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ESTRADAS I

Curso de Engenharia Civil

AULA 01
A ORGANIZAÇÃO
DO SETOR
RODOVIÁRIO

Profª Cleidiane Novais


cleidiane.novais@hotmail.com
GEC Aula 1
1. Preliminares

Infraestrutura Rodoviária
pública no Brasil

Evolução notável a partir da


década de 1950

Impulsionada pela Efetivação de um


instalação da indústria modelo de vinculação
automobilística do país tributária

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GEC Aula 1
2. Financiamento do Setor

O Financiamento do Setor Rodoviário


Decreto-lei nº 8.463
27 dez. 1945

Resultou de um processo que foi


apresentado pelo engenheiro Maurício
Joppert da Silva (1891 – 1985), quando
exercia o cargo de Ministro de Estado dos
Negócios da Viação e Obras
Públicas, ao então presidente da república,
José Linhares.

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2. Financiamento do Setor

O Financiamento do Setor Rodoviário


Decreto-lei nº 8.463
Lei Joppert

Instrumento jurídico que reorganizou o


Departamento Nacional de Estradas de
Rodagem – DNER (órgão responsável pelo
setor rodoviário, criado em 1937), dando-
lhe a forma de autarquia, com
estrutura técnica e administrativa adequada.

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2. Financiamento do Setor

O Financiamento do Setor Rodoviário


O Presidente da República, (...) Considerando que a
estrada de rodagem, graças ao grau de perfeição já
atingido pelo automóvel, representa hoje elemento de
fundamental importância no sistema de viação interna
de qualquer país;
(...) Considerando que o desenvolvimento rodoviário do
Brasil é, graças à imensidade do território pátrio, um
trabalho gigantesco a desafiar a energia realizadora
de muitas gerações;
(...)Considerando tudo o mais que lhe representou o
Ministro de Estado dos Negócios da Viação e Obras
Públicas, decreta: (...)Art. 28. Fica criado o Fundo
Rodoviário Nacional,destinado à construção,
conservação e melhoramentos das rodovias
compreendidas no Plano Rodoviário Nacional (...).
José Linhares (Presidente); Maurício Joppert da Silva
(Ministro) et al.
Decreto-Lei nº 8.463, de 27 dez.1945.
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2. Financiamento do Setor

O Financiamento do Setor Rodoviário


Base jurídica que fundamentou
a organização da administração
pública do setor rodoviário nos
estados e territórios, no Distrito
Federal e mesmo nos municípios
do Brasil

Criou o Fundo Rodoviário


Nacional (FRN), suprido com
Lei Joppert recursos financeiros oriundos
da arrecadação de tributos
incidentes sobre a propriedade
de veículos automotores e
sobre o consumo de combustíveis
e de lubrificantes. Os recursos
desse fundo, por força de lei,
eram investidos exclusivamente
no desenvolvimento do setor
rodoviário
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2. Financiamento do Setor

O Financiamento do Setor Rodoviário


Modelo de vinculação tributária

Sustentação à implementação do
sistema rodoviário

Expansão nas Movimentação das


décadas de 1960 e maiores parcelas de
1970 fluxos de cargas e de
passageiros no país,
relativamente aos demais
modais
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2. Financiamento do Setor

O Financiamento do Setor Rodoviário


A partir de meados da
década de 1970, no contexto
de um processo de
modificação da distribuição dos
recursos tributários, foram sendo
gradualmente transferidos para
outros fundos os recursos alocados
ao FRN
FRN
Essa política de esvaziamento
do FRN foi intensificada com a
desfederalização dos tributos
relativos à propriedade de
veículos automotores, ao consumo
de combustíveis e lubrificantes, e
à prestação de serviços de
transporte rodoviário, todos
oriundos dos usuários de rodovias

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O Financiamento do Setor Rodoviário


FRN

Com o esvaziamento dos recursos do


FRN, a administração pública do
setor rodoviário passou a contar
basicamente com recursos orçamentários,
escassos e disputados com outras
áreas igualmente ou mais carentes, e
com financiamento de entidades de
desenvolvimento, dependendo da
capacidade de endividamento disponível
dos órgãos públicos
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O Financiamento do Setor Rodoviário


FRN

O processo de desmonte do
modelo de vinculação tributária foi
consolidado em 1988, com a
promulgação da nova Carta
Constitucional, que vedou
expressamente a vinculação de
receitas de impostos a órgão, fundo ou
despesa (exceto para a educação)

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2. Financiamento do Setor

O Financiamento do Setor Rodoviário


Gestões

Formas alternativas para o


financiamento da infraestrutura
rodoviária (1990)

