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O CONFLITO CÓSMICO

INTRODUÇAO AO TRIMESTRE: CRISTO, O FIM DOS DIAS E A PREPARAÇAO PARA O


FIM – As lições deste trimestre foram escritas por Normam R. Gulley; doutor e professor
de Pesquisa em Teologia Sistemática, na Universidade Adventista do Sul.

Jesus disse que o “dia e hora ninguém sabe, nem os anjos do céu, nem o Filho, senão
somente o Pai.” Mateus 24:36. Mas Jesus deu indicações precisas da proximidade da Sua
volta a este mundo. Ele chamou essas indicações de sinais, e recomendou que
estivéssemos atentos a eles porque a preparação é fundamental: Disse Ele “Aprendei,
pois a parábola da figueira: Quando já os seus ramos se renovam, e as folhas brotam,
sabeis que está próximo o verão. Assim também vós, quando virdes todas estas coisas,
sabei que esta próximo, às portas.” Mateus 24:32,33.

Nas profecias de Mateus 24, Jesus combina duas ocorrências: Duas destruições: a de
Jerusalém e a do mundo, por ocasião da Sua segunda vinda e para o estabelecimento do
Reino Eterno. Já dissemos que a primeira parte referia-se à destruição de Jerusalém. Ela
ocorreu no ano 70 d.C., quando Tito, general Romano a cercou e a destruiu. Onze mil
prisioneiros morreram de fome. O historiador Flávius Josefo calcula que os romanos
levaram cativos 97.000 pessoas e que mais de um milhão morreram durante os 5 meses
em que a cidade foi sitiada.

Alguns sinais cumpriram-se na destruição de Jerusalém, e outros apontariam para a


gloriosa volta do Senhor. Assim, o que já se cumpriu reforça a nossa confiança na parte
final da profecia: “Vede que ninguém vos engane. Porque virão muitos em meu nome,
dizendo: Eu sou o Cristo, e enganarão a muitos. E, certamente, ouvireis falar de guerras
e rumores de guerras; vede não vos assusteis, porque é necessário assim acontecer, mas
ainda não é o fim. Porquanto se levantará nação contra nação, reino contra reino, e
haverá fomes e terremotos em vários lugares. Porém, tudo isto é o princípio das dores.
Levantar-se-ão muitos falsos profetas e enganarão a muitos.” Mateus 24: 4-8,11.

“Porque surgirão falsos cristos, e falsos profetas operando grandes sinais e prodígios para
enganar, se possível, os próprios eleitos. Portanto, se vos disserem: Eis que ele esta no
deserto! não saiais. Ou ei-lo no interior da casa! não acrediteis. Porque, assim como o
relâmpago sai do oriente e se mostra até no ocidente, assim há de ser a vinda do Filho do
homem.” Mateus 24:24-27.

Jesus também disse que haveria outros sinais tais como o escurecimento do sol e da lua,
e a queda de estrelas. Conforme Mateus 24: 29. Esses sinais cumpriram-se dia 19 de
maio de 1780 e 13 de novembro de 1933 e
foram amplamente divulgados pelos jornais e meios científicos. Milhões de pessoas
ficaram assustadas pensando que o fim do mundo havia chegado.

Outro sinal importante, dado por Jesus, foi a pregação do evangelho em todas as
partes: “Então, disse o Senhor: Virá o fim.” Mateus 24:14.

O Senhor também previu que as pessoas iriam esfriar em sua fé. E está aí um outro sinal
importante: “E por se multiplicar a iniquidade o amor de muitos se esfriará.” Mateus
24:12. Estamos no fim!

Um menino de família cristã, ficou impressionado com a volta de Cristo e disse a sua mãe:
Vou dar o dinheiro que tenho para ajudar as pessoas a contarem que Jesus vai
voltar em breve. Passaram-se alguns dias, e então ele disse à mãe. Quero meu dinheiro
de volta, porque Jesus não voltou.

INTRODUÇÃO (sábado 31 de março) O CONFLITO CÓSMICO


VERSO ÁUREO: “E o dragão irou-se contra a mulher, e foi fazer guerra ao remanescente
da sua semente, os que guardam os mandamentos de Deus, e têm o testemunho de
Jesus Cristo.” Apocalipse 12:17

A mais elevada criatura do universo, Lúcifer, por algum motivo estranho, manifestou a
vontade de ser igual e maior que Deus, dando origem a uma revolta celestial. Ele sentiu
inveja de Cristo e sentiu orgulho por seus dotes, que Deus lhe havia dado; não os havia
conquistado. Era assim elevado porque cuidava da adoração a Deus bem como do louvor.
Envolvido na adoração, aos poucos imaginava-se sendo adorado, como se fosse Deus.
Embora ele fosse o ser criado mais elevado, havia um abismo de qualidades e
capacidades entre ele e o Criador, coisa que ele, devido a sua inveja e a arrogância que
se formava, não pôde mais avaliar

