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ESP6053 – INSTALAÇÕES ELÉTRICAS E DE TELECOMUNICAÇÕES II

Entrada de Energia e Medição

A entrada de energia e medição das unidades consumidoras em baixa tensão deve seguir o
padrão apresentado no RIC-BT.

O RIC BT- Regulamento de Instalações Consumidoras, em Baixa Tensão (220/127 Volts e


380/220 Volts) é o instrumento que padroniza as condições gerais do fornecimento de
energia elétrica para os consumidores ligados através de redes aéreas da concessionária. O
manual, aprovado pelo Comitê de Operação e Planejamento do Sistema Elétrico do Rio
Grande do Sul (COPERGS), pelo Sindicato dos Engenheiros (SENGE-RS) e Conselho
Regional de Engenharia e Arquitetura do Estado (CREA-RS), é direcionado tanto a novos
projetos e instalações, como também a reformas.

I - Definições:
Entrada de Serviço: É composta pelos condutores, equipamentos e acessórios
compreendidos entre o ponto de derivação da concessionária e a medição. No caso de
prédio de múltiplas unidades, até a proteção geral.

Entrada de Serviço = Ramal de Ligação + Ramal de Entrada

Ramal de Ligação – é o trecho entre o “ponto de derivação” da rede da concessionária e o


“ponto de entrega”.

Ramal de Entrada – é o trecho entre o ponto de entrega e a medição. No caso de prédio


com múltiplas unidades, até a proteção geral. Pode ser aéreo ou subterrâneo.

Ponto de Entrega – Ponto de conexão do sistema elétrico da concessionária com as


instalações elétricas da unidade consumidora. É localizado na conexão do ramal de ligação
com o ramal de entrada, na maioria dos casos.

FIGURA 1 – COMPONENTES DA ENTRADA DE SERVIÇO

Nota: deve-se observar as alturas do ramal de ligação ao solo.

FIGURA 2 – ALTURAS MÍNIMAS DO RAMAL DE LIGAÇÃO AO SOLO

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FIGURA 1 – COMPONENTES DA ENTRADA DE SERVIÇO

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FIGURA 2 – ALTURAS MÍNIMAS DO RAMAL DE LIGAÇÃO AO SOLO

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II - Classificação dos tipos de Fornecimento:

1. Tipo A (monofásico): Pmax  15 KW


2. Tipo B (bifásico): 15 KW  P  22 KW (urbana) e até 25 KW (rural)
3. Tipo C (trifásico): 22 KW  P  75 KW

III – Dimensionamento da Entrada de Serviço:

É feita conforme a tabela do Anexo J do RIC, considerando o tipo de fornecimento (A, B


ou C) e o tipo de entrada de serviço (Aérea ou Subterrânea).

CONDUTOR ELETRODUTO LIMITE


PROTEÇÃO
(mm²) DN (mm) DE POTÊNCIA

/ ProteçãoAterramento
(A)TERMOMAGNETICODISJUNTOR
FORNECIMENTO

Aterramento
TIPO DE MEDIÇÃO

RAMAL MAIOR MOTOR

Proteção
RAMAL RAMAL
DE OU
DE DE
CARGA DEMANDA ENTRA SOLDA A MOTOR
LIGAÇÃO ENTRADA
INSTALADA CALCULADA DA (CV)
C (KW) D (KVA)
TENSÃO (V)

TIPO

COBRE ALUMÍNIO COBRE ISOLADO AÇO PVC FN FF FFF

A1 C ≤ 10  50 10 D-10 10 10 10 20 25 20 1  
B1 C ≤ 15  50 10 T-10 10 10 10 20 25 20 2 3 
DIRETA

C1 D ≤ 10 30 10 Q-10 6 6 6 20 25 20 1 2 3
C2 10<D≤15 40 10 Q-10 10 10 10 25 32 20 1 2 5
C3 15<D≤19 50 10 Q-10 10 10 10 25 32 20 2 3 15
C4 19<D≤27 70 10 Q-16 25 10 16 32 40 20 2 5 20
220/127

C5 27<D≤38 100 16 Q-25 35 10 16 32 40 20 3 7,5 25


C6 C ≤ 75 38<D≤47 125 25 Q-35 50 16 25 40 50 25 5 7,5 30
C7 47<D≤57 150 70 25 35 50 60 25 7,5 10 30
INDIRETA

C8 57<D≤66 175 95 25 50 50 60 32 7,5 12 30


C9 66<D≤76 200 ENTRADA 120 35 70 65 75 40 7,5 15 30
C10 76<D≤86 225 SUBTERRÂNEA 150 50 70 100 100 40   
C11 86<D≤95 250 185 50 95 100 100 40   
C12 95<D≤115 300 240 70 120 100 100 50   
A2 C ≤ 15  40 10 D-10 6 6 6 20 25 20 3  
B2 C ≤ 25  50 10 T-10 10 10 10 20 25 20 3 5 
DIRETA

C13 D ≤ 19 30 10 Q-10 6 6 6 20 25 20 2 3 15
C14 19<D≤26 40 10 Q-10 10 10 10 25 32 20 3 5 20
380/220

C15 26<D≤32 50 10 Q-10 10 10 10 25 32 20 3 5 25


C16 32<D≤46 70 10 Q-16 25 10 16 32 40 20 5 10 30
C17 C ≤ 75 46<D≤66 100 16 Q-25 35 10 16 32 40 20 7,5 12 40
C18 66<D≤82 125 25 Q-35 50 16 25 40 50 25 7,5 12 50
IND.

