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Vítor João Pereira Domingues

Martinho - Ph.D. em Economia -


Professor Coordenador com
Agregação do Instituto Politécnico de
Viseu
 Mercados: há mercado quando se encontra
(no tempo e/ou no espaço) pelo menos um
consumidor e pelo menos um
produtor/vendedor para efetuarem
transações comerciais entre si (geralmente,
com fluxo de bens e serviços num sentido e
quantias monetárias noutro sentido).

Vítor João Pereira Domingues


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 Um mercado pode ser representado num
gráfico bidimensional, onde os consumidores
são representados pela curva/reta da procura
e os produtores/vendedores pela curva/reta
da oferta.
 Exemplos de mercados:
◦ Mercados agrários:
 Mercado dos frutos:
 Mercado das maçãs:
 Mercado das maçãs Golden;
 Mercado das maçãs Starking;
 …..
 Mercado dos produtos hortícolas:
 Mercado das alfaces;
 Mercado das couves;
Vítor João Pereira Domingues
 …………….. Martinho - Ph.D. em Economia -
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 O SIMA (Sistema de Informação de Mercados
Agrícolas) do GPP (Gabinete de Planeamento e
Políticas) disponibiliza imensa informação
sobre os mercados agrícolas no seguinte sítio
de internet:
 http://www.gpp.pt/sima.html

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 Teoria da procura: os consumidores
procuram diariamente bens ou serviços para
consumirem de modo a satisfazerem as suas
necessidades diárias (básicas – alimentação,
vestuário, etc; ou não básicas – ir ao cinema,
viajar, etc).
◦ As quantidades procuradas/consumidas dependem
de vários fatores, como os preços, os preços dos
bens substitutos, os preços dos bens
complementares, a qualidade dos produtos, o
rendimento dos consumidores, etc (a esta relação
designa-se de função ou equação de procura).
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◦ Mas na literatura sabe-se que pelo menos numa
primeira fase o fator mais determinante das
quantidades procuradas/consumidas de um certo
bem ou serviço económico são os preços do
respetivo produto (função ou equação da procura
simplificada).

 Lei da procura: há uma relação inversa entre


as quantidades procuradas/consumidas e os
preço de um determinado bem ou serviço.

 Exceções à lei da procura: bens de primeira


necessidade, bens de luxo e expectativas em
relação à evolução da economia.Vítor João Pereira Domingues
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 Curva ou reta da procura:

 P

 D (Demand)

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 Teoria da utilidade/satisfação: os
consumidores quando procuram diariamente
bens ou serviços para satisfazerem as suas
necessidades básicas e não básicas procuram
sempre maximizar a sua utilidade/satisfação,
tudo depende do seu rendimento disponível.

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 Teoria da oferta: os produtores/vendedores
procuram produzir/vender bens ou serviços
aos consumidores, disponibilizando-os nos
mercados económicos.
◦ As quantidades de produtos produzidos/vendidos
dependem de diversos fatores, como o preço do
respetivo produto, do preço dos bens substitutos,
do preço dos bens complementares, da tecnologia,
da conjuntura económica, etc (função ou equação
da oferta);

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◦ Geralmente costuma simplificar-se para duas
variáveis e considera-se que as quantidades
produzidas/vendidas são dependentes dos
respetivos preços (função ou equação da oferta
simplificada).

 Lei da oferta: há uma relação direta entre as


quantidades produzidas/vendidas e os
preços respetivos.

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 Curva ou reta da oferta

 P

S (Supply)

 Q

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 Teoria da produção: o objetivo dos
produtores/vendedores é maximizar os
lucros com a produção/venda de bens ou
serviços, tendo em conta a limitação que lhes
é imposta pelos fatores de produção que têm
disponíveis.

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 Função de produção: as quantidades
produzidas dependem de diversos fatores de
produção, tais como área disponível,
fertilizantes, mão de obra, etc.
◦ Costuma-se simplificar para duas variáveis de
modo a facilitar as análises e considera-se que as
quantidades produzidas/vendidas podem depender
preferencialmente mais de um determinado fator de
produção (função de produção simplificada).