Começou então sua campanha política celestial. Atacou a lei de Deus, isto é, o caráter do
Criador. Essa foi uma revolta originada no céu. O impacto de sua campanha foi
impressionante. Muitos anjos deram-lhe ouvidos, e entenderam que a sua argumentação
era lógica. Ele dizia que a Lei de Deus não era justa, e que era inviável. Desde a
eternidade Deus revelava-Se como um Criador de amor, que amava as Suas criaturas. E
isso era muito bom, todos gostavam, os anjos amavam essa situação. Mas havia o outro
lado do caráter de Deus, a Sua justiça. Lúcifer e todos os anjos, bem como os outros seres
inteligentes criados sabiam, por revelação, que o caráter de Deus era amor mais justiça.

Os anjos deram ouvidos; afinal, a ideia vinha da criatura mais elevada, que assistia junto
ao trono de Deus. O que ele argumentava? O mesmo que argumenta ainda hoje, e
sabemos o que é. Basta o amor, não precisa a justiça. Se todos amam-se, para que
serve a justiça? E se alguém errar, o amor perdoa, e está resolvido. Hoje é o que as
igrejas propagam, basta o amor, não queremos a justiça, ela foi cravada na cruz. Isso foi
abolido. Pregam os antigos argumentos de Lúcifer.

Foi então que aconteceu a guerra no céu, Lúcifer e seus anjos contra Jesus, o Filho e
Seus anjos. É evidente que a vitória foi da parte do Filho de Deus. Que coisa horrível
aconteceu no Céu! Uma guerra, algo jamais imaginado! E foram expulsos. Então ocorreu a
primeira de duas quedas de Lúcifer, que tornou-se em Satanás, a queda do céu para a
terra. A sua segunda queda ainda está para acontecer, e será da Terra para o inferno,
onde será extinto, para sempre, ele e seus seguidores.

“Depois que Satanás foi expulso do Céu, decidiu estabelecer seu reino sobre a Terra. Por
meio dele o pecado entrou no mundo, e pelo pecado, a morte. Dando ouvidos às suas
falsas acusações contra Deus, Adão caiu de seu elevado estado e as comportas da
miséria se abriram sobre nosso mundo.” Cristo Triunfante. MM 2002, 19.

Foi na cruz que o mundo e o Universo entenderam que o caráter de Deus, que é amor
mais justiça, é perfeitamente viável e correto para governar o universo. Ninguém esperava
que o próprio Filho de Deus viesse a esta terra e Se tornasse em um simples ser humano,
e morresse em lugar das pessoas. Para isto Jesus teve que esvaziar-Se de Suas
prerrogativas divinas, e assumir a condição humana. Foi na cruz que o amor e a justiça se
encontraram e mostraram que Deus é perfeito.

DOMINGO (1º e abril) A QUEDA DE UM SER PERFEITO – Estes são os textos para o
estudo de hoje: “E veio a mim a palavra do SENHOR, dizendo: Filho do homem, dize ao
príncipe de Tiro: Assim diz o Senhor DEUS: Porquanto o teu coração se elevou e disseste:
Eu sou Deus, sobre a cadeira de Deus me assento no meio dos mares; e não passas de
homem, e não és Deus, ainda que estimas o teu coração como se fora o coração de
Deus.” Ezequiel 28:1,2

“Perfeito eras nos teus caminhos, desde o dia em que foste criado, até que se achou
iniquidade em ti.” Ezeq. 28:18
“Como caíste desde o céu, ó Lúcifer, filho da alva! Como foste cortado por terra, tu que
debilitavas as nações! E tu dizias no teu coração: Eu subirei ao céu, acima das estrelas de
Deus exaltarei o meu trono, e no monte da congregação me assentarei, aos lados do
norte. Subirei sobre as alturas das nuvens, e serei semelhante ao Altíssimo.” Isaías 14:12-
14

Uma pergunta que não quer calar é: como é que o pecado podia surgir em um ser
criado perfeito e, ainda “no céu”? No universo criado por Deus, o conceito de perfeito
inclui liberdade, liberdade moral, a capacidade de escolher entre o certo e o errado. E,
Lúcifer teve esta liberdade no céu. Hoje uma pessoa que conhece o evangelho, e é
libertada da velha vida de pecados, pela graça de Jesus, tem a mesma liberdade moral e
espiritual, e o mesmo conhecimento de um Deus de amor e pureza, logo; sabe que deve
escolher viver de acordo com o conhecimento adquirido na Palavra, para agradar a Deus e
evitar a infelicidade, que a prática dos pecados produz.

