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SUMÁRIO
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1. CULPABILIDADE .......................................................................................... 3
1.1. Conceito ................................................................................................... 3
1.2. Teorias ..................................................................................................... 3
1.2.1. Teoria psicológica ..................................................................................... 3
1.2.2. Teoria normativa ou psicológico-normativa .................................................. 3
1.2.3. Teoria extremada da culpabilidade (normativa pura) ..................................... 4
1.2.4. Teoria limitada da culpabilidade.................................................................. 4
1.3. Elementos ................................................................................................ 5
1.3.1. Imputabilidade penal ................................................................................ 6
1.3.1.1. Menor de 18 anos .................................................................................. 7
1.3.1.2. Doença mental e Desenvolvimento mental incompleto ou retardado ............. 8
1.3.1.3. Embriaguez .......................................................................................... 8
1.3.2. Potencial consciência da ilicitude ................................................................ 9
1.3.3. Exigibilidade de conduta diversa ............................................................... 10
2. ERRO ......................................................................................................... 11
2.1. Erro de tipo essencial ............................................................................. 11
2.2. Erro de tipo acidental ............................................................................. 14
2.2.1. Erro sobre a pessoa (error in persona) ...................................................... 14
2.2.2. Erro sobre o nexo causal ......................................................................... 14
2.2.2.1. Erro sobre o nexo causal em sentido estrito ............................................ 14
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3.1. Introdução ............................................................................................. 21
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3.2. Causas de extinção da punibilidade diversas da prescrição .................... 22
3.3. Prescrição .............................................................................................. 25
3.3.1. Prescrição da pretensão punitiva .............................................................. 25
3.3.2. Prescrição da pretensão executória ........................................................... 31
3.3.3. Disposições importantes sobre a prescrição................................................ 33
4. EXERCÍCIOS DA AULA ............................................................................... 34
5. EXERCÍCIOS COMENTADOS ....................................................................... 48
6. GABARITO ................................................................................................. 80
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Olá, meus amigos!
Bons estudos!
Prof. Renan Araujo
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1.! CULPABILIDADE !
1.1.! Conceito
A culpabilidade nada mais é que o juízo de reprovabilidade acerca
da conduta do agente, considerando-se suas circunstâncias
pessoais.1
Diferentemente do que ocorre nos dois primeiros elementos (fato
típico e ilicitude), onde se analisa o fato, na culpabilidade o objeto de
estudo não é o fato, mas o agente. Daí alguns doutrinadores
entenderem que a culpabilidade não integra o crime (por não estar
relacionada ao fato criminoso, mas ao agente). Entretanto, vamos
trabalhá-la como elemento do crime.
1.2.! Teorias
Três teorias existem acerca da culpabilidade:
!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!
1
BITENCOURT, Op. cit., p. 451/452
2
BITENCOURT, Op. cit., p. 447
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1.2.3.! Teoria extremada da culpabilidade (normativa pura) !
PERMISSIVO).3
•! Erro sobre a existência ou limites jurídicos de uma causa de
justificação (erro sobre a ilicitude da conduta) – Neste caso, tal
teoria defende que devam ser aplicadas as mesmas regras previstas
para o erro de PROIBIÇÃO, por se assemelhar à conduta daquele que
age consciência da ilicitude.
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Assim, em linhas gerais, podemos esquematizar da seguinte forma: !
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TEORIAS DA 789:;<!=>;?9≅ΑΒ;?9Χ
CULPABILIDADE ∆9:Ε<7;Φ<
789:;<!8Γ7:8Ε<Η<
TEORIA
NORMATIVA
PURA
TEORIA ADOTADA
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LIMITADA PELO CP
1.3.! Elementos
!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!
4
O dolo natural (a mera vontade e consciência de praticar a conduta definida como crime)
migra, portanto, para o fato típico, como elemento integrante da conduta.
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1.3.1.! Imputabilidade penal !
crime Marcelo era imputável (ainda que não fosse imputável no começo,
a partir de um dado momento passou a ser imputável, respondendo pelo
delito).
!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!
5
BITENCOURT, Op. cit., p. 474.
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Redução de pena !
Parágrafo único - A pena pode ser reduzida de um a dois terços, se o agente,
em virtude de perturbação de saúde mental ou por desenvolvimento mental
incompleto ou retardado não era inteiramente capaz de entender o
caráter ilícito do fato ou de determinar-se de acordo com esse
entendimento. (Redação dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)
Menores de dezoito anos
Art. 27 - Os menores de 18 (dezoito) anos são penalmente
inimputáveis, ficando sujeitos às normas estabelecidas na legislação
especial. (Redação dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)
Emoção e paixão
Art. 28 - Não excluem a imputabilidade penal: (Redação dada pela Lei nº 7.209,
de 11.7.1984)
I - a emoção ou a paixão; (Redação dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)
Embriaguez
II - a embriaguez, voluntária ou culposa, pelo álcool ou substância de efeitos
análogos.(Redação dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)
§ 1º - É isento de pena o agente que, por embriaguez completa, proveniente
de caso fortuito ou força maior, era, ao tempo da ação ou da omissão,
inteiramente incapaz de entender o caráter ilícito do fato ou de
determinar-se de acordo com esse entendimento.(Redação dada pela Lei
nº 7.209, de 11.7.1984)
§ 2º - A pena pode ser reduzida de um a dois terços, se o agente, por
embriaguez, proveniente de caso fortuito ou força maior, não possuía,
ao tempo da ação ou da omissão, a plena capacidade de entender o
caráter ilícito do fato ou de determinar-se de acordo com esse
entendimento. (Redação dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)
semi-imputabilidade.
Vamos explicar as hipóteses de inimputabilidade:
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1.3.1.2.! Doença mental e Desenvolvimento mental incompleto ou !
retardado
No caso dos doentes mentais, deve-se analisar se o agente era
inteiramente incapaz de entender o caráter ilícito da conduta ou se era
parcialmente incapaz disso. No primeiro caso, será inimputável, ou seja,
isento de pena. No segundo caso, será semi-imputável, e será aplicada
pena, porém, reduzida de um a dois terços.
Lembrando que o art. 26 do CP exige, para fins de inimputabilidade
por este motivo:
•! Que o agente possua a doença (critério biológico)
•! Que o agente seja inteiramente incapaz de entender o
caráter ilícito do fato OU inteiramente incapaz de
determinar-se conforme este entendimento (critério
psicológico)
1.3.1.3.! Embriaguez
Segundo o CP, a embriaguez não é uma hipótese de
inimputabilidade, salvo se decorrente de caso fortuito ou força
maior (E mesmo assim, deve ser completa e retirar totalmente a
capacidade de discernimento do agente).
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EXEMPLO: Imaginem que Luciana é embriagada por Carlos (que coloca
álcool em seus drinks). Sem saber, Luciana ingere as bebidas alcoólicas
e comete crime. Nesse caso, Poliana poderá ser inimputável ou semi-
imputável, a depender de seu nível de discernimento quando da prática
da conduta.
Voluntária
Não excluem a
Culposa imputabilidade
COMPLETA – agente
é inimputável
Acidental (caso fortuito ou força maior)
PARCIAL – agente é
semi-imputável
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!! Escusável – Nesse caso, era impossível àquele agente, naquele !
caso concreto, saber que sua conduta era contrária ao Direito
Penal. Nesse caso, exclui-se a culpabilidade e o agente é isento
de pena.
!! Inescusável – Nesse caso, o erro do agente quanto à proibição
da conduta não é tão perdoável, pois era possível, mediante
algum esforço, entender que se tratava de conduta penalmente
ilícita. Assim, permanece a culpabilidade, respondendo
pelo crime, com pena diminuída de um sexto a um terço
(conforme o grau de possibilidade de conhecimento da ilicitude).
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CUIDADO! Nesse caso, só se aplica aos funcionários públicos, não
aos particulares!
2.! ERRO
2.1.! Erro de tipo essencial
Sabemos que o crime, em seu conceito analítico, é formado
basicamente por três elementos: fato típico (para alguns, tipicidade, mas a
nomenclatura aqui é irrelevante), ilicitude e culpabilidade.
Quando o agente comete um fato que se amolda perfeitamente à
conduta descrita no tipo penal (direta ou indiretamente), temos um fato
típico e, como disse, estará presente, portanto, a tipicidade.
Pode ocorrer, entretanto, que o agente pratique um fato típico por
equívoco! Isso mesmo! O agente pratica um fato considerado típico,
mas o faz por ter incidido em erro sobre algum de seus elementos.
O erro de tipo é a representação errônea da realidade, na qual
o agente acredita não se verificar a presença de um dos elementos
essenciais que compõem o tipo penal.
EXEMPLO: Imaginemos o crime de desacato:
Art. 331 - Desacatar funcionário público no exercício da função ou em razão
dela:
Pena - detenção, de seis meses a dois anos, ou multa.
Imaginemos que o agente desconhecesse a condição de funcionário
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público da vítima. Nesse caso, houve erro de tipo, pois o agente incidiu
em erro sobre elemento essencial do tipo penal.
!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!
7
BITENCOURT, Op. cit., p. 512
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incidiu em erro de tipo, pois errou na representação da realidade fática!
acerca de elemento que constituía o tipo penal. Ou seja, não identificou
que a vítima era sua filha, elemento este que faria surgir seu dever de
intervir.
