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2ª edição
Antropologia Cultural
DIREÇÃO SUPERIOR
Chanceler Joaquim de Oliveira
Reitora Marlene Salgado de Oliveira
Presidente da Mantenedora Jefferson Salgado de Oliveira
Pró-Reitor de Planejamento e Finanças Wellington Salgado de Oliveira
Pró-Reitor de Organização e Desenvolvimento Jefferson Salgado de Oliveira
Pró-Reitor Administrativo Wallace Salgado de Oliveira
Pró-Reitora Acadêmica Jaina dos Santos Mello Ferreira
Pró-Reitor de Extensão Manuel de Souza Esteves
Pró-Reitor de Pós-Graduação e Pesquisa Marcio Barros Dutra
FICHA TÉCNICA
Texto: Maria José Soares
Revisão: Lívia Antunes Faria Maria e Walter P. Valverde Júnior
Projeto Gráfico e Editoração: Andreza Nacif, Antonia Machado, Eduardo Bordoni e Fabrício Ramos
Supervisão de Materiais Instrucionais: Janaina Gonçalves de Jesus
Ilustração: Eduardo Bordoni e Fabrício Ramos
Capa: Eduardo Bordoni e Fabrício Ramos
COORDENAÇÃO GERAL:
Departamento de Ensino a Distância
Rua Marechal Deodoro 217, Centro, Niterói, RJ, CEP 24020-420 www.universo.edu.br
254 p. ; il.
CDD 306
CARGA HORÁRIA: 60
CRÉDITOS: 04
OBJETIVOS
EMENTA
CONTEÚDO PROGRAMÁTICO
BIBLIOGRAFIA BÁSICA
BIBLIOGRAFIA COMPLEMENTAR
Palavra da Reitora
Sumário
Apresentação da Disciplina
Caro(a) aluno(a),
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Antropologia Cultural
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Antropologia Cultural
Plano da Disciplina
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Objetivos
Objetivos
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Objetivos
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Objetivos
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1 Cultura: um conceito
polissêmico e dinâmico
Caro(a) Aluno(a),
OBJETIVOS DA UNIDADE:
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Plano da Unidade:
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adornos e a arte rupestre desenvolvida por povos que como também, ilustra a
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De um ponto de vista mais abrangente, nos salta aos olhos sem grandes
dificuldades, diferenças significativas que envolvem, por exemplo, o estilo de vida
de um homem que mora e trabalha no meio rural, em contraposição com aquele
adotado por um habitante que vive nas grandes metrópoles dos centros urbanos
brasileiros. Vistos assim, campo e cidade parecem constituir pelo menos
aparentemente, polos opostos de uma mesma realidade quando se trata de
comparar as relações que os homens estabelecessem entre si e o contexto que os
envolvem conforme habitem um ou outro destes espaços sociais tão distintos.
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Antropologia Cultural
Deste modo é importante que você fique atento ao caráter dinâmico que
envolve as diferentes formas pelas quais as culturas humanas se manifestam no
tempo e no espaço, seja no que tange a abordagem analítica de uma sociedade
particular, seja no que toca o estudo comparativo de várias sociedades. Aliás, é
sempre bom lembrar que só nos é possível falar em diferenciação exatamente por
que os grupos humanos estão em permanente contato e interação. Por outro lado,
isto não significa postular que estas interações tenham sempre conduzido as
sociedades humanas a relações pacíficas e harmônicas. Como vimos em exemplos
anteriores, aqui também uma série de fatores entram em pauta conduzindo muitas
vezes a relações marcadas por tensões e conflitos entre interesses econômicos e
políticos diversos, cujas consequências, na maioria dos casos, resultaram como a
própria historiografia demonstra na subjugação de uma cultura aos critérios de
uma outra considerada dominante, como teremos a oportunidade de abordar de
forma mais detalhada ao longo dos nossos estudos.
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Antropologia Cultural
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Antropologia Cultural
Cultura pode ser um termo cujo significado remete para a esfera da educação
estando, portanto, correlacionado ao estudo, ao conhecimento, ao processo de
escolarização e formação acadêmica. Neste sentido, o termo pode ser usado para
diferenciar os grupos sociais conforme o grau de instrução e de acesso à formação
educacional institucionalizada. Fala-se assim, que “Fulano é muito culto” como uma
forma de se referir a alguém que estudou muito, cuja escolaridade o diferencia do
indivíduo leigo, destituído desta formação. O termo parece assim, envolver
gradações entre os indivíduos. Ou seja, a depender do grau de instrução, do
conhecimento formal adquirido através do processo de escolarização, o indivíduo
é classificado como “mais” ou “menos” culto.
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Antropologia Cultural
Por cultura pode-se também designar uma certa dimensão ou domínio da vida
social que comporta formas de expressão artísticas diferenciadas tais como as artes
plásticas, a música, a dança, as artes cênicas e a literatura em suas mais diversas
modalidades, gêneros e estilos. Neste caso, o termo cultura parece estar associado
à ideia de “erudição”, refinamento e sofisticação no gosto. É importante que você
observe que aqui também, o termo pode ser utilizado como um instrumento de
diferenciação e classificação de indivíduos ou grupos no interior do sistema social
conforme ocorra ou não, a possibilidade de acesso a estas formas de expressão
artísticas.
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Como você pôde perceber no tópico anterior, a polissemia que reveste o uso
do termo cultura, não indica apenas a dificuldade de sua apreensão em um sentido
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Antropologia Cultural
único e absoluto. Ela vai além e se coloca como um aspecto que atesta a trajetória
polêmica que o termo enfrentou até ocupar um lugar de destaque no âmbito das
chamadas Ciências Sociais como um todo, e, especialmente, na Antropologia. Até
que este processo se configurasse, o termo cultura esteve marcado pela amplitude
conceitual e foi alvo de preocupações diversas estando intimamente
correlacionado ao problema das descontinuidades sociais e nacionais que ao longo
dos séculos XVII e XVIII assolaram o continente europeu.
Dentro deste contexto, sua origem remonta aos esforços dispendidos por
intelectuais alemães no sentido de compreender o desenvolvimento da história
das sociedades humanas a partir do repertório de crenças, costumes e valores que
demarcam suas particularidades e definem suas identidades específicas,
considerando-se para tanto, as condições materiais que deram suporte e
viabilizaram a sua ocorrência. Trata-se de uma preocupação que vai ao encontro e
reflete a situação política da Alemanha à época: uma nação dividida em várias
unidades políticas e que carecia, portanto, de uma expressão que pudesse traduzir
o “espírito”, a identidade do povo alemão na ausência de uma organização política
comum.
