You are on page 1of 11

Plano de Aula

Princípios Ergonômicos

Márcia Vilma G. Moraes

São Paulo
2014 - Editora Érica Ltda.

1
Aula Tema a ser abordado Capítulo

1 Surgimento da ergonomia, definição agentes ergonômicos e da ergonomia Capítulo 1 – O Surgimento da Ergonomia

2 Desenvolvimento, fases e classificação da ergonomia, elaboração da NR17 Capítulo 1 – O Surgimento da Ergonomia

3 Conforto térmico, conforto acústico, iluminância Capítulo 1 – O Surgimento da Ergonomia

4 Técnica de medição do nível de iluminamento com uso do luxímetro Capítulo 1 – O Surgimento da Ergonomia

Definição de antropometria, fatores a serem considerados na antropometria,


5 Capítulo 2 - Antropometria
curva de Gauss

6 Tipos de antropometria estática e dinâmica Capítulo 2 - Antropometria

Definição de biomecânica ocupacional, coluna vertebral, disco intervertebral,


7 Capítulo 3 – Biomecânica Ocupacional
deformidades da coluna vertebral (cifose, escoliose e lordose)

Dores na coluna vertebral associadas a posturas inadequadas, lombalgia,


8 Capítulo 3 – Biomecânica Ocupacional
cervicalgia e hérnia do disco intervertebral

Anatomia e fisiologia muscular, sistema locomotor, articulações, tendões,


9 Capítulo 4 – Fisiologia do Trabalho Muscular
ligamentos e bursas

10 Trabalho estático e fadiga muscular Capítulo 4 – Fisiologia do Trabalho Muscular

11 Trabalho dinâmico e zona de trabalho Capítulo 4 – Fisiologia do Trabalho Muscular

Posturas de trabalho em pé, desvantagens e postura adequada para trabalho


12 Capítulo 4 – Fisiologia do Trabalho Muscular
em pé

Posturas de trabalho sentado, desvantagens e postura adequada para traba-


13 Capítulo 4 – Fisiologia do Trabalho Muscular
lho sentado

Definição de transporte manual de cargas, NR17 e NR11 sobre transporte


Capítulo 5 – Levantamento e Transporte Manual
14 manual de cargas, exemplos de equipamentos para transporte manual de
de Cargas
cargas

Regras para empurrar e puxar os equipamentos de transporte manual de Capítulo 5 – Levantamento e Transporte Manual
15
cargas de Cargas

Limites de peso recomendado para levantamento manual de cargas nacional Capítulo 5 – Levantamento e Transporte Manual
16
e internacional de Cargas

Recomendações para levantamento e transporte manual de cargas, abaixa- Capítulo 5 – Levantamento e Transporte Manual
17
mento e colocação de carga de Cargas

Capítulo 5 – Levantamento e Transporte Manual


18 Procedimento para transporte manual de sacos
de Cargas

Capítulo 5 – Levantamento e Transporte Manual


19 Uso do cinto abdominal lombar ou cinto pélvico
de Cargas

Capítulo 6 – Doenças Relacionadas ao Agente


20 Definição de LER/DORT, principais doenças relacionadas a LER/DORT
Ergonômico LER/DORT

Capítulo 6 – Doenças Relacionadas ao Agente


21 Fatores de risco e estágio da evolução da LER/DORT
Ergonômico LER/DORT

Capítulo 6 – Doenças Relacionadas ao Agente


22 Diagnóstico e tratamento da LER/DORT
Ergonômico LER/DORT

Capítulo 6 – Doenças relacionadas ao agente


23 Medidas de prevenção da LER/DORT
ergonômico LER/DORT

Ginástica laboral – história, implantação de um programa de ginástica laboral Capítulo 6 – Doenças Relacionadas ao Agente
24
na empresa Ergonômico LER/DORT

Modalidades da ginástica laboral, aquecimento, compensação e relaxamento, Capítulo 6 – Doenças Relacionadas ao Agente
25
execução da ginástica laboral Ergonômico LER/DORT