Uma pessoa escravizada pelo pecado não tem a mesma capacidade moral que o filho
resgatado pelo sangue de Jesus tem, em enxergar a santidade de Deus. Tanto Lúcifer
como Adão e Eva tinham uma capacidade moral elevada, e facilmente podiam escolher
não pecar. Mas, a livre escolha; e posso imaginar, que de início tiveram uma luta muito
grande, levou-os ao pecado. Assim também é com o filho de Deus. Quando estamos
santificados, e a tentação apresenta-se diante de nós, somos tentados a cair, mas temos a
capacidade de permanecer na graça de Deus e da livre escolha.

Deus não produziu máquinas para obedecê-lo de forma programada. Ele quer uma
adoração e gratidão que brote do coração das pessoas. O diabo veio para matar e
destruir, mas Deus veio para dar vida, e vida envolve liberdade.

É-nos prometido em Naum 1:9 que a angústia não se levantará pela segunda vez. E isto
deve encher-nos de alegria, pois quando estivermos na eternidade não mais lidaremos
com este tipo de problema. Lúcifer abusou da liberdade e afastou-se de Deus, e isso foi
provocado pelo orgulho. Que lições podemos aprender deste trágico erro?

Os anjos foram criados com o nobre desejo de render louvores ao seu Criador, e de fazer
aquilo que lhes é solicitado. E os anjos no céu, prestam um louvor permanente a Deus; e
neste ambiente celestial; predominam a harmonia, a perfeição, o amor e a adoração.
Assim era antes da queda, e continuou a ser depois da queda dos anjos maus. Esta deve
ser a nossa atitude também para com Deus. Pois fomos criados um pouco menores do
que os anjos: “Mas em certo lugar testificou alguém, dizendo: que é o homem, para que
dele te lembres? Ou o filho do homem, para que o visites? Tu o fizeste um pouco menor
do que os anjos, de glória e de honra o coroaste, e o constituíste sobre as obras de tuas
mãos.” Heb. 2: 6 e 7. Aqui o autor citou o Salmo 8: 5 e 6. E todos os salvos tributarão à
Deus louvores por toda a eternidade.

“Enquanto todos os seres criados reconheceram a lealdade pelo amor, houve perfeita
harmonia em todo o universo de Deus. Era a alegria da hoste celestial cumprir o propósito
do Criador. Deleitavam-se em refletir a sua glória e patentear o seu louvor. E enquanto foi
supremo o amor para com Deus, o amor de uns para com os outros foi cheio de confiança
e abnegação. Nenhuma nota discordante havia para deslustrar as harmonias celestiais.
Sobreveio, porém, uma mudança neste estado de felicidade. Houve um ser que perverteu
a liberdade que Deus concedera a Suas criaturas. O pecado originou-se com aquele que,
abaixo de Cristo, fora o mais honrado por Deus, e o mais elevado em poder e glória entre
os habitantes do céu. Lúcifer, Filho da Alva, era o primeiro dos querubins cobridores,
santo, incontaminado... pouco a pouco Lúcifer veio a condescender com o desejo de
exaltação própria.” Patriarcas e Profetas, 35.
SEGUNDA-FEIRA (2 de abril) MAIS DO QUE CONHECIMENTO INTELECTUAL – A lição
de hoje fala da independência de Deus e da escolha em fazermos a nossa própria
vontade. A exaltação própria vem pela independência de Deus. É muito fácil as pessoas
esquecerem-se das bênçãos de Deus. No leito de um hospital alguém pode fazer um voto
de fidelidade e entrega a Deus, mas, depois que sai curado e cheio de saúde esquece-se
de Deus. Isso temos visto com exemplos reais e bem perto de nós.

Entre o povo de Israel, enquanto no deserto, houve um grupo que permaneceu fiel a Deus,
mas, depois que tinham tudo na terra de Canaã, esqueceram-se de Deus. Com quanta
facilidade nos esquecemos das bênçãos de Deus na nossa vida! Com Lúcifer estava tudo
bem também; mas, ele quis separar-se de Deus. Todas as vezes quando saímos de casa
sem, antes, ter uma comunhão com Deus através da Palavra e da oração particular,
estamos dando provas claras de que também não precisamos de Deus. Isto chama-se
exaltação própria, independência de Deus ou orgulho. Até que ponto não estamos
agindo da mesma forma que Lúcifer?

