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Os seres vivos diferem da matéria bruta porque são constituídos de células. Os vírus são seres que
não possuem células, mas são capazes de se reproduzir e sofrer alterações no seu material
genético. Esse é um dos motivos pelos quais ainda se discute se eles são ou não seres vivos.
A célula é a menor parte dos seres vivos com forma e função definidas. Por essa razão,
afirmamos que a célula é a unidade estrutural dos seres vivos. A célula - isolada ou junto com
outras células - forma todo o ser vivo ou parte dele. Além disso, ela tem todo o "material"
necessário para realizar as funções de um ser vivo, como nutrição, produção de energia e
reprodução.
Cada célula do nosso corpo tem uma função específica. Mas todas desempenham uma
atividade "comunitária", trabalhando de maneira integrada com as demais células do corpo. É
como se o nosso organismo fosse uma imensa sociedade de células, que cooperam umas com as
outras, dividindo o trabalho entre si. Juntas, elas garantem a execução das inúmeras tarefas
responsáveis pela manutenção da vida.
As células que formam o organismo da maioria dos seres vivos apresentam uma membrana
envolvendo o seu núcleo, por isso, são chamadas de células eucariotas. A célula eucariota é
constituída de membrana celular, citoplasma e núcleo.
Nestas figuras você pode comparar uma célula humana (animal) com uma célula vegetal. A célula
vegetal possui parede celular e pode conter cloroplastos, duas estruturas que a célula animal não
tem. Por outro lado, a célula vegetal não possui centríolos e geralmente não possui lisossomos,
duas estruturas existentes em uma célula animal.
A membrana plasmática
A membrana plasmática é uma película muito fina, delicada e elástica, que envolve o conteúdo da
célula. Mais do que um simples envoltório, essa membrana tem participação marcante na vida
celular, regulando a passagem e a troca de substancias entre a célula e o meio em que ela se
encontra.
Observe a membrana plasmática. Ela é formada por duas camadas de lipídios e por proteínas de
formas diferentes entre as duas camadas de lipídios.
Dizemos, assim, que a membrana plasmática tem permeabilidade seletiva, isto é, capacidade de
selecionar as substâncias que entram ou saem de acordo com as necessidades da célula.
O citoplasma
O citoplasma é, geralmente, a maior opção da célula. Compreende o material presente na região
entre a membrana plasmática e o núcleo.
Ele é constituído por um material semifluido, gelatinoso
chamado hialoplasma. No hialoplasma ficam imersas as
organelas celulares, estruturas que desempenham funções
vitais diversas, como digestão, respiração, excreção e
circulação. A substância mais abundante no hialoplasma é a
água.
Um dos "combustíveis" mais comuns que as células utilizam na respiração celular é o açucar
glicose. Após a "queima" da glicose, com participação do gás oxigênio, a célula obtêm energia e
produz resíduos, representados pelo gás carbônico e pela água. O gás carbônico passa para o
sangue e é eliminado para o meio externo.
Organelas Celulares
Essa organela é constituída por um sistema de canais e bolsas achatadas. Apresenta várias
funções, dentre as quais facilitar o transporte e a distribuição de substâncias no interior da célula.
As membranas do retículo endoplasmático podem ou não conter ribossomos aderidos em sua
superfície externa. A presença dos ribossomos confere à membrana do retículo endoplasmático
uma aparência granulosa; na ausência dos ribossomos, a membrana exibe um aspecto liso ou
não-granulosos.
Organelas Celulares
É a organela celular que armazena parte das proteínas produzidas numa célula, entre outras
funções. Essas proteínas poderão então ser usadas posteriormente pelo organismo.
Os lisossomos e a digestão celular
São organelas que contêm substâncias necessárias à digestão celular. Quando a célula engloba
uma partícula alimentar que precisa ser digerida, os lisossomos se dirigem até ela e liberam o
suco digestório que contêm.
Fagocitose e pinocitose
Imagine um glóbulo branco do nosso corpo diante de uma bactéria invasora que ele irá destruir. A
bactéria é grande demais para simplesmente atravessar a membrana plasmática do glóbulo.
Nesse caso, a membrana plasmática emite expansões que vão envolvendo a bactéria. Essas
expansões acabam se fundindo e a bactéria é finalmente englobada e carregada para o interior da
célula.
Os centríolos são estruturas cilíndricas formadas por microtúbulos (tubos microscópicos). Essas
organelas participam da divisão celular, "orientando" o deslocamento dos cromossomos durante
esse processo. Geralmente cada célula apresenta um par de centríolos dispostos
perpendicularmente.
O núcleo da célula
O botânico escocês Robert Brown (1773 - 1858) verificou que as células possuíam um corpúsculo
geralmente arredondado, que ele chamos de núcleo (do grego nux: 'semente'). Ele imaginou que
o núcleo era uma espécie de "semente" da célula.
Nucléolo - Corpúsculo arredondado e naõ membranoso que se acha imerso na cariolinfa. Cada
filamento contém inúmeros genes. Numa célula em divisão, os longos e finos filamentos de
cromatina tornam-se mais curtos e mais grossos: passam, então, a ser chamados cromossomos.
Estão entre eles bactérias (Cyanobacteria), protistas (algas), e plantas. Os animais e os fungos
são heterótrofos.
Heterotrofismo ou heterotrofia, em biologia, é o nome dado à qualidade do ser vivo que não
possui a capacidade de produzir o seu alimento a partir da fixação de dióxido de carbono e por
isso se alimenta a partir de outros compostos inorgânicos ou orgânicos. É o contrário de
autotrofismo.
São heterotróficos todos os animais, a maior parte dos protistas (exceto algumas algas), a
maioria dos fungos e algumas plantas (apenas parcialmente e de forma muito limitada).
Resumindo:
A respiração celular é um processo em que ocorre a extração de energia química presente nas
moléculas de substâncias orgânicas. Assim, configura-se como uma maneira de obter e gerar energia
por parte do organismo, sendo essencial para a sua sobrevivência, podendo ocorrer de duas
maneiras: aeróbia ou anaeróbia.
Respiração aeróbia
A respiração é desenvolvida principalmente nas mitocôndrias, as quais funcionam como uma
espécie de usina de energia. Quando isso acontece, há uma completa desmontagem da glicose, em
que os átomos de carbono são separados em moléculas de CO2 e, em seguida, os átomos de
hidrogênio, com alta energia, são removidos.
A respiração aeróbia pode ser dividida em três etapas: glicólise, ciclo de Krebs e cadeia respiratória:
Respiração anaeróbia
Nesse processo de função metabólica não existe a presença de oxigênio e a energia é oriunda da
molécula ATP, formada pela base nitrogenada adenina, açúcar, além de três fosfatos. Essa ligação,
quando necessário, é quebrada para a liberação de energia.
Nesse caso, a glicose será originada da alimentação ou reservas criadas pelo próprio organismo.
Dessa forma, no citosol da célula, essa substância passa por diversas reações, ocasionadas por
várias enzimas e, em seguida, o piruvato, também usado na respiração aeróbia, será gerado. Durante
o processo de respiração anaeróbia, a molécula ADP (Fosfato de Adenosina) recebe fostato. Após
isso, ocorre a formação da ATP.
Assim acontece o processo de fermentação para que coenzimas possam ser reoxidadas. Esse
fenômeno é importante para a obtenção de produtos como: queijos, iogurte, vinho, cerveja, pães e
outros.
A Divisão Celular
Os cromossomos são responsáveis pela transmissão dos caracteres hereditários, ou seja, dos
caracteres que são transmitidos de pais para filhos. Os tipos de cromossomos, assim como o
número deles, variam de uma espécie para a outra. As células do corpo de um chimpanzé, por
exemplo, possuem 48 cromossomos, as do corpo humano, 46 cromossomos, as do cão, 78
cromossomos e as do feijão 22.
Note que não há relação entre esse número e o grau evolutivo das espécies.
Os 23 pares de cromossomos humanos.
Cada cromossomo abriga inúmeros genes, dispostos em ordem linear ao longo de filamentos.
Atualmente, estima-se que em cada célula humana existam de 20 mil a 25 mil genes. Os
cromossomos diferem entre si quanto à forma, ao tamanho e ao número de genes que
contêm.
Para que as células exerçam a sua função no corpo dos animais, elas devem conter todos os
cromossomos, isto é dois cromossomos de cada tipo: são as células diplóides. Com exceção das
células de reprodução (gametas), todas as demais células do nosso corpo são diplóides. Porém,
algumas células possuem em seu núcleo apenas um cromossomo de cada tipo. São as células
haplóides. Os gametas humanos – espermatozóides e óvulos – são haplóides. Portanto os
gametas são células que não exercem nenhuma função até encontrarem o gameta do outro sexo e
completarem a sua carga genética.
Nos seres humanos, tanto o espermatozóide como o óvulo possuem 23 tipos diferentes de
cromossomos, isto é, apenas um cromossomo para cada tipo. Diz-se então que nos gametas
humanos n= 23 (n é o número de cromossomos diferentes). As demais células humanas possuem
dois cromossomos de cada tipo. Essas células possuem 46 cromossomos (23 pares) no núcleo e
são representadas por 2n = 46.
Nas células diplóides do nosso corpo, os cromossomos podem, então, ser agrupados dois a dois.
Os dois cromossomos de cada par são do mesmo tipo, por possuírem a mesma forma, o mesmo
tamanho e o mesmo número de genes. Em cada par, um é de origem materna e outro, de origem
paterna.
Tipos de divisão celular
Nesse caso, os cromossomos também se duplicam no núcleo da célula-mãe (diplóide), que vai se
dividir e formar gametas (células-filhas, haplóides). Mas, em vez de o núcleo se dividir uma só
vez, possibilitando a formação de duas novas células-filhas, na meiose o núcleo se divide duas
vezes. Na primeira divisão, originam-se dois novos núcleos; na segunda, cada um dos dois novos
núcleos se divide, formando-se no total quatro novos núcleos. O processo resulta em quatro
células-filhas, cada uma com 23 cromossomos.
Os tecidos do corpo humano podem ser classificados em quatro grupos principais: tecido epitelial,
tecido conjuntivo, tecido muscular e tecido nervoso.
Tecido epitelial
As células do tecido epitelial ficam muito próximas umas das outras e quase não há substâncias
preenchendo espaço entre elas. Esse tipo de tecido tem como principal função revestir e proteger
o corpo. Forma a epiderme, a camada mais externa da pele, e internamente, reveste órgãos como
a boca e o estômago.
O tecido epitelial também forma as glândulas – estruturas compostas de uma ou mais células que
fabricam, no nosso corpo, certos tipos de substâncias como hormônios, sucos digestivos, lágrima
e suor.
Tecido conjuntivo
As células do tecido conjuntivo são afastadas umas das outras, e o espaço entre elas é preenchido
pela substância intercelular. A principal função do tecido conjuntivo é unir e sustentar os órgãos
do corpo.
Esse tipo de tecido apresenta diversos grupos celulares que possuem características próprias. Por
essa razão, ele é subdividido em outros tipos de tecidos. São eles: tecido adiposo, tecido
cartilaginoso, tecido ósseo, tecido sanguíneo.
O tecido adiposo é formado por adipócitos, isto é, células que armazenam gordura. Esse
tecido encontra-se abaixo da pele, formando o panículo adiposo, e também está disposto em volta
de alguns órgãos. As funções desse tecido são: fornecer energia para o corpo; atuar como
isolante térmico, diminuindo a perda de calor do corpo para o ambiente; oferecer
proteção contra choques mecânicos (pancadas, por exemplo).
Imagem de microscópio óptico de tecido adiposo. Note que as linhas são as delimitações das
células e os pontos roxos são os núcleos dos adipócitos. A parte clara, parecendo um espaço
vazio, é a parte da célula composta de gordura.
ecido conjuntivo
Tecido cartilaginoso forma as cartilagens do nariz, da orelha, da traquéia e está presente nas
articulações da maioria dos ossos. É um tecido resistente, mas flexível.
Nariz e orelha são formados por cartilagem.
O tecido ósseo forma os ossos. A sua rigidez (dureza) deve-se à impregnação de sais de cálcio
na substância intercelular.
O esqueleto humano é uma estrutura articulada, formada por 206 ossos. Apesar de os ossos
serem rígidos, o esqueleto é flexível, permitindo amplos movimentos ao corpo graças a ação
muscular.
