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NÍVEIS DE BIOSSEGURANÇA:

física e biológica
Profª Mª Ana Paula Rodrigues dos Santos Bessa
INTRODUÇÃO
• Os agentes biológicos apresentam um risco potencial para o homem e
para o meio ambiente;
• Os agentes biológicos dividem-se em quatro grupos, sendo
considerados os seguintes critérios:
• Patogenicidade
• Virulência;
• Modo de transmissão;
• Endemicidade;
• Existência ou não de profilaxia.
INTRODUÇÃO
• Níveis de biossegurança biológica:
• Níveis de I a IV;
• Classificação depende do organismo trabalhado;
• Periculosidade crescente com o nível

• Níveis de Biossegurança física:


• Requisitos classificados nos quatro grupos de risco
INTRODUÇÃO
• As principais infecções associadas à assistência à saúde são
decorrentes de processos infecciosos de:
• Feridas cirúrgicas pós-operatórias;

• Utilização indiscriminada e/ou inadequada de antimicrobianos;

• Utilização de procedimentos invasivos para diagnósticos e tratamentos;

• Não higienização das mãos.

Por exemplo: a infecção por Candida, em geral decorre do uso de cateteres e da não higienização das mãos em
pacientes internados em UTI.
• Práticas e técnicas:
• Práticas padrões
• Práticas especiais

• Equipamento de segurança pessoais


• Barreiras primárias (EPI)

• Projeto e construção e equipamentos da unidade


• Barreiras secundárias (EPC)
• Capelas de biossegurança

• Equipamentos de proteção:
• Luvas
• Máscaras
• Protetor de olhos e face

• Aparelhos de pipetagem

• Centrífugas de segurança
CONCEITO
• Define-se infecção relacionada à assistência à saúde como qualquer
infecção adquirida após a internação do paciente e que se manifeste
durante a internação, ou mesmo após a alta, quando pode ser
relacionada com a internação e/ou com procedimentos invasivos.

(Hinrichsen, 2016, pág.11)


Níveis de Biossegurança
• Nível I:
• Apresenta baixo risco individual e coletivo devido à presença de
microrganismos que nunca foram descritos como agentes causais
de doenças no homem e com pouca probabilidade de alto risco
para os profissionais de um modo geral;

• No que se refere a contenção física, esta se aplica aos serviços de


ensino básico com manipulação de microrganismos pertencentes
ao grupo de risco I
Ex: Laboratórios didáticos
Níveis de Biossegurança
• Nível II:
• Mostra risco individual moderado e risco coletivo limitado por conta de
microrganismos que podem provocar doenças no homem, com pouca
probabilidade de alto risco para os profissionais do laboratório e das unidades
de saúde;

• No que se refere a contenção física é conveniente ao trabalho com agentes do


grupo II, a adoção de requisitos físicos, somadas às exigências do nível I, que
asseguram proteção maior ao pessoal de laboratório clínico ou hospitalar à
exposição ocasional e inesperada a microrganismos pertencentes a grupos de
risco mais elevados.

Ex: Maioria dos laboratórios de pesquisas biomédicas.


Níveis de Biossegurança
• Nível III:
• Agentes indígenos / exóticos associados com doença humana e podendo
causar graves enfermidades aos profissionais de laboratório. Risco individual
elevado e risco coletivo baixo;

• No que se refere a contenção física os laboratórios e/ou áreas de nível III


devem estar localizada longe das áreas de trabalho em geral e das vias de
passagem, e ter acesso limitado ao pessoal técnico e devem ser adotados de
uma autoclave de dupla porta ou de uma autoclave localizada dentro da área
de apoio da instalação.

Ex: Maioria dos laboratórios para pesquisa de tuberculose e AIDS.


Níveis de Biossegurança
• Nível IV:
• Agentes perigosos/exóticos que causam graves doenças para o homem e
representam sério risco para os profissionais de laboratório e para a
coletividade. Inclui agentes patogênicos (vírus e micoplasma) altamente
infecciosos, que se propagam facilmente;
• No que se refere a contenção física é o nível que mais exige medidas de
contenção e representa uma unidade geográfica com funcionamento
independente das outras áreas. Requer barreiras de contenção e
equipamentos de segurança biológica especiais.

