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Sumário
1.0 CTB: EXPRESSÃO DE VONTADE DA RFB. ..................................................2
2.0 INFRAÇÕES ADMINISTRATIVAS E INFRAÇÕES PENAIS. ..............................3
3.0 APLICAÇÃO DO CTB – PARTE ADMINISTRATIVA. .......................................6
4.0 APLICAÇÃO DO CTB – PARTE PENAL. .......................................................9
5.0 CLASSIFICAÇÃO DA VIAS TERRESTRES.................................................. 10
6.0 INFRAÇÕES DE VELOCIDADE. ............................................................... 14
7.0 APLICAÇÃO DO CTB: VEÍCULOS. ........................................................... 19
8.0 CLASSIFICAÇÕES DE VEÍCULOS: CTB. ................................................... 20
9.0 CLASSIFICAÇÃO DE VEÍCULOS: QUANTO A TRAÇÃO. ............................... 21
10.0 CLASSIFICAÇÃO DE VEÍCULOS: QUANTO A ESPÉCIE. ............................ 25
11.0 CLASSIFICAÇÃO DE VEÍCULOS: QUANTO A CATEGORIA. ........................ 32
12.0 VEÍCULOS DE EMERGÊNCIA E VEÍCULOS PRESTADORES DE SERVIÇOS DE
UTILIDADE PÚBLICA. ................................................................................ 33
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Introdução
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regulamentação para sua observância, a não ser que haja essa expressa menção,
como nas chamadas normas penais em branco.
Cabe salientar que o CTB, apesar de ser uma lei votada no Congresso
Nacional, não representa apenas uma expressão de vontade da União, mas
também de seus Estados-membros, do Distrito Federal e dos Municípios. As leis
votadas naquela casa legislativa ora são leis federais (respeitadas apenas pela
União e seus servidores federais), ora são leis nacionais, verdadeira manifestação
de vontade da República Federativa do Brasil (RFB), que deve ser cumprida por
todos os entes da federação (União, Estados, Distrito Federal e Municípios).
A RFB se expressa internamente com soberania, ou seja, possui supremacia
na ordem interna. É por essa razão que o CTB é respeitado por todos os entes da
federação.
Diante da explanação feita, fica claro por que os Guardas Municipais, os
Policiais Militares (servidores estaduais) e os Policiais Rodoviários Federais autuam
os infratores de trânsito com fulcro nos mesmos dispositivos legais – a nossa Lei
de Trânsito é nacional.
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2.1 Elementos subjetivos da conduta.
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Com isso, seguindo na esteira de Celso Antônio Bandeira de Mello, temos as
seguintes circunstâncias excludentes da infração ou sanção:
1) Fato da natureza.
2) Caso fortuito.
3) Estado de necessidade.
4) Legitima defesa.
5) Doença mental.
6) Fato de terceiro.
7) Coação irresistível.
8) Erro.
9) Obediência hierárquica.
10) Estrito cumprimento do dever legal.
11) Exercício regular de um direito.
O que não se define nos Manuais de Direito Administrativo é a quem compete
estabelecer quando essas circunstâncias estão presentes. Em nome da
indisponibilidade do interesse público, o agente de trânsito não poderia deixar de
autuar o infrator de trânsito. Com isso, a apuração das excludentes, em regra,
deve ocorrer nas instâncias recursais administrativas ou judiciais, com ônus da
prova feito pelo particular.
Entende-se que o agente de trânsito poderia sim, em casos evidentes,
incontestáveis, deixar de autuar o infrator, quando a voluntariedade (que é
requisito para cometimento de uma infração de trânsito) inexistir – exemplo seria
o condutor parado em frente a luz vermelha do semáforo, que sofre uma colisão
traseira e faz a transposição do semáforo – NÃO DEVE SER AUTUADO!!!
(justificativa: ausência de voluntariedade).
Não interessa na apuração de uma infração de trânsito o grau de consciência
de um condutor (isso é apurado nas infração penas – que se refere ao dolo/culpa
e conhecimento da lei). Só a voluntariedade nos interessa (possibilidade de se
praticar outra conduta) na apuração de uma infração de trânsito.