Tão logo Satanás foi lançado para a terra, ver Gên. 3:1-7, ele iniciou a sua tarefa de
engano junto a Eva e Adão e os conduziu ao pecado. Nós também somos alvo dos
ataques do inimigo. Jesus disse assim: “Tenho-vos dito isto, para que em mim tenhais paz;
no mundo tereis aflições, mas tende bom ânimo, eu venci o mundo.” João 16:33

O que a Bíblia menciona sobre essa batalha espiritual? Há dois erros básicos quando
o assunto é a batalha espiritual: excesso e escassez de ênfase. Há aqueles que, para
cada pecado, cada conflito e cada problema põem a culpa nos demônios que devem ser
expulsos. Outros ignoram completamente a existência do diabo, e o fato de que a Bíblia
nos instruí que nossa batalha é contra forças espirituais.

O segredo do sucesso na batalha espiritual é encontrar o equilíbrio bíblico. Jesus, algumas


vezes, expulsou demônios das pessoas, e algumas vezes, curou pessoas sem mencionar
o demoníaco. O Apóstolo Paulo instrui os cristãos a começar a luta contra o pecado dentro
de si mesmos, ver Romanos 6, e contra o diabo. Ver Efésios 6:10-18.

Em Efésios 6:10-12 encontramos: “No demais, irmãos meus, fortalecei-vos no Senhor e


na força do seu poder. Revesti-vos de toda a armadura de Deus, para que possais estar
firmes contra as astutas ciladas do diabo. Porque não temos que lutar contra a carne e o
sangue, mas, sim, contra os principados, contra as potestades, contra os príncipes das
trevas deste século, contra as hostes espirituais da maldade, nos lugares celestiais.” Este
texto ensina-nos algumas verdades cruciais: 1) Podemos ser fortes apenas no poder do
Senhor. 2) É a armadura de Deus que nos protege. 3) Nossa batalha é contra forças
espirituais do mal presentes no mundo.

Em Efésios 6:13-18 dá-nos uma descrição da armadura espiritual que Deus nos fornece:
Devemos: a) Resistir firmes com o cinto da verdade, b) Com a couraça da justiça. c) Com
o evangelho da paz. d) Com escudo da fé. e) Com o capacete da salvação. f) Com a
espada do Espírito e, g) Com oração no Espírito. O que estas peças da armadura
espiritual representam para nós em nossa batalha espiritual?

Deus convida-nos para não vacilar na nossa fé, não importa o quão fortemente sejamos
atacados. Nossa arma de ataque deve ser a Palavra de Deus, não nossas próprias
opiniões e sentimentos. Devemos seguir o exemplo de Jesus em reconhecer que algumas
vitórias espirituais são possíveis somente através da oração.

Jesus é nosso principal exemplo para a batalha espiritual. Observe como Jesus lidou com
os ataques diretos de Satanás: “Então foi conduzido Jesus pelo Espírito ao deserto, para
ser tentado pelo diabo. E, tendo jejuado quarenta dias e quarenta noites, depois teve fome;
E, chegando-se a ele o tentador, disse: Se tu és o Filho de Deus, manda que estas pedras
se tornem em pães. Ele, porém, respondendo, disse: Está escrito: Nem só de pão viverá o
homem, mas de toda a palavra que sai da boca de Deus. Então o diabo o transportou à
cidade santa, e colocou-o sobre o pináculo do templo, E disse-lhe: Se tu és o Filho de
Deus, lança-te de aqui abaixo; porque está escrito: Que aos seus anjos dará ordens a teu
respeito, E tomar-te-ão nas mãos, Para que nunca tropeces em alguma pedra. Disse-lhe
Jesus: Também está escrito: Não tentarás o Senhor teu Deus. Novamente o transportou o
diabo a um monte muito alto; e mostrou-lhe todos os reinos do mundo, e a glória deles. E
disse-lhe: Tudo isto te darei se, prostrado, me adorares. Então disse-lhe Jesus: Vai-te,
Satanás, porque está escrito: Ao Senhor teu Deus adorarás, e só a ele servirás. Então o
diabo o deixou; e, eis que chegaram os anjos, e o serviam.” Mateus 4:1-11.

A melhor maneira de combater Satanás é como Jesus nos mostrou, ou seja, citar as
Escrituras, pois o diabo não tem poder contra a espada de Espírito, a Palavra do Deus
Vivo.

"Quando Satanás se tornou inteiramente cônscio de que não havia possibilidade de ser de
novo acolhido no favor de Deus, sua malícia e ódio começaram a ser manifestos. Ele
confabulou com os seus anjos, e foi estabelecido um plano para ainda operar contra o
governo de Deus. Quando Adão e Eva foram postos no belo jardim, Satanás estava
assentando planos para destruí-los. De nenhuma maneira poderia este feliz casal ser
privado de sua felicidade se obedecessem a Deus. Satanás não poderia exercer o seu
poder sobre eles, a não ser que eles primeiro desobedecessem a Deus e desmerecessem
o Seu favor. Algum plano devia, portanto, ser delineado que os levasse à desobediência e
os fizesse incorrer no desagrado de Deus.” Primeiros Escritos, 146.

