You are on page 1of 32

- - .

-- - "-

n palavra proferida

O Preço Imediato
por RlC HARD L. E\"A~S

Em algum tempo ou outro durante sua vida, .talvez alguém pergunte a si


mesmo : "Porque devo eu aceitar regras? Porque devo manter padrões c
id eais? Porque devo deixar que as pror.1essas ou ameaças de punição de um
remoto fu tu ro res trinj a o cu rso de mi nha vida? Talvez todas es tas res tri ções
morais são meramente algumas coisas que meus pai s me ensi naram e que l hes
ensinaram também. Provavelmente a antiga idéia da virtude ser sua pro-
pri a recompensa não tem j ustificativa: H á muitas respostas para estas per-
guntas, mas para o benefício dos agnosticos, para o benefício de todos
aqueles qu e prof essa m não acred itar na imortalidad e, suponha por um
momento que nós esqueçamos as coisas tangentes ao f uturo e aos céus, e con-
fira nossas respostas às sábias condições deste mundo - que sabemos
de positivo sôbre nós aqui e agora. Por exemplo, tem si do estabelecido
como procura de pesqu isas psicológicas, tais emoções negativas como a tris-
teza, raiva, ódio, ciúme, ca usados dentro do próprio organismo humano, subs-
tancias tais que podem e fazem piorar as cond ições físicas e tendem a introd u-
zir à molestia. Mesmo para o diagnostico, isto agora pode ser demonstrado
que todos aqueles que abrem ca minho para a violencia paga um certo e i me-
diato preço. Não é necessário a u m anjo do céu pronunciar a penalidade -
ain da que isso tenha sido registrado que pode acontecer. T odos que odeiam
seus vizinhos, todos que fazem raciocínio mental para j usti f icar seu próprio
comportamento está experimentando a operação inflexível da lei da recom-
pensa e punição como elas af etam todos os homens em todos os dias. E o que é
verdade negativa, é verdade, tam bem, positiva. Numa atmosf era de ve rda-
de, ele boa vontade de integridade e benevolencia, há uma notavel tendencia
sôbre o bem estar men tal e físico, o qual frequentemente pode ser contad o pela
diferença entre a saude e feli cidade ou de má saude e angustia. Esta é uma
das razões porque os equívocos dos homens os atormentaram, mesmo quando
ninguém sabe nada a respeito dêles. Para combater com uma co nciencia
preocupada, privada de paz, é um castigo que nem um fogo crepitan-
te de enxofre pode igualar, e que torna isso um mal f ísico, mental e
espi ritual. Lembra- se, nós não acreditamos que as recompensas e puni -
ções são co nfiadas sómente para o presente. As vezes as rodas dó moinho
tr ituram lentamente. A s vezes nos parece que a justiça não é feita nes ta vi da.
Nisto, ou em tudo mais, muitas coisas agora não entendidas terão de ser. dei-
xada s para f uturas expl icações. Porém para aqueles que não cuidam de pro-
.ietar seus pensamentos para alem de suas presentes vidas, para aqueles que
desejam saber sómente aquilo o que o curso ela viela lhes dá agora e aqui, deixa
dizer- l he isto, dum modo geral, todos os dias tem sua própria recompensa e
punição. E para afirm ar temos as palavras de !saias: "E o efeito da justiç<t
será paz, e a operação da justiça repouso c segurança, para sempre." ( I saía s
32 : 17). -

42 A LIAHONA
--1
Março 1955 Vol. VIII - N. 0 3

Orgão Oficial da Missão Brasileira da igreja


de Jesus Cristo dos Santos dos Ultimos Dias
- - - · - - · -- ·- - - - -
SU ~1ARIO
DlRETORES :
ASAEL T. S o nE NSEN
42 A Palavra Proferida
por Riclwrd L. F.vans
DoucLAS G. joH)ISON
44 EDIT OR IA L
por A.wrl T. Sorrnsrn
* 45 Como devemos guardar o Dia do Senhor
por l.m,•rrl!re J. Darlo11
A r.;'mn · "As suas tr,das, ó Israrl" -
por Huull B . Bro·wu - A rtigo csr rcial 46 As snr.•,; tendas, () Is rael. ..
so(n·r u CO Jicrito dos S(o/tos elos Olt.'mos por Hwth FJ. Rrm.•ll
JJias sobre o assu nto da sat~tidadt da 49 Oferecida nma condecoração re:tl ao Presidente
M cKay pelo Rei da G recia
/amilia 1 qu~ s e eucou t,-a na pagi,a 46.
50 A mãe em No\'a Zelândia
por Malthe·w Co<••ley
* 51 Ins piração para as crianças .. .
:>:OSSA CAPA 52 Escola Dominical
53 A. M. M.
Aposto/o Sprucrr W . Kimball do CO H·
de Mario" D. Hanks
selho dos D o::e Aposto/os. U m lto mr m
54 Sociedade de Socorro
e11jos co,urlhos são nwito resptitados 54 Gene:~logia
pela Igreja. 56 Os Ramos no "Spotlight"
57 Irmã M yriam B. M. de C astro
57 Novos Missionarios 11<\ Missã o Bra$ileira
* 58 Conferencia dos P residentes dos Dis tritos
AOS LEITORES 59 Lição para os Mestres vis itantes do Ramo
Guarde cuidadosamente as s110s A uxílio Técnico de Geraldo Trrssoldi
L/AI-lONAS para e11 caderná-/as
mwalmenle. Ficará 1011 liv ro boll i- PREÇOS DAS ASSINATURAS MENSAIS:
lo, ecat1ômico e útil. Para o Brasi l Cr$ 50,00
E xte rior US$ 1,50
Preço por exemplar . Cr$ 5,00

Gráfica Irmãos Ca nton Ltda.


R iboiro de L ima, 332 .Missão Brasileira: Rua I tapeva, 378 ·- Bela Vista -
F one 34-2342 Caixa P ostal, 862 - Telefone: 33-6761 - São Paulo
Porque os Homens caem ...
"Adão caiu, para que o homem existisse; e os hon1ens existem p:ua que tenham alegria".
A história da Queda do H omem nos revela, primeirameme, um mundo bom no qu:xl o
homem corno um sêr moral e inteligente, feito na imagem de D eus, é dotado com o poder da
·1ontade humana, e ao qual a santidade é naturalmente possível.
E ainda· nos ensina a entrada da maldade neste mundo e num sêr cr iado perfeito; de uma
praga moral e espiritual cuja devastação tem desde então continuado a ar ruinar as almas
humanas.
O grande profeta do Livro de M orrnon ensina qual a· razão da obrigatoriedade da exis-
tência do mal no mundo: "Porque é necessário que haja uma oposição a tôdas as coisas. Pois,
se assim não fôsse, não haveria justiça e nem maldade, e nem santidade, nem miséria·, e nem
bem nem mal. Portanto, é preciso que tôdas as coisas formem um conjunto. E, portanto, se
fôr um corpo, deve permanecer como morto, não tendo vida nem morte, nem cor rupção, nem
incorrupção, felicidade ou miséria, nem sensibilidade nem insensibilidade.
"Deve, portanto, ter sido crid'do em vão; não tendo a sua cr iação obedecido a nenhum
fim. Portanto, esta coisa destruiria a sabedoria de Deus e Seus eternos propósitos, assim como
poder, a misericórdia e a justiÇ3 de Deus.
" Eis que, tôdas as coi5as f oram feitas pela sabedoria d;;quele que conhece tudo.
O Homem vive em provação - esta é condição da lei mora l dos homens.
O mundo no qual vivemos é uma escola, uma provação. Aqui defrontamos o bem e o mal.
Deus deu ao homem o livre a rbítrio p«ra que êle não seja impediqo de seguir a vereda do
eterno progresso. T odo homem é tentado pela disciplina da tentação. A perfe:ção máxima do
caráter moral é alc:mçado somente através da vitó ria sôbre as tentações. A evocação do que
há de mais a·lto e nobre no coração do homem é feita atravé; da conquista própria. Sem tenta-
ção, a virtude não ter ia valor, e o céu di fiei ! de se obter .
A tentação diária, provações, e circunstâncias form am :1 verdadeira atmosfera na qual
uma alma tem que viver e se desenvolver. · ós podemos modificar nossos ambientes, ma·s não
podemos nos render inertes às tentações. E las vêm tanto de dentoo como de fora. A esfera da
tentação eslá na a lma do homem. Seu coração e sua alma são os lugares onde se travam as
batalhas.
A bíblia está cheia de histórias daqueles [JUC foram tentados por Satã ; como alguns ca·i-
ram e foram destruídos, e outros fo ram capazes de nnnterem-se firmes e vencer a batallia
contra o pecado.
Os homens caem porque êles escolhem seus próprios c~minhos, e não D eus ; porque êles
não oferecem resistência ao perigo, ·mas o enfrentam com espontânea submissão. Em vez de
correr da tentação, os homens caem porque êles -se estabelecem na vizinhança da tentação. con-
vidando-a, e dêsse modo êles enfraquecem suas resistências esp:rituais e por fim c;:-em.
Vós não podereis esconder vossos pecados de Deus. Conciência culpada envolve a perda
da inocenci:t, e com ela aquele prêmio de possessão. . . e perdem a doce paz que vem com
aqueles que aprendem a obedecer <.'OS mandamentos de Deus, e com aqueles que recebem a
"paz de Deus que excede todo o conhecimento dos homens."

Presidente da Missão

44 A LIA H ONA
por LAWREN CE ]. DARTON

Curiosamente o mandamento diz, seios sempre nos tentam. O cinema tam-


"Lembra - te o d ia do Senhor pa ra o san- bém oferece atrações especiais. A não
tificar" e neste dia não faça o trabal ho, ser que tomemos cuidado, passaremos o
mas não diz o que faze r e o que não dia do Senho r e m passeios em vez ele
fazer. Até em nossos dias, co m o evan- desca nso e ado ração. ·
gelho resta urado, ninguém tem tentado "O Domingo impede a mi nha recrea-
autoritàriamente obter uma lista de to- ção", dizem a lg uns. " Eu ten ho que tra-
das as coisas que devemos ou não deve- bal ha r toda a semana, portan to é preci-
mos faze r. E' rea lmente d uvidoso a exis- so que eu descanse e procure um pra-
tência ele duas pessôas qu e possam con- zer" . T udo depende, realmente, do que
corda r comp letamente com ta l lista. Cer- desejamos. ·O senhor tem d ito; gua r-
tas coisas fundamenta is são claras, mas de- o "para que tua alegria seja comple-
além disso, somos li vres para estabele- ta". Numa loja podemos comprar um
cer nossas normas ind ividua is. te rn o ba rato e de falsa aparência. ~te
Uma escritura moderna diz: "E pa- pode ser bonito e agrada r-nos te mpo-
ra que te conserves mais li mpo das man- ràrüunente, mas amanhã poderá es tar
chas do mundo, irás a casa de oração e sem va lor. Podemos pagar mais por um
oferece rás os teus sacramentos no Meu terno de a lta qua lidade; mas êle d urará,
dia santificado ; Pois na verdade, este e cada dia ·nos da rá mais satisfação. É
é um dia designado a ti para descansa- ass im com o Domingo. Se estivermos
res de teus trabalhos e prestares a tua satisfeitos por passar o Domingo erp
devoção ao Altíssimo; Contudo, teus vo- passeios, cine mas e nos pr.:~zeres do
tos serão oferecidos em todo~ os dias e , mundo, e ntão o quarto mandamento
em todos os temp os; Mas, lemb ra-te de nos imped irá.
que neste, o d ia elo Senhor, oferece rás Porque o a utor dos Dez Mandamen-
as tuas abrações e teus sac rame ntos ao tos não deu junto com o quarto manda -
Altíssimo." mento uma iista das coisas pa ra fazer
A!ém desta norma, o que ma is te- ou de ixa r de fazer, os Judeus, no tempo
mos? Como podemos passar o resto do de C risto ti ve ram mui tos erros. ~ l es ten-
tempo? Fábricas e outras institu icões ta ram vigo rosfjmente definir o sen tido
traba lham vinte e quatro horas por 'dia, de trabalho. Exatamente o que está in-
e sete d ias po r semana. Lugares ele fre- c luído, neste sentido? Como resultado,
quência pública nunca fecham, e os pas- ( Continu:t na pág. 55)

