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O
. Banco Central do Brasil elevou a taxa de juro Selic em 50 pontos base, para 10.75%, subida inferior à esperada.
Em Portugal, as receitas fiscais cresceram 6% em termos homólogos no 1º semestre, em grande medida graças ao
contributo das receitas de IVA; contudo, as despesas totais cresceram de 4.3% no mesmo período.
Que conclusões tirar dos stress tests? pressupostos do cenário de stress têm sido criticados, sobretudo por
A última semana ficou marcada pela divulgação dos resultados dos não considerarem o evento extremo de um default por parte da
stress tests a 91 bancos europeus. Considerando o cenário de um Grécia. E, ao contrário do que foi estabelecido à partida, alguns
choque macroeconómico adverso (que incluía um desvio negativo bancos alemães não terão reportado de forma detalhada a sua
de 3% face às previsões de crescimento do PIB da Comissão exposição ao risco soberano, o que alimenta a crítica de alguma
Europeia para 2010 e 2011, bem como uma deterioração adicional falta de clareza no processo. Os próximos dias poderão trazer uma
do risco soberano, levando a uma desvalorização dos títulos de maior definição sobre a reacção dos investidores. Mas alguns
dívida pública detidos pelos bancos no seu trading book), os testes exercícios entretanto conhecidos (não oficiais), que stressaram
estimaram uma perda global de EUR 566 mil milhões para o adicionalmente as condições dos stress tests, parecem confirmar o
conjunto dos bancos. Mas apenas sete instituições ficaram aquém afastamento de cenários mais complicados para o sistema bancário
do limite mínimo de 6% para o rácio de capital Tier 1, definido europeu.
como a fronteira entre o sucesso e o insucesso no teste. As
instituições em causa incluem um banco grego (ATE Bank), um Desejavelmente, os resultados agora divulgados permitirão ganhar
alemão (Hypo Real Estate) e cinco grupos de cajas de ahorro algum tempo – um elemento essencial para uma recuperação plena
espanholas (Diada, Espiga, Banca Cívica, Unnim e Cajasur). Os da confiança dos investidores. De facto, o tempo será importante
testes identificaram uma insuficiência de capital de EUR 3.5 mil para se assistir ao reforço da capitalização de alguns bancos,
milhões para o conjunto das sete instituições – um gap bastante mesmo de alguns que passaram nos testes, e para se perceber as
inferior a diversas estimativas conhecidas antes de sexta-feira e que implicações das novas exigências de solvabilidade no âmbito do
não deverá ser muito difícil de colmatar (só no caso espanhol, o quadro regulatório Basileia III. O tempo será também importante
Governo chegou a admitir um gap de EUR 23 mil milhões). Os para que as economias da “periferia” da Zona Euro apresentem
quatro bancos portugueses passaram o teste, apresentando, de resultados concretos de redução dos respectivos défices públicos e,
acordo com o Banco de Portugal, “um elevado grau de resistência ainda, para que a recuperação em curso da actividade económica
ao cenário adverso”. da Zona Euro ganhe maior visibilidade. Os indicadores PMI (de
actividade na indústria e nos serviços) voltaram a subir em Julho,
Na medida em que vieram disponibilizar aos investidores mais com um ganho particularmente expressivo na Alemanha. Embora
informação sobre a situação dos bancos europeus, os testes e os com desempenhos divergentes entre regiões, a economia da Zona
seus resultados favoráveis devem ser vistos como um passo Euro tem beneficiado de um fortalecimento da procura externa e da
positivo. A reacção inicial dos mercados foi moderadamente depreciação do Euro observada até ao mês passado. Mas os
favorável, com uma subida dos principais índices accionistas indicadores agora divulgados sugerem já, também, alguma
suportada pelo sector bancário e com um pequeno estreitamento recuperação da procura interna (a que não será estranho o facto de
dos spreads soberanos e de crédito. A taxa de câmbio do Euro as economias do “centro” beneficiarem, actualmente, de condições
manteve-se relativamente estabilizada. No entanto, é ainda cedo monetárias muito expansionistas). Após uma recuperação do
para saber se estes resultados contribuirão para um crescimento do PIB da Zona Euro no 2º trimestre, a informação
reestabelecimento significativo da confiança dos investidores. Os disponível sugere um início de 3º trimestre melhor que o esperado.