De outro lado, o termo servia para demarcar e diferenciar o estilo de vida das
camadas dominantes de uma sociedade expressando polidez, refinamento e
sofisticação nos modos de conduta adotados por elas – a corte francesa, mais
especificamente – em oposição ao restante da população então excluída do acesso
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Antropologia Cultural
Na passagem do século XIX para o século XX, estes dois termos – “Kultur” e
“Civilization” – foram sintetizados por Edward Tylor (1832-1917) em uma obra
clássica da Antropologia intitulada “Primitive Culture” (1871) a partir da seguinte
definição:
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Antropologia Cultural
O primeiro deles, diz respeito à ruptura com a visão religiosa que, fortemente
alicerçada no Cristianismo, constituía a fonte de
explicação do mundo e fornecia à Europa o
modelo básico para a interpretação da
realidade e para a compreensão das relações
sociais. O rompimento com esta visão a favor da
adoção de uma atitude laica se deu em
associação com um outro conjunto de
preocupações, que podem ser sintetizadas pelo
esforço de compreensão da origem da
sociedade e de suas transformações.
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Antropologia Cultural
Entretanto, antes de iniciarmos mais esta etapa, sugerimos a você que procure
ler o conteúdo até aqui apresentado com bastante atenção de forma a não deixar
nenhuma dúvida pendente. Assim, releia-o quantas vezes julgar necessário, recorra
às sugestões de leitura complementar, faça uso de fichamentos e resumos, e,
principalmente, interaja conosco através do ambiente virtual de aprendizagem. O
importante é que você faça uso de todos os recursos didáticos disponíveis, de
forma a garantir que sua compreensão analítica do conteúdo apresentado, e,
consequentemente, sua aprendizagem, efetivamente se concretize.
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Antropologia Cultural
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Antropologia Cultural
Esta mesma lógica de raciocínio parece se fazer presente até mesmo quando
procuramos explicar diferenças pontuais em termos das atitudes, comportamentos
e escolhas individuais. Com muita regularidade, afirma-se, por exemplo, que
“Fulano nasceu com a matemática nas veias” para justificar e explicar as habilidades
de um indivíduo em operar com o raciocínio lógico. De modo semelhante, diz-se
que “Beltrano tem um dom natural para a pintura, pois herdou esta qualidade do pai”
ou que “Cicrano tem sangue azul nas veias” para distinguir a posição social de um
indivíduo diante de outro a partir da condição econômica ou cultural, por exemplo.
Além disto, frases como “a raça caça”, “tal pai, tal filho”, “graveto não caí longe
do pau”, “filho feio não tem pai” são metáforas populares que também ilustram o
mesmo modo de se proceder quando se trata de explicar modos de conduta,
temperamentos e personalidades individuais à luz de características supostamente
derivadas da transmissão genética. Nesta direção, são comuns frases do tipo “Meu
filho tem este temperamento difícil, pois, herdou a teimosia do avô” ou “Por mais que
se tente mudar, fulano continua agindo com a mesma agressividade herdada do pai”.
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Antropologia Cultural
Além disto, por meio delas, as teorias racistas ganharam um forte impulso e
por muito tempo, contribuíram para justificar a dominação colonial e legitimar a
crença na supremacia de uma raça e/ou cultura tida como superior sobre outra
considerada como inferior. Em alguns momentos da história, esta justificativa foi
inclusive respaldada pelo próprio campo intelectual como bem ilustra, a teoria
desenvolvida pelo criminalista italiano, Cesare Lombroso (1853-1909), ao propor
uma correlação de sentido entre a tendência para comportamentos criminosos e
desviantes e a aparência física dos indivíduos.
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3. Ao contrário dos demais seres vivos, o homem atuou sobre o seu próprio
processo evolutivo na medida em que, pôde se adaptar a condições
ambientais e naturais extremamente adversas criando, ele mesmo, os
meios necessários a esta adaptação.
Para a Antropologia se há, portanto, algo de particular nesta espécie única que
é o homem, é a sua capacidade infinita de criar modos de vida absolutamente
distintos a partir de uma mesma condição natural. Como nos colocam Gilberto
Velho e Eduardo Viveiros de Castro:
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LEITURA COMPLEMENTAR:
É HORA DE SE AVALIAR !
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Exercícios – Unidade 1
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10. De que forma o conceito de cultura elaborado por Tylor contribuiu para a
superação das teorias deterministas na análise da diversidade?
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2 Antropologia cultural:
conceitos, métodos, teorias
e escolas
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Caro(a) aluno(a),
Plano da Unidade:
O campo antropológico e a dinâmica cultural.
A Escola Evolucionista do Século XIX: contexto histórico de formação.
O Evolucionismo Social e a abordagem da diversidade cultural:
História, Evolução e Progresso.
As críticas antropológicas ao Evolucionismo Social.
A Escola Cultural Americana (Difusionismo) e o Particularismo
Histórico.
O etnocentrismo e os problemas colocados através de sua prática.
Seja bem-vindo à segunda unidade de estudos!
Continuamos apostando em seu potencial de aprendizagem.
Bons estudos!
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IMPORTANTE
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IMPORTANTE
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Cabe ressaltar, entretanto, que, se por um lado, este pensar teórico permitiu ao
pensamento evolucionista atestar a existência de uma natureza humana, que é
diversa em suas manifestações culturais concretas; por outro lado, os postulados
básicos utilizados para legitimar este pensar acabaram por negar esta diversidade,
em nome de uma suposta homogeneidade biológica que unifica a humanidade
como um todo. Ou seja, embora reconheçam que os povos e grupos humanos são
diferentes, entendem que, sendo todos parte de uma única e mesma espécie viva,
a diferença é apenas um dado aparente e superficial que mascara e esconde esta
unidade base.
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Para que esta dupla tarefa pudesse se realizar em sua plenitude, Boas
argumenta ainda que a Antropologia deveria verificar, inicialmente, a possibilidade
efetiva de ser comprovada a própria viabilidade da análise comparativa. Ou seja,
contra as “conjeturas e as especulações de gabinete” dos evolucionistas, a
Antropologia deveria buscar responder a uma pergunta primeira que pode ser
sintetizada da seguinte forma: os dados a serem utilizados na análise comparativa
podem efetivamente ser comprovados?
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DICA!
Para facilitar a sua compreensão sobre o modo pelo qual estas duas
escolas teóricas – evolucionismo e culturalismo (difusionismo) – concebem a
questão da comparação dos costumes, sugerimos a você uma dica importante.