O tecido sangüíneo constitui o sangue, tecido líquido. É formado por diferentes tipos de
células como:
Tecido muscular
As células do tecido muscular são denominadas fibras musculares e possuem a capacidade de se
contrair e alongar. A essa propriedade chamamos contratilidade. Essas células têm o formato
alongado e promovem a contração muscular, o que permite os diversos movimentos do corpo.
O tecido muscular pode ser de três tipos: tecido muscular liso, tecido muscular estriado
esquelético etecido muscular estriado cardíaco.
Tipos de tecidos musculares. Os pontos roxos são os núcleos das células musculares.
O tecido muscular liso apresenta uma contração lenta e involuntária, ou seja, não depende da
vontade do indivíduo. Forma a musculatura dos órgãos internos, como a bexiga, estômago,
intestino e vasos sangüíneos.
O tecido muscular estriado esquelético apresenta uma contração rápida e voluntária. Está ligado
aos ossos e atua na movimentação do corpo.
Tecido nervoso
As células do tecido nervoso são denominadas neurônios, que são capazes de receber estímulos
e conduzir a informação para outras células através do impulso nervoso.
Os neurônios têm forma estrelada e são células especializadas. Além deles, o tecido nervoso
também apresenta outros tipos de células, como as células da glia, cuja função é nutrir,
sustentar e proteger os neurônios. O tecido é encontrado nos órgãos do sistema nervoso como o
cérebro e a medula espinhal.
Órgãos
O estômago, por exemplo, é um órgão do corpo humano. Nele podemos reconhecer presença do
tecido epitelial e do muscular, entre outros.
O sistema digestório humano, por exemplo, atua no processo de aproveitamento dos alimentos
ingeridos. Esse sistema é formado pela boca, faringe, esôfago, estômago, intestino delgado e
intestino grosso. Além desses órgãos, o sistema digestório humano compreende glândulas anexas,
como as glândulas salivares, o pâncreas e o fígado. Os sistemas funcionam de maneira integrada,
e essa integração é fundamental para manter a saúde do organismo como um todo e,
consequentemente, a vida.
Resumindo
No nosso corpo é possível identificar diferentes níveis de organização que atuam nos processos
vitais. Podemos resumir essa organização por meio do seguinte esquema:
O Sistema Genital
Mudanças no corpo
A descoberta do sexo acontece com a descoberta do corpo. Moças e rapazes costumam
acompanhar atentamente as mudanças que ocorrem nos seus órgãos sexuais externos. Essas
mudanças são provocadas pela ação de hormônios.
As características sexuais primárias, visíveis nos órgãos genitais, são determinadas geneticamente
e estão presentes desde o nascimento, tanto no homem como na mulher.
O corpo masculino
As principais modificações visíveis no corpo masculino ao longo da adolescência estão descritas
abaixo.
Os testículos (dentro do saco escrotal) crescem primeiro e, pouco tempo depois, o pênis. Na
puberdade, os pêlos surgem em diversos locais: no rosto, nas axilas, no peito e nas áreas
próximas aos testículos. A voz também sofre mudanças.
Assim, colegas de mesma idade que a sua podem ser mais altos ou mais baixos que você ou
terem a voz mais ou menos grave que a sua, por exemplo. Isto não deve preocupá-lo. As pessoas
são diferentes e apresentam ritmos desiguais de desenvolvimento do corpo. É importante gostar
de você, aprendendo a cuidar e valorizar o seu próprio corpo.
Os rapazes possuem uma pequena quantidade de hormônios sexuais femininos, as garotas, uma
pequena quantidade de hormônios sexuais masculinos. Na puberdade, às vezes, um pequeno
desequilíbrio na quantidade desses hormônios pode provocar um ligeiro crescimento das mamas
nos rapazes ou pêlos em excesso nas garotas. Em geral, isso desaparece com o tempo, mas, se
persistir, o mais aconselhável é procurar orientação médica.
Na glande, há o orifício da uretra, canal que no corpo masculino se comunica tanto com o sistema
urinário quanto com o sistema reprodutor. O tamanho do pênis varia entre os homens e não tem
relação biológica com fertilidade e nem com potência sexual.
Quando o homem é estimulado, como ocorre numa relação sexual, culmina com o esperma sendo
lançado para fora do corpo masculino sob a forma de jatos. Esse fenômeno chama-se ejaculação.
O esperma é ejaculado através da uretra, por onde a urina também é eliminada. Durante uma
ejaculação normal são expelidos de 2 a 4 mililitros de esperma; cada mililitro contém
aproximadamente 100 milhões de espermatozóides.
Saco escrotal
Os espermatozóides, gameta sexual masculino, são produzidos nos testículos. Os testículos ficam
no saco escrotal, que tem aparência flácida e um pouco enrugada. É importante eles se
localizarem fora do abdome, pois os espermatozóides são produzidos em uma temperatura mais
baixa do que a do restante do corpo.
Nos dias frios ou durante um banho frio, o saco escrotal se encolhe, favorecendo o aquecimento
dos testículos. O uso de cueca apertada pode causar infertilidade temporária, decorrente do
aquecimento excessivo que provoca nos testículos.
Testículos
Os testículos são glândulas sexuais masculinas. São formadas por tubos finos e enovelados,
chamados túbulos seminíferos. Diferentemente do que ocorre com as garotas, que já nascem com
“estoque” de gametas (óvulos) “prontos” no corpo, é na puberdade, sob ação dos hormônios, que
se inicia no corpo masculino a produção de gametas (os espermatozóides) nos testículos.
A produção de espermatozóides começa na puberdade, por volta dos 12 ou 13 anos de idade e vai
até o fim da vida. Cada espermatozóide é formado basicamente de três partes: cabeça, colo e
cauda com flagelo.
Epidídimos
Os espermatozóides podem ficar armazenados nesses tubos por aproximadamente uma a três
semanas, até que a maturação seja completada. Isso aumenta a sua mobilidade.
Os espermatozóides passam do epidídimo para um tubo com parede muscular chamado ducto
deferente. De cada epidídimo parte um ducto deferente. Posteriormente e sob a bexiga urinária,
cada ducto deferente se une ao canal da glândula seminal do mesmo lado e forma um tubo único,
chamado ducto ejaculatório. Os ductos ejaculatórios lançam os espermatozóides num outro
canal – a uretra. A uretra é um tubo que se inicia na bexiga urinária, percorre o interior do pênis e
se abre no meio externo.
As glândulas seminais são duas glândulas em forma de bolsa. Elas produzem um líquido denso
que nutreos espermatozóides e aumenta a sua mobilidade.
A próstata é uma glândula produtora de um líquido de aspecto leitoso. Esse líquido é leitoso
e neutraliza a acidez de restos de urina na uretra e, numa relação sexual, a acidez natural da
vagina, protegendo assim os espermatozóides.
Em sua “viagem” até a uretra, os espermatozóides recebem os líquidos produzidos pelas glândulas
seminais e pela próstata. Ao passar pela uretra, os espermatozóides recebem também um líquido
lubrificante produzidos pelas glândulas bulbouretrais.
O corpo feminino
Observe a figura abaixo que mostra a passagem da adolescente para a mulher adulta. Algumas
das mudanças dessa passagem são o aumento dos seios e o aparecimento de pêlos pubianos e
pêlos nas axilas. Essas são algumas das características sexuais secundárias femininas.
Antes de falarmos do interior do corpo feminino, vamos conversar sobre a parte externa, por meio
da qual a mulher recebe estímulos e se relaciona com o meio ambiente.
Para a mulher, conhecer o próprio corpo é fundamental para ajudar a mantê-lo saudável.
O ginecologista(médico especializado em órgãos reprodutores femininos) pode esclarecer
dúvidas caso seja notado alguma alteração que cause estranheza.
Monte de Vênus ou púbis
Vulva
Nessa região, estão os pequenos e grandes lábios, que são dobras de pele muito sensíveis. Entre
os pequenos lábios, há o clitóris, pequenina estrutura do tamanho aproximado de uma ervilha e,
que em geral, provoca grandes sensações de prazer, quando estimulado.
Abertura da vagina
A abertura da vagina leva aos órgãos sexuais internos. Essa abertura é parcialmente bloqueada,
na maioria das garotas virgens, por uma fina membrana chamada hímen, que, geralmente, é
rompido na primeira relação sexual com a penetração do pênis. O hímen tem uma abertura por
onde ocorre a saída do sangue menstrual.
Uretra
O orifício da uretra é por onde sai a urina; não conduz a nenhum órgão sexual interno.
Ânus
O ânus é o orifício por onde saem as fezes; é a saída da tubo digestório. Também não tem ligação
com órgãos sexuais internos.
Períneo
Entre o ânus e a vulva, na entrada da vagina, existe uma região chamada períneo. No homem, o
períneo localiza-se entre o saco escrotal e o ânus.
Na hora do parto, muitas vezes é necessário fazer um pequeno corte no períneo, para que a
cabeça do bebê não lacere (corte) os músculos dessa região. Isso é importante para proteger a
mãe, pois lesões extensas no períneo farão com que ela, no futuro, possa sofrer de “queda de
bexiga” e perda da capacidade de controlar a retenção da urina. Após o nascimento do bebê, o
médico faz a sutura (dá pontos com linha e agulha cirúrgica) do períneo. O procedimento é feito
com anestesia local.
O corpo feminino por dentro
Vagina
Útero
É um órgão oco, constituído por tecido muscular, com grande elasticidade, que tem forma e
tamanho semelhantes aos de uma pêra. Em caso de gravidez, o útero está preparado para alojar
o embrião até o nascimento.
Ovários
Os ovários são as glândulas sexuais femininas, nas quais, desde o nascimento da menina – ficam
armazenados aproximadamente 400 mil gametas femininos.
Essas células sexuais são chamadas óvulos. Elas contém a metade do material genético necessário
ao desenvolvimento de um bebê. Os óvulos que existem nos ovários das meninas são imaturos.
Os hormônios sexuais são responsáveis pelo amadurecimento e pela liberação desses óvulos.
Tubas uterinas
São dois tubos delgados que ligam os ovários ao útero. Revestindo esses tubos internamente,
existem células com cílios que favorecem o deslocamento do óvulo até a cavidade uterina.
Os seios
O desenvolvimento dos seios ocorre na puberdade e nem sempre acontece de forma idêntica, às
vezes, um seio é ligeiramente maior do que o outro. O tamanho do seio varia de uma mulher para
outra. Do mesmo modo que acontece com o nariz, com as mãos ou com os pés, que não são de
tamanho igual em todas as pessoas, nem mesmo no caso de irmãos.
A ovulação
A ovulação é a liberação de um óvulo maduro feita por um dos ovários por volta do 14º dia do
ciclo menstrual, contado a partir do primeiro dia de menstruação. No ovário (o local de onde sai o
óvulo) surge o corpo lúteo ou amarelo – uma estrutura amarelada que passa a produzir o
estrogênio e progesterona. Esses hormônios atuam juntos, preparando o útero para uma possível
gravidez, além disso, o estrogênio estimula o aparecimento das características sexuais femininas
secundárias.
O óvulo liberado é “captado” por uma das tubas uterinas, que ligam os ovários ao útero.
Revestindo essas tubas internamente, existem células com cílios que favorecem o deslocamento
do óvulo até a cavidade do útero.
A fecundação
Na divisão celular (meiose) para a formação dos gametas (óvulo e espermatozóide) a mulher só
gera gametas (óvulos) X enquanto que o homem pode gerar gametas
(espermatozóides) X e Y.
Então:
A menstruação
A menstruação ocorre quando não há fecundação e o óvulo é eliminado pelo canal
vaginal com o sangue e o material resultante da descamação da mucosa uterina.
O ciclo menstrual é o período entre o início de
uma menstruação e outra. Esse período
dura, em média 28 dias, mas pode ser mais
curto ou mais longo.
A menstruação pode vir acompanhada de cólicas. Se as dores forem leves, atividades físicas
orientadas, técnicas de relaxamento bolsa de água quente sobre o ventre e chás podem ser de
grande ajuda. Caso as cólicas sejam intensas e dolorosas, é recomendado procurar um
ginecologista, que pode ajudar a solucionar esse problema.
