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Revista Científica do Departamento de Ciências Biológicas, Ambientais e da Saúde – DCBAS


Centro Universitário de Belo Horizonte (UNI-BH)
ISSN 1984-7688

Volume 3, Número 2, 2010


Open Access Research – www.unibh.br/revistas/escientia

Respostas hormonais em diferentes tipos de exercícios em portadores de insuficiência cardíaca

Hormonal responses of different type of exercises in heart failure patients

Joana Bastos Matos†, Tales de Carvalho


1
Programa de Pós Graduação Stricto Sensu da Universidade do Estado de Santa Catarina (UDESC) em Fisiologia do
Exercício

E-mail: djoubm@hotmail.com

RESUMO
Este estudo teve como objetivo identificar, descrever e analisar os tipos de exercícios físicos recomendados e
suas alterações hormonais em pacientes com insuficiência cardíaca em reabilitação com exercício físico; bem
como analisar os efeitos de uma reposição hormonal nestes indivíduos. Para isso, foi realizada uma pesquisa de
revisão de literatura, através de levantamentos bibliográficos em bases de dados, como Capes, Pubmed, Biremee
Lilacs, na busca de artigos em periódicos específicos. Observou-se que, através de um programa de caminhadas,
houve uma diminuição dos hormônios angiotensina II, aldosterona, vasopressina, e aumento do peptídeo
natriurético atrial (PNA), houve também uma alteração positiva no T3. Este estudo pode ser útil para futuras
intervenções de um profissional qualificado na escolha do exercício para reabilitação, visando uma melhor
qualidade de vida do portador de insuficiência cardíaca.
Palavras-chave: insuficiência cardíaca; exercício físico; alterações hormonais.

ABSTRACT
The aim of this study was to identify, describe and analyze the recommended exercises and the hormonal
responses in rehab patients with heart failure. In addition, analyze the effects of a hormonal therapy replacement.
For this study, it was conducted a literature review in data bases like Capes, Pubmed, Bireme and Lilacs on the
search of specific articles. It was found that through a walking program the levels of the angiotensin II,
aldosterone, vasopressin and PNA dropped, the T3 also showed lowers levels. This study may be useful for
future interventions of a qualified professional for choosing the best exercises for rehab patients looking for a
better life quality of the failure heart patients.
Key-words: heart failure; physical exercise; hormone responses.

INTRODUÇÃO
Com o aumento da expectativa de vida, a insuficiência cardíaca (IC) vem crescendo gradativamente e
é considerada uma das principais causas de mortalidade em países industrializados (YAMADA,
VOLTARELLI e VOLTARELLI, 2009). A IC é uma doença que caracteriza-se pela incapacidade do
coração em contrair-se com força o suficiente para proporcionar fluxo sanguíneo adequado à periferia,
e pode ser classificada como sistólica ou diastólica, com debito cardíaco aumentado ou reduzido, do
lado esquerdo ou direito e, ainda, podendo diferenciar-se em IC aguda ou crônica (VILLELA e
RIBEIRO, 2009).