Este documento é elaborado pelo Departamento de Research Económico do Espírito Santo Research e utiliza informação económica e financeira disponível ao público e considerada fidedigna. No entanto, a sua
precisão não pode ser totalmente garantida. As opiniões expressas reflectem o ponto de vista dos autores na data da publicação, sujeitas a correcções caso se verifiquem alterações das circunstâncias. A
reprodução de parte ou totalidade desta publicação é permitida, desde que a fonte seja mencionada.
Economia Global
Informação Semanal
Julho 26 a 30, 2010
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Economia Global
Informação Semanal
Julho 26 a 30, 2010
Espanha
Cinco entidades financeiras chumbam nos testes de stress.
O Comité dos Supervisores Bancários Europeus (CEBS) anunciou o chumbo de 7 das 91 entidades financeiras da União Europeia avaliadas
nos testes de stress. Destas, cinco são espanholas: a CajaSur, a Unnim, a Diada, a Espiga e a Banca Civica, sendo que as quatro últimas
representam uniões de cajas de ahorro. Apesar das instituições em causa já terem sido alvo de intervenções por parte das autoridades,
estima-se que as necessidades de capitais se elevem a EUR 2.04 mil milhões, a fim de repor os rácios de adequação de fundos próprios
(rácio “tier 1” acima de 6%). No total foram analisadas 27 entidades financeiras espanholas, com 21 a revelarem capacidade para manter
níveis de capitais satisfatórios numa situação de cenário adverso. Dos maiores bancos espanhóis, destaque para o Banco Santander, que
manteria um rácio “tier1” de 10%, para o BBVA, com um rácio de 9.3%, e para o Banco Popular, com um registo de 7.2% em situação de
stress. Ainda na semana passada, o Chefe do Governo Espanhol, José Luiz Zapatero, veio assegurar que o crescimento económico no
segundo trimestre terá sido superior ao dos três primeiros meses do ano, altura em que o PIB cresceu 0.1%. Note-se que a actual previsão
do Governo para o crescimento em 2010 é de -0.3%.
Na semana que agora se inicia, o destaque vai para a divulgação de diversos indicadores de confiança para a economia espanhola a serem
disponibilizados pela Comissão Europeia, para o registo das vendas a retalho referentes ao mês de Junho e para a divulgação da estimativa
do INE para a taxa de inflação homóloga de Julho.
Portugal
Gastos do Estado ainda elevados, na primeira metade do ano.
A informação mais relevante divulgada na semana passada respeitou às contas públicas. A execução orçamental dos primeiros seis
meses do ano vem revelar que as receitas fiscais cresceram 6%, em termos homólogos, o que compara com a variação de 1.2%
prevista para o conjunto do ano. O maior contributo proveio das receitas do IVA, com uma expansão de 16.3%, representando
cerca de 40% daquelas. De realçar ainda do lado da tributação indirecta as receitas oriundas do imposto sobre veículos, com uma
variação superior a 20%, e, do lado dos impostos directos, o IRC, com um crescimento de perto de 12%. Apesar da performance
favorável das receitas fiscais, de sublinhar que as despesas totais verificaram um crescimento homólogo de 4.3% no primeiro
semestre, face a um target de 2.7% para o conjunto do ano. Esta evolução decorreu, principalmente, do forte impulso das
transferências correntes para a Segurança Social (11%), para o Serviço Nacional de Saúde (7.5%) e para o sistema público de
pensões (4.9%). Sem estas, a despesa total teria crescido cerca de 1.4%, em termos homólogos. Por último, uma referência ao
pagamento de juros e outros encargos, que observaram um crescimento homólogo de 2.2%, contra uma variação negativa, no
primeiro semestre do ano passado.
