guia com o valor líquido foi paga através do banco dentro
do período. Do saldo das contas a receber a valor presente, 50% correspondem a
vendas à pessoas jurídicas e estas, por sua vez, apresentam uma inadimplência média
de 10%. O instrumento financeiro decorrente dos recebíveis será mensurado pelo
custo amortizado e haverá ajuste a valor presente a ser efetuado.

PARTE 3: INSTRUMENTOS FINANCEIROS:

A empresa investiu em ações de empresa de capital aberto e, portanto, com


negociação de suas ações na bolsa de valores e pretende vender estes papéis no curto
prazo. A investidora classificou a operação como Instrumentos Financeiros a Valor
Justo por Meio de Resultado e, portanto, deverá mensurá-la pelo valor justo. O
investimento foi de 1.000 ações e o valor justo unitário da ação na aquisição foi de
$12,00. A empresa pagou um custo de corretagem de 1% sobre o valor total
investido. No final do exercício a cotação de mercado do investimento era de $14,50.

PARTE 4: IMOBILIZADO

Aquisição a prazo (curto prazo e sem juros embutidos), de instalações para a loja e
atendimento comercial em 01/02/2016. A empresa compradora assumiu o controle,
os ricos e benefícios do ativo adquirido na data da aquisição. O custo total de
aquisição dos ativos foi de $60.000,00, o custo de instalação foi de $2.000,00 e não
há custo de desmobilização previsto. O valor total do custo do ativo, incluindo a
instalação, foi financiado pelo fornecedor sendo, por tanto, um capital de terceiros
operacional e não houve juros embutidos na operação. A empresa deu aceite em 12
duplicatas em valores iguais e sucessivas as quais começaram a ser quitadas a partir
de 30 dias após a compra. O tempo, em meses, da vida útil econômica dos ativos
adquiridos é de 120 meses e o valor residual destes ativos estimados por ocasião da
aquisição é de $4.400,00. Estima-se que ao findo do período corrente, o valor de
mercado dos ativos seja de R$48.000,00 e o valor presente dos fluxos de caixa destes
ativos seja de R$40.000,00. A empresa pretende participar de uma combinação de
negócios a partir do próximo período e, portanto, caso o valor recuperável destes
ativos seja inferior ao seu valor de custo, a empresa reconhecerá esta perda.

PARTE 5: PROPRIEDADES PARA INVESTIMENTO:

A empresa está situada em uma área de notório crescimento imobiliário e de interesse


comercial. Em decorrência, a empresa adquiriu um terreno para valorização, à vista,
no valor de R$25.000,00. A mensuração subsequente será a valor justo, sendo este
valor, ao final do período, de R$40.000,00.

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29

PARTE 6: INTANGÍVEIS:

A empresa adquiriu em 18/06/2016 um software ERP para gestão dos seus negócios e,
para tanto, gastou diretamente o valor de R$52.800,00 na aquisição e operacionalização
da tecnologia. A empresa conseguiu demonstrar através de seus estudos de incremento
de valor que houve fluxo de caixa incremental superior ao valor gasto no ativo. A
empresa é parte de direitos contratuais de uso por 8 anos onde, ao findo, haverá uma
nova negociação para renovação da licença e não há valor residual deste ativo. As
despesas com suporte já foram consideradas em suas despesas administrativas anuais
para este caso. O valor foi negociado em 10 parcelas iguais e sucessivas, sendo que
quatro destas parcelas serão quitadas no período seguinte. O valor recuperável do ativo
ao findo do período, em decorrência do seu incremento no fluxo de caixa da empresa
está estimado em R$100.000,00.

DESENVOLVIMENTO DAS ATIVIDADES

1 – ESTOQUE

1.1 - Composição do Saldo Contábil

(+) Valor da mercadoria (já incluso o ICMS)

(+) Valor do Frete

(+) Valor do Seguro

(-) Desconto incondicional obtido

(=)Valor da operação (Base do ICMS)

(-) ICMS (recuperável) 20%

(=) Valor de entrada do estoque

Quantidades adquiridas

Valor unitário do estoque

Contabilidade de Ativos Relevantes


30

Quantidades vendidas (70%)

Valor total da baixa do estoque

Saldo do estoque contábil (a)

1.2 Composição do Valor Realizável Líquido – dados estimados

Valor unitário da venda

Quantidade estocada

Valor total da venda

(-) Impostos sobre venda (20%)

(-) Comissão de Vendedores (5%)

(=) Valor líquido de realização do estoque (b)

Ajuste a Valor Realizável Líquido (c) = (b)- (a) ((se, somente


se, b < a); = 0)

Saldo contábil líquido do estoque no BP = (a) ou (b) dos dois o


menor

1.4 Saldo a Pagar do Estoque

Considerando que o estoque inicial é zero, utilizar o


MC - MONTANTE DE COMPRAS = VALOR DA OPERAÇÃO

Prazo Médio de Pagamento em dias

Saldo a Pagar a Fornecedores no período seguinte =


MC/360*90

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31

2 - CLIENTES A RECEBER

2.1 - Composição da Receita Operacional Líquida

Quantidades vendidas

Preço Unitário Médio de Venda

Receita Operacional Bruta

(-) Descontos Incondicionais Concedidos (20%)

(=) Base dos Impostos Indiretos e do Ajuste a Valor Presente


(VF) (A)
(-) Ajuste a Valor Presente (B) (VF – VP)

USO DA HP

PMT – Valor da Prestação Fixa Mensal 16.800,00

N – Número de Parcelas 10

I – Juros Mensais 2%

PV – Valor Presente da Venda 150.907,43

(-) Impostos Incidentes sobre a Venda (22%) (C )

(=) Receita Operacional Líquida = A + B + C

2.2 - Cálculo do Contas a Receber antes do Ajuste a Valor


Presente
Valor da cada parcela

Parcelas em Aberto do Contas a Receber

Valor do Contas a Receber antes do Ajuste a Valor Presente (VF) (D)

2.3 - Cálculo do Contas a Receber após o Ajuste a Valor


Presente, Juros a Apropriar e Receita Financeira
PMT 16.800,00

N 2

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32

Juros 2%

Valor do Contas a Receber após do Ajuste a Valor Presente 32.618,22


(VP)
Juros a Apropriar (VF - VP) (E) -981,78

Receita Financeira de Juros Apropriada (Diferença entre os Juros a 16.110,80


Apropriar na venda - Juros a Apropriar no BP)
2.4 - Cálculo da Estimativa para Devedores Duvidosos

Clientes a Receber de Pessoas Jurídicas (Após o Ajuste a Valor


Presente)
Taxa de estimativa de perda por devedores duvidosos sobre as
pessoas jurídicas
Estimativa de perda por devedores duvidosos (F)

2.5 - Saldo líquido contábil do Contas a Receber no BP

Saldo contábil líquido de clientes no BP = D + E + F

3 - INSTRUMENTOS FINANCEIROS VALOR JUSTO POR MEIO DE


RESULTADO

Quantidade de papeis adquiridos

Cotação de compra

Valor justo do investimento na aquisição

Valor da cotação do papel no final do balanço

Valor justo do investimento no findo do exercício

Receita Financeira

Despesa Financeira de Corretagem

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33

4 – IMOBILIZADO

ATIVOS: INSTALAÇÕES COMERCIAIS

Data de ativação do bem (a)

Custo de aquisição do bem (b)

Custos com instalação do bem (c)

Total do custo do bem (d) = (b) + (c)

Tempo em meses de vida útil econômica (e)

Valor Residual do bem (f)

Base para Depreciação (g) = (d) – (f)

Encargos Mensais de Depreciação = (h) = (g) / (e)

Meses transcorridos

Depreciação Acumulada = (i)

Valor Contábil Líquido do Bem = j = (d) - (i)

Valor Recuperável (valor de mercado ou fluxo de caixa dos


dois, o maior)

Perda por Não Recuperabilidade do Custo

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34

5- PROPRIEDADES PARA INVESTIMENTOS

Aquisição de Ativo avaliado a custo

(-) Depreciação (se houver)

Valor justo da propriedade no findo do exercício

(+/-) Atualização de PI a valor justo

6- ATIVOS INTANGÍVEIS

Data de ativação do bem (a)

Custo de aquisição do bem (b)

Custos com instalação do bem (c)

Total do custo do bem (d) = (b) + (c)

Tempo em meses de vida útil econômica (e)

Valor Residual do bem (f)

Base para Amortização (g) = (d) – (f)

Encargos Mensais de Amortização = (h) = (g) / (e)

Meses transcorridos

Amortização Acumulada

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Valor Contábil Líquido do Bem = j = (d) - (i)

Valor Recuperável

Perda por Não Recuperabilidade do Custo

7 – DEMONSTRAÇÃO DOS FLUXOS DE CAIXA

Fluxo de Caixa Operacional – Método Direto

(-) Pagamento aos Fornecedores de Estoques

(+) Recebimento de Clientes

(-) Pagamento ao Governo referente aos impostos sobre venda

(-) Pagamento aos Fornecedores Gerais ref. despesas administrativas,


vendas e pessoal

(-) Pagamento à Corretora referente investimentos em IFMN

Fluxo de Caixa de Investimento

(-) Pagamento pela compra de Instrumentos Financeiros Mantidos


para Negociação

(-) Pagamento pela Compra de Propriedade para Investimento

(-) Pagamento pela Compra de Imobilizado

(-) Pagamento pela Compra de Intangível

Saldo Inicial de Caixa

Consumo de Caixa -142.926,67

(=) Saldo Final de Caixa 7.073,33

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36

8 - DEMONSTRAÇÃO DO RESULTADO DO VALORES


EXERCÍCIO
(+) Receita Bruta de Venda

(-) Descontos Incondicionais Concedidos

(-) Ajuste a Valor Presente

(-) Impostos sobre Venda (ICMS)

(=) Receita Operacional Líquida

(-) Custo da Mercadoria Vendida com ajuste a valor


realizável líquido
(=) Resultado Bruto

(-) Despesas Administrativas, Vendas e Pessoal

(-) Encargos de Depreciação no período

(-) Encargos de Amortização no período

(-) Perda por não recuperabilidade de custo de ativos

(+) Ajuste a valor justo de Propriedade para


Investimentos
(-) Estimativa de perda por devedores duvidosos

(=) Resultado antes dos resultado financeiro

(+) Receita financeira por ajuste a valor justo por meio


de resultado
(+) Receita financeira de clientes

(-) Despesa Financeira

(=) Resultado antes dos Impostos sobre o Lucro


Líquido
(-) Impostos sobre o Lucro líquido

(=) Lucro Líquido 1.060,83

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37

9 - BALANÇO PATRIMONIAL

ATIVOS

Ativos Circulantes

Caixa e Equivalentes de Caixa

Instrumentos Financeiros – Valor Justo por Meio de Resultado

Contas a Receber

(-) Juros a Apropriar

(-) Estimativa de perdas por devedores duvidosos

Estoques

ICMS a Recuperar

Ativos Não Circulantes

Propriedade para Investimento

Imobilizado

(-) Perda por Não Recuperabilidade

(-) Depreciação Acumulada

Intangível

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38

(-) Amortização Acumulada

Total de Ativos
230.560,65

PASSIVOS

Passivo Circulante

Fornecedor de Mercadorias a Pagar

Contas a Pagar

ICMS a Recolher

IRPJ e CSL a Recolher

Fornecedor de Imobilizado a Pagar

Fornecedor de Software a Pagar

Dividendos a Pagar

PATRIMÔNIO LÍQUIDO

Capital Social

Reserva de Lucros

Total Geral 230.560,65

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39

ORIENTAÇÃO PARA REPOSIÇÃO DE TRABALHO ACADÊMICO

Prezado estudante,

Caso você tenha perdido alguma aula e, portanto, não recebeu sua “estrelinha”
(pontuação de trabalho valendo 0,75 ponto), você poderá recuperar esta pontuação,
realizando a atividades abaixo descrita. Para que você realizar com sucesso seu trabalho
de reposição, recomendamos que você execute os passos abaixo:

1. Consulte o Slide “Plano de Aula” e selecione a aula que você esteve


ausente;
2. Escolha um dos temas abordados na aula;
3. Acesse o site www.bmfbovespa.com.br/empresaslistadas e escolha duas
empresas de seu interesse. Sugerimos que você escolha empresas do
mesmo setor. É permitido que o estudante escolha outras empresas que
não estejam listadas na Bovespa desde que as mesmas sejam auditadas;
4. Selecione na aba: Relatórios Financeiros/Demonstrações Financeiras
Padronizadas/Notas Explicativas e, em seguida, copie as notas
correspondentes ao tema que você escolheu para pesquisar;
5. Acesse o site www.cpc.org.br/pronunciamentos e selecione o CPC
correspondente ao tema escolhido;
6. Leia o documento e recorte o item sobre Notas Explicativas (final do
documento);
7. Preencha o template abaixo demonstrando suas conclusões sobre o grau
de conformidade que a empresa apresentou em relação às informações em
nota explicativas indicadas pelo CPC correspondente e compare este grau
de aderência das duas empresas, indicando os pontos fortes e de melhoria
de cada empresa;
8. Informe o GRAU DE CONFORMIDADE DA NE avaliando de 0 a 10 sendo: 0
para o menos conforme e 10 para o mais conforme;
9. Envie seu trabalho para o meu email (andrea.silveira@ig.com.br) até a
data da sua prova.

Sua nota será retificada com base na correção do trabalho e inserida no sistema de
provas por ocasião do lançamento da sua avaliação. Qualquer dúvida me contate para
maiores orientações.

Contabilidade de Ativos Relevantes


40

TEMPLATE DO TRABALHO ACADÊMICO DE REPOSIÇÃO

Disciplina: Contabilidade Avançada


Professor: Andréa Alves Silveira Monteiro
Estudante: _________________________________
Conveniada: ______________________________
Data da aula em que esteve ausente: ___/___/____
Temas abordados: ___________________________

TEMA: CPC:
IAS/IFRS:
Empresa: Empresa:
Grau de Conformidade da NE: Grau de Conformidade da NE:
Nota Explicativa: AB: Pág. Nota Explicativa: AB: Pág.
Descrição da Nota: Descrição da Nota:

Comentários sobre a comparação da qualidade entre as duas notas:


Ponto Forte:

Ponto de Melhoria:

Informações previstas para Notas Explicativas recomendadas pelo CPC correspondente:

Contabilidade de Ativos Relevantes


41

CONTABILIDADE DE
ATIVOS RELEVANTES
Professora Mestre
Andréa Silveira
2017

ORIENTAÇÃO ACADÊMICA

Contabilidade de Ativos Relevantes


42

OBJETIVOS DA DISCIPLINA
• Analisar e estimar aspectos relevantes à aplicação dos IFRSs*
no reconhecimento e mensuração de ativos relevantes;

• Identificar o efeito na posição patrimonial (BP) e no


desempenho (DRE) das empresas em decorrência de
operações envolvendo ativos relevantes; e

• Elaborar as demonstrações contábeis (BP, DRE e DFC) em


conformidade com os IFRSs em relação a transações recorrentes
que envolvam ativos.