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Vamos destacar os locais onde efetivamente o usuário da via pode sofrer
autuações pelo cometimento de infrações administrativas de trânsito. Em outras
palavras, vamos analisar quando e onde a Administração Pública, na figura de seus
órgãos e entidades de trânsito, pode cobrar o cumprimento das normas de
trânsito.
Já no seu art. 1º, percebemos que o CTB não se aplica a todas as vias
terrestres, mas somente àquelas abertas à circulação. Veja a redação:
“Art. 1º O trânsito de qualquer natureza nas vias terrestres do território nacional,
abertas à circulação, rege-se por este Código.”
Ao estudarmos o CTB, estamos, na verdade, estudando uma atividade
específica da Administração Pública, na área de trânsito, e, sendo assim, é
necessário lembrar que aqui se aplica o regime jurídico-administrativo (as normas
e princípios do Direito Administrativo). Este ramo do Direito tem seu alicerce
montado em dois postulados fundamentais. O primeiro postulado é o responsável
pelo surgimento das prerrogativas no desempenho das funções administrativas (os
poderes administrativos). Este primeiro postulado denomina-se supremacia do
interesse público sobre o particular. O segundo, que é responsável por aquilo a
que se submete a Administração (deveres administrativos), chamamos de
indisponibilidade do interesse público.
Portanto, sob o prisma das prerrogativas na atuação administrativa,
mencionar que o CTB se aplica às vias terrestres abertas à circulação seria o
mesmo que dizer que este Código se aplica às vias terrestres onde a ingerência do
particular está sempre em um nível inferior ao do Estado, em virtude do que
exposto acima. Podemos ver que onde o interesse público está presente de forma
suprema, existe sempre a possibilidade de autuação pelo cometimento de infração
de trânsito.
Não poderíamos deixar de mencionar a possibilidade de uma pessoa ser
autuada por cometer uma infração de trânsito ainda que transitando em uma via
particular.
Antes de enfrentarmos o tema, é importante chamar a atenção para a
seguinte reflexão: como pode o Estado exigir que se use o cinto de segurança, que
se porte ou não o extintor de incêndio no veículo se este é de propriedade
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particular – isso não seria uma espécie de intervenção do Estado na propriedade
privada? Sim, seria. A pergunta que se faz é a seguinte: quem ganha e quem
perde com a exigência do uso cinto de segurança em veículos? Todos! E isso
justifica essa intervenção na propriedade privada (limitação administrativa).
E é esse o conteúdo jurídico de que será necessário para entender por que
o CTB faz essa previsão, em seu art. 2°, parágrafo único (autuações em vias
particulares), que foi alterado pela Lei nº 13.146/15. Está previsto, neste
dispositivo, que nos condomínios constituídos por unidades autônomas aplica-se o
CTB. O que o legislador fez foi tornar expressa a publicização dessas áreas, esses
condomínios ganharam caráter de via pública para resguardo dos interesses
coletivos que ali se fazem presentes.
Em resumo podemos visualizar que o CTB aplica-se as vias públicas
(mantidas pelo poder público), desde que abertas a circulação, e também as vias
privadas “publicizadas”, ou seja, aquelas de uso coletivo.
Antes de entramos em um novo tópico da matéria, é oportuno mostrar
alguns conceitos e definições, que estão previstos no ANEXO I do CTB, necessários
para o completo entendimento do tema. Sendo assim, vamos trabalhar a definição
de via e de seus desmembramentos – previstos no art. 2º do CTB – uma vez que
teremos presente nesta definição todas às áreas que serão trabalhadas ao longo
do curso. Veja abaixo os dispositivos legais que se referem ao tema:
“Art. 2º do CTB – são vias terrestres urbanas e rurais as ruas, as avenidas, os
logradouros, os caminhos, as passagens, as estradas e as rodovias, que terão seu
uso regulamentado pelo órgão ou entidade com circunscrição sobre elas, de acordo
com as peculiaridades locais e as circunstâncias especiais”.
De outra forma:
VIA – superfície por onde transitam veículos, pessoas e animais, compreendendo
a pista, a calçada, o acostamento, ilha e canteiro central, conforme o ANEXO I do
CTB.
De uma maneira mais técnica, considerando a classificação de bens públicos,
previsto no art. 98 do Código Civil, poderíamos classificar via como um bem público
de uso comum de todos, uma vez que são destinadas ao uso irrestrito o povo.