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sabia que essa bolsa era de “B”, que estava olhando revistas !
distraída, tendo sua bolsa sido levada por outra pessoa no
momento em que saiu da loja pela primeira vez. Nesse caso,
“A” não tinha como imaginar que alguém, em tão pouco tempo,
haveria roubado sua bolsa e que outra pessoa deixaria no
mesmo lugar uma bolsa idêntica. Nesse caso, “A” incorreu
em erro de tipo escusável, pois não poderia, com um
exercício mental razoável, saber que aquela não era sua
bolsa.
•! Inescusável – Ocorre quando o agente incorre em erro sobre
elemento essencial do tipo, mas poderia, mediante um
esforço mental razoável, não ter agido desta forma.
Exemplo: Imaginemos que Marcelo esteja numa repartição
pública e acabe por desacatar funcionário público que lá estava.
Marcelo não sabia que se tratava de funcionário público, mas
mediante esforço mental mínimo poderia ter chegado a esta
conclusão, analisando a postura da pessoa com quem falava e
o que a pessoa fazia no local. Assim, Marcelo incorreu em erro
de tipo inescusável, e responderia por crime culposo, caso
houvesse previsão de desacato culposo (não há).
Assim, lembrem-se:
<)∃−&∃!+,/∃&∃!,!Μ(&,!
&ΝΟ∗+,!Ο,∋!∗−+∗Π∗∋!∃/!
∃∋∋,!%,0∋∃!./!Π,%!
8::9!Η8!
∃Θ∃/∃−&,%!Ρ.∃!
+,/ΟΣ∃/!,!&∗Ο,!Ο∃−(Θ!
7;=9!
Pode ser que se utilize o termo “Erro sobre elemento constitutivo
do tipo penal”. Eu prefiro essa nomenclatura, mas ela não é utilizada
sempre.
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ele na verdade quer dizer que “matar alguém é crime, exceto se houver!
alguma causa de justificação”.
Esta é uma teoria que conta com alguns adeptos e, independentemente
disso, o fato é que o termo “erro de tipo permissivo” é largamente
utilizado e, portanto, digno de nota!
!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!
10
GOMES, Luiz Flavio. BIANCHINI, Alice. Op. cit., p. 376
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O agente responde pelo que efetivamente ocorreu (morte por !
afogamento).11
Ex.: José deseja matar Maria. Sabendo que Maria usa seu carro
todas as manhãs para ir ao trabalho, coloca uma bomba no veículo, que
será acionada assim que for dada a partida no carro. Maria, contudo, não
!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!
11
Por todos, GOMES, Luiz Flavio. BIANCHINI, Alice. Curso de Direito Penal. JusPodivm.
Salvador, 2015, p. 380
12
GRECO, Rogério. Curso de Direito Penal. Volume 1. Ed. Impetus. Niterói-RJ, 2015, p.
360
13
Doutrina minoritária (mas muito importante) sustenta que o agente deva responder por
dois crimes em concurso: homicídio doloso tentado (primeira conduta) + homicídio culposo
consumado (segunda conduta). Trata-se da adoção da teoria do desdobramento.
14
GOMES, Luiz Flavio. BIANCHINI, Alice. Curso de Direito Penal. JusPodivm. Salvador,
2015, p. 380/381
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usa o carro naquele dia, e quem acaba ligando o veículo é seu marido,!
que vem a falecer em razão da bomba. Vejam que, aqui, o agente não
errou na hora de executar o ato criminoso, mas acabou atingindo pessoa
diversa em razão de acidente no curso da empreitada criminosa.
!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!
15
Art. 73 - Quando, por acidente ou erro no uso dos meios de execução, o agente, ao invés
de atingir a pessoa que pretendia ofender, atinge pessoa diversa, responde como se
tivesse praticado o crime contra aquela, atendendo-se ao disposto no § 3º do art. 20 deste
Código. No caso de ser também atingida a pessoa que o agente pretendia ofender, aplica-
se a regra do art. 70 deste Código.(Redação dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)
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16
GOMES, Luiz Flavio. BIANCHINI, Alice. Op. cit., p. 379
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Ex.: Determinado médico, querendo a morte do paciente, entrega à
enfermeira (dolosamente) uma dose de veneno, e a induz a ministra-lo
ao paciente, alegando tratar-se de um sedativo. A enfermeira, sem saber
do que se trata, confiando no médico, ministra o veneno. O paciente
morre. Neste caso, somente o médico (aquele que provocou o erro)
responde pelo homicídio (neste caso, doloso).
A enfermeira, em regra, não responde por crime algum, salvo se
ficar demonstrado que agiu de forma negligente (por exemplo, se tinha
plenas condições de saber que se tratava de veneno, ou se podia
desconfiar das intenções do médico, etc.).
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II - quem acha coisa alheia perdida e dela se apropria, total ou!
parcialmente, deixando de restituí-la ao dono ou legítimo possuidor ou de
entregá-la à autoridade competente, dentro no prazo de 15 (quinze) dias.
<)∃−&∃!+,/∃&∃!,!Μ(&,!−Τ,!
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O erro de proibição pode ser direto (que é a hipótese mencionada) ou
indireto. O erro de proibição indireto ocorre quando o agente atua
acreditando que existe uma causa de justificação que o ampare.
Contudo, não confundam o erro de proibição indireto com o erro de tipo
permissivo. Ambos se referem à existência de uma causa de justificação
(excludente de ilicitude), mas há uma diferença fundamental entre eles:
•! Erro de tipo permissivo – O agente atua acreditando que, no
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17
Não se exige que o agente conheça EXATAMENTE a tipificação penal de sua conduta,
bastando que ele saiba que sua conduta é ilícita. Assim, se o agente pratica uma
determinada conduta que sabe ser ilícita (embora não saiba a qual crime se refere), NÃO
HÁ ERRO DE PROIBIÇÃO. Haveria, aqui, o que se chama de “erro de subsunção”, que é
irrelevante para fins de determinação da responsabilidade penal do agente. Isso ocorre
porque não se exige do agente que saiba EXATAMENTE a que tipo penal corresponde sua
conduta. Basta que se verifique ser possível ao agente, de acordo com suas características
pessoas e sociais, saber que sua conduta é ilícita (Isso é o que se chama de VALORAÇÃO
PARALELA NA ESFERA DO PROFANO, OU DO LEIGO).
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acreditava tratar-se de um ladrão (acreditava que as !
circunstâncias fáticas autorizariam agir em legítima defesa).
•! Erro de proibição indireto – O agente atua acreditando que
existe, EM ABSTRATO, alguma descriminante (causa de
justificação) que autorize sua conduta. Trata-se de erro
sobre a existência e/ou limites de uma causa de justificação em
abstrato. Erro, portanto, sobre o ordenamento jurídico18. Ex.:
José encontra-se num barco que está a naufragar. Como possui
muitos pertences, precisa de dois botes, um para se salvar e
outro para salvar seus bens. Contudo, Marcelo também está no
barco e precisa salvar sua vida. José, no entanto, agride Marcelo,
impedindo-o de entrar no segundo bote, já que tinha a intenção
de utilizá-lo para proteger seus bens. Neste caso, José não
representou erroneamente a realidade fática (sabia exatamente
o que estava se passando). José, conduta, errou quanto aos
limites da causa de justificação (estado de necessidade), que
não autoriza o sacrifício de um bem maior (vida de Marcelo) para
proteger um bem menor (pertences de José).
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sabe que o CRIME DE DANO CULPOSO NÃO EXISTE. Portanto, há,!
aqui, DELITO PUTATIVO.
3.1.! Introdução
Quando alguém comete um fato definido como crime, surge para o
Estado o poder-dever de punir. Esse direito de punir chama-se ius puniendi.
Em regra, todo fato típico, ilícito e praticado por agente culpável, é
punível. No entanto, o exercício do ius puniendi encontra limitações de
diversas ordens, sendo a principal delas a limitação temporal (prescrição).
Desta forma, o Estado deve exercer o ius puniendi da maneira prevista
na lei (através do manejo da Ação Penal no processo penal), bem como
deve fazê-lo no prazo legal.
Para o nosso estudo interessam mais as hipóteses de extinção da
punibilidade. Vamos analisá-las então!
O art. 107 do CP prevê que:
Art. 107 - Extingue-se a punibilidade: (Redação dada pela Lei nº 7.209, de
11.7.1984)
I - pela morte do agente; 71876141107
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3.2.! Causas de extinção da punibilidade diversas da prescrição!
O primeiro caso é bem simples. Falecendo o agente, extingue-se a
punibilidade do crime, pois, como vimos, no Direito Penal vigora o princípio
da intranscendência da pena, ou seja, a pena não pode passar da
pessoa do criminoso. Assim, com a morte deste, cessa o direito de punir
do Estado.
A anistia, a graça e o indulto são modalidades muito parecidas de
extinção da punibilidade. Entretanto, não se confundem.
A anistia exclui o próprio crime, ou seja, o Estado determina que
as condutas praticadas (já praticadas, ou seja, fatos consumados) pelos
agentes não sejam consideradas crimes. A anistia pode ser concedida pelo
Poder Legislativo, e pode ser conferida a qualquer momento (inclusive após
a sentença penal condenatória transitada em julgado).
EXEMPLO: Determinados policiais militares resolvem fazer greve por
melhores salários, condições de trabalho, etc. Na greve, fazem piquetes,
acabam coagindo colegas, etc. Tais pessoas estarão praticando crime.