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 Curva da função de produção

Y ZRC ZRD ZRN

X
ZRC: Zona dos rendimentos crescentes;
ZRD: Zona dos rendimentos decrescentes;
ZRN: Zona dos rendimentos negativos.
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 Na curva da função de produção, onde Y
representa as quantidades produzidas e X as
quantidades de um determinado fator de
produção que se considerou mais
fundamental, é possível identificar três zonas:
◦ A zona dos rendimentos crescentes onde os
acréscimos de produção são superiores aos
acréscimos de fator de produção;
◦ Zona dos rendimentos decrescentes onde os
acréscimos de produção são inferiores aos
acréscimos de fatores de produção;
◦ Zona dos rendimentos negativos onde há
diminuição da produção para acréscimos de fatores
de produção. Vítor João Pereira Domingues
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 O lucro corresponde à diferença entre as
receitas totais e os custos totais ( = RT-CT).
◦ As receitas totais são obtidas pelo produto entre as
quantidades produzidas/vendidas e o respetivo
preço de venda (RT = Y.Py);
◦ Os custos totais dividem-se em custos fixos (CF,
dentro de certos limites não variam nem com a
intensidade de produção nem de um período para o
outro. Exemplo, desvalorizações, salários de
trabalhadores permanentes, etc) e em custos
variáveis (CV, geralmente variam com a intensidade
de produção e de um período para o outro.
Exemplo, fertilizantes, combustíveis, reparações de
máquinas e equipamentos, etc), Assim, os custos
totais traduzem-se da seguinte forma: CT = CF+
CV = K + X.Px. Vítor João Pereira Domingues
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 Os rendimentos podem ser médios ou
marginais.
◦ Os rendimentos médios traduzem-se pelo quociente entre
as quantidades produzidas/vendidas e as quantidades de
um determinado fator que pretendamos considerar,
eventualmente a multiplicar pelo preço de venda (RMe =
(Y/X). Py). No fundo o rendimento médio representa a
produção obtida por unidade de um determinado fator de
produção;
◦ Os rendimentos marginais são obtidos dividindo as
variações das quantidades produzidas/vendidas pelas
variações das quantidades de fator de produção que esteja
a ser considerado, eventualmente a multiplicar pelo preço
de venda (Rma = (Y/X).Py). Em suma, o rendimento
marginal traduz a variação da produção quando as
quantidades de um determinado fator de produção varia
uma unidade.
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 Os custos totais podem também ser médios
(CTMe) ou marginais (CTma).
◦ Os custos totais médios representam os custos
gerados por unidade de produção e traduzem-se
da seguinte forma: CTMe = CFMe + CVMe = K/Y +
(X.Px)/Y;
◦ Os custos totais marginais representam os
acréscimos nos custos por cada unidade adicional
de produção obtida, ou seja: CTma = CFma +
CVma = K/Y + (X.Px)/Y = (X.Px)/Y

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 Condições de máximo lucro: as condições de
máximo lucro obtém-se considerando por
definição matemática que a primeira derivada
da equação do lucro é nula e a segunda
derivada é negativa:
◦ Primeira condição: /X = (Y.Py)/X - (K/X +
(X.Px)/X) = 0  Rma = Px;

◦ Segunda condição: 2/2X = Rma´< 0.

◦ A segunda condição implica que o máximo lucro é


obtido quando o rendimento marginal é
decrescente, ou seja, na zona da curva da função
de produção dos rendimentos decrescentes.
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 Mercado: é quando se contacta pelo menos um
consumidor e um produtor/vendedor para
efetuarem transações comerciais entre si.
 Em termos gráficos traduz-se da seguinte forma:
P S

Pe E (Equilíbrio de mercado)

Qe Q
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 Equilíbrio de mercado: em termos gráficos
corresponde aos ponto de interceção entre a
curva ou reta da oferta e a curva ou reta da
procura. Em termos económicos é um ponto
em que tanto os consumidores como os
produtores/vendedores estão de acordo
quanto aos preços praticados (preços de
equilíbrio – Pe) e às quantidades
transacionadas (quantidades de equilíbrio –
Qe).

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 Aumentos da procura:

P
Pe´ E´ S
E
Pe
D D´

Qe Qe´ Q

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 Os aumentos da procura traduzem-se em
aumentos dos preços praticados (preços de
equilíbrio) e nos aumentos das quantidades
transacionadas (quantidades de equilíbrio) e
vice-versa.

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 Aumentos da oferta:

P S

Pe E

Pe´ E´
D

Qe Qe´ Q

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 Os aumentos da oferta traduzem-se em
diminuições dos preços praticados (preços de
equilíbrio) e em aumentos das quantidades
transacionadas (quantidades de equilíbrio) e
vice-versa).

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 Excedente do consumidor e excedente do
produtor/vendedor:
 P S

 EC
 E
 EP/V
 D

 Q

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 O excedente do consumidor (EC) traduz os
“ganhos” dos consumidores por adquirirem
maiores quantidades de um bem ou serviço a
preços mais baixos.

 O excedente do produtor/vendedor (EP/V)


traduz os “ganhos” dos
produtores/vendedores por venderem
maiores quantidades de um bem ou serviço a
preços mais altos.