2 Princípios Ergonômicos
Aula Tema a ser abordado Capítulo

26 Definição e objetivos da Análise Ergonômica de Trabalho Capítulo 7 – Análise Ergonômica de Trabalho

27 Análise de demanda e análise de tarefa Capítulo 7 – Análise Ergonômica de Trabalho

28 Análise da atividade, técnicas de análise objetiva e subjetiva Capítulo 7 – Análise Ergonômica de Trabalho

29 Elaboração de check-list, questionário e entrevista Capítulo 7 – Análise Ergonômica de Trabalho

30 Diagnóstico e recomendações ergonômicas Capítulo 7 – Análise Ergonômica de Trabalho

Definição do trabalho noturno, ritmos biológicos: ultradiano, circadiano e Capítulo 8 – Risco Ergonômico aos Trabalhado-
31
infradiano res em Turnos e Noturnos

Capítulo 8 – Risco Ergonômico aos Trabalhado-


32 Cronobiologia: indivíduos matutinos, vespertinos e indiferentes
res em Turnos e Noturnos

Estruturas responsáveis pelo sono/vigília, hipotálamo, melatonina e tempera- Capítulo 8 – Risco Ergonômico aos Trabalhado-
33
tura corporal res em Turnos e Noturnos

Capítulo 8 – Risco Ergonômico aos Trabalhado-


34 As cinco fases do sono
res em Turnos e Noturnos

Capítulo 8 – Risco Ergonômico aos Trabalhado-


35 Complicações e medidas de prevenção do trabalho em turno e noturno
res em Turnos e Noturnos

Capítulo 8 – Risco Ergonômico aos Trabalhado-


36 Sindrome de burnout, sintomas, tratamento e prevenção
res em Turnos e Noturnos

Ergonomia na área da saúde, equipamentos para movimentação e transporte Capítulo 9 – Ergonomia em Alguns Segmentos
37
de paciente Econômicos

Capítulo 9 – Ergonomia em Alguns Segmentos


38 Ergonomia em postos de trabalhos de operadores de checkout NR17 anexo I
Econômicos

Capítulo 9 – Ergonomia em Alguns Segmentos


39 Ergonomia em teleatendimento/telemarketing NR17 anexo II
Econômicos

Capítulo 9 – Ergonomia em Alguns Segmentos


40 Ergonomia para profissionais da voz, orientação para higiene vocal
Econômicos

Plano de Aula 3
Respostas dos
Exercícios

Princípios Ergonômicos

Márcia Vilma G. Moraes

São Paulo
2014 - Editora Érica Ltda.

1
Capítulo 1
1) A ergonomia deriva de duas palavras gregas: ergos = trabalho, e nomos = normas, leis e
regras. Ela estuda a adaptação do trabalho às características dos indivíduos, de modo a
lhes proporcionar um máximo de conforto e segurança e um bom desempenho de suas
atividades no trabalho.

2)
»» Ergonomia de concepção ou ergonomia proativa: é a intervenção ergonômica na fase
de planejamento e concepção dos locais, postos ou instrumentos de trabalho. É a
melhor aplicação da ergonomia e aplica-se em situações não reais, simuladas em com-
putadores e modelos virtuais, ou seja, em projetos. Exige maior conhecimento e expe-
riência.
»» Ergonomia de correção ou ergonomia reativa: é a intervenção em situações reais,
como medida de correção ligada diretamente à produção ou a aspectos de segurança e
saúde do trabalhador. A solução adotada, muitas vezes, não é satisfatória, e exige custo
elevado para implantação.
»» Ergonomia de conscientização: neste tipo de ergonomia, os colaboradores são capa-
citados, por meio de treinamentos e reciclagem individual ou coletiva, a identificar e
corrigir os problemas do dia a dia de trabalho.
»» Ergonomia de participação: procura envolver o usuário do sistema na solução de pro-
blemas ergonômicos. Esse usuário pode ser o trabalhador, com correção do posto de
trabalho, ou o consumidor, quando se trata de produto de consumo.
3) Escurecer janelas com o uso de cortinas e persianas; pintar o local com cores claras, evi-
tando pontos brilhantes; escolher para o acabamento de superfície materiais pouco refle-
xivos; aumentar a área de luminosidade da luminária do ambiente de trabalho; proteger a
visão direta do trabalhador de lâmpadas.