Contudo, posteriormente, o Poder Legislativo verifica que são pessoas
boas, que agiram no impulso, compelidas pela precária situação da
Corporação e, portanto, decide ANISTIÁ-LOS, ou seja, o Poder Público irá
“esquecer” que tais crimes foram praticados (aqueles crimes praticados
naquelas circunstâncias, ou seja, somente aqueles ali mesmo!).
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não foi “esquecido” pelo Estado. Houve apenas a extinção da punibilidade!
em relação a alguns infratores. Assim, a ANISTIA atinge o FATO (e
por via reflexa, a punibilidade). A graça e o indulto atingem
DIRETAMENTE A PUNIBILIDADE.
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que a sanção penal se torne desnecessária. (Incluído pela Lei nº 6.416, de !
24.5.1977)
Então, nesse caso, ocorrendo o perdão judicial, também estará extinta
a punibilidade. Além disso, o art. 120 do CP diz que se houver o perdão
judicial, esta sentença que concede o perdão judicial não é considerada
para fins de reincidência (apesar de ser uma sentença condenatória).
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Art. 60. Nos casos em que somente se procede mediante queixa, considerar- !
se-á perempta a ação penal:
I - quando, iniciada esta, o querelante deixar de promover o andamento do
processo durante 30 dias seguidos;
II - quando, falecendo o querelante, ou sobrevindo sua incapacidade, não
comparecer em juízo, para prosseguir no processo, dentro do prazo de 60
(sessenta) dias, qualquer das pessoas a quem couber fazê-lo, ressalvado o
disposto no art. 36;
III - quando o querelante deixar de comparecer, sem motivo justificado, a
qualquer ato do processo a que deva estar presente, ou deixar de formular o
pedido de condenação nas alegações finais;
IV - quando, sendo o querelante pessoa jurídica, esta se extinguir sem deixar
sucessor.!
3.3.! Prescrição
Enfim, a clássica e mais comum hipótese de extinção da punibilidade:
a PRESCRIÇÃO. A prescrição é a perda do poder de exercer um direito em
razão da inércia do seu titular. Ou seja, é o famoso “camarão que dorme
a onda leva”.
A prescrição pode ser dividida basicamente em duas espécies:
Prescrição da pretensão punitiva e prescrição da pretensão
executória.
A primeira pode ocorrer quando ainda não há sentença penal
condenatória transitada em julgado, e a segunda pode ocorrer
somente depois de já haver sentença penal condenatória transitada
em julgado. Vamos estudá-las em tópicos separados.
109 do CP:
Art. 109. A prescrição, antes de transitar em julgado a sentença final, salvo o
disposto no § 1o do art. 110 deste Código, regula-se pelo máximo da pena
privativa de liberdade cominada ao crime, verificando-se: (Redação dada pela
Lei nº 12.234, de 2010).
I - em vinte anos, se o máximo da pena é superior a doze;
II - em dezesseis anos, se o máximo da pena é superior a oito anos e não
excede a doze;
III - em doze anos, se o máximo da pena é superior a quatro anos e não excede
a oito;
IV - em oito anos, se o máximo da pena é superior a dois anos e não excede a
quatro;
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V - em quatro anos, se o máximo da pena é igual a um ano ou, sendo superior, !
não excede a dois;
VI - em 3 (três) anos, se o máximo da pena é inferior a 1 (um) ano. (Redação
dada pela Lei nº 12.234, de 2010).
Prescrição das penas restritivas de direito
Parágrafo único - Aplicam-se às penas restritivas de direito os mesmos
prazos previstos para as privativas de liberdade. (Redação dada pela
Lei nº 7.209, de 11.7.1984)
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a pena está num patamar razoável. A defesa, porém, recorre da sentença. !
Neste caso nós temos o chamado “trânsito em julgado para a acusação”,
ou seja, somente a defesa pode “se dar bem” daqui pra frente, já que
quando o Tribunal for apreciar o recurso de apelação não poderá prejudicar
o réu (recorrente), pelo princípio da non reformatio in pejus.
Bom, considerando o exemplo acima, como a defesa não pode ser
prejudicada no julgamento de seu recurso, podemos chegar à conclusão de
que o máximo de pena que José irá receber será 06 anos (a pena atual). A
partir deste momento o prazo prescricional passa a ser calculado tendo
como base esta pena aplicada (e não mais a pena máxima em abstrato).
Vejam que há uma implicação prática: Neste caso, o prazo
prescricional diminui consideravelmente: Antes, o prazo prescricional
(ordinário) era de 12 anos (pois a pena máxima é de 20 anos). Agora, o
prazo prescricional a ser considerado (intercorrente) será de 12
anos (pois a pena aplicada é de 06 anos. Está entre 04 e 08, nos termos
do art. 109, III do CP).
Vejamos o art. 110, §1º do CP:
Art. 110 (...)
§ 1º A prescrição, depois da sentença condenatória com trânsito em julgado
para a acusação ou depois de improvido seu recurso, regula-se pela pena
aplicada, não podendo, em nenhuma hipótese, ter por termo inicial data
anterior à da denúncia ou queixa. (Redação dada pela Lei nº 12.234, de 2010).!
Vejamos o esquema:
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RETROATIVA (ou seja, aquela calculada com base na pena aplicada) entre
a data do fato e a data do recebimento da denúncia ou queixa. Nada
impede, porém, que nesse lapso temporal ocorra a prescrição da pretensão
punitiva ordinária (ou comum).
CUIDADO! Tal previsão (vedação à prescrição retroativa tendo como
marco inicial data anterior ao recebimento da denúncia ou queixa) é
muito prejudicial ao réu, pois lhe retira uma possibilidade de ver sua
punibilidade extinta. Desta forma, NÃO poderá retroagir para alcançar
crimes praticados ANTES de sua entrada em vigora (Em 2010). Assim,
aos crimes praticados ANTES da Lei 12.234/10, é possível
aplicarmos a prescrição retroativa entre a data da consumação do delito
e o recebimento da denúncia ou queixa.
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!
Vou utilizar um caso exemplificativo para que possamos esclarecer as
diversas hipóteses de prescrição da pretensão punitiva:
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•! Publicação da sentença ou acórdão condenatórios !
recorríveis
•! Início ou continuação do cumprimento da pena
•! Reincidência
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Assim, na hipótese do crime de homicídio, conforme o exemplo dado !
anteriormente, antes de transitar em julgado a sentença condenatória, o
prazo prescricional é regulado pela pena máxima cominada ao crime em
abstrato, de acordo com a tabelinha do art. 109 do CP. Após o trânsito
em julgado, o parâmetro utilizado pela lei para o cálculo do prazo
prescricional deixa de ser a pena máxima prevista e passa a ser a
pena efetivamente aplicada.
Assim, se no crime de homicídio simples, que tem pena prevista de 06
a 20 anos, o agente for condenado a apenas 06 (seis) anos de reclusão, o
prazo prescricional passa a ser de apenas 12 (doze) anos, nos termos do
art. 109, III do CP.
O art. 112 do CP estabelece o marco inicial (termo a quo) do prazo
prescricional da pretensão executória:
Art. 112 - No caso do art. 110 deste Código, a prescrição começa a correr:
(Redação dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)
I - do dia em que transita em julgado a sentença condenatória, para a
acusação, ou a que revoga a suspensão condicional da pena ou o livramento
condicional; (Redação dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)
II - do dia em que se interrompe a execução, salvo quando o tempo da
interrupção deva computar-se na pena. (Redação dada pela Lei nº 7.209, de
11.7.1984)
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Contudo, apesar de reconhecer que o termo inicial da prescrição da !
pretensão executória ocorre com o trânsito em julgado para a acusação, o
STJ decidiu que antes de haver o trânsito em julgado para AMBAS AS
PARTES a prescrição da pretensão executória NÃO PODE SER
RECONHECIDA.
Resumidamente: O prazo prescricional começa a correr com o
trânsito em julgado para a acusação, mas eventual reconhecimento da
efetiva ocorrência da prescrição (executória) somente terá
cabimento APÓS o trânsito em julgado para ambas as partes.
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aplicáveis aos adolescentes). Vejamos a SÚMULA 338 DO STJ: “a!
prescrição penal é aplicável nas medidas sócio-educativas”.
Bons estudos!
Prof. Renan Araujo
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a) A prescrição da pena de multa ocorrerá no prazo de um (1) ano. !
b) Seus prazos serão reduzidos pela metade, caso o réu seja idoso (idade
superior a 60 anos).
c) Em caso de evasão do condenado, seu prazo se regula pelo tempo
restante da pena.
d) Antes do trânsito em julgado da sentença final não corre prazo de
prescrição.
e) Nos crimes tentados, começa a correr da data do início da atividade
criminosa.
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b) culpabilidade, por inimputabilidade. !
c) culpabilidade, por não exigibilidade de conduta diversa.
d) tipicidade.
e) culpabilidade, por impossibilidade de conhecimento da ilicitude.
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a) não suprime a imputabilidade penal, mas diminui a capacidade de !
entendimento gerando uma causa geral de diminuição de pena.
b) não exclui, nem diminui, a imputabilidade penal, não operando qualquer
efeito na aplicação da pena.
c) é hipótese de elisão da imputabilidade penal porque afeta a capacidade
de compreensão, tornando o agente isento de pena.
d) não exclui, nem diminui, a imputabilidade penal, servindo como
circunstância agravante.
e) embora não suprima a imputabilidade penal, é censurável, e serve como
circunstância agravante.
c) o indulto natalino.
d) a prescrição antecipada.
e) o perdão judicial, em crime culposo.