TERÇA-FEIRA (3 de abril) GUERRA NO CÉU E NA TERRA - Quem são os atores que


comandam as estratégias deste conflito? Aqui está uma intrigante questão que parece
paradoxal: Um é o Criador, e o outro é a criatura. O conflito originou-se com a criatura. Por
que a criatura lançou em um conflito com o seu Criador?

Outra questão aparentemente estranha: O conflito teve seu início em um ambiente de


perfeita harmonia, paz e felicidade, conhecido como Céu. Veja este texto: “Houve então
uma guerra nos céus. Miguel e seus anjos lutaram contra o dragão, e o dragão e os seus
anjos revidaram.” Apoc. 12:7.

Como foi possível haver guerra no céu? É que ao Deus criar seres inteligentes à Sua
semelhança, dotou-os com o direito à liberdade de escolha. Deus correu o risco de ver
Suas criaturas rebelarem-se contra Ele. A liberdade que Deus outorgou às Suas criaturas
era regida pelos princípios de Sua lei, obedecendo ou desobedecendo.

O que nos é dito sobre Lúcifer em seu primeiro estado? “Perfeito eras nos teus
caminhos, desde o dia em que foste criado, até que se achou iniquidade em ti… se encheu
o teu interior de violência, e pecaste”. Ezeq. 28:15 e 16.

Lúcifer, desde que foi criado, vivia em harmonia com o padrão da justiça, o caráter de
Deus, até que pecou, cometendo injustiça e como resultado desta rebelião surgiu a
injustiça no universo. “Pela multidão das tuas iniquidades, pela injustiça do teu comércio
profanaste os teus santuários.” Ezeq. 28:18. No céu havia um código de conduta:
“Bendigam o Senhor, vós, seus anjos poderosos, que obedecem à sua palavra.” Sal.
103:20.

Numa linguagem profética, até o profeta e Deus ficaram admirados com reação de
Lúcifer. Não há explicação racional para o surgimento do pecado. Como entender que um
ser perfeito, na presença de um Deus perfeito, em um ambiente de perfeição, pudesse
gerar ideias de descontentamento, contestação, rebelião e pecar contra o seu Criador
perfeito? O pecado de Lúcifer nasceu da contestação do amor e da justiça de Deus.
Começou a alimentar a ideia de que Deus não era nem amoroso nem justo com as Suas
criaturas.
Veja estes textos: “Desde o princípio a grande controvérsia fora a respeito da lei de Deus.
Satanás procurara provar que Deus era injusto, que Sua lei era defeituosa, e que o bem do
universo exigia que ela fosse mudada. Atacando a lei, visava ele subverter a autoridade de
seu Autor. Mostrar-se-ia no conflito se os estatutos divinos eram deficientes e passíveis de
mudança, ou perfeitos e imutáveis.“ Patriarcas e Profetas, 65.

“Pouco a pouco Lúcifer veio a condescender com o desejo de exaltação própria… Não
contente com a sua posição, embora fosse mais honrado do que a hoste celestial,
arriscou-se a cobiçar a homenagem devida unicamente ao Criador… E, cobiçando a glória
que o infinito Pai conferira a Seu Filho, este príncipe dos anjos aspirou ao poder que era a
prerrogativa de Cristo apenas.” Patriarcas e Profetas, pág. 15.

Tendo em vista que o conflito arrastou-se para a terra, que cuidados devemos ter
para não cairmos presas nas ciladas do diabo? Ver Apoc. 12:12 e I Pedro 5:8.

QUARTA-FEIRA (4 de abril) SEMPRE CONVOSCO, ATÉ AO FIM – A lição de hoje mostra


a perseguição que o diabo infringe sobre os filhos de Deus no seu cotidiano e também no
contexto da profecia bíblica. O diabo não contava com a graça salvadora de Cristo. Diz a
palavra: “Mas onde avultou o pecado, a graça superabundou.” Rom. 5:20. E quando ele
percebeu que tomou o próprio veneno, ao Jesus morreu para salva-nos, aí então começou
a trabalhar depressa.

Quais foram os ataques do diabo no passado?

1) Corrompeu de tal modo os serviços típicos do Velho Testamento, com contrafações,


que, quando Cristo veio, não foi reconhecido como o Messias prometido. Os pagãos
proliferaram-se e com sacrifícios de animais e até de pessoas, que o povo de Israel caiu
em apostasia.

2) Até os judeus não reconheceram a chegada do Messias “E, levantando-se o sumo-


sacerdote, e todos os que estavam com ele (e eram eles da seita dos saduceus),
encheram-se de inveja.” Atos 5:17

Quais são os ataques do diabo hoje?