4) O equipamento a ser utilizado é o luxímetro. Para a realização da medição, o equipamen-


to deve ser calibrado; devem-se evitar temperaturas e umidade elevadas; deve-se expor a
fotocélula à luz de 5 a 15 minutos, para estabilizar, antes de realizar a medição; a fotocé-
lula do equipamento deve ser colocada paralelamente à superfície de trabalho ou a 75 cm
do solo, quando não existir plano definido de trabalho; não se deve utilizar roupas claras;
não se deve fazer sombras durante a medição; a medição deve ser sempre realizada em
dias nublados.

5) Professor, certifique-se de que o aluno realizou a técnica correta para a medição nos locais
sugeridos. Discuta sobre os dados encontrados e aqueles que constam na norma da ABNT
que está na Tabela 1.1.

6) Professor, discuta com seus alunos o que foi encontrado no Estatuto da ABERGO sobre
princípios, finalidades, direitos dos associados, das bases de funcionamento, do registro,
entre outros.

2 Princípios Ergonômicos
Capítulo 2
1) A antropometria estuda as dimensões do corpo humano e as diferenças dimensionais
apresentadas por uma população trabalhadora. Com estes dados, a ergonomia pode pro-
jetar postos de trabalho que atendam às necessidades posturais de pelo menos 90% da
população estudada.

2) Na antropometria estática, são consideradas as dimensões do corpo em uma postura neu-


tra, ou posição padrão (em pé ou sentado), sem que uma atividade motora esteja sendo
desenvolvida. Na antropometria dinâmica, são consideradas as dimensões dos diversos
segmentos corporais quando se encontram em movimento, ou seja, são obtidas importan-
tes informações relacionadas aos ângulos utilizados pelas articulações e aos alcances dos
segmentos corporais.

3) Professor, separe os alunos por sexo (masculino e feminino) e peça-lhes para realizar pes-
quisa de altura, marcando as alturas dos homens e a altura das mulheres. Depois, solici-
te que apliquem as curvas de Gauss masculina e feminina, ficando em uma extremidade
o nome dos alunos que apresentarem a menor altura e, na outra extremidade da curva,
o nome dos alunos que apresentarem maior altura; os demais ficam na média da cur-
va (90%). Discuta com a classe o que poderia ser realizado ergonomicamente em uma
linha de produção com os dados apresentados nas curvas de Gauss masculina e feminina.
Quais critérios deverão ser usados na seleção dos candidatos a essa linha de produção?

Capítulo 3
1) A biomecânica ocupacional estuda as interações entre o trabalho e o homem, do ponto de
vista dos movimentos musculoesqueléticos envolvidos, e as suas consequências. Por isso,
ela depende do conhecimento da anatomia e da fisiologia dos segmentos corporais para
estudar estes movimentos musculoesqueléticos, principalmente na questão das posturas
corporais no trabalho.

2) Os fatores ocupacionais que podem ocasionar o desenvolvimento da lombalgia são: exe-


cutar trabalhos sentado, mantendo o corpo encurvado excessivamente para a frente;
executar trabalhos com a mão atingindo o chão, sem poder agachar-se; executar trabalhos
em pé, curvando o tronco para que as mãos atinjam os controles das máquinas; executar
trabalho sentado ou em pé com mesa excessivamente alta; executar trabalho sentado, com
assento muito baixo e sem apoio para o dorso.

3)
»» Cifose: aumento anormal da concavidade posterior da coluna vertebral. Deixa a
pessoa com as costas arqueadas, com o tórax retraído e com projeção dos ombros
para a frente. As causas dessa deformidade são a má postura e o condicionamento
físico insuficiente.