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 Formas de mercado:
◦ Concorrência perfeita: é uma conceção teórica de mercados
que praticamente não existem na prática e que se
caraterizam pelo seguinte: grande número de agentes
económicos tanto do lado da procura como da oferta;
liberdade de entrada e saída de agentes económicos;
facilidade de acesso aos fatores de produção; e facilidade
de acesso à informação sobre os mercados.
◦ Concorrência imperfeita: é uma forma de mercado mais
comum na prática e que tem várias subdivisões. O extremo
de concorrência imperfeita é o monopólio que se carateriza
pelo seguinte: um único agente económico do lado da
procura ou do lado da oferta; e existência de barreiras
efetivas à entrada de operadores. As barreiras podem
derivas da existência de patentes, dos preços praticados
serem impeditivos para a entrada de novos operadores, ou
pelo fato de os fatores de produção estarem controlados
pelo monopolista. Vítor João Pereira Domingues
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 Questões estruturais:
◦ Terrenos de pequena dimensão;
◦ Muitos agentes económicos na produção e
dispersos;
◦ Explorações com volumes de negócio pequenos;
◦ Necessidades de formação e fraco associativismo e
cooperativismo;
◦ Tendência para os rendimentos decrescentes.

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 Oscilação das produções:
◦ Grande oferta na altura das colheitas;
◦ Fraca oferta entre colheitas (tudo depende das
capacidades de armazenamento);
◦ Dependência de ciclos biológicos.

 Variação dos preços:


◦ Aumentos significativos nas últimas décadas nas
produções agrárias (devido a avanços tecnológicos
e melhorias na capacidade ativa dos fertilizantes e
produtos fitofarmacêuticos);

 Problemas ambientais:
◦ Poluição dos terrenos, toalhas freáticas e poluição
do ar com, por exemplo, algumas atividades
animais. Vítor João Pereira Domingues
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 As falhas de mercado verificam-se, por
exemplo, quando o mercado por si só não é
capaz de satisfazer, através da oferta, a
procura existente para um determinado bem
ou serviço, ou não é capaz de garantir a
alocação eficiente dos recursos, ou não evita
externalidades negativas (poluição), ou não
garante as externalidades positivas, etc.
◦ As falhas de mercado podem resultar de
variadíssimos fatores, tais como: falta de
informação, falta de acesso aos recursos, deficiente
remuneração dos custos, monopólios,
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etc.
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 Geralmente as falhas de mercado são
corrigidas através de intervenções do estado
que pode intervir através de:
◦ Impostos;
◦ Subsídios;
◦ Taxas (poluição);
◦ Controlo da produção (quotas à produção);
◦ Produção de bens ou serviços que os agentes
económicos privados não consideram lucrativo
produzir;
◦ Etc.

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 As Organizações Comuns de Mercado (OCMs)
foram criadas no âmbito da formação da
Política Agrícola Comum (PAC) da União
Europeia (no início designada de CEE –
Comunidade Económica Europeia) para
regulamentar os preços e os mercado dos
países membros.
 As OCMs fazem parte da Política de Preços e
Mercados da PAC.

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 Política de preços e mercados:
◦ Objetivos:
 Garantir o abastecimento dos mercados agrários;
 Assegurar rendimentos adequados aos agricultores;
 Garantir preços acessíveis aos consumidores.
◦ Regras:
 OCMs (Organizações Comuns de Mercado): são um
conjunto de regras definidas em legislação europeia,
abrangendo uma parte significativa dos produtos
agrários, e foram criadas para cada produto agrário ou
conjunto de produtos com características semelhantes
(exemplo: OCM dos cereais). Estas OCMs além de
outras regras tinham três regimes:

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 Regime de preços (eram definidos antes de cada
campanha de produção preços garantidos, cuja
designação variava com a OCM, que garantiam um
rendimento adequado aos agricultores quando os preços
no mercado eram mais baixos). No caso dos agricultores
optarem pelos preços garantidos tinham de entregar a
produção a organismos de intervenção contratados pela
CEE (Empresas, Cooperativas, etc);
 Regime de trocas que protegia os agricultores europeus
nas trocas internacionais, taxando os produtos
importados na fronteira da CEE, quando os respetivos
preços eram mais baixos que os praticados na Europa, e
redução dos preços dos produtos europeus exportados
(com a correspondente restituição aos agricultores
europeus da diferença) quando os preços no país de
destino eram mais baixos;
 Regime de intervenção com um conjunto de ajudas para
suportar os custos do recebimento das produções dos
agricultores que optavam pelos preços garantidos.
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◦ Consequências destas regras das OCMs:
 Excesso de produção na CEE;
 Despesas elevadas da CEE com a PAC;
 Problemas ambientais com produções intensivas;
 Pressões internacionais, nomeadamente ao nível da
OMC (Organização Mundial do Comércio).

