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Mas se depois de examinarmos os dados chegamos a "Lógica: Coerência de raciocínio, de ideias. Modo de ra-
uma conclusão que aceitamos como certa concluímos que ciocinar peculiar a alguém, ou a um grupo. Sequencia coe-
estivemos raciocinando. rente, regular e necessária de acontecimentos, de coisas."
(dicionário Aurélio), portanto podemos dizer que a Lógica e a
ciência do raciocínio.
Se a conclusão decorre dos dados, o raciocínio é dito ló-
gico. 1. PRINCÍPIOS FUNDAMENTAIS EM LÓGICA MATE-
MÁTICA
Nova teoria científica 1.1 CONSIDERAÇÕES PRELIMINARES
Partindo-se do contexto histórico, a lógica enquanto ciên-
A ciência é bàsicamente a combinação do raciocínio lógi- cia do raciocínio pode ser subdividida em duas grandes cor-
co bom com o conhecimento prático bom de fenômenos rentes, quais sejam: Lógica Clássica e Lógica Formal.
naturais reais. Todos os seres humanos fazem algum racio-
cínio lógico e têm algum conhecimento prático de alguns Enquanto Lógica Clássica esta fundamentada em pro-
fenômenos naturais reais, mas na maior parte têm que com- cessos não matemáticos, processos não analíticos, sendo
binar ciência com sobrevivência. Alguns povos puderam que suas verdades advêm de entidades filosóficas. Pode-se
devotar muito de seu tempo ao raciocínio e/ou a ganhar o dizer que a Lógica Clássica tem um caráter intuitivo.
Premissa 1: Todos os minhotos são portugueses. O que se segue à palavra "Então" não é conclusão de
Premissa 2: Todos os portugueses são europeus. nenhum argumento, e o que segue a "Admitindo que" não é
Conclusão: Todos os minhotos são europeus. premissa, pois nem sequer tenho aqui um argumento. Por
isso, embora seja útil, deves usar a informação do quadro de
É claro que a maior parte das vezes os argumentos indicadores de premissa e de conclusão criticamente e não
não se apresentam nesta forma. Repara, por exemplo, no de forma automática.
argumento de Kant a favor do valor objectivo da felicida- Proposições e frases
de, tal como é apresentado por Aires Almeida et al.
(2003b) no site de apoio ao manual A Arte de Pensar: Um argumento é um conjunto de proposições. Quer as
premissas quer a conclusão de um argumento são proposi-
"De um ponto de vista imparcial, cada pessoa é um ções. Mas o que é uma proposição?
fim em si. Mas se cada pessoa é um fim em si, a felicida-
de de cada pessoa tem valor de um ponto de vista impar- Uma proposição é o pensamento que uma frase
cial e não apenas do ponto de vista de cada pessoa. Da- declarativa exprime literalmente.
do que cada pessoa é realmente um fim em si, podemos
concluir que a felicidade tem valor de um ponto de vista Não deves confundir proposições com frases. Uma frase
imparcial." é uma entidade linguística, é a unidade gramatical mínima de
sentido. Por exemplo, o conjunto de palavras "Braga é uma"
Neste argumento, a conclusão está claramente identifica- não é uma frase. Mas o conjunto de palavras "Braga é uma
da ("podemos concluir que..."), mas nem sempre isto aconte- cidade" é uma frase, pois já se apresenta com sentido gra-
ce. Contudo, há certas expressões que nos ajudam a perce- matical.
ber qual é a conclusão do argumento e quais são as premis-
sas. Repara, no argumento anterior, na expressão "dado Há vários tipos de frases: declarativas, interrogativas, im-
que". Esta expressão é um indicador de premissa: ficamos a perativas e exclamativas. Mas só as frases declarativas ex-
saber que o que se segue a esta expressão é uma premissa primem proposições. Uma frase só exprime uma proposição
do argumento. Também há indicadores de conclusão: dois quando o que ela afirma tem valor de verdade.
dos mais utilizados são "logo" e "portanto".
Por exemplo, as seguintes frases não exprimem proposi-
Um indicador é um articulador do discurso, é uma palavra ções, porque não têm valor de verdade, isto é, não são ver-
ou expressão que utilizamos para introduzir uma razão (uma dadeiras nem falsas:
premissa) ou uma conclusão. O quadro seguinte apresenta
alguns indicadores de premissa e de conclusão: 1. Que horas são?