* IFRS – Internacional Financial Reporting Standards

EMENTA DA DISCIPLINA
Revisão da Estrutura Conceitual para Elaboração e Divulgação de
Relatório Contábil-Financeiro. Conceitos fundamentais e suas
classificações; Momentos e requerimentos para reconhecimento
contábil; Técnicas de mensuração inicial e subsequente; Momentos e
requerimentos para baixa; Apresentação nas Demonstrações
Contábeis e Divulgação em Notas Explicativas; Julgamentos
profissionais e as estimativas mais significativas para contabilização
dos seguintes Ativos Relevantes: Instrumentos Financeiros básicos;
Estoques; Ativos Biológicos, Imobilizado; Propriedades para Investimentos
e Ativo Intangível (exceto Goodwill).

Contabilidade de Ativos Relevantes


43

PLANO DE AULAS
UD ITEM AULA CPC/FL NI
1 Aspectos Introdutórios:
O estado da “arte”

2 Estrutura Conceitual Básica 1 CPC 00 Framework


Atividade de Nivelamento

3 Bases de Mensuração 2 CPC 00 e Framework


Resolução
1.282/10
4 Perda pela Não 2 Tema transversal nos CPC
Recuperabilidade do Custo correspondentes e CPC 01

5 Estoques 3 16 IAS 2

6 Ativos Biológicos 3 29 IAS 41

PLANO DE AULAS
UD ITEM AULA CPC/FL NI
7 Instrumentos Financeiros 3 CPCs 38, 39 e IAS 32, 39
Básicos 40 IFRS 7
8 Ativo Imobilizado 4 CPC 27 IAS 16

9 Propriedade Para 4 CPC 28 IAS 40


Investimento
10 Ativo Intangível 4 CPC 4 IAS 38

Caso Integrativo 4

Contabilidade de Ativos Relevantes


44

Bases de Pesquisas
Sites utilizados neste trabalho:

1. www.bmfbovespa.com.br/empresaslistadas
2. www.cpc.org.br/pronunciamentos
3. www.ifrsbrasil.com

Empresas citadas neste trabalho (Notas Explicativas publicadas):

1. MAGAZINE LUIZA S/A (Declaração de Conformidade)


2. AMBEV S/A (Bases de Mensuração)
3. AREZZO S/A (Estoques)
4. JBS S/A (Ativos Biológicos)
5. CIELO S/A (Instrumentos Financeiros)
6. WEG S/A (Imobilizado)
7. MULTIPLAN EMPREENDIMENTOS IMOBILIÁRIOS S/A (Propriedades)
8. CONCESSIONÁRIAS DE RODOVIAS DO OESTE DE SP (Intangíveis)

BIBLIGRAFIA RECOMENDADA
1. ALMEIDA, Marcelo Cavalcanti. Curso de Contabilidade Introdutória em IFRS e CPC. São Paulo:
Atlas, 2014.
2. _ ALMEIDA, José Elias Feres de; et al. Contabilidade das pequenas e médias empresas. Rio de
Janeiro: Elsevier-Campus, 2014.
3. _ HERNANDEZ, José; OLIVEIRA, Luís. Contabilidade Avançada. 8. ed. São Paulo: Atlas, 2012.
4. _ MARTINS, Eliseu; GELBCKE, Ernesto Rubens; SANTOS, Ariovaldo dos; IUDÍCIBUS, Sérgio de.
Manual de Contabilidade Societária. 2.ed. São Paulo: Atlas, 2013.
5. _ SZUSTER, Natan; CARDOSO, Ricardo Lopes; SZUSTER, Fortunée Rechtman; SZUSTER, Fernanda
Rechtman; SZUSTER, Flávia Rechtman. Contabilidade Geral. 4.ed. São Paulo: Atlas, 2013.
6. _ Comitê de Pronunciamentos Contábeis (CPC). Pronunciamento Técnico CPC 01 (R1), Redução ao
Valor Recuperável de Ativos.
7. _ CPC. Pronunciamento Técnico CPC 04 (R1), Ativo Intangível.
8. _ CPC. Pronunciamento Técnico CPC 08 (R1), Custos de Transação e Prêmios na Emissão de Títulos
e Valores Mobiliários.
9. _ CPC. Pronunciamento Técnico CPC 12, Ajuste a Valor Presente.
10. _ CPC. Pronunciamento Técnico CPC 16 (R1), Estoques.
11. _ CPC. Pronunciamento Técnico CPC 20 (R1), Custos de Empréstimos.
12. _ CPC. Pronunciamento Técnico CPC 27, Ativo Imobilizado.
13. _ CPC. Pronunciamento Técnico CPC 28, Propriedade para Investimento.
14. _ CPC. Pronunciamento Técnico CPC 31, Ativo Não Circulante Mantido para Venda e Operação de
Descontinuidade.
15. _ CPC. Pronunciamento Técnico CPC 38, Instrumentos Financeiros: Reconhecimento e mensuração.
16. _ CPC. Pronunciamento Técnico CPC 46, Mensuração do Valor Justo.
17. _ CPC. Pronunciamento Técnico CPC PME (R1), Contabilidade para Pequenas e Médias Empresas
com Glossário de Termos.
8

Contabilidade de Ativos Relevantes


45

METODOLOGIA DE AVALIAÇÃO
1. A prova é individual, sem consulta, valendo 7 pontos e poderá ser realizada com o uso de
calculadora desde que não seja função de equipamentos eletrônicos com acesso à internet,
celular ou arquivos;
2. Até orientação contrária da coordenação acadêmica, a prova não contemplará questões da FGV;
3. A avaliação será completada por atividades em sala de aula as quais valem até 3 pontos;
4. A prova NÃO TEM TEMPLATES para preenchimento. As questões terão desenvolvimento obrigatório, mas,
em formato livre a ser elaborado pelo estudante. A prova conterá questões teóricas e práticas. A prova de
verificação final será integralmente de conteúdo teórico.
5. As atividades em sala de aula terão atribuição de até 3 pontos proporcionais às questões
desenvolvidas corretamente pelo estudante;
6. Os estudantes que faltarem as aulas poderão realizar atividades extras para reposição das pontuações
perdidas em sala de aula;
7. Os estudantes que faltarem o último dia de aula, mesmo que tenham recebido a pontuação das
demais aulas, receberão pontuação zero para o trabalho e deverão encaminhar, para o e-mail do
professor, o controle de pontuação de trabalho para retificação da nota.
8. A verificação semestral é totalmente teórica e objetiva com as questões baseadas nos slides.
9. Como fonte mínima de estudos para a avaliação, o estudante deverá usar a apostila e o sumários
dos CPCs mencionados na bibliografia recomendada.

Controle de pontuação
Nome do Estudante:__________________
Unidade da FGV: _______ Data: __/__/__
Aula/ Conteúdo das Atividades Pontuação Visto
ATV (dependendo do local das aulas, esta pontuação
poderá ser dividida em 5 aulas, sendo atribuído
0,60 ponto para cada encontro.)

1/4 Revisão da Estrutura Conceitual Básica


Atividade de Nivelamento

2/4 Bases de Mensuração e Perda por Não


Recuperabilidade do Custo

3/4 Estoque, Ativos Biológicos e Instrumentos


Financeiros Básicos

4/4 Imobilizado, Propriedade para Investimentos e


Ativos Intangíveis (exceto Goodwill)

Contabilidade de Ativos Relevantes


46

NO CASO DE AUSÊNCIA DO ESTUDANTE


Orientações para a Tarefa:
1. Elaborar um caso comparativo com base em notas explicativas publicadas por 2
sociedades anônimas de capital aberto do mesmo segmento. O caso deverá
contemplar um dos temas abordados na aula em que o estudante esteve ausente.
2. Os temas de cada aula estão no plano de pontuação do slide anterior.
3. Notas explicativas de empresas encontram-se disponíveis no site:
www.bmfbovespa.com.br/empresaslistadas
4. Uma sugestão de modelo de trabalho está na última página do item 3 da apostila.
5. O trabalho deverá ser anexado ao e-mail do professor.
6. O estudante ao enviar o trabalho autoriza a divulgação do mesmo como casos em
sala de aula com a citação da autoria da pesquisa.
7. O trabalho não abona a falta do estudante.
Prazo:

Enviar para o e-mail do professor (andrea.silveira@ig.com.br) até o dia da prova


realizada pelo estudante (1ª ou 2ª chamada).

AULA 1/4
1. Aspectos Introdutórios: O estado da “arte”
2. Revisão da Estrutura Conceitual – CPC 00
3. Atividade de Nivelamento

Contabilidade de Ativos Relevantes


47

UD 1:

Aspectos
Introdutórios:
O estado da “arte”

Um rápido “sobrevoo” sobre a


contabilidade nas empresas

1. A contabilidade como uma ciência social aplicada;

2. A adoção das normas internacionais de contabilidade;

3. O sistema de divulgação das informações contábeis;

4. A contabilidade societária x contabilidade gerencial.

14

Contabilidade de Ativos Relevantes


48

Afinal, quanto vale uma vaca na Índia?

15

Um breve histórico da “Adoção IFRS”

QUANDO 1973 2001 2005 2007 2008 2008 2009 2010 2012 2014

QUEM IASC IASB CPC GOV FED GOV FED CPC CPC EMPRESAS CFC GOV FED

EMISSÃO EMISSÃO REGULA


ALT LEI ALT LEI
O QUÊ CRIAÇÃO SUCESSÃO CRIAÇÃO DAS NBC - DAS NBC - ADOÇÃO MEPP ÇÃO
6.404/76 6.404/76
TG TG FISCAL

CPCs (parte CPCs (parte


LEI LEI Res Lei
DOC IAS IFRS NBC TG e revisões e revisões DF e NE
11.638/07 11.941/08 1418/12 12.973/14
sucessivas) sucessivas)

16

Contabilidade de Ativos Relevantes


49

Siglas
IASC – International Accounting Standars Committee:

Orgão internacional de contabilidade antecessor. Londres, 1973 a 2002

IASB – International Accounting Standars Board:

Orgão Internacional de Contabilidade sucessor. Londres, 2002 a atual

IAS- Internacional Accounting Standard:

Pronunciamentos Contábeis do IASC

IFRS – Internacional Financial Reporting Standards:

Pronunciamentos Contábeis do IASB

CPC – Comitê de Pronunciamento Contábil:

Órgão Brasileiro de Contabilidade. Brasília, 2005 a atual

NBC – TG – Normas Brasileiras de Contabilidade - Geral

Pronunciamentos Contábeis brasileiros convergidos para os internacionais


17

Legislação Societária Brasileira


aplicável às questões contábeis
Tipo de Características Legislação Societária para
Empresa questões contábeis
1. SACA Sociedades por Ações de Capital Aberto: companhias
com Negociações na Bolsa. Lei 6.404/76, CPC FULL e
2. EGP Empresas de Grande Porte: empresas de qualquer Instrução 480/2009 e
natureza jurídica ou finalidade que tenham tido a partir de atualizações posteriores da
01/01/2008 receita igual ou superior a R$300 milhões e/ou CVM (esta última somente nos
ativos igual ou superior a R$240 milhões. casos das SACAS).
3. PME Pequenas Médias Empresas: empresas que não estão
enquadradas como SACAS, EGPS, Microempresa e Empresa Lei 6.404/76 se SA Fechada e
de Pequeno Porte ou MEI. Lei 10.406/2002 – Art.1.179
Estas empresas, portanto, tem sua receita compreendida (Código Civil) para as demais
entre R$3.600.000,01 e R$299.999.999,99. empresas e CPC PME
4. MEEPP Microempresa e Empresa de Pequeno Porte: sociedade
empresária, sociedade simples, empresa individual de Lei 10.406/2002 – Art. 1.179 e
responsabilidade limitada ou o empresário a que se refere o Resolução CFC 1.418/12 (ITG
Art. 966 – CC, que tenha auferido no ano calendário anterior, 1000) e Lei Complementar
receita bruta até os limites previstos nos incisos I e II do Art. 123/06 e atualizações pela Lei
3º da Lei Complementar 147/14 (Lei do Simples Nacional). Complementar 147/2014

5. MEI Microempresário Individual: não é exigida escrituração


contábil exceto para os casos onde o contador emita DECORE
em favor do microempresário. Do contrário, o livro caixa é
suficiente. 18

Contabilidade de Ativos Relevantes


50

Declaração de Conformidade
“A entidade cujas demonstrações contábeis estão em
conformidade com os Pronunciamentos Técnicos,
Interpretações e Orientações do CPC deve declarar de forma
explícita e sem reservas essa conformidade nas notas
explicativas. A entidade não deve afirmar que suas
demonstrações contábeis estão de acordo com esses
Pronunciamentos Técnicos, Interpretações e Orientações a
menos que cumpra todos os seus requisitos.”