1) A chegada do homem do pecado: “Ninguém de maneira alguma vos engane; porque


não será assim sem que antes venha a apostasia, e se manifeste o homem do pecado, o
filho da perdição, o qual se opõe, e se levanta contra tudo o que se chama Deus, ou se
adora; de sorte que se assentará, como Deus, no templo de Deus, querendo parecer
Deus.” II Tessalonicenses 2:3-4.

2) Espiritismo, Espiritualismo, Nova Era, etc… “Mas o Espírito expressamente diz que nos
últimos tempos apostatarão alguns da fé, dando ouvidos a espíritos enganadores, e a
doutrinas de demónios.” I Timóteo 4:1. Isso tudo é visto em igrejas cristãs e não cristãs, e
de forma declarada e forte. Esta guerra é no nível espiritual, mas houve e haverá também
a guerra física contra os filhos de Deus.

Veja o cumprimento da profecia dos 1260 anos em síntese - Em Apocalipse 11:3 e


12:6, faz-se menção de 1260 dias. Em Apocalipse 11:2 e 13:5, são mencionados 42
meses, que, multiplicados por 30 dias do mês, resultam também em 1260 dias. Em Daniel
7:25; 12:7 e Apocalipse 12:14, menciona-se "tempo e tempos e metade de um tempo", ou
seja, três tempos e meio, que na verdade, equivalem a três anos e meio. Três anos e
meio, multiplicados pelos 12 meses do ano, dão 42 meses, que, multiplicados por 30 dias
de cada mês, resultam outra vez em 1260 dias. 1 "tempo" = um ano = 360 dias - 2
"tempos" = dois anos = 720 dias. 1/2 "tempo" = meio ano =180 dias. Total - 1260 dias/anos
Existe na História um período de exatamente 1260 anos de perseguição religiosa, que
começou no ano 538. d.C, com o edito de Justiniano. Foi Justiniano quem, depois de
derrotar os ostrogodos, decretou que o bispo de Roma teria a preeminência sobre os
bispos das outras cidades, pelo fato de que Roma era a capital do império e dominava o
mundo político daqueles dias. Esse período abarcou os anos em que a Igreja perseguiu
aqueles que negavam a obedecer-lhe cegamente. Como já vimos, nessa época a igreja
Romana utilizou um instrumento chamado santa inquisição e tentou impedir que qualquer
pessoa estudasse a Bíblia. Isso para que ninguém percebesse os erros que foram
transferidos do paganismo para o cristianismo daqueles dias.

Ler e defender verdades bíblicas era considerado heresia, e a pena para os hereges era a
fogueira. Previa ainda a confissão de "delitos" sob torturas terríveis. Instrumentos de
torturas usados pela igreja Católica Romana medieval podem ser vistos em vários
museus, como o Museu da Inquisição, em Lima, Peru e na Europa. Esse período de
perseguição terminou em 1798, quando o General Berthier levou preso o líder religioso da
igreja, o papa Pio VI.

Perceba, mais uma vez, o método do inimigo. Ele persegue a igreja de Deus, mas não
identifica-se. Pelo contrário, o poder que persegue denomina-se a si mesmo Igreja de
Deus, enquanto reclama adoração e obediência para si e não para Deus e Sua palavra.
Com certeza, muitas pessoas que faziam parte da pretensa igreja de Deus achavam que
estavam fazendo um favor a Deus, ao perseguir um bando de hereges que teimavam em
obedecer à Bíblia e não à igreja. Só que essas pessoas, por sinceras que fossem, não
percebiam que estavam sendo usadas pelo inimigo de Deus, na tentativa de destruir a
verdadeira Igreja.

Que certeza tem os filhos de Deus da Sua proteção? “Ensinando-os a guardar todas as
coisas que eu vos tenho mandado; e eis que eu estou convosco todos os dias, até a
consumação dos séculos. Amém.” Mateus 28:20

QUINTA-FEIRA (5 de abril) A LEI E O EVANGELHO - Por que a lei e a salvação devem


estar sempre juntas? Porque Deus que criou os dez mandamentos disse que eles jamais
seriam mudados. Mesmo porque a lei de Deus expressa o Seu próprio carácter, e o Seu
carácter é de amor. Os mandamentos foram criados para o nosso próprio benefício.

As leis do Velho Testamento são caducas e não mais aplicáveis aos cristãos sob o Novo
Concerto? Há leis que caducaram por cumprirem sua função pré-figurativa, como as
regras sobre ofertas de cordeiros e manjares, os sacrifícios e normas várias para
sacerdotes e povo. Contudo, se há leis de caráter temporário, também há as de caráter
eterno, que se caducassem trariam somente o caos a nível público e privado, por exemplo:
“Honra o teu pai e a tua mãe”, “não matarás”, “não furtarás”, “não adulterarás.”