2. Traz o livro.
3. Prometo ir contigo ao cinema.
Indicadores de premis- Indicadores de conclu- 4. Quem me dera gostar de Matemática.
sa são
Mas as frases seguintes exprimem proposições, porque
têm valor de verdade, isto é, são verdadeiras ou falsas, ainda
pois por isso que, acerca de algumas, não saibamos, neste momento, se
porque por conseguinte são verdadeiras ou falsas:
dado que implica que
como foi dito logo 1. Braga é a capital de Portugal.
visto que portanto 2. Braga é uma cidade minhota.
devido a então 3. A neve é branca.
a razão é que daí que 4. Há seres extraterrestres inteligentes.
admitindo que segue-se que
sabendo-se que pode-se inferir que A frase 1 é falsa, a 2 e a 3 são verdadeiras. E a 4? Bem,
assumindo que consequentemente não sabemos qual é o seu valor de verdade, não sabemos se
é verdadeira ou falsa, mas sabemos que tem de ser verda-
deira ou falsa. Por isso, também exprime uma proposição.
É claro que nem sempre as premissas e a conclusão são
precedidas por indicadores. Por exemplo, no argumento: Uma proposição é uma entidade abstracta, é o pensa-
mento que uma frase declarativa exprime literalmente. Ora,
O Mourinho é treinador de futebol e ganha mais de 100000 um mesmo pensamento pode ser expresso por diferentes
euros por mês. Portanto, há treinadores de futebol que ga- frases. Por isso, a mesma proposição pode ser expressa por
nham mais de 100000 euros por mês. diferentes frases. Por exemplo, as frases "O governo demitiu
o presidente da TAP" e "O presidente da TAP foi demitido
A conclusão é precedida do indicador "Portanto", mas as pelo governo" exprimem a mesma proposição. As frases
premissas não têm nenhum indicador. seguintes também exprimem a mesma proposição: "A neve é
branca" e "Snow is white".
Quando é que um argumento é válido? Por agora, referi- Argumentos válidos, com premissas falsas e conclusão
rei apenas a validade dedutiva. Diz-se que um argumento verdadeira;
dedutivo é válido quando é impossível que as suas premis-
sas sejam verdadeiras e a conclusão falsa. Repara que, para Argumentos inválidos, com premissas verdadeiras e con-
um argumento ser válido, não basta que as premissas e a clusão verdadeira;
conclusão sejam verdadeiras. É preciso que seja impossível
que sendo as premissas verdadeiras, a conclusão seja falsa. Argumentos inválidos, com premissas verdadeiras e con-
clusão falsa;
Considera o seguinte argumento:
Argumentos inválidos, com premissas falsas e conclusão
Premissa 1: Alguns treinadores de futebol ganham mais falsa; e
de 100000 euros por mês.
Premissa 2: O Mourinho é um treinador de futebol. Argumentos inválidos, com premissas falsas e conclusão
Conclusão: Logo, o Mourinho ganha mais de 100000 verdadeira.
euros por mês.
Mas não podemos ter:
Neste momento (Julho de 2004), em que o Mourinho é
treinador do Chelsea e os jornais nos informam que ganha
Argumentos válidos, com premissas verdadeiras e conclu-
muito acima de 100000 euros por mês, este argumento tem
são falsa.
premissas verdadeiras e conclusão verdadeira e, contudo,
não é válido. Não é válido, porque não é impossível que as
premissas sejam verdadeiras e a conclusão falsa. Podemos Como podes determinar se um argumento dedutivo é vá-
perfeitamente imaginar uma circunstância em que o Mouri- lido? Podes seguir esta regra:
nho ganhasse menos de 100000 euros por mês (por exem-
plo, o Mourinho como treinador de um clube do campeonato Mesmo que as premissas do argumento não sejam verda-
regional de futebol, a ganhar 1000 euros por mês), e, neste deiras, imagina que são verdadeiras. Consegues imaginar
caso, a conclusão já seria falsa, apesar de as premissas alguma circunstância em que, considerando as premissas
serem verdadeiras. Portanto, o argumento é inválido. verdadeiras, a conclusão é falsa? Se sim, então o argumento
não é válido. Se não, então o argumento é válido.
Considera, agora, o seguinte argumento, anteriormente
apresentado: Lembra-te: num argumento válido, se as premissas forem
verdadeiras, a conclusão não pode ser falsa.