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e) perdão judicial, na apropriação indébita previdenciária. !
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E) decadência e prescrição. !
C) ilicitude.
D) tipicidade.
E) punibilidade.
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D) antijuridicidade !
E) culpabilidade
JUDICIÁRIA)
De acordo com o Código Penal NÃO é causa de extinção da punibilidade a
A) reparação do dano posterior à sentença irrecorrível no crime de peculato
culposo.
B) morte do agente.
C) anistia.
D) prescrição.
E) retroatividade de lei que não mais considera o fato como criminoso.
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(98∆Ε∋#7Α;Α∋∗9;ΦΓ8∋,∋∗ΦΗ;∋2Ι! !
A) a concessão de anistia é atribuição exclusiva do Presidente da República. !
B) o dia do começo inclui-se no cômputo do prazo da decadência.
C) são previstas exclusivamente na parte geral do Código Penal.
D) a concessão do indulto restabelece a condição de primário do
beneficiado.
E) é cabível o perdão judicial em qualquer crime.
C) a embriaguez fortuita.
D) o estrito cumprimento do dever legal.
E) o exercício regular de direito.
(98∆Ε#7Α;Α∋∗9;ΦΓ8∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∀∀∀#∃%&∋(&∃)∗(+,−+.∋%,%#+,/#0∋!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!∀#∃%&∋!51!()!21!
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(98∆Ε∋#7Α;Α∋∗9;ΦΓ8∋,∋∗ΦΗ;∋2Ι! !
D) não isenta o réu de pena, nem possibilita a atenuação da pena. !
E) exclui a ilicitude do fato.
C) I, III e IV.
D) II e III.
E) II e IV.
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(98∆Ε∋#7Α;Α∋∗9;ΦΓ8∋,∋∗ΦΗ;∋2Ι! !
E) conduta. !
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(98∆Ε∋#7Α;Α∋∗9;ΦΓ8∋,∋∗ΦΗ;∋2Ι! !
e) exclui o dolo, mas permite a punção por crime culposo, se previsto em !
lei.
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(98∆Ε∋#7Α;Α∋∗9;ΦΓ8∋,∋∗ΦΗ;∋2Ι! !
e) o erro sobre a ilicitude do fato. !
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(98∆Ε∋#7Α;Α∋∗9;ΦΓ8∋,∋∗ΦΗ;∋2Ι! !
!
40.! (FCC - 2013 - TJ-PE - JUIZ)
A coação moral irresistível e a obediência hierárquica excluem a
a) tipicidade e a culpabilidade, respectivamente.
b) tipicidade.
c) culpabilidade.
d) culpabilidade e a tipicidade, respectivamente.
e) punibilidade e a ilicitude, respectivamente.
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(98∆Ε∋#7Α;Α∋∗9;ΦΓ8∋,∋∗ΦΗ;∋2Ι! !
transitou em julgado para ambas as partes em 20 de julho de 2010. Foi !
expedido mandado de prisão e Felipe nunca veio a ser preso.
Considerando a questão fática, assinale a afirmativa correta.
a) A extinção da punibilidade pela prescrição da pretensão executória
ocorrerá em 20 de julho de 2016.
b) A extinção da punibilidade pela prescrição da pretensão executória
ocorreu em 20 de julho de 2014.
c) A extinção da punibilidade pela prescrição da pretensão executória
ocorrerá em 20 de julho de 2022.
d) A extinção da punibilidade pela prescrição da pretensão executória
ocorrerá em 20 de novembro de 2015.
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pena é superior a quatro e não excede a oito anos e em 4 (quatro) anos se !
o máximo da pena é igual a um ano ou, sendo superior, não exceda a dois,
com base na situação apresentada, é correto afirmar que
a) não houve prescrição da pretensão punitiva nem prescrição da pretensão
executória, pois desde a publicação da sentença não transcorreu lapso de
tempo superior a doze anos.
b) ocorreu prescrição da pretensão punitiva retroativa, pois, após a data
da publicação da sentença e a última data apresentada no enunciado,
transcorreu lapso de tempo superior a 4 anos.
c) ocorreu prescrição da pretensão punitiva superveniente, que pressupõe
o trânsito em julgado para a acusação e leva em conta a pena
concretamente imposta na sentença.
d) não houve prescrição da pretensão punitiva, pois, como ainda não
ocorreu o trânsito em julgado final, deve-se levar em conta a teoria da pior
hipótese, de modo que a prescrição, se houvesse, somente ocorreria doze
anos após a data do fato.
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(98∆Ε∋#7Α;Α∋∗9;ΦΓ8∋,∋∗ΦΗ;∋2Ι! !
b) é geral ou parcial, opera efeitos ex nunc, pode ocorrer depois da !
sentença final.
c) opera efeitos ex tunc, pode ser condicionada ou incondicionada,
geral ou parcial.
d) pode ser aplicada aos crimes de tortura.
e) atualmente pode ser aplicada aos crimes hediondos.
COMENTÁRIOS: A anistia pode ser concedida pelo Poder Legislativo, a
qualquer momento (inclusive após a sentença penal condenatória
transitada em julgado).
A anistia pode ser, ainda:
•! Irrestrita ou restrita – Será irrestrita quando se dirigir a todos
os agentes. Será restrita quando exigir do agente determinada
qualidade específica (ser primário, por exemplo).
•! Incondicionada ou condicionada – Será incondicionada
quando não impuser nenhuma condição. Será condicionada
quando impuser uma condição para sua validade (Como, por
exemplo, a reparação do dano causado).
•! Comum ou especial – A primeira é destinada a crimes comuns,
e a segunda é destinada a crimes políticos.
Por fim, a anistia possui efeitos EX TUNC, ou seja, efeitos que retroagem,
afetando o fato criminoso praticado, que passa a ser considerado
“anistiado” (perdoado).
Portanto, a ALTERNATIVA CORRETA É A LETRA C.
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COMENTÁRIOS: Das alternativas apresentadas, apenas a letra D é uma !
causa de inimputabilidade penal, nos termos do art. 26 do CP:
Art. 26 - É isento de pena o agente que, por doença mental ou desenvolvimento
mental incompleto ou retardado, era, ao tempo da ação ou da omissão,
inteiramente incapaz de entender o caráter ilícito do fato ou de determinar-se
de acordo com esse entendimento. (Redação dada pela Lei nº 7.209, de
11.7.1984)
As alternativas A e E estão erradas, pois dizem que o agente não era
“plenamente capaz” de entender o caráter ilícito do fato. Isso não gera
inimputabilidade penal. É necessário que o agente seja INTEIRAMENTE
INCAPAZ (0% de capacidade).
Portanto, a ALTERNATIVA CORRETA É A LETRA D.
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Portanto, a ALTERNATIVA CORRETA É A LETRA C. !
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Art. 28 - Não excluem a imputabilidade penal: (Redação dada pela Lei nº 7.209,!
de 11.7.1984)
(...)
§ 1º - É isento de pena o agente que, por embriaguez completa, proveniente
de caso fortuito ou força maior, era, ao tempo da ação ou da omissão,
inteiramente incapaz de entender o caráter ilícito do fato ou de determinar-se
de acordo com esse entendimento.(Redação dada pela Lei nº 7.209, de
11.7.1984)
§ 2º - A pena pode ser reduzida de um a dois terços, se o agente, por
embriaguez, proveniente de caso fortuito ou força maior, não possuía, ao
tempo da ação ou da omissão, a plena capacidade de entender o caráter ilícito
do fato ou de determinar-se de acordo com esse entendimento.(Redação dada
pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)
PORTANTO, A ALTERNATIVA CORRETA É A LETRA D.
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b) objetiva pura alemã, não considera as diversas situações !
subjetivas desencadeantes da embriaguez, e, por consequência,
não propicia a devida diferenciação entre seus variados graus de
reprovabilidade.
c) da actio libera in causa, não é facilmente extensível aos casos de
embriaguez não preordenada ou mesmo meramente culposa,
propiciando-se, eventualmente, situações de responsabilização
penal estritamente objetiva.
d) puramente normativa da culpabilidade (Welzel), esvazia o juízo
da consciência da ilicitude que, de efetivo e concreto, se torna
puramente exigível e potencial, respondendo o agente
indistintamente pelo crime, ainda que compreensivelmente não
tivesse condições ou razões reais para não se embriagar nas
circunstâncias em que o fato se deu.
e) monista temperada, acaba comportando situações graves de
impunidade, notadamente nos crimes cometidos com culpa
consciente e limítrofes ao dolo eventual.
COMENTÁRIOS: O item correto é o da letra C. Isso porque o Brasil adotou
a teoria da actio libera in causa, segundo a qual o agente deve ser punido
pelo crime praticado em estado de embriaguez se ele se colocou livremente
nessa situação (ainda que culposamente ou sem intenção de praticar
crimes). Tal teoria prega que embora não haja imputabilidade no momento
do crime, existia livre consciência no momento da embriaguez, ou seja, a
ação era consciente “na causa” (a embriaguez).
PORTANTO, A ALTERNATIVA CORRETA É A LETRA C.
c) antijuridicidade.
d) antijuridicidade e a culpabilidade, respectivamente.
e) culpabilidade.
