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INSTITUTO FEDERAL DE BRASÍLIA - IFB

CAMPUS TAGUATINGA
LICENCIATURA EM COMPUTAÇÃO

Jailson da Silva Brito

O Currículo e seu Planejamento

Brasília/DF
2018
Jailson da Silva Brito

O Currículo e seu Planejamento

Resenha apresentada para a disciplina de


Planejamento e Organização da Ação
Pedagógica, no curso de Licenciatura em
Computação, do Instituto Federal de Brasília –
IFB, Campus Taguatinga.

Prof. Fernanda Bezerra Mateus Martins

Brasília/DF
2018
RESENHA CRÍTICA

PILETTI, Claudino. Didática Geral. Editora Ática – Edição n° 23 – 2004. 256 p.

1. CREDENCIAIS DOS AUTORES

Claudino Piletti graduou-se em Filosofia e Pedagogia. É doutor em Educação (USP),


professor de História e Filosofia da Educação da Faculdade Paulista de Educação e
Comunicação (Fapec) e professor aposentado da Pontifícia Universidade Católica de
Campinas (PUCCAMP). É autor de vários livros nas áreas de Educação e História. Outras
obras:

PILETTI, Claudino; PILETTI, Nelson (2006). Educação HISTÓRIA DA


EDUCAÇÃO: de Confúcio a Paulo Freire. São Paulo/SP: Editora Contexto.

2. RESUMO DO TEXTO

O texto do capítulo 4: O Currículo e seu Planejamento é divido em quatro partes,


cada uma delas tratando sobre currículo, dimensões do currículo e planejamento de currículo
em abordagens que se complementam.

A primeira parte apresenta o significado etimológico da palavra currículo, que vem


do latim curriculum e refere-se a curso, à carreira, a um percurso que deve ser realizado.
Tradicionalmente significou a relação de disciplinas com o seu corpo de conhecimentos
organizados sequencialmente em termos lógicos.

Alguns fatos históricos impuseram mudanças no modo de ver e pensar do próprio


homem, determinando-lhe, também, novas necessidades e atitudes perante a vida. Os
principais fatos foram: A Revolução Industrial; As descobertas científicas; A explosão
demográfica e o surgimento dos meios de comunicação de massa.

Para definir o termo currículo atualmente, são apresentadas diversas definições de


currículo, concluindo que, é usado no sentido mais amplo da palavra, para referir-se à vida e a
todo o programa da escola, inclusive as atividades extraclasse. Além disso, é chamada a
atenção para o denominado currículo oculto, referente à transmissão de valores, normas e
comportamentos, enquanto o currículo explícito é o já desenvolvido pela escola.
A segunda parte o autor relata sobre as principais consequências do novo currículo,
segundo Willian Ragan.

 Existe somente nas experiências das crianças

 Inclui mais do que o conteúdo a ser aprendido.

 É um ambiente especializado de aprendizagem, deliberadamente organizado,


com o objetivo de dirigir os interesses e as capacidades das crianças para
eficiente participação na vida da comunidade e da nação.

 Preocupa o planejador sem a decisão de quantas matérias devem ser


ensinadas.

A terceira parte trata sobre as dimensões fundamentais, no qual o currículo pode ser
determinado.

 Dimensão filosófica: tipo de educação apropriada a uma cultura.

 Dimensão sócio-antropológica: transformações sociais que se processam.

 Dimensão psicológica: desenvolvimento psicológico do aluno.

A quarta parte trata sobre o planejamento de currículo, considerando que o


currículo é a soma de experiências vividas pelos alunos de uma escola, então, esse deve ser
elaborado por cada escola com a participação de todos aqueles que, direta ou indiretamente,
estão ligados à dinâmica do processo educativo.

No planejamento do currículo deve levar em conta a realidade de cada escola e as


sugestões apresentadas pelo Conselho Estadual de Educação, a partir das diretrizes que
emanam do Conselho Nacional de Educação.

3. CONCLUSÃO DO RESENHISTA

De um modo geral, o autor aborda desde o significado etimológico da palavra


currículo, até o que atualmente ele significa. Passando por fatos históricos que influenciaram
no modo de ver e de pensar do ser humano, afetando também a escola. Corelaciona currículo
e planejamento, de forma que ambos são partes um do outro.

4. CRÍTICA DO RESENHISTA
A relação entre planejamento e currículo é dependente, para que eles aconteçam é
necessária a presença de cada um, onde o currículo (conteúdo) é o que vamos ensinar,
transmitir na aula que é organizada através do planejamento.

Após várias definições e a influência de fatos de históricos, é possível afirmar que o


currículo é temporal e social. Ou seja, é constituído de acordo com a sociedade e os fatos
históricos à época. Foi exatamente o que aconteceu durante o regime militar no Brasil, por
exemplo. Disciplinas como a sociologia e a filosofia, foram excluídas do currículo escolar em
todo o país. No lugar delas, outras matérias que garantiam a "ordem e o progresso" foram
incorporadas, a exemplo, OSPB (Organização Social e Política Brasileira) e Educação, Moral
e Cívica. Tudo conforme a Lei de Diretrizes e Bases da Educação (LDB) de 1961, criada
ainda no regime militar.

Foi a partir da 1ª LDB, que foram criados os Conselhos Estaduais de Educação


(CEE), responsáveis por orientarem a política educacional do Estado no que tange o ensino
primário, médio e superior (estadual), e que regulamentam, por atos normativos, as bases e
diretrizes emanadas pelo Conselho Nacional de Educação (CNE), citado no texto como
Conselho Federal de Educação (CFE). Além disso, é importante frisar, também, que cerca de
85% das cidades brasileiros possuem um Conselho Municipal de Educação, que funcionam
como mediadores e articuladores da relação entre a sociedade e os gestores da Educação
municipal. Isso foi possível com a LDB de 1996 e o Plano Nacional de Educação (PNE).

Além do mais, deve-se salientar que existe o currículo formal, explícito, que é aquele
ensinado na escola, transmissão do saber ao aluno. E temos o currículo implícito, que são os
valores, normas e comportamentos, que podem ser transmitidos na escola, ou não. Porém,
sabemos que ultimamente os pais, governo e sociedade em geral, quase que terceiriza e deixa
tudo a cargo da escola a questão não só do ensinar, mas também do educar.

Em suma, quando falamos de currículo devemos sempre nos lembrar de suas


problemáticas:

 Qual conhecimento deve ser ensinado? (Conteúdo).

 Por que esses conhecimentos e não aqueles devem ser selecionados?


(Objetivos ou habilidades a serem ensinados).
 Quais interesses fazem com que sejam esses conhecimentos presentes no
currículo e não outro? (Intenção do currículo, aspecto político, econômico e
cultural).

 Qual é minha concepção de ser humano? (Que ser humano desejo formar).

 Qual minha concepção de sociedade, de mundo? (Que sociedade quero


formar).

 Qual perfil de ser humano desejável para determinado tipo de sociedade? (O


currículo é temporal e social).

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