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Veja as definições dadas pelo legislador, no ANEXO I, sobre as partes
integrantes da via:
1) Pista – parte da via normalmente utilizada para a circulação de veículos,
identificada por elementos separadores ou por diferença de nível em relação às
calçadas, ilhas ou aos canteiros centrais.
2) Calçada – parte da via, normalmente segregada e em nível diferente, não
destinada à circulação de veículos, reservada ao trânsito de pedestres e, quando
possível, à implantação de mobiliário urbano, sinalização, vegetação e outros fins.
3) Acostamento – parte da via diferenciada da pista de rolamento destinada à
parada ou estacionamento de veículos, em caso de emergência, e à circulação de
pedestres e bicicletas, quando não houver local apropriado para esse fim.
4) Ilha – obstáculo físico, colocado na pista de rolamento, destinado à ordenação
dos fluxos de trânsito em uma interseção.
5) Canteiro central – obstáculo físico construído como separador de duas pistas de
rolamento, eventualmente substituído por marcas viárias (canteiro fictício).
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§ 1º – Para os efeitos penais, consideram-se como extensão do território nacional
as embarcações e aeronaves brasileiras, de natureza pública ou a serviço do
governo brasileiro onde quer que se encontrem, bem como as aeronaves e as
embarcações brasileiras, mercantes ou de propriedade privada, que se achem,
respectivamente, no espaço aéreo correspondente ou em alto-mar. (Redação dada
pela Lei 7.209, de 1984)
§ 2º – É também aplicável a lei brasileira aos crimes praticados a bordo de
aeronaves ou embarcações estrangeiras de propriedade privada, achando-se
aquelas em pouso no território nacional ou em voo no espaço aéreo
correspondente, e estas em porto ou mar territorial do Brasil.(Redação dada pela
Lei 7.209, de 1984)”.
Com isso, fica fácil perceber que aqui a regra é outra, ou seja, nos crimes
de trânsito será apurado em todo território nacional.
Sendo assim o envolvido em delito de trânsito responde pelo CTB tanto em
via pública quanto na via particular, se nada for mencionado no tipo penal.
Caso expressão “via pública” venha expressa no tipo penal do CTB, aí não
devemos considerar as vias particulares.
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5.1.1 Rurais (Anexo I – CTB).
Devemos entender como via rural aquelas que, em regra, não possuem
imóveis edificados ao longo de sua extensão. Uma forma simples de identificarmos
se uma via é urbana ou rural consiste na verificação de qual órgão tem
circunscrição sobre ela; caso seja um órgão executivo rodoviário e/ou a polícia
rodoviária federal, necessariamente estamos falando de via rural. Esta se divide
em:
a) rodovias: são vias rurais pavimentadas (asfaltadas).
b) estradas: são vias rurais não pavimentas (não asfaltadas).
Perceba que o elemento caracterizador dessas vias é o pavimento, que deve
ser entendido como qualquer beneficiamento feito a via, como asfalto, concreto
etc.
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síntese, são vias com cruzamentos e com semáforo, que possibilitam o trânsito
pelos bairros da cidade.
c) via coletora – aquela destinada a coletar e distribuir o trânsito que tenha
necessidade de entrar ou sair das vias de tráfego rápido ou arteriais, possibilitando
o trânsito dentro das regiões da cidade. De outra forma, são vias com cruzamentos
e com semáforo, que possibilitam o tráfego dentro de uma mesma região da cidade
(dentro do mesmo bairro).
d) via local – aquela caracterizada por interseções em nível não semaforizadas,
destinada apenas ao acesso local ou a áreas restritas. Em síntese, são vias com
cruzamentos e sem semáforo, destinadas apenas ao acesso local e áreas restritas;
geralmente são as ruas residenciais, de pouco movimento.
Enfim, quanto à classificação da vias urbanas, perceba que seus elementos
caracterizadores são o semáforo e o cruzamento (interseção em nível), que têm o
condão de retardar o trânsito, em determinado sentido. Sendo assim, perceba que
em uma via de trânsito rápido não há de se falar na existência desses elementos
caracterizadores, uma vez que o trânsito se faz de maneira rápida, ou seja, sem
interrupções. É com essa lógica que o leitor deve memorizar as definições. Veja
quadro- resumo abaixo:
Via de trânsito
Não Não
rápido
Está dentro de um
Coletora Sim Sim
bairro (região)
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Devemos entender essas áreas como vias particulares de uso público, de uso
de todos de forma indiscriminada, que não sofrem ingerência de seus proprietários
quanto à possibilidade de restringirem o trânsito pessoas e veículos – são vias
terrestres abertas à circulação.
