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FACULDADES GUARAPUAVA

CIÊNCIAS CONTÁBEIS
PLANO DE NEGÓCIOS E ESTUDO DE VIABILIDADE

4º. CONTEÚDO

A MOTIVAÇÃO E A CRIATIVIDADE PARA O EMPREENDEDOR

1. INTRODUÇÂO

Antes de qualquer coisa, precisamos


identificar os motivos que levam os
empreendedores à ação, pois ao contrário que
muitos pensam, não é somente pelo dinheiro que
o empreendedor se lança no mundo dos
negócios.

Há uma série de motivos que os impulsionam para alcançarem seus


objetivos.
Segundo o antropólogo Profº Marins, “o ser humano para funcionar
precisa de um combustível muito importante e que poucos conhecem a sua
importância. Esse combustível chama-se MOTIVAÇÃO”.
O ser humano, diferentemente dos animais, necessita ter MOTIVOS para
trabalhar, para crescer.
Pessoas desmotivadas, isto é, que não
encontram - motivos – são pessoas mortas.
Não vivem, vegetam.
Não sentem nenhum prazer na vida.
Não se realizam como pessoa e não
conseguem se realizar como profissionais.

PROFº SÉRGIO Z ARPELLON


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Para o autor Robbins, como a Motivação, de maneira geral, se relaciona


com o esforço em relação a qualquer objetivo, vamos reduzir o foco nos objetivos
Organizacionais.

Para esse autor, Motivação é o processo responsável pela


intensidade, direção e persistência dos esforços de uma pessoa em relação
ao alcance de uma determinada meta.

Intensidade refere-se a quanto esforço a pessoa despende. Este é o


elemento a que mais nos referimos quando falamos de motivação.

Contudo, alerta o autor, a intensidade não é capaz de levar a resultados


favoráveis, a menos que seja conduzida a uma Direção que beneficie a
organização. Portanto, precisamos considerar a qualidade do esforço, tanto
quanto sua Intensidade.

O tipo de esforço que devemos buscar é aquele que vai em Direção aos
objetivos da organização e que é com eles coerente.

Persistência a qual é uma medida de quanto tempo uma pessoa


consegue manter o seu esforço.

Os indivíduos motivados se mantêm na realização da tarefa até que seus


objetivos sejam atingidos.

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2. IDENTIFICANDO OS MOTIVOS QUE LEVAM À AÇÃO

Segundo Dean Sptizer, em seu livro supermotivação ― que significa


motivação elevada, há dois principais componentes do desempenho humano:
Habilidade e Motivação.

DESEMPENHO = HABILIDADE X MOTIVAÇÃO

Para o autor, “os seres humanos são


criaturas com infinitas possibilidades, mas a
maioria usa menos de 30 por cento de suas
habilidades (algumas estimativas aproximam esse
número de 10 por cento).

Entretanto habilidade não significa coisa alguma se não for usada.


Quando multiplicada pela motivação a Habilidade ganha vida!”“.

As melhores pessoas de uma


organização fazem o que precisa ser feito,
quando precisa ser feito, participam e se
envolvem no planejamento adequado sem
que seja preciso pedir, por exemplo: vão
atrás dos clientes, não adiam ações.
São pessoas mais motivadas, não
ficam esperando sentadas ou lamentando e
nem gastam energia reclamando, pelo
contrário tem atitudes persistentes e
positivas.

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Para Dean Sptizer “o Desejo é a grande força da


Automotivação, pois é ele que nos impulsiona. Os Desejos são coisas que
queremos ativamente, eles conseguem nos tornar mais felizes e mais eficazes”.
Para o autor “os seres humanos são motivados pelo que buscam, e não pelo
que têm”.

“Eu quero” motiva; “Eu tenho” não


motiva.

O autor destaca que existem oito grandes desejos humanos, cada um


com potencial imenso de liberar força motivacional. Quando estes desejos
podem ser evocados, gera-se grande motivação. Quando bloqueados geram
frustração e apatia.