No conjunto, pese embora a evolução desfavorável das despesas, o défice orçamental verificado na primeira metade do ano
continua a ser consistente com o objectivo de 7.3% para a totalidade de 2010, tendo em atenção que o esforço adicional de
consolidação só se fará sentir nesta segunda metade do ano.
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Economia Global
Informação Semanal
Julho 26 a 30, 2010
Mercados
Câmbios
O euro registou uma depreciação ligeira relativamente ao dólar na semana (de 0.5%), um movimento que se verificou sobretudo
nas sessões antes da divulgação, na tarde de sexta-feira, dos resultados dos stress tests a que foram submetidos 91 bancos
europeus. A cotação EUR/USD não revelou, contudo, uma evolução definida, tendo oscilado entre a confiança que os testes
pretendiam consolidar e o receio de que as hipóteses subjacentes não tenham sido suficientemente desfavoráveis para ilustrar um
cenário de stress realista, em particular no que respeita à detenção de títulos de dívida pública. Esta indefinição na direcção
prossegue esta segunda-feira, encontrando-se a cotação EUR/USD a oscilar em torno de 1.29.
A depreciação do euro foi mais expressiva em relação à libra esterlina, graças à divulgação da estimativa de crescimento da
economia britânica para o 2º trimestre, de 1.1% face ao trimestre anterior (em que tinha crescido 0.3%), e também das vendas a
retalho de Junho (+0.7% em termos mensais). Também face ao dólar se registou uma apreciação da libra esterlina, acumulando já
um ganho de 8.4% desde o nível mínimo da libra atingido a 20 de Maio, um desempenho propiciado pela confiança crescente na
evolução da economia britânica e na capacidade de o novo Governo de coligação liderado por David Cameron controlar o
desequilíbrio das contas públicas sem no entanto comprometer o crescimento da actividade.
Variação 3 meses 12 meses
Moedas Jul. 23, 2010 Semanal Desde início de 2010 Previ são Forw ard Previsão Forward
EUR/USD 1.2850 -0.5% -10.3% 1.17 1.28 1.15 1.28
EUR/GBP 0.8342 -1.2% -6.0% 0.880 0.834 0.870 0.835
EUR/JPY 112.15 0.2% -16.0% 112.32 112.00 109.25 111.37
EUR/CHF 1.3542 -0.3% -8.7% 1.44 1.35 1.46 1.35
EUR/PLN 4.0680 -0.8% -0.9% 3.86 4.09 3.80 4.15
EUR/AUD 1.4370 -3.2% -10.0% 1.33 1.45 1.31 1.50
USD/JPY 87.27 0.7% -6.3% 96.00 87.17 95.00 86.76
USD/GBP 0.6492 -0.7% 4.8% 0.752 0.649 0.757 0.651
USD/BRL 1.7739 -0.4% 1.7% 1.85 1.81 1.90 1.93
EUR/BRL 2.2664 -1.7% -9.3% 2.16 2.32 2.19 2.47
Relativamente às cotações EUR/USD, EUR/GBP, EUR/JPY, EUR/CHF, EUR/PLN, EUR/AUD e EUR/BRL, uma variação positiva traduz uma apreciação do euro; nas restantes cotações,
uma variação positiva traduz uma apreciação do dólar face às restantes moedas.
Fontes: Espírito Santo Research, Bloomberg.
Mercados accionistas
As acções norte-americanas voltaram aos ganhos na semana passada, tendo os três principais índices registado valorizações significativas,
com o Dow Jones (+3.2%) e o NASDAQ (+4.1%) a conseguir mesmo apagar as perdas acumuladas desde o início do ano, atingindo
assim os valores de fecho de 2009. O S&P 500 (+3.5%) também já só regista uma ligeira desvalorização anual de 1.1%.