Ylar~~ de -1955· - 45
a filosofia da família dos Santos dos Ultimos Dias

As suas tendas, ó Israel


Por HUGH B. BRO\\'N E em outra escritura podemos ler:
Assistente dos Doze Apostolos
"E por isso deixa rá o homem
a seu pai e sua mãe, e unir-se-á a
Discurso pronunciado na Confe-
sua mulher.
rência Geral da Igreja, Outubro
de 1954. E serão os dois uma só carne:
e asim já não serão dois, mas uma
Nesta man hã estamos todos sendo só carne." (Ma rc·os 10:7-8) .
inspira dos pelo apêlo ge neroso de nos- Ainda podemos ler:
so Presidente, e pelas referências que
"Todavia, nem o varão é sem
ouvi mos. Fomos todos encorajados pa-
mulher, nem a mulher sem o va-
ra o nosso trabalho. O que tenho a di- rão, no Senhor." ( I Corínti os li :
ze r, espero que não se pareça em nada 11).
com antagonis mo. O Presidente McKay
Deixe o marido render á sua esposa
encerrou seu discurso com as palavras :
a devida benevolência e da mesma for-
"Deixai. . . o convênio do casamento ma a espôsa para com seu marido. Pau-
reinar em vosso lar". Nós que somos lo disse :
honra·d os sempre com o encargo de fa-
lar nas Conferências desta Igreja, ima- "Vós, maridos, amai vossas
ginamos através de meses qual a fase mulheres, como também Cristo a
dêste evangelho e qual o assunto que de- Igreja e a si mes mo se entregou
ve ser discutido. E devido á alguns tra- por ela. Vós mulheres, sujeitai-vos
balhos que me pedirem para fazer há à vossos ma ridos, como ao Se-
sómente um assunto que penso pode ser nhor; Porque o mari do é a cabeça
discutido, e sobre o qual me sinto po- da Igreja: sendo ele proprio o sal-
bremente apto. vador do corpo. De sorte que,
Para iniciar quero ler algumas es- assim, como a Igreja está sujeita
crituras as quais acho bastante impor- á Cristo, assim também as mulhe-
tan tes: res sejam em tudo sujeitas á seus
"E disse o Senhor Deus: Não ma rid os." ( Efés ios 5:22-25 ).
é bom que o homem esteja só: far- Pois que, possuidores do sacerdó-
lhe-ei uma ajutora que esteja co- cio desta congregação como.somos, lem-
mo diante d'elle. bro á todos que submetemo-nos ·ao Se-
"E criou Deus o Home·m á sua nhor em retidão e pela retid.ão. l:ste pe-
imagem; á imagem de Deus o dido pa ra as es pôsas submeterem-se aos
cri ou; macho e femea os criou. seus maridos tra rá retidão por parte dos
"E Deus os abençoou, e Deus maridos.
lhes disse: Frutificai e multiplicai- "Na glória celestial há três
vos e enchei a terra, e sujeita i-a: e céus ou graus; e para se obter o
dominai sobre os peixes do mar e grau elevado, o homem precisa de
sobre as aves dos céus, e sôbre to- entrar nesta ordem do sacerdócio
do o ani mal que se move sôbre a (significando, o novo e eterno con-
terra." (Genes.es 2: 18 1 : 26,27). venio do casamento.) E se não,

46 A LIAHONA
não poderá obte-lo" ( D . & C. 1954) a revista, Reader's Digest, prova
13 1; 1-3). através de dados estatísticos que, nos
Nas escrituras do ve lho testamento, Estad os Unidos, mil vêzes por dia a sen-
disse um profeta em ce rta ocasião: "As ten ça de um juiz é dada favoravel com
suas tendas, () Israel! " ( Reis 12: 16). duas palavras: " D ivórcio concedido".
E outra vez, "Provê agora á tua casa, E assi m, muitos romances de amor che-
(> David !" referindo as suas casas e a g am ao fim, e mui tos lares fica m des-
necessidãde de conse rvá- las. tr uídos. Mil divórci os por dia nos Es ta-
Atra vés do mur:do, hoj e em dia, há dos Unidos, 365 mil no ano ! D igo ain-
mu i ta confusão, opressão e peri go. Em da, que nos Estados interrnonta nhosos
nosso próprio país es tamos despênden- o divórcio fi gura com uma média aci ma
do bi lhões para fo rtificar e defender dessa tabela. Também digo, que mesmo
nossa terra e p roteger nossos lares. entre aqueles casados no T empl o, a ser-
ão estamos sómente armazenando pente, que primeiro apareceu no j ardi m
armamentos, bombas atômicas e ou- de Eden continua arrastando- se para se-
tros instrumentos de guerra, mas tam- parar o homem da mu lher, contra riando
bém construindo um sistem a de ra- a lei de Deus que diz estarem unid os
dar que se eleva até as nuvens, t! cobre como uma só carne.
a largura do continente. Ex tendendo- se De acôrdo com a estatística dos di:r
através do Canadá até o Círcu lo Artico, vórcios conced idos, há um divórcio JXI-·
tudo com a idéia básica da def esa de ra cada três casamentos nos Estados
nossos lares. Un idos. O que pensaríamos se 33,3 por
Al gumas vezes, como indivíduos que cento dos navios que se fazem ao mar
somos, nos sentimos fracos e abandona- fôssem condenados a naufraga r ? O que
dos perante tôdas essas co isas, e ima- a di retoria dessa compa nhia faria se a
ginamos o que poderíamos f azer para causa do f racasso fôsse o desen tend i-
ajudar. Se me permitem, quero adver ti- mento do comandante e seus aLPd liares
l os para o fato de que j ustamente no i n- por não poderem traba lhar juNtos? Mui-
terior da cidadela de nosso sistema de tos divó rcios começam antes do cas.a·- ·
defesa, o lar que é o baluarte da nossa men to. ··
própria fôrça e sol idariedade ju stamen- Nós que lutamos com êsse proble-
te aí, o in imigo está se infi l trando de ma, j á descobrimos al!_'.ttrllaS causas, e
maneira assustadora. Não quero que mui tas delas se ref erem à infância· do
pensem que eu esteja condenando, pu - lar de um casal divorciado. Nós acredi- ·
nindo ou censurando- os. I sso é um mal tamos, meus irmãos, co mo foi dito:esta
que posso imaginar devido os fatos evi - man hã, que os exemplos dos prtjpri os
dentes através da existência de tantas pais, no lar, aj udaria a evaporar essa
cri anças i nocentes, vítimas do aband o- onda de divórcios. Os pais elevem en-
no e do crime. sinar seus filhos pelo preceito sagrad o
Evidentemente meu coração sa lta de do "convên io do casamento ...Qevem cn-
alegria e é dedicado á tôdas essas mães s iná ~l os que não há alegria ,em to(lo o
que f oram deixadas nes te mundo para, mundo comparável com aquêle vindo
sósinhas, criarem seus f ilhos. E para através de um matrimônio t eliz. Mas co- .
elas, cer tamente temos uma palavra de mo tõdas as bençãos, essa alegria é ba-
co nfôrto e coragem. A el as clamamos as seada na lei.
bênçãos de D eus dando força s para su- Os pai s que f alham na cd ucaç.ã•> de
portar êsse grande fa rdo. E sôbre êsse seus f ilhos, não demonstrand o-lhe-> o
grande mal bem como sua origem e con- significado de uma vida conjugal fel iz.
quista, devemos f al ar alguma coisa. es tão cooperando para uma falha na
Em seu último número (Outubro de qual seus filhos· poderão cair c serem·

Mar~o- de -195S · · .J7


herdeiros dêsse pecado. Os pai s devem E sôbre a oração tenho a fa lar. O
ensinar-lhes que não há liberdade sem marido que se ajoelha todos os dias
obediencia à l ei. Os filhos devem ser orando para agradecer a Deus por sua
elevados na discip lina do lar onde as espôsa e suas v irtudes, pedindo sua par-
ordens devem ser sempre respeitadas. ti ci pação na comu nidade do lar, tole-
D evem ser "repreendidos em tempo e rando as pequenas fraquezas - êsse
com severidade ", e então demonstrar nunca recorrerá à sol icitação do divór-
mais amor. Os fi lhos tratados co m de- ci o. E a espôsa que se ajoelha com seus
masiado carinho, esperam o mesmo de- filhos em hu mi ldade, agradecendo por
poi s de casados. Entre as sementes do
terem seus f ilhos um pai amoroso e um
divórcio, o carinho demasiado, é a mai s
f ecunda. Cresce a um extremo egoísmo. marido genti l, mesmo embora a ora ção
seja sómente em desejo, ainda gravará
No "U. S. News e W orld Repor!",
na alma dos filhos u ma imagem que as-
há um artigo sôbre "Porqu e os adoles-
segurar- lhes-ão um ideal o qual êles
centes não se entendem". O divórcio é o
tentarão imitar.
primeiro fator a fi gurar e representa a
metade de todos os crimes adultos pre- Citando a Irmã Burston num recen-
?.i,Pitados por j ovens delinquentes, os te programa de televisão disse ela: "A
quais vêm, na sua maioria d e lares de- fam íli a que ora jun ta, conse rva-se j un-
f~,i tuosos . D eixé as pessoas que conside- ta."
ra m o divórcio fazerem urna pausa e j ovens desta Igreja, leiam a secção
~9(n ~!çler.ar suas possíveis consequên- número 76 do livro " D outrinas e Con -
cias. Vamos encarar êsse assunto pelo vê nios". Então vocês encontrarão o prê-
aspecto positivo. Gostaria de falar nes- mio que vocês g anharão com a aj uda
ses minutos que ainda me restam a to- de Deus. V ocês que foram batizados e
dos os jovens que provávelrnente estão receberam o Espíri to Santo e que tem
me ouvindo. Embora êsse inimigo sub- o testemunho de Jesus Cristo, que guar-
sista, embora vocês encontrem situações dam os mandamentos e ve ncem os males
difíceis de sobrepujar, não 'deixar"á de pela f é, serão elevados pelo Espírito
ser uma experiência gloriosa é a con- Santo da Promessa, porisso devem tor-
quista do sucesso que esperem, sempre- nar-se sacerdotes e reis do Todo Pode-
as pessoas bem disciplinadas em ql,lal- roso e habitar na Sua presença.
quer campo de ati vidade. Casamento é Seus corpos deverão se torn ar ce-
vida em ação. lestiais cuja glória é a do sol. Vocês te-
Quero, agora, falar sôbre o amor. rão alegria na sua posteridade aqui e a
Mas não me refiro a essa co moção do união eterna da famí lia, terão a imorta-
coração, ou aos " flirtes" a que vocês, lidade, a vida eterna e o eterno pro-
jovens, p odem julga r como ta l, e que gresso depois. Deus nos ajude para que
pode ser comêço de amor. Refiro-me ao . possamos colocar nossa def~sa no inte-
amor que " é sofredor, é benigno, não rior d 'E:le. Tendo segura·nça nessa ve r-
trata co m leviandade, não se ensober- dade e com o escudo dà fé ' defendendo
bece, não bu sca os seus interêsses, não a justiça, ides avante, no temor de Deus,
se irrita, não julga mal , tudo sofre, o para proteger nossos l ares. Sim, às suas
amor que nunca falha. " (Veja I Cor. tendas, ou casas, prolongue e fortif ique
13) E lembro a todos que o M estre amou as fibras de nossos coracões e a nossa
a todos provand o seu amor pelo sofri- fé para a glória de Deus ·e a nossa p ró-
mento. Sim, " há sempre beleza em der- pria salvação em nome de Jesus Cristo.
redor quando há amor no lar." Amém.

A LIAHONA
OFERECIDA UMA CONDECO ~
RAÇÃO REAL AO PRESIDENTE
MCK AY PELO REI DA GR ECIA
t ; - -- - - --------

A segu nda mais alta condeco .-a çã~


rea l jam?is co ncedida a a lg uem pelo Re1
da Grécia foi, a a lg um tempo a trás, ofe-
recida ao Pres. David O. McKay, a di-
cionando- se desta forma ma is uma hon -
ra ria internaciona l às muitas .a êle já
co nfer idas.
O Ma jestoso Hotel Utah em Sal t
La ke City foi palco da simples, po rém,
O Snr. Consul a presentou êsse tri-
elegante reuni ão du ra nte a qu al o P re-
buto à Igreja pela forma com qu e so-
sidente David O. McKay recebeu a Cruz
correu o povo grego esp ecialmente du-
de Co ma nda nte da Ordem Real de Phe- rante os terremotos d as Ilhas Ionian em
nix. Esta a lta condeco ração lhe fo i a pre- 1953 .
se ntada pélo Consul da Grécia em São
O p ro nunciamento do Snr. Co ns ul
Francisco, dig níssi mo representante de
resumiu-se no seguin te: "não é segrê-
Sua Magesta de Rei dos Helenos.
do, e sinto-me profu ndamente ag rade-
Referin do-se à pessoa do P res iden- cido e m poder exp ressa r-me pub li ca-
te Mc Kay no insta nte da concessão, pro- mente, qu e as _con tri bui ções da Igreja
nun ciou- se desta fo rma o E xmo. Snr. Mo rmon fo ram as maio res con tribuições
Co ns ul: ao F un do de Soco rro, não sómente nos
" Já nos acha mos in te irados da fina- Estados Uni dos mas ta mbé m no mun do
lid ade desta reunião, isto é, realisa mo- inteiro. ·
la a fim de, dentro da s nossas parcas "Sent imo-nos agradecidos por êsse
possibi lida des, a presenta r uma homena- a uxílio materi a l. Mais grato es tamos,
gem a u m homem que, tendo como ca m- pelo pensamento que precedeu a êsse
po de a ti vi dades, uma da s maiores ins- a to, po is na ho ra do desastre e neces-
trumental idades de serviço pub lico, ofe- s idade, senti mos o bafêjo da cha ma ar-
receu tôda a sua vida na busca de um dente da a mi zade. Vi mos a prá tica do
mais elevado padrã o moral e educacio- huma nita rismo, não sómente de mons-
na l para os seus semelha ntes, pessoa trada num exped ie nte calcula do, mas
esta, que mercê de seus esforços incan- praticada na confia nça da liberdade."
sáveis, pode ser considerada um verda- O Presidente Me Kay, bondosa e hu-
deiro "bandeirante de novos ho ri zontes mil demente aceitou essa co ndecoração,
e um p regado r de novos evangelhos": exp_ressa ndo-se nas seguintes palavras:_
"É prov;ivel, no entre ta nto, q ue a l- "Em no me da Igreja e do P la no de Bem
g uns dos p resentes es teja m curiosos Esta r, é com gra nde gratidão q ue ace ito
q ua nto a ês te reco nhecimento ser pro- es ta honra ; faço- o na qua lidade de re-
veniente de u m p aí s tão longínq uo quan- presentante dos membros da Igreja . ..
_to a G récia" . E' muito signi ficativo a pausa de um a
Mencionou o ·consul que qua isque r nação pa ra mostra r sua g ra tid ão por um
idéias de Democracia e Li berda de de- ato de a uxílio pres ta do pela Igreja Mor-
vem ultrap assar, proje tar-se a lém das mon .. ..J'
honteiras nacio na is. (Continua na página seguinte)