Cpc 26, item 16

19

Notas Explicativas

“Notas explicativas contêm informação adicional em relação à


apresentada nas demonstrações contábeis. As notas
explicativas oferecem descrições narrativas ou segregações e
aberturas de itens divulgados nessas demonstrações e
informação acerca de itens que não se enquadram nos
critérios de reconhecimento nas demonstrações contábeis.”
Cpc 26, definições

“MODELO ABC”
A – Apresentação da Entidade
B – Bases de Mensuração
C – Composição das Contas
20

Contabilidade de Ativos Relevantes


51

Obrigações Societárias
I – CONJUNTO COMPLETO DAS INFORMAÇÕES
CONTÁBEIS SACA EGP PME MEEPP MEI

1.BALANÇO PATRIMONIAL X X X X

2.DEMONSTRAÇÃO DO RESULTADO DO EXERCÍCIO X X X X

3.DEMONSTRAÇÃO DO RESULTADO ABRANGENTE X X X

4.DEMONSTRAÇÃO DAS MUTAÇÕES DO PATRIMÔNIO LÍQUIDO X X X

5.DEMONSTRAÇÃO DOS FLUXOS DE CAIXA X X* X*

6.DEMONTRAÇÃO DO VALOR ADICIONADO X

7. NOTAS EXPLICATIVAS X X X X

II - ESCRITURAÇÃO CONTÁBIL X X X X

III - AUDITORIA INDEPENDENTE X X

* SE PL IGUAL OU SUPERIOR A 2 MILHÕES


21

Contabilidade
Financeira x Gerencial
FINANCEIRA GERENCIAL
Usuário Interno e Externo Usuário Interno
Análise Financeira e Econômica Processo Decisório
Demonstrações Contábeis Relatórios adaptados às necessidades
Padronizadas da empresa
Elaboração e divulgação de Elaboração de relatórios em prazos de
Demonstrações em período acordo com a necessidade da empresa
determinados
Dados Históricos Dados Históricos e Projetados

Moeda Corrente Moeda Corrente ou estrangeira


Adequação das Normas Nenhuma restrição
Internacionais
Arcabouço Científico Contábil Uso de outras disciplinas

Contabilidade de Ativos Relevantes


52

Base de Apresentação das


Demonstrações Contábeis
- Caso: MAGAZINE LUIZA / AB: 2016 – NE P.16

Apresentação e elaboração das demonstrações financeiras


2.1. Bases de elaboração e apresentação
As demonstrações contábeis individuais e consolidadas da Companhia
foram elaboradas tomando como base as práticas contábeis adotadas
no Brasil, que compreendem as disposições da legislação societária,
previstas na Lei nº 6.404/76 com alterações da Lei nº 11.638/07, Lei nº
11.941/09 e Lei nº 12.973/14 e os padrões internacionais de contabilidade
(“IFRS”) emitidos pelo International Accounting Standards Board
(“IASB”) e interpretações emitidas pelo International Financial
Reporting Interpretations Committee (“IFRIC”), implantados no Brasil
por meio do Comitê de Pronunciamentos Contábeis (“CPC”) e suas
interpretações técnicas (“ICPC”) e orientações (“OCPC”), aprovados
pela Comissão de Valores Mobiliários (“CVM”).

23

Resumo

Todas as empresas são obrigadas a elaborarem e apresentarem suas


demonstrações contábeis à luz das normas brasileiras de contabilidade (NBC-
TG) convergidas para as normas internacionais de contabilidade (IAS e IFRS).
O ano base de adoção foi 2010, porém, uma legislação específica para as
MEEPPs só passou a vigorar a partir de 2012 (Resolução 1.418/12/ITG 1000).
Para todas as empresas, o documento que evidencia esta adoção é a NOTA
EXPLICATIVA a qual pode ser dividia em três blocos: A - apresentação, B -
bases de mensuração e C - composição das contas.

24

Contabilidade de Ativos Relevantes


53

UD 2:
Revisão da
Estrutura
Conceitual para
Elaboração e
Apresentação das
Demonstrações
Contábeis
CPC 00/
Framework

Revisão da Estrutura Conceitual


- CPC 00 –
1. Objetivo da elaboração e divulgação de relatório contábil-
financeiro de propósito geral;
2. Características qualitativas da informação contábil-financeira útil
(e princípios de contabilidade – Resolução CFC 1.282/10)
3. Estrutura conceitual
• Elementos das demonstrações contábeis
• Reconhecimento dos elementos das demonstrações contábeis
• Mensuração dos elementos das demonstrações contábeis (aula
2/4)

26

Contabilidade de Ativos Relevantes


54

Termos essenciais sobre os


IFRS
Reconhecimento

Mensuração

Evidenciação

27

Reconhecimento
É o procedimento de julgar quais os
elementos contábeis estão caracterizados
por uma transação ou um objeto contábil
e, portanto, são admitidos no Balanço
Patrimonial e na Demonstração do
Resultado, sendo estas as demonstrações
primárias da contabilidade.
28

Contabilidade de Ativos Relevantes


55

Mensuração
É o procedimento de se atribuir valor aos
elementos contábeis reconhecidos a partir de um
objeto ou uma transação contábil. Ocorre no
momento inicial (quando acatado o elemento
contábil pela primeira vez) ou subsequentemente
(quando da apresentação das demonstrações
contábeis).

29

Evidenciação

São as informações prestadas através das notas


explicativas sobre as quais os stakeholders tem
ampliada a extensão da qualidade e a quantidade
do conteúdo informativo prestado.

30

Contabilidade de Ativos Relevantes


56

Objetivos do Relatório Contábil

“O objetivo do relatório contábil-financeiro de propósito geral é fornecer


informações contábil-financeiras acerca da entidade que reporta essa
informação (reporting entity) que sejam úteis a investidores existentes e
em potencial, a credores por empréstimos e a outros credores, quando da
tomada decisão ligada ao fornecimento de recursos para a entidade. Essas
decisões envolvem comprar, vender ou manter participações em
instrumentos patrimoniais e em instrumentos de dívida, e a oferecer ou
disponibilizar empréstimos ou outras formas de crédito.”

31

Pressupostos Básicos e Qualidade da


Informação Contábil
Grupos Componentes Descrição

Pressupostos Regime de Observação dos Fatos Geradores


Básicos Competência
Continuidade Existência de um futuro previsível

Qualitativas Representação Informação completa, neutra e livre de erro


Fundamentais Fidedigna
Relevância Influência da Informação na tomada de decisão

Qualitativas Tempestividade Observar o momento adequado para divulgação


de Melhoria
Compreensibilidade Clareza e concisão inclusive para não especialistas

Comparabilidade Consistência na série temporal para os mesmos


métodos para os mesmos objetos.

Verificabilidade Diferentes observadores podem chegar as mesmas


conclusões sobre a realizada econômica.

32

Contabilidade de Ativos Relevantes


57

Elementos das
Demonstrações Contábeis
“As demonstrações contábeis retratam os efeitos patrimoniais e financeiros das
transações e outros eventos, por meio do grupamento dos mesmos em classes
amplas de acordo com as suas características econômicas. Essas classes amplas são
denominadas de elementos das demonstrações contábeis.

Os elementos diretamente relacionados à mensuração da posição patrimonial e


financeira no balanço patrimonial são os ativos, os passivos e o patrimônio
líquido. Os elementos diretamente relacionados com a mensuração do
desempenho na demonstração do resultado são as receitas e as despesas.”

Estrutura Conceitual, CPC 00, Item 4.2, pág.25

33

DEFINIÇÃO E CARACTERÍSTICAS DOS


ELEMENTOS CONTÁBEIS
- Posição Patrimonial e Financeira -
Estrutura Conceitual, CPC 00, Item 4.4

ATIVO é um recurso controlado (bens ou PASSIVO é uma obrigação presente da

direitos) pela entidade como resultado de entidade, derivada de eventos passados,

eventos passados e do qual se espera cuja liquidação se espera que resulte na

que fluam futuros benefícios econômicos saída de recursos.

para a entidade (entrada de recursos no


PATRIMÔNIO LÍQUIDO é o interesse
futuro)
residual nos ativos da entidade depois de

deduzidos todos os seus passivos.

34

Contabilidade de Ativos Relevantes


58

DEFINIÇÃO E CARACTERÍSTICAS DOS ELEMENTOS


CONTÁBEIS
- Desempenho Econômico -
Estrutura Conceitual, CPC 00, Item 4.25

(+) “RECEITA é o valor auferido pela entrega de bens, produtos ou serviços que gera aumentos nos

benefícios econômicos durante o período contábil, sob a forma de aumento de ativos ou diminuição de

passivos, que resultam em aumentos do patrimônio líquido, e que não estejam relacionados com a

contribuição dos detentores dos instrumentos patrimoniais;”

(-) “DESPESA é o valor do consumo de recursos no esforço da geração de receita, que gera

decréscimos nos benefícios econômicos durante o período contábil, sob a forma de redução de ativos ou

assunção de passivos, que resultam em decréscimo do patrimônio líquido, e que não estejam

relacionados com distribuições aos detentores dos instrumentos patrimoniais;”

(=) RESULTADO LÍQUIDO (ECONÔMICO E NÃO FINANCEIRO)

35

INTEGRAÇÃO ENTRE OS
ELEMENTOS CONTÁBEIS
DRE BP
Tem como contrapartida
RECEITAS aumento de ativos e/ou ATIVOS
redução de passivos
(Entrega) (Investimentos)

(-) (-)

Tem como contrapartida


DESPESAS aumento de passivos e/ou PASSIVOS
(Consumo) redução de ativos (Capital de Terceiros)

(=) (=)

PATRIMÔNIO
LUCRO OU RETORNO LÍQUIDO
PREJUÍZO
(Capital Próprio)

Contabilidade de Ativos Relevantes


59

DRE
GASTOS
(+) RECEITA
LÍQUIDA

INVESTIMENTOS CONSUMO
(- ) CMV/CPV

TROCA
RENDA CUSTOS DESPESAS
OU
OU
MATÉRIA LUCRO BRUTO
GANHO
PRIMA

(- ) DESPESAS
USO
PROD
INDIRETOS DIRETOS

(- ) ENCARGOS
OBJETO
USO
CUSTEIO A ESTOQUE
ADM
RATEIO (-/+) GANHOS
OBJETO
E PERDAS E RF
CUSTEIO B

= RESULTADO
LÍQUIDO
37

Atividade 1: Nivelamento

Contabilidade de Ativos Relevantes


60

AULA 2/4
1. Bases de Mensuração
2. Perda pela Não Recuperabilidade do Custo –
“Impairment”

UD 3:

Bases de
Mensuração:

1.Custo Histórico
2.Valor Realizável Líquido
3.Valor Presente
4.Valor Justo
5.Custo Corrente
6.Custo Amortizado

Contabilidade de Ativos Relevantes


61

Bases de Mensuração
“Mensuração é entendido como o procedimento de se atribuir
valor aos elementos contábeis de uma transação. Isto ocorre em
dois momentos: na mensuração inicial, quando os elementos
contábeis são integrados ao patrimônio e na composição do
desempenho (balanço patrimonial e demonstração do resultado) e na
mensuração subsequente, quando da apresentação das
demonstrações contábeis.”

Ricardo Cardoso e Andréa Silveira

41

1. Custo Histórico
Pelo método do custo histórico os ativos são registrados pelos
valores pagos ou a serem pagos em caixa ou equivalentes de
caixa ou pelo valor justo dos recursos entregues para adquiri-los na
data da aquisição. Este método é utilizado na mensuração inicial em
todos os ativos, exceto nos casos dos instrumentos financeiros e dos
ativos biológicos (assuntos tratados mais adiante).

42

Contabilidade de Ativos Relevantes


62

1.1 Exemplo de Ativo Mensurado ao


Custo Histórico

Considere o caso em que a empresa “O Passado Me Condena


Ltda.” adquiriu, a prazo, 1.000 unidades de sua mercadoria
para revenda ao custo unitário de R$5,00. Na compra houve
incidência de ICMS não recuperável e desconto obtido sobre o
valor da compra de 10%. Logo, o custo histórico do estoque
é: 1.000 x R$5,00 = R$5.000,00 (com ICMS não recuperável)
– R$500,00 (desconto obtido) = R$4.500,00.

43

1.2 Impacto da Mensuração ao Custo Histórico

Mensuração Inicial
Pela compra do Estoque a Prazo

DÉBITO CRÉDITO

BP BP
ATIVO PASSIVO
Estoque Fornecedor
4.500,00 4.500,00

44

Contabilidade de Ativos Relevantes


63

2. Valor Realizável

No método do valor realizável, os ativos são mantidos pelos


valores em caixa ou equivalentes de caixa, os quais
poderiam ser obtidos pela venda em uma forma
ordenada. É um dos métodos de valor de saída. O método
adota sua forma líquida, ou seja, o valor de venda líquido dos
impostos indiretos, comissões e despesas para completar a
venda.

45

2.1 Exemplo de Ativo Mensurado ao


Valor Realizável Líquido

Considere o caso em que a empresa “Estocando Demais Ltda.”


apurou no seu inventário de estoques, por ocasião da apresentação
de suas Demonstrações Contábeis, 1.000 unidades da sua
mercadoria XX. Estima-se que no caso da venda destas
mercadorias, o valor unitário de venda da mercadoria é de R$10,00,
os impostos indiretos sobre a venda são determinados pela alíquota
de 20%, a comissão dos vendedores é de 10% e incide sobre o valor
bruto das vendas e as despesas para completar a venda (entrega)
são de R$200,00. O custo histórico desta compra foi de R$7.100,00.
Assim, o valor realizável líquido do estoque seria:
46

Contabilidade de Ativos Relevantes


64

2.1 Valor Realizável Líquido – Exemplo:

EVENTOS DADOS

QUANTIDADE ESTOCADA NO FINAL DO PERÍODO 1.000


VALOR DE VENDA UNITÁRIO INFORMADO PELA DIRETORIA
COMERCIAL R$ 10,00

RECEITA BRUTA ESTIMADA R$ 10.000,00

(-) IMPOSTOS INCIDENTES SOBRE A VENDA (20%) -R$ 2.000,00

(-) COMISSÕES DE VENDEDORES SOBRE A RECEITA BRUTA (10%) -R$ 1.000,00

(-) DESPESAS PARA COMPLETAR A VENDA -R$ 200,00

(=) VALOR REALIZÁVEL LÍQUIDO DO ESTOQUE R$ 6.800,00

(-) VALOR DO CUSTO HISTÓRICO DO ESTOQUE R$7.100,00

(=) AJUSTE DO CUSTO HISTÓRICO A VRL R$300,00


47

2.2 Impacto da Mensuração ao


Valor Realizável Líquido

Mensuração Subsequente

Pela substituição do Custo Histórico pelo VRL

DÉBITO CRÉDITO

DRE BP

DESPESA ESTOQUE

CMV Mercadorias

300,00 300,00
48

Contabilidade de Ativos Relevantes


65

3. Valor Presente

No método do valor presente, os ativos são mensurados pelo valor


do seu fluxo futuro de recebimento descontado dos juros
embutidos. Este método só é adotado para os ativos que tenham
juros embutidos no seu fluxo de recebimento, como por exemplo,
contas a receber de clientes ou no caso de ter havido aquisição de
de ativos avaliados a custo histórico com juros embutidos, como são
os exemplos dos Estoques e Imobilizados.

49

3.1 Exemplo de Ativo Mensurado pelo


Valor Presente
Considere o caso em que a empresa “Vendas a Perder de Vista
Ltda.” tenha realizado uma venda no valor de R$20.000,00 a
ser quitada pelo cliente em 20 parcelas iguais e sucessivas de
R$1.000,00. O contrato foi calculado pela Tabela Price com
juros de 1% ao mês.