COMENTÁRIOS: A inimputabilidade por doença mental ou em razão da
idade gera exclusão da culpabilidade, por ser a inimputabilidade um
elemento da culpabilidade que, por sua vez, é o terceiro elemento na
divisão analítica do crime.
PORTANTO, A ALTERNATIVA CORRETA É A LETRA E.
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Em matéria penal, a embriaguez incompleta, resultante de caso !
fortuito ou de força maior,
a) não suprime a imputabilidade penal, mas diminui a capacidade
de entendimento gerando uma causa geral de diminuição de pena.
b) não exclui, nem diminui, a imputabilidade penal, não operando
qualquer efeito na aplicação da pena.
c) é hipótese de elisão da imputabilidade penal porque afeta a
capacidade de compreensão, tornando o agente isento de pena.
d) não exclui, nem diminui, a imputabilidade penal, servindo como
circunstância agravante.
e) embora não suprima a imputabilidade penal, é censurável, e
serve como circunstância agravante.
COMENTÁRIOS: Tal embriaguez NÃO exclui a imputabilidade penal, pois
não é completa. Contudo, é causa de diminuição de pena. Vejamos:
Art. 28 (...)
§ 2º - A pena pode ser reduzida de um a dois terços, se o agente, por
embriaguez, proveniente de caso fortuito ou força maior, não possuía, ao
tempo da ação ou da omissão, a plena capacidade de entender o caráter ilícito
do fato ou de determinar-se de acordo com esse entendimento.(Redação dada
pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)
PORTANTO, A ALTERNATIVA CORRETA É A LETRA A.
perícia.
(E) a declaração, confissão e o pagamento espontâneos das
contribuições, valores, importâncias e informações devidas à
previdência social, na forma definida em lei ou regulamento, antes
do início da ação fiscal, na apropriação indébita previdenciária.
COMENTÁRIOS: A resposta da questão é letra B. Não há, na Lei Penal,
qualquer previsão de extinção da punibilidade pelo perdão judicial em
relação ao crime de peculato mediante erro de outrem.
Por outro lado, a previsão de extinção da punibilidade específica em relação
aos crimes contra a honra, pela retratação do agente, possui fundamento
nos arts. 107, VI c/c 143 do CP.
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A reparação integral do dano, no peculato culposo, também gera extinção !
da punibilidade, desde que seja anterior à sentença irrecorrível, nos termos
do art. 312, §3º do CP.
Da mesma forma, o art. 342, §2° do CP prevê que, em relação ao delito de
falso testemunho ou falsa perícia, caso o agente se retrate ou declare a
verdade antes da sentença, no próprio processo em que ocorreu o crime,
o fato deixa de ser punível (extinção da punibilidade).
Por fim, no crime de apropriação indébita previdenciária, a declaração,
confissão e o pagamento espontâneos das contribuições, valores,
importâncias e informações devidas à previdência social, na forma definida
em lei ou regulamento, antes do início da ação fiscal, gera a extinção da
punibilidade, conforme consta no art. 168-A, §2° do CP.
PORTANTO, A ALTERNATIVA CORRETA É A LETRA B.
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c) modalidade de prescrição da pretensão punitiva, é regulada pelo !
máximo da pena privativa de liberdade cominada ao crime, não
podendo ter por termo inicial data anterior à da denúncia ou queixa.
d) antes prevista como forma de prescrição da pretensão punitiva,
foi abolida por recente reforma legislativa.
e) modalidade de prescrição da pretensão punitiva, é regulada pela
pena aplicada e pode ocorrer entre o recebimento da denúncia e a
publicação da sentença condenatória transitada em julgado para a
acusação.
COMENTÁRIOS: A prescrição retroativa é modalidade de prescrição da
pretensão PUNITIVA. Trata-se de prescrição regulada pela pena APLICADA
e pode ocorrer entre o recebimento da denúncia e a publicação da sentença
condenatória transitada em julgado para a acusação, nos termos do art.
110, §1º do CP.
Portanto, a ALTERNATIVA CORRETA É A LETRA E.
!
15.! (FCC – 2005 – PGE/SE – PROCURADOR DE ESTADO)
A perda do direito de representar ou de oferecer queixa, em razão
do decurso do prazo fixado para o seu exercício, e o de continuar a
movimentar a ação penal privada, causada pela inércia processual
do querelante, configuram, respectivamente,
A) prescrição e perempção.
B) perempção e decadência.
C) prescrição e decadência.
D) decadência e perempção.
E) decadência e prescrição.
COMENTÁRIOS: A perda do direito de representar ou oferecer a queixa
ocorre pelo fenômeno da decadência, que ocorre quando o ofendido não
pratica o ato no prazo de seis meses a contar do dia em que teve ciência
da autoria do delito, nos termos do art. 38 do CPP. Por sua vez, a perda do
direito de prosseguir na ação penal em razão da inércia do querelante
71876141107
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C) a doença mental ou o desenvolvimento mental incompleto ou !
retardado, em função de não se poder exigir conduta diversa do
agente.
D) a menoridade, em virtude da impossibilidade de o agente
conhecer a ilicitude do fato.
E) a coação moral irresistível, em função de não se poder exigir
conduta diversa do agente.
COMENTÁRIOS:
A) ERRADA: Como vimos no art. 28, § 1° do CP a embriaguez fortuita
completa só exclui a culpabilidade quando o agente for inteiramente
incapaz de compreender o caráter ilícito da conduta ou de determinar-se
conforme este entendimento, consequência esta que é possível, mas não
inerente à embriaguez completa.
B) ERRADA: Pois nem sempre o erro sobre a ilicitude exclui a culpabilidade.
Esse erro deverá ser escusável. Mais, ainda que exclua a culpabilidade, não
será por falta de imputabilidade, mas por ausência de potencial consciência
da ilicitude. CUIDADO!
C) ERRADA: A simples presença da doença não exclui a culpabilidade. Como
vimos, o Brasil adotou o critério biopsicológico, sendo necessário que, além
da doença, fique provado que o agente não era capaz de entender o caráter
ilícito da conduta.
D) ERRADA: A menoridade, de fato, exclui a culpabilidade, mas não pela
ausência de potencial consciência da ilicitude, como diz a questão, mas por
ausência de imputabilidade, num critério meramente biológico.
E) CORRETA: A coação moral irresistível exclui a culpabilidade, pois, nas
circunstâncias, não se podia exigir do agente que se comportasse conforme
o Direito.
PORTANTO, A ALTERNATIVA CORRETA É A LETRA E.
(98∆Ε#7Α;Α∋∗9;ΦΓ8∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∀∀∀#∃%&∋(&∃)∗(+,−+.∋%,%#+,/#0∋!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!∀#∃%&∋!62!()!21!
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B) ERRADO: Embora reflita na culpabilidade, nem sempre isenta de pena, !
apenas quando se tratar de erro de proibição escusável, ou seja, o agente
não tinha condições de entender o caráter ilícito de sua conduta.
C) ERRADO: O erro sobre a ilicitude age na culpabilidade, logo, não tem a
ver com dolo e culpa, que são elementos da conduta e, portanto, do fato
típico.
D) CORRETA: O erro de proibição reflete na culpabilidade, e a exclui quando
for erro escusável. Quando for erro inescusável, porém, atenua a
culpabilidade do agente e, por conseqüência, a pena aplicável.
E) ERRADA: A extinção da punibilidade pressupõe a sua existência. Desta
forma, a alternativa está errada.
PORTANTO, A ALTERNATIVA CORRETA É A LETRA D.
(98∆Ε#7Α;Α∋∗9;ΦΓ8∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∀∀∀#∃%&∋(&∃)∗(+,−+.∋%,%#+,/#0∋!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!∀#∃%&∋!6Κ!()!21!
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! %789:;∋7∋7<79=>=:8?∋=8≅7ΑΒ;Χ8?∋
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Desenvolvimento mental incompleto ou retardado, embriaguez !
decorrente de caso fortuito e menoridade constituem, dentre
outras, excludentes de
A) tipicidade
B) ilicitude
C) punibilidade
D) antijuridicidade
E) culpabilidade
COMENTÁRIOS:
A) ERRADA: Constituem hipóteses de exclusão da culpabilidade, em razão
da ausência de imputabilidade do agente, nos termos dos arts. 26, 27 e 28
do CP.
B) ERRADA: Constituem hipóteses de exclusão da culpabilidade, em razão
da ausência de imputabilidade do agente, nos termos dos arts. 26, 27 e 28
do CP.
C) ERRADA: Constituem hipóteses de exclusão da culpabilidade, em razão
da ausência de imputabilidade do agente, nos termos dos arts. 26, 27 e 28
do CP.
D) ERRADA: Constituem hipóteses de exclusão da culpabilidade, em razão
da ausência de imputabilidade do agente, nos termos dos arts. 26, 27 e 28
do CP.
E) CORRETA: Conforme estudamos, se o agente se encontrar em uma
dessas condições, restará excluída a sua culpabilidade, posto que a lei
considera que, nestas hipóteses, o agente não podia entender o caráter
ilícito de sua conduta e se comportar conforme o Direito.
PORTANTO, A ALTERNATIVA CORRETA É A LETRA E.
Penal,
A) a embriaguez voluntária pelo álcool ou substância de efeitos
análogos.
B) a emoção e a paixão.