Ex: Laboratórios que trabalham com agentes altamente infecciosos e que se propagam facilmente podendo levar
a morte, como o vírus Ebola entre outros.
Classe I
Níveis de Biossegurança
• NB – I
• Boas práticas laboratoriais
Níveis de Biossegurança
• NB – I
• Equipamentos de segurança (barreira primária):
• EPI:
• Proteção de face
• Proteção de olhos
• Luvas
• Máscaras
• Guarda-pó
Níveis de Biossegurança
• NB - 1
• Construção (Barreira Secundária)
• Requerimentos:
• Localização - não separada
• Estrutura – construção normal
• Ventilação - sem
Níveis de Biossegurança
• Classe II
Níveis de Biossegurança
• NB – II
• Barreiras primárias
• EPI:
• EPI guardados separadamente das roupas comuns
• Uso de calçados fechados
Níveis de Biossegurança
• NB - 2
• Uso de capelas de segurança (classe II) para trabalhos envolvendo:

• Grandes volumes contendo o agente infeccioso com possibilidade de


formação de aerosóis e respingos

• Altas concentrações do agente infeccioso


Níveis de Biossegurança
• NB - 2
• Equipamento de segurança
• Superfícies facilmente laváveis
• Bancadas impermeáveis
• Cabines de segurança biológica
• Iluminação adequada
• Descartes de resíduos adequadamente
• Boas práticas laboratoriais
• Portas trancáveis
• Pias e lava-olhos
Níveis de Biossegurança
• NB - 2
• Construção
• Requerimentos
• Localização – Separada de áreas públicas
• Estrutura – Construção normal
• Ventilação direcional
Níveis de Biossegurança
• NB - 2
• Práticas especiais
• Precauções no uso e descarte de materiais perfurocortantes;

• Não quebrar, misturar com outros materiais, embainhar ou


reutilizar seringas e agulhas.
Níveis de Biossegurança
• Classe III
Níveis de Biossegurança
• NB - 2
Níveis de Biossegurança
• NB - 2
Níveis de Biossegurança
• NB - 3

• EPI

• NB-1, NB-2 mais

• Proteção respiratória
Níveis de Biossegurança
• NB - 3
• Barreiras secundárias
• NB-1, NB-2, mais:
• Prédio separado ou local isolado
• Porta dupla
• Fluxo de ar direcional para dentro do laboratório
• Cabines de segurança para equipamentos geradores de aerossol
• Portas trancadas
• Parede, piso e teto impermeáveis e de fácil desinfecção
Níveis de Biossegurança
• NB - 3
• Práticas especiais
• NB-2, mais:
• Uso de equipamento de contenção de aerossóis
• Prontamente descontaminar respingos e derrames
Níveis de Biossegurança
• NB – 4
• Barreiras primárias
• NB-1, NB-2, NB-3, mais:
• Cabines de segurança
biológica de classe 2 ou 3 para
manipular materiais
infecciosos
Níveis de Biossegurança
• NB – 4
• Barreiras secundárias
• NB-1, NB-2, NB-3, mais:
• Prédio separado
• Porta duplas conectadas de maneira que somente uma pode ser aberta de
cada vez,
• Equipamento de exaustão, vácuo e descontaminação
• Autoclaves de porta dupla
• Portas permanentemente travadas
• Paredes, piso e teto selados formando uma célula
Níveis de Biossegurança
• NB – 4
• Barreiras secundárias (Continuação)
• Efluentes líquidos descontaminados por método eficaz e certificados antes do
descarte

• Sistema de comunicação entre o interior e o exterior do laboratório

• Princípio da “Célula isolada” ou “Isolamento completo”


Níveis de Biossegurança
• NB – 4
Níveis de Biossegurança
• NB – 4
Referências
• HINRICHSEN. Biossegurança e controle de infecções: risco sanitário
hospitalar. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2016;
• HIRATA, M; MANCINI FILHO, J. Manual de biossegurança. São Paulo:
Manole; 2012;
• MASTROENI, M. Biossegurança: aplicada a laboratórios e serviços de
saúde. 2 ed. São Paulo: Atheneu; 2010.
• GRISARD, Edmundo C.; Universidade Federal de Santa Catarina
• NIAID / NIH LABORATORY TOUR:
• http://www3.niaid.nih.gov/topics/BiodefenseRelated/Biodefense/Pu
blicMedia/labtour/

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