Durante a menstruação o cuidado com a higiene deve ser redobrado. O sangue eliminado não é
sujo, mas, em contato com o ar, pode provocar mau cheiro e se transformar em um meio propício
para o desenvolvimento de micróbios. A rotina não deve ser alterada. Tomar banho, lavar os
cabelos, fazer ginástica, dançar, tomar sorvete não faz mal algum. Os absorventes
descartáveis são os mais indicados, e a troca deles deve ser regular, de acordo com a intensidade
do fluxo sangüíneo.
As mulheres podem, alguns dias antes da menstruação, perceber que os seios estão inchados e
doloridos, sentir-se irritada, com vontade de chorar. Quando isso ocorre, elas podem estar
com tensão pré-menstrual (TPM), nome dado a um confundo de várias sensações
desagradáveis que acomete algumas mulheres e parece, segundo alguns estudos, estar
relacionado aos hormônios. Nesse caso, deve-se procurar um médico, que vai aconselhar o que
fazer para diminuir ou eliminar os sintomas da TPM.
A nidação
O embrião, parecido com uma “bolinha” de células, chega ao útero. Lá ele se implanta, isto é, se
fixa na mucosa uterina, aproximadamente oito dias após a fecundação. Essa fixação na mucosa
uterina chama-se nidação.
O pequeno embrião, formado a partir do zigoto, poderá se desenvolver no útero, protegido por
membranas e pelo líquido amniótico. Logo nas primeiras semanas de gravidez, forma-se a
placenta.
A importância da placenta
O parto
Depois de aproximadamente nove meses cerca de 40 semanas após o ato da fecundação, o feto já
se desenvolveu e está pronto para viver no ambiente externo ao útero materno, que não tem mais
condições de mantê-lo e protegê-lo. Está na hora de nascer.
De modo geral, a hora do parto é cercada de muita expectativa, ansiedade e até medo, o que
acarreta numa grande excitação da gestante principalmente daquela que está dando à luz o seu
primeiro filho.
Essas contrações provocam a dilatação do colo do útero. O colo do útero, ou colo uterino, é a
parte do útero que se comunica com a vagina. A sua posição é no fundo do canal vaginal. No
momento do parto, é essa porção que dilata, dando passagem ao feto nascer. Por isso a vagina
também é chamada de canal de parto. Na maioria dos casos, nas últimas semanas de gestação o
bebê se vira, colocando a cabeça na parte mais larga da pélvis da mãe. A cabeça se apresenta,
assim, em primeiro lugar, o que facilita o parto.
Cesariana
A cesariana é um procedimento cirúrgico com anestesia, em que se faz uma incisão (corte)
horizontal, na barriga da mãe, alguns centímetros abaixo do umbigo. Por meio dele, retiram-se o
bebê e a placenta.
A cesariana é indicada especialmente quando o bebê não está em posição favorável; quando ele
está sofrendo; quando não há dilatação do colo do útero; se a mãe está correndo o risco; se é
hipertensa. Como os demais tipos de cirurgia, não deve ser uma prática indiscriminada, feita sem
necessidade ou orientação médica.
Todas as células do sangue são originadas na medula óssea vermelha a partir das células
indiferenciadas pluripotentes (células-tronco). Como consequência do processo de diferenciação
celular, as células-filhas indiferenciadas assumem formas e funções especializadas.
Plaquetas
Plaquetas são restos celulares originados da fragmentação de células gigantes da medula óssea,
conhecidas como megacariócitos. Possuem substâncias ativas no processo de coagulação
sanguínea, sendo, por isso, também conhecidas como trombócitos (do grego, thrombos =
coágulo), que impedem a ocorrência de hemorragias.
Glóbulos vermelhos
Glóbulos vermelhos, hemácias ou eritrócitos (do grego, eruthrós = vermelho, e kútos = célula)
são anucleados, possuem aspecto de disco bicôncavo e diâmetro de cerca de 7,2 m m. São ricos
em hemoglobina, a proteína responsável pelo transporte de oxigênio, a importante função
desempenhada pelas hemácias.
Glóbulos brancos
Glóbulos brancos, também chamados de leucócitos (do grego, leukós = branco), são células
sanguíneas envolvidas com a defesa do organismo.
Essa atividade pode ser exercida por fagocitose ou por meio da produção de proteínas de defesa,
os anticorpos.
A
G
R
Célula com diâmetro que varia
A
entre 10 e 14 mm. Núcleo Acredita-se que atuem em
N
volumoso com forma de S. Cerca processos alérgicos, a exemplo dos
U
de 0,5 % do total dos glóbulos mastócitos.
L
brancos.
Ó
C
I
T
O
Célula com diâmetro que varia Responsáveis pela defesa imunitária
S
entre 8 a 10 mm. Dois tipos do organismo. Linfócitos B
básicos: B e T. Núcleo esférico. diferenciam-se em plasmócitos, as
Cerca de 25% a 35% do total de células produtoras de anticorpos.
leucócitos. Linfócitos T amadurecem no timo,
uma glândula localizada no tórax.
Os canais de Havers comunicam-se entre si, com a cavidade medular e com a superfície externa
do osso por meio de canais transversais ou oblíquos, chamados canais perfurantes (canais de
Volkmann). O interior dos ossos é preenchido pela medula óssea, que pode ser de dois tipos:
amarela, constituída por tecido adiposo, e vermelha, formadora de células do sangue.
Tipos de células do osso
As células ósseas ficam localizadas em pequenas cavidades existentes nas camadas concêntricas
de matriz mineralizada.
Além dos osteoblastos e dos osteócitos, existem outras células importantes no tecido ósseo: os
osteoclástos (do grego klastos, quebrar, destruir). Essas células são especialmente ativas na
destruição de áreas lesadas ou envelhecidas do osso, abrindo caminho para a regeneração do
tecido pelos osteoblastos. Os cientistas acreditam que os ossos estejam em contínua remodelação,
pela atividade conjunta de destruição e reconstrução empreendidas, respectivamente, pelos
osteoclastos e osteoblastos. Você encontrará mais informações sobre os osteoclastos no texto
sobre remodelação óssea.
A formação do tecido ósseo
A ossificação – formação de tecido ósseo – pode se dar por dois processos: ossificação
intramenbranosa eossificação endocondral.
No primeiro caso, o tecido ósseo surge aos poucos em uma membrana de natureza conjuntiva,
não cartilaginosa. Na ossificação endocondral, uma peça de cartilagem, com formato de osso,
serve de molde para a confecção de tecido ósseo. Nesse caso, a cartilagem é gradualmente
destruída e substituída por tecido ósseo.
Crescimento nos ossos longos
A ossificação endocondral ocorre na formação de ossos longos, como os das pernas e os dos
braços.
Nesses ossos, duas regiões principais sofrerão a ossificação: o cilindro longo, conhecido como
diáfise e as extremidades dilatadas, que correspondem as epífises.
Entre a epífise de cada extremidade e a diáfise é mantida uma região de cartilagem, conhecida
como cartilagem de crescimento, que possibilitará a ocorrência constante de ossificação
endocondral, levando à formação de mais osso. Nesse processo, os osteoclastos desempenham
papel importante. Eles efetuam constantemente a reabsorção de tecido ósseo, enquanto novo
tecido ósseo é formado.
O crescimento ocorre até que se atinja determinada idade, a partir da qual a cartilagem de
crescimento também sofre ossificação e o crescimento do osso em comprimento cessa.
Remodelação óssea
Depois que o osso atinge seu tamanho e forma adultos, o tecido ósseo antigo é constantemente
destruído e um novo tecido é formado em seu lugar, em um processo conhecido como
remodelação.
A remodelação ocorre em diferentes velocidades nas várias partes do corpo. Por exemplo, a
porção distal do fêmur é substituída a cada 4 meses; já os ossos da mão são completamente
substituídos durante a vida inteira do indivíduo. A remodelação permite que os tecidos já gastos
ou que tenham sofrido lesões sejam trocados por tecidos novos e sadios. Ela também permite que
o osso sirva como reserva de cálcio para o corpo.
Em um adulto saudável, uma delicada homeostase (equilíbrio) é mantida entre a ação dos
osteoclastos (reabsorção) durante a remoção de cálcio e a dos osteoblastos (aposição) durante a
deposição de cálcio. Se muito cálcio for depositado, podem se formar calos ósseos ou esporas,
causando interferências nos movimentos. Se muito cálcio for retirado, há o enfraquecimento dos
ossos, tornando-os flexíveis e sujeitos a fraturas.
O crescimento e a remodelação normais dependem de vários fatores
Com o envelhecimento, o sistema esquelético sofre a perda de cálcio. Ela começa geralmente aos
40 anos nas mulheres e continua até que 30% do cálcio nos ossos seja perdido, por volta dos 70
anos. Nos homens, a perda não ocorre antes dos 60 anos. Essa condição é conhecida
como osteoporose.
O uso de aparelhos ortodônticos é um exemplo de remodelação dos ossos, neste caso, resultando
na remodelação da arcada dentária.
Os aparelhos exercem forças diferentes daquelas a que os dentes estão naturalmente submetidos.
Nos pontos em que há pressão ocorre reabsorção óssea, enquanto no lado oposta há deposição de
matriz. Assim, os dentes movem-se pelos ossos da arcada dentária e passam a ocupar a posição
desejada.
Tecidos musculares
As células dos tecidos musculares são alongadas e recebem o nome de fibras musculares ou
miócitos. Em seu citoplasma, são ricas em dois tipos de filamento protéico: os de actina e os
de miosina, responsáveis pela grande capacidade de contração e distensão dessas células.
O tecido muscular estriado esquelético constitui a maior parte da musculatura do corpo dos
vertebrados, formando o que se chama popularmente de carne. Essa musculatura recobre
totalmente o esqueleto e está presa aos ossos, daí ser chamada de esquelética. Esse tipo de
tecido apresenta contração voluntária (que depende da vontade do indivíduo).
Um músculo esquelético é um pacote de longas fibras. Cada uma delas é uma célula dotada de
muitos núcleos, chamado miócitos multinucleados. Um fibra muscular pode medir vários
centímetros de comprimento, por 50 mm de espessura.
A célula muscular estriada apresenta, no seu citoplasma, pacotes de finíssimas fibras contráteis,
as miofibrilas, dispostas longitudinalmente. Cada miofibrila corresponde a um conjunto de dois
tipos principais de proteínas: as miosina, espessas, e as actinas, finas. Esses proteínas estão
organizados de tal modo que originam bandas transversais, claras e escuras, características das
células musculares estriadas, tanto as esqueléticas como as cardíacas.
No centro de cada banda I aparece uma linha mais escura, chamada linha Z. O intervalo entre
duas linhas Z consecutivas constitui um miômetro ou sarcômero e correspondem à unidade
contrátil da célula muscular.
No centro de cada banda A existe uma faixa mais clara, chamada banda H, bem visível nas
células musculares relaxadas e que vai desaparecendo à medida que a contração muscular ocorre.
Na contração muscular, os miofilamentos não diminuem de tamanho, mas os sarcômeros ficam
mais curtos e toda a célula muscular se contrai.
O encurtamento dos sarcômeros ocorre em função do deslizamento dos miofilamentos finos sobre
os grosso, havendo maior sobreposição entre eles: a banda I diminui de tamanho, pois os
filamentos de actina deslizam sobre os de miosina, penetram na banda A e reduzem a largura da
banda H.
Apresenta miócitos estriados com um ou dois núcleos centrais. Esse tecido ocorre apenas no
coração e apresenta contração independente da vontade do indivíduo (contração involuntária). No
músculo cardíaco essa contração é vigorosa e rítmica.
Essas células musculares são menores e ramificadas, intimamente unidas entre si por estruturas
especializadas e típicas da musculatura cardíaca: os discos intercalares, que fazem a conexão
elétrica entre todas as células do coração. Assim, se uma célula receber um estímulo
suficientemente forte, ele é transmitido a todas as outras células e o coração como um todo se
contrai. Essa transmissão do estímulo é feita por canais de passagem de água e íons entre as
células, que facilita a difusão do sinal iônico entre uma célula e outra, determinando a onda
rítmica de contração das células. Os discos intercalares possuem estruturas de adesão entre
células que as mantêm unidas mesmo durante o vigoroso processo de contração da musculatura
cardíaca.
Existem numerosas terminações nervosas no coração, mas o sistema nervoso atua apenas
regulando o ritmo cardíaco às necessidades do organismo.