Antes do Sinai já havia a lei de Deus? Sim, e tanto é verdade que o Sábado existe
desde a criação, antes do Sinai, pois Deus ao proclamar o mandamento por escrito, usou
a expressão: “Lembra-te”. Deus jamais mandaria lembrar de uma coisa que o Seu povo,
não o havia conhecido. No relato da criação temos este lindo texto: “E havendo Deus
acabado no dia sétimo a obra que fizera, descansou no sétimo dia de toda a sua obra, que
tinha feito. E abençoou Deus o dia sétimo, e o santificou; porque nele descansou de toda a
sua obra que Deus criara e fizera.” Gênesis 2:2-3. Veja estes outros textos: Gênesis 35:1-
4; 4:4-8; 39:7-9; 44:8; 12:18.

Qual é a função da lei? 1) Lembrar o pecador do seu pecado. 2) Mostrar o pecado


quando este é praticado. 3) Orientar o perdoado, justificado e reconciliado pecador a trilhar
o caminho da boa conduta. 4) Conduzir o pecador à Cristo, o único que pode salvar.

Qual é a função do evangelho?


1) Perdoar: “É a obra de Deus ao lançar a glória do homem por terra, e fazer pelo homem
o que não lhe é possível fazer em seu próprio poder.” Test. para Ministros, 456. O perdão
é um ato da livre graça de Deus, mediante a qual Ele perdoa todos os nossos pecados e
aceita-nos como justos aos Seus olhos, baseado somente na retidão de Cristo, a nós
imputada, e recebida exclusivamente pela fé.

2) Santificar: A santificação pode ser comparada a uma escada com muitos degraus que
levam da terra ao Céu. Mas só existe uma escada assim, e precisamos descobrir onde ela
começa antes de tentar subir. Os caminhos que a ela conduzem são: O chamado de Deus,
o arrependimento, a conversão, a justificação, a regeneração ou novo nascimento.
Cumpre-nos trilhar estes caminhos. A santificação começa por ocasião da conversão, e
continua através de toda a vida do crente. É o gradual desenvolvimento de um caráter
semelhante a Cristo, produzido pela submissão do crente à graça de Deus. Abrange todo
o momento da vida, e é de importância progressiva. Significa perfeito amor, obediência e
perfeita conformidade à vontade de Deus. Isso tudo vem de Cristo e nunca de qualquer
esforço humano para conseguir.

3) Levar esperança ao pecador: Os teólogos falam da salvação em três tempos como


indicam os verbos no original grego: Passado – Justificação. Fui salvo. É o que Cristo fez
por nós. Tito 3:5. Presente – Santificação. Sou salvo. É o que Cristo está fazendo por nós.
I Cor. 1:18. Futuro – Glorificação. Serei salvo. É o que Cristo fará por nós como vemos:
“Logo muito mais agora, tendo sido justificados pelo seu sangue, seremos por ele salvos
da ira.” Romanos 5:9.

Como a lei de Deus pode auxiliar o crente que é salvo pela graça? “Ora, nós sabemos
que tudo o que a lei diz, aos que estão debaixo da lei o diz, para que toda a boca esteja
fechada e todo o mundo seja condenável diante de Deus. Por isso nenhuma carne será
justificada diante dele pelas obras da lei, porque pela lei vem o conhecimento do pecado.”
Romanos 3:19-20.

“Que diremos pois? É a lei pecado? De modo nenhum. Mas eu não conheci o pecado
senão pela lei; porque eu não conheceria a concupiscência, se a lei não dissesse: Não
cobiçarás.” Romanos 7:7.

“A obra de Deus é a mesma em todos os tempos, embora haja graus diversos de


desenvolvimento e diferentes manifestações de Seu poder, para satisfazerem as
necessidades dos homens nas várias épocas… O Salvador tipificado nos ritos e
cerimônias da lei judaica, é precisamente o mesmo que se revela no evangelho.”
Patriarcas e Profetas, pág. 373.

Como adventistas pregamos que somos salvos pela fé em Cristo, mas também
advogamos que devemos guardar os 10 mandamentos da lei de Deus como prova de que
somos salvos: “Aqui está a paciência dos santos; aqui estão os que guardam os
mandamentos de Deus e a fé em Jesus.” Apocalipse 14:12

SEXTA-FEIRA (6 de abril) LEITURA ADICIONAL DA LIÇÃO 1 (2º trimestre 2018) O


CONFLITO CÓSMICO – A lição desta semana ensina-nos algumas verdades cruciais: a)
O diabo existe e está vivo. b) Podemos ser fortes apenas no poder do Senhor Jesus. c) A
nossa batalha é contra forças espirituais do mal presentes no mundo.

