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UNIVERSIDADE

SÃO
FRANCISCO

EXPERIMENTO DE PERDA DE
CARGA

ITATIBA-SP
2018
UNIVERSIDADE SÃO FRANCISCO

EXPERIMENTO DE PERDA DE
CARGA

Anna Laura P. Biasini 001201503176


Adriel Mingareli Duarte Valente 002200700096
Felipe Aparecido Mendonça Lima 002201100042
Giovanni Matteuzo 002201300850

Trabalho elaborado para apresentação


à disciplina Hidráulica de Condutos
Forçados do Curso de Engenharia Civil
da Universidade São Francisco, sob
orientação da M.ª Cristina das Graças
Fassina, como requisito para obtenção de
média semestral.

ITATIBA-SP
2018
Sumário

Introdução......................................................................................05

Objetivo..........................................................................................06

Metodologia...................................................................................07

Materiais....................................................................................... 07

Métodos.........................................................................................09

Resultados....................................................................................10

Cálculos Realizados.....................................................................11

Conclusão.....................................................................................15

Referências...................................................................................16
Introdução

Antes de tratar do nosso experimento, é importante mencionarmos alguns conceitos


teóricos muito importantes que auxiliarão na sua compreensão.
Ao falar de fluídos, tratamos de toda e qualquer substância que pode fluir, escoar,
portanto o termo pode ser usado para definir líquidos e gases. Os fluídos assumem o
formato do recipiente em que são colocados. O fluído ideal seria um fluído
incompressível, sem atrito interno (viscosidade). Este atrito interno gera tensões de
cisalhamento entre camadas vizinhas do fluído, como por exemplo quando a água de uma
torneira escoa pela tubulação, ou quando as águas de um ribeiro correm em torno de uma
rocha sob o leito. A viscosidade é uma certa resistência que o fluído tem ao escoamento.
A linha de fluxo de um fluído é a trajetória que a partícula deste fluído faz durante o
escoamento. É importante destacar também que a massa de um fluído não varia enquanto
ele escoa, o que nos leva à chamada equação de continuidade.O estudo da perda de carga
em condutos forçados, onde a pressão interna é diferente da pressão atmosférica, é de
suma importância para o correto dimensionamento de sistemas de bombeamento e de
tubulações, perda de carga pode ser definida como sendo a perda de energia que o fluido
sofre durante o escoamento em uma tubulação.
Sempre que um fluido se desloca no interior de uma tubulação ocorre atrito deste fluido
com as paredes internas desta tubulação, ocorre também uma turbulência do fluido com
ele mesmo, este fenômeno faz com que a pressão que existe no interior da tubulação vá
diminuindo gradativamente à medida com que o fluido se desloque, esta diminuição da
pressão é conhecida como “Perda de Carga”. Desta forma a perda de carga seria uma
restrição à passagem do fluxo do fluido dentro da tubulação, esta resistência influenciará
diretamente na altura manométrica de uma bomba hidráulica e sua vazão volumétrica.
Objetivo
O presente relatório tem como objetivo revisar os conceitos teóricos de perda de carga,
usando um modelo hidráulico no laboratório no qual foi feito os experimentos de acordo
com 3 vazões diferentes fornecidas, e demonstrar a importância de suas aplicações em
sistemas hidráulicos, levando em conta as perdas por atrito e por componentes instalados
nas tubulações, bem como proporcionar experiência, entendimento das formas de
transformação de energia e sua importância para o dimensionamento e operação de
sistemas hidráulicos.
Metodologia

Esta pratica foi realizada com auxílio de uma bancada composta por tubulações,
conexões, e instrumentos de medidas de vazão e pressão, afim de obter resultados
referentes a perde de cargas, conforme descrito no item 3.1 e procedimentos conforme
métodos descritos no item 3.2.

3.1 Materiais
Foi utilizado uma bancada didática para experimento de perda de carga, onde é composta
por, 7 tubulações de diferentes diâmetros e materiais dentre eles cobre, PVC e aço
galvanizado.