As células musculares lisas não apresentam estriação transversal, característica das células
musculares esqueléticas e cardíacas. A razão disso é que os filamentos de actina e miosina não se
encontram alinhados ao longo do comprimento da célula. Acredita-se que eles estejam arranjados
em espiral dentro da fibra muscular lisa.
Células sanguíneas
O processo de formação das células sanguíneas chama-se “hematopoiese”. Ocorre
na medula óssea quando um pequeno grupo de células, chamadas células
estaminais, se desenvolvem em todos os tipos de células do sangue, na medula,
através de um processo chamado “diferenciação”.
“Mielo” refere-se às células sanguíneas mielóides – um grupo de células sanguíneas
que inclui os glóbulos vermelhos, alguns glóbulos brancos e plaquetas. Pode ser útil
compreender um pouco mais sobre o que são estas células e como actuam:
brancos estão abaixo do normal, chama-se neutropenia. Os glóbulos brancos também se chamam leucócitos.
Sangue arterial é o sangue rico em oxigênio. O sangue arterial circula pelas veias
pulmonares e pelas artérias sistêmicas. O termo sangue arterial não significa sangue que
circula nas artérias, mas sim sangue rico em oxigênio. O sangue que circula nas artérias
pulmonares é denominado venosos, pobre em oxigênio e rico em gás carbônico.
A maior quantidade de oxigênio muda as características físicas deste tipo, passando o
mesmo de uma tonalidade arroxeada para vermelho vivo, modificando o pH de baixo para
um pH alto.
O sangue arterial segue a parte venosa da pequena circulação até atingir, no coração,
o átrio esquerdo, o ventrículo esquerdo, as artérias, arteríolas e capilares sistêmicos.
Nestes últimos, o oxigênio do sangue arterial, por difusão, passa às células do organismo.
Somente os capilares fazem essa troca com as células, as artérias e arteríolas são muito
espessas para tal difusão.
O oxigênio é utilizado pelas células para tornar mais eficiente o processo de obtenção
da energia química acumulada nas moléculas (Ver: Respiração celular) Durante a
Hematose, onde o O2 é transformado em CO2, o sangue venoso é transformado em
sangue arterial.
Respiração celular é o processo de conversão das ligações químicas de moléculas ricas
em energia que poderão ser usadas nos processos vitais. Ela pode ser de dois
tipos, respiração anaeróbia (sem utilização de oxigênio) e respiração aeróbia (com
utilização de oxigênio).
A respiração celular é o processo de obtenção de energia mais utilizado pelos seres vivos.
Na respiração, ocorre a liberação de dióxido de carbono, energia e água e o consumo de
oxigênio e glicose, ou outra substância orgânica, tal como lipídios.
A organela responsável por essa respiração é a mitocôndria.
Do ponto de vista da fisiologia, o processo pelo qual um organismo vivo troca oxigênio e
dióxido de carbono com o seu meio ambiente é chamado de ventilação, respiração ocorre
apenas na célula, operação executada pela mitocôndria.
Do ponto de vista da bioquímica, respiração celular é o processo de conversão das
ligações químicas de moléculas ricas em energia que possa ser usada nos processos
vitais.
A respiração celular processa-se nas seguintes etapas:
Glicólise
Ciclo de Krebs
Cadeia respiratória
Fosforilação oxidativa
O processo básico da respiração celular é a quebra da glicose ou Glicólise, que se pode
expressar pela seguinte equação química:
C6H12O6 + 6O2 → 6CO2 + 6H2O + energia
Nutrientes (energia química) + O2 → CO2 + H2O + Energia(alguma que se perde sob a
forma de calor e outra parte armazena-se sob a forma de ATP)
Este artigo centra-se nos fenómenos da respiração celular, que se processa segundo
duas sequências básicas:
Glicólise(ocorrida no citosol) e Oxidação do piruvato(ocorrida na matriz mitocondrial)
através de um de dois processos: Respiração aeróbia ou Respiração anaeróbia
Índice
[esconder]
1Oxidação do piruvato
2Respiração aeróbica
3Respiração anaeróbica
4Ver também
Índice
[esconder]
1História
2A transferência de energia pela quimiosmose
3Moléculas de transferência de protões e electrões
4Cadeias de transporte electrónico em eucariontes
o 4.1NADH-coenzima Q oxidoredutase (complexo I)
o 4.2Succinato-Q oxidorredutase (complexo II)
o 4.3Flavoproteína de transporte de electrões-Q oxidorredutase
o 4.4Q-citocromo c oxidorredutase (complexo III)
o 4.5Citocromo c oxidase (complexo IV)
o 4.6Redutases e oxidases alternativas
o 4.7Organização de complexos
5Cadeias de transporte electrónico de procariontes
6ATP sintase
7Espécies reactivas de oxigénio
8Inibidores
9Referências
10Bibliografia recomendada
11Ligações externas
Redução da coenzima Q a partir da sua forma de ubiquinona (Q, cima) à forma totalmente reduzida
ubiquinol (QH2, em baixo).
Nalguns eucariontes, tais como o verme parasita Ascaris suum, existe uma enzima similar
ao complexo II, a fumarato redutase(menaquiol:fumarato oxidorredutase, ou QFR) que
opera de forma reversa, oxidando ubiquinol e reduzindo fumarato. Este processo permite
ao parasita sobreviver no ambiente anaeróbio do intestino grosso, realizando fosforilação
oxidativa anaeróbia usando fumarato como aceitador final de electrões.[36] Outra função
pouco convencional do complexo II é encontrada no parasita que causa
a malária Plasmodium falciparum, em que a acção reversa do complexo II é importante na
regeneração de ubiquinol, utilizado pelo parasita num tipo raro
de biossíntese de pirimidina.[37]
Como apenas um dos electrões pode ser transferido em cada passo do doador QH2 para
um citocromo aceitador, o mecanismo de reacção do complexo III é mais elaborado que
aqueles de outros complexos respiratórios e ocorre em dois passos colectivamente
designados "ciclo Q".[46] No primeiro passo, a enzima liga três substratos: primeiro o QH2,
que sofre oxidação, passando um electrão para o segundo substrato, o citocromo c, e dois
protões para o espaço intermembranar. O terceiro substrato é Q, que aceita o segundo
electrão de QH2, reduzindo-se ao radical Q.- (ubisemiquinona). Os primeiros dois
substratos são libertados, enquanto que o intermediário ubisemiquinona permanece ligado.
No segundo passo, liga-se uma segunda molécula de QH2, passando novamente um
electrão a outro citocromo c. O segundo electrão é transferido para a ubisemiquinona,
reduzindo-a a QH2 ao mesmo tempo que são captados dois protões da matriz
mitocondrial. QH2 é então libertado da enzima.[47]
À medida que a coenzima Q é reduzida a ubiquinol no lado interno da membrana e
oxidada a ubiquinona no outro lado, existe uma transferência líquida de protões através da
membrana, que contribui para o gradiente de protões.[15] Este mecanismo é relativamente
complexo mas assegura um aumento da eficiência da transferência de protões: se apenas
uma molécula de QH2 fosse utilizada para reduzir directamente dois citocromos, a
eficiência seria a metade, havendo apenas a transferência de um protão por citocromo
reduzido.[15]
Potencial de meia
Enzima respiratória Par redox onda
(Volts)
Esta reacção de fosforilação é um equilíbrio químico, que pode ser deslocado alterando-se
a força motriz protónica. Se não existe uma força motriz, a reacção da ATP sintase
prossegue da direita para a esquerda, havendo a hidrólise de ATP e o bombeamento de
protões para fora da matriz, através da membrana. No entanto, quando a força motriz é
alta, a reacção procede da esquerda para a direita, permitindo o fluxo de protões no
sentido do gradiente de concentração (da maior concentração para a menor) e produzindo
ATP a partir de ADP.[74]
A ATP sintase é um complexo proteico de grandes dimensões, em forma de cogumelo. A
enzima em mamíferos contém 16 subunidades e uma massa de aproximadamente
600 quilodalton.[78] A parte da enzima embebida na membrana é designada FO e contém
um anel de subunidades "c" e o canal de protões. O eixo e a "cabeça" em forma de bola é
designada F1, sendo o local onde ocorre a síntese de ATP. O complexo em forma de bola
na extremidade de F1 contém seis proteínas de dois tipos distintos (três subunidades α e
três subunidades β); o eixo consiste numa proteína (subunidade γ), cuja extremidade
penetra na zona das subunidades α e β.[79] Tanto a subunidade α como a β conseguem
ligar nucleótidos, mas apenas a subunidade β catalisa a reacção de síntese do ATP. Uma
outra subunidade actua como um braço lateral, estendendo-se ao longo de F1, penetrando
a membrana e ligando as subunidades α e β à base da enzima.
À medida que os protões atravessam a membrana através do canal na base da ATP
sintase, FO entra em movimento de rotação.[80] Esta rotação poderá ser causada por
mudanças no estado de ionização de aminoácidos no anel de subunidades "c", o que
poderá causar interacções electrostáticas que propulsionam o anel.[81] Este anel em
rotação, por sua vez, força a rotação do eixo central (subunidade γ) dentro das
subunidades α e β; estas não entram em rotação por se encontrarem fixas pelo braço
lateral, que actua como um estator. É o movimento da subunidade γ que providencia a
energia necessária para os centros activos das subunidades β sofrerem alterações que
permitam a produção e libertação de ATP.[14]
Esta reacção de síntese de ATP é designada em Inglês como binding change
mechanism (algo como "mecanismo de ligação-modificação") e consiste na modificação
cíclica do centro activo de cada subunidade β em três estados.[11] No estado "aberto", o
ADP e o fosfato entram no centro activo. A proteína muda de conformação capturando as
moléculas e liga-as de forma fraca (estado de ligação fraca). A enzima muda então
novamente de conformação e força o encontro entre estas moléculas (estado "fechado"),
em que o centro activo liga a recém-produzida molécula de ATP com alta afinidade. O
centro activo volta então ao estado "aberto", permitindo a libertação da molécula de ATP e
podendo voltar a ligar ADP e fosfato.
Nalgumas bactérias e arqueas, é o movimento de iões sódio, não de protões, através da
membrana que potencia a síntese de ATP.[82][83] Arqueas como as pertencentes ao
género Methanococcus contêm também a A1Ao sintase, uma forma da enzima que contém
proteínas com muito pouca semelhança a nível da estrutura primária (sequência de
aminoácidos) com subunidades de outras ATP sintases bacterianas e eucarióticas. É
possível que, nalgumas espécies, esta forma da enzima seja uma ATP sintase
especializada no transporte de sódio,[84] embora tal não seja obrigatoriamente verdadeiro
em todos os casos.[83]
Nem todos os inibidores da fosforilação oxidativa são toxinas. No tecido adiposo castanho
existem canais protónicos regulados designados proteínas de desacoplamento que
conseguem fazer o desacoplamento da respiração e síntese de ATP.[94] Este é um tipo de
respiração rápida que produz calor e é de particular importância como forma de manter
a temperatura corporal em animais em hibernação, embora tais proteínas possam também
ter uma função mais geral nas respostas ao stress celular.[95]
2. TUMEFAÇÃO CELULAR:
Sinonímia:
"Hidropsia celular", Edema intracelular.
Conceito:
Acúmulo intracelular de água (hiperhidratação celular),
conseqüência de desequilíbrios no controle do gradiente osmótico à
nível de membrana citoplasmática e nos mecanismos de absorção e
eliminação de água e eletrólitos intracelulares.
Classificação:
De acordo com o tipo da distribuição da água acumulada, a
tumefação celular pode ser classificada em:
Características macroscópicas:
Aumento de volume e peso da víscera (tumefação, cápsula tensa,
consistência pastosa, superfície de corte proeminente), com palidez
(compressão vascular pelas células tumefeitas) e/ou coloração
acinzentada clara (lembrando o aspecto de "cozido").
Características microscópicas:
o No exame à fresco: Citoplasma opaco, granuloso, turvo,
refringente ("efeito tyndal"), com transparência diminuída
mascarando o núcleo (Razão para o batismo com o termo
"Tumefação turva", por VIRCHOW).
Causas:
Hipóxia, infecções bacterianas e virais, hipertermia, intoxicações
endógenas e exógenas, etc...