2.1 Desejo de Atividade:


O cérebro e o corpo não foram criados para a
inatividade, passividade e vida sedentária.
Devido a isso, muitos se sentem desmotivados
quando em ambientes de pouca atividade ou de
rotinas.

2.2 Desejo de Propriedade:


Desde criança temos desejo em possuir bens
materiais e quando tornarmo-nos adultos estes sentimentos
tende a aumentar, devido principalmente à visão da
sociedade que vinculou quantidade de bens como sinônimo
de sucesso.

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Há também a existência da propriedade psicológica que é aquela ligada à


proteção de idéias.
Muitos defendem suas idéias a tal ponto que se sentem ofendidas quando
essas são colocadas à crítica ou ignoradas.

2.3 Desejo de Poder:


“As pessoas querem fazer suas
escolhas, querem desesperadamente controlar
seus próprios destinos” (Dean Sptizer).
A relação de poder sempre esteve
presente em todas as formas de organização,
normalmente ligadas a posições de comando.

2.4 Desejo de Afiliação:


O ser humano sempre teve por
necessidade o desejo de estar próximo das
pessoas, de ser lembrado, da identidade
social.
Talvez isso explique o porquê da
nossa sociedade ter instituído a prisão como
uma forma de exclusão e castigo.

2.5 Desejo de Competência:


A competência é um desejo fundamental para a
sobrevivência da espécie humana.
O desejo de fazer o melhor é que determinou
historicamente à evolução do homem.
A uma relação muito forte entre competência e
auto-estima: Quanto mais competente a pessoa se sente
e é reconhecida por isso, mais eleva a auto-estima.

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A auto-estima elevada, por sua vez, fornece “combustível para alimentar”,


ainda mais, o desejo de competência.

Dean Sptizer afirma “A competência exige aprendizado e os seres


humanos são aprendizes natos”.

2.6 Desejo de Realização:


Quando as pessoas sentem-se
satisfeitas em relação às suas conquistas, as
recompensas externas não são tão
necessárias.
O desejo de realização sempre
esteve vinculado ao sentimento de sucesso.

2.7 Desejo de Reconhecimento:


O ser humano de uma maneira geral gosta de
se sentir apreciado por outras pessoas pelos seus
feitos.
O reconhecimento é uma das forças mais
poderosas para liberar energia e a produtividade
humana.

2.8 Desejo de Significado:

“A busca do homem por um


significado é a força principal da sua
vida” (Viktor Frankl).
O ser humano quer encontrar
algo que realmente possam acreditar e

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com que possam se comprometer.


Quanto mais as pessoas acreditam em alguma coisa, mais lutam para
transformá-la em realidade.
Destaque para o ciclo da motivação de Dean Sptizer:

1. PENSAMENTOS POSITIVOS

2.EMOÇÕES
POSITIVAS
4.COMPORTAMENTO
PRODUTIVO/CRIATIVO

3. ALTOS NÍVEIS DE ENERGIA

O contrário também pode acontecer. Quando ocorrem pensamentos


negativos, automaticamente as emoções negativas surgem. Essas emoções
podem desencadear, por sua vez, dois tipos de comportamentos:

a) Energia é dissipada, e conseqüentemente a pessoa não faz nada, torna-


se apática;
b) Nível baixo de energia manifesta-se por trabalhos com baixa
produtividade, lentos, ou mal feitos.
No caso do empreendedor se manifesta pela morosidade das decisões,
indecisão, sentimentos de menos valia.

Ronald Degen em seu livro, “O Empreendedor”, afirma que:


“Não trabalhamos só por dinheiro.
Precisamos nos realizar e nos satisfazer no desenvolvimento do nosso negócio.
Se não estivermos atraídos pessoalmente pelo empreendimento, se por alguma razão ele
nos desmotiva ou aborrece, não vamos conseguir entusiasmo e enfrentar as longas horas
de trabalho necessárias para seu sucesso.