Respostas dos Exercícios 3


»» Escoliose: é a curvatura lateral da coluna vertebral, podendo ser estrutural ou não
estrutural.  O desvio lateral da coluna vertebral geralmente está localizado na região
torácica. A progressão da curvatura na escoliose depende, em grande parte, da idade
em que ela inicia e da magnitude do ângulo da curvatura durante o período de cresci-
mento na adolescência.
»» Lordose: é o aumento anormal da curva lombar, levando a uma acentuação da lordose
lombar normal. O desvio geralmente ocorre na região da bacia e resulta em uma cur-
vatura exagerada.
4) Professor, verifique com os alunos os dados obtidos da pesquisa e os ajude a compilá-los
estatisticamente. Se, entre 10 homens, 3 sentiram dores nas costas nos últimos 3 meses,
isso representa 30%; se, entre 10 mulheres, 5 sentiram dores nas costas, isso representa
50%. Com esses dados, você poderá identificar qual grupo entre os sexos sente mais dores
nas costas.

Capítulo 4
1) Quando mantém postura estática na execução de uma atividade, o trabalhador utiliza
somente um grupo muscular, que fica sem aporte de oxigênio por conta da compressão
dos vasos sanguíneos, o que diminui também a retirada dos resíduos metabólicos dos
músculos. Com isso, o corpo lança mão de uma energia anaeróbia (sem oxigênio), tendo
como resíduo metabólico o acido lático. Isso faz com que o músculo entre em fadiga, cau-
sando fortes dores musculares.

2) As regras a serem seguidas na execução de um trabalho em pé são:


»» Não manter a posição em pé por longos períodos, alternando períodos de trabalho
sentado com períodos de trabalho em pé.
»» Utilizar alternadamente a perna direita e a perna esquerda como apoio (sobre um ban-
co a mais ou menos 30 cm do chão), para facilitar a circulação sanguínea ou reduzir as
compressões sobre as articulações.
»» Para ficar em pé confortavelmente, devem-se manter os pés ligeiramente afastados.
»» A bancada precisa ter espaço para os pés se projetarem debaixo dela com estabilidade.
»» O tronco deve ficar ereto, ligeiramente fletido para a frente, visto que temos de olhar
para o trabalho que está sendo executado.
3) Professor, o aluno deve observar a linha de produção do filme, que, quando aumenta-
da, faz o trabalhador (Charlie Chaplin) aumentar sua força muscular para acompanhar a
velocidade da máquina (ergonomia física) e a pressão em que seu encarregado exige para
realizar a tarefa (ergonomia organizacional) e a modificação das ações do trabalhador
após a jornada de trabalho (ergonomia cognitiva).

4) Professor, procure analisar se o aluno conseguiu realizar a pesquisa e indique os pontos


corretos para os objetos encontrados na mesa, conforme a utilização deles.

4 Princípios Ergonômicos
Capítulo 5
1) Os critérios internacionais são recomendados pela NIOSH, que indica o limite de
peso para levantamento manual de cargas de 23 kg. Os critérios brasileiros são reco-
mendados pela FUNDACENTRO, que limita o peso para levantamento manual de
cargas da seguinte maneira: para adultos de 18 a 35 anos: homens - 40 kg, mulheres -
20 kg; para adolescentes de 16 a 18 anos: homens - 16 kg, mulheres - 8 kg; para meno-
res de 16 anos: é proibido o levantamento manual de carga.

2) As recomendações para levantamento da carga são:


»» Usar técnica adequada ao tipo de carga.
»» Colocar-se próximo à carga, posicionando-se de forma que haja simetria do corpo ao
elevá-la.
»» Sempre posicionar-se de frente para a carga.
»» Abaixar-se à altura da carga, flexionando os joelhos e mantendo a coluna reta.
»» Pegar a carga dobrando os dedos próximos a um ângulo de 90° debaixo da carga.
»» Realizar a elevação de uma só vez, utilizando a força das pernas.
»» Procurar não se curvar; a coluna deve servir como suporte.
»» Levantar cargas que estejam a pelo menos 40 cm do piso. Caso não estejam, erguê-las
em duas etapas, a primeira para uma plataforma, e a segunda definitivamente.
»» Antes de levantar um peso, remover os obstáculos que possam atrapalhar o movimento.
»» Quando estiver carregando o peso, evite rir, espirrar ou tossir.
»» Evitar movimentos de torção do corpo.
»» Manter a carga na posição mais próxima do eixo vertical do corpo.
»» Procurar distribuir simetricamente a carga.
»» Transportar a carga na posição ereta.
»» Movimentar cargas por rolamento sempre que possível.
»» Posicionar os braços junto ao corpo.
»» Usar sempre o peso do corpo, de forma a favorecer o manejo da carga.
E as recomendações para colocação da carga são:
»» Não depositar as cargas no chão, mas a cerca de 50 cm do solo.
»» Manter as costas retas e dobrar os joelhos.
»» Aproveitar a força das pernas para apoiar objetos mais pesados.
»» Evitar levantar cargas acima da cabeça.
»» Utilizar estrados ou pequenas escadas quando necessário.