As acções com maior destaque são as da Genzime Corp. (+21%), o maior fabricante de fármacos dirigidos às doenças genéticas, que
regista a maior valorização desde 2000 e o maior avanço das cotadas do S&P 500, a Harley-Davidson (+20%), o maior fabricante norte-
americano de motos e motociclos, e a Boeing (+9.7%), o maior fabricante de aviões norte-americano.
Na Europa, 66% das cotadas do índice Stoxx 600 atingiram e/ou ultrapassaram as estimativas dos resultados do 1º semestre,
impulsionando o avanço dos índices europeus, onde sobressai o alemão DAX, que já regista uma valorização anual de 3.5%.
Destaque para as mineiras Rio Tinto (+11%), a terceira companhia mundial, e para a BHP Billiton (+8.5%), a maior das mineiras. De
realçar ainda as fortes valorizações da SSL (+33%), o fabricante dos produtos Scholl e da marca de preservativos Durex, alvo da proposta
de compra da britânica Reckitt Benckiser, da Tomkins (+33%), da International Power Plc (+14%) e da Fiat (+6.9%).
Em Lisboa, 14 das cotadas do PSI 20 (+1.6%) registaram ganhos, tendo-se evidenciado a Brisa (+4%), Portucel (+3.3%), Banco BPI
(+3.3%), Sonae Indústria (+3.1%) e BCP (+3.1%), sendo que o sector bancário já antecipava o efeito benigno dos resultados dos Stress
Tests (ver Capa). A impedir maiores ganhos do índice português estiveram a Inapa (-0.8%), EDP Renováveis (-0.7%), Sonaecom (-0.7%),
REN (-0.4%) e Zon Multimédia (-0.3%).
Na Ásia, o índice Shangai Composite (+6.1%) registou a maior valorização semanal dos índices seleccionados.
Valores em pontos, excepto quando indicado Variação (%)
Bolsa ¸ndice Dez. 31, 2009 Jul. 16, 2010 Jul. 23, 2010 Semanal Desde início de 2010
EUA Nova Iorque Dow Jones 10 428.00 10 097.90 10 424.62 3.2 0.0
S&P 500 1 115.10 1 064.88 1 102.66 3.5 -1.1
NASDAQ 2 269.15 2 179.05 2 269.47 4.1 0.0
Japão Tóquio Nikkei 225 10 546.44 9 408.36 9 430.96 0.2 -10.6
China Shanghai Shanghai Composite 3 277.13 2 424.27 2 572.03 6.1 -21.5
Hong Kong Hang Seng 21 872.50 20 250.16 20 815.33 2.8 -4.8
Brasil São Paulo Bovespa 68 588.40 62 339.27 66 322.99 6.4 -3.3
Reino Unido Londres FT SE 100 5 412.88 5 158.85 5 312.62 3.0 -1.9
Zona Euro Frankfurt DAX 5 957.43 6 040.27 6 166.34 2.1 3.5
Frankfurt DJ EuroStoxx 2 964.96 2 645.61 2 719.13 2.8 -8.3
Paris CAC 40 3 936.33 3 500.16 3 607.05 3.1 -8.4
Madrid IBEX 35 11 940.00 9 991.70 10 388.20 4.0 -13.0
Lisboa PSI20 8 463.85 7 137.11 7 252.70 1.6 -14.3
Fonte: Bloomberg.
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Economia Global
Informação Semanal
Julho 26 a 30, 2010
Mercados
Taxa de Juro
De um modo global, assistiu-se a uma perda de valor nos mercados obrigacionistas nas principais praças internacionais, com
consequente subida das yield curves.