C19 82<D≤99 150 ENTRADA 70 25 35 50 60 25   


C20 99<D≤115 175 SUBTERRÂNEA 95 35 50 65 75 32   
220

DIR

A3  D≤11 50 10 D-10 10 10 10 20 25 20 7,5  

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IV – Localização e Instalação da Medição

a) Medição Individual:
- Na propriedade do consumidor, no máximo a 0,5m do alinhamento da via pública
- No muro, mureta, poste particular ou no prédio, de livre acesso à concessionária.
- Embutido no corpo do prédio, frente voltada para a via pública.
- Embutido no corpo do muro ou mureta, com alinhamento da via pública.

b) Medição de Múltiplas unidades:


- O mais próximo possível do limite da propriedade com a via pública, com acesso
independente, em área comum.
- Para ter mais de um centro de medição, no mínimo 16 unidades consumidoras. Cada
centro de medição com no mínimo 8 unidades.

Observação: Onde não devem ser localizadas as medições:


- Em locais de difícil acesso, má iluminação, falta de segurança.
- Em escadaria.
- No pavimento superior de prédios de residência única.
- No interior de vitrinas.
- Em Subsolos, garagens e depósitos.

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FIGURA 3 – DISPOSIÇÃO DA ENTRADA DE SERVIÇO

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Obs.: Apresentar detalhe da entrada de energia com a medição. Exemplo:

FIGURA 6 – ENTRADA DE ENERGIA COM MEDIÇÃO INSTALADA EM POSTE PARTICULAR

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V – Tipos de Medição:

a) Medição Direta – Para demandas  38 KVA em 127/220 V


 66 KVA em 220/380 V

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b) Medição Indireta – Para unidades consumidoras atendidas a 4 fios com


demandas superiores a da medição direta.

VI – Materiais e Equipamentos empregados na Medição:

a) Modelos de Caixas de Medição


- Caixa CI: Caixa Interna Embutidas em muro, mureta
- Caixa CLI: Caixa Lacrável Interna ou parede.

- Caixa CE: Caixa Externa Usadas no tempo, junto ao poste


- Caixa CLE: Caixa Lacrável Externa e parede.

Os tipos CLI e CLE dispensam o uso de CP (Caixa de Proteção para o disjuntor).

Tamanho das Caixas de medição:

Tamanho 1 ou 1A para 02 condutores de entrada.


Tamanho 2 ou 2A para 03 ou 4 condutores de entrada (medição direta)
Tamanho 3 comercial, industrial e outros, com 03 ou 04 condutores.
Tamanho 7 para 04 fios, com medição indireta.
Quadro Painel de medidores de prédios de múltiplas unidades – feito de acordo com o
número de medidores.

FIGURA 31 (A) – CAIXAS PARA UNIDADES CONSUMIDORAS INDIVIDUAIS

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FIGURA 31 (B) – CAIXAS PARA AGRUPAMENTOS

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FIGURA 23 – MONTAGEM DAS CAIXAS PARA MEDIDORES MONOFÁSICOS

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FIGURA 24 – MONTAGEM DAS CAIXAS PARA MEDIDORES POLIFÁSICOS

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b) Caixa de Proteção (CP). Tipos e aplicação:


- CP1 - Medidor monofásico ou agrupamento não pertencente à prédios de múltiplas
unidades
- CP2 - Medidor polifásico individual residencial ou em prédios de múltiplas unidades,
independente do número de condutores. Medição não-residencial, serviço de
condomínio com carga de até 15 KW (127/220V) ou 25 KW (220/380V).
- CP4 - Medidores de KWh e Kvarh. Medição não-residencial atendida a 4 condutores,
serviço de condomínio em prédios de múltiplas unidades com carga acima de 15 KW
(127/220V) ou 25 KW (220/380V).

c) Caixa de Entrada e Distribuição (CED)


- Para agrupamentos de mais de 4 medidores.
- Casos específicos de medição indireta, prédio de múltiplas unidades (+ de 4
medidores) e agrupamentos não pertencentes a prédios.

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FIGURA 32 – CAIXAS DE PROTEÇÃO E DISTRIBUIÇÃO

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d) Proteção Geral – Disjuntor Geral.

e) Eletrodo de Aterramento - FIGURA 34 – HASTE DE ATERRAMENTO

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f) Caixa de inspeção do eletrodo de aterramento

FIGURA 38 – DETALHE DE ATERRAMENTO

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g) Caixas de passagem para ramal de entrada subterrâneo

FIGURA 33 – CAIXAS DE PASSAGEM PARA RAMAL DE ENTRADA SUBTERRÂNEO

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