Ma rço de 1955 .!9


Uma história incitante da fé sôbre o dizimo
A mãe em Nova Zelândia
-----------------------------·------
por MA TTHEW COWLEY
Tive uma mãezinha, e ainda te nho, a cavar a terra com a pá. A pá bateu ,
em Nova Zelandia. Conh eci-a em minha finalmen te, em a lgo duro. Ela tirou a
primeira mi ssã o, quando eu era a inda terra com as mãos, retiro u um jarro, p ro-
bem jovem. Naque le tempo e la chama- curo u dentro dê le e tirou algo que entre-
va-me de fil ho. Quando voltei como p re- gou para mim. Era dinheiro da Nova
sidente, ela chama-me de pai. Fiquei in- Zelândia. Em dinheiro americano a im-
timamente maravilhado! portância equiva lia mais ou menos a
Então, numa das ocasiões em que cem dotares.
fui visitar aquele lugar, fu i ver essa Disse ela: "Isto é o meu díz imo.
g rande mu lherzinha, beirando a casa Agora posso apertar as mãos com o
dos oitenta anos e cega ! Ela nã o per- Sacerdócio de D eus".
tencia a um ra mo organizado, não tinha Eu disse: "A senhora não deve to dn
contacto com o sacerdócio, exce to quan- êsse dízimo !"
do os mi ssioná rios lhes faziam v isitas. Respo ndeu-me ela: " Eu sei. Não o
Não tínhamos missionários naquela oca- devo agora , mas estou pagando adian-
sião. ~ les estavam lo nge, na guerra. tado, pois não sei quando o Sace rdócio
Fui e a chamei à maneira Maori. Ela de D eus passará por êste caminho no-
estava fora , no fu ndo do quintal perto · vame nte".
dum pequen o fogo . Estendi minhas mãos Então inclinei-me e rocei meu nari z
pa ra apertar as suas e ia roçar meu na- no de la. As lágri mas saltaram de meus
ri z ao de la, quando ela disse: "Não olhos e rolara m sôb re sua face. E en-
aperte minha mão, Pai." quanto a deixava, pedi a D eus em meu
Disse-lhe: "Oh, a poeira é limpa em coração que fizesse cair sôbre mim uma
suas mãos. Estou disposto a apertar sua maldição, se daquele di a em dia nte e
mão. Estou feliz por isso, e quero fa- para sempre, eu não devolvesse a Deus
zê-lo." o seu díz imo, um décimo de tudo que
Retru cou ela: "Não ainda." Então viesse para r em minhas mãos.
fo i-se sôbre as mãos e joelhos e enga- Amo êste trabalh o, meus irmãos e
tinhou para a casa. Num ca nto d a casa irmãs. Ag rad eço a Deus pelos meus
havia uma pá. Ela pegou a pá e engati- companh eiros de missão. As viagens que
nhou para fora em out ra di reção, me- faço alg umas vêzes são árduas, mas eu
dind o a dista ncia enqu a nto ia. Final- as adoro. Sinto a proteção do Deus T o-
mente, chegou a um luga r e começou do Pode roso .
•••••••••••••• • •••••••••••••••• •••••••• •r••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••
OFERECIDA UMA CONDECORAÇÃO . .. faze r novas amizades e pro porcionar
Disse o P residente Me Kay qu e uma mel ho r e ntendimento entre os povos da
cala mid ade tem resultados co mpensado- Grécia e de U tah ".
res. O terremoto em 1953 nas Il has G re- O Pres. da Ig reja solicitou que o
gas "deu à Igreja a opo rtunidade de Consu l da Grécia transmitisse os seus
demonstrar, de uma simples maneira, al- agradecimentos à Sua Magestade o Rei
g un s dos p rincípios e finalidades da s ua Paulo, decla ra nd o também "que lhe en-
organização". -
"í:le deu à Ig reja uma opo r tu ni dade viava s uas bênçãos, a ssim co mo ao po-
de oferecer a uxí lio à hum anidad e, de vo da Grecia".

50 A LIAHONA
Paulo comentou o renascimento desta maneira:
"Ou não sabeis que todos quantos fomos batizados em J eous Cristo fomos
batizados na sua morte?
De ~orle que fomos sepultados com ~le pelo batismo na morte; para que,
como Cristo ressuscitou dos mortos, pela gloria do Pai, assim andemos nós lam-
bem em novidade da vida·.
Porque, se fomos plantados j untamente com ele m similhança da sua morte.
lambem o seremos na da sua ressurreição ;
Sabendo isto, que o no;so homem velho foi com ele crucificado, para que o
corpo do pecado seja desfeito, par~ que não si rvamos ao pecado." (Romanos 6 :3-6).
Isto parece muito claro. Quando estamos "sepultados com ele pelo batismo na morte",
(o qual, naturalmente, não poderia ser verdadeiro se recebemos espargimento ou derramamento
de ;\gua sôbre nós) nascemos de novo deste aquoso sepulcro, e tendo nossos pecados sido remi-
dos, deveríamos "assim andar nós tambem em novidade da vida.'' Podemos andar em novi-
dade da vida quando nascemos de novo. Nosso "homem velho" do pecado, portanto, f oi cruci-
ficado com ele, e nascemos nov:imente, na similhança da Sua ressurreição.

O Batismo de Cornclio

A experiência de Cornélio de Cesaria, um homem devoto, que reverenciou à Deus, e


orou sempre à ele, nos ensina uma boa lição.
Se ap1recesse um anjo de Deus à alguem nesta época com tal mensagem, a maioria
dos professores religiosos não preocupa ria qur.nto a necessidade de seu bat'ismo. Mas não foi
assim com o Deus que enviou o anjo à Cornélio dizendo-lhe para mandar pessoas à Simão
Pedro e "ele dirá o que deves fazer". E então o Senhor deu à Pedro uma visão de um vaso ou
lenço que descia dos céus, que havia todos os animais, réptis, e aves. Pedro estava com fome e,
uma voz \·eio à êle dizendo:

Levante-te, Pedro, mala e come.


Mas Pedro disse : de modo nenhum, Senhor, porque nunca comi coisa algu-
:ma comum e imunda.
E segunda vez lhe disse a voz: Não faça,s tu comum ao que Deus purificou."
(Atos 10 : 13- 15) .
Isto se deu porque Cornélio foi o pr imei ro dos gentios a aceitar a palavra de Deu~.
Depois que êles haviam contado, uns aos outros, as experiências que os reuniram, Pedro pregou
Cristo e o batismo de João à êle e a sua companhia. Eles aceitaram -sua mensagem ; o Espírito
Santo desceu sôbre êles ; e êles fala ram em outras· linguas, e glorificaram Deus. Então' Pedro
respondeu :
Pode algucm porventura recusar a água, para que não sejam batizados estes,
que também receberam como nós o Espírito Santo?
E mandou que fossem batizados em nome do Senhor. Então rogaram-lhe
que ficasse com eles por a lguns dias .. (Atos lO:47-48 ) .
Desta experiência, aprendemos que não faz diferença o quão digno seja um seguidor da
verdade, o Senhor dirige a um de Seus servos que tenha sido ordena-do ao sacerdócio, para
que ele possa ser batizado e instruido pelo mesmo.
Isto foi também real com respeito a Saulo (Paulo), sobre o qual nos referimos. Embora
o Salvador lhe tivesse falado na estrada para Damasco, o Senhor o dirigiu à cidade de
Damasco, onde o Senhor instrui\! um de seus servos,_ Ananias, quanto ao que -deveria fazer.
../ -

ii4 UMA OBRA MARAVILH OSA

Primeiramente, Ananias rc; taurou a visão de Pr.11lo pela imposição das mãos, c então o batizou.
Mais tarde Paulo foi ordenado ao ministério. (\.eja Atos 9; 13: 1-3).

O Batismo de João confirmado nestes ult!mos dias

Estes são exatamente os mesmos passos tomados pelo Senhor à respe; to de Joseph Snüth
e Oliver Cowclery quando foram ao bo;que p<;·ra perguntar sõbre h:nismo por imersão p~n
a remissão dos pecados. A única diferença que existia, então, era que não havia ningucm na ter-
ra que pudesse administrar a ordenança de batismo entre ele~. P ortanto, o Senhor enviou o
ressuscitado João B;;,tista, o qual lhes conferou o s1cenlócio de Aaron, cujo sacerdócio tem as
chaves de batismo por imersão para a rcm o;são dos pecados. J oão então mandou que se batizas-
sem um ao outro.
Novamente, Joseph Smith c Oliver Cowclery não ganharam esta in formação lendo a
Bíblia, mas sim da revelação dada por Deus c pelas stus prúprias experiências através da obe-
diencia de instrução divim.
Acabamos de considerar às partes principais de interê=se concernentes a visita de João
Batista à J oseph Smoth e Oliver Cowdery no dia 15 de maio de 1629. João os informou que o
sacerdócio Aaronico tem as chaves da "ministração dos anjos", a veracid:tde do qual será bem
evidenciada com futuras visitas de mensageiros divinos em conexão com o reestabelecimento das
chaves e a autoridade à terra pa ra uma completa "Restauração de tudo, dos quais Deus fa lou
pela boca de todos os seus santos profetas desde o principio." (Veja Atos 3:2 1).

A MISSÃO DO ESPIRITO SANTO

CAPITULO XI

Quando J oão Batista conferiu o Sacerdócio Aarônico 'à }oseph Smith e O liver Cowdery
eri1 .15 de Maio de 1829, êle disse-lhes que o Sacerdócio Aarônrco não tinha o poder da impo-
sição das mãos para o dom do Espírito Santo, mas êste poder devería, <lesde então, ser con-
feridos a êles. Lógo atestou também que êle atuava sob a dir.eção d.e Pedro, Tiago e João que
mantin'1~m as chaves do Sacerdócio de Melchisedec, Sacerdócio este, disse êle, que seria no
devido tempo, conferido a êles. (Ver P . G. V. José Smith 2 : 70-72). Em cumpr imento da pro-
mc s~a de João, e ";ómente poucos dias após a primeira· ordenaÇão", Pedro, Tiago e João, após-
tolo!' anciões de Nosso Senhor Jesus Cr isto, conferiram a Joseph Smith e Oliver Cowdery
o Sacerdócio de ~elchizedec no deserto de Fayette, Seneca Country, l\ ova York. Entre outras
coisas, este mais alto Sacerdócio conferiu a êfes o prometido poder da "imposição' das mãos
para o dom do Espírito Sa11to", o qual agora iremos estudar.

Imposição das mãos para o dom do Espírito Santo

Pelo conhecimen to que temos, sabemos que não houve sobre a terra Igreja que ensinasse
c praticasse o principio da "imposição das mãos para o dom do Espírito Santo", no tempo
em que J oão Batista disse à Joseph Smith e O liver Cowdery que o Sacerdóc:o Aa...õnico não
tinha este poder. Não foi sómente João Batista que afirmou que este era o fundamento do
evangelho, mas, mais ta-;de em revelações ao profeta Joseph Smith, o Senhor também confir-
mou a verdade desta declara~ão.
Em D ezembro de 1630, o Senhor pr oferiu as· seguintes palavras ao profeta J oseph Smith:
A M I SSÃO DO ESP íRITO SM \ T O 55

"Mas agora te dou o mandamento de que tu batizarás com água, e êles rece-
berão o Espírito Santo pela imposição das m ãos, a•ssim como os apóstolos de tem-
pos antigos." (0. & C. 35:6).
_!..I ma semelhante autorização foi dada pelo Senhor através de ] oseph Smith, o profeta em
Março de 183 1, à um número de Elders da Ig reja :

"Pois, Eu vos dou o mandamento de irdes entre esta gente dizer-lhe como
Meu apóstolo da a-ntiguidade cujo nome era Pedro:
Crêde no nome do Senhor Jesus, o Qual cstêve na terra c Que tornará a vir,
o princípio e o fim ;
Arrependei-vo> e sêde batizados em nome de J esns Cristo, para a remi%ão
dos vossos pecados, de acôrdo com o santo mandamento ;
E todo aquêle que isto fizer receberá o dom do Espí rito Santo, pela imposi-
ção das mãos dos eldcres da igreja." (D. & C. 49 : 11 - 14 ).

