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R E L ATÓ R IO

PRO C ES S O S
ASSOCIAÇÃO BRASILEIR A DAS EMPRESAS
DE REFEIÇÕES COLETIVAS.

Juliana Viana Costa

14/01/2016
São Paulo/SP, 14 de Janeiro de 2016.

Associação Brasileira das Empresas de Refeições Coletivas.

Relatório de Processos Judiciais

Segue relatório de andamento processual referente às


ações ajuizadas em favor da Associação Brasileira das Empresas de
Refeições Coletivas, patrocinadas pelo nosso escritório.

Os argumentos esposados nas ações judiciais -


análise da hipótese de incidência e da interpretação sistemática e teleológica
da legislação aplicável à questão, aliados ao posicionamento
jurisprudencial, indicam que a probabilidade de êxito pode ser
enquadrada como possível / provável, sendo certo que todos os recursos
oportunos e cabíveis serão manejados até o devido trânsito em julgado.

Lembramos, por oportuno, todos os valores relativos


à discussão tributária em tela – inclusive valor da causa, cálculos,
planilhas, etc., foram obtidos com base em documentos (folha de
pagamento, relatórios, guias GPS, DARF, etc.) e informações fornecidos
pela empresa, sendo de responsabilidade desta a veracidade de suas
formas e conteúdos.

Trata-se de valores estimados, cujo montante exato


será conhecido após regular trâmite e devido trânsito em julgado da
respectiva Ação Judicial, estando – tanto os cálculos, como todo e qualquer
procedimento adotado – sujeitos à regular verificação do Judiciário, das
partes no processo e, obviamente, da Secretaria da Receita Federal.
Registramos que em caso de eventual realização pela
empresa do procedimento de suspensão do recolhimento ou compensação
sponte propria baseado na legislação1 e/ou em decisões obtidas nas ações
em tela antes do trânsito em julgado, há possibilidade de um entendimento
divergente da Secretaria da Receita Federal no sentido de se impor restrições
e de se exigir o pagamento de tais valores com juros e multa, sendo certo
que ocorrendo esta hipótese, caberá ao escritório – conforme cláusula
contratual – apresentar as explicações e/ou recursos administrativos cabíveis.

Sem mais para o momento, permanecemos à vossa


disposição para esclarecimentos outros que se façam eventualmente
necessários.

1
Lei nº 8383/91, art. 66; Lei nº 9430/96, art. 74

DADOS PROCESSUAIS
Categoria (x ) Tributário ( ) Cível ( ) Trabalhista ( ) Administrativo
Tipo de Ação Mandado de Segurança Coletivo
Número do Processo 0028690-10.2010.4.01.3400
Impetrante Associação Brasileira das Empresas de Refeições Coletivas
Impetrado Secretário da Receita Federal do Brasil
Data da Autuação 08/06/2010
Data da Distribuição 08/06/2010
Foro / Tribunal DF/TRF 1ª REGIÃO
Vara / Turma 2ª Vara Federal
Comarca / Seção Judiciária Subseção Judiciária do Distrito Federal
SUSPENSÃO DA EXIGIBILIDADE; Inexigibilidade da Contribuição
Tese/Objeto Previdenciária incidente sobre 1/3 de férias, salário maternidade e
afastamento por auxílio-doença/ acidente.
ANDAMENTO PROCESSUAL
DATA DESCRIÇÃO
16/02/2011 Pedido de Liminar Indeferido: “A concessão de medida liminar em Mandado
de Segurança pressupõe a existência dos requisitos legais, consubstanciados
na relevância do direito invocado e no fundado receio de lesão irreparável
ou de difícil reparação, ou seja, o fumus boni iuris e o periculum in mora.
Apesar da relevância dos fundamentos aduzidos, verifica-se claramente a
ausência do periculum in mora, requisito necessário para a concessão da
medida. É que a impetrante insurge-se contra a exigibilidade da contribuição
social previdenciária incidente sobre os valores pagos nos 15 (quinze)
primeiros dias de afastamento do funcionário doente ou acidentado, bem
como a título de adicional de férias de 1/3 (um terço), salário-maternidade e
aviso prévio indenizado. Assim, não se verifica a ocorrência de qualquer
dano irreparável, considerando-se que a presente ação somente foi ajuizada
agora, mais de 15 anos após o início da eventual ilegalidade questionada (Lei
n. 8.212/91). Nesse prisma, não há perigo de ineficácia da medida, caso seja
concedida ao final, pois a eventual ulterior compensação dos valores
recolhidos a título das referidas contribuições, capaz de reparar o dano dos
impetrantes, não restará prejudicada. Ante o exposto, indefiro o pedido
liminar.”;
20/10/2011 Mandado de Segurança parcialmente favorável em primeira instância: “Ante
o exposto julgo parcialmente procedente o pedido para declarar a
inexistência de relação jurídica que obrigue os associados da ASSOCIAÇÃO
BRASILEIRA DAS EMPRESAS DE REFEIÇÕES COLETIVAS a incluir na base de
cálculo da contribuição social patronal as verbas pagas pelo empregador nos
primeiros 15 (quinze) dias de afastamento do empregado doente ou
acidentado, antes da obtenção do auxílio-doença ou auxílio-acidente.”;
14/11/2011 Interposição de Recurso de Apelação (Impetrante);
17/02/2012 Interposição de Recurso de Apelação (Impetrado);
30/03/2012 Autos Remetidos ao TRF;
10/04/2012 Mandado de Intimação Expedido à Procuradoria Regional da República, 1º
Região;
03/05/2012 Autos conclusos para relatório e voto;