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Na escolha de um negócio, o futuro empreendedor deve considerar suas
qualidades e defeitos.
O objetivo é encontrar um empreendimento onde as suas qualidades vão ajudar no
sucesso, e os defeitos não vão atrapalhar”.

3. CRIATIVIDADE

A criatividade é um atributo importante de


um empreendedor de sucesso.
Infelizmente, a criatividade tende a declinar com:
 Idade,
 Educação e
 Falta de uso.
Além disso, o potencial criativo latente de
um indivíduo pode ser abafado por fatores
perceptuais, culturais, emocionais e organizacionais.

Mas a criatividade pode ser libertada e as


idéias e inovações criativas podem ser geradas
com o emprego de qualquer técnica de solução
criativa de problemas como, por exemplo, o
brainstorming1.

3.1. No que somos criativos?

Segundo o psicólogo Howard Gardner (Harvard): “Ninguém é criativo em


tudo – não se pode dizer que alguém seja `criativo´. Pode-se, isso sim, dizer

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Processo não estruturado para geração de todas as idéias possíveis sobre um problema, dentro de um
período de tempo limitado, através de contribuições espontâneas dos participantes.

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que é criativo em X, quer se trate de literatura, ensino ou administração


empresarial. As pessoas são criativas em alguma coisa”.

A criatividade não é uma habilidade específica que se possa utilizar


em qualquer atividade.
De acordo com Gardner, “A criatividade não é um tipo de fluído capaz de
fluir em qualquer direção. A vida da mente está dividida em diferentes regiões que
chamo de `inteligências´, como matemática, linguagem ou música. Uma pessoa
pode se mostrar profundamente original e inventiva em uma dessas áreas, sem
ser criativa nas outras”.

Gardner vê o indivíduo criativo como “alguém que


pode resolver regularmente um problema ou criar algo
novo que se torne um produto valioso em determinada
área”.

“A pessoa criativa” sustenta Gardner, “tem de


saber fazer as coisas com regularidade, não uma única vez ou raramente.
Trata-se de todo um estilo de vida. As pessoas criativas estão sempre pensando
na área em que atuam. Estão sempre investigando. E estão sempre dizendo: O
que tem sentido aqui, o que não tem? Se não tiver, Posso fazer algo a
respeito?”.

Existem três elementos básicos para a


criatividade:

a) Proficiência numa área específica - a


perícia:
Essa perícia lhe garante o domínio do campo.

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Possuí-la significa, por exemplo, que você sabe escrever uma partitura
musical, utilizar um programa de computador ou fazer uma experiência científica,
etc.
A maioria das pessoas tem queda para alguma coisa.

b) Capacidade de pensamento criativo:


Uma maneira de abordar o mundo que
nos permite encontrar novas possibilidades e
vislumbrar sua plena aplicação.
A capacidade de pensamento criativo
implica o dom de imaginar possibilidades
diversas, ser persistente no trato de um
problema e ter altos padrões de trabalho.
Muitos desses atributos dizem respeito
à independência da pessoa, à sua vontade de
assumir riscos e à sua coragem de tentar algo que nunca tentou antes.

c) A Paixão:
O impulso para fazer algo por simples
prazer, e não em troca de elogios ou
recompensas.
A criatividade começa quando as
pessoas se sentem motivadas pela pura
alegria de fazer o que fazem.

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4. CONSIDERAÇÕES FINAIS
Pudemos constatar que através da motivação e da criatividade podemos
sim identificar e desenvolver os nossos talentos, identificar e aproveitar
oportunidades de negócios além de buscar a realização pessoal, pois no fundo o
que todo mundo quer é ser feliz.

Fica claro também que


podemos ser responsáveis pela
desmotivação e falta de criatividade
das pessoas que nos cercam seja na
família, no trabalho ou na
comunidade.

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