Premissa: O João e o José são alunos do 11.º ano.
Conclusão: Logo, o João é aluno do 11.º ano.
(É claro que me estou a referir ao Sócrates, filósofo grego Logo, os alunos continuarão a enfrentar dificuldades quando
e mestre de Platão, e não ao Sócrates, candidato a secretá- chegarem ao ensino secundário.
rio geral do Partido Socialista. Por isso, a premissa e a con-
clusão são verdadeiras.) Este argumento pode ser considerado bom (ou forte),
porque, além de ser válido, tem premissas menos discutíveis
Este argumento é sólido, porque tem premissa verdadeira do que a conclusão.
e é impossível que, sendo a premissa verdadeira, a conclu-
são seja falsa. É sólido, mas não é um bom argumento, por- As noções de lógica que acabei de apresentar são ele-
que a conclusão se limita a repetir a premissa. mentares, é certo, mas, se as dominares, ajudar-te-ão a
fazer um melhor trabalho na disciplina de Filosofia e, porven-
Um argumento bom (ou forte) é um argumento válido per- tura, noutras.
suasivo (persuasivo, do ponto de vista racional).
Proposições simples e compostas
Fica agora claro por que é que o argumento "Sócrates era
grego; logo, Sócrates era grego", apesar de sólido, não é um
As proposições simples ou atômicas são assim caracteri-
bom argumento: a razão que apresentamos a favor da con-
zadas por apresentarem apenas uma idéia. São indicadas
clusão não é mais plausível do que a conclusão e, por isso, o
pelas letras minúsculas: p, q, r, s, t...
argumento não é persuasivo.
As proposições compostas ou moleculares são assim ca-
Talvez recorras a argumentos deste tipo, isto é, argumen-
racterizadas por apresentarem mais de uma proposição
tos que não são bons (apesar de sólidos), mais vezes do que
conectadas pelos conectivos lógicos. São indicadas pelas
imaginas. Com certeza, já viveste situações semelhantes a
letras maiúsculas: P, Q, R, S, T...
esta:
Obs: A notação Q(r, s, t), por exemplo, está indicando
— Pai, preciso de um aumento da "mesa-
que a proposição composta Q é formada pelas proposições
da".
simples r, s e t.
— Porquê?
— Porque sim. Exemplo:
Proposições simples:
A lógica é também uma arte porque, ao mesmo tempo Exemplo de sofisma intelectual: tomar por essencial o
que define os princípios universais do pensamento, estabele- que é apenas acidental; tomar por causa um simples ante-
ce as regras práticas para o conhecimento da verdade (1). cedente ou mera circunstância acidental (3).
Entende-se por juízo qualquer tipo de afirmação ou ne- Aristóteles é considerado, com razão, o fundador da lógi-
gação entre duas idéias ou dois conceitos. Ao afirmarmos, ca. Foi ele, realmente, o primeiro a investigar, cientificamen-
por exemplo, que “este livro é de filosofia”, acabamos de te, as leis do pensamento. Suas pesquisas lógicas foram
formular um juízo. reunidas, sob o nome de Organon, por Diógenes Laércio. As
leis do pensamento formuladas por Aristóteles se caracteri-
O enunciado verbal de um juízo é denomina- zam pelo rigor e pela exatidão. Por isso, foram adotadas
do proposição ou premissa. pelos pensadores antigos e medievais e, ainda hoje, são
admitidas por muitos filósofos.
Raciocínio - é o processo mental que consiste em coor-
denar dois ou mais juízos antecedentes, em busca de um O objetivo primacial da lógica é, portanto, o estudo da in-
juízo novo, denominado conclusão ou inferência. teligência sob o ponto de vista de seu uso no conhecimento.
É ela que fornece ao filósofo o instrumento e a técnica ne-
Vejamos um exemplo típico de raciocínio: cessária para a investigação segura da verdade. Mas, para
1ª) premissa - o ser humano é racional; atingir a verdade, precisamos partir de dados exatos e racio-
2ª) premissa - você é um ser humano; cinar corretamente, a fim de que o espírito não caia em con-
conclusão - logo, você é racional. tradição consigo mesmo ou com os objetos, afirmando-os
diferentes do que, na realidade, são. Daí as várias divisões
O enunciado de um raciocínio através da linguagem fala- da lógica.
da ou escrita é chamado de argumento. Argumentar signifi-
ca, portanto, expressar verbalmente um raciocínio (2). Assim sendo, a extensão e compreensão do conceito, o
juízo e o raciocínio, o argumento, o silogismo e o sofisma são
4. SILOGISMO estudados dentro do tema lógica. O silogismo, que é um
Exemplos
1) Só há movimento no carro se houver combustível.