Os Treasuries norte-americanos derraparam na segunda metade da semana com os resultados das empresas relativos ao 2º trimestre a
revelarem-se melhor do que os esperados e com o anúncio da colocação, na presente semana, de USD 104 mil milhões de obrigações
(USD 38 mil milhões a 2 anos, USD 37 mil milhões a 5 anos e USD 29 mil milhões a 7 anos). Até meados da semana, no entanto, o
sentimento dominante era muito desfavorável, com as declarações de Ben Bernanke perante o Congresso acerca de um “unusually
uncertain” para o outlook económico do país e sobre a prontidão das autoridades em implementar medidas adicionais de estímulo a
fazerem prevalecer a expectativas da possibilidade de ocorrência de um double-dip. A yield dos Treasuries a 2 anos, embora tenha
terminado a semana sem evidenciar qualquer variação, observou no período novos mínimos históricos.
Na Zona Euro, as expectativas recaíam sobre os resultados realizados dos testes de stress realizados pelo Committee of European
Banking Supervisors (CEBS) a 91 bancos europeus, cujos resultados foram genericamente considerados positivos, com reflexos no valor
dos Bunds. As yields destes títulos, que vinham perdendo terreno ao longo da semana, inverteram esta tendência na quinta-feira, com a
perspectiva de bons resultados para o sistema financeiro, o que veio a confirmar-se no dia seguinte.
No Japão, as obrigações a 10 anos concluíram a segunda semana de ganhos, com as preocupações quanto à prolongada situação de
deflação e pelo facto de a conjuntura de um iene fortalecido possibilitar a continuação das operações de injecção de liquidez por parte do
banco central, estimulando a procura de títulos do Tesouro nipónico.
Yield curve USD
C urva de rendim entos (%)
J ul. 23, 2010 Jul. 16, 2010 Var. sem anal (pb) D ez. 31, 2009 %
Es tados U nidos 4.0
3M 0.49 0.52 -3 0.25 3.5
6M 0.70 0.73 -3 0.43
1A 1.07 1.13 -5 0.98 3.0
2A 0.59 0.59 0 1.14 2.5
5A 1.73 1.67 7 2.68
10 A 3.00 2.92 7 3.84 2.0
Z ona Euro 1.5
3M 0.82 0.79 3 0.66
1.0
6M 1.10 1.09 2 0.97
1A 1.38 1.36 2 1.22 0.5
2A 0.75 0.78 -3 1.33 0.0
5A 1.67 1.61 7 2.42
10 A 2.71 2.61 10 3.39
3M 6M 1A 2A 5A 10 A
Reino U nido Yield curve EUR
3M 0.74 0.73 0 0.61
6M 1.03 1.02 1 0.84 %
1A 1.47 1.46 1 1.25 4.0
2A 0.87 0.75 12 1.32 3.5
5A 2.17 2.04 13 2.81
3.0
10 A 3.44 3.33 11 4.02
Japão 2.5
3M 0.24 0.24 0 0.28 2.0
6M 0.44 0.44 0 0.48
1A 0.67 0.67 0 0.69 1.5
2A 0.15 0.15 0 0.15 1.0
5A 0.36 0.36 0 0.47 0.5
10 A 1.08 1.10 -2 1.30
Fonte: Bloomberg. 0.0
Para os prazos superiores a 1 ano, as taxas respeitam às yields das obrigações de dívida pública. 3M 6M 1A 2A 5A 10 A
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Economia Global
Informação Semanal
Julho 26 a 30, 2010
Bancos Centrais
Ðltima alteração Valor actual Previsão
País/Região Taxa Data Valor (pontos base) (%) Set. 2010 Dez. 2010
EUA Fed funds rate Dez. 16, 2008 -75 0.00-0.25 0.00-0.25 0.00-0.25
Zona Euro Refi rate Mai. 07, 2009 -25 1.00 1.00 1.00
Reino Unido Base rate Mar. 05, 2009 -50 0.50 0.50 0.50
Japão Overnight call rate target Dez. 19, 2008 -20 0.10 0.10 0.10
Brasil Taxa Selic Jul. 21, 2010 +50 10.75 11.75 11.75
Fontes: Espírito Santo Research, Bloomberg.