Na mesma esteira, enquadrando-se os condomínios dentro da definição de
via, temos aqui uma área que, embora de propriedade particular, não teriam os
condôminos (particulares proprietários) ingerência sobre ela. Não poderiam esses
proprietários fechar as vias dessas áreas, uma vez que o interesse público –
segurança viária – se sobrepõe aos interesses dos particulares proprietários.
Em virtude da mudança no CTB por meio da Lei 13.146/15 os
estacionamentos de shopping centers, de supermercados, de pátios de postos de
gasolina se enquadrem na definição acima.
Não se pode estudar, sem reflexão, é claro que a sinalização nos
estacionamentos mencionados (particulares) seguirá o padrão do CTB. Os
acidentes que lá ocorram e que sejam objeto de apreciação judicial deverão ser
dirimidos pelo magistrado levando em conta nossa Lei de Trânsito, pois é a única
referência que se tem.
Considerando as vias particulares publicizadas, o tema merece uma atenção
especial. Estamos falando de área particular onde a Administração Pública possa
se fazer presente a ponto de autuar um suposto infrator das normas de trânsito.
Fica evidente que estudaremos uma exceção à atuação administrativa, que, em
regra, ocorre em vias públicas.
Por fim, sob a ótica da interpretação das normas jurídicas, como os
dispositivos que tratam de condomínios são normas de exceção, devemos
interpretá-los de maneira restritiva, pois, caso contrário, daremos uma
abrangência à norma de forma distinta daquela desejada pelos representantes do
povo. Com isso, não se pode estender a aplicação da Lei 9.503/1997 a nenhuma
outra área particular, diferente daquelas mencionadas em lei.
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6.0 Infrações de Velocidade.
Este item trata de um tema que é dúvida comum de todos os que estudam
a legislação de trânsito, por esta razão daremos a devida atenção.
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6.2.1- Autuações por excesso de velocidade.
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ser penalizado, deve retardar ou obstruir o trânsito e não estar amparado pelas
seguintes excludentes:
- Condições de tráfego
- Condições meteorológicas
- Transitar na faixa da direita
Perceba que, para a constatação da infração da velocidade mínima com base
no art. 219 do CTB, necessariamente devem o agente de trânsito ou a autoridade
de trânsito estar presentes no local do cometimento da infração para declarar que
o veículo interrompe o trânsito, além de haver a necessidade de um equipamento
hábil, regulamentado pelo CONTRAN, para medir a velocidade do veículo. Veja a
redação do art. 219 do CTB:
“Art. 219. Transitar com o veículo em velocidade inferior à metade da velocidade
máxima estabelecida para a via, retardando ou obstruindo o trânsito, a menos que
as condições de tráfego e meteorológicas não o permitam, salvo se estiver na faixa
da direita:
Infração – média; Penalidade – multa.
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7.0 Aplicação do CTB: veículos.
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animais; os que têm propulsão humana e aqueles que não se deslocam por meios
próprios (reboque e semi-reboque), ou seja, não são tracionados.
As subclassificações deste item são: automotores, elétricos, reboque e
semireboque, tração animal e propulsão humana.
Vejamos abaixo cada uma dessas subclassificações:
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9.2 Veículo elétrico.
Embora não haja no CTB uma definição expressa desses veículos, podemos
extrair do código algumas informações que são suficientes para isso. Sendo assim,
aqui temos os veículos que se deslocam por seus próprios meios e que transitam
sobre trilhos. Encontramos, por exemplo, no Anexo I, o bonde (veículo de
propulsão elétrica que se move sobre trilhos). Ainda quanto ao bonde, temos no
art. 96, II, a, 10, que somente existe na espécie passageiro.
De acordo com aos arts. 120, 130 e 140 do CTB, extraímos a informação de
que é possível que seja exigido registro e licenciamento de veículos elétricos, assim
como habilitação de seus condutores.