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◦ Implicações deste contexto:
 Introdução de mecanismos de controlo da produção
nos anos 80, como por exemplo as quotas para a
produção de leite;
 Reforma da PAC de 1992, com os seguintes
resultados:
 Redução do protecionismo na produção e nas trocas
internacionais;
 Redução dos preços garantidos;
 Introdução das ajudas diretas ao rendimento (desligadas
da produção e atribuídas em função de produtividades
históricas e da dimensão da exploração agrária);
 Criação do 2.º Pilar da PAC, numa perspetiva de
desenvolvimento rural e de extensificar, com a designação
de Medidas de Acompanhamento e que tinha as seguintes
medidas: Indeminizações Compensatórias, Medidas
Agroambientais, Reforma Antecipada e Florestação de
Terrenos Agrícolas sem Aptidão para a Agricultura.
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 Reforma da PAC de 2000 (no âmbito da Agenda 2000):
reforçou as orientações da Reforma da PAC de 1992 e
o 2.º Pilar da PAC passou a ter a designação de RURIS;
 Reforma Intercalar da PAC de 2003, com aplicação a
partir de 2005: introduziu o Regime de Pagamento
Único (RPC), em que o agricultor, através de um
sistema de direitos atribuídos tendo por base os
apoios recebidos nos últimos anos, recebe apoios ao
rendimento num regime único desligado das
produções e das atividades, ou seja, o agricultor não
está obrigado a ter atividades na exploração desde que
a mantenha em boas condições agronómicas (a
designada “Condicionalidade”);
 Reforma da PAC de 2007, com a criação da OCM Única;
 Reforma da PAC de 2013, para 2014-2020, numa
perspetiva de reforçar a sustentabilidade ambiental do
setor agrário e de virar mais o setor para o mercado,
diminuindo protecionismos. Vítor João Pereira Domingues
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 Agricultural commodities: são produtos
agrícolas sem diferenciação nos mercados,
impossibilitando, geralmente, aos
consumidores a identificação dos respetivos
produtores;
 Commodities chains: são as cadeias de valor
ou as fileiras de
transformação/comercialização/distribuição
das commodities.

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 O branding consiste na construção e gestão
de uma marca, o que em termos agrícolas
nem sempre é fácil pela dificuldade em
construir marcas, nomeadamente pelas
seguintes razões:
◦ Reduzida produção individual dos agricultores (o
que pode ser resolvido através da concentração da
produção em cooperativas, por exemplo);
◦ Existência de muitas commodities (o que pode ser
contornado através das certificações e, de certa
forma através das marcas, territoriais).
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 As fileiras agrícolas têm a ver com o conjunto
de etapas para os produtos agrícolas, com os
respetivos intervenientes e a respetiva criação
de valor, desde a produção até ao consumo
final, passando, ou não, pela transformação,
comercialização e distribuição.

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 A certificação de produtos agrícolas obedece
a legislação própria e permite criar uma
marca conjunta para um determinado
produto, da qual podem beneficiar os
agricultores que reúnam as condições
inerentes ao processo de certificação em
causa.

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 Denominações de Origem (DOP/DO): nome
reconhecido a nível nacional (DO) ou a nível
comunitário (DOP), cuja qualidade ou
características de determinado produto se
devem a um determinado local;

 Indicação Geográfica (IGP/IG): nome


reconhecido a nível nacional (IG) ou a nível
comunitário (IGP), cuja reputação, qualidade
ou características podem ser atribuídas a um
determinado local;

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 Especialidade Tradicional Garantida
(ETG/ETG-RP): qualquer produto que
beneficia do reconhecimento da sua
especialidade a nível nacional (ETG-RP) ou
comunitária (ETG).

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 Instituições públicas nacionais relevantes no
contexto dos mercados agroalimentares:

◦ Presidente da República;
◦ Assembleia da República;
◦ Governo;
◦ Instituto da Vinha e do Vinho (IVV, I.P.);
◦ Gabinete de Planeamento e Políticas (GPP);
◦ Instituto de Financiamento da Agricultura e Pescas
(IFAP, I.P.).