No meio desta guerra, quais os segredos para o sucesso espiritual? Primeiro,


confiemos no poder de Deus e não na nossa própria força. Segundo, repreendamos
Satanás, em nome de Jesus, não em nosso próprio poder. Terceiro, devemos proteger-
nos com a completa armadura de Deus. Quarto, engajemo-nos na guerra com a espada
do Espírito: a Palavra de Deus. Por último, devemos lembrar-nos que mesmo estando na
batalha espiritual contra Satanás e seus demônios, nem todo o pecado ou problema é um
demônio que deva ser repreendido. Com paciência e sabedoria, Deus vai ajudar-nos a
resolver tais dificuldades. “Mas em todas estas coisas somos mais do que vencedores, por
aquele que nos amou”. Romanos 8:37. Amém?

O caráter de Deus será reivindicado em três aspectos muito importantes: 1) O pecado


existe, causou um problema enorme na vida dos filhos de Deus, mas Deus vai dar um final
nessa história, para que o pecado nunca mais reapareça. Ver Naum 1:9 e Apoc. 22:3 b)
Revelar que o caráter de Deus é, antes de tudo, cheio de amor e misericórdias para com o
pecador, e só após a recusa do pecador em aceitar tal salvação é que Deus age através
da Sua justiça. Com certeza, amor e justiça podem conviver juntas. c) Satanás é mentiroso
e falso, e ele age de forma contrária a vontade de Deus. Ele finalmente será destruído, no
julgamento final, após os mil anos. Amém?

Satanás tem tido algum domínio sobre as pessoas e planeta, mas ele terá um fim. O
transcurso da vida de Satanás pode ser classificado em 4 fases:

A) No céu. Como vimos na lição, o espetáculo cósmico teve o seu início no céu. Todos os
anjos do céu ficaram sabendo da queda de Lúcifer e seus anjos, e houve tristeza no céu e
no universo.

B) Na cruz de Cristo. Quando Jesus morreu Satanás teve a sua sentença de morte
decretada. Veja este texto: “E ouvi uma grande voz no céu, que dizia: Agora é chegada a
salvação, e a força, e o reino do nosso Deus, e o poder do seu Cristo; porque já o
acusador de nossos irmãos é derrubado, o qual diante do nosso Deus os acusava de dia e
de noite. E eles o venceram pelo sangue do Cordeiro e pela palavra do seu testemunho; e
não amaram as suas vidas até à morte. Por isso alegrai-vos, ó céus, e vós que neles
habitais. Ai dos que habitam na terra e no mar; porque o diabo desceu a vós, e tem grande
ira, sabendo que já tem pouco tempo.” Apocalipse 12:10-12.

3) Na vida dos cativos pelos pecados. A lição aposta no aspecto de que todos os filhos de
Deus são chamados para serem um espectáculo ao mundo para derrotar as obras de
Satanás, levando a salvação aos cativos em seus pecados. Veja estes textos:“Assim
resplandeça a vossa luz diante dos homens, para que vejam as vossas boas obras e
glorifiquem a vosso Pai, que está nos céus.” Mateus 5:16

“Porque tenho para mim, que Deus a nós, apóstolos, nos pôs por últimos, como
condenados à morte; pois somos feitos espetáculo ao mundo, aos anjos, e aos homens.” I
Coríntios 4:9

Todos são chamados para levar o evangelho aos perdidos. Antes de levarmos o
evangelho é necessário ocorrer uma transformação na nossa vida. Necessitamos estar
ligados à videira verdadeira; que é Cristo, para produzirmos frutos para o reino de Deus.

4) No juízo executivo ou pós-milenar. Depois de mais de 6 mil anos de pecado e


degeneração, por fim será desmascarado para o universo o grande enganador, Satanás.
No princípio a argumentação dele era que a obediência a lei de Deus não era necessária.
Na terra, ele obteve vitória sobre Adão e Eva e o argumento volveu-se para a
impossibilidade do ser humano guardar a lei de Deus. Hoje Satanás afirma que o ser
humano não pode guardar a santa lei, e muitos hoje se tem colocado firmemente ao seu
lado dentro de nossa amada igreja, afirmando que o ser humano não pode ter a vitória
sobre os pecados conhecidos. Podemos e devemos deixar Jesus viver em nós e por nós,
para que não mais vivamos na prática de pecados conhecidos. No fim dos mil anos o
diabo será totalmente desmascarado onde ficará claro, para todo o universo, que seus
pecados e acusações contra o carácter de Deus eram falsos. Ele também reconhecerá
que Deus tinha razão. O carater de Deus será totalmente vindicado. Ele será destruído
para sempre juntamente com os anjos maus e pessoas perdidas!

Luís Carlos Fonseca

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