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PRELIMINARES
OS CAMINHOS DA FOTOGRAFIA
Dois séculos mais tarde, o médico alemão Johann Schulze descobre que
a luz incidindo sobre frascos contendo sais de prata é capaz de enegrecer as
substâncias nele contidas. São essas experiências, realizadas em 1727, que
dão as bases para Thomas Wedgewood, em 1790, tentar realizar a primeira
fotografia, através de um pedaço de papel impregnado de nitrato de prata.
Sobre o papel, Wedgewood colocou uma folha de árvore para em seguida
submetê-lo por algum tempo à luz. A região obstruída pela folha ficara marcada
por sua silhueta branca, contrastando com a área enegrecida pelo contato com
a luz.
Embora tal experiência não tenha sido totalmente exitosa, uma vez que
algum tempo depois, a área que não havia recebido a luz acabara ficando
enegrecida também, Wedgewood foi o primeiro a obter um negativo fotográfico
rudimentar.
Sabe-se que, por trás da câmara, via de regra, está um observador que
decide o que enquadrar, o que merece ter ou não destaque e que por vezes
tem objetivos a alcançar, valendo-se, portanto, do uso do código icônico
ou imagético com uma intenção. Pode-se afirmar que as decisões tomadas no
ato de enquadrar pessoas ou objetos são provenientes de valores culturais e
visão de mundo de quem fotografa. A posição da câmara em relação ao
fotografado, o enquadramento, a composição, a perspectiva, a iluminação, a
cor, certamente são decisões tomadas pelo fotógrafo nos momentos anteriores
ao disparo do obturador, portanto na fase de preparação que o antecede, da
mesma forma que a fase da montagem, qualquer que seja o meio utilizado,
envolve decisões que precisam, também, ser tomadas em relação a outras
fotos ou mesmo a outros elementos
textuais da mensagem linguística.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
[1]Vanoye. Usos das linguagens: problemas e técnicas na produção oral e escrita. São Paulo: Martins
Fontes, 1993.