EVENTOS DADOS HP
Parcela Fixa R$1.000,00 PMT
Juros Mensais 1% I
Número de Prestações 20 N

Valor Presente do Contas a Receber R$ 18.045,55 VP


50

Contabilidade de Ativos Relevantes


66

3.2 Impacto da Mensuração ao Valor Presente

Mensuração Inicial
Pela venda no valor total incluindo os juros

DÉBITO CRÉDITO

BP DRE

ATIVO RECEITA
Contas a Receber Vendas

20.000,00 20.000,00

51

3.2 Impacto da Mensuração ao Valor Presente

Mensuração Inicial
Pelo ajuste a valor presente – AVP na venda
DÉBITO CRÉDITO
DRE BP
RECEITA ATIVO
VENDAS CLIENTES
(-) AVP (-) Juros a Apropriar
1.954,45 1.954,45

52

Contabilidade de Ativos Relevantes


67

3.2 Impacto da Mensuração ao Valor Presente

Mensuração Subsequente

Pela apropriação mensal dos juros no 1o Mês

DÉBITO CRÉDITO

BP DRE

CLIENTES RECEITA

RECEITA FINANCEIRA

(-) Juros a Apropriar Juros Ativos

180,46 180,46

53

4. Valor Justo
No método do valor justo os ativos são mensurados pelo valor que
poderia ser trocado entre partes independentes, conhecedoras
do negócio e não compulsivas à transação (características das
partes). Nesta metodologia de mensuração, o grau de observação
do valor de negociação em um mercado ativo identificará em que
nível o valor justo foi determinado, nesta ordem: (N1) cotação
específica, (N2) mercado ajustado ou por (N3) estimativas de fluxos
de caixa.

Quanto menor a visibilidade do valor no mercado, maior a


necessidade de ser preservar as características das partes.
54

Contabilidade de Ativos Relevantes


68

4.1 HIERARQUIA DO VALOR JUSTO


Ativos
Identificáveis

DE USO DE TROCA
(Imobilizado e Intangíveis) (Demais ativos)

C
NÍVEL 1–Cotação Específica G a
(valor de mercado) r r
a a
VALOR PRESENTE u
d
t
e
LÍQUIDO DO e
o
r
d
NÍVEL 2–Cotação Similar
FLUXO DE CAIXA (valor de mercado ajustado)
b
s
a
s
PROJETADO e
r
P
a
(Nível 3) v
a
r
t
NÍVEL 3–Fluxo de Caixa ç e
ã s
(VPL) o
55

4.2 APLICAÇÃO DO VALOR JUSTO (NBC)

1. Deve ser adotado na mensuração inicial e subsequente dos Instrumentos

Financeiros Avaliados a Valor Justo, dos Ativos Biológicos e dos Produtos Agrícolas

(Ativos de Troca / Nível 1);

2. Deve ser adotado no Imobilizado e Intangível somente na adoção inicial das

normas internacionais de contabilidade e em caso de Combinação de Negócios

(Ativos de Uso / Nível 3), não podendo ser adotado fora destas circunstâncias;

3. É opcional como mensuração subsequente para Propriedades para

Investimentos.

4. Não pode ser aplicado nos demais ativos, exceto quando permitido em norma

específica.
56

Contabilidade de Ativos Relevantes


69

4.3 Exemplo de Valor Justo

Considere que a empresa “Arriscando Feliz S/A” tenha adquirido 1.000 ações
da AMBEV, Papel ABEV 3, e mantém este papel com intenção de venda. Na
operação incidiu taxa de corretagem no valor correspondente a 1% do capital
investido. Considerando haver cotação ativa em um mercado ativo, a
empresa realizou as seguintes mensurações:

MÊS PAPEL OP COTAÇÃO QDE TOTAL RESUL. DÉBITO CRÉDITO

16/05/2016 ABEV 3 COMPRA 18,77 1000 18.770,00 0 AC / IF AC / DISP

31/05/2016 ABEV 3 ATUAL. 19,11 1000 19.110,00 340,00 AC / IF REC FIN

30/06/2016 ABEV 3 ATUAL. 19,05 1000 19.050,00 -60,00 DESP FIN AC / IF

31/07/2016 ABEV 3 ATUAL. 18,80 1000 18.800,00 -250,00 DESP FIN AC / IF

30/08/2016 ABEV 3 ATUAL. 19,24 1000 19.240,00 440,00 AC / IF REC FIN


57

4.4 Impacto da Mensuração ao Valor Justo

Mensuração Inicial
Pela compra do IF - VJ N1
DÉBITO CRÉDITO
BP DRE BP
ATIVO DESPESA ATIVO
INST FINAN FINANCEIRA DISPONÍVEL
Ações Taxas Banco
18.770,00 187,70 18.957,70

58

Contabilidade de Ativos Relevantes


70

4.5 Impacto da Mensuração ao Valor Justo

Mensuração Subsequente
Atualização do Instrumento Financeiro
DÉBITO CRÉDITO
BP DRE DRE
ATIVO DESPESA RECEITA
INST FINAN FINANCEIRA FINANCEIRA
Ações Perda Ganho
470,00 310,00 780,00

59

5. Custo Corrente

No método do custo corrente (valor de reposição), os ativos


são reconhecidos pelos valores em caixa ou em equivalentes
de caixa, os quais teriam de ser pagos se esses ativos ou
ativos equivalentes fossem adquiridos na data ou no
período das demonstrações contábeis. Este método é o valor
justo acrescido dos custos da compra (taxas, fretes, etc.)

60

Contabilidade de Ativos Relevantes


71

5.1 Exemplo do Custo Corrente

Considere que uma empresa “Imobilizando Sempre Ltda.”


quer saber quanto seria o custo corrente de um imóvel que o
valor de mercado (justo –nível 2) é de R$100.000,00 e os
custos com despesas legais e corretagem correspondem à
5% sobre o valor de compra do imóvel (mercado) os quais
correriam por conta do comprador.

Então, seu custo corrente (valor de entrada) seria de


R$105.000,00.

61

6. Custo Amortizado

No método do custo amortizado o ativo é mensurado em seu


reconhecimento inicial pelo valor original da operação e,
subsequentemente, seu valor é ajustado por: (a) mais juros
acumulados calculados com base no método da taxa de juros efetiva
(b) menos as amortizações do principal e (c) menos ajuste ao
valor recuperável ou impossibilidade de recebimento.

62

Contabilidade de Ativos Relevantes


72

6.1 Exemplo de Custo Amortizado

Considere que a empresa HISTÓRICO MÊS % VALOR

Depósito Inicial 1 5.000,00


“Cuidando do Dindin Ltda.”
Rendimentos 1 0,60% 30,00
mantém seu saldo de tesouraria
Investimento Atualizado 1 5.030,00
em uma conta remunerada para
Saque para Suprimento de
saque imediato e iniciou seu Caixa 2 2.000,00

movimento no mês 1 de um Saldo a atualizar 2 3.030,00

determinado trimestre. A Rendimentos 2 0,59% 17,88

Investimento Atualizado 2 3.047,88


empresa mantém esta conta
para suprimento periódico de Saque para Suprimento de
Caixa 3 2.000,00
caixa. No primeiro ITR do ano, a Saldo a atualizar 3 1.047,88

empresa apresentou o seguinte Rendimentos 3 0,63% 6,60

movimento: Investimento Atualizado 3 1.054,48


63

6.2 Impacto da Mensuração ao Custo Amortizado

Mensuração Inicial

Pelo Investimento

DÉBITO CRÉDITO

BP DRE

ATIVO AIVO

DISPONÍVEL – CTA REMUN DISPONÍVEL – C/C

5.000,00 5.000,00

64

Contabilidade de Ativos Relevantes


73

6.3 Impacto da Mensuração


ao Custo Amortizado

Mensuração Subsequente
Pela Atualização
DÉBITO CRÉDITO
BP DRE
ATIVO RECEITA
DISPONÍVEL – CTA REMUN FINANCEIRA
30,00 30,00

65

6.4 Impacto da Mensuração ao Custo


Amortizado

Mensuração Subsequente

Pela Amortização

DÉBITO CRÉDITO

BP BP

ATIVO ATIVO

DISPONÍVEL – C/C DISPONÍVEL – CTA REMUN

2.000,00 2.000,00

66

Contabilidade de Ativos Relevantes


74

Resumo da Mensuração
Todos os ativos, excetos os instrumentos financeiros e os ativos
biológicos, são mensurados inicialmente ao custo histórico, sendo
este seu valor presente (a vista) e assim admitidos no Balanço
Patrimonial. Por ocasião da apresentação das demonstrações
contábeis os ativos precisam ser ajustados decorrentes: da sua
realização (uso, troca ou amortização), da não recuperabilidade do
seu custo ou pelo ajuste dos juros, ganhos ou perdas já incorridos.

67

Resumo da Mensuração
MENSURAÇÃO
ATIVOS
INICIAL SUBSEQUENTE IMPAIRMENT

Instrumentos Financeiros VJ VJ ou CA SIM


Estoques CH VRL SIM
Ativo Biológico VJ VJ SIM
Propriedades para Investimento CH CH ou VJ SIM
Imobilizado CH CH ou VJ* SIM
Intangível CH CH ou VJ* SIM

* Somente quando permitido

SIM - Somente quando CH ou CA


68

Contabilidade de Ativos Relevantes


75

Atividades 2 a 3

UD 3:

Perda pela Não


Recuperabilidade
do Custo

“Impairment”

Contabilidade de Ativos Relevantes


76

Perda pela Não Recuperabilidade do


Custo / Impairment
Impairment é o instrumento utilizado para adequar o ativo a sua real

capacidade de retorno econômico e consequente geração de caixa futuro.

Ocorre quando o valor contábil é superior ao seu valor recuperável.

Esta perda só ocorre em ativos que são avaliados a custo. Ativos que já

são mantidos a valor justo, não sofrem impairment. Em consonância com os

CPCs correspondentes, seu conceito amplo também é aplicado em Clientes e

Estoques.

71

Valor Recuperável

Valor recuperável de um ativo ou de uma unidade geradora de caixa

é o maior montante entre o seu valor justo líquido de despesa de

venda (valor de mercado) e o seu valor em uso (valor presente

dos fluxos de caixa esperado).

CPC 01, p.6

72

Contabilidade de Ativos Relevantes


77

Considere o seguinte caso: Uma empresa está testando o


impairment de seu Caminhão (ativo de uso) e, para tanto,
apresentou os dados abaixo:

VALORES

AVALIAÇÃO REFERÊNCIA SITUAÇÃO 1 SITUAÇÃO 2 SITUAÇÃO 3 SITUAÇÃO 4


(+) Custo de
aquisição (-)
depreciação
CONTÁBIL (VH) ENTRADA acumulada 130.000,00 130.000,00 130.000,00 130.000,00
Valor presente
líquido dos
fluxos de caixa
durante sua
VALOR JUSTO vida útil
(VJ) USO econômica 150.000,00 150.000,00 125.000,00 115.000,00
VALOR DE Tabela FIP
MERCADO (VM) TROCA (+)/(-) Ajustes 160.000,00 140.000,00 120.000,00 118.000,00

VALOR Maior valor


RECUPERÁVEL entre USO e
(VR) REALIZAÇÃO TROCA 160.000,00 150.000,00 125.000,00 118.000,00
Só quando o
IMPAIRMENT VR < VC 0,00 0,00 -5.000,00 -12.000,00

Quando Verificar o Impairment?

ATIVOS DE TROCA
EM TODA
APRESENTAÇÃO DAS
DEMONSTRAÇÕES
ATIVOS INTANGÍVEIS DE
CONTÁBEIS
VIDA ÚTIL INDEFINIDA

ATIVO DE USO
SOMENTE QUANDO
HOUVER EVIDÊNCIAS
ATIVOS INTANGÍVEIS DE DE PERDAS
VIDA ÚTIL DEFINIDA

74

Contabilidade de Ativos Relevantes


78

Exemplos de Evidências de Perdas em


Ativos de Uso e Intangíveis
Para os ativos de uso e intangíveis de vida útil definida são

exemplos de evidências de perdas:

• Acidentes Operacionais

• Acidentes Ambientais

• Volatilidade de preços de mercado (persistente e para baixo)

• Mudança no fluxo estimado de vendas (persistente e para baixo)

• Volatilidade de tecnologia

• Combinação de Negócios (Aquisição de Controle, Fusão, Incorporação, Cisão entre

partes independentes) 75

Impacto na DRE da PNRC

1. As perdas por não recuperabilidade do custo - PNRC são contabilizadas se debitando

a DRE – Despesas e se creditando o ATIVO correspondente (conta

retificadora), ou seja, estas perdas, quando apuradas e reconhecidas, reduzem o

valor do ATIVO e reduzem o valor do resultado;

2. Exceto no caso de Ativos Intangíveis de Vida Útil Indefinida, as perdas podem ser

revertidas quando desaparecerem as evidências de perdas;

3. A perda apurada e registrada na DRE não é dedutível para cálculo dos Impostos

sobre o Lucro (Lei 12.973/14).

76

Contabilidade de Ativos Relevantes


79

Base de Mensuração das


Demonstrações Contábeis
- Caso: AMBEV / AB: 2016 – NE P.13

3.a. Bases de apresentação e mensuração


As demonstrações contábeis individuais e consolidadas são
apresentadas em milhares de reais (“R$”), exceto quando
mencionado de outra forma, arredondados para o milhar
mais próximo indicado. O critério de mensuração
utilizado na elaboração das demonstrações contábeis
considera o custo histórico, o valor líquido de
realização, o valor justo ou o valor recuperável.

