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ST ee pee ee Pe en pe eu ee Ry Pee ee ead Re Rens Pee oR oc Lg pee ud eee a oy ee profundidade, tentam responder aessas questes cruciais. dentificam as origens de uma heranga indispensivel ee também o que hi de novo na culture contemporanea. Ee erga OWSINVLLSIYD Od OYOV.LNAL V A TENTACAO DO. | CRISTIANISMO eos a Be ee ae) DE SEITA A CIVILIZAGKO Praioge Por qr, Do nono D6 Vista DOS ROMANOS ace lephacnen Pos que a vrrdians DO cRISTIANESMO SOBRE A RLOSORA cr Lac Ferry. Denare Prélogo Fato impensivel hi um século; ainda impeo- vivel hi cinquenta anos: atualmente uma lacida- de serena e pacificada reina na Europa Ocidental Certamente, debates e polémicas ainda existem, les prosseguem em torno dos simbolos religiosos na escola, das raizes espirituais da Europa, da lei de 1905, do conceito de “lacidade positiva”.. mas, apesar da revérica e das posturas habicualmente Séculos de- pois, o argumento ainda vale: Tetuliano e, em se- ‘guida, Constantino 0 retomam, mas em beneficio do deus cristéo. Asim, Roma e seus deuses sempre foram scios. [Nese contexto, vemos melhor 0 que era exa- tamente a devogio. “A prece romana” — explica “Turcan —"nunca foi uma efusio mistica, £ uma solicitagio ma devida forma, to estritamente rego- "awe Avr Vig V2. [Va Tema, Apa (Apologia, XV. 2 Basie, Hit, Bde. (Mintel Eline X2 regi e casas Jamentada quanco uma peticho em juisa”! Acree “canto que nenhum dogma pretcadia definis aquile fem que se devia cr « pensat dx deus ex ger, ou de uma deus em pariculs, nem peo i iagio em qualquer misério exética, desde que se cstivesse em ondem com 0 rligontmente cecren. ‘Vernos enti, como diz Tucan. que “e sgar do rualismo romano aio cack o inee-achicie. mt flea de um agnosticisme tranquile. Finalmeste, 08 romanos gostam do que ¢ dare ¢ marcame. Assim, medida que flosoia gps se difundia os metos caltos, epensava-se 0 fundamenne de ‘eligi, sem nada tocar em sua forma. Desde © século I ames de nous er, Varrb, cue saber san- to Agostinho loward, distinguia rts “weologias” de acordo com o Angulo pelo qual se olhavam os eases: uma fonomenologia nent le dame Hawa 2 teologia podtica, a Gil ¢ a flndifica A possi ca trata dos dewses homérios ¢ de mas weararas recambolescas, Cenament, no mien conde swam iso 20 pé da letra, mas © cauacial donde ‘Teagenes de Régium no IV século aC, ea de- codificarthe o sentido alepirico. A civ cca das Adivindades curclares, as que protegem cidade, © Taran mr oc dip 148 on ato CRsTaNs? BO PONTO BE STAB MANOS smais amplamente & romamias. Quanto 3 tereeira, {que cancerne & natureza dos deuses, ¢ caso para of flésofos, que, alés, vemos avangar para 2 nope de deidade inca, sob qualquer que sej a forma em que a concebem. Assim diz Séneca: “Dew sve natura” (Deus ou natureza). Um detalhe: Vario sribufa sua trilogia tripartite ao pontfice Mucins Scaeyola. Desse modo, estava protegido. Se penso com Turcan que o romano médio jogs duro com os deus’, parece-me que a relic so vivida deixa, contudo,entrever movimentos de fervor espontineo, sobrerado entre os poves da pare oriental do Império. Vejam Acius Aristide, © conferencisa da moda, no século Il de nossa cra. Um pouco neuropata, ele mantém um diério ‘de sua hospitalizagéo no asklépition de Pérgamo. nee dois voriivos, uma lavagem ¢ uma purga- ‘fo, é com tons pascalianos que ele dé grasas 20 “aBes que os prescreveu a ele Do mesmo modo, 2 cmala anc (tin), em eroca de qu, que se 18 er cantas inscrg6es, mostra