Da data da organização da Ig reja de ] esus Cri sto dos Santos dos U lt imos D ias, a admi s-
são de membros tem sido através do batismo por imersão para a r emissão de pecados, e a
imposição da·s mãos para o dom do Espírito Santo. A última revelação referida pelo Senhor
através do profeta Joseph Smith, instruiu os Elders da Ig reja a irem entre os povos e instrui-los
como P edro o fez. Vamos ~xaminar as escrituras sagradas para estabelecer o que Pedro ensi-
nou ao povo a fazer.
Num dia de P entecostes qu;mdo houve uma efusão do E spírito do Senhor, aqueles que
ouviram a pregação de Pedro:

"E, ouvindo eles isto, compungiram -:;e em seu coração, e perguntaram à


Pedro e aos demais apóstolos: Q ue faremos, varõ'es irmãos?
E disse-lhes Pedro: Arrependei-vos, e c<1da um de vós seja batizado em
nome de Jesus Cristo, para perdão dos pecados ; e recebereis o dom do Espírito
S anto;
Porque a promessa vos diz respeito a vf>s, a vossos filhos, e a todos os que
estão longe : a tantos quantos Deus nosso Senhor chamar." (Atos 2: 37-39).

Em que, estes ensinamentos de Pedro diferem dos dados à j oseph Smith e Oliver Cowdery
por João Batista ; e subsequentemente, por Pedro, T iago c J oão; e na revelação do Senhor aos
E lderes da I greja atr;;,vés do profeta Joseph Smith ?
Nesta narração Bíblica do sermão de Pecl ro, a única coisa que falta é a explicação onde
êlc promete que êles deveriam receber o dom do Espírito Santo, e que deveriam receher isto
pela imposição das mãos. Esta omi ssão foi evidentemente uma inad vertencia ou concisão em
relatar este acontecimento, pois as escritu"ras são su ficienteme1Íte claras na explicação \IIIC Pe-
dro entendeu -que o Espírito Santo foi confe rido pela imposição das mãos. f<: evidente a pa rti-
cipação de Pedro na ordenança· da "imposição das mãos" para a concessão elo E spírito Santo
no caso daqueles que foram batizados por F ilipe em Samaria:

"E descendo P hilippe à cidade de Samar ia, ihes prégava a Cristo.


E as multidões unanimemente prestavam atenção ao quc -Philippe dizia, por-
que ouviam e viam os sinais que ele fazia;
Pois que os espíritos imundos saiam de mu:tos que o ; tinham, clamando
etn alta voz; e tnu:tos paraliticos e côxos cran1 curado:;.
E havia -gr~·n de alegria naquela cidade.
E estava ali um certo homem, cham:tdo Simão que anteriormente exercera
naquela cidade a a rte magica, e tinha iludido :1 gente de Samaria, dizendo que er::
uma grande personagem ;
56 UMA OBRA MARAVILHOSA

Ao qual todos atendiam, desde o mais pequeno até ao ma·ior, dizendo: Esta
é a grande virtude de Deus.
E atendiam-no a ele, porque já desde muito tempo os havia iludido com
arte mágicas.
Mas, como cressem em Philippe, que lhes pregava acerca do reino de Deus,
e elo nome de Jesus Cristo, se batizaoyam, tanto homens como mulheres.
E criou até o proprio Simão ; e, sendo batizado, ficou de continuo com Philip-
pe; e, vendo os sinais e as grandes ma ravilhas que se faziam, estava atonito.
Os apostolos, pois, que estavam em Jerusalem, ouvindo que Sam;;Tia recebera
a palavra de Deuõ, enviam para lá Pedro e J oão.
Os quais, tendo descido, oraram por eles para que recebessem o Espírito
Santo.
(Porque sobre nenhum deles tinha ainda· descido; mas sómente eram batiza-
elos em nome elo Senhor Jesus).
E 11tõo lhes impuseram as mãos, e receberam o Espírito Santo.
E Simão, vendo que pela imposição das mãos dos apostolos era dado o Espí-
rito Santo, lhes ofereceu dinheiro,
Dizendo: Dai-me lambem a mim esse poder, para que aquele sobre quem eu
pousar as mãos receba o Espírito Santo.
Mas disse-lhe Pedro: O teu dinheiro seja contigo para perdição, pois cui-
daste que o dom ele Deus se alcança por dinheiro." (Atos 8: 5-20).
Como pôde esta verdade ser explicada com tão g rande clareza ? Como o povo ele Samaria
recebeu a palavra de Deus? Para serem batizados? Porque Pedro e J oão foram enviados entre
eles? Porque o povo não tinha a inda recebido o Espírito Santo ..:__ foram batizados sómente em
nome de Jesus Cristo! Porque Felipe não conferiu o Espírito Santo a êles? Porque, por pre-
snmição, ele foi autorizado a exercer sómente a função do Sacerdócio Aarônico, como J oão
Batista foi quem explicou a Joseph Smith e Oliver Cowdery que o Sacerdócio Aarônico "não
tem o poder da imposição da·s mãos para o dom do E spírito Santo!"
Se os homens pudessem ter esta honra entre êles, Simão não os teria oferecido dinheiro
para comprar este poder quando viu que o Espírito Santo era dado pela imposição das mãos
dos Apóstolos. Porque tem as Igrejas Cristãs de hoje abandonado este glorioso princípio?
Porque elas não tinham entendido aos escri(uras, e ficaram sem revelação e o sacerdócio de
Deus, têm que depender de suas próprias interpretações da Bíblia para seus govêrnos.

Escritura mal interpretada

A escritura que mais tem sido confundida neste caso foi a explicação de Jesus à Nicode-
mos ...
"Não te mara"Yilhes de te ter dito: Nccessario nos é nascido de novo.
O vento assopra onde quer, e ouves a sua voz; mas não sabes d'onde vem,
nem para onde vai ; assim é todo aquele que é nascido do Espírito." (João 3: 7-8).
Isto tem sido interpretado para explicar que o Espírito Santo vem e volta a vontade sem
que tenhamo.; feito a lgo, ou prática de cerimonia tal como a imposição das mãos.
Não há justificação para tal interpretação de passâ'gens tão claras das escrituras para as
já referidas. Ka verdade, não podemos ver o espírito ir ou vir tal qual nós vemos o vento,
mesmo que possamos ouvir ·seu som e sentir >cus movimentos. Mas quando o Espírito Santo
é con ferido a nós pela imposição das mãos por um que tenha a autoridade, mesmo que êle ·não
possa ser visto por um olho mortal, seus t rabalhos são distinguidos na vida e na conduta do
recebedor digno.
J oão Batista sabia que o dom do Espírito Santo podia sómente ser recebido atra"Yés da
ação de um comissionado para transmití-lo:
"E prégava, dizendo: Após mim vem aquele que é mais forte do que eu, ao
qual não sou digno de, abaixando-me, de3atar a correia das suas alparcas.
Eu, em- verdade, tenho-vos batizado com água; ele, porém, vos batizará com
o Espírito Santo." (Marcos I: 7-8) .
Se o Espírito Santo descesse sôbre os homens a vontade, qual seria a necessidade de Jesus
seguir João, batisando com o Espírito Santo?
A M I SSAO DO ESPIRITO SANTO 57

O povo de Efeso recebe o Espírito Santo pela imposição das mão s

P aulo entendeu que o Espírito Santo foi conferido pela imposição das mãos:
"E sucedeu que, enquanto Apolo estava em Corinto, Paulo, tendo passado por
todas as regiões superiores, chegou a E pheso e, ach;;n do alí alguns discípulos, dis-
se-lhes : Recebestes vós já o Espírito Santo quando crêstes' E eles d isseram-lhe:
Nós nem ainda ouvimos que haja Espírito Santo.
Perguntou-lhes então: Em que sois batizados então? E eles disseram: No
batismo de J oão.
Mas Paulo disse: Certamente João b;:·tizou com o batismo do arrependi-
mento, dizendo ao povo que crêssc no que após ele havia de vir, isto é, em J e~
sus Cristo.
F. os que ouv1ram foram batizado<; em nome do Senhor Jesus.
E, impondo-lhe Paulo as mãos, veio sobre eles o Espírito Santo; e fa lavam
linguas, e profetizav;;m ." (Atos 19: 1-6).
I sto mostra que Pedro c João em Samaria e Paulo em Efeso estavam em perfeito acôr-
do que o Espírito Santo devia ser d:~do pela imposição das mãos. Paulo deu mai;; ênfase a
esta ordenança :
"Pelo que, deixando os rudimentos da doutrina de Cristo, prossigamos até á
perfeição, não lançando de novo o fundamento do arrependimento de obras mor-
tas e de fé em Deus.
E a doutrina dos batismos, P da imt>osiçtio das mãos, e da ressurreição dos
mortos, e do juizo eterno." ( l lebreos 6: 1-2).
Está visto que este fundamento está de pleno acôrdo com o Ev;;:ngelho restaurado neste5
últimos dias e com os ensinamentos dos Apóstolos antigos. Como então pode haver alguma
per gunta? Os apóstolos fo ram ensinados pelo próprio Salvador, c não podia haver nenhuma
má interpretação. Vá rios dêles foram envi«dos de volta à Terra nesta dispensação pelo Senhor
para restabelecer os mesmos princípios, a mesma fu ndação, e o mesmo Evangelho de Jesus
Cristo nestes ú ltimos dias, através do profeta J oseph Smith. Como então é possível omitir
tão importante parte da fundação do Evangelho de Cristo e ainda· se justificar em dizer que
tem seu Evangelho? Que aconteceria a um edi fi cio se de um lado fosse tirado seu alicerce?
Os apóstolos sabiam certamente, que h::weriam a\jUeles que viriam entre o povo ensinando seus
próprios pensamentos e trocando as doutrinas que êles haviam ensinado. O povo estava pre-
venido contra tais falsos mestres:
"Todo aquele que preva·rica, e não perseven na doutrina de Cristo, não tem
a Deus: quem persevera na doutrina de Cristo, esse tem tanto ao Pai como ao
Filho.
Se alguem vem ter convosco, e não traz e.;ta doutrina, não o recebais em
casa, nem tampouco o saudeis." ( l T João :9- 10).

Personalidade e Missão do Espirito Sa nto

T endo considerado o princípio da imposição elas mãos pelo dom do Espírito Santo, agora
nos parece propício que devemos considerar o dom em funções do Espírito Santo:
"Se me amardes, guardareis os meu; mandamentos.
E eu rogarei ao Pai, e ele vos d:lrá outro Consolador, para que fique con-
vosco para sempre;
O Espírito de venlade, qnc o mundo não pode receber, porque não o vê nem
o conhece: mas vós o conheceis, porque hab:ra con,·osco, e esta rá em vós.
Mas aquele Consolador, o E spírito Santo, que o Pai enviará em meu nome,
esse vos ensinará todas as cois<.'S, e vos fará lembrar de tudo quanto vos tenho
dito." (João 14 : 1-5-17, 26).
"Todavia digo-vos a verdade, que vos convem que eu vá ; porque, se cu não
fô r o Consolador não virá a vós; mas, se eu fôr, enviar-vo-lo-ei.
' Ainda tenho muito que vos dizer, mas ,-ós não o podeis suportar agora.
58 UMA OBRA MARAVI LHOSA

Mas, quando vier aquele Espírito de verdade, ele vos guiará em toda a
verdade; porque não falará de si mesmo, mas dirá tudo o que tiver ouvido, e vos
anunciará o que ha de vir.
Ele me glor ificará, porque h a de receber do que é meu, e vo-lo ha de anun-
ciar." (João 16:7, 12- 14) .
A lgumas verdades que nós podemos aprender destas explica·ções dadas pelo Senhor :
I . Que l?.le, o Pai, e o Espírito Santo são três pessoas distintas, e que suas unidades re-
ferida> nas escrituras são sómente unidades de propósito e desej o, senão porque devia Jesus
orar a Seu Pai e prometer que o Pai envi;~:ria outro confortador. Não podia ter outro a menos
que já tivesse um. Jesus é um dos consoladores, e naturalmente êle não oraria à êle próprio,
pedindo que êle (êle próprio) enviasse-lhe um outro consolador."
2 . Que o Espírito Santo é uma personagem masculina. ote quão frequentemente Jesus
refere ao E spírito Santo como "êle", n;-, citação acim:1. l?.le é um personagem espiritual mas-
culino como foi J esus antes de nascer da Virgem Maria. Note a própria explicação de Jesus:
"Eu glor ifiquei-te na terra, tendo consumado a obra que me déste a faze r .
E <:gora glorifica-me tu, ó Pai, junto de ti mesmo, com aquela gloria que
tinha contigo antes que o mundo existisse." (João 17: 4-5).
"Antes do mundo ser" Jesus estava com o Pai e participou de sua glória. Mas êle era
um personagem espiritual até nascer neste mundo. E foi enquanto Jesus teve um corpo espi-
ritual que êle criou esta terra sob a direção de seu pai. (Ver João I : 1- 14).
Da mesma forma, o Espírito Santo em seu corpo espiritual tem sua tarefa e responsa-
bilidade como terceira pessoa da Trindade, cuja tarefa é de ser um confortador . Enquanto
J esus não explica porque t:le e o E>pírito Santo não podem permanecer e servir juntO'i na
Ter ra, não obstante ~le deixa êste fa to claro:
"Toda via digo-vos a verdade, que vos convem que eu vá ; porque, se eu não
fôr, o Consolado r não virá a vós; mas, se eu fõr, envi3r-vo-lo-ei. " (João 16: 7) .
Quando foi mostrado a 1\ e fi, pelo Espír ito do Senhor, o sonho que seu pai havia tido,
Nefi perguntou-lhe a interpretação disto:
"Aconteceu, pois, que tendo visto a árvore, eu disse ao Espírito : Vejo que
me haveis mostrado "' árvore que é mais preciosa do que tôdas as árvores.
Perguntou-me então : Que desejas tu?
Disse-Lhe, pois : De~ejo saber a interpretação do que vi. - Falei-Lhe
como se falasse a outro homem, pois que O via sob a forma de um homem; sabia,
não obstante, que era o Espírito do Senhor e êle falou-me como um homem que
fa la a outro homem." ( I Nefi, l i : 9- 11) .
3. A terceira importante verdade que nós aprendtmos é : Que o dom do Espírito Santo
não vem ao Mundo mas sómente àquêles a quem tem s ido conferido pela imposição das mãos
por aquêles ordenados para esta autoridade: (Ver "Ministrações limita-das do E spírito Santo
sem a imposição das mãos", neste c!lpitulo).