Commodities
O preço do cobre subiu fortemente na semana (8.4%), tal como a generalidade dos metais industriais, ultrapassando a fasquia de USD
7000/tonelada, um máximo de 10 semanas. Não há nenhuma razão fundamental para esta forte subida, parecendo mais um movimento
especulativo nas vésperas do período de férias de Agosto. É possível uma correcção nos próximos dias, com os investidores a
procurarem alguma mais-valia a extrair das actuais posições financeiras.
O preço do petróleo subiu mais de 3% na semana para máximos de 11 semanas, com os investidores a revelarem maior propensão ao
risco perante a evolução positiva do mercado accionista a sinalizar um maior optimismo face ao andamento da actividade global. Por
outro lado, do lado da produção, a aproximação da tempestade Bonnie ao Golfo do México provocou algum receio junto do mercado, ao
longo da semana, que não se vieram a confirmar uma vez que a tempestade se dissipou no fim-de-semana antes de chegar a ameaçar
as estruturas petrolíferas presentes no Golfo do México.
Em sentido inverso esteve o preço do milho, que caiu 6% na semana. Esta foi a primeira queda do mês, justificada pela especulação em
torno das condições metereológicas que agora prevêm chuva e tempo mais ameno nos EUA, nas próximas semanas. A verificar-se, estas
são condições mais favoráveis para a colheita nos EUA, fazendo subir a oferta disponibilizada, no maior exportador mundial desta
commodity.
Variação (%)
Commodity Jul. 23, 2010 Jul. 16, 2010 Dez. 31, 2009 Semanal D esde início de 2010
Brent (USD/barril) 76.88 74.54 77.20 3.1% -0.4%
WTI (USD/barril) 78.73 76.01 79.36 3.6% -0.8%
Gás natural (USD/10000 MMBtu) 4.58 4.52 5.57 1.3% -17.8%
Ouro spot (USD/onça troy) 1189.20 1193.00 1096.95 -0.3% 8.4%
Cobre (USD/tonelada métrica) 7029.00 6485.00 7375.00 8.4% -4.7%
Trigo (GBP/tonelada) 133.95 129.00 106.50 3.8% 25.8%
Milho (USD/100 bushels ) 371.25 394.75 414.50 -6.0% -10.4%
Fonte: Bloomberg.
Petróleo Brent e WTI (USD/barril) Ouro spot (USD/onça troy) Cobre (USD/tonelada métrica)
Londres e Nova Iorque Londres Londres
150 150 9000 9000
1200 1200 8000 8000
125 WTI 125
1000 1000 7000 7000
USD/Ounce (troy)
USD/Ton (metric)
100 100
USD/Barrel
6000 6000
800 800
75 75 5000 5000
600 600 4000 4000
50 50
3000 3000
25 Brent 25 400 400
2000 2000
0 0 200 200 1000 1000
2002 2004 2006 2008 2010 2002 2004 2006 2008 2010 2002 2004 2006 2008 2010
Fonte: Bloomberg.