O carro está em movimento.
Alguns gregos são lógicos e alguns lógicos são chatos,
Logo, há combustível no carro.
por isso, alguns gregos são chatos. Este argumento é
inválido porque todos os chatos lógicos poderiam ser
2) Tudo que respira é um ser vivo.
romanos!
A planta respira.
Logo, a planta é um ser vivo.
Ou estamos todos condenados ou todos nós somos
3) O som não se propaga no vácuo. salvos, não somos todos salvos por isso estamos todos
Na lua tem vácuo. condenados. Argumento válido,pois as premissas implicam a
Logo, não há som na lua. conclusão. (Lembre-se que não significa que a conclusão
tem de ser verdadeira, apenas se as premissas são
4) Só há fogo se houver oxigênio verdadeiras e, talvez, eles não são, talvez algumas pessoas
Na lua não há oxigênio. são salvas e algumas pessoas são condenadas, e talvez
Logo, na lua não pode haver fogo. alguns nem salvos nem condenados!)
Argumentos tanto podem ser válidos ou inválidos. Se um Um argumento sólido é um argumento válido com as
argumento é válido, e a sua premissa é verdadeira, a premissas verdadeiras. Um argumento sólido pode ser válido
conclusão deve ser verdadeira: um argumento válido não e, tendo ambas as premissas verdadeiras, deve seguir uma
pode ter premissa verdadeira e uma conclusão falsa. conclusão verdadeira.
A Lógica visa descobrir as formas válidas, ou seja, as Indução matemática não deve ser incorretamente
formas que fazer argumentos válidos. Uma Forma de interpretada como uma forma de raciocínio indutivo, que é
Argumento é válida se e somente se todos os seus considerado não-rigoroso em matemática. Apesar do nome,
Nos argumentos indutivos as premissas dão alguma A retórica é a técnica de convencer o interlocutor através
evidência para a conclusão. Um bom argumento indutivo terá da oratória, ou outros meios de comunicação.
uma conclusão altamente provável. Neste caso, é bem Classicamente, o discurso no qual se aplica a retórica é
provável que a conclusão realizar-se-á ou será válida. Diz-se verbal, mas há também — e com muita relevância — o
então que as premissas poderão ser falsas ou verdadeiras e discurso escrito e o discurso visual.
as conclusões poderão ser válidas ou não válidas. Segundo
John Stuart Mill, existem algumas regras que se aplicam aos Dialética significa controvérsia, ou seja, a troca de
argumentos indutivos, que são: O método da concordância, o argumentos e contra-argumentos defendendo proposições. O
método da diferença, e o método das variações resultado do exercício poderá não ser pura e simplesmente
concomitantes. a refutação de um dos tópicos relevantes do ponto de vista,
mas uma síntese ou combinação das afirmações opostas ou,
Argumentação convincente pelo menos, uma transformação qualitativa na direção do
diálogo.
Um argumento é convincente se e somente se a
veracidade das premissas tornar verdade a provável Argumentos em várias disciplinas
conclusão (isto é, o argumento é forte), e as premissas do
argumento são, de fato, verdadeiras. Exemplo: As declarações são apresentadas como argumentos em
todas as disciplinas e em todas as esferas da vida. A Lógica
está preocupada com o que consititui um argumento e quais
Nada Saberei se nada tentar. são as formas de argumentos válidos em todas as
interpretações e, portanto, em todas as disciplinas. Não
existem diferentes formas válidas de argumento, em
disciplinas diferentes.