Mecanismo:
o O2 Respiração mitocondrial ATP:
Tumefação Turva
A tumefação turva trata-se de uma alteração degenerativa que atinge células parenquimatosas,
principalmente do fígado, rins e coração, caracterizadas pelo acúmulo de água no interior da
célula. Os órgãos atingidos iram apresentar um aumento no seu volume, palidez (decorrente da
compressão dos capilares) e tumefação.
Índice
[esconder]
1Patogenia
2Aspecto macroscópico
3Aspecto microscópico
4Possíveis causadores da Degeneração hidrópica
TUMEFAÇÃO TURVA
Tumefação turva é uma alteração que atinge as células parenquimatosas ( céluas
especializadas, próprias de cada tecido), principalmente do fígado, rins e coração,
caracterizada por alterações mitocondriais e acúmulo de agua nas células.
CAUSAS:
Infecções agudas graves;
Tóxicos exógeno ou endógeno;
Carência de oxigênio.
EVOLUÇÃO:
PATOGÊNESE:
A água entra nas mitocôndrias por aumento da pressão osmótica nelas, devido ao
acúmulo de produtos intermediários do metabolismo. A perda da função da membrana
celular pode dar-se por sua lesão e na ausência de lesão por carência de energia.
Essa carência é consequente a redução de oxidação nas mitocôndrias ( centro
energético da células). A redução das oxidações causa deficiente formação de ATP,
necessária para fornecer energia a membrana celular.
DEGENERAÇÃO HIDRÓPICA
Acúmulo de água no interior da célula devido à lesão química ou tóxica,
alterando, assim, o funcionamento da bomba de Na+ e K+, fazendo com que haja um
influxo de H2O para dentro da célula na tentativa do equilíbrio
eletrolítico, conseqüência de desequilíbrios no controle do gradiente osmótico no nível
da membrana citoplasmática e nos mecanismos de absorção, eliminação de água e
eletrólitos intracelulares.
Difere da degeneração turva pela forma de acumular água em vacúolos, que
se convalescem, formando nos epitélios o que se conhece com o nome de vesícula.
Praticamente todos os tipos de lesão levam, ao menos em um primeiro
momento, a acumulação de água intracelular. Como conseqüência, a célula adota
um aspecto edematoso, que corresponde ao aumento de água e sódio no
citoplasma ou nas cisternas do retículo endoplasmático. Este fenômeno se deve à
alteração da bomba de sódio-potássio produzido pela diminuição de adenosina
trifosfato (ATP). A conseqüência direta é a retenção de sódio e água na célula
Este fenômeno é conhecido como degeneração hidrópica ou degeneração
vacuolar, é o grau mais intenso do edema celular e que geralmente conduz à morte
celular, que tem como característica principal o acúmulo de água no meio intracelular
(hiperhidratação celular), decorrente de desequilíbrios no controle do gradiente
osmótico no nível da membrana citoplasmática e nos mecanismos de absorção,
eliminação de água e eletrólitos intracelulares. A degeneração hidrópica é considerada
como um estágio mais avançado da degeneração turva, portanto suas causas são
semelhantes, variando apenas e intensidade.
• Etiologia – causa mais comum anóxia sistêmica grave.
Características macroscópicas:
• Aumento de volume tecidual;
• Tonalidade pálida;
• Perda da elasticidade do tecido;
• Brilho característico.
Características microscópicas:
• Células aumentadas de volume;
•Núcleo deslocado para a periferia, resultado do acúmulo de água;
•Presença de grânulos eosinofílicos.
• Aumento do volume celular, com alteração da proporção citoplasma/núcleo e
vacuolização citoplasmática que aumenta de volume, freqüência e intensidade de acordo
com o estágio da lesão.
Suas possíveis causas se dá pela:
1. hipóxia
2. infecções bacterianas e virais
3. hipertermia
4. intoxicações endógenas e exógenas
ESTEATOSE:
Sinonímia:
Metamorfose gordurosa, deposição ou transformação
gordurosa, "degeneração e infiltração gordurosa", adipose
degenerativa, lipofanerose e lipose celular.
Conceito:
Acúmulo anormal reversível de lípides no citoplasma de
células parenquimatosas (principalmente de túbulos renais,
hepatócitos, e fibras do miocárdio - células que normalmente
metabolizam muita gordura) onde normalmente lípides não
seriam evidenciados histologicamente, formando vacúolos
(pequenos e múltiplos ou único e volumoso) em conseqüência
de desequilíbrios na síntese, utilização ou mobilização.
Metabolismo lipídico:
Lípides na dieta (25 a 160 g/dia) no Intestino
delgado (Lipase pancreática + Peristaltismo +Sais
biliares /emulsificação em micelas = TG AG +
MG) Absorção no jejuno proximal
(PINOCITOSE) Micelas pinocitadas entram em contato
com REL Ressíntese de TG e ésteres do
colesterol Formação de quilomícrons EXOCITOSE
para vasos linfáticos (Quilíferos) Ducto torácico Vasos
sangüíneos Tecido adiposo: [armazenamento
principalmente no tecido subcutâneo, mesentério, epíploon e
tecido peri renal]. Fígado: Passagem pelos capilares
sinusóides (ação de lipases) Hidrólise em Ac. Graxos e
Glicerol Contato com microvilosidades dos
hepatócitos ENDOCITOSE dos Ac. Graxos e Glicerol
pelos hepatócitos Utilização no metabolismo energético
(mitocôndrias) "Estocagem" (lipossomos, quando
excessivos = Esteatose) Esterificação / conversão para TG
e FL, que levados ao RER subsidiarão a síntese de
Lipoproteínas de baixa densidade para exportação.
Características macroscópicas:
a. As modificações no volume e coloração do órgão afetado
dependerão da causa da esteatose e da quantidade de lípide
acumulado.
Características microscópicas:
a. Ocorre vacuolização citoplasmática que deve ser diferenciada da
Degeneração hidrópica - vacuolar e da Infiltração glicogênica
através de colorações especiais.
Características ultraestruturais:
"Lipossomos" = pequenos grânulos densos, as vezes em contato
com o RE, que podem se coalescer formando "lipossomos
gigantes".
Etiopatogenia:
b. Xantomatose:
Colesterol e ácidos graxos nos histiócitos formando nódulos
ou placas no tecido subcutâneo e tendões.
c. Lipoidoses Generalizadas:
Desvios metabólicos congênitos, caracterizados pela
deposição intracelular de lípides complexos, afetando
principalmente as células do SNC coração, rins, retina, etc...,
em conseqüência de ausência de enzimas lisossomicas
responsáveis pela correta metabolização (refletem mutações
em muitos loci). Exemplos: Esfingoliposes,
gangliosidoses, Tay Sachs, Doença de Gaucher, etc...
RESPIRAÇÃO CELULAR
• O que é?
A respiração celular é um fenômeno que consiste basicamente no processo de extração de
energia química acumulada nas moléculas de substâncias orgânicas diversas, tais como
carboidratos e lipídios.
• Processo
Para obter energia, a célula obrigatoriamente precisa de glicose. Isto ocorre da seguinte forma:
a mitocôndria quebra a molécula de glicose introduzindo oxigênio no carbono, capturando,
assim, sua energia. Após este processo, sobrará apenas o gás carbônico, que sairá na
expiração.
No caso das plantas, a glicose é produzida através da fotossíntese. Neste processo, a planta
recebe gás carbônico do ar e energia do sol para fazer esta composição química. A medida
que ela produz glicose, elimina oxigênio.
A mitocôndria faz exatamente o contrário do que ocorre na fotossíntese, ou seja, ela retira sua
energia através da quebra da glicose e libera gás carbônico.
Em química orgânica sabemos que a ligação de carbono com carbono é energética, assim, em
busca deste combustível indispensável às suas atividades, a mitocôndria o retirará dos átomos
de carbono.
FERMENTAÇÃO
• O que é?
• Etapas da Fermentação
Glicólise: a glicose é oxidada e formam-se duas moléculas de ácido pirúvico. O agente
oxidante é o NAD que é transformado em NADH. O saldo energético é de duas moléculas de
ATP.
Redução do ácido pirúvico: o ácido pirúvico, ou moléculas orgânicas que se formam a partir
dele, são aceitadoras dos electrões do NADH, o que permite regenerar o NAD . O NAD pode,
assim, voltar a ser utilizado na oxidação da glicose com formação de 2 ATP. Os produtos finais
da fermentação dependem da molécula orgânica que é produzida a partir do ácido pirúvico.
Existem vários tipos de fermentação, o que depende da molécula orgânica que é aceitadoras
do hidrogénio na fase de redução do ácido pirúvico.
• Processo
Normalmente o processo ocorre associado às condições anaeróbias (ausência de O 2). Porém,
dependendo do organismo ou tipo celular, a fermentação também pode ocorrer na presença de
O2, como exemplo, podemos citar as amebas, eucariontes sem mitocôndrias que geram
energia apenas via fermentação. (Porém, é importante ressaltar que as amebas são micro-
aerofílicas! Vivem em concentrações baixas de O2). Assim como as amebas, os nossos
eritrócitos (células vermelhas do sangue), também não possuem mitocôndrias e só podem
gerar energia via glicólise. Nossas células musculares, caso não recebam O2, também podem
gerar energia via fermentação (fermentação láctica).
Postado por Miquéias Sena às 15:52 Um comentário:
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FOTOSSÍNTESE
• O que é?
A fotossíntese é um processo realizado pelas plantas para produção de seu próprio
alimento. De forma simples, podemos entender que a planta retira gás carbônico do ar e
energia do Sol.
• Processo
Através deste processo, a planta produz seu próprio alimento constituído essencialmente
por glicose. À medida que a planta produz glicose, ela elimina oxigênio.
A glicose é utilizada pela planta na realização de suas funções metabólicas, ou seja, ela é
o seu principal combustível, sem ela, seria impossível manter suas funções vitais.
• Importância da fotossíntese
Sem a fotossíntese, não existiria vida em nosso planeta, pois é através dela que se inicia
toda a cadeia alimentar. Daí a grande importância das plantas, vegetais verdes e alguns
outros organismos.
Postado por Miquéias Sena às 15:41 5 comentários:
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Página inicial
METABOLISMO ENERGÉTICO
Os seres vivos utilizam a molécula de adenosina trifosfato (ATP) como fonte de energia
para diferentes ações, desde o ato de virar uma página até os batimentos cardíacos.
Basicamente, o ATP é constituído por um nucleotídeo composto pela base nitrogenada
(adenina) ligada a um açúcar (ribose) e três fosfatos, cuja energia é armazenada nas
ligações químicas entre os fosfatos. O rompimento dessa ligação libera fosfato que é
utilizado nos processos celulares.
Quando a molécula de ATP perde um fosfato, essa se torna uma molécula com dois
fosfatos, denominada adenosina difosfato (ADP), entretanto, quando o ATP é
degradado a sua forma mais simples, liberando dois fosfatos e, consequentemente, mais
energia, torna-se uma molécula com apenas um fosfato,
denominada adenosina monofosfato (AMP). O ATP é utilizado e gerado durante os
processos de respiração celular, tanto na presença de oxigênio (respiração aeróbia)
quanto na ausência de oxigênio (respiração anaeróbia e fermentação)
Estrutura do ATP, ADP e AMP (Foto: Objetos educacionais/Mec)
RESPIRAÇÃO
A respiração divide-se em duas fases: a anaeróbia, que compreende a etapa da
glicólise, que ocorre na ausência do oxigênio no citoplasma das células eucariótica e
procariótica, e aeróbia que ocorre na presença do oxigênio. A fase aeróbia divide-se
em duas etapas: o ciclo de Krebs que ocorre na matriz mitocondrial das células
eucarióticas e no citoplasma das células procarióticas, e a cadeia respiratória que ocorre
nas cristas mitocondriais e próximas à face interna da membrana plasmática, em
eucariotos e procariotos, respectivamente.
Esquema simplificado dos processos que envolvem a respiração aeróbia (Foto: Objetos
educacionais/Mec)
Glicólise: nessa etapa, a glicose (C _6_6 H _{12}_{12} O _6_6 ) é oxidada, em um
processo denominado glicólise, usando dois ATPs por moléculas de glicose para
fornecer a energia inicial. Ao final da glicólise, produzem duas moléculas de piruvato, 4
ATPs, sendo que 2 ATPs irão repor os utilizados inicialmente, havendo, portanto um
saldo final de 2 ATPs e a liberação de elétrons energizados e íons H ^+^+ , são
capturados por aceptores de elétrons denominados NAD ^+^+ (do inglês Nicotinamide
Adenine Dinucleotide), formando, no final da glicólise, dois equivalentes reduzidos em
NADH ^+^+ .