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 Instituições vitivinícolas certificadoras:
◦ Comissão Vitivinícola do Algarve – Vinhos do
Algarve;
◦ Comissão de Viticultura da Região dos Vinhos
Verdes;
◦ Comissão Vitivinícola Regional do Dão – F.V.D.;
◦ Comissão Vitivinícola Regional Alentejana;
◦ Comissão Vitivinícola Regional da Bairrada;
◦ Comissão Vitivinícola Regional da Beira Interior;
◦ Comissão Vitivinícola Regional da Península de
Setúbal;
◦ Comissão Vitivinícola Regional de Lisboa;
◦ Comissão Vitivinícola Regional de Távora e Varosa;
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◦ Comissão Vitivinícola Regional de Trás-os-Montes;
◦ Comissão Vitivinícola Regional do Tejo;
◦ Comissão Vitivinícola Regional dos Açores;
◦ Instituto dos Vinhos do Douro e do Porto, I.P.;
◦ IVBAM – Instituto do Vinho, do Bordado e do
Artesanato da Madeira, I.P..

 Outras instituições:
◦ CAP, CONFAGRI, CNA, ...
◦ Associação Nacional de Escanções;
◦ Associação Portuguesa de Enologia;
◦ Centro de Estudos Vitivinícolas do Douro;
◦ Estação Vitivinícola da Bairrada;
◦ FENADEGAS – Federação Nacional de Adegas Cooperativas;
◦ ………. Vítor João Pereira Domingues
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 O sítio de internet do IVV, I.P. disponibiliza
imensa informação sobre o setor vitivinícola,
desde as políticas definidas para o setor até à
legislação aplicável (http://www.ivv.min-
agricultura.pt/np4/home.html);

 O IVV, I.P. é um instituto público integrado


na administração indireta do estado, com
autonomia administrativa e financeira;

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 O IVV, I.P. tem por objetivo prosseguir as
orientações do Ministério da Agricultura e do
Mar para o setor vitivinícola, coordenar e
controlar a organização das instituições do
setor vitivinícola, fazer auditorias ao sistema
de certificação de qualidade, acompanhar a
política da União Europeia e preparar as
regras para a sua aplicação, bem como
coordenar e supervisionar a promoção dos
produtos vitivinícolas.

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 Muita da informação pode ser encontrada no
sítio de internet desta instituição
(http://www.gpp.pt/);

 O GPP é uma instituição pública que tem por


objetivo apoiar a definição das políticas do
Ministério da Agricultura e do Mar e fazer a
coordenação, acompanhamento e avaliação
da sua aplicação, bem como assegurar a sua
representação no âmbito comunitário e
internacional. Vítor João Pereira Domingues
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 O IFAP, I.P. é um instituto público integrado
na administração indireta do estado, com
autonomia administrativa e financeira
(http://www.ifap.min-
agricultura.pt/portal/page/portal/ifap_public
o);

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 Tem por objetivo validar e pagar
financiamentos decorrentes da aplicação das
políticas definidas a nível nacional e da União
Europeia, no contexto da agricultura,
desenvolvimento rural, pescas e setores
conexos. Bem como propor as medidas e
estratégias de tecnologias de informação e
comunicação no âmbito destes setores.

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 As Comissões Vitivinícolas são entidades
coletivas de direito privado/público e de
âmbito interprofissional.
◦ Estas instituições representam os interesses dos
diversos profissionais da região vitivinícola desde a
produção à comercialização dos vinhos e produtos
vínicos respetivos. Têm, ainda, por funções de
autenticação e certificação da qualidade dos vinhos
com a atribuição de um selo de garantia. São,
também, responsáveis pela promoção dos vinhos.

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 http://www.wto.org/
 A OMC é uma organização que a 2 de março
de 2013 tinha 159 países membros, alguns
dos quais aderiram muito recentemente,
como o Montenegro e a Rússia que aderiram
em 2012.

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 A OMC é uma organização que tem
essencialmente os seguintes objetivos:
◦ Promover o comércio livre;
◦ Promover fóruns para a negociação de acordos para
o comércio internacional entre os diferentes países;
◦ Resolver conflitos ao nível do comércio
internacional entre países;
◦ Definir regras para o comércio internacional;

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 A OMC está localizada em Genebra, na Suíça,
e foi criada em 1995 após um conjunto de
negociações que ficaram conhecidas como as
negociações do Uruguay Round e que
decorreram de 1986 a 1994.
◦ A OMC veio assim substituir o GATT (General
Agreement on Tariffs and Trade) que existia desde
1947;
◦ Atualmente no âmbito da OMC estão a decorrer,
desde 2001, as negociações da agenda para o
desenvolvimento de Doha (Doha Development
Agenda).

