Professional Documents
Culture Documents
Introdução
A espectrofotometria de ultravioleta e visível é uma ferramenta utilizada para a
análise quantitativa e qualitativa de muitas espécies inorgânicas, orgânicas e
bioquímicas que absorvem radiação ultravioleta, tendo então uma ampla aplicação
(SKOOG et al, 2002).
O princípio básico da fotometria é baseado no fato de que partículas dispersas ou
dissolvidas em uma solução interferem seletivamente com um raio de luz que passa
através desta solução. Deste modo as partículas podem absorver e transmitir parte do
espectro, dependendo da sua concentração, da sua natureza química e de sua cor.
Esta técnica também pode ser aplicada á espécies não absorventes adicionando-
se a reação reagentes cromóforos para gerar produtos que absorvam na região do
ultravioleta e visível.
Misturas contendo mais de duas espécies absorvedoras podem ser analisadas,
pelo menos em principio, se uma medida suplementar de absorbância for feita para cada
componente (SKOOG et al, 2002).
A absorbância total de uma solução em um determinado comprimento de onda é
igual a soma das absorbâncias dos componentes individuais presentes. Essa relação
torna possível a determinação quantitativa dos constituintes individuais de uma mistura,
mesmo que os espectros se sobreponham, neste caso é necessário conhecer o espectro
de absorção individual para cada substância e as suas absortividades molares (SKOOG
et al, 2006).
Essas relações são validas apenas se a Lei de Beer for seguida e se os dois
componentes se comportarem independentemente um do outro. A maior exatidão de
uma análise desse tipo é atingida escolhendo comprimentos de onda nos quais a
diferença entre absortividades molares sejam grandes. Também é necessário que essas
substâncias não interajam entre si (SKOOG et al, 2006).
2. Materiais
Espectrofotômetro
Cubetas
Solução de Co (II) 0,200 mol L-1
Solução de Cr (III) 0,100 mol L-1
Balões de 50,0 mL
3
Pipetas Pasteur
Béquer
Pisseta com água destilada
Pêra
Pipetas graduadas
3. Objetivos
Determinar a concentração de íons Co (II) e Cr (III) em uma mistura, por
determinação simultânea.
Construir curvas de calibração dos íons Co (II) e Cr (III) pelo método dos
mínimos quadrados.
Calcular as absortividades molares de cada uma das curvas através dos
coeficientes angulares.
4. Métodos Experimental
4.1. Obtenção da Curva Analítica do Co (II)
A partir de uma solução padrão 0,200 mol L-1 de Co (II) foram preparadas 4
soluções, utilizando – se pipetas volumétricas de 5,0, 10,0, 15,0 e 25,0 mL e balões
volumétricos de 50,0 mL. Completou – se os volumes dos balões com água
deionizada e homogeneizou – se. Registrou – se as absorbâncias das soluções em
510 nm (comprimento de onda de máxima absorção de Co II ) e em 575 nm
(comprimento de onda de máxima absorção do Cr III), utilizando – se a água
destilada como branco.
4
Foram efetuadas as leituras de absorbância da solução desconhecida nos
comprimentos de onda de máxima absorção do cobalto (510 nm) e do crômio (575
nm). Calculou – se as concentrações de Co (II) e Cr (III) em mol L -1 e g L-1
utilizando – se as equações 2 e 3 e os valores de absortividades molares encontrados
por meio das respectivas curvas analíticas.
5. Resultados e Discussões
5.1. Obtenção das Curvas Analíticas do Cobalto
5.1a. Cálculo das Concentrações
1) 0,200 mol/L x 5,00 mL = 0,02 mol/L
50 mL
5
4 4
Sxx= 0,0035 Sxy= 0,0153
a= Sxy b= y-a.x
Sxx b= 0,242-4,37.0,055
a= 0,0153/0,0035 b= 0,00165
a= 4,37
Absorbância 575 nm
a= Sxy b= y-a.x
Sxx b= 0,021-0,469.0,055
a= 0,00164/0,0035 b= - 0,00480
a= 0,469
Co(II) em 510 nm
y= 4,37x + 0,00165
0,438= 4,37x + 0,00165
X= 0,0999 mol/L
Absortividade Molar
A=ε.b.c
0,438=ε.1,00.0,0999
ε= 4,38 L/mol.cm
Co (II) em 575 nm
y= 0,469x – 0,00480
0,042= 0,469x – 0,00480
6
X= 0,0998 mol/L
Absortividade Molar
A=ε.b.c
0,042=ε.1,00.0,0998
ε= 0,421L/mol.cm
7
5.2b. Método dos Mínimos Quadrados
Absorbância 510 nm
[Cr(III)] Abs. 510 nm x2 y2 x.y
mol/L
0,01 0,061 0,0001 0,00372 0,00061
0,02 0,122 0,0004 0,0179 0,80244
0,03 0,181 0,0009 0,0328 0,00543
0,05 0,301 0,0025 0,0906 0,0151
∑x= 0,11 ∑y= 0,6650 ∑x2= 0,0039 ∑y2= 0,142 ∑xy= 0,0236
x= 0,03 y= 0,1663
a= Sxy b= y-a.x
Sxx b= 0,166- (6,07 x 0,03)
a= 0,00531/0,000875 b= - 0,0161
a= 6,07
Absorbância 575 nm
a= Sxy b= y-a.x
Sxx b= 0,332- (11,9 x 0,03)
a= 0,0104/0,000875 b= - 0,025
a= 11,9
8
5.2c. Equação das curvas do Cromo (Y= aX+b)
Cr(III) em 510 nm
Absortividade Molar
A=ε.b.c
0,301=ε.1,00.0,3
ε= 0,990 L/mol.cm
Cr (III) em 575 nm
y= 11,9x – 0,025
0,600= 11,9x – 0,025
X= 0,997 mol/L
Absortividade Molar
A=ε.b.c
0,600=ε.1,00.0,602
ε= 0,997L/mol.cm
9
5.3. Determinação das concentrações de Co(II) e Cr(III) em solução
desconhecida
Solução B - Absorbâncias
510nm 575nm
0,489 0,466
Isolando CCo(II) em 1:
10
Então: A partir das absorbâncias da substância desconhecida B nos comprimentos de
onda de 510nm e 575nm obtivemos as seguintes concentrações:
6. Conclusão
Ao final deste experimento foi possível concluir que é possível a determinação
das concentrações de duas substâncias em uma mistura, medindo as absorbâncias da
amostra em dois comprimentos de onda distintos, isto é, registrando as absorbâncias das
soluções num comprimento de onda de máxima absorção de cada substância, utilizando
– se a água destilada como branco. Através do método dos mínimos quadrados podemos
calcular os coeficientes angulares (absortividades molares) de cada substância.
De acordo com os gráficos, excelentes linearidades (R2>0,999) foram obtidas na
calibração nas faixas de trabalho investigadas.
7. Bibliografia
1) SKOOG, D. A.; WEST, D. M.; HOLLER, F. J.; CROUCH, S. R. Fundamentos
da Química Analítica. 8ª Ed. Thomson, 2006. P. 678-754.
11