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Com a dificuldade do coração em contrair-se com força o suficiente, os tecidos corporais têm certa
dificuldade de irrigação. Sendo assim, a IC apresenta características malignas, com alta mortalidade
nas formas avançadas, sendo uma afecção muito limitante que pode resultar em fadiga ou dispnéia
progressivas ao mínimo esforço (BARRETO e RAMIREZ, 1998).
De acordo com Lessa (2001), a IC é a primeira causa vascular de hospitalização no país. A prevalência
da doença varia de 3% a 20% na população e pode alcançar até 100% em idosos a partir dos 65 anos
de idade. A IC é uma patologia de grande impacto na sociedade e pode ser considerada como um dos
principais problemas de saúde pública, com importante repercussão econômica e social (BARRETO e
RAMIREZ, 1998). Estima-se que, no ano de 2002, havia até 64 milhões de brasileiros com de
insuficiência cardíaca no Brasil (ARQUIVOS BRASILEIROS DE CARDIOLOGIA, 2002).
Até o final dos anos 80, a limitação causada pela IC figurava como o principal fator fisiopatológico
para a intolerância ao exercício. Porém, na década posterior, o conceito da doença evoluiu para um
entendimento de uma condição patológica neuro-hormonal sistêmica e, ainda, foram verificadas
alterações na ativação do sistema nervoso simpático e do sistema renina-angiotensina. O exercício
físico pode promover numerosos benefícios clínicos aos portadores IC que estão relacionados às
modificações induzidas, em longo prazo, pelo treinamento físico (MORAES, 2007).
Existem estudos que sugerem que o exercício físico pode modificar a função hormonal de indivíduos.
Para suprir a demanda metabólica varias adaptações fisiológicas são necessárias, e estas dependem do
tipo, duração, massa muscular envolvida e intensidade do exercício executado (BRUM et al., 2004).
Os exercícios estimulam o sistema endócrino a adaptare-se ao ambiente, sendo que as influências
hormonais são importantes tanto para respostas agudas como para adaptações crônicas associadas ao
treinamento. O exercício físico, de acordo com Canali e Kruel (2001), serve como estímulo para a
secreção de determinados hormônios e é um fator inibitório para a secreção de outros.
O estudo teve como objetivo verificar quais os exercícios podem resultar em alterações hormonais em
pacientes com IC. Para isso, foram revisados estudos sobre os exercícios que são mais indicados para
pacientes com insuficiência cardíaca, assim como as alterações hormonais que o exercício físico
promove. Pode-se verificar que o estudo das variáveis de exercício e das respostas hormonais, em
portadores de IC que participam de um programa de atividade física, pode ser relevante na prescrição
de exercícios e na melhora da qualidade de vida e da longevidade dos pacientes.
Insuficiência cardíaca
A IC é considerada uma síndrome complexa, que envolve múltiplos sistemas e mecanismos
compensatórios neuro-humorais, apresenta manifestações periféricas como a disfunção endotelial,
alterações musculares esqueléticas, anormalidades de fluxo sanguíneo e do controle quimioreflexo
ventilatório (FERRAZ e JÚNIOR, 2008). A doença proporciona aos pacientes alterações metabólicas,
hemodinâmicas e músculo – esqueléticas, sendo que estas alterações estão relacionadas à diminuição
da expectativa de vida dos portadores desta doença (YAMADA, VOLTARELLI E VOLTARELLI,
2009).
A IC pode se apresentar na forma de aguda ou congestiva. A aguda, para Vilella e Ribeiro (2009), está
relacionada a um acontecimento súbito e catastrófico, que ocorre em decorrência de qualquer situação
que torne o coração incapaz de realizar uma ação eficaz, podendo ocasionar um infarto do miocárdio,
ou arritmia severa. A IC congestiva refere-se às deficiências do ventrículo esquerdo em contrair-se ou
relaxar-se, podendo desenvolver-se gradualmente.
Frente a uma doença cardíaca, são desencadeados mecanismos compensatórios para sustentar a
perfusão de órgãos vitais e estabilizar o desempenho do coração. O débito cardíaco reduzido e a
resistência vascular sistêmica aumentada estimulam o sistema nervoso simpático, levando a um
aumento da freqüência cárdica, do consumo de energia pelo miocárdio, à vasoconstrição sistêmica e à
ativação do sistema renina-angiotensina-aldoesterona (FERRAZ e JÚNIOR, 2008).
Efeitos do exercício físico na insuficiência cardíaca
O exercício físico caracteriza-se por uma situação que retira o organismo da homeostase e resulta no
aumento instantâneo da demanda energética da musculatura exercitada e do organismo como um todo.
Para suprir as demandas metabólicas, várias adaptações fisiológicas são necessárias e, entre elas, as