Procure pensar, inicialmente, a respeito das formas de tratamento e cumprimento,
que nós brasileiros adotamos para conduzirmos os nossos relacionamentos
interpessoais, nas diferentes situações e espaços sociais dos quais participamos em
nossa sociedade. Feito isto, procure, em seguida, pensar sobre estas formas
quando comparadas com as que são utilizados pelos ingleses, por exemplo.
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Como você pode perceber, essas relações, embora possam se fazer presentes
em toda e qualquer sociedade humana, não possuem a mesma maneira de
expressão, isto é, o modo de expressá-las não são iguais. Desta forma, há que se
observar, a partir do nosso exemplo, que, do mesmo modo, a formalidade e rigidez
das formas de tratamento adotadas pelos ingleses, se retiradas do seu contexto
cultural original, podem conduzir, a nós brasileiros, a uma visão distorcida dos
mesmos sob o argumento de se tratar de um povo frio e insensível.
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Assim, tanto em um caso como no outro, o convite que Boas nos faz e que
será, posteriormente, melhor elaborado e estruturado no seio da abordagem
antropológica, é para que o nosso olhar seja contextualizado. Que, no esforço de
compreender a diferença, realizemos, primeiramente, estudos históricos que
possam nos fornecer uma explicação a respeito do significado de cada traço que
compõe uma determinada formação cultural; no caso em questão, a sociedade
brasileira e a sociedade inglesa. Cumprida esta etapa, podemos então, comparar,
não costumes isolados, mas diferentes totalidades culturais.
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Antropologia Cultural
É justamente este postulado que abrirá espaço para a adoção de uma prática
relativizadora, cujos princípios, como teremos a oportunidade de verificar um
pouco mais adiante, exigem que se considere os aspectos, os elementos e o
conjunto de valores adotados por cada povo ou grupo humano, no contexto
específico de suas existências concretas. Ou seja, o reconhecimento da diferença
passa a constituir a base para o entendimento e a compreensão do mundo do
“outro”. Não há mais uma cultura única, capaz de englobar a História da
Humanidade, mas culturas específicas e diversas. Embora única enquanto espécie
viva, a humanidade passa, nestes termos, a ser definitivamente reconhecida como
uma humanidade plural no que diz respeito às formas pelas quais cada povo,
grupo ou sociedade humana concebe a vida, dá sentido à realidade e se relaciona
com o mundo a sua volta.
O Etnocentrismo e os problemas
colocados através da sua prática
De acordo com aquilo que tivemos a oportunidade de estudar até este
momento, é possível concluirmos que, ao longo do processo de constituição da
Antropologia como campo de conhecimento, a preocupação em encontrar uma
explicação para o problema da diversidade cultural esteve marcada por uma
questão permanente e ao mesmo tempo contraditória.
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É com este estranhamento que olhamos, por exemplo, para a atitude dos
chamados “homens bombas” oriundos dos países árabes, que numa ação suicida
coordenada pela Al-Qaeda, guiaram suas aeronaves de encontro às torres gêmeas
do World Trade Center, em Manhattan, Nova York, no ataque deflagrado em onze
de setembro 2001, contra alvos civis dos Estados Unidos. Estes homens, tal como
os pilotos “kamikases” japoneses, que na Segunda Grande Guerra Mundial,
atacaram Hiroshima e Nagasaki, foram capazes de colocar em risco a própria vida
em nome de convicções políticas extremas, numa atitude que para nós, é no
mínimo classificada como “anormal” e “irracional”, já que não atribuímos as nossas
posições políticas e partidárias, um papel tão relevante, quando comparado ao
sentido que conferimos a nossa própria vida e existência.
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Para tanto, é preciso que sejamos capazes de abrir espaço para o diálogo, com
dúvidas e incertezas, de não encarar nossas próprias opiniões e certezas como
verdades universais. Por outro lado, isto não significa postular que tenhamos que
abrir mão, inteiramente, dos nossos valores, crenças e convicções pessoais, que
definem as formas particulares, através das quais concebemos o mundo e a vida.
Ao contrário, o convite que a Antropologia nos faz é para que “estranhemos” do
ponto de vista mental e intelectual, estas formas de percepção que são, via de
regra, tomadas por nós como “naturais”, como as mais “corretas”, “coerentes”,
“sensatas”, “justas” e “normais”.
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SUGESTÃO DE FILME:
LEITURA COMPLEMENTAR:
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É HORA DE SE AVALIAR !
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Exercícios – Unidade 2
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a) V–F–F–F
b) V–F–V–F
c) F–V–F–V
d) F–F–V–F
e) V–F–F–V
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10. Especifique as duas tarefas básicas que, de acordo com Franz Boas, deveriam
ser realizadas pela Antropologia ao abordar o problema da diversidade cultural.
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Antropologia cultural:
redefinição do campo de
abordagem e mudança de
paradigma
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Prezado(a) Aluno(a),
Objetivos da Unidade:
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Plano da Unidade:
Bons Estudos!
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O primeiro passo dado por Boas, nesta direção, e que ilustra o ineditismo de
suas ideias, ancora-se na rejeição aos postulados evolucionistas em defesa de uma
perspectiva que considera as culturas humanas como fenômenos particulares e
plurais. Ao enfatizar processos de mudança, de troca e de empréstimo cultural,
Boas problematiza uma das questões centrais da abordagem antropológica, no
estudo da diversidade cultural. Esta questão refere-se ao modo pelo qual as
instituições e os costumes adotados pelas diferentes sociedades e grupos humanos
eram percebidos e comparados. Em outras palavras, Boas coloca, no foco da
discussão, o problema do uso e da aplicação do método comparativo em
Antropologia.
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Será justamente a vinculação entre estes dois conceitos que constituirá, ainda
na primeira metade do século XX, o alvo privilegiado de todo um novo
questionamento que então se descortina no interior do campo antropológico e
que ganha visibilidade teórica com a emergência de uma nova corrente de
pensamento – a chamada Escola Funcionalista – em torno da qual se associam o
nome de dois antropólogos, o inglês Alfred Reginald Radcliffe-Brown (1881 – 1955)
e o polonês naturalizado inglês, Bronislaw Malinowski (1884 – 1942).