"E eu rogarei ao Pai, e el'e vos dará outro Consolador, para que fique con-
vosco pa ra sempre.
O E spírito de verdade, que o mundo não pode receber, porque não o vê
nem o conhece : nns vó; o conheceis, porque habita convosco, e estará ein vós."
(João 14: 16-17 ) .
4 . Ainda uma outra grande verdade que aprendemos é que a recepção do E spírito Santo
capacita uma pessoa a entender as verdades do espírito:
"Ainda tenho muito que vos dizer, mas vós não o podeis suportar agora.
Mas, quando vier aquele Espírito de verdade, ele vos gu i ~rá em t<?da a ver-
dade; porque não fal<:rá de si mesmo, mas dirá tudo o que ta ver ouv1do, e vos
anunciará o que ha de vir.
E le me glorificará, porque ha de receber do que é meu, e vo-lo ha de anun-
ciar." (João 16: 12-14).
A MISSAO DO rSPiRITO SAl:\TO 59

Como o Espírito Santo ministra

Desde que o Espírito Santo é um personagem espiritual em forma de homem (Ver 1 Nefi
li : li ) e por isso limitado em sua personagem em espaço limitado, temos sempre a pergunta:
Como pode êle ser um consolador de todos que têm recebido a imposição das mãos para o dom
do Espírito Santo, espa lhados como êles estão, entre todas as nações do mundo?
A seguinte passagem pode aj udá-lo a explicar como pode ser isto possível : O sol está a
milha·rcs de milhas de distância da Terra; é um corpo de específica dimensão; ainda, pela ma-
nhã quando brilha através de nossas janela·s, nós dizemos, o sol está em nosso quarto. Uma
semelhante explicação pode também ser feita por uma pessoa que está a milhares de milhas
de distância. Entret::rnto, é evidente que nenhum e nem outro é cor reto, pois o sol está a milhões
de milhas de distânci::r. Sómente a influência dos raios solares é que está em nosso quarto.
Não parece consistente assumir tudo que Deus tem enviado, não há dúvida de quão ma-
ravilhoso pode igualar em poder ou influência do próprio Criador. P orque, então, há dificul-
dades em entender que o recebimento d;r influência e o poder espiritual, e mesmo informações,
tal como Jesus prometeu que o Espírito Santo, ou Consolador, deveria dar, pode emanar dêle
e ser recebido por nús, mesmo que êle, em pessoa, esteja bem longe de nós?
O rádio de nossa éra pode ajudá-los a entender este fenómeno. A vóz de uma pessoa indo
através do ar pode circund;rr o globo num segundo através do poder que Deus criou.
Então quais podem ser a s possibilidades do trabalho ou ministração do Espírito Santo,
ação de Deus para comunicação entre aquêles que não estão fora do mundo, mas para quem a
promessa do Espírito Santo é dada por um que tenha autoridade de D eus?

M issão do Espírito Santo

"Mas aquele Consol;;dor, o Espí rito Santo, que o Pai enviará em meu nome,
esse vos ensinará todas as coisas, e vos fará lembrar de tudo quanto vos tenho
dito." (João 14 : 29) .
.. . ele te>Lificará de mim. (João 15: 26) .
. . . ele vos guiará em toda a verdade . . . e vos anunciará o que ha de vir .
. . . ha de receber do que é meu, e vo-lo ha de anuncia r. (João 16: 13- 14) .
. . . convencerá o mundo do pecado, e da justiça e do juizo. (João 16 :8)
Porque na mesma hora vos ensinará o E spírito Santo o que vos convenha
falar. (Lucas 12 : 12 ).
Mas recebereis a virtude do Espírito Santo, que ha de vir sobre vós; e ser-
me-eis testemunhas, ta·nto em J erusalem como em toda a judea e Samaria, e até
aos confins da terra. (Atos I :8) .
. . . o Espírito penetra todas as coisas, ainda as profundezas de Deus.
(I Cor. 2: lO) .
. . . a ssim também ningucm sahe as coisas de Deus, senão o Espírito de
Deus. (l Cor. 2: 11 ).
O mesmo Espírito testiíica com o nosso espírito que somos filhos de Deus.
(Rom. 8: 16).
Mas o fruto do Espírito é: caridade, gozo, paz, longanimidade, benignida-
de, bondade, fé, mansidão, temperança. (Gal. 5 :22) .
E estes s inais segui rão aos que crêrem: Em meu nome expulsarão os de-
manias; falarão novas liuguas;
P regarão nas serpentes; e, se beberem alguma coisa morti fera, não lhes f <dá
dano a lgum ; e porão a · mãos sobre os enfermos, e os curarão. (Marcos 16 : 17- 18).
O ra há diversidade de don's, mas o Espírito é o mesmo.
Mas a manifestação do Espírito é dada a cada um, para o que fór util.
Porque a um pelo Espí rito é dada a palavra de sabedoria; e a outro, pelo
mesmo Espírito, a palavra dao ciencia;
E a outro, pelo mesmo Espírito, a fé ; e a outro, pelo mesmo Espírito, os
dons de curar;
E a outro a operação de maravilha e a outro a profecia; e a outro o dom
de discernir os espíritos ; e a outro a variedade de línguas; e a out ro a inter-
pretação d::rs línguas.
60 UMA OBRA MARA V TLHOSA

Mas um só e o mestno E spírito opera todas estas coisas, repartindo parti-


cularmente a cada um como quer. (I Cor. 12 : 4, 7-1 1).
T odos estes dons e traba lhos do Espírito pertencem à verdadeira Igrej a,
e têm sido aproveitados em gr ande escala pela fé dos membros da Igreja de J e-
sus Cristo dos Santos dos Ultimos Dias desde a sua organização em 6 de Abril
de 1830.

Ministrações limitadas do Espírito Santo sem a imposição das mãos

D as revelações dadas pelo Senhor a J oseph Smith e O liver Cowdery nesta· dispensação, /""
e das narrações dadas nas escrituras, é evidente que o dom do Espí rito Santo é conferido
sómente pela imposição das mãos por aquêles que têm a · divina autoridaue de D eus. Isto, entre-
ta nto, deve ser entendido que o E spírito Santo· é o· meio através do qual D eus e seu fi lho J esus
Cristo, comunicam-se com o homem na super fície da terra, a menos que a mensagem seja
su ficientemente importante para justificar a ida dos mensagei ros dos céus ou por visitas pes-
soais, como foi o caso em certas experiências de J oseph Smith. Por isso a 1' promessa de
Moroni refere-se a todos os homens, que o L ivro de Mormon vir ia, que poder iam perguntar a
Deus, o P ai Eterno, em nome de J esus Cristo, perguntando com um coração si ncero, tendo fé
em Cristo, que êle manifestaria a verdade d isto a· êles pelo poder do Espír ito Santo. D este
modo o E spírito Santo ilumina ria suas mentes, da ria a êlcs o saber da verdade quando êles
ti vessem fé em Cristo, e procurassem sincer amente aceita·r e obedecer a verdade. Entretanto,
não há promessa que o Espírito Sa'nto permanecer ia como um consolador e companhei ro dêles
tal como êles eram, exceto se aceitassem a verdade e obedecessem a seus mandamentos.
·o sermão da Montanha, J esus disse:
"Bemaventurados os que teem fome e sêde de justiça, porque eles serão
fartos". ( Mat. 5 :6 ).
J esus fez isto a inda mais cla ro quando visitou os N efitas no Continente · Amer icano.
" E benditos são os que padecem fome e sêde de justiça, pois êles serão
cheios do Espírito Santo." ( III Nefi 12 : 6).
Em cumprimento destas promessas, quando seus servos são enviados para ensinar a ver-
dade, o Espírito Santo dá ao homem e mulher o saber da verdade de tais ensinamentos e para
conduzi-los a aceitação disso quando em seus corações procuram enca·recidamente depois da
justiça. Por isso, no dia de P entccostc, quando a multidão escutava a pregação de P aulo sobre
Cristo e sua crucificação, foi o E spírito Santo que lhes causou "uma pontada em seus corações",
e disse a Pedro e ao resto dos Apóstolos, "Q ue farem os, varões irmãos?" ( Atos 2 : 37).
"E disse-lhes Pedro: Arrependei-vos, e cada um de vós seja batizado em
nome de J esus Cristo, para perdão dos pecados; e rerehercis o dom do Espírito
Santo". (Atos 2: 38).
P or essa razão, enqua·nto êles estavam recebendo o Espírito Santo pa ra con vence-lo da
verdade como fo i pregado por P aulo, todavia, êles não tinham recebido o Espírito Santo como
um dom. Paulo ofereceu o E spírito Sa11to à aquêles que acreditassem, e "haviam aderido a êles,
mais ou menos 3.000 almas" que foram balizadas aquêle dia. (Ver Atos 2 : 41 ).
O Apóstolo Paulo disse:
"Como pois envocarão aquele em quem não creram? e como crerão na!tuele
de quem nã o ouviram? e como ouvirão, se não há quem prégue?
E como prégarão, se não· forem enviados? como está escr ito : Quão for-
mosos os pés dos que anunciam a paz, dos que anunciam coisas boas !
D e sorte que a fé é pelo ouvir, e o ouvir pela palavra de Deus. ( Rom. lO :
14- 15, 17 ).
O que é que faz os homens ter fé quando êles estão procurando a justiça e quando escutam
a palavra de D eus dáqueles que são enviados por t le? São as impressões do Espír ito Santo.
T odos os Elderes na Ig reja sabem como êles oram para• o Espírito Santo para f icar sobre
aquêles a quem ê les pregam a pa lavra de Deus em seus trabalhos missionários para que êles
tenham fé em acreditar e arrependerem-se de seus pecados ; pa'!'a que possam ser batizados
para a remissão de seus pecados e receber o dom do Espírito Santo.
A MTSSAO D O E SP í RITO SANT O 61

Estudando o significado do batismo nós consideramos o caso de Cornelio, o primeiro dos


gentios admitido ao aprisco de Jesus através do Batismo. ~ l e er<.- um homem bom que "deu
muitas almas aos pobres, e orou sempr e a Deus" ; então foi aí que veio um anjo de Deus até
êle e o dirigiu até P edro, um servo de Deus, que lhe di ria o que deveria fa zer. Então O Senhor
teve que prepa rar Pedro par<>· administrar as ordenanças do Evangelho mostrando-lhe uma
visão de" todos os modos em que os quadr úpedes, animais selvagens, e répteis e pássaros vinham
do céu em um vaso. Então Pedro foi ordenado a matá-los e comê-los, a quem B.le disse:
(Ver Atos 10: 14-1 5). Esta visão foi dada a Pedro três vêzes. Quando Pe<Lro encontrou Cor-
nélio trocaram idéi:;,s de suas experiências :
"E, abrindo P edro a boca, disse: Reconheço por verdade que Deus não faz
acepção de pessoas;
Mas que lhe é agradavel' aquele que, em qualquer nação, o teme e obra o
que é justo.
E, dizendo P ed ro ainda estas pala'Yras, caiu o Espírito Santo sobre todos os
que ouviam a palavra.
E os fié is que eram da circuncisão, todos quantos tinham vindo com Ped ro,
maravilharam-se de que o dom do Espírito Santo se derramasse também sobre
os gentios.
Porque os ouvi<>"m falar línguas, e magnifica r a Deus.
Respondeu então P edro : Pode alguém porventura r ecusar a água, pa ra que
não sejam batizados estes, que tambem receberam como nós o Espírito Santo?
E mandou que fossem batizados em nome do Senhor. Então rogaram -lhe
que ficasse com eles por alguns dias." (Atos 10: 34-35, 44-48).
É evidel1te pela leitura dêste capítulo que P edro não estava muito impressionado pelo fato
que Cornélio tinha visto um anjo de D eus, de seu valor para o batismo, assim como êle estava
quando o Senhor permitiu que o Espírito Santo ficasse com êle. Esta completa convicção fe z
com que Pedro não chamasse nada impuro ou comum ao qual Deus havia· limpado. Para uma
onissão tão importante como essa, ha ampla3 justificações para que o Senhor enviasse o Espí-
rito Santo como seu mensageiro para convencer a Pedro a importância deste homem e a sua
associação para ser batisado.