Vítor João Pereira Domingues


Martinho - Ph.D. em Economia -
Professor Coordenador com
Agregação do Instituto Politécnico de
Viseu
 A OMC rege-se pelos seguintes princípios
fundamentais:
◦ Não discriminação entre países, em termos de
comércio internacional, e não discriminação entre
os produtos e serviços de cada país e os dos seus
países parceiros;
◦ Diminuição das barreiras ao comércio internacional
(tais como, quotas, tarifas, etc);
◦ Previsibilidade e transparência no comércio
internacional;
◦ Maior competitividade (diminuindo, por exemplo,
os subsídios às exportações);
◦ Mais benefícios para os países menos
desenvolvidos;
◦ Proteção do ambiente. Vítor João Pereira Domingues
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 A OMC toma geralmente decisões por
consenso de todos os seus membros e está
organizada da seguinte forma:
◦ Conferência Ministerial: é o órgão institucional de
topo e reúne geralmente a cada dois anos
(constituído por todos os países membros);
◦ Conselho Geral: conduz os trabalhos da OMC entre
cada Conferência Ministerial (órgão constituído,
também, por todos os países membros);
◦ Outros órgãos em níveis hierarquicamente abaixo
do Conselho Geral, como Conselhos, Comités e
Subcomités, acompanham e monitorizam a
implementação pelos países membros das várias
negociações da OMC.

Vítor João Pereira Domingues


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 As negociações do Uruguay Round e
posteriormente a OMC trouxeram para os
contextos das discussões setores e assuntos
até aqui menos discutidos, como a
agricultura, os têxteis, a propriedade
intelectual, entre outros.
◦ As discussões à volta da agricultura tiveram muito a
ver com as pressões dos Estados Undos da América
em pretenderem uma redução das proteções na
União Europeia a três níveis: redução dos subsídios
à produção, redução dos subsídios às exportações
e redução das restrições às importações.

Vítor João Pereira Domingues


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 http://www.oiv.int/oiv/cms/index?lang=en
 OIV: Organização intergovernamental criada
pelo acordo de 3 de abril de 2001 a partir de
uma organização com designação semelhante
criada, também, por acordo internacional em
29 de novembro de 1924;
 Da OIV, em 2013, fazem parte 45 países, de
5 continentes, que representam 80% da
produção mundial de vinho;

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 A OIV participa em diversas organizações
internacionais, como:
◦ A Organização Mundial do Comércio;
◦ A União Europeia;
◦ A Organização das Nações Unidas para a
Alimentação e Agricultura;
◦ A Organização Mundial da Propriedade Intelectual;
◦ A Organização Mundial de Saúde;
◦ Etc.

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 A OIV tem vários observadores, tais como:
◦ Algumas regiões da China;
◦ A União Internacional de Enólogos;
◦ A Federação Internacional do Vinho e Bebidas
Espirituosas;
◦ Associação Internacional de Universidades
relacionadas com o Vinho;
◦ Etc.

 A atual OIV entrou em pleno funcionamento


em 1 de janeiro de 2004;

Vítor João Pereira Domingues


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 Objetivos da OIV:
◦ Informar os agentes económicos vitivinícolas, desde
a produção até à comercialização;
◦ Apoiar outras organizações em aspetos
relacionados com a vinha e com o vinho;
◦ Contribuir para a harmonização das práticas
vitivinícolas a nível mundial.

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 Atividades da OIV:
◦ Harmonização de práticas vitícolas e enológicas;
◦ Colaboração e mediação internacional;
◦ Monitorização da investigação científica sobre o
setor vitivinícola;
◦ Variedades e produção vitícola;
◦ Práticas enológicas e técnicas de análise;
◦ Marketing e informação aos consumidores;
◦ Saúde do consumidor e segurança alimentar;
◦ Cultura, património e ambiente;
◦ Formação e comunicação.

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 Estrutura da OIV:
◦ Assembleia Geral (estrutura máxima);
◦ Comité Executivo;
◦ Diretor Geral – Comité Diretivo;
◦ Comité Técnico-Científico:
 Comissão I “Viticultura”: Sub-comissão de “Uva de
Mesa, Uva Passa e Produtos Vínicos Não Fermentados”;
 Comissão II “Enologia”: Sub-comissão de “Métodos e
Análises”;
 Comissão III “Economia e Legislação”;
 ComissãoIV “Saúde e Segurança”.
◦ Comissões e Sub-comissões;
◦ Grupos de especialistas.

