UNIVERSIDADE FEDERAL DE CAMPINA GRANDE

CENTRO DE TECNOLOGIAS E RECURSOS NATURAIS – CTRN

UNIDADE ACADÊMICA DE ENGENHARIA MECÂNICA- UAEM
INTRODUÇÃO A ENGENHARIA MECÂNICA/ 2017.2
WANDERLEY

AS FOLHAS DA ALGAROBA COMO DESIGN BASE PARA ASAS E HÉLICES

ROSILENE SILVA BEZERRA

Campina Grande
2018
 RESUMO
A folha da algarobeira é bipinada e tem o formato elíptico. Visto que já existe
nas academias de ciências modelos de aviões que usam o formato elíptico esse
trabalho busca desenvolver um estudo do qual faremos um modelo de asas para um
avião planador e como também hélices para motores geradores eólicos usando as
folhas da algarobeira como design base.

A ALGAROBA

A algarobeira, ou simplesmente algaroba, é uma árvore da família das

leguminosas. E são distribuídas em três continentes: América, Ásia e África. No
continente americano estão as maiores concentrações dessas espécies, ocorrendo
nas regiões ocidentais mais secas, desde o sudeste dos Estados Unidos até a
Patagônia. E no Brasil elas são encontrada abundantemente na região Nordeste.

FIGURA 1: FUNCIONAMENTO DE UMA MINICISTERNA.

Fonte: UOL
A FOLHAS

As folhas são bipinadas, com um ou as vezes dois galhinhos, que tem de 6 a

8 cm. Cada galhinho pode ter de 12 a 25 pares de micro folhas elípticas, com
aproximadamente de 6 a 16 mm de comprimento e de 1,5 a 3,2 mm de largura.

FIGURA 2: FORMATO DAS FOLHAS DA ALGAROBA

Fonte: Projeto Verde

DESIGN PARA ASAS

Ao observar que as folhas dos galhinhos eram dispostas de forma

aerodinâmica e o seu formato era elíptico, tivemos a ideia de aplicar essa mesma
disposição aerodinâmica e o seu formato elíptico em asas para um avião planador.

FIGURA 3: FOLHA ORIGINAL E AMPLIADA E O DESENHO

Fonte: Rosilene
DESIGN PARA ASAS

O primeiro passo foi redimensionar o tamanho das folhas de forma igualitária

para 12,9 cm de comprimento e 4 cm de largura e escolher um modelo de avião
planador.

Com base nos estudos de aerodinâmica de asas elípticas o ângulo variável da asa
elíptica proporciona uma melhor aerodinâmica em relação ao arrasto criado. Criando
uma relação direta entre as asas reta e a trapezoidal a elíptica se sai melhor, tanto em
baixas velocidades como em altas.

A sustentação na asa elíptica se distribui de forma igual, ou seja, todo pedaço

de área recebe a mesma sustentação, porém isso faz surgir um problema básico,
quando há estol ele não começa na ponta ou na raiz como em outros tipos de asa, ele
se dá na asa toda, apesar de ser bastante eficiente em baixas velocidades é
necessário que tomar cuidado com o limite de estol. Sua ponta da asa arredondada
colabora para diminuir o vórtex formado pelo vento, aumentando mais ainda suas
qualidades aerodinâmica.

DESIGN PARA ASAS

Como curiosidade o P-47 Thunderbolt que FAB utilizou por um tempo tinha as
asas elípticas.

FIGURA 4: • MODELO P-47 THUNDERBOLT

Fonte: aeroflap
TESTES

Para os testes utilizamos um modelo de avião planador feito de papelão com

27 cm de comprimento, 9 cm de altura com asas do tipo trapezoidal invertida de 45
cm de envergadura.

Mudamos o design da asa do modelo para um design elíptico baseado nas

folhas da algaroba, para cada asa utilizou-se duas folhas em serie com as medidas
citadas anteriormente.

Testamos os aviões ao ar livre.

FIGURA 5: MODELO DE AVIÃO PLANADOR

Fonte: Rosilene

FIGURA 6: MODELO DE TESTE COM ASAS ELÍPTICAS

Fonte: Rosilene
 Fazendo a comparação entre os modelos dos aviões planadores com asas
trapezoidal e elíptica podemos perceber que o avião de asa trapezoidal obteve maior
tempo de voo em relação ao de asa elíptica.

Tempo médio de voo dos aviões

Avião 1:

Avião 2:

DESIGN PARA HÉLICES PARA GERADORES DE ENERGIA EÓLICA

Visto que as hélices usadas em geradores de energia eólica apresentaram o

formato elíptico decidimos usar o design das folhas de algaroba como base para
hélices de geradores a fim de verificar se o desenho das hélices é capaz de fazer o
motor girar e produzir energia.

FIGURA 7: HÉLICE COM OS MOTORES E O LED

Fonte: Rosilene
TESTES

Pegamos duas folhas elípticas e formamos a hélice onde cada folha é uma pá
da hélice, conectamos a hélice em um motor de aparelho de som e direcionamos o
conjunto de hélices\motor para a frente de um ventilador, na saída do motor colocamos
um LED de emissão de luz e depois um outro motor de carrinho de brinquedo a fim
de averiguar se há produção de energia.
RESULTADOS

Após o teste verificamos que as hélices apresentam uma boa performance na

rotação do motor, observamos que o LED logo de imediato acende, permanecendo
acesso até a motor parar. Já o teste com o motor de carrinho o gerador teve que fazer
mais rotações para o mesmo funcionar.

CONSIDERAÇÕES FINAIS

Concluímos que ao observar qualquer objeto simples, nesse caso as folhas

da algaroba e analisar a sua estrutura podemos transforma-la em algo muito mais
complexo. Como neste trabalho que apresentamos onde adaptamos a folha elíptica
da algaroba para desenhar asas de avião planador e também para hélice de um
gerador de energia eólica, aplicando e fazendo sentido para o uso da ciência.

REFERÊNCIAS

<https://keys.lucidcentral.org/keys/v3/eafrinet/weeds/key/weeds/Media/Html/
Prosopis_juliflora_(Prosopis_or_Mesquite).htm>.
<http://www.engbrasil.eng.br/revista/v212010/artigos/artigo8v212010.pdf>.
https://keyserver.lucidcentral.org/weeds/data/media/Html/prosopis_juliflora.ht
m>.
<https://www.infoteca.cnptia.embrapa.br/bitstream/doc/661908/1/CT240Pros
opis.pdf>.
<http://security.ufpb.br/lpfd/contents/paginas/lcc/pesquisas/a-algaroba>.