Respostas dos Exercícios 5


3) A NR 11 determina a distância máxima a ser percorrida pelo trabalhador no transporte
manual de sacos como 60 m. Quando ocorrer operação manual de carga e descarga de
sacos de caminhão ou vagão, o trabalhador obrigatoriamente deve receber ajuda.

4) Professor, observe se os alunos conseguiram verificar os detalhes dos carrinhos para


transporte manual de cargas quanto a rodas, treinamento dos trabalhadores que operam o
carrinho e manutenção preventiva, e faça comentários sobre a importância dessas verifi-
cações, como checklist do dia a dia de trabalho, para evitar doenças relacionadas ao trans-
porte manual de cargas.

Capítulo 6
1) Os fatores de risco para o desenvolvimento do DORT são:
»» a região anatômica exposta aos fatores de risco;
»» a organização inadequada da atividade;
»» o tempo de exposição aos fatores de risco;
»» posturas inadequadas;
»» repetitividade de movimentos;
»» carga osteomuscular, como: força, repetitividade, duração da carga, tipo de preensão,
postura do punho e método de trabalho;
»» fatores psicossociais, como exigências do trabalho, personalidade do indivíduo, expe-
riências anteriores e situação social do trabalho.
2) As modalidades da ginástica laboral são:
»» Preparatória ou de aquecimento: recomendada antes da jornada laboral, visando pre-
parar os grupos musculares que irão ser utilizados durante a execução do trabalho,
melhorando o desempenho funcional e prevenindo acometimentos patológicos.
»» De compensação: recomendada no meio do período laboral, aplicada durante as pau-
sas do trabalhador. Esta modalidade foca a prevenção de posturas inadequadas ou
vícios posturais realizados pelo trabalhador no ambiente laboral, aumentando o poder
de concentração e mantendo o equilíbrio físico e mental.
»» De relaxamento: recomendada ao término do expediente laboral e prioriza recuperar
os músculos utilizados durante o trabalho, tendo como objetivo a diminuição do des-
gaste físico e psíquico do trabalhador.
3) A diferença entre os termos LER e DORT é que LER designa qualquer doença causa-
da por esforço repetitivo, sem que a causa seja necessariamente ocupacional, enquanto
DORT é o termo designado às doenças causadas pelo trabalho.

Exemplo: imagine um trabalhador que, em suas horas de lazer, joga tênis. Se esse traba-
lhador se queixar de dor na região do braço e for diagnosticado com tendinite, a doença
será uma LER, pois a causa não terá sido ocupacional. Porém, se um trabalhador que rea-

6 Princípios Ergonômicos
liza movimentos repetitivos em uma linha de produção apresentar a mesma queixa de dor
e tiver o mesmo diagnóstico, sua doença será um DORT, por ter havido ligação entre a
doença e o tipo de atividade laboral.

4) Professor, observe a realização dos exercícios pelos alunos. Se julgar necessário, busque
ajuda de um profissional da área (educador físico ou fisioterapeuta).