77

Atividade 4

Contabilidade de Ativos Relevantes


80

AULA 3/4
1. Estoques
2. Ativos Biológicos
3. Instrumentos Financeiros Básicos

UD 4:

Estoques

CPC 16 / IAS 2

Contabilidade de Ativos Relevantes


81

Estoques
Principais Pontos: Reconhecimento e
Mensuração
1. São mensurados, inicialmente, pelo valor de custo e na
mensuração subsequente, pelo custo de aquisição ou pelo
valor realizável líquido, dos dois o menor;

2. O custo inicial deve considerar todos os custos de aquisição,


de transformação e outros incorridos para trazer os estoques
à sua condição e localização atuais;

3. Quando da existência de bens não-intercambiáveis, seu custo


específico precisa ser utilizado. No caso de bens
intercambiáveis, deve-se usar o custo médio ponderado ou o
Primeiro Que Entra, Primeiro Que Sai (PEPS);
81

Estoques
Principais Pontos: Reconhecimento e
Mensuração

4. O custo dos estoques pode não ser recuperável por motivo de


danificação, obsolescência, redução no preço de venda,
incremento no custo estimado de acabamento, etc. Nesse caso, o
valor de custo precisa ser substituído pelo valor realizável
líquido, obtido a partir do preço de venda estimado deduzido
dos custos estimados de conclusão, dos gastos estimados
necessários para se concretizar sua venda e dos tributos
incidentes sobre a venda;

5. As reduções ao valor realizável líquido devem ser revertidas


quando desaparecerem as circunstâncias que obrigaram ao seu
registro;
82

Contabilidade de Ativos Relevantes


82

Estoques
Principais Pontos: Reconhecimento e
Mensuração

6. Os estoques são baixados ao resultado como despesa


(custo da mercadoria ou produção vendida) quando
reconhecida a receita a que se vinculam, ou quando
consumidos nas atividades a que se destinam, se não estiverem
vinculados à produção de bens ou à prestação de serviços para a
geração de receita futura. São também reconhecidas como
despesas do período a redução ao valor realizável líquido e
quaisquer outras perdas;

83

Estoques
Ajuste a Valor Realizável Líquido e Estimativas
de Perdas

Considere que a empresa “O Mercado não Está para Peixe


Ltda.” tenha adquirido estoque, ao custo histórico, por um
valor total de R$1.000,00 e que até o findo do período a
empresa tenha vendido 70% das mercadorias. A empresa
verificou que 10% do saldo do estoque se tornou obsoleto. O
preço estimado de venda do estoque em condições de venda
é de R$500,00, a alíquota dos impostos sobre a venda é de
20%, comissões aos vendedores de 5% e despesas para
completar a venda de R$150,00. Então, o estoque ficaria
assim demonstrado:

84

Contabilidade de Ativos Relevantes


83

Demonstração do Ajuste a Valor Realizável Líquido

Dados R$
Custo Histórico do Estoque R$ 1.000,00
(-) Baixa pela Venda (70%) R$ 700,00
(=) Saldo do Estoque ao custo histórico R$ 300,00
(-) Estoque Obsoleto (não realizáveis) (10%) R$ 30,00
(=) Estoque (realizáveis) ao custo histórico R$ 270,00
(=) Preço de Venda do estoque realizável R$ 500,00
(-) Impostos sobre a Venda (20%) R$ 100,00
(-) Comissão dos Vendedores (5%) R$ 25,00
(-) Despesas para Completar a Venda R$ 150,00
(=) Estoque ao valor realizável líquido R$ 225,00
(-) Ajuste do Valor Realizável Líquido -R$ 45,00
85

Reconhecimento das Perdas e do AVRL

Mensuração Subsequente Mensuração Subsequente

Pelo Ajuste a VRL Pelas Perdas por Obsolescência

DÉBITO CRÉDITO DÉBITO CRÉDITO

DRE BP DRE BP

CUSTO ATIVO DESPESAS ATIVO

AVRL ESTOQUE (-) Perdas ESTOQUE (-)

45,00 45,00 30,00 30,00

86

Contabilidade de Ativos Relevantes


84

Estoques
Esquema dos Métodos de Mensuração
CUSTO NO COMÉRCIO CUSTO NA INDÚSTRIA E EXPLORAÇÃO
Mercadoria para Revenda e Matéria Produtos em Elaboração e Acabados
Prima (Custeio por Absorção)
(+) Valor da mercadoria
Custos
(+) Impostos Não Recuperáveis (+) Material Direto Variáveis
(- ) Impostos Recuperáveis (+) Mão de Obra Direta
(+) Fretes + Seguros (comprador) (+) CIF – Custos Indiretos Custos
Fixos
(- ) Descontos Incond Obtidos

(+) ESTOQUES

(-) Baixa pela Entrega (DRE)


• Custo Específico DRE
• Custo Médio Ponderado
• PEPS
(=) saldo (custo ou
87 vrl, dos dois, o menor)

DRE
GASTOS
(+) RECEITA
LÍQUIDA

INVESTIMENTOS CONSUMO
(- ) CMV/CPV

TROCA
RENDA CUSTOS DESPESAS
OU
OU
MATÉRIA LUCRO BRUTO
GANHO
PRIMA

(- ) DESPESAS
USO
PROD
INDIRETOS DIRETOS

(- ) ENCARGOS
OBJETO
USO
CUSTEIO A ESTOQUE
ADM
RATEIO (-/+) GANHOS
OBJETO
E PERDAS E RF
CUSTEIO B

= RESULTADO
LÍQUIDO
88

Contabilidade de Ativos Relevantes


85

Exemplo Prático:
A empresa Frescor S/A é uma empresa comercial e tem por atividade a
comercialização de filtros para ar condicionado para o consumidor final. Em
02/09/16 a empresa comprou 1.000 unidades conforme dados da nota fiscal
de entrada que seguem e não haviam saldos iniciais de estoque. Em
30/09/16 40% dos seus estoques ainda não tinham sido vendidos. O valor
total de venda dos estoques é de R$4.000,00, sua tributação sobre as vendas
é de 20% e a despesas para completar a venda é de R$1.000,00.
A empresa é contribuinte do ICMS e não é contribuinte de IPI.
À luz do CPC 16, demonstre o valor do custo a ser reconhecido no ativo como
Estoque e evidencie o total do Ativo Circulante, considerando serem estas as
únicas transações da empresa.

89

1 – Dados obtidos da Nota Fiscal de Entrada

(=) Valor total das Mercadorias 10.000,00


(+) Valor do Frete* 1.400,00
(+) Valor das Despesas Acessórias* 300,00
(+) Valor do Seguro* 1.000,00

(-) Valor do Desconto Incondicional 1.500,00


(+) Valor do IPI sobre a compra 4.445,00
(=) Valor a pagar ao Fornecedor 15.645,00
Valor do ICMS na Entrada (será excluído do custo) 2.128,00
Valor do IPI na Entrada (será incluído no custo) 4.445,00
* Custo por conta do destinatário (comprador)

90

Contabilidade de Ativos Relevantes


86

2 – Valor do Custo Histórico do Estoque

(+) Valor da operação (mercadoria + fr + sg + da) 12.700,00


(-) Desconto incondicional -1.500,00
(-) ICMS (recuperável) -2.128,00
(+) IPI (não recuperável) 4.445,00
(=) Total do Estoque adquirido 13.517,00
Quantidades adquiridas 1.000
Valor unitário do estoque 13,517
(-) Baixa de 60% do Estoque -8.110,20
Saldo do custo histórico do estoque 5.406,80
Valor realizável líquido do estoque (slide seguinte) 2.200,00
(-) Ajuste a Valor Realizável Líquido 3.206,80
91

3 – Valor Realizável Líquido de 40% dos Estoques

(+) Valor de venda da mercadoria


4.000,00

(-) Impostos sobre a Venda (20%)


-800,00

(-) Despesas para completar a venda


-1.000,00

(=) Valor Realizável Líquido do Estoque


2.200,00
92

Contabilidade de Ativos Relevantes


87

4 – Reconhecimento Contábil Compra e Baixa

Reconhecimento Contábil da Compra


Débito: Estoque de Filtros Modelo A
13.517,00
Débito: ICMS a Recuperar
2.128,00
Crédito: Fornecedor
15.645,00

Reconhecimento Contábil da Baixa do Estoque


Débito: Custo da Mercadoria Vendida
8.110,20
Crédito: Estoque de Filtros Modelo A
8.110,20
93

5 – Reconhecimento Contábil AVRL

Reconhecimento Contábil do Ajuste a Valor Realizável


Líquido

Débito: Ajuste a Valor Realizável Líquido (DRE / CMV)


3.206,80

Crédito: Estoque de Filtro Modelo A


3.206,80

94

Contabilidade de Ativos Relevantes


88

6 – Evidenciação Contábil

Evidenciação no Balanço Patrimonial 30/09/2016

Ativo

Ativo Circulante 3.015,20

Estoque de Mercadorias para Revenda 2.200,00

ICMS a Recuperar (40%) 815,20

95

Exemplo prático da mensuração da baixa do


estoque por CMP e PEPS
Histórico das transações:
1. 02/09/2016 compra de 1.000 unidades ao custo unitário de 13,517;
2. 30/09/2016 venda de 60% do estoque;
3. 30/09/2016 apuração do VRL do saldo do estoque em R$2.200,00;
4. 02/10/2016 apuração do VRL do saldo do estoque em R$6.000,00;
5. 02/10/2016 compra de 800 unidades ao custo unitário de 7,00;
6. 05/10/2016 venda de 900 unidades;
7. 10/10/2016 compra de 100 unidades ao custo unitário de 10,00;
8. 30/10/2016 venda de 70% do estoque;
9. 30/10/2016 apuração VRL do saldo do estoque em R$5.000,00.

96

Contabilidade de Ativos Relevantes


89

Custo Médio Ponderado Móvel


Entrada / Reversão de AVRL Saída/Ajuste Saldo

T Data Cunit Qde Ctot Cunit Qde Ctot Cunit Qde Ctot

Saldo Inicial 0

1 02/set R$ 13,52 1.000 R$ 13.517,00 R$ 13,52 1.000 R$ 13.517,00

2 30/set R$ 13,52 600 R$ 8.110,20 R$ 13,52 400 R$ 5.406,80

3 30/set R$ 3.206,80 R$ 5,50 400 R$ 2.200,00

4 02/out R$ 3.206,80 R$ 13,52 400 R$ 5.406,80

5 02/out R$ 7,00 800 R$ 5.600,00 R$ 9,17 1.200 R$ 11.006,80

6 05/out R$ 9,17 900 R$ 8.255,10 R$ 9,17 300 R$ 2.751,70

7 10/out R$ 10,00 100 R$ 1.000,00 R$ 9,38 400 R$ 3.751,70

8 R$ 9,38 280 R$ 2.626,19 R$ 9,38 120 R$ 1.125,51


R$ R$
Saldo Final 1900 23.323,80 1.780 22.198,29 R$ 9,38 120 R$ 1.125,51
97

Custo Médio Ponderado Fixo

T Histórico Data Cunit Qde Ctot


Saldo
Inicial

1Compra 02/set R$ 13,52 1.000 R$ 13.517,00

5Compra 02/out R$ 7,00 800 R$ 5.600,00

7Compra 10/out R$ 10,00 100 R$ 1.000,00

Média Fixa R$ 10,59 1.900 R$ 20.117,00

Inventário 30/10/2016 120

2,6,8Baixa Custo 30/10/2016 R$ 10,59 -1.780 -R$ 18.846,45


Saldo
Final 30/10/2016 R$ 10,59 120 R$ 1.270,55
98

Contabilidade de Ativos Relevantes


90

Custo PEPS – Primeiro a Entrar, Primeiro a Sair


Entrada / Reversão de AVRL Saída/Ajuste Saldo
T Data Cunit Qde Ctot Cunit Qde Ctot Cunit Qde Ctot
Saldo Inicial 0

1 02/set R$ 13,52 1.000 R$ 13.517,00 R$ 13,52 1.000 R$ 13.517,00

2 30/set R$ 13,52 600 R$ 8.110,20 R$ 13,52 400 R$ 5.406,80


3 30/set R$ 3.206,80 R$ 5,50 400 R$ 2.200,00

4 02/out R$ 3.206,80 R$ 13,52 400 R$ 5.406,80


5 02/out R$ 7,00 800 R$ 5.600,00 R$ 7,00 800 R$ 5.600,00
1.200 R$ 11.006,80
6 05/out R$ 13,52 400 R$ 5.406,80 R$ 0,00 0 R$ 0,00
R$ 7,00 500 R$ 3.500,00 R$ 7,00 300 R$ 2.100,00
900 R$ 8.906,80 300 R$ 2.100,00
7 10/out R$ 10,00 100 R$ 1.000,00 R$ 7,00 300 R$ 2.100,00

R$ 10,00 100 R$ 1.000,00


400 R$ 3.100,00
8 R$ 7,00 280 R$ 1.960,00 R$ 7,00 20 R$ 140,00

R$ 10,00 100 R$ 1.000,00


120 R$ 1.140,00
R$
Saldo Final 1.900 23.323,80 1.780 22.183,80 R$ 1.140,00
99

Estoques
Estrutura de Reconhecimento

OPERAÇÃO APLICAÇÃO (D) ORIGEM ( C)


ENTRADA PELA COMPRA
OU CUSTEIO POR ESTOQUE FORNECEDOR/DISPONÍVEL
ABSORÇÃO BP BP
AJUSTE A VALOR CMV / CPV ESTOQUE
REALIZÁVEL LÍQUIDO DRE BP
REVERSÃO DO AJUSTE A
VALOR REALIZÁVEL ESTOQUE CMV / CPV
LÍQUIDO BP DRE
AJUSTE A VALOR
PRESENTE JUROS A APROPRIAR ESTOQUE
(-) FORNECEDOR / BP (AVP) BP
JUROS A APROPRIAR
APROPRIAÇÃO DOS JUROS DESPESAS (-) FORNECEDOR / BP
DO FORNECEDOR FINANCEIRAS / DRE
BAIXA PELO CUSTO CMV/CPV ESTOQUE
APURADO NA SAÍDA DRE BP
100

Contabilidade de Ativos Relevantes


91

Estoques
Resumo

Os Estoques são tratados no CPC 16 e representam ativos com objetivo de


venda (troca) ou consumo (uso), como por exemplo, o almoxarifado. São
mensurados inicialmente pelo custo histórico e subsequentemente pelo custo
histórico ou valor realizável líquido, dos dois, o menor valor. Sofrem também
perdas por não condições de troca ou uso. Quando o custo histórico for
relativo à produção ou à exploração, seu valor deve ser determinado pelo
método do custeio por absorção. Sua baixa ocorre, simultaneamente, à
receita de venda (entrega) e, neste caso, podem ser baixados pelo custo
específico, custo médio ponderado móvel, custo médio ponderado fixo ou
PEPS.

101

Estoques
Caso: AREZZO S/A
AB: 2016 / NE 2.7, P.5
“Os estoques são avaliados ao custo ou valor líquido realizável, dos dois o menor.
Os custos incorridos para levar cada produto à sua atual localização e condição são
contabilizados da seguinte forma:

Matérias primas - custo de aquisição segundo o custo médio.

Produtos acabados e em elaboração - custo dos materiais diretos e mão de obra e uma
parcela proporcional das despesas gerais indiretas de fabricação com base na capacidade
operacional normal.

O valor líquido realizável corresponde ao preço de venda no curso normal dos


negócios, menos os custos estimados de conclusão e os custos estimados necessários
para a realização da venda.