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 As decisões na OIV, nomeadamente na
Assembleia Geral são por consenso;

 A OIV tem publicações relativas:


◦ À internacional estandardização na viticultura;
◦ À internacional estandardização na enologia;
◦ À internacional estandardização na economia e
legislação aplicável ao setor;

 As normas da OIV aplicam-se de forma direta


a 75% do mundo produtor de vinho e
implícita em 25%;
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 Plano estratégico da OIV para 2012-2014:
◦ Análise estatística do setor;
◦ Análise económica do setor;
◦ Vitivinicultura (de precisão), economia e ambiente;
◦ Vitivinicultura sustentável, produção integrada e
produção biológica;
◦ Vitivinicultura e efeito de estufa;
◦ Biodiversidade e recursos genéticos;
◦ Biotecnologia;
◦ Técnicas e práticas enológicas;
◦ Qualidade e segurança alimentar;
◦ Rotulagem;
◦ Disseminação da informação;
◦ Cooperação internacional.
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 http://europa.eu/index_pt.htm
 Evolução geográfica:
◦ Países fundadores (1952): Bélgica, Holanda,
Luxemburgo, Itália, França e República Federal da
Alemanha;
◦ Primeiro alargamento (1973): Dinamarca, Irlanda e
Reino Unido;
◦ Segundo alargamento (1981): Grécia;
◦ Terceiro alargamento (1986): Portugal e Espanha;
◦ Quarto alargamento (1995): Áustria, Finlândia e
Suécia; Vítor João Pereira Domingues
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◦ Quinto alargamento (2004, países PECO – Países da
Europa Central e Oriental): Eslovénia, Eslováquia,
Estónia, República Checa, Hungria, Polónia, Malta,
Chipre, Letónia e Lituânia;
◦ Sexto alargamento (2007): Bulgária e Roménia;
◦ Sétimo alargamento (2013): Croácia.

 Tratados:
◦ Tratado que instituiu a Comunidade Europeia do
Carvão e do Aço (foi assinado em 1951 e entrou em
vigor em 1952) teve por objetivo: criar
interdependência nos setores do carvão e do aço
entre os países fundadores, nomeadamente por
questões militares;
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◦ Tratado de Roma (assinado em 1957 e entrou em
vigor em 1958) teve por objetivo: criar a
Comunidade Económica Europeia e a Comunidade
Europeia de Energia Atómica;
◦ Tratado de Bruxelas (assinado em 1965 e entrou
em vigor em 1967) teve por objetivo: simplificar o
funcionamento dos organismos europeus;
◦ Acto Único Europeu (assinado em 1986 e entrou em
vigor em 1987) teve por objetivo: reformar as
instituições para as novas adesões;
◦ Tratado de Maastricht (assinado em 1992 e entrou
em vigor em 1993) teve por objetivo: definir
critérios para a criação da moeda única europeia;

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◦ Tratado de Amesterdão (assinado em 1997 e entrou
em vigor em 1999) teve por objetivo: proceder a
reformas nas instituições europeias;
◦ Tratado de Nice (assinado em 2001 e entrou em
vigor em 2003) teve por objetivo: preparar as
instituições europeia para a adesão de 10 novos
países;
◦ Tratado de Lisboa (assinado em 2007 e entrou em
vigor em 2009) teve por objetivo: preparar a Europa
para os novos desafios mundiais, nomeadamente
ao nível das condições climáticas.

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 Alguns indicadores económicos:
◦ A produção da União Europeia em 2012, medida
através do PIB, representou cerca de
12 945 402 milhões de euros, superior à dos
Estados Unidos da América;
◦ A União Europeia tem cerca de 7% da população
mundial mas representa cerca de 20% do comércio
mundial acima dos Estados Unidos da América e da
China.

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 Conselho Europeu (não confundir com
Conselho da Europa):
◦ Localização: Bruxelas, Bélgica;
◦ Constituição: constituído pelos chefes de estado ou
de governo de cada país membro, pelo Presidente
da Comissão Europeia, pelo Presidente do Conselho
Europeu (que preside às reuniões) e pela Alta-
Representante da União Europeia para os Negócios
Estrangeiros e a Política de Segurança que reúnem
pelo menos duas vezes por semestre;
◦ Funções: definir as estratégias gerais da União
Europeia.
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 Parlamento Europeu:
◦ Localização: Bruxelas (reuniões plenárias com todos
os eurodeputados e reuniões das comissões
parlamentares), Estrasburgo (reuniões plenárias
com todos os eurodeputados) e Luxemburgo
(serviços administrativos);
◦ Constituição: eurodeputados eleitos no seio dos
diversos estados membros que depois se
distribuem no Parlamento Europeu por filiação
política e não por nacionalidade;
◦ Funções: aprovar a legislação e o orçamento da
União Europeia juntamente com o Conselho da
União Europeia.