Sistemas de análise de perda de carga localizada, dentre eles: registros de gaveta, esfera,
filtros, rugosidades variadas, curvas de raios curto e longo, cotovelos, expansão e
contração súbita, possibilitando escoamentos alternativos ao longo do sistema.
Ponto de aquisição de pressão do tipo pneumática ao longo das tubulações.
Manômetro Bourdon para monitoramento de pressão.
Tubo de Venturi confeccionado em acrílico.
Reservatório para medição volumétrica.
Piezômetro de três linhas (XL10)
Medidor de pressão diferencial com aquisição de dados e software (MDD30V2).
Rotâmetro, medidor de vazão.
Figura 6 - Piezômetro
3.2 Métodos

Primeiro foi estabelecido três tipos de vazões (1500, 2500 e 3500 litros por hora) para
realização dos ensaios.
Método de análise com medidor de pressão diferencial digital para tubo liso.
A bomba hidráulica foi acionada para início do experimento. Após isso foi realizado
regulagem de vazão no rotâmetro, foi escolhido o tubo de ¾” liso de comprimento
1,36 metros, em seguida o registro foi aberto e o fluido foi direcionado ao medidor de
pressão diferencial por meio de mangueiras em dois pontos distintos (início e fim),
assim foi verificado a perda de carga total distribuída em metros. Este ensaio foi
realizado três vezes com vazões distintas.

Método de análise com medidor de pressão diferencial digital, para tudo rugoso.
Outro ensaio foi realizado com tubo de ¾” rugoso, onde foi aplicada a mesma
metodologia afim de obter a perda de carga distribuída em metros. Este ensaio foi
realizado três vezes com diferentes vazões.
Método de análise utilizando piezômetro, para obtenção de perdas de carga
localizadas em duas peças diferentes.
A bomba hidráulica foi acionada para início do experimento. Após isso foi realizado
regulagem de vazão no rotâmetro, foram escolhidos duas peças para análise de perda
de carga localizada (joelho de 45º e curva de 90º), foram colocadas mangueiras antes
e depois de cada conexão, em pontos conhecidos, afim de verificar a pressão inicial
de final de cada ponto, esta análise foi feita com ajuda de um piezômetro onde obteve
o valor de três colunas d’agua em milímetros, assim obtendo em cálculos o resultado
da perda de carga localizadas em cada peça.
Resultados
Para determinação dos valores das Tabelas abaixo foram utilizadas as seguintes
fórmulas:

J=∆H/L
Le=∆H/J

*J obtido no
experimento perda de
carga distribuída
referente ao tubo liso
(J=∆H/L)

∆H = Perda de Carga (m)


D = Diâmetro do Conduto (m)

Q = Vazão (m³/s)

J = Perda de Carga Unitária (m/m)

Le = Comprimento Equivalente (m)

Transformações de unidades de medidas:

D = 21mm = 0,021m

Q = 1500 l/h = 4,16x10-4 m³/s

Q = 2500l/h = 6,94 x10-4 m³/s

Q= 3500l/h = 9,72 x10-4 m³/s

L = 136 cm = 1,36m

Cálculos Realizados:

Perda de carga unitária (Tubo liso ¾”)


Para Q=4,16x10-4 m³/s

J = 0,1/1,36 = J = 0,0735 m/m

Para Q=6,94x10-4 m³/s

J = 0,2/1,36 = J = 0,1471 m/m

Para Q=9,72x10-4 m³/s

J = 0,5/1,36 = J = 0,3676 m/m

Perda de carga unitária FLAMANT (Tubo liso ¾”)


Para Q=4,16x10-4 m³/s

J = 0,000824 x (0,000416^1,75) / (0,021^4,75) = J = 0,0930 m/m


Para Q=6,94x10-4 m³/s

J = 0,000824 x (0,000694^1,75) / (0,021^4,75) = J = 0,2279 m/m

Para Q=9,72x10-4 m³/s

J = 0,000824 x (0,000972^1,75) / (0,021^4,75) = J = 0,4109 m/m

Perda de carga unitária (Tubo rugoso ¾”)

Para Q=4,16x10-4 m³/s

J = 0,15/1,36 = J = 0,1103 m/m

Para Q=6,94x10-4 m³/s

J = 0,45/1,36 = J = 0,3309 m/m

Para Q=9,72x10-4 m³/s

J = 0,80/1,36 = J = 0,5882 m/m

Perda de carga localizadas (Cota1 – Cota2)

Conexão 1:

Para Q=4,16x10-4 m³/s

∆H = 583-532 = 51mm => 0,051m

Para Q=6,94x10-4 m³/s

∆H = 729-623 = 106mm => 0,106m

Para Q=9,72x10-4 m³/s

∆H = 945-745 = 200mm => 0,200m

Comprimento Equivalente (Cota 1 – Cota2) (Le = ∆H/J)