bem, de fato, que cntre os deuses¢ 08 homens é sempre o “toma li di 47. Conrudo, quantos ex-voros deixam entrever “es Acide, Die rt (Decunon sido Ed Fee pire, Maca 1986. » ‘regio pa csr uma relagio afetiva entre dererminado fiel ¢ de- terminado deus! Padre Festugiére deixou uma boa coletinea dees. Como aquele menino, entrando ta adolescéncia, que oferece a Hermes seu pido € ‘um jogo de ossinhos “que ele amava loucamente”. Em registro diferente, 2 jovem Aglaonike: gentil- mente bebada naquela noite, cla se encregou a um tal de Nicégoras, ¢ sua noite foi a tal ponto bem- -sucedida que ela oferece a Afrodite determinada ‘peya de lingerie que me abstenho de aponrar. Ow aqucta herera que oferece a Priapo a pele de wm ‘bambi e um vaso de ouro, pois ganhou um con- ‘curso de beleza. Etc. etc. Desse modo, diz Feseu- ite, “mio € de contrato que se deve falar quando sc waca da religido greg popular, da religiao da gente simples, dos humils, mas de reciprocidade ‘de amizade”! Isso explicaria as dificuldades que Os ‘Sendo assim. © quc encrevemes no ambiente scligiow no tmundo romano nos ajuda a discer- st © que, no crstanisma, provinha dos pagsos ¢ samhém, como dia Lac Ferry, 0 que poderia neles “encomerar de rencador. “Ges? Un car legal. Pena qe sj crs” {Ezainso. din Terraliana, © que se ouvia der. AS secodadct sempre deremaram 0 que aio fose “como to mando”, Por ess razho,tanasalusbes depecciadorat cotre pessoas tio diferentes quanto ‘Sceinio, Ticino, Plinia, © Jovem, Marco Aurélio, Laciano... Taneat iverossimilhancas que © POO ramibem atribuia 208 ctistios: 0 asno crucificado, as oxgias.. Tanz crimes também, encre 0s quais © incéndio de Roma em 64. Axé mesmo Ticizo pro- se tema contra cus cabin! E até as desondens cimé- ‘cas das quais os consderavam responsivess: a5 €n- chesnes do Tibne falta de enchente do Nilo ee? Try Aopen te, lan, 2086.73. pe sane Trea do Ret Ri de ae: Ope, 287 ‘revagio po casran Tado decoria do fato de que. 20s olbos dos ‘romans, ou assimilados, 0 cistSos. gete como todo mando, owsavam aio rerar como todo mus- e. Nio que os censurasem por adorar 0 Oris, cembora de parecene inal, ¢ sob muios aspec- vor. Um jaden que mercer, sob Tibésio, a crac Facto, o castigo dos esravos, no era recomen- ive, a pion. Akim diss, © que contavam seus fis que tina nascido de uma vigem ee. Te tulisno recrguia 20s que debochavam: “Aceier casa fibula por enguano: cla x parece com as de vost” E ainda justino: “Ele rem iso em comm com o Pereu de voc”? — que, de fit nascera de Danae. Na verdade, pensava 0 pagio médio, ‘ontam que os deuses exo no cu ete. Mas nem or wo experamos wis i. Mesmo assim, temos 1% pés no chio. Enti, segundo os cistéos, nas Tuas de Jerusalém. topava-se simplesmente com sum deus, quando se ia is compra? Un mago, até ‘que cra pouivel enconeivamos. Mas uma deus e, alm disso, que moreu crucfcado? “Loucura para ©: pages, ctmein de morian”? reconhece 0 aps "Tein Apel XL 4. ‘tenn Ap. 2 pga Pr Lae 28. solo Paulo, Quanto aos intlecruais, um Celso, no sécul I ¢ um Porfcio no IT angumentam que & cencarnacio do logos contadizia sua transcendén- a. Em resumo, Terliano se enfurece: “Tomam- -n08 por imbecis (usm, por farsanes(irrident).” ‘Coneudo, 2 vendadiza pergunta nio era ess. (© inadmissvel era ouvir os cristios sustentarem ‘get nico deus era Chrime, preciptando com um 36 goipe tndo 0 Panteio no nada. Tereuliano, so Apolgeicam, tio x perturba. Semelhante +

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