Ciclo de Krebs: o piruvato, com três carbonos, produzido na glicólise, passa para o
interior das mitocôndrias, onde é oxidado até o grupo acetil, com dois carbonos, pela
ação da piruvato desidrogenase, liberando uma molécula de gás carbônico (CO _2_2 ) e
energia, sendo parte dela captada quando NADH ^+^+ é reduzido, formando
NADH _2_2 e, a outra parte da energia é captada quando o grupo acetil é combinado
com a coenzima A, formando a acetilcoenzima A (Acetil CoA). O Acetil CoA combina-
se com um composto de quatro carbonos, o ácido oxalacético, e libera a coenzima A,
formando o ácido cítrico. Ao longo do ciclo, o ácido cítrico perde dois carbonos na
forma de CO _2_2 e oito hidrogênios que são captados por NAD e por um
outro aceptor de elétrons chamado FAD (do inglês, Flavin Adenine Dinucleotide). Ao
final, forma-se o ácido oxalacético, que novamente se unirá ao acetil CoA, reiniciando o
ciclo. Durante esse processo, formam-se também duas moléculas de GTP (do
inglês Guanosine Triphosphate), muito semelhante ao ATP.
Cadeia respiratória ou fosforilação oxidativa: nessas regiões há enzimas oxidativas
organizadas em sequência, denominadas citocromos, que atuam como transportadores
de elétrons. A essa série de enzimas dá-se o nome de cadeia respiratória. As moléculas
de NADH e FADH formadas na glicólise e no ciclo de Krebs são oxidadas na cadeia
respiratória, transferindo os elétrons para os citocromos. À medida que os elétrons de
hidrogênio provenientes dessas moléculas passam pelos transportadores, esses são
oxidados e perdem energia que é armazenada em moléculas de ATP, através da
fosforilação do ADP. Por esse fato, a cadeia respiratória também é conhecida como
fosforilação oxidativa. O receptor final do hidrogênio é o oxigênio, formando a água. É
de extrema importância o fornecimento constante de oxigênio, caso contrário os
transportadores ficariam sempre com seus hidrogênios reduzidos, sem condições de
receber novos hidrogênios, interrompendo a respiração. A cadeia respiratória é
responsável pela maior parte de ATP produzido pela célula. Ao final, produz-se 8
NADH _2_2 , 2 FADH _2_2 e 34 ATP.
FERMENTAÇÃO
A fermentação ocorre na ausência do oxigênio no citosol da célula eucariótica e
procariótica. A glicose é degradada em substâncias mais simples, como o
ácido lático (fermentação lática) e o álcool etílico (fermentação alcoólica). Tanto
na fermentação lática como alcoólica há um saldo de apenas 2 moléculas de
ATP e, em ambos os processos, iniciam com o ácido pirúvico obtido da
glicólise, como descrito na respiração aeróbia.
Realizada por certas bactérias, protozoários, fungos e Realizada por certas bactérias e leveduras.
células do tecido muscular (durante intensa atividade
física, há ausência de oxigênio, com isso as células
realizam fermentação, e a liberação do ácido lático
ocasiona a fadiga muscular) e hemácias.
Processo utilizado para produção de iogurte, Processo utilizado para produção de vinho, cerveja, pão
conservas, entre outros. (o fermento biológico contendo o fungo, acrescentado na
massa, reage com o açúcar, produzindo CO 2 que fica
armazenado em cavidades dentro da massa), obtenção
de álcool pela cana-de-açúcar, entre outros.
Piruvato é reduzido a lactato pela ação da enzima Piruvato é convertido a acetaldeído através da ação
lactato-desidrogenase, utilizando íons de hidrogênio piruvato descarboxilase, gerando CO2 e NADH e
provenientes da reoxidação do NADH2 formados na reoxidando o NADH, através da álcool desidrogenase, o
glicólise. acetaldeído é convertido em álcool etílico
Como não há oxigênio, o aceptor final de hidrogênio é Como não há oxigênio, o aceptor final de hidrogênio é o
o próprio piruvato. acetaldeído.
Sistema Nervoso
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O sistema nervoso representa uma rede de comunicações do organismo.
É formado por um conjunto de órgãos do corpo humano que possuem a função de
captar as mensagens, estímulos do ambiente, "interpretá-los" e "arquivá-los".
Consequentemente, ele elabora respostas, as quais podem ser dadas na forma de
movimentos, sensações ou constatações.
Você sabia?
Nascemos já sabendo mamar que é importante para alimentação. O reflexo
de sucção e procura do seio passa a ser voluntário por volta do segundo
mês!
http://sonosesonhos.blogspot.com.br/2009/08/reflexos-dos-recem-nascidos.html
http://saude.hsw.uol.com.br/desenvolvimento-recem-nascido2.htm
• Nervo Sensorial: O nervo aferente conduz o potencial de ação gerado pela ativação do
receptor para o SNC penetrando na medula espinhal por meio das raízes dorsais.
• Nervo motor: O nervo eferente conduz potenciais de ação do SNC para o órgão efetor
deixando a medula a partir da raiz ventral.
Fluxo sanguíneo
Sistema Vascular Sanguíneo:
Coração: Bombeamento de sangue através dos vasos.
Artérias: Vasos eferentes (centro para periferia), tornam-se menores
com as ramificações, leva o sangue para os tecidos.
Capilares: Vasos muito delgados, rede de túbulos finos por onde
ocorre o intercâmbio entre sangue e tecidos adjacentes.
Veias: Convergência dos capilares, levam o sangue dos tecidos para
o coração.
Artérias e veias possuem características estruturais (gerais) em
comum - Túnicas íntima, média e adventícia.
Túnica íntima: É uma camada de células endoteliais apoiada na
subendotelial. Em artérias a túnica íntima está separada pela lâmina
elástica interna (presença de fenestrações).
Túnica média: É um conjunto de camadas concêntricas de células
musculares lisas. Entre as células existem as fibras elásticas e
reticulares, proteoglicanas e glicoproteínas. Em artérias a lâmina
elástica externa separa a túnica média da adventícia. É responsável
pela vasodilatação,vasoconstrição e manutenção do tônus da
estrutura.
Túnica adventícia: Apresenta colágeno I e fibras elásticas. Torna-se
gradualmente contínua como o tecido conjuntivo do órgão pelo qual
está passando. Contém Vaso vorum (vasos que nutrem os próprios
vasos, se ramificam e nutrem as túnicas adventícia e média). ex:
Arteríolas, capilares e vênulas que se ramificam na adventícia,
ocorrem mais em veias.
Artérias
Classificadas de acordo com o diâmetro: Arteríolas, artérias de
diâmetro médio (musculares), artérias de grande diâmetro (elásticas).
Arteríolas:
Diâmetro < 0,5mm; lúmen estreito; camada subendotelial delgada;
lâmina elástica interna ausente nas muito finas; camada média com
uma ou duas camadas de células musculares lisas; não possuem
lâmina externa.
Veias:
Classificadas em Vênulas, veias de pequeno e médio calibre, veias de
grande calibre.
Vasos capilares:
Camada única de células endoteliais em forma tubular, com diâmetro
entre 7 e 9 nanômetros e extensão até 50 nanômetros. Em corte
transversal apresentam de 1 a 3 células sobre a lâmina basal. Células
endoteliais são poligonais, apresentam citoplasma com poucas
organelas e zônulas de oclusão (forma de comunicação entre células -
trocas gasosas).
Transporte de sangue:
As veias levam ao coração, sangue vindo do corpo. Suas paredes são
mais finas que as artérias. As artérias levam sangue do coração a todo
o corpo. Suas paredes são espessas e dilatáveis. Os capilares levam
sangue aos tecidos, para fornecer oxigênio às células. Eles ligam
artérias e veias.
Disposição
2 Grandes Troncos Base Coração (Artérias)
-Artéria Aorta = VE (Grande Circulação)
- Artéria Pulmonar = VD (Pequena Circulação ou Regenerativa)
Veja a imagem:
As
estruturas citadas estão circundadas por um quadrado vermelho.
Corpo -> Veias cavas superior e inferior -> Átrio direito -> Óstio
atrioventricular (valva tricúspide) -> Ventrículo direito -> Valva
troncopulmonar -> Artéria tronco pulmonar -> Artérias pulmonares
esquerda e direita -> Arteríolas pulmonares -> Capilares -> Vênulas
pulmonares -> Veias pulmonares superior e inferior direita e esquerda -
> Átrio esquerdo -> Óstio atrioventricular (valva bicúspide ou mitral) -
> Ventrículo esquerdo -> Valva aórtica -> Artéria aorta -> Corpo
Corpo
Essa é uma das partes que acho mais interessantes. Acho que muitos
que leram o texto até agora (o que acho muito difícil) perguntaram-se:
Se o sangue passa do átrio para o ventrículo, certamente, há aberturas;
então, se há aberturas, como é possível que cada cavidade possa
encher-se de fluido? A resposta é que, comunicando cavidade com
cavidade e cavidade com artéria, há valvas, e uma delas é a valva
tricúspide.
Valva troncopulmonar
Pequena circulação
Logo após, a artéria aorta dá origem a muitos outros ramos, que irrigam
o restante do corpo.
Para que isso ocorra, essas diversas substâncias - junto com muitas
outras, como hormônios - precisam circular pelo organismo, se
locomovendo de um lugar para outro. Para isso serve o nosso sistema
circulatório, composto pelos vasos sanguíneos e pelo coração.
Foto da internet mostrando o momento de uma cirurgia: veja como não somos um saco
de sangue; nosso sangue corre perfeitamente dentro de vasos.
Mas alguém aí pode falar: "Mas quando sofremos qualquer cortinho
besta já sangramos...". É verdade. Vou explicar: se todas as células do
nosso corpo precisam receber o sangue, ele precisa chegar até as áreas
mais remotas, nossas extremidades. Para isso, nossos vasos vão se
ramificando, como se fossem galhos de árvores, e vão ficando mais
finos quanto mais perto das suas células-alvo. Dessa forma, o sangue
chega em todos os cantos, levando e trazendo tudo o que uma célula
precisa. O sangramento que acontece nos nossos cortinhos e
arranhões, provém da ruptura desses pequenos vasinhos superficiais,
mas é em pequeno volume, podendo coagular e estancar rapidamente.
nos pulmões esse sangue terá seu gás carbônico removido, será
novamente enriquecido com oxigênio através da respiração e
voltará ao coração novamente pelas veias pulmonares.... É um
ciclo fechado. E observamos que esse ciclo tem um circuito
curto (circulação pulmonar), entre o coração e o pulmão e um
circuito grande (circulação sistêmica), entre o coração e o
restante do corpo.
Esquema que ilustra a circulação pulmonar e a circulação sistêmica
Entre essas câmaras do coração e entre os ventrículos e grandes vasos
que se ligam à ele existem válvulas (chamamos de valvas) que
mantém o sangue fluindo em uma única direção.
No entanto, pelo fato de o sangue não ter mais tanta pressão nas veias,
ele precisa de uma ajudinha para fazer esse caminho de volta. Por isso
as nossas veias também contém válvulas em seu percurso, para evitar
que o sangue reflua, fazendo-o sempre seguir em frente.
http://saladeobservacao.blogspot.com.br/2012/02/como-funciona-
nosso-corpo-circulacao.html
O coração é formado por musculo estriado cardíaco e é o único lugar do corpo onde é
possivel encontrar essa musculatura. Esse músculo como um todo, o miocárdio, é revestido
internamente por uma delgada camada de epitélio e lâmina basal: o endocárdio. Por outro lado,
revestindo o miocárdio externamente está o pericárdio, que é formado por duas membranas: o
pericárdio parietal, que é mais externo, voltado para o mediastino, e o pericárdio visceral
(epicárdio), mais interno, que entra em contato direto com o miocárdio.
Os septos cardíacos.
Ainda que, na fase adulta, o lado direito do coração seja completamente individualizado do
lado esquerdo, na fase embrionária há uma comunicação entre os átrios esquerdo e direito: o
óstio oval. Ao nascermos, contudo, esse óstio se fecha, deixando apenas um vestígio de sua
existência que pode ser visualizado no lado direito do septo interatrial. Essa "cicatriz" é
chamada de fossa oval.