C) a embriaguez culposa pelo álcool ou substância de efeitos
análogos.
D) se o agente, em virtude de perturbação de saúde mental ou por
desenvolvimento mental incompleto ou retardado, não era
inteiramente capaz de entender o caráter ilícito do fato ou de
determinar-se de acordo com esse entendimento.
E) a embriaguez completa proveniente de caso fortuito ou força
maior, se o agente era, ao tempo da ação ou da omissão,
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(98∆Ε∋#7Α;Α∋∗9;ΦΓ8∋,∋∗ΦΗ;∋2Ι! !
inteiramente incapaz de entender o caráter ilícito do fato ou de !
determinar-se de acordo com esse entendimento.
COMENTÁRIOS:
A) ERRADA: A embriaguez voluntária não exclui a culpabilidade, em
nenhuma hipótese, nos termos do art. 28, II do CP.
B) ERRADA: Nos termos do art. 28, I do CP, a emoção e a paixão também
não excluem a culpabilidade.
C) ERRADA: A embriaguez culposa, tal qual a voluntária, não exclui a
culpabilidade do agente, nos termos do art. 28, II do CP.
D) ERRADA: Se ele não era inteiramente incapaz de entender o caráter
ilícito do fato, será considerado semi-imputável, mas deverá ser condenado
e sua pena ser diminuída, em razão da menor culpabilidade em relação aos
demais.
E) CORRETA: Nos termos do art. 28, § 1° do CP, se o agente estava
involuntariamente embriagado, de maneira completa, de forma que não
tinha condições de entender o caráter ilícito do fato e se comportar
conforme o Direito, estará excluída sua culpabilidade.
PORTANTO, A ALTERNATIVA CORRETA É A LETRA E.
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No tocante às causas de extinção da punibilidade, é correto afirmar!
que
A) a concessão de anistia é atribuição exclusiva do Presidente da
República.
B) o dia do começo inclui-se no cômputo do prazo da decadência.
C) são previstas exclusivamente na parte geral do Código Penal.
D) a concessão do indulto restabelece a condição de primário do !
beneficiado.
E) é cabível o perdão judicial em qualquer crime.
COMENTÁRIOS:
A) ERRADA: A anistia é uma das causas genéricas de extinção da
punibilidade, prevista no art. 107, II do CP. No entanto, a sua concessão
se dá mediante Lei Ordinária (art. 21, XVII e art. 48, VIII da Constituição),
podendo o Projeto de Lei ser de iniciativa de qualquer pessoa.
B) CORRETA: A decadência é uma das hipóteses de extinção da
punibilidade, prevista no art. 107, IV do CP. Nos termos do art. 10 do CP,
contam-se os prazos incluindo-se o dia do começo. Tratando-se o prazo
decadencial de um prazo material (e não um prazo processual), inclui-se o
dia do começo, aplicando-se a regra do art. 10 do CPP;
C) ERRADA: As causas de extinção da punibilidade podem ser genéricas,
quando previstas na parte geral do CP, aplicando-se a todos os crimes,
indistintamente, ou específicas, quando se aplicam a apenas a um ou
alguns crimes, estando previstas, em regra, na parte especial do CP (Ex.:
Crime de peculato culposo e sua hipótese específica de extinção da
punibilidade);
D) ERRADA: Concedido o indulto, estará extinta a punibilidade, mas
permanecem os efeitos secundários da condenação, dentre eles, a condição
de não-primário (ou reincidente) no caso de prática de novo crime.
E) ERRADA: O perdão judicial só é cabível nos crimes expressamente
previstos em Lei para sua admissão, não podendo ser concedido fora destes
casos. 71876141107
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A) renúncia do direito de queixa, nos crimes de ação privada; !e
casamento do agente com a vítima, nos crimes contra os costumes.
B) anistia; perdão judicial, nos casos previstos em lei; morte da
vítima; e decurso do prazo.
C) retroatividade de lei que não mais considera o fato como
criminoso; prescrição, decadência ou perempção; e casamento do
agente com a vítima, nos crimes contra os costumes.
D) morte do agente; anistia, graça ou indulto; retroatividade de lei
que não mais considera o fato como criminoso; e prescrição,
decadência ou perempção.
E) prescrição, decadência, menoridade do agente; morte da vítima;
e agente maior de setenta anos na data do crime.
COMENTÁRIOS: As causas genéricas de extinção da punibilidade estão
previstas no art. 107 do CP:
Art. 107 - Extingue-se a punibilidade: (Redação dada pela Lei nº 7.209, de
11.7.1984)
I - pela morte do agente;
II - pela anistia, graça ou indulto;
III - pela retroatividade de lei que não mais considera o fato como criminoso;
IV - pela prescrição, decadência ou perempção;
V - pela renúncia do direito de queixa ou pelo perdão aceito, nos crimes de
ação privada;
VI - pela retratação do agente, nos casos em que a lei a admite;
IX - pelo perdão judicial, nos casos previstos em lei.
Podemos perceber, portanto, que a alternativa D contempla somente
hipóteses em que efetivamente estará extinta a punibilidade, nos termos
do art. 107, I, II, III e IV do CP.
PORTANTO, A ALTERNATIVA CORRETA É A LETRA D.
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I - em estado de necessidade; (Incluído pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984) !
II - em legítima defesa;(Incluído pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)
III - em estrito cumprimento de dever legal ou no exercício regular de
direito.(Incluído pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)
A embriaguez fortuita, se completa, exclui a culpabilidade, e não a
punibilidade.
Porém, a banca considerou essa hipótese (embriaguez fortuita) como sendo
a correta, em razão da redação legal, que diz “é isento de pena”. Nos
termos do § 1° do art. 28 do CP:
§ 1º - É isento de pena o agente que, por embriaguez completa, proveniente
de caso fortuito ou força maior, era, ao tempo da ação ou da omissão,
inteiramente incapaz de entender o caráter ilícito do fato ou de determinar-se
de acordo com esse entendimento.+,)(∋−./!(∋(∋!0)1∋!2)%!&3!45∗678!()!9954597:;<
PORTANTO, A ALTERNATIVA CORRETA É A LETRA C.
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C) erro de proibição, que gera apenas a diminuição da pena, posto !
que inescusável.
D) erro de tipo, que exclui o dolo e a culpa, se escusável.
E) erro quanto à existência de excludente de ilicitude
(descriminante putativa).
COMENTÁRIOS: Na hipótese, não se trata de erro de proibição, pois o
agente não cometeu erro quanto à licitude ou ilicitude da conduta (art. 21
do CP), mas cometeu um erro sobre uma circunstância fática.
Também não há que se falar em fato típico, eis que o agente incidiu em
erro sobre elemento constitutivo do tipo penal do art. 121 (“alguém” =
pessoa humana).
Não há, ainda, hipótese de descriminante putativa, pois o agente não
imaginou estar diante de uma situação que lhe permitisse agir em legítima
defesa, estado de necessidade ou qualquer outra excludente de ilicitude
(pelo menos a questão não disse isso).
Assim, trata-se, como já disse, de erro sobre elemento constitutivo do tipo
penal, ou ERRO DE TIPO, que se for inevitável (ou escusável) exclui o dolo
e a culpa.
PORTANTO, A ALTERNATIVA CORRETA É A LETRA D.
§ 1º - Aquele que, não sendo casado, contrai casamento com pessoa casada,
conhecendo essa circunstância, é punido com reclusão ou detenção, de um a
três anos.
§ 2º - Anulado por qualquer motivo o primeiro casamento, ou o outro por
motivo que não a bigamia, considera-se inexistente o crime.
Assim, não houve prática da conduta prevista no tipo penal mediante
incursão em erro sobre circunstância fática. Simplesmente não foi
praticada a conduta prevista no tipo penal.
II. Aplicar no ferimento do filho ácido corrosivo, supondo que está
utilizado uma pomada.
CORRETA: Aqui, de fato, há a prática da conduta descrita no art. 129 do
CP (lesões corporais). No entanto, essa conduta é praticada mediante erro
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sobre circunstância fática (o agente imagina que o ácido é uma pomada).!
Portanto, é hipótese de erro de tipo.
III. Matar pessoa gravemente enferma, a seu pedido, para livrá-la
de mal incurável, supondo que a eutanásia é permitida.
ERRADA: Aqui temos um caso de erro de proibição, pois o erro do agente
reside não na circunstância fática, que é perfeitamente delimitada, mas
nas consequências penais, pois o agente imagina que sua conduta é
permitida pela lei penal, quando não o é.
IV. Ingerir a gestante substância abortiva, supondo que estava
tomando um calmante.
CORRETA: Nesse caso, embora o agente pratique a conduta descrita no
art. 124 do CP, o faz por estar representando erroneamente uma situação
fática (acreditar que está tomando calmante, quando, na verdade, está
ingerindo substância abortiva):
Art. 124 - Provocar aborto em si mesma ou consentir que outrem lho provoque:
Pena - detenção, de um a três anos.
Havendo, pois, erro fático quanto a elemento constitutivo do tipo penal,
estamos diante de erro de tipo.
Há erro de tipo nas situações indicadas APENAS em
A) I, II e III.
B) I e III.
C) I, III e IV.
D) II e III.
E) II e IV.
PORTANTO, A ALTERNATIVA CORRETA É A LETRA E.
C) punibilidade.
D) antijuridicidade.
E) conduta.