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referentes à função cardiovascular durante o exercício físico. Entretanto, as respostas cardiovasculares


dependem das características do exercício: tipo, intensidade, duração e massa muscular envolvida
(BRANDÃO e PINGE, 2007).
O treinamento físico reduz os sintomas da IC crônica, porém, a intensidade mais adequada do
treinamento para potencializar os benefícios ainda é controversa (WISLOFF, 2007). Antes de iniciar
um programa de atividade física, os pacientes com IC devem estar clinicamente estáveis por um
período não inferior a 30 dias e submeterem-se a um teste ergométrico, com análise direta dos gases
expirados para uma melhor individualização na prescrição do exercício. A intensidade da atividade
física deverá ser individualizada e progredir gradualmente (FERRAZ e JÚNIOR, 2008).
Os portadores de IC são limitados, frequentemente, pela dispnéia e fadiga durante o exercício;
portanto, quando comparados a indivíduos não portadores de IC, apresentam baixa tolerância ao
exercício físico e acentuada resposta metabólica e respiratória para mesma intensidade de trabalho
(GUIMARÃES et al., 1999).
Existem vários estudos randomizados que documentam que o exercício promove uma redução de
citocinas e do estresse oxidativo, e que beneficia os pacientes por também melhorar o consumo
máximo de oxigênio, a capacidade de realizar exercício e a qualidade de vida, além de levar à redução
de internação hospitalar, da morbidade e da mortalidade dos pacientes (NIEBAUER, 2007). Estudos
têm verificado que a adaptação endotelial induzida pelo exercício parece responder a variados
modelos de treinamento físico (FERRAZ, 2002).
Exercícios Aeróbios e Resistidos
Cruzat et. al. (2008) sugerem que a liberação e a alteração de hormônios em exercícios aeróbios e
resistidos está relacionada com a intensidade e duração do exercício. Variáveis como o nível de
treinamento, a composição corporal, o gênero e a idade podem modular a liberação de hormônios.
Em um recente estudo, tanto um programa de treinamento aeróbio contínuo ou intermitente quanto um
programa de exercícios resistidos, resultaram em uma melhora na capacidade funcional do paciente;
entretanto, o treinamento aeróbio apresentou maior consumo de oxigênio (VO2) em comparação com
o treinamento resistido. Contudo, o aumento da capacidade física foi maior quando o exercício aeróbio
foi associado ao resistido (FERRAZ, e JÚNIOR, 2008).
Em um treinamento aeróbio de três semanas, a concentração sanguínea de adrenalina diminuiu cerca
de 6 ng/mL para aproximadamente 2 ng/mL, enquanto a concentração sanguínea de noradrenalina
também teve seus níveis reduzidos, de 1,8 ng/mL para 1,0 ng/mL. Ainda em exercícios aeróbios, foi
verificado que a o glucagon é liberado de forma mais contínua, sem oscilações na corrente sanguínea
(CANALI e KRUEL, 2001).
Percebe-se que, em exercícios aeróbios pode ocorrer uma diminuição da resistência vascular periférica
e estimulação mecânica do endotélio. Em pacientes com IC, pode haver, em decorrência do treino
aeróbio, uma redução da estimulação simpática, após o treinamento físico (MORAES, 2007).
Portanto, o exercício físico aeróbio pode auxiliar na melhora da qualidade de vida do portador de IC.
Em um estudo de Flynn et al. (2009), foi observado que 36 semanas de treinamento aeróbio, em
pacientes com IC crônica, resultou em uma melhora significativa na qualidade da saúde dos
indivíduos.
O treinamento resistido tem se tornado importante ferramenta no processo de envelhecimento, com o
intuito de atenuar ou mesmo de reverter a redução da força e da massa muscular, bem como aumentar
a síntese de diversos hormônios, como o hormônio do crescimento (GH), a testosterona, a tireotropina
(TSH), entre outros (CRUZAT et al., 2008).
Vilella e Ribeiro (2009) sugerem que há evidências de que um programa de treinamento resistido pode
provocar adaptações favoráveis na composição corporal, no desempenho motor, na hipertrofia
muscular, na atenuação da freqüência cardíaca, da pressão arterial e duplo produto após o exercício.
Porém, de acordo com os autores, há recomendações de que, para serem submetidos a esse tipo de
exercício, os pacientes devem apresentar desempenho físico acima de 5,6 METs ou,
aproximadamente, 1,4 W/kg de massa corporal. Os autores especulam que se deve ter cuidados ao
realizar ações isométricas, bem como na magnitude do volume das séries de treinamento resistido.