As provisões para estoques de baixa rotatividade ou obsoletos são constituídas


quando consideradas necessárias pela Administração.” 102

Contabilidade de Ativos Relevantes


92

Estoques
Caso: AREZZO S/A
AB: 2015 / NE 8, P.21
Rubricas Controladora Consolidado

31/12/2016 31/12/2015 31/12/2016 31/12/2015

Matéria Prima 5.910 5.672 14.598 12.359

Produtos Elaboração 0 0 3.977 9.831

Produtos Acabados 31.682 33.422 89.941 87.163

Adiantamento a 4.196 1.793 4.693 2.071


Fornecedores
(-) Ajuste a Valor (2.229) (3.584) (2.731) (4.473)
Realizável
(=) Saldo Final 39.559 37.303 110.478 106.951
103

Caso Integrativo: Parte 1

Contabilidade de Ativos Relevantes


93

UD 5:

Ativos Biológicos
(e Produtos Agrícolas)

CPC 29 / IAS 41

Ativos Biológicos
Definição

Para os fins do IAS 41, ativo biológico é planta ou animal vivo


utilizado no gerenciamento da transformação biológica (i.e., o
processo de crescimento, degeneração, produção e procriação que
causam mudanças qualitativa e quantitativa no ativo biológico) e da
colheita de ativos biológicos para venda, conversão em produtos
agrícolas (i.e., o produto colhido ou obtido de ativo biológico da
entidade) ou em ativos biológicos adicionais para a entidade, desde
que não seja uma planta portadora.

106

Contabilidade de Ativos Relevantes


94

Ativos Biológicos
Definição

Planta portadora é uma planta viva que: (a) é utilizada na


produção ou no fornecimento de produtos agrícolas; (b) é cultivada
para produzir frutos por mais de um período; e (c) tem uma
probabilidade remota de ser vendida como produto agrícola, exceto
para eventual venda como sucata. Embora a planta portadora seja
uma planta viva, não é contabilizada conforme o IAS 41, mas em
conformidade com o IAS 16, ou seja, como ativo imobilizado.

107

Ativos Biológicos x Produtos Agrícolas


Exemplos:

Ativo Biológico Produto Agrícola Produtos Processado

Carneiro Lã Tapete

Gado de Leite Leite Queijo

Suíno Carne Suína Presunto

Cana de Açúcar Cana Colhida Açúcar


108

Contabilidade de Ativos Relevantes


95

Ativos Biológicos
Principais Pontos: Reconhecimento e
Mensuração
1. Requer sua contabilização pelo valor justo menos as despesas
de vender, desde o reconhecimento inicial, exceto quando o
valor justo não estiver disponível;

2. As variações no valor justo do ativo biológico são receitas ou


despesas na demonstração do resultado do período;

3. Já no caso de certas árvores em crescimento para futura


produção de madeira, por exemplo, pode não haver valor de
mercado enquanto nessa fase. Nesse caso, a avaliação desse
ativo biológico é feita pelo custo.

109

Ativos Biológicos
Principais Pontos: Reconhecimento e
Mensuração
4. Se passar a haver mercado e condição de avaliação ao valor
justo menos despesas de venda para um ativo biológico que vinha
sendo avaliado ao custo, esse valor justo líquido deve passar a
ser utilizado desse momento em diante;

5. Quando da avaliação ao valor justo menos despesas de venda,


todos os gastos relativos ao ativo biológico são considerados
como despesa do período quando incorridos.

6. A entidade é encorajada a fornecer uma descrição da quantidade


de cada grupo de ativos biológicos, distinguindo entre
consumíveis e de produção ou entre maduros e imaturos
(circulantes e não circulantes), conforme apropriado.

110

Contabilidade de Ativos Relevantes


96

Ativos Biológicos
Caso de mensuração: BRF

O valor justo dos animais vivos (suínos e aves) e florestas é


determinado por meio de dados não observáveis, utilizando as
melhores práticas disponíveis nas circunstâncias de avaliação,
portanto são classificados na categoria de valor justo de Nível
3, conforme previsto na Deliberação CVM nº 699/12 (CPC 46).
Já o bovino para consumo, a empresa adota valor justo Nível
1 – Valor de Mercado observável menos despesas de venda.

111

Ativos Biológicos
Caso de mensuração: BRF
Aves e Suínos: A Companhia Florestas: A Bovino: Nas operações
determinou que o cost approach Companhia do Brasil, a valorização é
(custos históricos e determinou que o reconhecida através do
precificação) é a técnica de income valor de mercado de
avaliação mais apropriada para o approach (fluxos forma confiável em
cálculo do valor justo de seus de caixa virtude da existência de
animais vivos, conforme previsto descontados) é a mercados ativos. O ganho
na Deliberação CVM nº 699/12, técnica de ou perda, na variação do
principalmente por conta do curto avaliação mais valor justo dos ativos
período de vida dos ativos apropriada para o biológicos é reconhecido
biológicos, bem como o preço que cálculo do valor no resultado no período
seria recebido pela venda em um justo de suas em que ocorre como
mercado ativo baseado no custo florestas, onde o receita bruta.
para produzir um animal em mesmo valor do ativo está
grau de maturidade no seu ciclo de relacionado ao
vida. No caso de animais mantidos valor presente dos
para produção, esse custo é fluxos de caixas
reduzido ao longo do tempo líquidos gerados
levando em conta a redução em pelo ativo biológico
valor ao longo de sua vida útil. no futuro. 112

Contabilidade de Ativos Relevantes


97

Ativos Biológicos
Classificação quanto ao destino:
1. Ativos Circulantes
1.1 Consumo: Ativos biológicos para venda ao mercado (abate ou colheita)
1.1.1 Consumo Maduros: ativos biológicos prontos para o consumo.
1.1.2 Consumo Imaturos: ativos biológicos ainda em fase de
desenvolvimento biológico para consumo.

2. Ativos Não Circulantes


2.1 Produção: Ativos biológicos para reprodução (matrizes) de outros ativos
biológicos ou produto agrícola.
2.1.1 Produção Maduros: ativos biológicos prontos para a produção.
2.1.2 Produção Imaturos: ativos biológicos ainda em fase de
desenvolvimento biológico para a produção.

113

Produtos Agrícolas
Definição

Produto agrícola é o estoque obtido do ativo biológico não só


por colheita mas também, pelo nascimento quando o objetivo
for consumo para produção ou para venda imediatos. Por
exemplo, se os cabritos que nascem são destinados à venda
imediatamente ao nascimento, estes são produtos agrícolas e
as cabras, se destinadas à produção do leite, como ativos
biológicos.

114

Contabilidade de Ativos Relevantes


98

Produtos Agrícolas
Principais Pontos: Reconhecimento e
Mensuração

1. Imediatamente após a colheita, o nascimento ou qualquer outra


forma de sua obtenção, os produtos agrícolas são avaliados ao
valor justo menos despesas de venda, com a contrapartida
desse registro afetando o resultado. Presume-se que sempre
há valor de mercado para o produto agrícola. Daí para frente,
enquanto na forma de produtos agrícolas, esses estoques
continuam a ser avaliados ao valor justo menos despesas de
venda, com todas as variações reconhecidas no resultado;

115

Produtos Agrícolas
Principais Pontos: Reconhecimento e
Mensuração
2. A partir de qualquer utilização do produto agrícola em processo de
transformação, deixam de ser tratados conforme as determinações deste
Pronunciamento Técnico CPC 29 e passam a ser tratados pelo
Pronunciamento Técnico CPC 16 – Estoques, ou outro mais apropriado.
Consequentemente, por exemplo, no caso de um processamento industrial do
leite extraído do gado leiteiro, o valor justo menos despesas de venda
atribuído ao leite quando extraído passa, a partir do início do processamento,
a ser considerado como o custo desse material, ao qual serão adicionados os
demais custos industriais. Esse estoque a partir do processamento estará,
quer como produto em elaboração, quer como produto acabado, sujeito à
avaliação pelo custo conforme o Pronunciamento Técnico CPC 16. 116

Contabilidade de Ativos Relevantes


99

Exemplo Prático – Nascimento:


A empresa Gado Forte S/A tem como atividade
. o serviço de engorda e abate de bovinos.
No mês de fevereiro de 20x1 nasceram 100 bezerros os quais foram acrescidos ao rebanho
já existente. O valor de mercado de cada cabeça é de R$1.000,00. O objetivo é que o
animal seja abatido com 2 anos, quando cada cabeça deverá alcançar por volta das 18
arrobas, sendo cada arroba o correspondente a 15 quilos. A despesas para vender
correspondem a 20% do valor de mercado do ativo. A contabilização a ser feita é a que
segue:

D Ativo Biológico – Bovino para Consumo – Imaturo


80.000,00

C Receita Bruta 80.000,00

Histórico: Valor justo de 100 cabeças de bezerros no nascimento em fevereiro de 20x1


100 x R$1.000,00 = R$100.000,00 – 20% = R$80.000,00.

117

Exemplo Prático – Ajuste a Valor Justo:


Ainda em continuidade do caso da empresa . Gado Forte S/A que tem como atividade o
serviço de engorda e abate de bovinos. Considere que ao findo do exercício social, o
valor justo da arroba do boi gordo seja de R$140,00. As despesas para vender é de 20%.
Com base no histórico até o momento temos: (a) quantidade de cabeças = 100; (b)
quantidade de arrobas por cabeça = 12; (c) total de arrobas = 1.20 0; (d) valor justo antes
das despesas para vender = 168.000,00; (e) valor justo depois das despesas para vender =
R$168.000,00 – 20% = R$134.400,00, (f) valor total do ativo antes do ajuste a valor justo
= R$80.000,00 (g) valor justo na mensuração
subsequente = R$134.400,00 e (h) ajuste a valor justo = R$54.400,00. Em decorrência,
temos a seguinte contabilização.

D Ativo Biológico – Bovino para Consumo – Imaturo 54.400,00

C Receita Bruta 54.400,00

Histórico: Ajuste a valor justo em 20x1.

118

Contabilidade de Ativos Relevantes


100

Ativos Biológicos**
Estrutura de Reconhecimento
OPERAÇÃO APLICAÇÃO (D) ORIGEM ( C)
ATIVO BIOLÓGICO FORNECEDOR/DISPONÍVEL
ENTRADA PELA COMPRA BP BP

AJUSTE A VALOR JUSTO NA ATIVO BIOLÓGICO RECEITA BRUTA


APRESENTAÇÃO PARA CIMA BP DRE
AJUSTE A VALOR JUSTO NA CUSTO ATIVO BIOLÓGICO
APRESENTAÇÃO PARA BAIXO DRE BP
ENTRADA PELO NASCIMENTO OU ATIVO BIOLÓGICO RECEITA BRUTA
COLHEITA BP DRE
GASTOS COM A CRIAÇÃO A VALOR DESPESAS FORNECEDOR/DISPONÍVEL
JUSTO DRE BP
GASTOS COM A CRIAÇÃO A VALOR FORNECEDOR/DISPONÍVEL
DE CUSTO ATIVO BIOLOGICO* BP
DISPONÍVEL ATIVO BIOLÓGICO
BAIXA PELA VENDA BP BP
ATIVO BIOLÓGICO
CUSTO BP
BAIXA PELA MORTE DRE
• Somente quando não houver mercado para cotação específica.
• ** Tratamento idêntico para Produtos Agrícolas
119

Ativos Biológicos
Resumo

São animais ou plantas vivos utilizados pela empresa no gerenciamento da


transformação biológica. Quanto ao seu destino, podem ser consumíveis
(venda) ou produção (matrizes) e, quanto ao seu tempo de realização, podem
ser maduros ou imaturos.

São avaliados na mensuração inicial e subsequente ao valor justo menos


despesas para vender. No nascimento, morte e na variação do valor justo
seu impacto é na Receita Bruta ou Custo (DRE).

As despesas com a criação são reconhecidas como despesas quando


incorridas. Registros a custo só são permitidos quando não houver forma de
determinação do valor justo (N1 ou N3).
120

Contabilidade de Ativos Relevantes


101

Ativos Biológicos (e PA)


Caso: JBS S/A
AB: 2016 / NE 7, P.8
“Aves e ovos:

Circulantes (consumíveis) - Referente a aves destinadas ao abate em


período de maturação para corte, os quais permanecem em desenvolvimento
durante um período de 30 a 48 dias para produção de carne in natura e/ou
produtos industrializados e, ovos aguardando eclosão.

Não circulantes (para produção) - Referente a avós e matrizes de aves


destinadas a reprodução e tem sua vida útil estimada em 68 semanas. Os
animais nessa categoria são segregados em maduros e imaturos, sendo que
os maduros são animais já em estágio de reprodução e os imaturos estão em
desenvolvimento.” 121

Ativos Biológicos
Caso: JBS S/A
AB: 2016 / NE 7, P.8
“Aves e ovos:

O valor justo desses ativos biológicos está substancialmente


representado pelo seu custo de aquisição, mais a absorção de custos
acumulados, devido ao curto ciclo de vida e a margem de
rentabilidade ser substancialmente representativa, apenas no
processo de industrialização. Dessa forma, os ativos circulantes são
mantidos a custo, e os ativos não circulantes além de serem
mantidos a custo, são amortizados conforme sua capacidade de
produzir novos ativos (ovos).”
122

Contabilidade de Ativos Relevantes


102

Ativos Biológicos
Caso: JBS S/A
AB: 2015 / NE 7, P.5
“Bovinos:

Circulantes (consumíveis) - referente a gado bovino em sistema de


confinamento (intensivo), gado bovino a pasto (extensivo) e permanece em
desenvolvimento por um período de 90 a 120 dias.

Nas operações do Brasil, a valorização é reconhecida através do valor de


mercado de forma confiável em virtude da existência de mercados ativos. O
ganho ou perda, na variação do valor justo dos ativos biológicos é
reconhecido no resultado no período em que ocorre como receita bruta. Nas
operações dos Estados Unidos da América não há mercado ativo, e os ativos
são mantidos a custo.”
123

Ativos Biológicos
Caso: JBS S/A
AB: 2015 / NE 7, P.5
Suínos:

Circulantes (consumíveis) - referente a suínos que estão em período de maturação de 170 a 190
dias, mantidos em granjas até que estejam maduros e prontos para o abate. Nos Estados Unidos, os
suínos que estão nesta categoria são registrados, de forma confiável, a valor de mercado devido a
existência de mercados ativos. Os ganhos ou perdas na variação do valor justo dos ativos biológicos
são registrados na demonstração de resultado sob a rubrica de receita bruta no período em que
ocorrem. As operações no Brasil não possuem mercado ativo e os ativos biológicos são avaliados a
custo.