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18/07/2014 Autos remetidos ao Gabinete JFC do Desembargador Federal Marcos
Augusto de Souza;
18/07/2014 Autos conclusos para relatório e voto;
FASE ATUAL Autos conclusos.
CHANCES DE ÊXITO ( X ) Provável ( ) Possível ( ) Remota

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DADOS PROCESSUAIS
Categoria (x ) Tributário ( ) Cível ( ) Trabalhista ( ) Administrativo
Tipo de Ação Mandado de Segurança Coletivo
Número do Processo 0028704-91.2010.4.01.3400
Impetrante Associação Brasileira das Empresas de Refeições Coletivas
Impetrado Secretário da Receita Federal do Brasil
Data da Autuação 08/06/2010
Data da Distribuição 09/06/2010
Foro / Tribunal DF/TRF 1ª REGIÃO
Vara / Turma 20ª Vara Federal
Comarca / Seção Judiciária Subseção Judiciária do Distrito Federal
Inexigibilidade da Contribuição Previdenciária incidente sobre Aviso Prévio e
Tese/Objeto
13º Salário indenizado.
ANDAMENTO PROCESSUAL
DATA DESCRIÇÃO
Pedido de Liminar Deferido: “Determinando a suspensão da exigibilidade do
crédito tributário, do impetrante e seus associados, referente à contribuição
15/07/2010
social previdenciária incidente sobre valores pagos a título de aviso prévio
indenizado e 13º salário proporcional ao aviso prévio indenizado.”;
25/06/2012 Mandado de Segurança parcialmente procedente em primeira instância:
“para reconhecer como indevida a contribuição previdenciária incidente
sobre o aviso prévio indenizado e 13º salário proporcional ao aviso prévio
indenizado, assegurando à Impetrante e a seus associados o direito de
compensar, com débitos próprios, vencidos ou vincendos relativos a outras
contribuições previdenciárias, os valores indevidamente pagos a partir dos
120 dias anteriores ao ajuizamento da presente ação, e que a Autoridade
Impetrada se abstenha de promover, por qualquer meio – administrativo ou
judicial, a cobrança ou exigência dos valores correspondentes àquela
contribuição, afastando-se quaisquer restrições, autuações fiscais, negativas
de expedição de Certidão Negativa de Débitos, imposições de multas,
penalidades ou inscrições em órgãos de controle, como o CADIN.”;
13/08/2012 Interposição do Recurso de Apelação (Impetrado);
16/08/2012 Oposição dos Embargos de Declaração (Impetrante);
19/08/2013 Negado provimento aos Embargos de Declaração (Impetrante);
20/09/2013 Interposição do Recurso de Apelação (Impetrante);
12/05/2015 Autos remetidos ao TRF;
14/08/2015 Negado provimento ao recurso de apelação do impetrado e parcial
provimento ao recurso de apelação da impetrante: “O Pleno do STF (RE
566621/RS, Rel. Min. ELLEN GRACIE, trânsito em julgado em 27.02.2012),
sob o signo do art. 543-B do CPC, que concede ao precedente extraordinária
eficácia vinculativa que impõe sua adoção em casos análogos, reconheceu a
inconstitucionalidade do art. 4º, segunda parte, da LC 118/2005 e
considerou aplicável a prescrição quinquenal às ações repetitórias ajuizadas
a partir de 09 JUN 2005. A jurisprudência do STJ é no sentido de que não
incide contribuição previdenciária patronal sobre o aviso prévio indenizado
(REsp n. 1230957/RS, sob o rito do 543-C do CPC). Da mesma forma, a

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jurisprudência desta T7/TRF1 em relação ao décimo terceiro salário
proporcional do aviso prévio (v.g. AMS n. 0004858.42.2010.4.01.3304/BA e
AMS n. 2002.34.00.006059-7/DF). Quanto à compensação, o Superior
Tribunal de Justiça, sob o rito dos recursos repetitivos, firmou o
entendimento de que a lei que rege a compensação tributária é a vigente na
data de propositura da ação, ressalvando-se, no entanto, o direito de o
contribuinte proceder à compensação dos créditos pela via administrativa,
em conformidade com as normas posteriores. Precedente (REsp nº
1.137738/SP – Rel. Min. Luiz Fux – STJ – Primeira Seção – Unânime – DJe
1º/02/2010). Aplicável, ainda, o disposto no art. 170-A do CTN. A correção
monetária e os juros devem incidir na forma do Manual de Cálculos da
Justiça Federal. Apelação da FN e remessa oficial não providas. Apelação da
impetrante parcialmente provida.”;
20/08/2015 Oposição dos Embargos de Declaração (Impetrante);
25/08/2015 Oposição dos Embargos de Declaração (Impetrado);
15/09/2015 Embargos de Declaração Impugnados;
28/09/2015 Autos recebidos no Gabinete do Distrito Federal da Desembargadora Ângela
Catão; Autos conclusos para relatório e voto;
FASE ATUAL Autos conclusos.
CHANCES DE ÊXITO ( X ) Provável ( ) Possível ( ) Remota

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