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Pacientes com IC toleram bem um treinamento físico quando um grupo muscular de trabalhado de
cada vez, de forma que o treinamento localizado muscular pode ser uma melhor alternativa em relação
ao treinamento físico convencional. O treinamento de força estimula a síntese protéica, aumentando a
área de secção transversa do músculo esquelético, enquanto o treino aeróbio estimula o aumento no
número de mitocôndrias melhorando a capacidade energética do paciente (YAMADA, VOLTARELLI
e VOLTARELLI, 2009).
Em um treinamento de 30 minutos de exercícios resistidos localizados, com ênfase na musculatura do
antebraço, de 4 a 6 vezes por semana, em pacientes com IC, verificou-se um aumento da síntese de
óxido nítrico (NO) e um aumento da atividade da acetilcolina após o treinamento (BRANDÃO e
PINGE, 2007). O treinamento de força, realizado de forma a recrutar pequenos grupos musculares,
não causaria esforço excessivo geral sobre o organismo, podendo promover uma maior segurança
cardiovascular, aumento da força muscular e da capacidade aeróbia submáxima (YAMADA,
VOLTARELLI e VOLTARELLI, 2009).
Para um programa de exercícios de resistência por grupos musculares, o recomendado é uma
intensidade de 40% a 60% da contração voluntária máxima, em um período de duração de,
aproximadamente, 15 minutos por sessão, por no mínimo três vezes por semana. Esse tipo de treino,
nas primeiras semanas, pode proporcionar aumento da flexibilidade, do tônus e massa muscular, com
resultados comprovados particularmente em pacientes com sarcopenia (FERRAZ e JÚNIOR, 2008).
Os exercícios em piscina são contra-indicados, porém, em alguns centros, pacientes com IC têm
realizado exercício em piscina aquecida e não apresentaram efeitos colaterais durante a atividade física
programada (FERRAZ E JÚNIOR, 2006). Existem estudos que sugerem eficiência da sauna em
portadores de IC. Talebipour, Rodrigues e Moreira (2006) relatam que a sauna proporciona um
aumento no débito cardíaco e vasodilatação periférica, melhorando, assim, a função endotelial
periférica. Porém, na piscina, em um estudo de Meyer e Leblanc (2008), foi verificado que nadar pode
causar estresse cardiovascular, tendo em vista a pressão hidrostática a que o paciente é submetido.
Exercícios de Alta e Baixa Intensidade
Um treinamento físico de alta e baixa intensidade, baseados no limiar anaeróbio, em pacientes com IC,
proporciona, em ambos os casos, um aumento na capacidade funcional máxima e submáxima, assim
como na concentração de enzimas oxidativas do músculo esquelético. No entanto, somente os
exercícios de baixa intensidade melhoraram significativamente a eficiência ventilatória, a relação
ventilação – perfusão, a acidose lática em níveis submáximos de exercício, o hormônio natriurético
tipo B e o escore de qualidade de vida (FERRAZ, 2002).
Durante sessões de exercício submáximo, os níveis de T4 permanecem relativamente constantes em,
aproximadamente, 35% a mais do que os níveis de repouso. Após um pico inicial no começo do
exercício, os níveis de T3 tendem a aumentar (CANALI e KRUEL, 2001). Portanto, percebe-se que o
exercício de alta intensidade pode promover alterações fisiológicas momentâneas, como o aumento da
freqüência cardíaca e respiratória (hiperventilação) e o aumento da temperatura corporal (YAMADA,
VOLTARELLI E VOLTARELLI, 2009).
Um estudo de Wisloff (2007) dividiu 27 pacientes com IC em treinamento aeróbio contínuo
moderado, a 70% da freqüência cardíaca máxima, e treinamento aeróbio de alta intensidade
intervalado, a 95% da freqüência cardíaca máxima, em um período de 3 vezes por semana, durante 12
semanas. Os resultados demonstraram que, quando comparado ao protocolo aeróbio, o treino de alta
intensidade, no VO2 pico, a fração de ejeção sistólica e diastólica do ventrículo esquerdo aumentaram
35%, e houve melhoria na dilatação da artéria braquial, principalmente, no treino intervalado.
Contudo, de acordo com o autor, a função mitocondrial no músculo vasto lateral foi melhorada com o
treinamento aeróbio contínuo moderado e houve melhora na qualidade de vida em ambos os grupos.
No grupo controle não ocorreram alterações.
O treinamento de membros inferiores em cicloergômetro pode vir a promover aumento na
vasoconstrição da artéria femoral em resposta à inibição do NO, indicando uma maior participação
endotelial no controle do tônus endotelial e aumento de fluxo sanguíneo em resposta à infusão de
acetilcolina, indicando melhora na reatividade endotelial. O exercício realizado com membros
inferiores, em pacientes com IC, que constituiu em sessões de 3 meses, utilizando bicicleta e esteira