Não circulantes (para produção) - referente a suínos que são destinados à reprodução, que tem
vida útil estimada entre 24 e 28 meses. O valor justo dos ativos biológicos não circulantes está
substancialmente representado pelo seu custo de aquisição, acrescido de custos de absorção
acumulados. Assim, os ativos são mantidos a custo e amortizados conforme a estimativa de sua vida
útil.
124

Contabilidade de Ativos Relevantes


103

UD 7:
Instrumentos
Financeiros
Básicos

CPC 48*, 39 e 40 / IFRS


9*, IAS 39 e IAS
32
* A partir de 01/01/18

Instrumentos Financeiros

Os Instrumentos financeiros são representados pelo


caixa e equivalentes de caixa e qualquer contrato
que dê origem a um ativo financeiro para a
entidade e a um passivo financeiro ou
instrumento patrimonial para outra entidade.

Estrutura Conceitual, CPC 39, Item 11, pág.6

Contabilidade de Ativos Relevantes


104

Tipos de Instrumentos Financeiros


O IFRS 9 classifica os instrumentos financeiros de acordo com os critérios de mensuração subsequente,
os quais são determinados com base em dois fatores:

a) O modelo de negócios da entidade para a gestão dos ativos financeiros; e

b) As características de fluxo de caixa contratual do ativo financeiro em questão.

A partir da análise combinada desses dois fatores, a entidade deverá mensurar, subsequentemente, os
instrumentos financeiros pelo:

1. método do custo amortizado ou pelo

2. modelo do valor justo por meio de outros resultados abrangentes, ou ainda, pelo

3. modelo do valor justo por meio do resultado

(IFRS 9.4.1.1), conforme demonstrado a seguir.

Ricardo Cardoso e Andréa Silveira

127

INSTRUMENTOS FINANCEIROS
- Custo Amortizado -
O ativo financeiro será mensurado, subsequentemente, pelo método do custo
amortizado e, consequentemente, classificado como custo amortizado se e,
somente se, as duas condições a seguir forem atendidas: (IFRS 9.4.1.2)
“(a) O ativo financeiro for mantido com base no modelo de negócios cujo
objetivo seja o de manter ativos com o fim de receber fluxos de caixa
contratuais; e
(b) Os termos contratuais do ativo financeiro derem origem, em datas
especificadas, a fluxos de caixa que constituam exclusivamente
pagamentos de principal e juros sobre o saldo remanescente do
principal em aberto.”

Ricardo Cardoso e Andréa Silveira

128

Contabilidade de Ativos Relevantes


105

INSTRUMENTOS FINANCEIROS
- Valor Justo por Meio de Resultados Abrangentes -
O ativo financeiro será mensurado, subsequentemente, pelo método do valor justo por
meio de outros resultados abrangentes e, consequentemente, classificado como valor
justo por meio de outros resultados abrangentes se e, somente se, as duas condições a
seguir forem atendidas (IFRS 9.4.1.2ª):

“(a) O ativo financeiro for mantido com base no modelo de negócios cujo objetivo seja
atingido tanto pelo recebimento de fluxos de caixa contratuais quanto pela
venda de ativos financeiros; e

(b) Os termos contratuais do ativo financeiro derem origem, em datas especificadas, a


fluxos de caixa que constituam exclusivamente pagamentos de principal e juros
sobre o saldo remanescente do principal em aberto.”

129

PERÍODO

EVENTOS CONTRAPARTIDA 1 2 3 TOTAL


(=)SALDO INICIAL DO
INVESTIMENTO 0,00 110,00 115,00

(+) COMPRA DO INVESTIMENTO DISPONÍVEL 100,00 0,00 0,00

(+) ATUALIZAÇÃO DO PAPEL PELAS RECEITA


CONDIÇÕES CONTRATUAIS (2% A.M) FINACEIRA 2,00 2,04 2,08 6,12

(=)SALDO ATUALIZADO 102,00 112,04 117,08 117,08


(+)/(-) AJUSTE A VALOR
PATRIMONIAL DE INSTRUMENTOS PATRIMÔNIO
FINANCEIROS (PL) LÍQUIDO 8,00 2,96 -3,08 7,88
(=) SALDO FINAL DO
INVESTIMENTO 110,00 115,00 114,00

VALOR DO TÍTULO A MERCADO 110,00 115,00 114,00 7,88

VALOR DO TÍTULO ATUALIZADO 102,00 104,04 106,12 6,12


130

Contabilidade de Ativos Relevantes


106

INSTRUMENTOS FINANCEIROS
- Valor Justo por Meio de Resultado -

Conforme o IFRS 9 (item 4.1.4), todos os ativos financeiros não


classificados como mensurados pelo custo amortizado e não classificados
como mensurados pelo valor justo por meio de outros resultados
abrangentes devem ser classificados como mensurados pelo valor justo
por meio do resultado.

De acordo com o IFRS 9 (item 4.1.5), a administração da entidade pode, no


ato do reconhecimento, de maneira irrevogável, designar os instrumentos
financeiros básicos como mensurados pelo modelo do valor justo mediante
resultado.

131

Exemplo de Cálculo do Valor Justo

DATA PAPEL OPERAÇÃO COTAÇÃO QDE TOTAL RESUL DEBITO CREDITO

01/07 CIEL 3 COMPRA 45,64 1000 45.640,00 0,00 AC / IF AC / DISP

30/07 CIEL 3 ATUAL 42,15 1000 42.150,00 -3.490,00 DESP FIN AC / IF

29/08 CIEL 3 ATUAL 41,96 1000 41.960,00 -190,00 DESP FIN AC / IF

12/09 CIEL 3 ATUAL 46,10 1000 46.100,00 4.140,00 AC / IF REC FIN

12/09 CIEL 3 VENDA 46,10 1000 46.100,00 0,00 AC / DISP AC / IF


132

Contabilidade de Ativos Relevantes


107

Instrumento Financeiro
RESUMO
PERDA POR
NÃO
MÉTODO DE CONTRA RECUPERABILI
CLASSIFICAÇÃO MENSURAÇÃO PRAZO PARTIDA DADE

VALOR JUSTO POR


MEIO DE RESULTADO
VALOR JUSTO CP DRE NÃO

CUSTO
CUSTO AMORTIZADO AMORTIZADO CP e LP DRE SIM

VALOR JUSTO POR CUSTO


MEIO DE RESULTADO AMORTIZADO e
ABRANGENTE VALOR JUSTO CP e LP DRE/ PL NÃO
133

Ativos Financeiros
Caso: Cielo S/A
AB: 2016 / NE 7, P.5
Os ativos financeiros são classificados nas seguintes categorias: (i) pelo
valor justo por meio do resultado; (ii) mantidos até o vencimento; (iii)
empréstimos e recebíveis; e (iv) disponíveis para venda. A classificação
depende da natureza e do propósito dos ativos financeiros e é determinada
no reconhecimento inicial.

134

Contabilidade de Ativos Relevantes


108

Caso Integrativo: Partes 2 e 3

AULA 4/4
1. Ativo Imobilizado
2. Propriedades para Investimentos
3. Ativo Intangível

Contabilidade de Ativos Relevantes


109

UD 8:

Imobilizado

CPC 27 / IAS 16

Ativo Imobilizado
Principais Pontos: Reconhecimento e
Mensuração
1. Deve ser mensurado inicialmente pelo seu custo;

2. O custo é equivalente ao preço à vista na data do reconhecimento;

3. São adicionados ao custo inicial: (+) gastos incrementais e


necessários a colocar o imobilizado em condições de
funcionamento, como transporte, tributos, montagem, testes etc. até
que ele esteja em condições de efetivo uso (+) valor estimado dos
gastos previstos para desmontagem, remoção e restauração do local
onde é instalado;

138

Contabilidade de Ativos Relevantes


110

Ativo Imobilizado
Principais Pontos: Reconhecimento e
Mensuração
4. Deve ser baixado por ocasião de sua alienação ou substituição; quando
não há expectativa de benefícios econômicos futuros com a sua utilização
ou alienação ou quando transferido para outro grupo de contas;

5. Deve reclassificar o imobilizado para o ativo circulante (mantido


para venda) se o seu valor contábil vai ser recuperado, principalmente,
por meio de transação de venda em vez do uso contínuo.

139

Ativo Imobilizado
Principais Pontos: Depreciação
1. A depreciação, entendida como a alocação sistemática do valor
depreciável de um ativo ao longo da sua vida útil econômica para
a entidade, corresponde à parcela pertencente ao período do total da
diferença entre o valor do custo do ativo (ou outro valor que substitua o
custo) menos o valor residual esperado ao final de sua utilização;

2. Cada componente de um item do ativo imobilizado com custo


significativo em relação ao custo total do item deve ser depreciado
separadamente;

3. Cessa a depreciação quando o ativo é desativado por baixa de


qualquer natureza ou transferência para ativo não circulante mantido
para venda.

140

Contabilidade de Ativos Relevantes


111

Ativo Imobilizado
Principais Pontos: Depreciação

4. Valor residual de um ativo é o valor estimado que a entidade


obteria com a venda do ativo, após deduzir as despesas
estimadas de venda, caso o ativo já tivesse a idade e a condição
esperadas para o fim de sua vida útil;

5. Além da base da depreciação, é necessária a verificação, pelo


menos anualmente, da eventual necessidade de reconhecimento
de perda por redução ao valor recuperável do ativo;

6. Os ajustes nas bases de depreciação e custo por perda por não


recuperabilidade são considerados mudanças de estimativas
(CPC 23) e não são ajustados retrospectivamente.

141

Exemplo Básico de Depreciação


Histórico Valores
Custo de Aquisição do Bem 100.000,00
Gastos para Colocar o Ativo em Condições de Uso 20.000,00
Gastos estimados para Desmobilização 30.000,00
Total do custo do Ativo 150.000,00
Data da aquisição 01/09/2014
Tempo estimado de benefício econômico em meses 60
Valor residual atual de venda líquido de um ativo de 60 meses de uso 10.000,00
Base de depreciação 140.000,00
Encargos de Depreciação Mensal 2.333,33

Fluxo do Ativo
Depreciação
Ano Custo do Ativo Período Acumulada Valor Liquido do Bem
2014 150.000,00 9.333,33 9.333,33 140.666,67
2015 150.000,00 28.000,00 37.333,33 112.666,67
2016 150.000,00 28.000,00 65.333,33 84.666,67
2017 150.000,00 28.000,00 93.333,33 56.666,67
2018 150.000,00 28.000,00 121.333,33 28.666,67
2019 150.000,00 18.666,67 140.000,00 10.000,00
142

Contabilidade de Ativos Relevantes


112

Perda por Não Recuperabilidade do Custo


Ainda com base nos dados do caso anterior, suponha que na
apresentação do Balanço Patrimonial de 2016 (saldo contábil líquido
de 84.666.67) a empresa tenha evidências de perdas e tenha
verificado que o valor justo do ativo (FCD) tenha sido de
R$75.000,00 e o valor de mercado de R$80.000,00. Neste caso, o
valor recuperável será de R$80.000,00 (dos dois o maior valor) e a
empresa teria que reconhecer uma perda por não recuperabilidade de
custo do ativo no valor de R$4.666,67, assim:
Mensuração Subsequente
Pela Perda
DÉBITO CRÉDITO
DRE BP
DESPESAS ATIVO
PNRC IMOB (-)
4.666,67 4.666,67 143

Imobilizado
Estrutura de Reconhecimento
OPERAÇÃO APLICAÇÃO (D) ORIGEM ( C)
COMPRA PELO CUSTO DE IMOBILIZADO CONTRAPRESTAÇÃO
ENTRADA BP BP
CUSTO OU DESPESAS
OPERACIONAIS/ ENCARGOS
DE DEPRECIAÇÃO DEPRECIAÇÃO ACUMULADA
DEPRECIAÇÃO BP OU DRE (-) BP
AJUSTE DE AVALIAÇÃO
IMOBILIZADO PATRIMONIAL (PL)
AJUSTE A VALOR JUSTO BP BP
QUANDO PERMITIDO

PROVISÃO PARA
ESTIMATIVA DE IMOBILIZADO DEMOBILIZAÇÃO
DESMOBILIZAÇÃO BP BP
PERDA PELA NÃO
PERDA PELA NÃO RECUPERABILIDADE
RECUPERABILIDADE (CONTA RETIFICADORA)
IMPAIRMENT DRE (-) BP
CONTRAPRESTAÇÃO/ IMOBILIZADO/ GANHO NA
BAIXA PELO CUSTO APURADO PERDA NA ALIENAÇÃO ALIENAÇÃO
NA SAÍDA BP / DRE (-) BP / DRE (+)
144

Contabilidade de Ativos Relevantes


113

Ativo Imobilizado
Resumo

São ativos tangíveis com destino exclusivo para uso nas atividades operacionais da
empresa. São mensurados inicialmente ao custo histórico e assim mantidos
subsequentemente com ajustes de depreciação. Excepcionalmente, o imobilizado pode
ser levado a seu valor justo, entendido como o seu valor presente liquido da menor
unidade geradora de caixa. Estas situações ocorrem somente na adoção inicial (CPC 13)
ou na combinação de negócios (CPC 15). Estes ativos são depreciados ou exauridos por
sua vida útil econômica, assim entendida como o tempo de geração de benefícios
econômicos para entidade. A mensuração desta realização pode ser determinada de
forma linear ou pela curva de benefícios. O prazo de benefícios e o valor residual devem
ser revistos periodicamente. Quando houver evidências de não recuperabilidade do
custo, esta perda deve ser reconhecida na DRE podendo ser revertida quando
desaparecerem as evidências da perda.