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Economia Global
Informação Semanal
Julho 26 a 30, 2010
Indicadores de Actividade
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Economia Global
Informação Semanal
Julho 26 a 30, 2010
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Economia Global
Informação Semanal
Julho 26 a 30, 2010
2. Inflação e desemprego.
País/Região Inflação, IPC (taxa média anual, %) Taxa de desemprego (em % da população activa)
2006 2007 2008 2009P 2010P 2011P 2006 2007 2008 2009P 2010P 2011P
União Europeia* 2.2 2.2 3.5 0.8 1.5 1.4 7.6 6.8 6.8 8.7 9.9 9.8
Zona Euro** 2.2 2.1 3.3 0.3 1.1 1.4 8.2 7.4 7.3 9.2 10.5 10.5
Alemanha 1.8 2.3 2.8 0.2 0.6 0.7 9.8 8.4 7.3 7.7 9.2 9.3
França 1.9 1.6 3.2 0.1 1.1 1.6 9.2 8.4 7.8 9.5 10.2 10.0
Itália 2.2 2.0 3.5 0.8 1.8 2.0 6.8 6.1 6.8 7.8 8.7 8.7
Espanha 3.4 2.8 4.1 -0.3 1.1 1.3 8.5 8.3 11.3 18.0 20.0 20.5
Holanda 1.7 1.6 2.2 1.0 1.2 1.4 3.9 3.2 2.8 3.4 5.4 6.0
Bélgica 2.3 1.8 4.5 0.0 1.3 1.5 8.3 7.5 7.0 8.2 9.9 10.3
˘ustria 1.7 2.2 3.2 0.4 1.3 1.6 4.8 4.4 3.8 5.5 6.0 5.7
Grécia 3.3 3.0 4.2 1.3 1.4 1.9 8.9 8.3 7.7 9.0 10.2 11.0
Irlanda 2.7 2.9 3.1 -1.7 -0.8 1.2 4.5 4.6 6.0 11.7 14.0 13.2
Finlândia 1.3 1.6 3.9 1.6 1.4 1.3 7.7 6.9 6.4 8.5 10.2 9.9
Portugal 3.1 2.5 2.6 -0.8 0.9 1.5 7.7 8.0 7.6 9.5 10.5 10.8
Eslováquia 4.3 1.9 3.9 0.9 2.3 2.8 13.4 11.1 9.5 12.3 12.8 12.6
Luxemburgo 3.0 2.7 4.1 0.0 1.7 1.7 4.6 4.2 4.9 6.2 7.3 7.7
Eslovénia 2.5 3.8 5.5 0.9 1.7 2.0 6.0 4.9 4.4 6.7 8.3 8.5
Chipre 2.2 2.2 4.4 0.2 3.3 2.8 4.6 4.0 3.6 5.6 6.6 6.7
Malta 2.6 0.7 4.7 1.8 1.6 2.3 7.1 6.4 5.9 7.1 7.4 7.3
Reino Unido 2.3 2.3 3.6 2.2 3.2 1.0 5.4 5.3 5.6 7.8 8.7 8.0
Suécia 1.5 1.7 3.3 1.9 1.9 1.9 7.0 6.1 6.2 8.5 10.2 10.1
Polónia 1.3 2.6 4.2 3.5 2.5 2.5 13.9 9.6 7.1 8.4 9.9 10.0
Dinamarca 1.9 1.7 3.6 1.1 1.6 1.7 3.9 3.8 3.3 4.5 5.8 5.6
República Checa 2.1 3.0 6.3 0.6 1.4 1.6 7.2 5.3 4.4 6.9 7.9 7.4
Roménia 6.6 4.9 7.9 5.6 3.6 3.5 7.3 6.4 5.8 9.0 8.7 8.5
Hungria 4.0 7.9 6.0 4.0 4.2 2.5 7.5 7.4 7.8 10.5 11.3 10.5
Lituânia 7.4 7.6 12.0 2.5 1.3 2.0 9.0 6.9 5.6 7.0 8.0 7.2
Bulgária 3.8 5.8 11.1 4.2 -1.2 0.5 5.6 4.3 5.8 14.5 17.6 18.2
Letónia 6.6 10.1 15.3 3.3 -3.7 -1.2 6.8 6.0 7.5 16.9 19.9 18.7
Estónia 4.4 6.7 10.6 0.2 0.5 2.1 5.9 4.7 5.5 13.6 15.2 14.2
Suíça 1.0 1.0 2.4 -0.6 0.5 1.0 3.7 2.8 2.6 3.8 5.0 4.9
Noruega 2.3 0.8 3.2 2.3 1.8 2.3 3.4 2.5 2.6 3.3 4.0 3.8
Europa Emergente*** 10.4 9.5 14.8 11.5 9.9 8.5 11.8 10.0 9.6 12.7 12.8 12.0
Rússia 9.7 8.1 14.0 12.3 9.9 8.5 6.7 5.6 5.6 7.2 6.8 6.5
Turquia 9.6 8.2 10.5 6.2 6.8 5.7 9.8 9.9 10.7 15.0 14.8 13.0
EUA 3.2 2.9 3.8 -0.3 1.8 1.9 4.6 4.6 5.8 9.2 10.1 10.2
Canadá 2.0 2.2 2.5 0.2 1.3 1.9 6.3 6.0 6.1 8.3 8.3 8.2
Japão 0.3 0.0 1.4 -1.4 -1.4 -0.5 4.1 3.9 4.0 5.8 6.3 7.0
Oceânia*** 3.5 2.3 4.6 1.6 1.4 2.1 4.7 4.3 4.3 5.7 6.5 5.6
Austrália 3.5 2.3 4.6 1.6 1.5 2.1 4.8 4.4 4.3 5.7 6.4 5.5
Nova Zelândia 3.4 2.4 4.2 1.5 1.0 1.8 3.8 3.6 4.0 6.1 7.2 6.8
América Latina*** 4.1 4.9 5.8 4.8 4.7 4.0 7.7 7.6 6.8 7.7 n.d. n.d.