Falácias e não argumentos
Argumentos matemáticos
Uma falácia é um argumento inválido que parece válido,
ou um argumento válido com premissas "disfarçadas". Em
A base de verdade matemática tem sido objeto de um
primeiro Lugar, as conclusões devem ser declarações,
longo debate. Frege procurou demonstrar, em particular, que
capazes de serem verdadeiras ou falsas. Em segundo lugar
as verdades aritméticas podem ser obtidas a partir de lógicas
não é necessário afirmar que a conclusão resulta das
puramente axiomáticas e, por conseguinte, são, no final,
premissas. As palavras, “por isso”, “porque”, “normalmente” e
lógicas de verdades. Se um argumento pode ser expresso
“consequentemente” separam as premissas a partir da
sob a forma de frases em Lógica Simbólica, então ele pode
conclusão de um argumento, mas isto não é
ser testado através da aplicação de provas. Este tem sido
necessariamente assim. Exemplo: “Sócrates é um homem e
realizado usando Axioma de Peano. Seja como for, um
todos os homens são mortais, logo, Sócrates é mortal”. Isso
argumento em Matemática, como em qualquer outra
é claramente um argumento, já que é evidente que a
disciplina, pode ser considerado válido apenas no caso de
afirmação de que Sócrates é mortal decorre das declarações
poder ser demonstrado que é de uma forma tal que não
anteriores. No entanto: “eu estava com sede e, por isso, eu
possa ter verdadeiras premissas e uma falsa conclusão.
bebi” não é um argumento, apesar de sua aparência. Ele não
está reivindicando que eu bebi por causa da sede, eu poderia
ter bebido por algum outro motivo. Argumentos políticos
Retórica, dialética e diálogos argumentativos (1) Todos os humanos são mentirosos. João é humano.
Logo, João é mentiroso.
Considerando que os argumentos são formais (como se
encontram em um livro ou em um artigo de investigação), os Podemos reescrever o argumento separando cada
diálogos argumentativos são dinâmicos. Servem como um sentença em sua determinada linha:
registro publicado de justificação para uma afirmação.
Argumentos podem também ser interativos tendo como (2) Todo humano é mentiroso.
(4) Logo, João é mentiroso. O processo pelo qual uma conclusão é inferida a partir de
múltiplas observações é chamado processo dedutivo ou
Substituimos os termos similares de (2-4) por letras, para indutivo, dependendo do contexto. A conclusão pode ser
mostrar a importância da noção de forma de argumento a correta , incorreta, correta dentro de um certo grau de
seguir: precisão, ou correta em certas situações. Conclusões
inferidas a partir de observações múltiplas podem ser
(5) Todo H é M. testadas por observações adicionais.
Vale enfatizar que quando dois ou mais argumentos têm Portanto, Sócrates é mortal.
a mesma forma, se um deles é válido, todos os outros
também são, e se um deles é inválido, todos os outros Processo acima é chamado de dedutivo.
também são.
O leitor pode verificar que as premissas e a conclusão
são verdadeiras, mas a lógica segue junto com inferência: a
A CONTRARIO verdade da conclusão segue da verdade das premissas? A
validade de uma inferência depende da forma da inferência.
A contrario (ou a contrario sensu1 ) é uma locução Isto é, a palavra "válido" não se refere à verdade das
latina que qualifica um processo de argumentação em que a premissas ou a conclusão, mas sim a forma da inferência.
forma é idêntica a outro processo de argumentação, mas em Uma inferência pode ser válida, mesmo se as partes são
que a hipótese e, por consequência, a conclusão são as falsos, e pode ser nulo, mesmo se as peças são verdadeiras.
inversas deste último.2 Tal como na locução "a pari", usava- Mas uma forma válida e com premissas verdadeiras sempre
se originalmente, em linguagem jurídica, para se referir a um terá uma conclusão verdadeira.
argumento que, usado a respeito de uma dada espécie, considere o seguinte exemplo:
poderia ser aplicado a outra espécie do mesmo género.
Tornou-se posteriormente um tipo de raciocínio aplicável a Todos os frutos são doces.
outros campos do conhecimento em que a oposição A banana é uma fruta.
existente numa hipótese se reencontra também como Portanto, a banana é doce.
oposição nas consequências dessa hipótese.3
Para a conclusão ser necessariamente verdadeira, as
Muito utilizado em Direito, o argumento "a contrario" tem premissas precisam ser verdadeiras.
de ser fundamentado nas leis lógicas de oposição por
contrários, para que não se caia num Agora nos voltamos para um forma inválida.
argumentofalacioso.4 Assim, se duas proposições contrárias
Todo A é B.
não podem ser simultaneamente verdadeiras, podem ser
C é um B.
simultaneamente falsas, já que podem admitir a particular
Portanto, C é um A.