COMENTÁRIOS: O erro sobre a ilicitude do fato, ou erro de proibição, é o
fenômeno no qual o agente pratica a conduta supondo tratar-se de conduta
penalmente admitida, quando, na verdade, a conduta é penalmente típica.
O art. 21 do CP estabelece que, se esse erro for inevitável, ou escusável
(ou seja, se mesmo mediante um esforço intelectual razoável, não fosse
realmente possível saber que era ilícita a conduta), o agente estará
isento de pena:
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Art. 21 - O desconhecimento da lei é inescusável. O erro sobre a ilicitude do
!
fato, se inevitável, isenta de pena; se evitável, poderá diminuí-la de um sexto
a um terço. +,)(∋−./!(∋(∋!0)1∋!2)%!&3!45∗678!()!9954597:;<
Afastando-se, desta forma, a potencial consciência da ilicitude, estará
ausente um dos elementos da culpabilidade, restando esta afastada.
PORTANTO, A ALTERNATIVA CORRETA É A LETRA B.
de proibição;
C) ERRADA: Não há diferenciação entre culpa grave e leve, tampouco para
fins de caracterização do erro de tipo;
D) ERRADA: O erro de proibição é RELEVANTE e, caso escusável, ISENTA
DE PENA; Caso inescusável, gera redução de pena, nos termos do art. 21
do CP;
E) ERRADA: De fato, o erro de proibição exclui a potencial consciência da
ilicitude (se escusável), mas esse é um elemento da CULPABILIDADE, não
estando dentro do dolo ou da culpa, que são elementos do FATO TÍPICO.
PORTANTO, A ALTERNATIVA CORRETA É A LETRA A.
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31.! (FCC – 2012 – TER/SP – ANALISTA JUDICIÁRIO) !
Rubens está sendo processado por crime de peculato, praticado no
dia 03 de fevereiro de 2008, quando tinha 20 anos de idade. A
denúncia foi recebida no dia 05 de junho de 2008. Por sentença
judicial, publicada no Diário Oficial no dia 10 de novembro de 2011,
Rubens foi condenado a cumprir pena de 02 (dois) anos e 06 (seis)
meses de reclusão, em regime inicial aberto, e ao pagamento de 10
(dez) dias-multa. A pena privativa de liberdade aplicada pelo
Magistrado foi substituída, na forma do artigo 44, do Código Penal,
por uma pena restritiva de direitos de prestação de serviços à
comunidade, pelo prazo da pena privativa de liberdade aplicada, e
por 10 (dez) dias-multa, no valor unitário mínimo. A sentença
transitou em julgado no dia 1o de janeiro de 2012. Nesse caso, após
o trânsito em julgado, a prescrição para as penalidades aplicadas
ao réu verifica-se no prazo de
a) 02 anos para a pena privativa de liberdade e para as multas.
b) 08 anos para a pena privativa de liberdade e 02 anos para as
multas.
c) 04 anos para a pena privativa de liberdade e para as multas.
d) 04 anos para a pena privativa de liberdade e 02 anos para as
multas.
e) 08 anos para a pena privativa de liberdade e para as multas.
COMENTÁRIOS: Após o trânsito em julgado da sentença penal
condenatória, os prazos prescricionais se regulam pela quantidade de pena
aplicada, e não mais pela pena abstratamente prevista. Vejamos:
Art. 110 - A prescrição depois de transitar em julgado a sentença condenatória
regula-se pela pena aplicada e verifica-se nos prazos fixados no artigo anterior,
os quais se aumentam de um terço, se o condenado é reincidente. +,)(∋−./!
(∋(∋!0)1∋!2)%!&3!45∗678!()!9954597:;<
Assim, devemos considerar como parâmetro para cálculo do prazo
prescricional o tempo de pena privativa de liberdade aplicada, ainda que
convertida em restritiva de direitos e multa, pois estas prescrevem no
71876141107
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Art. 109. A prescrição, antes de transitar em julgado a sentença final, salvo! o
disposto no § 1o do art. 110 deste Código, regula-se pelo máximo da pena
privativa de liberdade cominada ao crime, verificando-se: (Redação dada pela
Lei nº 12.234, de 2010).
(...)
IV - em oito anos, se o máximo da pena é superior a dois anos e não excede a
quatro;
Porém, como o infrator possuía menos de 21 anos à época do fato, o prazo
prescricional se conta pela metade, vejamos o art. 115 do CP:
Art. 115 - São reduzidos de metade os prazos de prescrição quando o criminoso
era, ao tempo do crime, menor de 21 (vinte e um) anos, ou, na data da
sentença, maior de 70 (setenta) anos.+,)(∋−./! (∋(∋! 0)1∋! 2)%! &3! 45∗678! ()!
9954597:;<
Assim, vemos que os prazos prescricionais para ambas as penas serão de
quatro anos (metade de 08 anos).
PORTANTO, A ALTERNATIVA CORRETA É A LETRA C.
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33.! (FCC – 2006 – BCB – PROCURADOR) !
Excluem a ilicitude e a imputabilidade, respectivamente,
a) a obediência hierárquica e a embriaguez acidental completa.
b) a coação moral irresistível e a doença mental.
c) a desistência voluntária e o desenvolvimento mental incompleto.
d) o exercício regular de direito e a menoridade.
COMENTÁRIOS: As causas de exclusão da ilicitude estão previstas no art.
23 do CP. Vejamos:
Art. 23 - Não há crime quando o agente pratica o fato: (Redação dada pela Lei
nº 7.209, de 11.7.1984)
I - em estado de necessidade; (Incluído pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)
II - em legítima defesa;(Incluído pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)
III - em estrito cumprimento de dever legal ou no exercício regular de
direito.(Incluído pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)
Já as causas legais de exclusão da culpabilidade estão previstas no art. 22
do CP, que determina a exclusão da culpabilidade do agente que pratica o
fato sob coação moral irresistível ou em cumprimento a ordem não
manifestamente ilegal de superior hierárquico. Vejamos:
Art. 22 - Se o fato é cometido sob coação irresistível ou em estrita obediência
a ordem, não manifestamente ilegal, de superior hierárquico, só é punível o
autor da coação ou da ordem.(Redação dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)
No entanto, a menoridade também é considerada causa de exclusão da
culpabilidade, pois gera a inimputabilidade do agente. Vejamos:
Art. 27 - Os menores de 18 (dezoito) anos são penalmente inimputáveis,
ficando sujeitos às normas estabelecidas na legislação especial. (Redação dada
pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)
Assim, a afirmativa que traz respectivamente uma causa de exclusão da
ilicitude e uma causa de exclusão da imputabilidade é a letra D.
ASSIM, A ALTERNATIVA CORRETA É A LETRA D.
MUNICIPAL)
São pressupostos da culpabilidade
a) a falta de cuidado, a previsibilidade do resultado e a exigibilidade
de conduta diversa.
b) a imputabilidade, a possibilidade de conhecimento da ilicitude e
a falta de cuidado.
c) a previsibilidade do resultado, a imputabilidade e a falta de
cuidado.
d) a possibilidade de conhecer a ilicitude, a exigibilidade de conduta
diversa e a falta de cuidado.
e) a imputabilidade, a possibilidade de conhecer a ilicitude e a
exigibilidade de conduta diversa.
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COMENTÁRIOS: A culpabilidade é um juízo acerca das condições pessoais !
do agente, de forma a aferir se a este pode ser imputado o fato típico e
ilícito.
A Doutrina moderna elenca três elementos para a culpabilidade:
Imputabilidade - O agente deve ser penalmente imputável (Maior de 18
anos e mentalmente são);
Potencial consciência da ilicitude - Deve ser analisado se aquela
pessoa, naquelas circunstâncias, tinha condições de entender que sua
conduta era contrária ao Direito;
Exigibilidade de conduta diversa - Devem ser analisadas as
circunstâncias pessoais e fáticas para se saber se a pessoa que praticou o
fato típico e ilícito se encontrava em condições de agir de outra maneira ou
se não era possível exigir desta pessoa que agisse conforme o Direito.
ASSIM, A ALTERNATIVA CORRETA É A LETRA E.
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Coação irresistível e obediência hierárquica (Redação dada pela Lei nº 7.209, !
de 11.7.1984)
Art. 22 - Se o fato é cometido sob coação irresistível ou em estrita obediência
a ordem, não manifestamente ilegal, de superior hierárquico, só é punível o
autor da coação ou da ordem.(Redação dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)
No entanto, a legítima defesa putativa também é considerada causa de
exclusão de culpabilidade (embora parte da Doutrina entenda que se trate
de exclusão da ilicitude). A legítima defesa putativa é a conduta na qual o
agente pratica o ato acreditando que está acobertado por uma situação de
legítima defesa, quando, na verdade, não está. Vejamos o que diz o art.
20, §1º do CP:
Art. 20 - (...)
§ 1º - É isento de pena quem, por erro plenamente justificado pelas
circunstâncias, supõe situação de fato que, se existisse, tornaria a ação
legítima. Não há isenção de pena quando o erro deriva de culpa e o fato é
punível como crime culposo.(Redação dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)
ASSIM, A ALTERNATIVA CORRETA É A LETRA C.
