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2- ...UMA VOCAÇÃO:
O documento Catequese Renovada (doc. 26 CNBB) diz que “o catequista é alguém escolhido por
Deus para levar a mensagem de Jesus às pessoas. É alguém que vive a mensagem de Jesus na própria vida e
depois transmite aos outros, em nome de Deus e da comunidade...” (cf.CR, 146). E acentua que “Catequizar é
comunicar. O catequista comunica mediante o testemunho, a palavra... A comunicação autenticamente
evangélica supõe uma experiência de vida na fé capaz de chegar ao coração daquele a quem se catequiza”.
(CR, 147).
3- UM MINISTÉRIO:
O Diretório Nacional de Catequese (doc. 84 da CNBB), destaca o “ser” catequista como vocação,
como a experiência fundamental do encontro com Jesus Cristo. Vocação que nasce no coração do Pai, se
realiza no seguimento de Jesus quando o catequista responde sim ao chamado e na força do Espírito
assume a missão.
O catequista faz a experiência do encontro pessoal com Jesus. Um texto que inspira é Jo 1, 35-
51: “O acontecimento de Cristo é o início desse sujeito novo que surge na história e a quem chamamos
discípulo: “Não se começa a ser cristão por uma decisão ética ou uma grande ideia, mas através do
encontro com uma Pessoa, que dá um novo horizonte à vida, uma orientação decisiva”. (Documento de
Aparecida, 243)
Tendo encontrado o Senhor, o catequista apaixona-se por Ele e quer testemunhá-lo, anunciá-lo,
fazer ecoar a experiência desse encontro: “Já não sou eu que vivo, é Cristo que vive em mim” (Gl 2,20)
4- A ESPIRITUALIDADE DO CATEQUISTA:
A espiritualidade do catequista rima com missão e seguimento. Deixar-se guiar pelo Espírito que
animou Jesus em sua missão é o propósito para quem vive a Catequese como vocação.
Entre as características da espiritualidade do catequista, destacamos:
* “apaixonada”: catequistas apaixonados pela sua missão dão testemunho da beleza desse
ministério na Igreja, não desistem facilmente e perseveram.
* do cotidiano: o jornal, a internet e outros meios fazem parte do nosso cotidiano e são
conteúdo para uma espiritualidade comprometida. Não se pode separar espiritualidade da vida. A
espiritualidade será tanto mais frutuosa quanto mais diversificada e integral for a nossa vida.
* sacramental: é na celebração dos sacramentos que o catequista é fortalecido para o seu
ministério, experimentando a alegria do perdão de Deus e a força que brota da Eucaristia, fonte e ápice
da vida cristã.
Aqui não se trata de um negócio! É puro dom: o dom recebido e o dom transmitido. O catequista
está ali, nesse entrelaçamento de dons. Isso está na natureza do anúncio: é um dom que gera missão,
que impele sempre para ir além de si mesmo. São Paulo diz: “O amor de Cristo nos impele” (2 Cor 5,14).
Esse “nos impele” pode ser traduzido como “nos possui”. É assim: o amor atrai e envia, leva-o a
dá-lo aos outros. É nesta tensão que se move os corações dos cristãos, especialmente o coração do
catequista.
Jesus não diz: vá! Ele não disse isso! Jesus afirmou: Vai! Eu estou com vocês! Esta é a beleza e o
que nos dá força se formos, se sairmos para anunciar o seu Evangelho com amor, com espírito
missionário, com alegria, Ele caminha conosco, diante de nós e nos precede. O Senhor sempre nos
precede!
(Papa Francisco - Mensagem aos catequistas - 27.09.2013)