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com intensidade leve, acarretou uma diminuição da fadiga, melhora de força e resistência; além disso,
a percepção de dispnéia durante o teste submáximo diminuiu (MORAES, 2007). Em exercícios
combinados de endurance e força, foi verificado uma redução de receptores TNF-alfa1, o que pode
sugerir um efeito antiinflamatório decorrente do exercício físico (YAMADA, VOLTARELLI e
VOLTARELLI, 2009).
A intensidade do exercício físico deverá ser sempre individualizada e progredir gradualmente;
entretanto, a intensidade inicial recomendada para uma atividade física aeróbia é de 80% da freqüência
cardíaca, podendo atingir até 100% ao final do primeiro mês.
Outro modelo utilizado é de intensidade recomendada de 40% a 60% da freqüência máxima,
alcançada no teste de pico de esforço, através de VO2 estimado, no teste ergométrico convencional ou
a média da freqüência cardíaca correspondente ao limiar ventilatório e menos 10%da obtida no ponto
de compensação respiratória (FERRAZ e JÚNIOR, 2007).
Em suma, verifica-se que exercícios aeróbios, submáximos e resistidos, de diferentes protocolos, com
monitoramento de um profissional qualificado, podem acarretar em benefícios ao portador de IC. No
entanto, os estudos mostraram que o exercício aeróbio apresenta uma maior resposta de melhoria
funcional.
Abaixo, pode-se observar um resumo de autores que avaliaram os tipos de exercícios e seus principais
benefícios em pacientes com IC. A Tabela 1 apresenta os benefícios de um treinamento aeróbio,
resistido e combinado.
Tabela 1. Exercícios Aeróbios, Exercícios Resistidos e Combinados
AUTORES EXERCÍCIO RESULTADOS
Moraes, 2007; Carvalho, Resistido Aumento do fluxo sanguíneo;
2006; Villela e Ribeiro,
Melhora da força;
2009.
Aumento da massa muscular;
Atenuação da freqüência cardíaca;
Melhora da flexibilidade.

Ferraz e Júnior, 2007; Aeróbio Melhora da qualidade de vida;


Moraes, 2007; Brum et al.,
Aumento do consumo do VO2;
2004; Gademan, et al.,
2007; Wisloff el al., 2007. Aumento da tolerância ao exercício;
Redução da atividade simpática;
Melhora da variabilidade RR;
Remodelamento cardiovascular;
Redução da resistência vascular
periférica.