Estruturas internas do coração. No interior do átrio direito, em destaque, está a fossa oval.
Valva tricúspide aberta mostrando as cordas tendíneas, que se prendem aos músculos papilares.
Isquemia
CID-9 413
Isquemia (do grego ισχαιμία; isch- restrição, hema sangue) é a falta de fornecimento
sanguíneo para um tecido orgânico devido a obstrução causada por um trombo, seja ele
formado por placas gordurosas ou por coágulos sanguíneos. Como o sangue, através
das hemácias (glóbulos vermelhos), leva o oxigênio às células, a isquemia resulta em falta
de glicose e de oxigenação nas células (hipóxia).[1] O local mal oxigenado tende a ficar
roxo e se não for tratado com urgência pode causar a morte. Segundo a OMS, em 2011 foi
a maior causa de mortes no mundo, com mais de 7 milhões de mortes de isquemias
cardíacas e pelo menos mais 3 milhões por isquemias cerebrais ou pulmonares.[2]
Índice
[esconder]
1Classificação
2Causas
o 2.1Fatores de risco
3Consequências
4Tratamento
o 4.1Emergencial
o 4.2Prevenção
5Referências
6Bibliografia
Um dos fatores que podem levar a uma isquemia é a arteriosclerose causada pela
combinação de hiperlipidemia e hipertensão, nos pacientes que sofrem de diabetes
mellitus.
Colesterol alto
Hipertensão arterial
Tabagismo
Alcoolismo
Excesso de peso
Sedentarismo
Diabetes Mellitus
Apneia do sono - aumenta em até 30% a possibilidade de desenvolver arritmias e
infarto.
Transtornos de ansiedade
Transtornos alimentares
Fatores não controláveis:
Isquemia cerebral, popularmente chamada de derrame quando ocorre vazamento de sangue pelo
cérebro (área mais escura).
Apoptose
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O que é
Essa fragmentação característica do genoma pode ser identificada in situ pela técnica de
TUNEL (Terminal deoxinucleotidil transferase Uracil Nick End Labeling).
Pode ser também facilmente visualizada laboratorialmente pela eletroforese do DNA em
gel de agarose, produzindo o clássico “padrão em escada”, com a formação de bandas
contendo múltiplos de 180-200 pb
HIV/SIDA
Imunodeficiência dos Símios
Doenças Leucemia Felina a vírus
imunossupressoras Imunodeficiência Felina a vírus
Doença Infecciosa da Bolsa de Fabricio
Doença de Newcastle
Alterações
Isquemia
circulatórias
Alterações da
Hipertermia
temperatura
A necrose difere da apoptose por representar um fenômeno degenerativo irreversível,
causado por um agressão intensa. Trata-se pois da degradação progressiva das estruturas
celulares sempre que existam agressões ambientais severas
É interessante salientar que o mesmo agente etiológico pode provocar tanto necrose
quanto apoptose; sendo que a severidade da agressão parece ser o fator determinante do
tipo de morte celular. Vários agentes etiológicos já foram confirmados como indutores
de apoptose, entre eles diversas viroses, isquemia, hipertermia e várias toxinas
Apoptose
Agora, sabe-se que existe outra forma: o suicídio celular programado, necessário para
eliminar células supérfluas ou defeituosas.
Esse fenômeno biológico, batizado de apoptose, tem papel importante em diversos
processos vitais e em inúmeras doenças e sua investigação pode ajudar a desenvolver
novas terapias e medicamentos.
Muitas células de um organismo morrem para que o conjunto sobreviva. Assim como é
preciso gerar novas células para manter processos vitais, é imprescindível eliminar as
supérfluas ou defeituosas. No indivíduo adulto, se a multiplicação das células não é
compensada de modo preciso por perdas, os tecidos e órgãos crescem sem controle, o
que pode levar ao câncer. O que estudos recentes revelaram, porém, é que muitas
células carregam instruções internas para “cometer suicídio” no momento em que não
são mais úteis ao organismo. Tais instruções são executadas, como um programa,
quando certos comandos são acionados.
Essa morte programada só atraiu o interesse dos cientistas nos últimos anos, mas sua
compreensão já avançou muito. A morte de células já era conhecida há muito tempo,
mas acreditava-se que era sempre prejudicial ao organismo. Hoje, ao contrário, sabe-se
que seres pluricelulares só atingem sua forma final porque eliminam de modo seletivo
certo número de células. A rã e os insetos são exemplos bem familiares. A rã inicia a
vida como girino, forma adaptada ao ambiente aquático. Depois, ganha outras estruturas
para viver em terra e ao mesmo tempo ter nadadeiras, guelras e a cauda. Essas perdas
decorrem da morte das células.
Nos insetos, a mudança de larva para animal adulto (de lagarta para borboleta, por
exemplo) exige a morte de milhões de células.
Além da toxicidade direta para as células vizinhas, o derrame gera substâncias que
atraem células do sistema imune, causando intensa reação inflamatória: alguns
tipos de glóbulos brancos (em especial neutrófilos e macrófagos) convergem para o
tecido em necrose e ingerem as células mortas. A inflamação, típica da necrose, é
importante para limitar infecções e remover restos de células, mas a atividade e as
secreções dos glóbulos brancos podem também danificar tecidos normais vizinhos, às
vezes de maneira devastadora.
Apoptose: o suicídio silencioso
A morte celular fisiológica é totalmente distinta da necrose. Em primeiro lugar, a célula
não incha. Ao contrário, encolhe-se, destaca-se das células vizinhas e começa a
apresentar bolhas em sua superfície (processo chamado de zeiose). A membrana e as
organelas mantêm sua estrutura intacta e não há alterações evidentes no citoplasma.
Após outros estudos, os cientistas sugeriram que a morte celular programada ocorre não
só durante o desenvolvimento, mas também em organismos maduros, ao longo da vida.
Também sugeriram que na apoptose, ao contrário do que acontece na necrose, a célula
participa da própria destruição, e que poderia haver ligação entre a ativação do suicídio
celular e doenças degenerativas (como o mal de Alzheimer) e entre sua inibição
“incorreta” e doenças replicativas (como o câncer).
Uma característica marcante é que a apoptose é “silenciosa”. Não há, como na necrose,
o “alvoroço” da inflamação. Em geral, as células apoptóticas são as reconhecidas por
macrófagos (um tipo de glóbulo branco presente em todos os tecidos) e ingeridas antes
que se desintegrem. Isso evita o derrame do conteúdo celular e, assim, não há
inflamação e lesão do tecido, garantindo o seu funcionamento normal.
Fato interessante é que certas células apoptóticas não são removidas logo, continuando
no local às vezes por toda a vida. É o caso dos queratinócitos, células da camada externa
da pele. Ao migrar de camadas mais profundas para a superfície, eles morrem por
apoptose, mas no processo substituem seu conteúdo pela proteína queratina e ganham
uma “capa” impermeável. Assim, a camada protetora mais externa da pele é feita de
células mortas, descamadas e trocadas por outras a cada 21 dias, em média. O cristalino
(a lente) dos olhos também é formado por células mortas, que substituíram a maior parte
de seu citoplasma por proteínas denominadas cristalinas.
As idéias inovadoras geradas pelo grupo de Kerr no início da década de 1970 passaram
despercebidas por mais de uma década, até que suas previsões começaram a ser
confirmadas. Hoje, inúmeros cientistas pesquisam a apoptose e, embora muitas questões
continuem sem resposta, vários princípios básicos já foram descobertos.
O outro exemplo está na ação dos linfócitos T chamados de “citotóxicos” contra uma
infecção virótica. Os vírus só sobrevivem se estiverem dentro de uma célula.
Eles usam a máquina celular para produzir suas próprias proteínas e gerar novos ví rus,
que invadem outras células sadias. Células infectadas, porém, expõem na superfície
(figura acima) componentes do vírus, reconhecidos pelos linfócitos T citotóxicos. Com
isso, o linfócito liga-se à célula-alvo e a bombardeia com pelo menos dois tipos de
proteínas que, juntas, levam à morte celular (por necrose ou apoptose), evento escrito
em 1991 em estudo do qual um dos autores (Young) participou.
Uma dessas proteínas é a perfurina, que se insere na membrana celular e forma “poros”
(“furos”) que expõem o interior da célula, como demonstrado pelos autores, junto com
outros grupos. O dano à Figura acima.
Ali, essa enzima ativa a cascata das caspases, provavelmente ao clivar a caspase 10,
induzindo a apoptose.
Mas as células “citotóxicas? também induzem apoptose por meio da proteína Fas,
presente na membrana de várias células.
Essa proteína mantém uma parte dentro da célula e outra fora, e pode ligar-se a outra
proteína, a Fasligante (FasL), presente na membrana dos linfócitos T citotóxicos.
Quando o linfócito liga-se à célula-alvo, a FasL une-se à Fas e altera a forma da parte
externa dessa última. Essa alteração faz com que a parte interna ative a caspase 8,
iniciando a cascata de caspases. Em certos casos, fatores acidentais podem ser o
“gatilho” do programa de morte.
O outro exemplo está na ação dos linfócitos T chamados de “citotóxicos” contra uma
infecção virótica. Os vírus só sobrevivem se estiverem dentro de uma célula.
Eles usam a máquina celular para produzir suas próprias proteínas e gerar novos vírus,
que invadem outras células sadias. Células infectadas, porém, expõem na superfície
componentes do vírus, reconhecidos pelos linfócitos T citotóxicos. Com isso, o linfócito
liga-se à célula-alvo e a bombardeia com pelo menos dois tipos de proteínas que, juntas,
levam à morte celular (por necrose ou apoptose), evento descrito em 1991 em estudo do
qual um dos autores (Young) participou.
Mas as células “citotóxicas” também induzem apoptose por meio da proteína Fas,
presente na membrana de várias células. Essa proteína mantém uma parte dentro da
célula e outra fora, e pode ligar-se a outra proteína, a Fasligante (FasL), presente na
membrana dos linfócitos T citotóxicos. Quando o linfócito liga-se à célula-alvo, a FasL,
une-se à Fas e altera a forma da parte externa dessa última. Essa alteração faz com que a
parte interna ative a caspase 8, iniciando a cascata de caspases. Em certos casos, fatores
acidentais podem ser o “gatilho” do programa de morte.
Isso permitiu identificar, em vermes mutantes, os quatorze genes com algum papel na
morte programada das células, batizadas de ced (de cell death abnormal).
Para a destruição das 131 células, apenas dois (ced-3 e ced-4) são
necessários: mutações em um deles bloqueiam a apoptose, e as células do C. elegans
que morreriam continuam saudáveis. O ced-3 é semelhante ao gene humano que
codifica a caspase 1, sugerindo que descendem de um ancestral comum.
Que mecanismo faz com que só as células supérfluas do C. elegans sejam eliminadas?
A resposta parece estar em outro gene, o ced-9, que impede a ação dos dois genes
suicidas, evitando a apoptose. Esse “gene de sobrevivência” parece ser expresso
normalmente em muitas células que não devem morrer, talvez para protegê-las. Em
vermes mutantes, sem um ced-9 ativo, muitas células que estariam no adulto morrem
por apoptose. Ao contrário, em mutantes que expressam em excesso esse gene certas
células supérfluas são poupadas da morte.
Um gene dos mamíferos muito parecido com o ced-9 é o que codifica a proteína Bcl-2
(de B-cell lymphoma), que também protege as células da morte programada. Vários
trabalhos vêm sugerindo que a Bcl-2 e outras proteínas da mesma família regulam, em
grande parte, a suscetibilidade celular à morte programada. Essa função começou a ser
compreendida pelo estudo de portadores do linfoma de células B, tipo de leucemia que
só afeta esses linfócitos.
Descobriu-se que nessas células tumorais o gene responsável pela Bcl-2 tem atividade
excessiva, levando à produção de grandes quantidades da proteína. Em geral, os
oncogenes (genes que causam câncer se expressos em excesso) promovem a divisão
celular, mas a superexpressão da Bcl-2 não tinha esse efeito, o que intrigou os cientistas.