A base das críticas dirigidas por estes teóricos aos modelos analíticos, até
então construídos pela Antropologia, encontra-se circunscrita a uma profunda
discussão sobre a questão da permanência nestes modelos, ainda que, de modo
diferenciados da noção da história, que em sua
articulação com o conceito de cultura se impunha Sincronia: Relativo aos fatos ou
pressupor uma compatibilidade necessária entre estes Diacronia: Relativo aos fatos ou
dois conceitos, como se um complementasse o outro, fenômenos observados quanto
estes autores advogam uma posição de acordo com a à sua evolução e ocorrência ao
qual, a sincronia não poderia ser submetida ou longo do tempo.
explicada pela diacronia.
Para que você possa compreender melhor o significado destes dois termos,
vamos recorrer a um exemplo que, com certeza, lhe será útil. Imagine que você seja
convidado para analisar uma partida de futebol na qual Flamengo e Fluminense –
ou quaisquer outros times de sua preferência – disputam o título de Campeão
Estadual. Nesta partida, o Fluminense sai vitorioso e cabe a você encontrar, na
dinâmica do próprio jogo, uma explicação para o sucesso do time. Duas são as
possibilidades de explicação que de saída parecem se apresentar.
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Cumpre destacar, pela importância que terá na compreensão das ideias que
vamos apresentar, que este esforço de relativização, além de definir o
compromisso fundamental da Antropologia diante da alteridade e de demarcar
sua identidade teórica enquanto campo de conhecimento implicará, muitas vezes,
na relativização dos próprios conceitos, dos próprios parâmetros que constituíram
o centro da reflexão inicial de onde ela mesma partiu. Vejamos então, de que forma
esta ruptura pôde se concretizar, atentando-se, sempre que possível, para os rumos
e os caminhos para os quais ela apontou.
Para levar adiante este empreendimento e tendo por base o postulado básico,
a primeira questão que os funcionalistas irão enfrentar e que representa, na
verdade, o cerne de sua abordagem teórica, diz respeito ao esforço de desvincular
a noção de história do conceito de cultura, em torno dos quais a categoria
tempo colocava-se como uma variável constante e permanente. Desta forma,
através de um único e duplo movimento, os funcionalistas irão se opor, tanto a
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Naturais, e que os leva a utilizar e aplicar, no estudo dois elementos dentro de suas
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Neste sentido, é importante que você observe como que, tanto em um caso –
o sistema orgânico – como no outro – o sistema social – o conceito de função
constitui o elo de ligação fundamental que parece correlacionar e conectar, de
forma significativa às noções de processo e estrutura, integrando-os de um modo
coerente em um modelo teórico específico. Como afirma, o próprio Radcliffe-
Brown:
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A partir da afirmativa acima, podemos concluir que parece existir uma espécie
de relação de interdependência funcional entre estes conceitos. Ou seja, partindo
do pressuposto, de acordo com o qual, a sociedade é considerada como uma
totalidade, um sistema integrado de relações sociais, seu funcionamento depende
do desempenho satisfatório de cada uma de suas partes constitutivas. Assim, cada
instituição social tem uma função específica para desempenhar no processo
social de forma a garantir a manutenção da estrutura e possibilitar o
funcionamento do sistema social como um todo. Deste modo, de um lado, o
processo depende, pois, da estrutura e a continuidade da estrutura depende do
processo. De outro lado, ao se considerar a vida social em todos os seus aspectos, a
função corresponderá àquela parcela de contribuição que cada atividade oferece à
atividade total da qual é parte, estando, portanto, subordinada ao processo, que,
por sua vez, depende da estrutura.
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Desta forma, procure se manter concentrado e sempre que tiver qualquer tipo
de dúvida procure interagir conosco através do ambiente virtual de aprendizagem
(AVA). Lembre-se de que sempre estaremos prontos e a sua disposição para auxiliá-
lo no seu processo de aprendizagem.
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IMPORTANTE!
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Este sistema de troca possui, além disto, uma outra característica fundamental.
Os objetos trocados, no circuito Kula não visam o enriquecimento dos seus
participantes e nem o atendimento de interesses econômicos ou comerciais
práticos, utilitários e imediatos. Muito pelo contrário, qualquer um dos
participantes que procurasse obter mais do que havia dado no começo, estaria
arriscando a ser submetido a uma penalidade a ser paga com a própria honra. Esta
particularidade da instituição Kula funda-
se ainda, em um outro aspecto singular. A
troca e o uso dos objetos – colares e
braceletes – que circulam através dela,
ocorria em momentos extraordinários para
a sociedade trobriandesa, isto é, em
ocasiões marcadas pelo clima de
celebração e de comemoração, ou como
afirma o próprio Malinowski, em “dias de grande festividade” envolvendo, por
conseguinte, um conjunto de procedimentos solenes e uma série de cerimônias
mágicas e rituais.
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Desta forma, para Mauss (1923), o caráter espiritual dos laços estabelecidos
por este sistema de troca, ao envolver formas distintas de transcendência, que
extrapolam o conteúdo concreto, material e econômico dos objetos trocados –
colares e braceletes – indicam que o intercâmbio de presentes, na forma de
dádiva, constitui um mecanismo, cujo efeito é a criação e o fortalecimento de
vínculos entre unidades sociais, que permitirão a instauração da aliança, fundada
em um princípio universal e, que, portanto, se faz presente em todas as sociedades
humanas: o princípio da reciprocidade. Frente a este princípio, cuja lógica não
reside na troca em si, mas no sentido da troca, afirma Mauss, “acreditamos ter
encontrado aqui uma das rochas humanas sobre as quais estão construídas as
nossas sociedades”.
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Como você já deve estar percebendo esta dupla transformação a ser efetuada
pelo antropólogo em campo, coloca em discussão as noções de distância e
proximidade social, que tal como nos sugere a Antropologia, devem ser também
relativizadas, como claramente, nos aponta e nos convida a pensar, Gilberto Velho
(1978), através da seguinte afirmativa:
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O exemplo acima aponta para o fato de que, na vida social, existe de um lado,
um certo grau de familiaridade no estranho e no exótico, e de outro lado, um certo
grau de exotismo no familiar e no íntimo, que nos permite tomar consciência de
que não é, portanto, nem a proximidade física e material e nem a distância
geográfica, territorial ou espacial entre as coisas do mundo – objetos, pessoas,
fatos, situações – o critério básico que possibilita aos indivíduos o
compartilhamento afetivo ou subjetivo de um mesmo universo de valores e
crenças. Visões de mundo diferenciadas convivem, lado a lado, em espaços sociais
que se tornam também diferenciados, não apenas em função dos marcadores
objetivos que possamos usar como critérios de classificação e distinção entre
pessoas, objetos e fatos sociais – tais como: faixa etária, etnia, classe social, gênero,
estado civil, opção sexual, dentre outros. Ou seja, na medida em que, estes espaços
sociais, são subjetivamente construídos e internalizados pelos indivíduos quando
em interação, outros critérios entram em jogo, demarcando diferentes tipos de
percepções e olhares sobre o mundo.