Villela e Ribeiro, 2009; Combinados Diminuição da pressão arterial;


Flynn et al., 2009.
Redução da freqüência cardíaca;
Aumento da força;
Aumento VO2
Melhora da capacidade funcional;
Melhora do desempenho motor;
Adaptada de MATOS (2010)

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A Tabela 2 apresenta um esquema dos benefícios do treinamento de alta intensidade versus baixa
intensidade e do treino em conjunto das duas intensidades.

Tabela 2. Exercícios de alta intensidade vs. Baixa intensidade


AUTORES EXERCÍCIO RESULTADOS
Moraes, 2007; Villela e Alta intensidade Aumento da vasodilatação;
Ribeiro, 2009; Niebauer,
Melhora da capacidade funcional;
2008.
Aumento da força;
Aumento da capacidade aeróbia;
Redução dos receptores TNF alfa;

Ferraz, 2002; Guimarães et Baixa intensidade Melhora da capacidade funcional;


al., 2002; Oliveira et al.,
Melhora da eficiência ventilatória;
2008; Yamada; Voltarelli e
Voltarelli, 2009. Melhora significativa do escore de
qualidade de vida;
Melhora da função mitocondrial.
Adaptada de MATOS (2010)

RESPOSTAS HORMONAIS AO EXERCÍCIO


Os hormônios funcionam como intermediários entre a elaboração da resposta pelo sistema nervoso e a
efetuação da resposta pelo órgão alvo. Um hormônio é uma substancia química secretada por células
especializadas ou glândulas endócrinas para o sangue, para o próprio órgão ou para a linfa, em
quantidades normalmente pequenas e que provocam uma resposta fisiológica típica em outras células
especificas. O sistema hormonal pode ser considerado como um controlador das funções corporais, e
os hormônios são os reguladores fisiológicos, que aceleram ou diminuem a velocidade de reações e
funções biológicas que são fundamentais no funcionamento do corpo humano (CANALI e KRUEL,
2001).
Portanto, os hormônios são importantes no controle do metabolismo corporal. Diversos efeitos
promovidos pelo exercício são influenciados pelo hormônio do crescimento (GH), incluindo a redução
no catabolismo protéico e da oxidação de glicose, concomitantemente com o aumento da mobilização
de ácidos graxos livres (AGL) do tecido adiposo, para gerar energia. Portanto, o GH é um importante
hormônio liberado em diversas situações de estresse. Entretanto, o GH também tem efeitos
considerados como anabólicos, dentre os quais a promoção do balanço protéico positivo e o aumento
na quantidade de massa muscular e na liberação de fator insulínico de crescimento (IGF-1), o qual está
envolvido na estimulação do processo hipertrófico muscular (CRUZAT et. al., 2008).
O treinamento de força, por exemplo, pode estimular o aumento de hormônios como GH, beta-
endorfina, cortisol e testosterona na corrente sanguínea. E, mesmo em indivíduos idosos, o
treinamento de força promove significativas elevações da testosterona em resposta ao treinamento
(FLECK e KRAEMER, 2008).
Em mulheres na faixa etária de 67,5 anos, que realizaram um treinamento de resistido de força,
observou-se diminuição do cortisol na corrente sanguínea. A sessão de treino apresentou um protocolo
de 3 séries de 13 repetições a 50% de 1 RM e 3 séries de 8 repetições a 80% de 1 RM. As coletas de
sangue foram feitas antes e após o treinamento e 48 horas após a sessão. Verificou-se que o cortisol
esteve mais baixo na corrente sanguínea depois de 3 horas da realização do exercício (OLIVEIRA et
al., 2008)