O Espirito de Dczus ou o Espirito de Cristo

Nós até agora temos considerado a missão e trabalho do Espírito Santo como a terceira
per sona·gem da T rindade. Nós dizemos que a pessoa recebe o dom do Espírito Santo sómente
através da obediência aos mandamentos do Senhor, e pela imposição das mãos por aquêles
que têm autoridade para administrar nas ordenanças do Evangelho. Jesus deixou claro que o
mundo não pode receber o Espírito Sa11to o qual êle descreve como "o espírito da verdade".
"E eu rogarei ao Pai, e ele vos dará outro Consolador, para que fique con-
vosco pa ra sempre;
O E spírito de verdade, que o mundo não pode receber, porque não o vê
nem o conhece; mas vós o conheceis, DOrque habita convosco, e estará em· vós.
(João 14: 16-1 7).
Nós temos também considerado os limites dos trabalhos do Espírito Santo, o qual parece
ter sido confiz.do a aqueles que procuram a justiça, e onde o Senhor tem a lgumas mensagens ··.
especiais para transmitir. Em tais casos, entretanto, o Espírito Santo não vem como um dom
para permanecer com cada um ind ividualmente, como é o caso quando um recebe o dom do
Espírito Santo pela imposição d<IIS mãos.'
· A pergunta pode ser feita: Não tem o Senhor nem um modo pa1·a inspirar e dirigir
aqueles que não estão intitulados a receber o dom do E spí rito Santo? Nós responderíamos,
Sim, O Senhor tem muitos meios de o fazer. Nas palavras do Apóstolo João:
"No principio era o Verbo, e o Verbo estava com Deus, c o Verbo era Deus.
Ele estava no princípio com Deus.
Todas as coisas foram feitas por ele, e sem ele nada do que foi fetto se fez.
N'ele estava a vida, e a vida ~ra a ith: dos ho·m.ens.
62 UMA OBRA MARAVILHOSA
------------------------- --------------------~--~---

E a luz resplandece nas trevas, c as trevas não a compceenderam.


Houve um homem enviad·o de Deus, cujo nome ~ era : }oão.
Este veio pã·ra testemunho, para que testificasse da luz; pa ra que todos
cressem por ele.
Não era ele a luz; mas para que testificasse da luz.
Alí estava a luz verdadeira, que alumia a l·9do o hom em que vem «o mundo.
E o Verbo se fez o rne, e habitou entre nós·, e vimos a sua g loria, como a
gloria do unigenito do P a i, cheio de g raça e de verdade. " (João I : 1-9, 14).
É evidente que Jesus· Cri sto criou todas as coisas, e que êle "foi a luz da verdade, o que
iluminou todos os homens que estão vivendo neste mundo: Deste modo os pais de nossa; crian-
ças não nascer<m1 na escuridão espiritua l. l sto deve ter sido o que o Apóstolo Paulo tinha
en1 sua n1ente :
"Porque os que ouvem a lei não são justo; diante de Deus: mas os que pra-
ticam a lei hão de ser justific;cdos.
Porque, quando os gentios, que Hão teem lei, fazem naturalmente a s coisas
que são da lei, Hão teHdo eles lei, para si mesmos são lei; •
O s quais mostram a· obra da lei escrita em Geus corações, testificando junta-
mente a sua consciência, e os seus pensamentos, quer acusanda-os, que de f enden-
do-os". (Rom. 2: 13- 15).
Por isso devemos saber que mesmo onde a lei não é dada e entendida, que através desta
luz "que ilumina todos os homens que pertencem a este mundo", todos aqueles· homens que
têm "a lei dentro de seus corações", e que sua·; consciencia s têm o testemunho da verdade e da
i11entira. D eve ter sido este espírito o que j oel disse quando êle proferiu isto:
"E ha de ser que, depois, derramarei o meu Espírito sobr e toda a carne,
e vossos filho> e vossa s fii has profetizarão, os vossos velhos terão sonhos, os vos-
sos mancebos terão visões.
E tambem sobre os servos e sobre as servas naqueles dias derramarei o
meu Espírito.
E mostra·rei procligios no céu, c na terra, ·s angue e fogo, e colunas de fumo.
O sol se converterá em trevas. e a lua em sangue, antes que venha o grande
e terrível dia do Senhor." (.Toei 2: 28-3 1) .
Numa revelação ao profeta J oseph Smith em K irtland, Ohio, em 22 de Setembro de 1832,
o Senhor fa lou sôbre êste espírito nestas palavras :
"Pois vivereis de tôda a pala·vra que sai da bôca de Deus.
Pois a ·palavra do Senhor é a verdade, e tudo o que é verdade é luz, e tudo
o que é luz é espírito, mesmo o E spírito de J esus Cristo.
1: o l:.rpírilo dá lu:; à todo o homem que vem ao mundo; e o J:spírito alumia
a todo o homem ti O mundo que atende à Sua. vo::." ( D . & C. 84 ': 44-46).
Três meses depois que a revelação a~ima foi dada·, o Senhor deu maior· lucidez nesta
mesma pergunta em uma revelação à Joseph Smith :
"Aquêle que subiu ao alto como também desceu em baixo de tôdas as coisas,
no sentido que compreendia tôdas as coisa:s, par<V que pudesse ser em tudo e atra-
vés ele tudo, a luz da verdade.
A qual verdade brilha. Essa é a luz de Cristo. Como Éle está tamhtm no
sol, e é a luz do sol, e é o poder pelo qual o sol fo i fe ito.
Como também f::le está na lua, e é a luz da lua, e o poder pelo qual ch
foi feita;
Ç_omo também a luz das estrêlas, e o poder pelo qual foram feitas;
E também a terra, e o seu poder, sim a terra sôbre a qual estai•s.
E a luz que brilha e que vos alumia, provém dAquele que ilumina os vossos
olhos, e é a mesma luz que vivifica a vossa compreensão ;
A M I SSÃO DO E SPfRTTO SA NTO 63

L uz essa que provém da presença ele Deus para encher a imensidade elo
espaço.
A luz que está em t udo, e dá vida a t udo, que é a lei pela qua l tôdw; as
coisas são governadas ; sim, o poder de Deus, que se assenta sôbrc o Seu trono c
está no seio da eternidade e no meio de tôdas as coisas." ( D. & C. 88 :6- 13) .
Em co:tsideração aos ensinamentos de ~eu pai Mormon, o profeta Moroni disse:
"Porque eis que o Espírito de Cr isto é concedido a todos os homens, para
t) UC êles poss<.m conhecer o que é bom e o que é mau ; portanto, cu vos ens' no

o modo ele julgar ; poi>, tudo quanto incita à prática do bem, c persu:·.de da crença
em Cristo, é enviado pelo poder e dom de Cristo ; por conseguinte, podeis perfei-
tamente saber que é de Deus." ( Moroni 7 : 16).

Em um sermão no T "bernácu lo de L ago Salgado, em 16 de Ma rço de 1902 o P resi d ~tltc


Joscph F. Smith falo tt dos trabalhos elo Espírito ele Deus ou do Espírito de Cristo, e a dife-
rença ent re êles e o trabalho ou missão do E spírito Santo do seguinte modo:

"É pelo poder de Deus que tôdas as coisas sã o fe'tas c que já foram f eita~ .
É pelo poder de Cristo que todas as coisas são govcm aclas e conservadas nos lu-
gares que são goverttaclas e ma ntidas no univer w . É o poder que procede ele pre-
sença do Filho ele Deus durante todos os seus t rabalhos, aquela luz doada, ener-
gia, entendimentos, conhecimentos e um grau de inteligencia à todos os fil hos dos
hom ens, est r itamente de acordo com as palavras no liv ro de ] ob " Ta verdade,
há um espírito no homem, e a inspiração do Todo- poderoso os faz entendidos".
É esta inspiração de Deus, continuando através de todas as suas criações, que ilu-
mina os f ilhos dos homens; e não é n;;·da mais nem menos que o espírito de
C risto, 11ue ilumina a mente, que inspira o enlendin0ento e que estimula os filhos
dos homens a fazer o que é bom e esquiva-se elo que é mau; o qual vivi fie<) a
consciência do homem e dá à êle inteligência para escolher ent re o bem e o mal,
luz e escuridão, certo e errado.
Mas o Espírito Santo, quem testif ica o Pa'i e o Filho, quem tira das coisas
·do Pai para mostrar aos homens, quem testi fica ] esus Cristo, e o eterno D eus,
o Pai de J esus Cristo e qu.em dá testemunho da verdade - este Espír ito, esta In-
teligência, não são dadas aos homens até que êles se arrependam de seus peca-
dos e atinjam um .estado digno perante o Senhor. Então êles recebem o dom do
Espírito Santo pela imposição das mãos daqueles que· são autorizados por Deus
para dat' stí~s bençãos aos filhos dos homens. O Espír ito falado, do qual tenho
lido é aquele Espírito que não cessa de esforçar-se com os filhos elos homens até
que êles tenham posse da grande luz e intcligênci;;·. Embora o homem venha co-
. meter toda espécie de pecado.s e blasf~mias, se êlc não tem ainda recebido .o tes-
temunho do E spírito Santo, êle poderá ser l)erdoado pelo ar repeudimento de seus
pecados, hum ilhando-se perante o Senhor e obedecendo sinceramente os mandamen-
tos de Deus. Como está escrito, "Toda a alm;;· que renunciar aos seus pecados .e
vier a Mim e clamar ao Meu nome, e obedecer à M inha Voz, e guardar os Meus
mandamentos, verá a M inha face e saberá quem Eu sou" . Ele deverá ser perdoa-
do, e receberá a g rande luz; êle fa rá um solene convênio com D eus, dentro de
um pacto com o Altissimo, r.-través do Seu Filho U n:genito, pelo qual êle se torna
um filho ele Deus, herdeiro de Deus, e herdeiro juntamente com Jesus Cristo.
E ntão, se êle pecar contra a luz e coÚhecimento que tem recebido, a luz que estava
com êle torna1·ose-á escu ra, e oh, quão grande será aquela escuridão! Depois,
e não até então, cessará o espírito de C risto que ilumina todo homem que vem
ao mundo, de esfor çar-se com êle, e êle será deixado par a sua· própria destruição.
64 UMA O BRA MAR AVIL HOSA

A pergunta é gera lmente feita . Há alguma diferença entre o Espírito do


Senhor e o Espírito Santo? Os termos são frequentemente simonizados. Nós
gerahnenle r!izemos o Espírito de Deus quando queremos dizer o Espírito Santo,
igualmente dizemos o Espírito Santo quando pretendemos o Espírito de Deus.
O Espírito Santo é um personagem da Santíssima Trindade, e não é aque-
le que ilumina todo homem que vem ao mundo. É o Espírito de Deus que procede
at ravés de C risto ao mundo, que ilumina todo homem que vem ao mundo, e que
acompanha os filhos dos homens, e cont inuará com êles até trazer à êles o co-
nhecimento da verdade e de posse da grande luz e testemunho do Espírito Santo.
Se, contudo, êle receber aquela grande luz, c então pecar contra êle, o E spírito
de Deus, não mais estará com êle, e o Espírito Santo se retirará inteiramente
dele. Então perseguirá a verdade; buscará o sangue dos inocentes; então êle nã.o
hesita rá ao mandato de qualquer crime, exceto ·o quanto êle tema as penalidades
da lçi em consequência do cr ime sobre sí. (Joseph F. Smith, Gospel Doctrine,
Fiftlt edition, pp. 66-68).

Nefi viu o es.pírito de Deus perma11eccr sobre um homem que nós chamamos de Colombo
e o conduziu para esta terra:
"E, olhando, vi um homem entre os gentios que estava separado da semen-
te de meus irmãos por muitas águas e vi que o Espírito de Deus desceu e obrou
·~ób r e êsse homem ; e saindo êsse homem sóbr e os mares, atravessou as águas e
chegou até a semente de meus irmãos que estavam na terra prometida". ( I Ne-
fi 13: 12).