Para Q=4,16x10-4 m³/s

Le = 0,051/0,0735 = 0,6938m

Para Q=6,94x10-4 m³/s


Le = 0,106/0,1471 = 0,7206m

Para Q=9,72x10-4 m³/s

Le = 0,200/0,3676 = 0,5441m

Perda de carga localizadas (Cota2 – Cota3)

Conexão 2:

Para Q=4,16x10-4 m³/s

∆H = 532-498 = 34mm => 0,034m

Para Q=6,94x10-4 m³/s

∆H = 623-549 = 74mm => 0,074m

Para Q=9,72x10-4 m³/s

∆H = 745-598 = 147mm => 0,147m

Comprimento Equivalente (Cota2 – Cota3) (Le = ∆H/J)

Para Q=4,16x10-4 m³/s

Le = 0,034/0,0735 = 0,4626m

Para Q=6,94x10-4 m³/s

Le = 0,074/0,1471 = 0,5031m

Para Q=9,72x10-4 m³/s

Le = 0,147/0,3676 = 0,3999m
TUBO LISO 3/4"

PERDA DE
PERDA DE
PERDA DE CARGA
Diâmetro COMPRIMENTO VAZAO CARGA
CARGA TOTAL UNITARIA
(mm) (L) (m) (m3/S) UNITARIA
(∆H) (m) (J) (m/m)
(J) (m/m)
FLAMANT

21 1,36 0,000416 0,1 0,0735 0,093


21 1,36 0,000694 0,2 0,1471 0,2279
21 1,36 0,000972 0,5 0,3676 0,4109
Tabela 1 – Tubo liso ¾”

TUBO RUGOSO 3/4"

PERDA DE
Diâmetro COMPRIMENTO VAZAO PERDA DE CARGA TOTAL CARGA
(mm) (L) (m) (m3/S) (∆H) (m) UNITARIA (J)
(m/m)
21 1,36 0,000416 0,15 0,1103
21 1,36 0,000694 0,45 0,3309
21 1,36 0,000972 0,8 0,5882
Tabela 2 – Tubo Rugoso ¾”

JOELHO 45º CURVA DE 90º


Diâmetro (mm): 21 Diâmetro (mm): 21
PERDA DE COMPRIMENT PERDA DE
COMPRIMENTO
VAZAO CARGA O VAZAO CARGA
EQUIVALENTE
(m3/S) LOCALIZAD EQUIVALENTE (m3/S) LOCALIZAD
(Le=∆H/J) (m)
A (∆H) (m) (Le=∆H/J) (m) A (∆H) (m)

0,000416 0,051 0,6938 0,000416 0,034 0,4626


0,000694 0,106 0,7206 0,000694 0,074 0,5031
0,000972 0,2 0,5441 0,000972 0,147 0,3999
Tabela 3 – Joelho de 45º Tabela 4 – Curva de 90º

Conclusão

Os fluídos estão presentes no nosso dia a dia e suas propriedades são variadas. Com o objetivo de
entender o comportamento dos fluídos, mais especificamente o escoamento de fluídos incompressíveis
e sua perda de carga.Existem várias características que interferem na perda de carga, como o tipo do
tubo, o diâmetro, entre outros fatores. Um tubo rugoso tem a perda de carga maior do que um tubo
liso, por conta do atrito resultante em seu interior, isso pode ser comparado ao escoamento superficial,
onde a agua percorre um trecho cimentado (liso) e outro de pedra com a superfície irregular (rugoso),
no trecho liso ela tem menos atrito com a superfície, causando pouca perda de energia dinâmica,
diferente do que ocorre no trecho rugoso.

Existe também a perda de carga localizada, que é calculada quando a peças especiais (Válvula,
registro, medidor de pressão) ou conexões (ampliações reduções, cotovelo, joelho, tês) no sistema,
onde estas devido sua forma geométrica, elevam a turbulência dentro do conduto, resultando em
perdas de cargas, o que pode ser observado na tabela construída sobre a perda de cargas localizada de
joelho de 45º e curva de 90º.
Referências

http://www.labtrix.com.br/bancada-didatica/fluidos-e-hidraulica/xl26.1-bancada-de-mecanica-dos-
fluidos-com-aquisicao-de-dados

http://www.esalq.usp.br/departamentos/leb/disciplinas/Fernando/leb472/Aula_7/Perda_de_carga_Man
uel%20Barral.pdf

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