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Como um elástico, ora ela alarga e torna a nossa vivência do tempo mais
densa, vagarosa e demorada, como acontece, por exemplo, nos momentos em que
enfrentamos uma grande perda causada pela morte de um amigo ou de um ente
familiar querido, ou naqueles marcados, pela angústia de uma grande espera, de
uma grande expectativa, quando aguardamos o resultado de algo a que
atribuímos uma importância especial, como uma prova, um exame médico, etc.
Costumeiramente, expressamos a experiência destes momentos com frases do
tipo: “O dia hoje parece que não está querendo acabar”, ou então, “Já fiz uma série de
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coisas e as horas não passam”. Ora, esta elasticidade estreita torna a nossa
experiência do tempo mais leve, rápida, veloz e fugaz. São os momentos em que
vivenciamos uma grande alegria, uma grande conquista ou vitória. Em momentos
como estes, costumamos afirmar: “Tudo aconteceu tão rápido que nem senti o dia
passar”, ou então, “As horas hoje parecem que estão voando”.
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como, a Biologia, a Química, a Física – nas quais, esta relação é marcada pelo
afastamento e distanciamento, facilitando o alcance da objetividade científica, já
que o objeto investigado – os fenômenos do mundo vivo e do mundo inanimado –
não possui a dimensão dialógica que marca as Ciências Sociais, o que garante uma
maior margem de controle e previsibilidade a respeito dos fenômenos estudados.
EXEMPLIFICANDO!
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Antropologia Cultural
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Antropologia Cultural
Para que possamos finalizar este tópico desta nossa terceira unidade de
estudos, podemos concluir que, no conjunto, os postulados teórico-metodológicos
que constituem o modelo analítico proposto pelos teóricos funcionalistas,
permitiram a legitimação definitiva da Pesquisa Etnográfica de Campo (ou
Trabalho de Campo), como método de trabalho a ser adotado pelo antropólogo de
modo sistemático no estudo da diversidade cultual. Esta afirmação dos
instrumentos e das técnicas metodológicas a serem adotadas pela Antropologia
provocará, como já mencionamos em momentos anteriores, uma série de rupturas
com o modo pelo qual, até então, o estudo e a abordagem da diversidade cultural
foram conduzidos por este campo do saber. Vejamos então, resumidamente,
algumas destas rupturas:
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Na medida em que, este exercício relativizador foi cada vez mais, ganhando
força e se consolidando como a característica mais marcante e definidora da
prática e do fazer antropológico, paralela e gradativamente, uma outra questão
começa a ganhar impulso e a se impor, como um imperativo a ser enfrentado. Qual
seja, se as culturas humanas constituem sistemas particulares regidos por
diferentes lógicas, racionalidades e códigos, que lhe são específicos, e, portanto,
relativos, quando comparados uns aos outros, como pode o antropólogo conhecê-
los? Existe algum mecanismo capaz de fornecer unidade às culturas humanas em
meio à multiplicidade de suas formas e variações, sem que para isto, o observador
lance mão de um olhar etnocêntrico? Em síntese, em se tratando do
comportamento humano, é possível, estabelecer categorias universais que possam
lhes fornecer unidade sem negar a diversidade?
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Com esta afirmativa, Lévi-Strauss, aponta para a distinção básica entre o modo
pelo qual as abordagens de caráter historicista – dentre as quais, o Evolucionismo
Social constitui o exemplo mais emblemático – concebem a relação entre tempo e
história no esforço de explicar o problema da diferença e a que ele próprio adota,
mais próxima e semelhante, em certa medida, daquelas de caráter funcional e
sistêmico – dentre as quais o Funcionalismo constitui a referência básica.
EXEMPLIFICANDO!
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Antropologia Cultural
Neste plano, nós nos situamos fora do eixo da comparação, como se fôssemos
meros observadores, expectadores passivos de uma cena da qual não fazemos
parte. Esforçamo-nos para nos familiarizarmos com o
exótico “mundo do outro”, mas não fazemos o Exotizamos (exotismo) =
caminho de volta. Ou seja, não exotizamos o familiar qualidade de exótico.
para que a diferença se manifeste não como algo a ser
julgado, execrado, domesticado, mas como uma alternativa possível em meio a
tantas outras, de darmos sentido à existência. Ficamos presos as nossas próprias
percepções e visões de mundo que nesta lógica são considerados como as
“melhores”, as mais “justas”, as mais “corretas” e “normais”.
147
Antropologia Cultural
Neste processo, a diferença do “outro” passa a ser vista como uma medida que
constrói o próprio “eu”, ou seja, relativizamos o viver. Desprendidos das nossas
próprias crenças e valores, tornamos-nos capazes de perceber a nossa própria
fragilidade, a nossa incompletude no mundo e diante do “outro”. O convívio com a
diferença abre-nos assim, uma possibilidade a mais de construirmos como
indivíduos a um só tempo únicos e plurais. Vemo-nos como parte constitutiva e
constituinte da humanidade do “outro”.
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Antropologia Cultural
A esta altura você já deve estar se perguntando: que plano comparativo é este,
capaz de possibilitar que o exercício da relativização se realize em sua completude?
É exatamente neste ponto, na busca de uma resposta para esta questão, que as
ideias de Lévi-Strauss inovam o modo antropológico de abordar o problema da
diversidade cultural.
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Antropologia Cultural
Dentro desta perspectiva, é necessário não perder de vista que, não são
apenas as sociedades humanas que concebem diferentes sentidos à história, sendo
esta uma questão a ser examinada pelo antropólogo, sob pena de cair em uma
espécie de juízo de valor, o que colocaria em dúvida o seu compromisso maior
diante do esforço de compreensão da diferença. Esta distinção envolve a própria
prática e o fazer antropológico, na medida em que, o ponto de vista por ele
tomado, diante do objeto a que pretende investigar, parte também de uma
escolha, de certo tipo de percepção, referenciada ao modo pelo qual ele pretende
conduzir o seu estudo.
EXEMPLIFICANDO!