Colombo não t inha recebido a imposição das mãos pelo dom do Espírito Santo, mas o
tempo tinha vindo, como viu Ncfi 2000 anos antes, quando esta terra, que Deus tinha escon-
dido das vistas das outras nações, (Ver li Nefi I : 8), podia ser prepa-rada para reçeber a
re, tauração do evangelho de J esus Cristo.
Tão importante missão poderia ter especiais inspirações do Senhor, como Nefi afirma
que êle "viu o Espírito de Deus, que veio e obrou sobre o homem". Presidente ]D'seph F . Smith,
como nós temos aqui indicado, afi rma aqueles termos: "Espírito de Deus e o E spírito Santo
são ·usados frcqlj~ntemente como sinonimos." Entretanto, pode. ter sido o Espírito de Deus
ou o Espírito Sapto 'cjue "obrou sobre o homem." : .· -'
N e f i tambéttJ viu cJ Espírito de Deus mover sôbre outros do mesmo modo:

"E aconteceu que· vi o E spírito de Deus obrar sóbre outros gentios e êles
saíram do cativeiro at ravessando os mares." (I Nefi 13: 13).
I sto, não há duvida, inclui os puritanos ingleses e outros que primeiro habitaram esta
terra. Estes foram grandes acontecimentos . no desenvolvimento dos pla110s de Deus com res-
peito a D~spensação da Plenitude dos Tempos ou dispensão do Evangelho dos U ltimas Dias,
o qual é plenamente justi ficado com o envio do Espírito de Deus a agir ·wbre as mentes e
corações dos homens para trazer o ·p roposito do Todo Poderoso. Tais coisas tem sido divul-
gadas através das éras para assist ir a realização de seus propósitos.
Não há dúvida que os re formadores e aquêles que dariam-nos o E~pírito da Bíblia, foram
também inspir ados na preparação para a restauração do Evangelho.
O conhecimento de todas estas coisa·,, como o leitor pode r10t~·r, não vem sómente atra-
vés da leitura da Bíblia, mas através de revelações do Senho:r .nestes Ultimas Dias. Nós usa-
mos a Bíblia para mostrar que estes ensinament9s são ·complftos de acordo com ela.
';:,
:~
! i'
'
'
'

- -- ~ ~ -~ ~ + - -=--___-=- ~
·.:;..- ~

--
ç -
., -
"=-
-.... :..- --

Esta é a casa de 'nosso Pai Celestial. Quando aqui estou, tentarei estar
quieto e pensar sôbre Ele.
ESCOLA DOMINICAL

LEHl NO DESERTO DESCOBRE A LIAHONA

Aconteceu que no começo do primeiro ano E aconteceu que éle pa rtiu para o deserto,
do reinado de Zedequias, rei de Judá (tendo deixando sua casa, a terra herdada, seu ouro,
L ehi, meu pai, morado toda a sua vida em Je- sua prata e suas cois<>:3 preciosas, não tendo le-
rusalém), apareceram muitos pro fetas, que anun- vado consigo nada, além de sua família, manti-
ciaram ao povo que devia arrepender-se, pois, mentos e barracas.
do contrário, a cid~'Cle de ] er usalém ser :a des- Aconteceu que, tendo viajado pela espaço de
truída . três dias no deser to, montou sua· tenda· em um
Meu pai, Lehi. saiu, portanto, e se dirigiu vale, à margem de um rio.
ao Senhor, implorando de todo o seu coração a E a li levantou um a;tar de pedras e. tez suas
favor de seu povo. ( 1 N ephi 1 : 4-5). oferendas ao Senhor, rendendo graças ao Se-
E o Senhor mandou a meu pai, ainda num nhor, nosso Deus. ( 1 Nephi2: 2-7).
sonho. que partisse com a famíli a para o de- E aconteceu que durante a noite a ,-oz do Se-
serto . nhor falou a meu pai, e lhe ordenou que no dia
.E aconteceu que êle obedeceu à palavra do ; cguinte prosseguisse na sua viagem pelo deserto.
Senhor, e fêz, portanto, o que o Senhor lhe ha- E ~aconteceu que meu pai tendo-se le,·ant<cdo
via m<lndado. de manhã e na saída da tenda, notou com gran-

52 A LIAHONA
de espanto que havia no chão uma esfera· de Ia- Lia·hona, que é, por interpretação, uma búswla
tão que era trabalhada de maneira curiosa. E no preparada pelo Senhor.
seu interior havia duas agulhas, uma das quais E eis que ninguém poderia trab1lha r segun-
nos indicav;;· o caminho a seguir no deserto. do a maneira de tão curioso a rtífice. E eis que
E seguimos a direção indicada pela esfera, foi preparada para mostrar a nossos pais o ca-
que nos levou aos lugares mais fér teis do de- minho que êles dever iam seguir no deserto.
~ erto .
Pois, como nossos pa·is foram desleixados
E âcontcccu que eu, Néfi, tendo olhado os
em atender a esta bússola (então estas coisas
ponteiros que estavam na esfera, vi que êles se
fo ram temporais) êles não prosperaram ; o mes-
moviam con forme a fé, a di ligência c a ;:tenção
mo se dá com as coisas espirituais.
que lhe dáv<.mos.
E eis que é tão fáci l atender à palavra de
E também sóbre êstes ponteiros havia uma
Cristo, que te aponta rá o caminho direto à eter-
escrita nova, e que era fácil de ler, e que nos
na felicida-de, como foi para nossos pa is dar
dava a conhecer os caminhos do Senhor; c essa
escrita se mudava de tempos em tempos, de acôr- atenção a esta búswla, que lhes apontaria o
do com a f é e a a tenção que lhe dávamo>. E caminho para a ter ra prometida.
assim vimos que por meio de pequena·s coisas Assim como de forma tão segura trouxe esta
pode o Senhor real izar grandes coisas. ( 1 Neíi diretriz nossos pais à terra prometida, por te-
16: 9-29) . rem seguido sua indica-ção, não nos levarão a~
E agora, meu filho, tendo a lgo a dizer-te a pala v r as de Cristo, se a elas obedecermos, longe
respeito do que nossos pais chamam unn bola, dêste vale de amarguras, para uma terra ele pro-
ou guia - ou como nossos pais a chamavam, missão muito melhor? (Alma 37 : 38-45).

A. M. M.
·----·-- -- - -- - - - - - - - -- - - - - -

padas velhas por novas" . A espôsa de Aladim,


Se eu estivesse em que ainda não reconhecera o seu v3lor, se deixa
minha adolescência levar, t rocando a sua por uma outra, reluzente
e bela, mas in;rproveitável.
De M ARION D. H ANKS Se ai nda fô sse jovem, haveria de reconhecer
do Conselho dos Setenta a importância que tem pa ra mim e minha vida,
a história de Aladim . H averia de dar importân-
T odos que conhecem a história de Aladim, cia, para minha felicidade pessoal, o apreciar c
sabem que sua lâmpa-da maravilhosa, pa recia honrar a luz que me foi dada. Haveria de cui-
velha e escura, sendo muitas vêzes tomada por dar desta luz do E vangelho e de Liberdade, que
inútil. O viião da história é um homem sem é minha herança nesta terra livre. Fugiria, tam-
escrúpulos, que conhecendo o poder da lâmpada
bém, das pessoas imorais, enganosas e desones-
de A ladim, usa de um estratagema para conse-
ta·s que passeiam ainda pelas ruas de minha vi-
gui-la. Sai pela·s ruas a proclamar : "Troco. lâm-
zinhança, em m 'nha cidade, e nos corredores de
minha escola, tentando troca r a lâmpada que
meus pais me denm1, pelas suas brilhantes.· lâm-
padas "novas" da corrupção, descrença, ind~Iên­
cia, e deslealdade.
Haveria de querer e ora r por mestres que
me ajudassem a distinguir os valores duradou-
ros dos que não o são; e por companheiros com
quem pudesse alegremente encont rar, e ir em

MaTço de 1955 53
busca de divertimentos dignos. Deseja-ria nunca certo tempo sóbre uma fraqueza ou v1c1o, com
ser tão tolo para trocar uma vida e uma eter- o fim de melhorarmos, e continuarmos com a
nidade de paz e respeito próprio, por alguns firme determinação de nos control:umos, dentro
momentos de "prazer" ilícito e duvidoso. de um mês, mais ou menos, teremos a evidência
Gua rdaria um m:nuto de ITCU tempo, cada da vitória fin a l. O Presidente Brigham Y oung
dia, devotado a mim mesmo, em uma experiên- nos aconselha sàbiamente como devemos domi-
cia SQ_sseg<.-da de devaneio, meditação, ov de lei- nar o nosso temperamento :
tura de bons livros. Leria algo de boa literatu- "Não há uma pessoa no mundo que não pos-
ra. T omaria de um globo ou uma sér ie de mapas sa dominar -se, se, para consegui-lo, se es forçar
para travar conhecimento com os lugares e po- bast;;11te". Quando você notar que uma paixão
vos, citados em jomais, revistas e. livros de aven- quer dominá-lo, afaste-se para algum lugar onde
tura~. Estudaria a geograf ia dês te diminuto mun- não possa ser incomodado. Xão deixe ninguém
do em que vive - e aprenderia que meu mundo vê-lo nem ouvi-lo, enquanto esti\·er dominado
é povoado com sêres, como eu, em sua natur eza pela paixão, porém, esforce-se para que êsse
primitiva. Assim evitar ia esta mente fechada e sentimento o abandone, e o re para que você te-
prej udicial, e só então estaria pronto para apren - nha fôrça sôbre êle. Se YOCê ti ver poder bas -
der a realmente am<:r meu semelhante, como meu tante para conseguir dominar seus pens<!mentos
Pai deseja. e palavras num momento de ira, então você co-
meçar á a saber julgar perfeita e corretamente.
Isto, porque \·ocê já é senho r dos seus pensa-
SOCIEDADE mentos e reflexões.
DE SOCORRO Na Igrei<~ há numeros:1s opor tunidade> que
se nos o ferec e para amarmos uns aos outros c a
maior dessas oportunidades nós aceit;;m os e esta
é a nossa capacidade de amor . "A ssim, como
Jóias do Livro de ama mos, servimos, e nosso am or será grande-
Mormon mente aumentado pela maneira como am;~mos e
servimos". Com o espírito do amor nós podemos
verdadeiramente ensinar a palana de Deus a os
Lição 30: " ... E agora, como come-
çastes a ensinar a palavra, do mesmo mo- nossos semelhantes.
do desejo que cmztimtes a pregar . .. sé
i11trépido, mas não despótico, e fa:;e tam-
bém com que l1tas paixões sejam domÍ1w-
GENEALOGIA
das, e qtt/te ~nchas de termu·a .. . " (Al-
ma 38: 10, 12).
Seu Nascimento
Alma, nesta passagem, aconselhou á seu filho
concernente à sua conduta com relação ao ensi- e Origem
no aproveitado do evangelho de Cristo. T odos
nós somos professóres ou pregadores, direta ou Para seu Pai 110 céu seu nasc imento 11<~ mo rta-
indiretamente, pela vida que levamos e o exem- . lidade fo i uma ocasião de g rande j ~1bi l o. Como
plo q ue damos a os outros. I sto, disse Alma, pode sua prole espi ritual e sob sua divina tutela yocê
ser aplicado a cada um de nós. Ao mostr a r aos tem crescido e desenvolvido, talvez por gerações,
outros o melhor caminho da vida, devemos ser numa atmosfera celestia l, e se tem prO\·ado \'a-
corajosos para defender a doutrina que prega- lente e verd<::!eiro. Você aspi rava pela oportu-
mos, porém, não devemos cheg-.1r a-o ponto de nidade da vida terrestre, porque er a :l ínúa
sermos arrogantes ou ditatoria is. O amor deve passagem que o podia conduzir à Yida e fdi-
encher plenamente o nosso ·coração. cidade eternas. Seu P a i <1mado deu a \·ocê uma
Como podemos dom inar nossas pa ixões como linhagem escolhida a través o povo escolhido de
Alma nos aconselhou Se _concentra rmo-nos um (Continua na pág. seguinte)

A LIAHONA
I srael, os líderes espirit uais escolhidos da raça mãe e a seu pai. Você veio a êles como um
dos homens. Os homens e as mulheres nobres, presente do céu, através do milagre da vida, de
através dos quais você teve o privilégio de vir, seu próprio s;o,,gue e linhagem, filho ele sua
pela bondade, sacrifícios e fidelidade de suas santificada união em associação com Deus. Atra-
vidas, ganharam as bênçãos para a posteridade, vés de todos os dia·s indefesos da infância. du-
através de um inquebrável convênio com o Se- rante a doença e a imaturidade, entre suas ten-
nhor. O Pai, amando-o com um perfeito e com- tações e contratempos êles cuidaram de você,
preendido amor, o enviou assim altamente favo-
protegeram-no e gui<tram-no. ~ les o amam como
·recido, para provar a você mesmo entre as ten-
tações e provações da vida, para ganlnr as ne- seu próprio filho mas sabem também que você
cessár ias cxpcriênci"·s e pela obediência para é um fil ho de Deus confiado à sua guarda, Seu
qualificá-lo a maiores e imensuráYeis bêncão< nascimento e a associação v ita lícia resultante,
no f uturo. ~le exultou e \"OCê também co~ ~ estabeleceu uma afetuosa relação que deverá, sob
oportunidade do nascimento. salva·guardas próprias, continuar para sempre em
O seu nascimento troux e doce a leg ria a sua crescente beleza.
a a a a a r S a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a •• • •••••••••••• • I • • • •• • •••• •• • • ••• •• • • ••• I