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Apesar dos benefícios observados na resposta hormonal do exercício físico, entre mulheres, o
exercício praticado regularmente em altas intensidades pode levar a aberrações menstruais. Mulheres
atletas têm uma propensão de 10% a 20% a esse tipo de problema, ao passo que, em não atletas, esse
número diminui para 5%. Mulheres que correm sem sutiã, estão sujeitas a um aumento de prolactina
(PRL) em relação às que correm com e, ainda, os níveis de PRL aumentas em corredoras com
eumenorréia, mas não em corredoras amenorréicas (CANALI e KRUEL, 2001).
Respostas hormonais ao exercício físico em pacientes com IC
Este tópico vem abordar a questão relacionada às formas através das quais o exercício físico pode vir
a alterar funções hormonais. Tendo em vista o que foi estudado, verificou-se quais os exercícios
podem ser recomendados aos pacientes portadores de IC. Assim, pode-se avaliar se ocorrem respostas
hormonais, em decorrência dos exercícios, nos portadores de IC, visando uma maior adaptação ao
treinamento e melhora na qualidade de vida do paciente.
No estudo de Oliveira et. al. (2008), foi verificado que em relação à testosterona não houve diferença
significativa ao longo do tempo em nenhuma das intensidades testadas. Assim como em relação ao
GH, também não houve alteração na corrente sanguínea ao longo do tempo para nenhuma das sessões
(OLIVEIRA et. al., 2008)
O treinamento físico, em pacientes com IC, normaliza a ativação neuro-hormonal, aumentando a
sensibilidade dos barorreceptores e a variabilidade da freqüência cardíaca, reduz o fluxo simpático, os
níveis plasmáticos de catecolaminas, angiotensina II, vasopressina e peptídeos natriuréticos no cérebro
em repouso (GADEMAN et. al. 2007)
Segundo Messias, Carmona e Júnior (1999), os hormônios que mais sofrem adaptações com o
exercício em portadores de IC, seriam o T3 e o T4 associados aos tecidos periféricos e ao metabolismo,
sendo que o T4 exerce importante efeito no sistema cardiovascular (MESSIAS, CARMONA e
JÚNIOR, 1999). Em estudo de Pantos et. al. (2007), verificou-se que o T3 está fortemente
correlacionado com o VO2max.
Em um estudo com pacientes com IC crônica, foi verificado que, em um treinamento de 16 semanas
de caminhadas, houve uma diminuição dos hormônios angiotensina II, aldoesterona, vasopressina e
aumento do peptídeo natriurético atrial (PNA), promovendo uma melhora do bombeamento cardíaco,
diurese, natriurese e vasodilatação (THOMPSON, 2004).
Portanto, observou-se que, para estimulação de produção hormonal andrógena, o exercício
recomendado seria o mais intenso; todavia, um paciente com IC sofre de algumas limitações ao
exercício, podendo este não ser o suficiente para uma estimulação hormonal andrógena.
Terapia hormonal
Tendo em vista que a IC é caracterizada por uma mudança metabólica que favorece o catabolismo e o
comprometimento da massa muscular esquelética, os hormônios podem ser uma ferramenta de terapia
alternativa (levando em consideração os efeitos desejáveis que os mesmos podem causar) (CAMINITI
et al., 2009).
Souza (2003) sugere o uso de hormônios esteróides, como o testosterona, com funções medicinais, na
melhora da força de contratibilidade da célula muscular. Isso se deve ao armazenamento de
fosfocreatina na célula e ao bloqueio do cortisol, que é liberado em situações de estresse e está
relacionado ao catabolismo e supressão dos mecanismos de defesa do organismo. Estudos têm
demonstrado que riscos de mortalidade em homens por IC podem estar relacionados com o baixo nível
de hormônios andrógenos na circulação (GÜDER et al., 2009).
A redução de GH, ou sua ausência, favorece o acúmulo de gordura pelo tecido adiposo, fato que é
observado em indivíduos com deficiência na produção de GH. Em caso de deficiência, a reposição de
GH pode favorecer a lipólise, reduzindo, especialmente, a quantidade de gordura abdominal, bem
como o volume de adipócitos (CRUZAT et al., 2008). Yamada, Voltarelli e Voltarelli (2009)
verificaram a ocorrência de uma resistência do organismo do portador de IC ao GH. Pacientes com IC
apresentam reduzidas taxas de hormônios anabólicos na corrente sanguínea e resistência à absorção de
hormônios anabólicos. Estudos de Bronstein (2003), sobre infusão com GH, em idosos em estágios