154
Antropologia Cultural
Para que você possa compreender, claramente esta discussão, não deixe
nenhuma dúvida ou questionamento pendente. Interaja permanentemente
conosco através do ambiente virtual de aprendizagem (AVA) e vamos seguir no
cumprimento de mais uma etapa dos nossos estudos.
Como temos procurado lhe mostrar ao longo dos nossos estudos, desde a sua
constituição como campo de pesquisa sistemático sobre o homem em fins do
século XIX e início do século XX, o projeto antropológico tem se caracterizado pelo
esforço permanente e contínuo de conciliação da dualidade existente entre a
compreensão da problemática da diversidade cultural, quando confrontada com a
unidade biológica do gênero humano, enquanto espécie viva.
155
Antropologia Cultural
A despeito das inúmeras nuances que podem ser observadas nas análises
desenvolvidas pelos diversos autores no âmbito desta nova tendência teórica
surgida na antropologia americana, é possível identificar, entre elas, um ponto em
comum no que se refere às críticas apresentadas. Este ponto de convergência
ancora-se no fato de que o foco fundamental das críticas desenvolvidas
circunscreveu-se em torno de dois aspectos básicos que, longe de serem
excludentes, apresentam-se, na verdade, interligados já que referidos a uma
mesma problemática. Qual seja: uma intensa discussão a respeito do papel do
antropólogo enquanto autor no texto etnográfico.
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Antropologia Cultural
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Antropologia Cultural
Desta forma, para que você possa apreender com clareza e objetividade o
conteúdo que iremos trabalhar, procure se manter concentrado de forma a não
dispersar o foco da sua atenção e, especialmente, não deixe nenhuma dúvida ou
questionamento pendente. Interaja permanentemente conosco através do
ambiente virtual de aprendizagem (AVA) lembrando que sempre estaremos
disponíveis para auxiliá-lo em sua aprendizagem.
IMPORTANTE!
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Antropologia Cultural
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Antropologia Cultural
Apesar desta herança colonial que lhe foi legada, o movimento histórico da
Antropologia, enquanto campo de saber, a conduziria a uma posição bem distinta
daquela a que seu passado faria supor, na qual lhe caberia o papel de um mero
instrumento de dominação a serviço do colonialismo, ou como afirmam, Gilberto
Velho e Viveiros de Castro (1980):
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Antropologia Cultural
Diante disto, abre-se uma nova possibilidade para o estudo das culturas e das
sociedades humanas, que pautada no esforço de desenvolvimento de uma visão
mais específica, parcial e detalhada das diferentes motivações e dinâmicas internas,
dos diferentes projetos e forças concretas que movem cada sistema social
considerado em sua especificidade e particularidade. Entretanto, a realização de
um projeto como este só seria passível de uma concretização objetiva mediante
uma redefinição não apenas dos procedimentos e instrumentos metodológicos a
serem adotados, como também, do enfoque teórico, que, até então, servia de
alicerce para o trabalho do antropólogo. A solução vislumbrada encontrou na
pesquisa etnográfica de campo e com ela, na observação direta e participante,
minuciosa e detalhada, quase que microscópica, sua expressão mais firme e sólida.
Cabe destacar, que esta mudança não implica na adoção de uma perspectiva
pautada em uma negação absoluta do significado e da importância da sociedade
do observador – o “mundo do eu” – para o trabalho de pesquisa etnográfico, mas
de reconhecer que ela representa apenas mais uma alternativa possível, um dado a
mais para ilustrar a imensa diversidade de formas culturais e sociais existentes.
Afinal, é preciso que não nos esqueçamos que neste momento a diferença não é
mais equacionada a graus, estágios ou etapas
distintas de um mesmo processo evolutivo
linear e único. Ela passa a ser vista agora a
partir de um prisma que a considera como
um dado que constitui e caracteriza as
inúmeras sociedades observadas.
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Antropologia Cultural
Frente a este desafio que lhe é lançado, o antropólogo fará seu trabalho de
campo mediante regras específicas. Sua busca pela relativização o conduz de seu
gabinete de estudo para o contato íntimo e direto com o grupo ou sociedade que
constitui o seu objeto de estudo. Legitima-se, desta forma, a figura do antropólogo
profissional e com ela a fórmula clássica que pôde, a partir dos trabalhos de
Malinowski, garantir a sua autoridade etnográfica no texto. Qual seja, “eu estive lá,
vi, e, portanto, posso falar sobre o outro”.
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Antropologia Cultural
IMPORTANTE!
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Antropologia Cultural
Estas diretrizes, uma vez adotadas, seriam, de acordo com Malinowski, capazes
de garantir ao pesquisador um mergulho profundo na vida da sociedade estudada,
de forma a compreender a lógica cultural que move o ciclo de sua existência
concreta, tentando reviver nele próprio os sentimentos “nativos”. Este
compartilhamento, além de exigir certa dose de empatia do pesquisador em
relação ao seu objeto de estudo, implicava ainda em um processo de
transformação pelo qual o antropólogo deveria passar tornando-se pelo menos
idealmente, ou seja, do ponto de vista intelectual, ele próprio “nativo”.
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IMPORTANTE!
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Antropologia Cultural
Para que esta “autoria dispersa” possa ser expressa em termos de textualidade,
diversos recursos passam a serem usados. É assim que, a opção estilística passa a
incidir na redação na primeira pessoa do singular, ao mesmo tempo em que, torna-
se recorrente a incorporação na feitura do próprio texto, de citações, testemunhos,
histórias de vida, relatos pessoais, depoimentos coletados pelo antropólogo no
campo, de forma a que o texto possa, tal como um romance, expressar uma
plurivocalidade.
Há, desta forma, uma espécie de convite para que o antropólogo assuma de
fato a sua voz e exponha, diretamente, no texto a sua experiência tal como vivida
no campo, estando, entretanto, consciente da historicidade e contextualidade do
seu ponto de vista; o que, nesta medida, torna a sua interpretação sempre parcial;
uma possibilidade entre tantas outras de leitura, a respeito de uma determinada
cultura ou sociedade. Trata-se ainda de um convite que não restringe somente ao
antropólogo. Ele se dirige também ao leitor, que até então, ocupava uma posição
meramente passiva e secundária e que agora é solicitado a se unir, não mais ao
confronto e sim, ao diálogo, cujo texto final produzido deverá retratar. Como
ressalta Peirano (1995):
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Movido por este esforço básico, Geertz, defende uma perspectiva analítica,
que se fundamenta no que ele denomina como conceito semiótico de cultura. De
acordo com esta perspectiva, a cultura passa a ser concebida como um conjunto
de símbolos e significados, decorrendo daí, a sua visão da Antropologia como uma
“ciência interpretativa em busca de significados”. Como afirma o próprio, Geertz:
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IMPORTANTE!