COMO DEVEMOS GUA RDAR . . . fe itos no sábado, aos quais êles objeta-
êles formaram muitas regras tolas e sem ram, d izendo que haviam seis dias para
sentido , as qua is inclu íram todas as ho- cu ra r os doe ntes e que não deviam ser
ras do dia. D evg ter sido difíci l pa ra fe itos no sábado. Em respos ta a esta
lembrar todas elas. Jesus não fez caso acusação dos Judeus, Jesús deu-nos uma
das mesmas, dizendo : "O sábado foi norma real do sábado - o que deve-
feito por causa do homem, e não o ho- mos, e o que não deve mos fazer.
mem por causa do sábado. Assim o Fi- Jesús estava numa sinagoga no sá-
lho do homem a té do sábad o é Senh or." bado. T am bém, os críticos Judeus esta-
Certamente Jes ús é Senhor do sába- va m presentes pron tos para O condenar
do - t:: Je o insti tuiu; t:: Je fo rmu lou a lei po r qualquer coisa que fizésse ou disses-
e a deu à Moisés. Imagine Je sús concor- se. Jesús, co nh ecendo os seus pensamen-
dando a regras co mo estas: tos, o lhou para o povo reunido. No meio
"Um Judeu que está viajando quan- de le, havia um homem que tinha a mão
d o o sol se põe (o sábado dos Judeus direita mirrada. Os Judeus quiseram ver
começa ao pôr do sol) te m que dar seu se Jes ús o curaria. " Levanta- te, e fica
fa rdo à um ge ntio para o leva r. Se não em pé" , disse Jesús. "E, levantando-se
houver um gentio com êle, tem q ue colo- êle , fico u em pé" . Então disse Jesús à
cá-lo no seu burro. Lógo que cheaar a êles (os críticos), "Uma coisa vos hei
primeira casa, ou vila, êle remove~á as de perg untar: É lícito nos sábados fa-
co isas qu e podem ser removidas no sá- zer bem, ou fa zer mal? Salvar a vida, ou
ba do; e quanto as coisas que não pude- ma tar ?" E olhando para todos em re-
rem ~>er removidas, êle solta as cordas dor, disse ao homem, "Estend e a tua
deixéndo-a s cair por si mesmo." · mão. E ê le assim o fez e a mão lhe fo i
restituída sã co mo a outra." ·
"Se um a ni ma l entrar numa casa e
Muitas vêzes as pessoas pergu nta m,
u•n homem fec ha r a porta atrás dêle
€le se rá culpad o ; se dois homens fecha~
"Quais são · as coisas que podemos .fa-
zer no sábado? Ir a praia? Aos jogos de
rem a porta atrás dêle, ê les não serão
futebol ? ·
culpados."
É verdade que as crian cinhas ad mi-
P orc;ue j esús não fez caso de s uas
tradições sem se ntido, os Judeus E'sta- ram porqu e elas não podem brincar as-
vam sem pre prontos para O co ndena r. sistir o cinema, e tomar parte nos o~tros
Muitos de Seus maiores milag res fo ram (Continua na página 58)

M a·rço de 1955 55
1!/drr Benrr/1 Ostlcr, Irmã Clara Camaruu,
Irmão João Camaruo, lo/der .laJIICS Pa/mcr.

Brigham Youn g, ce rt3 vez disse:


"Tôdas as vêzes que alguém enxota o
"Mormonismo" estará fazendo com que
êle suba cada vez mais, mas nu nca es-
tará faz endo decrescer. E ' uma ordelll
do Deus o Pai Altíssimo."
Ja ú está crescendo depressa. Tão
depressa que é um testemu nho às pa-
lavras de Brigham You ng. Os missio-
ná ri os entraram na cidade p ela prime ira
ve z e m Junh o do ano passado, isto é só-
me nte a 8 meses atrás; e durante ês te
curto período de tempo, cresceu "tanto,
prometendo se r no futuro um ram o bas-
tante fo rte da : missão .
A LI AHONA publica com praze r ês-
te artigo e m homenage m à êste mara-
vilhoso ramo o qu al está tão g ló riósa-
mente progredindo. A fé os tê m unidos
es treitamente, co ntudo algumas vêzes
tiveram séri as dificuldades devido às
persegui ções,· fazendo co m que ê les se
fortifiquem a inda ma is na fé, já bastan-
te fo rte.
A vocês me mbros de Jaú, qu eremo:;
es tende r os nossos s inceros agradeci-
Iilentos pelos seus testemunh os e pel.1
fidelidade neste eva ngelho ve:dadeirõ .

Acima. - L/der R onald Davey, Uder Palmf>', e


T ere::;i11l10 Batista. f}.m l>aixo - L:lder Ostler,
Irmã l smenia M. Castro, Irmã .losefina L.
C revallaro.

lo/der David F.. Ric/rardsatr, l r11rão l.'.milio Cas-


tro, l rmci Jrtlia C. Castro, E/der R obert f. Barber
Irmã Myriam B. M~ de Castro
A mi ssão da irmã Myriam 8. M. de
Castro foi diferentl' da maioria dos mis-
sionários que serviu aqui no Brasil, por-
quanto todo o reu tempo fo i em pregado
como Editôra ele A LI AHONA. Como
ta l, ela fez . mui tas trad uções para que
eu e você, puclessemos ter uma LIA HO-
NA melhor e assim como a maioria das
escritas e sermões d o~ nossos grandes
líderes atuais. Ela emp regou seu gran- Esperamos ter esses livros prontos
de talento traduzi ndo para seus irmãos, para distribuição à todos os Ramos an-
uma curta história da Igreja, "Quem tes do térm ino de 1955. Isto ficará como
são os Mormons" e també m um livro um testemun ho de sua diligên cia ser-
sobre as doutrinas da Igreja "As Re- vindo ao Senhor como uma missionária .
gras de Fé", um livro escrito pelo Presi- Nós deseiamos a ela mui to sucesso
dente David O. McKay - "Os Antigos em sua viagc~ rara os Estados Unidos
Apóstolos" e "Sete Afirmativas do Li- r bem como em seus estudos na Uni-
vro de Mo rmon". ve rsidade de Brigham Young .
-~~---- ----

NOVOS MISSIOHARIOS HA MISSÃO BRASILEIRA


Durante o segundo semestre de 1954, o nosso c:unpo tJtissionário receheu um belo
g rupo de missionários, compostos dos seguintes Elderes: H. R oss Hammond _ Salt L ake
City, Utah; l-fem1ún T:. Funk - Tremonton, Utah; ])oyle G. J-lolman - Sugar City,
Tela h o ; Bruce 1Y. S mitl! - Bounti fui, Utah; R otw!d L. Tl!ompson - Ontario, California;
.fosej>h R . Mc!,aws - JoseJ>h City, Arizom:; William H. Hyde - Washington D. C.;
i: Imo A. Keller, Jr. - Preston, Idaho; Ronald J-1. Davey - Hawthome, California; Mar-
sha/1 W . Chatwi11 - Brawley, California; G. Donald Fella rs - Los A ngeles, Califc rnia;
Gary J. Neeleman - Salt L ake City, U tah; Richard C. Kmtdson - Salt Lake City ,Utah;
f)zt•ain S. Peterson- Snow flake, Ar izona; Robrrt K. Marsha/1- Ogclen, U tah; Gilberl E.
Taylor - Santa Ana, California; Harold G. Hillam - St. Anthony, Jdah ::> ; Dean F.
Wrighl - Salt L<:ke City, U tah; Frrd D. S/lirls - H ailey, Tdaho ; Le/and O. Sherts -
Pay2on, Utah; Alan T. Smedley - Layton, Utah; e 1rmãs: Betty Famszvorlh - Chan-
dler, Arizona ; .Toa>~ f!urnhan• - Salt Lake City,· Utah; Betty G. H ali - Salt L ake City,
Utah; lmogene Hamilton - Paul, ldaho ; Geneva Cal! - Las Vegas, Nevada. .
Ainda no segundo semestre de 1954, a Missão Brasileira recebeu os seguintes mis-
~ ionários brasileiro3 : Elder Arc!timedes Homero Schmidt- Porto Alegre, Rio Grande do
Sul ; Sister Myriam Boemer Monteiro de Castro - Baurú, São Paulo (ela começou a .· .
sua missão no mês de janeiro de 1954).
No mesmo período foram desobrigados da Missão Brasi leira os Elderes: Emmamtel
H. Ballstaedt - Salt Lake City, U tah ; Wi/liam r·. Larsen - Black foot, I daho; Thrron
D. Mitche/1 - Vale, Oregon; Jamrs L'-. Gafe - Durango, Colorado ; R oberl D . Perkins -
Clay Springs, Arizona ; Eldwin K. Lane- Richmond, Cali forn ia; Reed H, Facer- Pro-
YO, Uta·h.

M<l!rço de 1955 57
Con ferência dos Presidentes dos Dis-
tritos - que realizou-se no d ia 2 4 de
Janeiro último, para discutirem os
problemas inherentes ao seu trabalho.

A direita - depois da conf erência reali:;ou -se 11111


churrasco na casa da m issão.

A cima - Ju ntos com os presidentes dos d istritos r a P rrsidbt cia da Missão stio .os diriqentrs
d os-vários serv iços da m issão. Da esquerda para: a direita : B len D. c) tolur, S ecrrtário da .'vii.wi o:
f hmglas C. Jo /m son, J)iretor de "A Liahona" ; D ou R. Cal/ J) t'strito dr Cu ri t il~•l; (;a rv TI".
1-la/1, Distrito de Camp inas ; Gordo11 B. Taylor, JJ istrito dr .{ lio Pa·ulo : David 1:.' R ichm:dson,
Diretor dos A uxiliares: L m••rence f . Darton, Comissário da J1isslio; B laitte •JJ. ll'ebb, Distrito
de Baurzí ; M erri/1 F. Frost, Presidente A soe/ T. Sorntsrn, e Urban W . H m ,•s, Prrsidhtci.a da
M ixsfio ; JJeh(•Orth K. }' 0 1111[1, f) istrito dr Pôr to A legrr.

COMO DEVEMOS GUARDAR .. . tos como o cinema e os outros divt.rti-


divertimentos no sábado. Há um dever m ~n tos prejudiciai s serão evitados. Você
para os pais, qu e é, divertir as crianças pergunta se está errado ouvir o rádio ou
e ao mesmo tempo instruir a si mesmo ver a televisão. Certamente não fica bem
tanto como as crianças pela instrução com o sábado ver shows de cri me, cenas
correta. Esta instrução pode ser encon- de homicíd ios, roubos e outras coisas
trada em pequenas histórias tiradas da contrárias ao espírito do evangelho; e
Bíblia, a história da Ig reja e os primei- são essas coisas que dominam o ci ilema
ros lideres dela. Assim o sábado pode e rádio. Mas, há programas bons no rá-
ser agradável durante as horas entre a dio como música religiosa, ou clássica e
Escola Dominica l e a Reunião Sacra- os programas da Igreja.
mental. Desta maneira, os perigos ocu l- (Conti nua na· última capa )

58 A LIAHONA
Lição para os mestres visitantes do Ramo
Lição 4 Abril ·de 1955
A~tigo 3: "Cre mos que pelo sacrifício de Cristo toda a humanidade po-
derá ser salva, pela obediencia às leis e ordenanças do evan-
gelho".

. A Expiação
Por intermedio da quéda de Adão e Eva assegurou-se a possibili-
dade da condição de vida mo rtal sobre seus descendentes. Portanto, to-
dos os seres nascidos de pais terrestres estão sujeitos à morte física, e a
sua ex pulsão da presença de Deus fo i em s ua natureza, uma morte espi-
ritual.
Cristo foi escolhido antes que se lançasse o alicerce desta terra, para
servir de p ropiciador por causa da quéda. "Pois, como em Adão todos
morrem, em Cristo seremos todos vivificados." ( I Coríntios 15: 22).
Nas paginas 148 e 149 do livro Mediação e Expiação, de John Tay-
lor, encontra-se o seguin te: "De alguma forma misteriosa e incomp reeil~
sivel Jesus ass umi u a responsabilidade que naturalmente recairia so bre
Adão, a qua l, porem poderia ser obtida através da Sua mediação, acei-
ta ndo sobre Si, suas tris tezas· e assumindo suas responsabilidades e acei-
tando suas transgressões ou pecados. De uma maneira incompreens ível
Ele s uportou o peso dos pecados de todo o mundo , não somente por Adão
- i mas por toda sua posteridade; e ao faze r isso, não sómente abriu o reino
I dos céus aos crentes e a todos que obedecem à lei de Deus, mas tambem
a mais da metade da raça humana que morrerá antes de chegar à matu-
ridade, assim como ao hereje que, tendo morrido sem a lei, pela media-
ção poderá ressuscitar sem a lei, e será julgado sem a lei, participando
assim, pela s ua capacidade, obras e merecimento das bençãos da Sua
expiação".
As escrituras são cla ras ao declarar que Cristo veio à terra para
fazer um trabalho préviamente designado. Ele viveu, sofreu e morreu· de
acordo com o p lano que havia sido concebido em retid ão a ntes que exis-
tisse o mundo ou a ntes que o homem aparecesse na sua superfície para .·
a redenção dos filhos de Adão. Ouçam estas palavras ditas por intermé-
dio de um profeta moderno: "Eu sou Jesus Cristo, o fi lho de Deus que
foi cru cificado pelos pecados do m4ndo, e, tantos quantos ouvirem e
acreditarem em meu nome, poderão torna r-se fi lhos de Deus, e ser co-
migo, como sou um com o Pai, e o Pai e eu somos um. " ( D . & C. 35:2).

M<rrço de 1955 59

You might also like