intermédia. Por exemplo, à proposição verdadeira "todos os
portugueses têm direito à segurança social" opõe-se a Para mostrar que esta forma é inválida, buscamos
proposição falsa "nenhum português tem direito à segurança demonstrar como ela pode levar a partir de premissas
social"; contudo, o contrário da proposição falsa "todos os verdadeiras para uma conclusão falsa.
portugueses têm direito de voto" continua a ser falsa a
proposição "nenhum português tem direito de voto", já que Todas as maçãs são frutas. (Correto)
existe um meio termo verdadeiro: "alguns portugueses têm Bananas são frutas. (Correto)
direito de voto". Da mesma forma, ao estar consignado na Portanto, as bananas são maçãs. (Errado)
Constituição Portuguesa que "a lei estabelecerá garantias Um argumento válido com premissas falsas podem levar
efectivas contra a obtenção e utilização abusivas, ou a uma falsa conclusão:
contrárias à dignidade humana, de informações relativas às
pessoas e famílias", pode-se inferir que "A lei poderá não Todas as pessoas gordas são gregas.
estabelecerá garantias efectivas contra a obtenção e John Lennon era gordo.
utilização abusivas, ou contrárias à dignidade humana, de Portanto, John Lennon era grego.
informações relativas às pessoas e famílias". Quando um argumento válido é usado para derivar uma
Inferência conclusão falsa de premissas falsas, a inferência é válida,
pois segue a forma de uma inferência correta. Um argumento
Inferência, em Lógica, é o ato ou processo de derivar válido pode também ser usado para derivar uma conclusão
conclusões lógicas de premissas conhecida ou verdadeira a partir de premissas falsas:
decididamente verdadeiras. A conclusão também é chamada
de idiomática. Todas as pessoas gordas são músicos
John Lennon era gordo
O trabalho de um sistema de inferência é a de estender Frege trata sentenças simples sem substantivos como
uma base de conhecimento automaticamente. A base de predicados e aplica a eles to "dummy objects" (x). A estrutura
conhecimento (KB) é um conjunto de proposições que lógica na discussão sobre objetos pode ser operada de
representam o que o sistema sabe sobre o mundo. Várias acordo com as regras da lógica sentencial, com alguns
técnicas podem ser utilizadas pelo sistema para estender KB detalhes adicionais para adicionar e remover quantificadores.
por meio de inferências válidas. O trabalho de Frege foi um dos que deu início à lógica formal
contemporânea.
RACIOCÍNIO
Frege adiciona à lógica sentencial:
• o vocabulário de quantificadores (o A de ponta-
O Raciocínio (ou raciocinar) é uma
cabeça, e o E invertido) e variáveis;
operação lógica discursiva e mental. Neste, o intelecto
humano utiliza uma ou mais proposições, para concluir, • e uma semântica que explica que as variáveis
através de mecanismos de comparações e abstrações, quais denotam objetos individuais e que os
são os dados que levam às respostas verdadeiras, falsas ou quantificadores têm algo como a força de "todos" ou
prováveis. Das premissas chegamos a conclusões. "alguns" em relação a esse objetos;
• métodos para usá-los numa linguagem.
Foi pelo processo do raciocínio que ocorreu o
desenvolvimento do método matemático, este considerado Para introduzir um quantificador "todos", você assume
instrumento puramente teórico e dedutivo, que prescinde de uma variável arbitrária, prova algo que deva ser verdadeira, e
dados empíricos. então prova que não importa que variável você escolha, que
aquilo deve ser sempre verdade. Um quantificador "todos"
pode ser removido aplicando-se a sentença para um objeto
Através da aplicação do raciocínio, as ciências como um
em particular. Um quantificador "algum" (existe) pode ser
todo evoluíram para uma crescente capacidade do intelecto
adicionado a uma sentença verdadeira de qualquer objeto;
em alavancar o conhecimento. Este é utilizado para isolar
pode ser removida em favor de um temo sobre o qual você
questões e desenvolver métodos e resoluções nas mais
ainda não esteja pressupondo qualquer informação.
diversas questões relacionadas à existência e sobrevivência
Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
humana.