Reinstituir um fundo Tentativas de instituição


rodoviário (apenas para de imposto seletivo sobre
conservação de rodovias) hidrocarbonetos,
ou Modalidades de derivados de petróleo,
concessão de rodovias à combustíveis e óleos
iniciativa privada (para lubrificantes, com
viabilizar a realização vinculação de parcelas a
de investimentos investimentos em
mediante a cobrança de infraestrutura do Sistema
pedágios Nacional de Viação
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3. A Organização do Setor

O Organização do Setor Público

FRN

Estados,
União (40%) Territórios e
Distrito Federal
(60%)

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3. A Organização do Setor

O Organização do Setor Público


Estrutura
governamental
(federal)

Formulação da Execução da
política de política de
transporte transporte
rodoviário rodoviário

Atribuídas a um DNER (órgão


encarregado de
Ministério gerir a aplicação
(atualmente o dos recursos do
Ministério dos FRN destinados à
Transportes) União)
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3. A Organização do Setor

O Organização do Setor Público


DNER

Gerenciar a
distribuição da parcela
de 60% do FRN

Rateamento entre as
unidades administrativas
mediante quotas

Consumo de combustíveis e
lubrificantes líquidos (36%)
População (12%)
Superfície territorial (12%)

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3. A Organização do Setor

O Organização do Setor Público


Habilitação ao
recebimento das
quotas do FRN

Criação de
órgãos setoriais
pelas unidades
federativas, na
forma de
autarquias

Departamentos de Departamentos
Estradas de Autônomos de
Rodagem (DER) Estradas de
Rodagem (DAER)

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3. A Organização do Setor

O Organização do Setor Público


Estrutura
governamental dos
Estados (e do
Distrito Federal)

Formulação das Execução das


políticas estaduais políticas
de transporte rodoviárias
rodoviário estaduais

Secretarias de Autarquias DER ou


Estado DAER

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3. A Organização do Setor

O Organização do Setor Público


FRN

Lei nº 302 (13 jul. 1948)

Distribuição dos
recursos vinculados

União (40%)
Estados, Territórios e
Distrito Federal (48%)
Municípios (12%)
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3. A Organização do Setor

O Organização
Inclusão dos
do Setor Público
municípios como
beneficiários dos
recursos do FRN

Reformulou o critério
de repartição das
parcelas

Rateamento entre as
unidades
administrativas

Superfícies (2/10)
Populações (2/10)
Consumos de lubrifi
cantes e combustíveis
líquidos (6/10)
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3. A Organização do Setor

O Organização do Setor Público


Nos municípios

Formulação das Execução das políticas


políticas estaduais de rodoviárias municipais
transporte rodoviário

Processo diferenciado em
Secretarias municipais relação ao que aconteceu
nos âmbitos federal e
estadual

Departamentos Órgãos da
Municipais de estradas administração direta
de Rodagem (municípios ou assumidas pelos
de maior porte) próprios gabinetes dos
prefeitos
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3. A Organização do Setor

O Organização do Setor Público


Tabela 1.1 – Organização da administração pública do setor rodoviário
ENTIDADES RESPONSÁVEIS PELA POLÍTICA RODOVIÁRIA
NÍVEIS DE
JURISDIÇÃO FORMULAÇÃO DA POLÍTICA EXECUÇÃO DA POLÍTICA
Federal Ministério dos Transportes DNER (atual DNIT)
Estadual Secretarias de estado 2
DER, DAER, e outras
Municipal Secretarias municipais DMER e outras
2

transformando os respectivos órgãos rodoviários, dando-lhes, em alguns casos, novas atribuições. São exemplos,
entre outras, as reformas do estado do Rio de Janeiro, que reconfigurou o DER/RJ como Fundação DER; do
estado do Ceará, que transformou o DAER/CE em Departamento de Edificações, Rodovias e Transportes – DERT;
e do estado de Goiás, que extinguiu o DER/GO com a criação da Agência Goiana de Transportes e Obras Públicas –
AGETOP.

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3. A Organização do Setor

O Organização do Setor Público


Lei no 10.233, de 5 jun. 2001

Criação da Agência Nacional de Transportes


Terrestres (ANTT) e do Departamento
Nacional de Infra-Estrutura de Transportes
(DNIT), ambos vinculados ao Ministério dos
Transportes

Extinção do DNER (Decreto no 4.128, de


13 fev. 2002)

Instalação do DNIT (Decreto no 4.129, de


13 fev. 2002)
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4. Malha Rodoviária

Malha Rodoviária Brasileira

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REFERÊNCIAS

LEE, S.H. Introdução ao projeto geométrico de rodovias.


Florianópolis: UFSC, 430p, 2005.

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DÚVIDAS???

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