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(sessenta) dias, qualquer das pessoas a quem couber fazê-lo, ressalvado ! o
disposto no art. 36;
III - quando o querelante deixar de comparecer, sem motivo justificado, a
qualquer ato do processo a que deva estar presente, ou deixar de formular o
pedido de condenação nas alegações finais;
IV - quando, sendo o querelante pessoa jurídica, esta se extinguir sem deixar
sucessor.
identificado o formal.
e) se regula, em abstrato, pelo máximo da pena cominada, menos
um terço, no caso de imputação de crime tentado.
COMENTÁRIOS:
A) ERRADA: O dia do começo se inclui no cômputo do prazo, por se tratar
de prazo material, nos termos do art. 10 do CP;
B) ERRADA: As penas restritivas de direitos prescrevem no mesmo prazo
das penas privativas de liberdade que elas substituíram, nos termos do art.
109, § único do CP;
C) ERRADA: A prescrição é uma matéria prejudicial à análise do mérito, na
medida em que, caso reconhecida, fica impedida a análise do mérito;
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D) ERRADA: Incidirá, em qualquer destes casos, sobre a pena de cada um !
deles, isoladamente, nos termos do art. 119 do CP;
E) CORRETA: Como nos crimes tentados aplica-se a pena do crime
consumado com redução de UM A DOIS TERÇOS, a pena máxima cominada
ao crime tentado é a mesma do crime consumado, MENOS UM TERÇO, eis
que mais que isso não será aplicado ao agente, nos termos do art. 14, II
do CP.
PORTANTO, A ALTERNATIVA CORRETA É A LETRA E.
d) a graça.
COMENTÁRIOS: A anistia é causa de exclusão do fato criminoso, mediante
lei ordinária e com efeitos retroativos. O indulto e a graça são concedidos
pelo Presidente da República.
Portanto, a ALTERNATIVA CORRETA É A LETRA B.
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b) Nos crimes conexos, a extinção da punibilidade de um deles !
impede, quanto aos outros, a agravação da pena resultante da
conexão.
c) A perempção é causa de extinção de punibilidade exclusiva da
ação penal privada.
d) Em caso de morte do réu, não há falar em extinção da
punibilidade, devendo o juiz absolvê-lo com base no método de
resolução de conflitos do in dubio pro reo.
COMENTÁRIOS:
A) ERRADA: O perdão é ato bilateral, e deve ser aceito pelo querelado, nos
termos do art. 106, III do CP.
B) ERRADA: Item errado, nos termos do art. 108, parte final, do CP:
Art. 108 - A extinção da punibilidade de crime que é pressuposto, elemento
constitutivo ou circunstância agravante de outro não se estende a este. Nos
crimes conexos, a extinção da punibilidade de um deles não impede, quanto
aos outros, a agravação da pena resultante da conexão. (Redação dada pela
Lei nº 7.209, de 11.7.1984)
C) CORRETA: A perempção é um fenômeno que só se aplica às ações penais
privadas, não sendo aplicável às ações penais públicas.
D) ERRADA: A morte do agente é causa de extinção da punibilidade, nos
termos do art. 107, I do CP.
Portanto, a ALTERNATIVA CORRETA É A LETRA C.
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COMENTÁRIOS: No caso em tela, a prescrição da pretensão executória !
ocorrerá em 05 anos e quatro meses, contados do trânsito em julgado para
ambas as partes.
Isso porque o prazo prescricional a ser utilizado como parâmetro é o de 08
anos, pois a pena aplicada não supera 04 anos (art. 109, IV do CP).
Além disso, em se tratando de prescrição da pretensão executória de
condenado reincidente, este prazo é aumentado em um terço, nos termos
do art. 110 do CP.
Assim, até agora temos um prazo prescricional de 10 anos e 08 meses (08
anos + 1/3).
Contudo, como o réu era menor de 21 anos na data do fato, este prazo é
reduzido pela metade (art. 115 do CP). Assim, o prazo prescricional será
de 05 anos e 04 meses.
Desta forma, a extinção da punibilidade ocorrerá em 20.11.2015.
Portanto, a ALTERNATIVA CORRETA É A LETRA D.
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pena é de 1 a 8 anos e multa. Devidamente investigado, Eratóstenes !
foi denunciado e, em 20/1/2006, a inicial acusatória foi recebida.
O processo teve regular seguimento e, ao final, o magistrado
sentenciou Eratóstenes, condenando-o à pena de 1 ano de reclusão
e ao pagamento de dez dias-multa. A sentença foi publicada em
7/4/2007. O Ministério Público não interpôs recurso, tendo, tal
sentença, transitado em julgado para a acusação. A defesa de
Eratóstenes, por sua vez, que objetivava sua absolvição, interpôs
sucessivos recursos. Até o dia 15/5/2011, o processo ainda não
havia tido seu definitivo julgamento, ou seja, não houve trânsito
em julgado final. Levando-se em conta as datas descritas e
sabendo-se que, de acordo com o art. 109, incisos III e V, do Código
Penal, a prescrição, antes de transitar em julgado a sentença final,
verifica-se em 12 (doze) anos se o máximo da pena é superior a
quatro e não excede a oito anos e em 4 (quatro) anos se o máximo
da pena é igual a um ano ou, sendo superior, não exceda a dois,
com base na situação apresentada, é correto afirmar que
a) não houve prescrição da pretensão punitiva nem prescrição da
pretensão executória, pois desde a publicação da sentença não
transcorreu lapso de tempo superior a doze anos.
b) ocorreu prescrição da pretensão punitiva retroativa, pois, após
a data da publicação da sentença e a última data apresentada no
enunciado, transcorreu lapso de tempo superior a 4 anos.
c) ocorreu prescrição da pretensão punitiva superveniente, que
pressupõe o trânsito em julgado para a acusação e leva em conta a
pena concretamente imposta na sentença.
d) não houve prescrição da pretensão punitiva, pois, como ainda
não ocorreu o trânsito em julgado final, deve-se levar em conta a
teoria da pior hipótese, de modo que a prescrição, se houvesse,
somente ocorreria doze anos após a data do fato.
COMENTÁRIOS: No caso em tela ocorreu a prescrição da pretensão
punitiva superveniente, que ocorre entre o trânsito em julgado para a
acusação e o trânsito em julgado para ambas as partes.
71876141107
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A respeito do regime legal da prescrição no Código Penal, tendo por !
base ocorrência do fato na data de hoje, assinale a alternativa
correta.
a) A prescrição, depois da sentença condenatória com trânsito em
julgado para a acusação, regula-se pela pena aplicada, não
podendo, em nenhuma hipótese, ter por termo inicial data anterior
à da denúncia ou queixa.
b) A prescrição da pena de multa ocorrerá em 2 (dois) anos,
independentemente do prazo estabelecido para a prescrição da
pena de liberdade aplicada cumulativamente
c) Se o réu citado por edital permanece revel e não constitui
advogado, fica suspenso o processo, mantendo-se em curso o prazo
prescricional, que passa a ser computado pelo dobro da pena
máxima cominada ao crime.
d) São causas interruptivas do curso da prescrição previstas no
Código Penal, dentre outras, o recebimento da denúncia ou da
queixa, a pronúncia, a publicação da sentença condenatória ou
absolutória recorrível.
COMENTÁRIOS:
A) CORRETA: Esta é a exata previsão do art. 110, §1º do CP.
B) ERRADA: No caso de a multa ser aplicada cumulativamente com pena
privativa de liberdade, prescreverá no mesmo prazo desta, nos termos do
art. 114, II do CP.
C) ERRADA: Se o réu for citado por edital e não comparecer, nem constituir
advogado, ficarão suspensos tanto o processo quanto o curso do prazo
prescricional, nos termos do art. 366 do CPP.
D) ERRADA: Item errado, pois a publicação da sentença ABSOLUTÓRIA
recorrível não interrompe a prescrição, nos termos do art. 117 do CP.
Portanto, a ALTERNATIVA CORRETA É A LETRA A.
1.! ALTERNATIVA C
2.! ALTERNATIVA D
3.! ALTERNATIVA C
4.! ALTERNATIVA B
5.! ALTERNATIVA D
6.! ALTERNATIVA C
7.! ALTERNATIVA C
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8.! ALTERNATIVA E !
9.! ALTERNATIVA A
10.! ALTERNATIVA B
11.! ALTERNATIVA D
12.! ALTERNATIVA D
13.! ALTERNATIVA E
14.! ALTERNATIVA E
15.! ALTERNATIVA D
16.! ALTERNATIVA E
17.! ALTERNATIVA D
18.! ALTERNATIVA A
19.! ALTERNATIVA E
20.! ALTERNATIVA E
21.! ALTERNATIVA A
22.! ALTERNATIVA A
23.! ALTERNATIVA B
24.! ALTERNATIVA D
25.! ALTERNATIVA C
26.! ALTERNATIVA A
27.! ALTERNATIVA D
28.! ALTERNATIVA E
29.! ALTERNATIVA B
30.! ALTERNATIVA A
31.! ALTERNATIVA C
32.! ALTERNATIVA A
33.! ALTERNATIVA D
34.! ALTERNATIVA E
35.! ALTERNATIVA A
36.! ALTERNATIVA D 71876141107
37.! ALTERNATIVA C
38.! ALTERNATIVA D
39.! ALTERNATIVA E
40.! ALTERNATIVA C
41.! ALTERNATIVA B
42.! ALTERNATIVA C
43.! ALTERNATIVA D
44.! ALTERNATIVA B
45.! ALTERNATIVA C
46.! ALTERNATIVA A
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