Brasil 3.1 4.5 5.9 4.3 5.5 4.5 10.0 9.3 7.9 8.1 8.1 7.8
México 3.6 4.2 4.9 5.4 3.5 3.0 3.6 4.8 4.9 6.8 n.d. n.d.
Argentina 10.9 8.8 8.6 5.6 5.0 5.0 10.2 8.5 7.9 8.8 10.8 n.d.
˘sia Emergente*** 3.1 4.4 6.2 1.7 2.4 2.6 3.6 3.4 3.6 3.7 3.7 n.d.
China 1.5 4.8 5.9 -0.1 0.6 1.5 4.1 4.0 4.2 4.3 4.2 4.2
Coreia do Sul 2.2 2.6 4.8 2.6 2.5 3.0 3.5 3.1 3.3 1.1 1.1 n.d.
¸ndia 6.1 6.4 8.3 8.7 8.4 5.7 n.d. n.d. n.d. n.d. n.d. n.d.
Taiwan 13.1 6.0 9.8 5.0 6.2 5.4 9.8 9.1 8.4 9.5 9.0 n.d.
Indonésia 0.6 1.8 3.5 -0.5 1.5 1.5 3.9 3.9 5.0 6.5 7.0 n.d.
Tailândia 4.6 2.2 5.5 -1.2 2.1 1.8 1.0 0.8 1.4 4.0 4.0 n.d.
Hong Kong 2.0 2.0 4.3 -1.0 0.5 1.5 4.8 4.0 3.5 5.1 4.8 4.6
Malásia 3.6 2.0 5.4 -0.1 1.2 1.9 3.0 3.0 3.1 4.5 5.0 n.d.
Singapura 1.0 2.1 6.5 -0.2 1.6 1.9 2.7 1.7 2.5 4.0 3.5 n.d.
˘frica do Sul 4.7 7.1 11.5 7.1 5.8 5.8 25.5 22.7 21.9 24.9 24.3 23.4
Angola 13.3 12.2 12.5 14.0 15.0 12.0 n.d. n.d. n.d. n.d. n.d. n.d.
Economia Global*** 2.6 2.9 4.2 1.2 1.9 1.9 5.0 4.6 4.9 6.4 n.d. n.d.
* As taxas de inflação e de desemprego correspondem às médias ponderadas dos 27 Estados membros da UE.
** As taxas de inflação e de desemprego correspondem às médias ponderadas dos 16 Estados membros.
*** As taxas de inflação e de desemprego correspondem às médias ponderadas dos países indicados. No caso da Economia Global, as participações de cada país são
corrigidas pelas paridades do poder de compra (purchasing power parity, PPP).
n.d. – informação não disponível.
E – Estimativas; P – Previsões.
Fontes: Espírito Santo Research, OCDE, FMI, Comissão Europeia, INE.
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