145

Imobilizado
Caso: WEG S/A
AB: 2016 / NE 2.8 P.3
“Os ativos imobilizados estão avaliados ao custo de aquisição e/ou
construção, deduzidos das respectivas depreciações, com exceção de
terrenos, que não são depreciados. Os gastos com manutenção ou
reparos, que não aumentam significativamente a vida útil dos bens, são
contabilizados como despesas, quando ocorridos. Os ganhos e as perdas
em alienações são apurados comparando-se o valor da venda com o valor
residual e são reconhecidos na demonstração do resultado. A
depreciação é calculada pelo método linear e leva em consideração a
vida útil econômica dos bens, sendo esta revisada periodicamente com
objetivo de adequar as taxas de depreciação de acordo com a necessidade.
Os valores contábeis do ativo imobilizado são revistos a cada data de balanço
para apurar se há indicação de perda no valor recuperável. Caso ocorra
tal indicação, então o valor recuperável do ativo é estimado. “

146

Contabilidade de Ativos Relevantes


114

Imobilizado
Caso: WEG S/A
AB: 2016 / NE 12 P.13
Rubricas Taxa % Controladora Consolidado
Anual *
31/12/2016 31/12/2015 31/12/2016 31/12/2015

Terrenos 0 1.440 1.440 367.566 394.311


Construções e Instalações 02 a 03 5.639 5.639 1.184.070 1.125.488

Equipamentos 05 a 20 3.574.527 3.571.271


Móveis e Utensílios 07 a 10 121.552 126.801
Hardware 20 a 50 103.962 107.294
Imobilizações em Curso 0 137.860 268.141
Reflorestamento 55.050 54.044
Outros 125.418 99.698
Total do Imobilizado 7.079 7.079 5.670.005 5.747.048
(-) Depreciação / Exaustão (2.600) (2.483) (2.637.289) (2.482.150)
Acumuladas (*)

(=) Imobilizado Líquido 4.479 4.596 3.032.716 3.264.898


147

UD 9:

Propriedade
para
Investimentos

CPC 28 / IAS 17

Contabilidade de Ativos Relevantes


115

Propriedade para Investimentos


Principais Pontos: Reconhecimento e
Mensuração
1. A propriedade para investimento deve ser mensurada inicialmente
pelo seu custo. Na mensuração inicial são aplicáveis todos os conceitos
normalmente utilizados na mensuração do custo inicial de um ativo
imobilizado, inclusive no caso de permuta;

2. A entidade pode escolher, após o registro inicial, o método do valor


justo ou o método do custo para avaliar as propriedades para
investimento consistentemente no decurso do tempo (exceção no caso
de arrendatário que utiliza o imóvel como propriedade para
investimento, quando o valor justo é obrigatório).

3. A entidade que escolher o método do custo deve divulgar o valor


justo da sua propriedade de investimento em cada balanço patrimonial.

149

Propriedade para Investimentos


Principais Pontos: Reconhecimento e
Mensuração
4. O valor justo pode ser determinado internamente, havendo necessidade de
laudo independente somente quando exigido para prestação de contas ou por órgão
regulador;

5. As variações no valor justo da propriedade para investimento são reconhecidas


diretamente no resultado do período em que ocorrem;

6. Na adoção do método do custo, valem todos os requisitos do


Pronunciamento Técnico CPC 27 – Ativo Imobilizado, inclusive quanto à
depreciação;

7. Na transferência de propriedade para investimento avaliada ao valor justo


para o imobilizado, considera-se como custo o valor justo na data da alteração
efetiva do uso, e aplicam-se, a partir daí, todas as regras contábeis próprias do
ativo imobilizado, inclusive depreciação;

150

Contabilidade de Ativos Relevantes


116

Propriedade para Investimentos


Principais Pontos: Reconhecimento e
Mensuração

8. Se houver transferência de um ativo imobilizado para


propriedade para investimento, e esta passar a ser avaliada
pelo valor justo, a diferença acumulada até a transferência, se
negativa, deve ser registrada no resultado do exercício e, se
positiva, em ajustes de avaliação patrimonial, como parte
dos outros resultados abrangentes; à medida que se realizar
esse excedente, os valores são transferidos para lucros ou
prejuízos acumulados e não mais podem afetar resultado do
exercício. Se tiver havido reavaliação (quando admitida
legalmente) nesse ativo imobilizado, aplicam-se as regras da
reavaliação quando o valor justo é inferior ao valor contábil
anteriormente registrado.

151

Propriedade para Investimentos


Estrutura de Reconhecimento
OPERAÇÃO APLICAÇÃO (D) ORIGEM ( C)
COMPRA PELO CUSTO DE PROPRIEDADE CONTRAPRESTAÇÃO
ENTRADA BP BP

DEPRECIAÇÃO QUANDO
APLICÁVEL E ESCOLHIDO O ENCARGOS DE DEPRECIAÇÃO DEPRECIAÇÃO ACUMULADA
MÉTODO DE CUSTO DRE (-) BP

OUTRAS RECEITAS-DRE
AJUSTE A VALOR JUSTO PROPRIEDADE - BP PROPRIEDADE - BP
QUANDO ESCOLHIDO O ESTE OUTRAS DESPESAS-DRE
MÉTODO

IMPAIRMENT QUANDO PERDA PELA NÃO PERDA PELA NÃO


ESCOLHIDO O MÉTODO DE RECUPERABILIDADE RECUPERABILIDADE
CUSTO DRE (-) BP
CONTRAPRESTAÇÃO/ PROPRIEDADE/ GANHO NA
BAIXA PELO CUSTO APURADO PERDA NA ALIENAÇÃO ALIENAÇÃO
NA SAÍDA BP / DRE (-) BP / DRE (+)
152

Contabilidade de Ativos Relevantes


117

Propriedade para Investimentos


Resumo
São ativos sem intenção de venda no curso das operações com destino para
renda ou valorização e não para uso na operação ou na prestação de
serviços.

São mensurados inicialmente ao custo, a exemplo dos imobilizados e,


posteriormente, podem ser mantidos ao custo ou atualizados ao valor justo.
Neste caso, exceto quando exigido, seu valor justo pode ser determinado
internamente. Quando adotado o valor justo, sua variação é reconhecida no
resultado.

No caso de mantida a custo, a propriedade para investimento, exceto os


terrenos em valorização, é depreciada e sofre perda por não recuperabilidade
a exemplo dos imobilizados.
153

Propriedade para Investimentos


MULTIPLAN EMPREENDIMENTOS IMOBILIÁRIOS S/A
AB: 2016 / NE 2.11, P. 13
“As propriedades para investimento são registradas pelo custo de aquisição, formação ou
construção, deduzido das respectivas depreciações acumuladas, calculadas pelo método
linear à taxas que levam em consideração o tempo de vida útil estimado dos bens. Os
gastos incorridos com reparos e manutenção são contabilizados somente se os benefícios
econômicos associados a esses itens forem prováveis e os valores forem mensurados de
forma confiável, enquanto os demais gastos são registrados diretamente no resultado
quando incorridas. A recuperação das propriedades para investimento por meio das
operações futuras, as vidas úteis e o valor residual destes são acompanhados
periodicamente e ajustados de forma prospectiva, se necessário. O valor justo das
propriedades para investimento é determinado trimestralmente, somente para fins de
divulgação.
Propriedade para investimento é a propriedade mantida para auferir receita de aluguel
para valorização de capital ou para ambos, mas não para venda no curso normal dos
negócios, fornecimento de serviços ou para propósitos administrativos. As edificações e
benfeitorias classificadas como propriedade para investimento são mensuradas pelo
custo no reconhecimento inicial e depreciadas pelo prazo de vida útil de 30 a 50 anos.”

154

Contabilidade de Ativos Relevantes


118

UD 10:

Intangível
(exceto Goodwill)

CPC 04 / IAS 38

Intangível
Principais Pontos: Reconhecimento e
Mensuração

1. O reconhecimento de um item como ativo intangível exige que uma


entidade demonstre que o item satisfaça: (a) a definição de ativo
intangível; e (b) os critérios de reconhecimento. Esses requisitos
aplicam-se aos gastos incorridos inicialmente para adquirir ou gerar um
ativo intangível e também àqueles incorridos posteriormente;

2. Um ativo é identificável na definição de um ativo intangível quando:


(a) for separável, isto é, capaz de ser separado ou dividido da entidade
e vendido, transferido, licenciado, alugado ou trocado, seja
individualmente ou em conjunto com um contrato, ativo ou passivo
relacionado; ou (b) resultar de direitos contratuais ou de outros
direitos legais, quer esses direitos sejam transferíveis quer sejam
separáveis da entidade ou de outros direitos e obrigações.
156

Contabilidade de Ativos Relevantes


119

Intangível
Principais Pontos: Reconhecimento e
Mensuração

3. Um ativo intangível deve ser reconhecido somente quando: (a) for


provável que os benefícios econômicos futuros esperados atribuíveis
ao ativo serão gerados em favor da entidade; e (b) o custo do ativo
possa ser mensurado com segurança;

4. Um ativo intangível deve ser mensurado inicialmente pelo seu custo.


O custo de um ativo intangível adquirido separadamente inclui: (a) seu
preço de compra, acrescido de impostos de importação e impostos não
recuperáveis sobre a compra, após deduzidos os descontos comerciais e
abatimentos; e (b) qualquer custo diretamente atribuível à
preparação do ativo para a finalidade proposta.

157

Intangível
Principais Pontos: Reconhecimento e Mensuração

5. Nenhum ativo intangível proveniente de pesquisa deve ser


reconhecido. O dispêndio com pesquisa deve ser reconhecido como
uma despesa quando for incorrido. Durante a fase de pesquisa de
um projeto interno, a entidade não está apta a demonstrar a
existência de um ativo intangível que gerará prováveis benefícios
econômicos futuros. Portanto, tais gastos são reconhecidos como
despesa quando incorridos;

158

Contabilidade de Ativos Relevantes


120

Intangível
Check List para reconhecimento:
Um ativo intangível somente deverá ser reconhecido somente se a
entidade puder demonstrar todos os aspectos a seguir enumerados:
(a) existência de direitos contratuais que impeçam outros ao acesso ao
benefício econômico do ativo sem sua concordância;
(b)intenção de concluir o ativo intangível e de usá-lo ou vendê-lo;
(c)capacidade para usar ou vender o ativo intangível;
(d) a forma como o ativo intangível deverá gerar benefícios econômicos
futuros;
(e) demonstrar a existência de um mercado para os produtos do ativo
intangível ou para o próprio ativo intangível ou, caso este se destine ao
uso interno, a sua utilidade;
(f) disponibilidade e viabilidade de recursos técnicos, financeiros e outros
recursos adequados para concluir seu desenvolvimento e usar ou vender o
ativo intangível; e
(g) capacidade de mensurar com segurança os gastos atribuíveis ao ativo
intangível durante seu desenvolvimento. 159

Intangível
Principais Pontos: Amortização
1. O valor amortizável de um ativo intangível com vida útil definida deve ser
apropriado de forma sistemática ao longo da sua vida útil estimada;
2. A amortização deve ser iniciada a partir do momento em que o ativo estiver
disponível para uso, ou seja, quando se encontrar no local e nas condições
necessários para que possa funcionar da maneira pretendida pela administração;
3. A amortização deve cessar na data em que o ativo é classificado como
mantido para venda ou incluído em um grupo de ativos classificados como mantido
para venda ou ainda, na data em que ele é baixado, o que ocorrer primeiro;
4. O método de amortização utilizado deve refletir o padrão de consumo pela
entidade dos benefícios econômicos futuros. Se não for possível determinar esse
padrão com segurança, deve ser utilizado o método linear.
5. A despesa de amortização para cada período deve ser reconhecida no resultado,
a não ser que outra norma ou Pronunciamento contábil permita ou exija a sua
inclusão no valor contábil de outro ativo.
6. O período de amortização e o método de amortização para um ativo intangível, com
vida útil, definida devem ser revistos pelo menos no final de cada exercício social.

160

Contabilidade de Ativos Relevantes


121

Intangível
Principais Pontos: Amortização

Ativo intangível com vida útil indefinida

7. Um ativo intangível com vida útil indefinida não deve ser


amortizado. De acordo com o Pronunciamento Técnico CPC 01 -
Redução ao Valor Recuperável de Ativos, é exigido que uma
entidade teste a recuperação de um ativo intangível com vida útil
indefinida comparando o seu valor recuperável com o seu
respectivo valor contábil, anualmente ou sempre que haja uma
indicação de que o ativo intangível pode estar perdendo substância
econômica.

161

Ativo Intangível
Estrutura de Reconhecimento

OPERAÇÃO APLICAÇÃO (D) ORIGEM ( C)

COMPRA PELO CUSTO DE


ENTRADA ou ATIVO INTANGÍVEL CONTRAPRESTAÇÃO
DESENVOLVIMENTO BP BP

AMORTIZAÇÃO ACUMULADA DE
AMORTIZAÇÃO NO CASO DE ENCARGOS DE AMORTIZAÇÃO ATIVO INTANGÍVEL
VIDA ÚTIL DEFINIDA DRE (-) BP

PERDA PELA NÃO PERDA PELA NÃO


RECUPERABILIDADE RECUPERABILIDADE
IMPAIRMENT DRE (-) BP

CONTRAPRESTAÇÃO/ INTANGÍVEL/ GANHO NA


BAIXA PELO CUSTO APURADO PERDA NA ALIENAÇÃO ALIENAÇÃO
NA SAÍDA BP / DRE (-) BP / DRE (+)
162

Contabilidade de Ativos Relevantes


122

Intangíveis
Resumo
São ativos incorpóreos sem intenção de venda. Sua capitalização depende severamente
das evidências de controle (principalmente os direitos contratuais), benefício futuro
separável e mensuração confiável somente dos custos diretamente atribuíveis. A
valorização de ativos intangíveis não pode ser reconhecida. Quanto à amortização destes
ativos, depende da existência de evidências de vida útil definida. Somente neste caso é
que há amortização de forma linear ou pela curva econômica. O teste para avaliação de
perdas por não recuperabilidade do custo (impairment) deve ser aplicado em intangíveis
de vida útil definida, somente quando evidências de perdas forem apresentadas. Já no
caso dos ativos intangíveis de vida útil indefinida, a realização este teste é anualmente
obrigatória não podendo ser revertidas posteriormente.

163

Intangível
Concessionárias de Rodovia do Oeste de SP
AB: 2016 / NE P.7

“Os direitos de concessão, gerados na aquisição total ou parcial das


ações, refletem o custo de aquisição do direito de operar as
concessões. Estes direitos estão fundamentados na expectativa de
rentabilidade futura, sendo amortizados ao longo do prazo da
concessão, linearmente ou pela curva de benefício econômico.
Os ativos intangíveis com vida útil definida são monitorados sobre a
existência de qualquer indicativo sobre a perda de valor
recuperável. Caso tais indicativos existam, a Companhia efetua o
teste de valor recuperável.”

164

Contabilidade de Ativos Relevantes


123

E concluindo ...
“A compreensão de regras internacionais é muito difícil porque as
regras têm diferentes significados: na Alemanha, tudo é proibido
a menos que esteja explicitamente permitido na lei, enquanto
que na Inglaterra tudo é permitido a menos que esteja
explicitamente proibido na lei. No Irã, por outro lado, tudo é
proibido mesmo que esteja permitido na lei enquanto que na
Itália tudo é permitido, especialmente se é proibido.”

Walton 2003, citação de Nyama, 2010, pág 21

165

Caso Integrativo: Partes 4 a 9

Contabilidade de Ativos Relevantes


124

CONTATOS
1. E-mail: andrea.silveira@ig.com.br

2. Facebook: Andréa Silveira Monteiro

3. WhatsApp: (21) 9-9965-6667

4. Celular: (21) 9-8283-8840

167

Contabilidade de Ativos Relevantes

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