Não deve o leitor se perder nas informações acima, achando que todos os
veículos que transitam sobre trilhos estão sujeitos a tal disciplina, mas somente
aqueles que porventura transitarem em vias abertas a circulação.
Perceba que tanto o licenciamento quanto a habilitação são documentos
exigíveis nas vias, onde há a aplicação do CTB.
Por fim, gastando um pouco mais de energia, percebemos que aqueles
veículos que comumente chamamos de trem não são mencionados no CTB. Sendo
assim, diante dessa lacuna normativa, o que seria trem?
Poderíamos defini-lo de três formas:
1ª) veículos que transitam sobre trilhos, de propulsão elétrica e da espécie carga;
2ª) veículos que transitam sobre trilhos, de propulsão não elétrica, como àquelas
locomotivas a vapor por exemplo;
3ª) veículos de propulsão elétrica da espécie passageiro que se movem sobre
trilhos, porém que não transitam em vias terrestres abertas a circulação.
9.3 Reboque.
São veículos que não se deslocam por seus próprios meios, necessitando
sempre de um veículo automotor para tracioná-lo.
Este veículo é destinado a ser engatado atrás de um veículo automotor.
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CUIDADO: É muito comum as pessoas chamarem erroneamente o acessório
“engate” (aquela peça que fica atrás de alguns veículos) de “reboque”.
Esse equívoco também acontece quando pessoas denominam o “caminhão
guincho” (veículos destinados ao socorro mecânico de emergência nas vias abertas
à circulação pública) de reboque.
Por fim, perceba que reboque é um tipo de veículo, sempre tracionado, que
assim como os automotores e elétricos estão sujeitos a registro e licenciamento.
A combinação formada por reboque engatado a um veículo automotor
denomina-se veículo conjugado.
9.4 Semi-reboque.
São veículos que não se deslocam por seus próprios meios, necessitando
sempre de um veículo automotor para tracioná-lo.
Este veículo se apoia na sua unidade tratora ou é a ela ligado por meio de
articulação.
Note que aqui temos um reboque pela metade, ou seja, somente com rodas
traseiras e, sendo assim, para que esta unidade possa ser tracionada, ela
necessariamente deve se apoiar na unidade tratora, que é, em regra, um caminhão
trator.
Perceba que semi-reboque é veículo, sempre tracionado, que assim como os
automotores e elétricos estão sujeitos a registro e licenciamento.
A combinação formada por semi-reboque apoiado a um veiculo automotor
denomina-se veículo articulado.
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São veículos que para se deslocarem têm sempre animais à sua frente, em
regra, cavalos, conforme nossas tradições. O CTB, contudo, referiu-se a animais
de uma forma genérica, não definindo quais seriam.
Cabe aqui ressaltar que existe a previsão neste Código que se regulamente
o registro, o licenciamento e a autorização para conduzir esses veículos a ser feita
pelo órgão executivo de trânsito do Município, após a elaboração de uma legislação
municipal, conforme os arts. 24, incisos XVII e XVIII e 129, ambos do CTB.
Há duas referências a esses veículos na legislação, a saber:
a) carroça: veículo de tração animal destinado ao transporte de carga.
b) charrete: veículo de tração animal destinado ao transporte de pessoas.
São veículos que para se deslocarem sempre têm, na sua traseira ou sobre
eles, pessoas.
Cabe aqui ressaltar que existe a previsão no CTB que se regulamente o
registro, o licenciamento e a autorização para conduzir esses veículos a ser feita
pelo órgão executivo de trânsito do Município, após a elaboração de uma legislação
municipal, conforme os arts. 24, XVII e XVIII e 129, ambos do CTB.
Ainda quanto aos veículos de propulsão humana, no ANEXO I temos as
seguintes definições:
a) bicicleta – veículo de propulsão humana, dotado de duas rodas, não sendo, para
efeito do CTB, similar à motocicleta, motoneta e ciclomotor.
b) carro de mão – veículo de propulsão humana utilizado no transporte de
pequenas cargas.
c) ciclo – veículo de pelo menos duas rodas a propulsão humana.
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Esta classificação está diretamente relacionada com a carroçaria do veículo,
ou seja, se o veículo possui uma carroçaria para o transporte de passageiro,
devemos classificá-lo na espécie passageiro.