O mistério foi desfeito com a descoberta de que a Bcl-2 impede a morte celular, o que
também leva, como a divisão descontrolada, ao acúmulo de células anormais e, com
isso, ao câncer. Outros estudos mostraram que o efeito protetor da Bcl-2 é geral,
evitando a apoptose em diversos tipos de célula, tanto de modo direto (bloqueando
complexos de caspases) quanto indireto (impedindo a liberação para o citoplasma de
componentes da mitocôndria, capazes de ativar a caspase 3). O excesso de Bcl-2,
embora não seja suficiente para causar câncer, favorece a ação de outros oncogenes.
Certas células normais produzem níveis relativamente altos de Bcl-2. Acredita-se que
isso preserva células cuja morte seria devastadora para o organismo.
Outros estudos mostraram que o gene p53 está alterado com maior freqüência nos
portadores de câncer do que nas pessoas sadias. Em mais da metade de todos os tumores
sólidos (incluindo os de pulmão, intestino grosso e mama) as duas cópias desse gene
foram eliminadas ou alteradas — portanto, não codificam a proteína p53 ou levam a
formas não-funcionais da mesma.
O estudo da apoptose e do câncer está começando a esclarecer por que muitos tumores
resistem à radioterapia e à quimioterapia. Pensava-se que tais terapias destruíam o
tumor por necrose, mas agora sabe-se que as células morrem em geral por apoptose. O
que parece ocorrer é que tanto a radiação quanto as drogas danificam o ADN das células
cancerosas, ativando o gene p53 e levando ao suicídio celular. Mas células cancerosas
sem a p53 ou com altos níveis de Bcl-2 não morrem, tornando inúteis essas terapias. Há
poucos anos também foi constatado que algumas dessas terapias ativam proteínas que
estimulam a transcrição de “genes protetores”.
Hoje, está sendo explorada a possibilidade de usar terapias genéticas para evitar a
resistência das células cancerosas à apoptose. Uma dessas terapias consiste em
introduzir o gene p53 em tumores nos quais ele não existe ou está alterado, para
restaurar a produção dessa proteína na célula. Também estão sendo investigadas
maneiras de prevenir que genes Bcl-2 hiperativos produzam essa outra proteína.
A apoptose e as doenças
A morte celular programada faz parte de diversos processos vitais, como o
desenvolvimento embrionário, o controle de tumores e a regulação de populações de
células do sistema imune. Alterações nos genes responsáveis pela autodestruição podem
ser desastrosas. Por ser indispensável à vida, a morte da célula deve seguir um plano
meticuloso. Qualquer distúrbio de sua regulação (tanto o excesso quanto a insuficiência)
pode provocar uma variedade de doenças (figura acima).
Mas a destruição não termina aí: células próximas da área afetada também morrem,
mais lentamente, e sua aparência sugere a ocorrência de apoptose.
Parece que o conteúdo tóxico das primeiras células mortas, quando não destrói as
células vizinhas por necrose, as leva ao suicídio.
Essa é uma pequena amostra de como uma falha mínima no programa de morte que
toda a célula carrega pode levar a uma doença e, às vezes, à morte do indivíduo. Mas é
suficiente para justificar todo o esforço realizado para que cada participante, cada etapa
e cada arma do misterioso suicídio celular sejam revelados. Qualquer descoberta é
importante para a criação de novas terapias e métodos de prevenção, que poderão evitar
ou tratar com sucesso inúmeras doenças hoje incuráveis.
Apoptose
TIPOS DE NECROSE
Necrose por coagulação em infarto isquêmico de baço. Nesse tipo de necrose, é possível
ainda visualizar o contorno celular (setas), apesar de a célula já estar sofrendo um
processo de lesão irreversível. Observam-se nesse campo núcleos com diferentes
estágios de alteração morfológica (HE, 1000X).
Fonte: www.fo.usp.br
Apoptose
Os modernos conhecimentos da biologia celular tem revelado a cada dia que a morte
celular programada e seus indutores e inibidores podem ser a chave para a compreensão
de muitas patologias e doenças.
Quem primeiro descreveu a morte celular programada foi Kerr em 1972, a partir de
observações em timócitos.
A apoptose é um tipo de morte celular que possui importante papel durante o processo
de diferenciação, crescimento e desenvolvimento dos tecidos adultos normais e
patológicos. Isto de certa forma requer uma cascata de fenômenos bioquímicos e
moleculares que acabam por proporcionar um fenótipo celular bastante peculiar.
Fatores de crescimento,
Neurotransmissores,
Glicocorticóides,
Cálcio,
Toxinas bacterianas,
Radicais livres,
Agentes oxidantes,
Agentes mutagênicos,
E outros.
Como referimos anteriormente para que uma determinada população celular seja
mantida, é necessário que as taxas de crescimento e de morte celular estejam em
equilíbrio. A apoptose pode ser regulada por um número de proto-oncogenes, genes
supressores de tumor e fatores extracelulares.
APOPTOSE E NECROSE Necrose: morte celular por lesão. É irreversível. Normalmente a lesão
ocorre aos poucos, vários mecanismos vão sendo ativados até que se complete a morte
celular. ETAPAS DA MORTE CELULAR Corresponde a uma destruição de membranas pelas
enzimas lisossomais. Etapas caracterizadas pela destruição dos componentes celulares pelas
enzimas lisossomais. A morte por necrose é uma morte enzimática. Membranas celulares são
destruídas e também as dos lisossomos. As enzimas lisossomais são ativadas e liberadas para o
citosol.
Não há um ponto definido para o momento da morte celular, mas alguns autores acreditam
que seja na ruptura da membrana dos lisossomos, que são ativadas, pelo agente agressor. A
célula é destruída pelas próprias enzimas: as lípases destroem membranas (lipídios), as
proteases destroem as proteínas citoplasmáticas, as endonucleases destroem as bases do
DNA, seu núcleo. Os fragmentos celulares são fagocitados pelas células da inflamação.
Necrose desencadeia uma reação inflamatória, pois houve a ruptura da membrana plasmática.
Se o tecido necrótico permanece, ocorre a infecção, pois as células mortas são quimiotáticas
para agentes infecciosos. O reparo da necrose se dá pela substituição do tecido necrótico por
tecido novo (pode ser por um processo de regeneração, que mantém sua função, ou por
cicatrização, que faz um preenchimento com colágeno). A MORTE POR NECROSE PODE SER DE
2 TIPOS: - AUTOLISE: Morte causada pelas enzimas da própria célula que está morrendo. -
HETEROLISE: Morte por enzimas lisossomais das células inflamatórias, no momento da
fagocitose.
OUTROS TIPOS DE NECROSE (esses são mais específicos): - NECROSE GORDUROSA OU PINGOS
DE VELA: Ocorre principalmente no pâncreas. Quando há bastante tecido adiposo no órgão, os
acinos começam a ser destruídos. Eles contém muitas lípases, que fazem o processo de
saponificação do tecido adiposo do pâncreas. Este tecido começa a precipitar, aparecendo
áreas esbranquiçadas, como se fossem pingos de vela (saponificação). Também pode ocorrer
nas mamas. Pode ser chamado de necrose enzimática, visto que os acinos secretam lípases.
Pode desenvolver uma diabetes secundária pois pode provocar uma lesão nas células
formadoras da insulina. - NECROSE CASEOSA: Casem = queijo. Ocorre principalmente nos
pulmões e em pacientes que possuem tuberculose. Tecido necrótico fica esbranquiçado e
cheio de perfurações, lembrando um queijo. Não é exclusiva da tuberculose.
COAGULATIVA: Tecido morto mantendo sua arquitetura. (Também tem células da inflamação,
no entanto, em menor quantidade quando comparadas com a liquefativa). - LIQUEFATIVA:
Massa morta por células inflamatórias. APOPTOSE: Morte celular. Pode ocorrer com lesão
(por frio, vírus, etc) mas também pode ocorrer sem lesão (esta é a grande diferença entre a
necrose, que APENAS OCORRE COM LESÃO). A apoptose possui grande importância na vida
embrionária pois nela ocorrem muitas divisões celulares e a apoptose é uma forma de
equilibrar esse crescimento para que não seja tão exacerbado e descontrolado. Ocorreriam
muitos erros se não houvesse essa morte celular induzida geneticamente (apoptose). A própria
célula ativa o seu mecanismo de morte celular para contrabalancear esse crescimento
exagerado. Toda célula possui em seu núcleo os genes para a apoptose caso ela torne-se
desnecessária. Como recebemos os genes materno e paterno, forma-se o zigoto, que é a
primeira célula. Por ser a primeira célula, ela fornecerá todas as informações para as futuras
divisões celulares. Podem existir muitos erros nessas duplicações e a apoptose elimina estes
erros. É considerada uma morte silenciosa, pois não desencadeia um processo inflamatório
por não haver destruição da membrana plasmática. Defeito nos genes da apoptose podem
gerar um órgão a mais (apoptose de menos) ou um órgão a menos (apoptose de mais). Só há
apoptose se houver lesão ou se a célula não for necessária. Gene p53: Sofre muitas mutações.
80 a 85% dos cânceres são relacionados a mutações nesse gene. O gene p53 controla a
apoptose, logo existe uma relação entre câncer e apoptose. A apoptose controla o
crescimento celular, que se caso for exagerado, pode levar ao câncer. Apoptose também
ocorre em involuções do órgão por falta de hormônios (estimulo trófico). INVOLUÇÃO
HORMONO-DEPENDENTE: Exemplos: útero pós-gravídico e mamas pós-lactação. Crescem em
um determinado período e depois diminuem de tamanho. O músculo liso se multiplica e sofre
hipertrofia, depois ocorre a apoptose para eliminar células. As involuções em sua maioria são
por morte celular por apoptose, mas também pode ocorrer por necrose. No entanto, isso é
patológico, destrói o tecido (uma mulher, por exemplo, não poderá mais engravidar se as
células de seu útero pós-gravídico forem mortas por necrose, pois destruirá o tecido,
perdendo sua função.) O estímulo para a apoptose, nesse caso, é o hormônio, pois as células
deixaram de receber o hormônio que era sua fonte para estimulo trófico. No timo, as células
vão morrendo por apoptose aos poucos. No indivíduo adulto, seu tamanho está bastante
reduzido quando comparado com o timo de uma criança.
VIA INTRÍNSECA ou VIA MITOCONDRIAL: Quando cessa o estimulo trófico (no caso do útero
pós-gravídico, por exemplo), existe uma proteína na membrana mitocondrial (a proteína BCL-
2) que deixa de agir. Ela sofre uma alteração e torna-se inativa (a inativação da proteína BCL-2
origina a proteína BAX ). A BCL-2 regula a permeabilidade da membrana mitocondrial.
Normalmente a permeabilidade dessa membrana é baixa, e a bcl-2 que a mantém baixa. Essa
baixa permeabilidade é necessária porque dentro da membrana mitocondrial existem muitas
enzimas e se elas escaparem para o citosol a célula irá morrer. Quando ela torna-se inativa,
aumenta a permeabilidade e as enzimas escapam. Se a enzima da respiração – o citocromo C –
for para o citosol, ela irá para o núcleo e ativará o gene p53, ou seja, ativará as caspases que
ativarão a apoptose.
Não ocorre reação inflamatória na apoptose porque as caspases destroem apenas o DNA e o
citoesqueleto, mas não destroem a membrana plasmática. Logo, não desencadeia uma
inflamação. Ela se fragmenta em vários pedaços (chamados de corpos apoptóticos), e cada
pedaço possui uma membrana mesmo estando mortas. Todas as nossas células são capazes
de fagocitar esses corpos, porque isso é bastante requerido na embriogênese. Ou seja, toda
célula possui os receptores de fibronectina que são responsáveis por reconhecer esses corpos.
LESÃO CELULAR
O que é hiperplasia?
O que é hipertrofia?
Adaptação celular
Ném sempre que uma célula ou tecido sofre agressão, ele sofre
degeneração ou morre. A adaptação celular é uma importante
característica dos seres vivos, permitindo a sobrevivência celular e
do organismo a diversas situações de agressão muitas vezes
impostas pelo meio ambiente, pela atividade física da pessoa, ou
mesmo ainda por circunstâncias endógenas.
Diminuição do trabalho
Perda de inervação
Diminuição do suprimento de sangue
Nutrição inadequada
Perda de estimulação endócrina
Envelhecimento
Atrofia ...É uma redução no tamanho das células devido a perda de substancias
celulares, resultando em:
morte celular, podendo ser patologico ou fisiologico.