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Desta forma, longe de acreditar que o nativo possa falar através da presença
do antropólogo, Geertz julga estar interpretando a forma pela qual o nativo
constrói o mundo. Ou seja, a forma pela qual, a partir de um conjunto de símbolos,
ele cria regras de interpretação da realidade, atribuindo sentido ao mundo e
ordenando de forma pública o seu comportamento.
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Se, neste ponto, existe uma concordância dos autores pós-modernos com
Geertz, no sentido de que as etnografias são ficções, quando se trata de debater as
alternativas que, a partir daí, se delinearam face ao esforço de construção das
mesmas enquanto textos, as discordâncias e afastamentos começam a se fazer
presentes.
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LEITURA COMPLEMENTAR
GEERTZ, Clifford. Uma Descrição Densa: Por uma Teoria Interpretativa da Cultura.
In: A Interpretação das Culturas, Rio de Janeiro, Ed. Guanabara, p.13-41, 1989.
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É HORA DE SE AVALIAR!
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Exercícios – Unidade 3
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Antropologia Cultural
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8. Assinale (V) ou (F) nas afirmativas que representam de acordo com Malinowski,
as características principais do sistema de troca – Kula – existente entre os
nativos melanésios:
( ) Na troca de artigos no circuito Kula ninguém é livre para não participar já que
ela obedece a um triplo imperativo: a obrigação de dar, de receber e de retribuir.
a) F – V – V – F.
b) V – F – V – F.
c) F – V – V – V.
d) V – V – F – F.
e) V – V – F – V.
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aplicada ao estudo das
sociedades complexas:
alguns objetos de análise
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Objetivos da Unidade:
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Plano da Unidade:
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IMPORTANTE!
Com isto, o etnocentrismo cede, cada vez mais, o lugar para a legitimação da
prática relativizadora, abrindo espaço para que o reconhecimento pleno da
diferença pudesse efetivamente se concretizar. Em outras palavras, a afirmação do
caráter sistêmico da cultura, levou a Antropologia a adotar de modo gradativo e
sistemático, uma postura cada vez mais, marcada pela constatação inegável de que
a mesma possui, uma coerência e uma dinâmica interna a serem analisadas na
particularidade e na singularidade dos diferentes contextos históricos ou
formações sociais em que se encontrem inseridas.
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Neste sentido, o homem cada vez mais se autopercebe, como parte que
constitui e que é, simultaneamente, constituída pela sociedade, estando todas as
suas atividades, formas de comportamento, atitudes e ações; amarradas e presas,
de um modo ou de outro, como na metáfora utilizada por Geertz, as “teias de
significado”, que ele mesmo teceu e dentro das quais a sua vida se desenvolve.
Para Geertz, portanto, a cultura nos modela simbolicamente e, assim fazendo,
torna-nos o que somos ou, como ele próprio afirma:
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Para que você possa compreender com clareza como este debate crítico pôde
se configurar, vamos recapitular rapidamente, os movimentos teóricos que
estiveram no centro da constituição da Antropologia, como campo do saber.
Durante o século XIX, período em que a abordagem antropológica pautava-se na
égide do Evolucionismo Social, a preocupação com a cultura esteve a todo tempo,
referenciada ao conhecimento da totalidade das características definidoras de uma
determinada realidade social. Como indica a definição elaborada por Tylor (1871), a
cultura correspondia a um “todo complexo” que englobava a um só tempo todas
as possibilidades de realização humana, sejam elas materiais ou não materiais.
Tratava-se de uma concepção globalizadora da cultura que caminhava de mãos
dadas com uma visão totalizadora da história, posto que pressupunha a existência
de um único eixo evolutivo que enquadrava e classificava no tempo, em diferentes
etapas ou estágios evolutivos, todas as sociedades humanas como parte de um
processo mais amplo de desenvolvimento liderado pela cultura europeia.
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A esta altura, supomos que a sua curiosidade tenha sido aguçada e que você já
esteja se perguntando no que consiste, exatamente, estas chamadas sociedades
complexas, em como e a partir de que critérios elas podem, efetivamente, ser
caracterizadas e de que forma tudo isto se correlaciona, de modo a tornar o estudo
da cultura no interior das mesmas, objeto de uma discussão tão específica para o
campo antropológico. Antes de avançarmos, no conteúdo destas discussões, nos
parece fundamental, então, apresentar a você, uma definição inicial do que a
Antropologia entende sob a rubrica sociedades complexas.
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Se até este ponto, como você deve estar pensando, as ideias de Sahlins não
sugerem a princípio, nenhum tipo de grande inovação na abordagem
antropológica, na medida em que parece, de fato, caminhar em direção ao
encontro do que já discutimos anteriormente, a respeito da afirmação do conceito
de cultura como um código composto por um conjunto complexo de sistemas
simbólicos, um dado novo vem à baila, quando avançamos no percurso da
estruturação de sua perspectiva analítica e verificamos as consequências
interpretativas que, a partir dela, se produz. Este dado refere-se, basicamente, ao
esforço por ele mobilizado no sentido de mapear a especificidade da forma pela
qual a sociedade ocidental capitalista – tipo mais emblemático das chamadas
sociedades complexas – articulou, de um modo muito próprio, os limites da relação
que se estabelece entre a atividade material – a razão prática – e a atividade
simbólica – a razão significativa.
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Nesta linha argumentativa, o dado que parece fornecer uma nova amplitude e
relevância à questão da produção simbólica quando à tônica da discussão incide
no contexto das chamadas sociedades complexas, é o fato de que nelas, a
dimensão do significado se intensifica, de um modo ou de outro, em função do
forte processo de diferenciação social que envolve os indivíduos e grupos
humanos em uma inextricável rede de instituições sociais. Inserida neste cenário, a
ideia de complexidade passa a envolver, paralela e simultaneamente, a noção de
heterogeneidade, trazendo implicitamente para o centro da discussão, o problema
de se identificar as consequências daí advindas, para a delimitação da
especificidade do conceito de cultura no interior do campo antropológico.