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catabólicos com redução na secreção deste hormônio, apesar das controvérsias, mostraram que essa
intervenção pode aumentar a força muscular e massa magra.
Fazio et al. (2007) realizou um estudo com 22 pacientes portadores de IC crônica, classe funcional II e
III. Esses pacientes foram submetidos à espirometria e teste cardiopulmonar antes e depois de 3 meses
de tratamento, em que 11 indivíduos receberam um placebo e a 11 indivíduos foi administrado GH.
Verificou-se que nos pacientes que receberam GH houve um aumento na concentração sérica de IGF-
I, aumento na duração do exercício, melhora da ventilação, no consumo máximo de oxigênio, do
limiar anaeróbio e diminuição na produção de dióxido de carbono nos teste. Portanto, o GH resultou
na melhora da capacidade de realizar exercício físico e na capacidade ventilatoria, no placebo não foi
observado nenhuma dessas alterações.
Em indivíduos saudáveis que foram submetidos à infusão aguda com GH, em quantidade similar à
liberação fisiológica, observou-se aumento de síntese protéica, concomitantemente à redução na
degradação/liberação de aminoácidos pelo tecido muscular, fato que pode ser considerado como efeito
anabólico (CRUZAT et. al., 2008).
De acordo com Gebara et al. (2002), a reposição com testosterona pode melhorar a função
cardiovascular em portadores de IC, assim como a diminuição da formação de placas ateroscleróticas
na aorta, sugerindo uma ação direta da testosterona no endotélio e em células musculares lisas de
vasos, levando ao relaxamento dos vasos por mecanismos endotélio-dependentes e promovendo uma
vasodilatação
Em um estudo com homens na faixa etária de 70 anos, portadores de IC, que foram tratados com
testosterona num período de doze semanas, observou-se uma melhora na capacidade de realização de
exercícios, melhora da força muscular, no metabolismo da glicose e melhora no consumo de oxigênio,
em relação ao grupo placebo, que não sofreu modificações, sendo que os benefícios da testosterona
foram mediados tanto por efeitos metabólicos quanto periféricos (CAMINITI et al., 2009).
Em um outro estudo sobre reposição hormonal com o T3, Messias, Carmona e Júnior (1999), afirmam
que o hormônio melhora invariavelmente a contração dos tecidos do miocárdio após o período de
isquemia. A utilização de T3 tem sido recomendada para melhorar a função ventricular esquerda após
período isquêmico, aumentando a disponibilidade de fosfatos de alta energia para o miocárdio.
Sendo assim, observa-se que, em alguns casos, a reposição hormonal como terapia pode vir a ser
benéfica ao portador de IC. Tendo em vista o aumento da força e da massa muscular, além da melhora
da função cardíaca e qualidade de vida do indivíduo.
CONCLUSÕES
Verificou-se que tanto exercícios aeróbios e resistidos, quando submáximos, podem acarretar em
benefícios ao portador de IC, porém houve uma maior resposta de melhoria funcional em exercícios
aeróbios.
Observou-se que não foram encontrados muitos estudos relacionados às respostas hormonais em
decorrência do exercício em portadores de IC. O que foi constatado sobre alterações hormonais esteve
relacionado basicamente à estimulação da produção do T3, T4 e PNA e na diminuição de angiotensina
II, aldoesterona, vasopressina.
Porém, em relação aos hormônios anabólicos, não houve relatos. Em relação à reposição hormonal,
concluiu-se que, em homens, principalmente nos idosos, a testosterona pode beneficiar este tipo de
população. O GH também pode ser um hormônio que auxilia no tratamento desses pacientes. A
reposição com T3 pode ser benéfica para portadores de IC.
Recomenda-se, para futuros estudos, uma análise específica de resposta hormonal em pacientes
portadores de IC que participam de um programa elaborado de atividade física, dividindo-os em
categorias de exercícios aeróbios e resistidos.

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