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 Conselho da União Europeia:
◦ Localização: Bruxelas, Bélgica;
◦ Constituição: este Conselho é constituído pelos
Ministros dos estados membros relacionados com
os assuntos a tratar.
 Se o assunto a tratar foi agricultura, então este Conselho
reunirá com a presença de todos os Ministros da Agricultura de
todos os países membros da União Europeia;
 A Presidência deste Conselho é assegurada pelo país que estiver
a presidir à União Europeia (com exceção dos Conselhos que
reúnem os Ministros dos Negócios Estrangeiros que são
presididos pela Alta_Representante da União Europeia para os
Negócios Estrangeiros e a Política de Segurança). A Presidência
da União Europeia é rotativa por períodos de seis meses.
◦ Funções: aprovar a legislação e o orçamento da
União Europeia juntamente com o Parlamento
Europeu. Vítor João Pereira Domingues
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 Comissão Europeia:
◦ Localização: Bruxelas, Bélgica;
◦ Constituição: 28 Comissários, um por cada país
membro e cada um tem a responsabilidade de uma
área específica (agricultura, saúde, etc). Os
Comissários são sugeridos pelos Estados Membros,
nomeados pelo Conselho Europeu e aprovados pelo
Parlamento Europeu;
◦ Funções: apresentar propostas ao Conselho e ao
Parlamento, gerir o orçamento da União Europeia,
garantir o cumprimento das decisões do Conselho e
do Parlamento, e representar a União Europeia.

Vítor João Pereira Domingues


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 Tribunal de Justiça da União Europeia:
◦ Localização: Luxemburgo;
◦ Constituição: um juiz de cada estado membro e
oito advogados gerais nomeados em acordo com os
estados membros;
◦ Funções: garante a aplicação do direito da União
Europeia de forma uniforme a todos os estados
membros.

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 Tribunal de Contas Europeu:
◦ Localização: Luxemburgo;
◦ Constituição: composto por um membro de cada
país da União Europeia;
◦ Funções: controla as finanças da União Europeia.

Vítor João Pereira Domingues


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 Banco Central Europeu (BCE):
◦ Localização: Frankfurt, Alemanha;
◦ Constituição: Comissão Executiva (um Presidente,
um Vice-Presidente e quatro Vogais), Conselho do
BCE (é composto pelos seis Membros da Comissão
Executiva e pelos Governadores dos Bancos
Centrais dos Países da zona euro) e Conselho Geral
(constituído pelo Presidente e pelo Vice-Presidente
do BCE e pelos Governadores dos Bancos Centrais
do vinte e oito países que fazem parte da União
Europeia);
◦ Funções: controlar a quantidade de dinheiro em
circulação, fixar as taxas de juro na zona euro,
manter o equilíbrio das taxas de câmbio,
supervisionar os mercados e as instituições
financeiros, autorizar emissões de dinheiro e
acompanhar a evolução dosVítorpreços.
João Pereira Domingues
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 Banco Europeu de Investimento (BEI):
◦ Localização: Luxemburgo;
◦ Constituição: são acionistas os 28 Países da União
Europeia. Tem um Conselho de Governadores
(constituído por Ministros dos Países Membros,
geralmente os Ministros das Finanças), um
Conselho de Administração (com membros de cada
País da União Europeia e da Comissão Europeia),
um Comité de Auditoria e um Comité de Gestão.
◦ Funções: empresta dinheiro a taxas mais baixas
para financiar projetos, dentro ou fora da União
Europeia, sobre infraestruturas, ambiente, energia,
etc.

Vítor João Pereira Domingues


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 Provedor de Justiça Europeu:
◦ Localização: Estrasburgo, França;
◦ Constituição: tem um(a) Provedor(a);
◦ Funções: investiga queixas apresentadas pelos
cidadãos, empresas ou instituições dos Países da
União Europeia contra instituições ou organismos
da União Europeia.

Vítor João Pereira Domingues


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 Comité Económico e Social Europeu:
◦ Localização: Bruxelas, Bélgica;
◦ Constituição: tem membros provenientes dos
grupos dos trabalhadores, dos empregadores e de
interesses diversos (consumidores, etc) dos
diversos Países da União Europeia. O número de
membros de cada País depende da sua população;
◦ Funções: é uma instituição da União Europeia com
funções consultivas sobre questões económicas e
sociais.

Vítor João Pereira Domingues


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 Comité das Regiões:
◦ Localização: Bruxelas, Bélgica;
◦ Constituição: constituído por membros
representantes das regiões, autarquias, ou figuras
de relevo dos diversos Países da União Europeia;
◦ Funções: emitir pareceres, enquanto instituição
consultiva sobre questões relacionadas com os
territórios, as regiões e as autarquias.

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