Devemos entender como carroçaria do veículo tudo aquilo que está sobre a
sua parte rígida denominada chassi.
As espécies de veículos dividem-se em: passageiro, carga, misto, coleção,
competição, tração e especial. Vejamos então cada uma delas:
10.6 Tração.
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Quanto aos tipos de veículos da espécie tração, o CTB se refere ao caminhão-
trator, trator de rodas, trator de esteira e trator misto. Podemos defini-los da
seguinte forma:
a) caminhão-trator: veículo automotor destinado a tracionar ou arrastar outro
veículo, conforme ANEXO I do CTB. Ainda quanto a caminhões-tratores, estes são
citados na Resolução 152/2003 do CONTRAN. Esta Resolução estabelece os
requisitos técnicos de fabricação e instalação de pára-choque traseiro para veículos
de carga. Lá encontramos o caminhão-trator como exceção, ou seja, os
caminhões-tratores não precisam ter seus pára-choques com faixas refletivas e
rebaixados como os demais veículos citados nesta resolução.
Ainda quanto à citação de caminhões tratores na legislação de trânsito,
estes, por força da Resolução 290/2008 do CONTRAN, deverão possuir plaqueta
de identificação da capacidade em um dos seguintes locais:
- Na coluna de qualquer porta, junto às dobradiças, ou no lado da fechadura.
- Na borda de qualquer porta.
- Na parte inferior do assento, voltada para porta.
- Na superfície interna de qualquer porta.
- No painel de instrumentos.
b) trator: veículo automotor construído para realizar trabalhos agrícolas, de
construção e pavimentação e para tracionar outros veículos e equipamentos.
Quanto aos tipos possíveis, cabem alguns comentários, a fim de melhorar a
compreensão do candidato, pois a legislação se refere aos tratores de roda como
aqueles que possuem rodas (pneumáticos); aos tratores de esteira como aqueles
que nos lembram os tanques de guerra; e aos tratores mistos como aqueles que
possuem esteiras e pneus.
Esses veículos, em regra, não transitam em via pública, não estão sujeitos
à identificação colocada pelo fabricante para diferenciá-los (VIN e VIS), porém,
para transitarem na via, devem estar registrados, licenciados e possuir numeração
especial. Além disso, seus condutores devem possuir, pelo menos, a habilitação
na categoria “C”.
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Poderíamos também definir a categoria como a destinação dada ao veículo
em caráter de permanência, uma vez que essa informação vem consignada num
documento definitivo chamado CRV (Certificado de Registro de Veículo). Como
aplicação do exposto, poderíamos exemplificar usando o art. 154 do CTB, que faz
menção aos veículos destinados a aprendizagem – um em caráter permanente e
outro em caráter provisório. Sem maiores explicações, poderíamos concluir que
somente aquele utilizado em caráter permanente será da categoria aprendizagem,
mas a eventualidade da aprendizagem (caráter provisório) não tem o condão de
mudar a categoria anterior do veículo.
As categorias de veículos previstas no CTB são: oficial; de representação
diplomática, de repartições consulares de carreira ou organismos internacionais
acreditados junto ao governo brasileiro; particular; de aluguel; de aprendizagem.
Cada categoria de veículo apresenta placa de uma cor, no entanto, lembrese
de que ao mudar de categoria um veículo somente muda a cor da placa,
permanecendo os mesmos caracteres até sua baixa.
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São previstos como veículos de emergência:
a) os veículos destinados a socorro de incêndio e salvamento,
b) os de polícia,
c) os de fiscalização e operação de trânsito e
d) as ambulâncias,
e) e também os de salvamento difuso “destinados a serviços de emergência
decorrentes de acidentes ambientais”.
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Os veículos prestadores de serviço de utilidade pública gozarão de livre
parada e estacionamento, independentemente de proibições ou restrições
estabelecidas na legislação de trânsito ou através de sinalização regulamentar,
quando se encontrarem:
I – em efetiva operação no local de prestação dos serviços a que se destinarem;
II – devidamente identificados pela energização ou acionamento do dispositivo
luminoso e utilizando dispositivo de sinalização auxiliar que permita aos outros
usuários da via enxergar em tempo hábil o veículo prestador de serviço de utilidade
pública.
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