Capítulo 7
1) Na técnica objetiva, podemos utilizar observações “a olho nu” e/ou assistidas por meio
audiovisual (filmes). Na técnica subjetiva, podemos utilizar o questionário, o checklist e a
entrevista.
2) Nas condições ambientais, deve-se observar layout, mobiliário, presença de ruído, tipo de
iluminação e temperatura do ambiente. Nas condições organizacionais, deve-se observar
horas de trabalho, turnos, índice de retrabalho e dificuldades operacionais.
3) Os demais detalhes que devem ser contemplados na AET, segundo a NR 17, são:
»» avaliação da organização do trabalho, demonstrando o trabalho real e o trabalho pres-
crito;
»» descrição da produção em relação ao tempo alocado para as tarefas, e variações diá-
rias, semanais e mensais da carga de atendimento, incluindo variações sazonais e
intercorrências técnico-operacionais mais frequentes;
»» número de ciclos de trabalho e descrição, incluindo trabalho em turnos e trabalho
noturno;
»» número de ocorrências de pausas inter-ciclos;
»» explicitação das normas de produção, das exigências de tempo, da determinação do
conteúdo de tempo, do ritmo de trabalho e do conteúdo das tarefas executadas;
»» histórico mensal de horas extras realizadas em cada ano.
4) Professor, auxilie os alunos quanto à interpretação dos resultados da pesquisa para
que, de acordo com a pontuação encontrada, ele faça as observações a serem realiza-
das no local pesquisado.

Capítulo 8
1) Os grupos de trabalhadores mais afetados são profissionais das áreas da educação (profes-
sores) e da saúde (médicos, enfermeiros), policiais, agentes penitenciários, entre outros.
Esses trabalhadores são mais suscetíveis porque trabalham diretamente cuidando dos
outros, ou seja, mantêm contato direto com pessoas.

2) As complicações mais importantes que afetam o trabalhador em turnos e noturno são:


distúrbios gastrointestinais, distúrbios cardiovasculares, fadiga e acidentes, aspectos psi-
cossociais, familiares e interpessoais e distúrbios do sono.

Respostas dos Exercícios 7


3) Durante o sono REM (Rapid Eye Movement, movimento rápido dos olhos), a atividade
cerebral está a pleno vapor e desencadeia o processo de formação dos sonhos. Os múscu-
los ficam paralisados, as frequências cardíaca e respiratória voltam a aumentar e a pressão
arterial sobe. É o momento em que o cérebro faz uma espécie de faxina geral na memória,
fixando as informações importantes captadas durante o dia e descartando os dados inú-
teis. Durante o REM, os músculos longos do tronco, os braços e as pernas estão paralisa-
dos, mas os dedos das mãos e dos pés podem contrair-se. O fluxo sanguíneo em direção
ao cérebro aumenta e a respiração fica mais rápida e entrecortada. O REM é a fase dos
sonhos. Se a pessoa for acordada nessa fase, provavelmente recordará fragmentos de suas
fantasias. Depois de dez minutos de REM, volta-se a descer às fases de sono quieto. O
período de sono REM dura cerca de 45 minutos.

Capítulo 9
1) Barra do tipo trapézio no leito, plástico antiderrapante para os pés, plástico facilitador de
movimentos (passante), cinto de transferência, prancha de transferência para macas, dis-
cos giratórios para os pés, escada de cordas, elevador de transferência.

2) Comprimento de 2,70 m ou mais.

3) Uma bancada sem material de consulta deve ter, no mínimo, 75 cm de profundidade, medi-
dos a partir de sua borda frontal, e 90 cm de largura. Bancadas com material de consulta
devem ter, no mínimo, 90 cm de profundidade, a partir de sua borda frontal, e 100 cm de
largura.

4) A maçã deve ser ingerida antes e nos intervalos da atividade, para exercitar a musculatu-
ra da boca, contribuindo para uma articulação clara e uma voz com boa ressonância. Ela
também possui função adstringente, ou seja, deixa a saliva mais fina.

5) Professor, certifique-se de que o aluno coletou as informações corretas para a pesquisa.


Tabule os dados de acordo com o tempo de trabalho como professor e o número de vezes
em que ficou afônico, e observe se houve mais professores afônicos de acordo com maior
tempo de trabalho na função, assim como a época em que fica mais afônico. Com isso,
será possível observar dados que condizem com a falta de hidratação, como os afônicos
na época de frio.

8 Princípios Ergonômicos

You might also like