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O problema deste tipo de suposição é o fato de que dela deriva uma série de
classificações e tipologias construídas sobre o conceito de cultura que são
problemáticas para a discussão antropológica. Para que você possa compreender
com maior facilidade essas classificações, vamos nos reportar ao caráter
polissêmico da cultura que discutimos, no contexto da nossa primeira unidade de
estudos. Se num primeiro momento, nosso objetivo pautou-se no esforço básico
de demonstrar a variedade de significados envolvidos com o termo cultura, nossa
intenção agora caminha em uma outra direção. Desta forma, neste segundo
momento trata-se, de problematizarmos estes significados à luz do instrumental
teórico fornecido pela Antropologia, no sentido de percebermos como eles não
estão soltos no espaço social. Na verdade, eles exprimem certas concepções
ideológicas que se encontram referenciadas a valores e visões de mundo distintos,
decorrentes dos diferentes tipos de relações e posições ocupadas pelos indivíduos
e grupos humanos no contexto da vida social.
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Sendo assim, ainda que admitamos como nos sugere Sahlins (2003), que no
contexto da sociedade capitalista ocidental – exemplo emblemático das chamadas
sociedades complexas – as relações de produção constituam o “lócus” privilegiado
da atividade simbólica, este pressuposto não deve ser tomado como um critério
absoluto e universalizante. Há que se considerar a existência de outros focos de
produção simbólica, mediando as relações sociais que a depender do contexto e
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Esse envolvimento é o que lhe confere uma importância central para todas as
formas de pensamento e trabalho que articulam e expressam nossa moderna
experiência social que pode ser lida através de um duplo e tenso movimento. De
um lado, parte da experiência moderna percebe o mundo social, como um sistema
autogerador e automantenedor, supra-humano, metodologicamente anterior ao
indivíduo, funcionalmente integrado e regulado por um consenso normativo que a
ele se sobrepõe, regulando suas ações, penetrando sua consciência e
determinando seus comportamentos. Tendo existência própria, a sociedade é vista
como uma realidade suficiente e substantiva, carecendo o indivíduo de liberdade.
Situado no extremo recebedor do sistema social, o indivíduo sente o peso das
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Nesta linha de argumentação não seria demais lembrar que do ponto de vista
antropológico as sociedades humanas não são percebidas como possuindo uma
equivalência unívoca em termos das formas pelas quais organizam a vida social.
Pelo contrário, o esforço básico da Antropologia no sentido da superação da visão
etnocêntrica, consiste justamente em demonstrar que na ordenação da vida social,
diferentes sistemas de valores, crenças e instituições entram em jogo assumindo
significados bastante diversos dependendo do contexto a que se encontrem
inseridas.
Dentro deste contexto, há que se ter sempre em mente, que nem todas as
sociedades humanas concebem, como o faz a sociedade ocidental moderna, seu
sistema, de forma fragmentada em domínios distintos, privilegiando, do ponto de
vista ideológico, o indivíduo como sujeito moral das instituições, como a unidade
em relação a qual todo o sistema se define. Por outro lado, não se trata, entretanto,
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Num universo social como este, o Estado funciona como um supra indivíduo
que legisla acima da lei. O papel do cidadão, neste universo, passa a ter uma
vigência contextual basicamente negativa e relativa que permite introduzir no
sistema uma “moeda social paralela”, como destaca Da Matta, capaz de efetuar a
transformação entre indivíduo e pessoa.
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Tal como nos sugere o episódio mencionado no início deste tópico, nossa
desenvoltura para navegarmos no interior do mundo social e para capitalizarmos
as vantagens que daí possam advir, a favor da manutenção de nossos interesses,
representa, nestes termos, a medida fundamental que usamos na sociedade
brasileira para definir, não só o tamanho do nosso sucesso, enquanto agentes que
atuam no mundo institucional das organizações administrativas – seja como
administradores, seja como cliente/usuário dos serviços gerados – como também
as probabilidades de fracassarmos, se, por ventura, os benefícios angariados forem
menores que os custos despendidos.
LEITURA COMPLEMENTAR!
É HORA DE SE AVALIAR!
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Como esta é nossa última unidade de estudo, gostaria de registrar que foi um
imenso prazer tê-lo como aluno. Esperamos, sinceramente, que a perspectiva
aberta pela Antropologia possa contribuir para o sucesso da sua prática
profissional e para um relacionamento pessoal e existencial mais tolerante e
aberto, com a difícil e, ao mesmo tempo, fascinante oportunidade que a vida nos
oferece de conviver e de aprender com a diferença, de enxergamos nos múltiplos
“outros” com os quais nos relacionamos, uma medida que nos constrói, que
contribui para nos tornarmos pessoas melhores.
BIBLIOGRAFIA:
236
Antropologia Cultural
__________. O que faz o brasil, Brasil. Rio de Janeiro: Rocco, 11ª Ed., 2000.
________ . Obras e Vidas. O Antropólogo como Autor. Rio de Janeiro: Ed. UFRJ,
2002.
237
Antropologia Cultural
_________ . Anti Anti Relativismo. In: Uma Nova Luz Sobre a Antropologia. Rio
de Janeiro: Zahar Editor. 2001(b).
LEACH, Edmund. As Ideias de Levi Strauss. São Paulo: Ed. Cultrix, (Coleção
Mestres da Modernidade), 2ª Ed., 1970.
MARCUS, George. O Que Vem (Logo) Depois do “Pós”: O Caso da Etnografia. In:
Revista de Antropologia, FFLCH/USP, vol.37, São Paulo, 1994.
MAUSS, Marcel. Ensaio Sobre a Dádiva: Forma e Razão da Troca nas Sociedades
Arcaicas, In: Sociologia e Antropologia, São Paulo: Ed. Abril, 1974, p.37-178.
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Exercícios - unidade 4
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a) F–V–F–F
b) V–F–V–V
c) V–V–V–F
d) F–F–V–V
e) F–F–V–F
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10. “Aos amigos tudo, aos inimigos a lei”. Com base nesta máxima popular
fortemente veiculada pelo senso comum englobante, caracterize o que Roberto Da
Matta denomina como “dilema brasileiro” apontando para as consequências daí
advindas na compreensão do universo ideológico da sociedade brasileira.
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Considerações finais
Assim, o Ensino a Distância lhe parabeniza por ter concluído seus estudos,
aumentando sua bagagem com conhecimentos e habilidades que irão beneficiá-lo
por toda a vida.
Equipe EaD
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Conhecendo o autor
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Referências
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Anexos
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Gabaritos
Unidade 1
1. a
2. b
3. e
4. e
5. b
6. d
7 c
8 b
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Unidade 2
1. c
2. b
3. e
4. a
5. e
6. b
7 c
8 d
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Unidade 3
1. c
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3. e
4. d
5. a
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Unidade 4
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3. c
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