Lógica De Primeira Ordem
O raciocínio, um mecanismo da inteligência, gerou a
convicção nos humanos de que a razão unida A linguagem da lógica proposicional não é adequada para
à imaginação constituem os instrumentos fundamentais para representar relações entre objetos. Por exemplo, se fôsse-
a compreensão do universo, cuja ordem interna, aliás, tem mos usar uma linguagem proposicional para representar
um caráter racional, portanto, segundo alguns, este processo "João é pai de Maria e José é pai de João" usaríamos duas
é a base do racionalismo. letras sentenciais diferentes para expressar idéias semelhan-
Logo, resumidamente, o raciocínio pode ser considerado tes (por exemplo, P para simbolizar "João é pai de Maria "e Q
também um dos integrantes dos mecanismos dos para simbolizar "José é pai de João" ) e não estaríamos
processos cognitivos superiores da formação de conceitos e captando com esta representação o fato de que as duas
da solução de problemas, sendo parte do pensamento. frases falam sobre a mesma relação de parentesco entre
João e Maria e entre José e João. Outro exemplo do limite do
Lógica De Predicados poder de expressão da linguagem proposicional, é sua inca-
pacidade de representar instâncias de um propriedade geral.
Gottlob Frege, em sua Conceitografia (Begriffsschrift), Por exemplo, se quiséssemos representar em linguagem
descobriu uma maneira de reordenar várias sentenças para proposicional "Qualquer objeto é igual a si mesmo " e "3 é
tornar sua forma lógica clara, com a intenção de mostrar igual a 3", usaríamos letras sentenciais distintas para repre-
como as sentenças se relacionam em certos aspectos. Antes sentar cada uma das frases, sem captar que a segunda frase
de Frege, a lógica formal não obteve sucesso além do nível é uma instância particular da primeira. Da mesma forma, se
da lógica de sentenças: ela podia representar a estrutura de por algum processo de dedução chegássemos à conclusão
sentenças compostas de outras sentenças, usando palavras que um indivíduo arbitrário de um universo tem uma certa
como "e", "ou" e "não", mas não podia quebrar sentenças em propriedade, seria razoável querermos concluir que esta
Em filosofia e lógica, contingência é o status de No capítulo um, comentamos sobre as sentenças aber-
proposições que não são necessariamente verdadeiras nem tas, que são sentenças do tipo:
necessariamente falsas. Há quatro classes de proposições,
a) x + 3 = 10
algumas das quais se sobrepõem:
b) x > 5
c) (x+1)2 – 5 = x2
proposições necessariamente d) x – y = 20
verdadeiras ou Tautologias, que devem ser verdadeiras, não e) Em 2004 foram registradas 800+z acidentes de
importa quais são ou poderiam ser as circunstâncias trânsito em São Paulo.
(exemplos: 2 + 2 = 4; Nenhum solteiro é casado).Geralmente f) Ele é o juiz do TRT da 5ª Região.
o que se entende por "proposição necessária" é a proposição
necessariamente verdadeira. Tais sentenças não são consideradas proposições por-
que seu valor lógico (V ou F) depende do valor atribuído à
proposições necessariamente falsas ou Contradições, variável (x, y, z,...). O pronome ele que aparece na última
que devem ser falsas, não importa quais são ou poderiam sentença acima, funciona como uma variável, a qual se pode
ser as circunstâncias (exemplos: 2 + 2 = 5; Ana é mais alta e atribuir nomes de pessoas.
é mais baixa que Beto).
Há, entretanto, duas maneiras de transformar sentenças
proposições contingentes, que não são abertas em proposições:
necessariamente verdadeiras nem necessariamente falsas
(exemplos: Há apenas três planetas; Há mais que três 1ª) atribuir valor às variáveis;
planetas).
2ª) utilizar quantificadores.
proposições possíveis, que são verdadeiras ou poderiam
ter sido verdadeiras sob certas circunstâncias (exemplos: 2 + A primeira maneira foi mostrada no capítulo um, mas ve-
2 = 4; Há apenas três planetas; Há mais que três planetas). jamos outros exemplos:
É importante observar que a interpretação vero-funcional Assim como ocorre com a conjunção, sentenças A ou B e
da conjunção não expressa todos os usos da partícula e em B ou A são equivalentes. Isso vale tanto para o ou inclusivo
português. A sentença quanto para o exclusivo.
(15) Maria e Pedro tiveram um filho e casaram não é e-
quivalente a 7. A condicional
(16) Maria e Pedro casaram e tiveram um filho. Uma condicional é uma sentença da forma se A, então B.
A é denominado o antecedente e B o conseqüente da condi-
Em outras palavras, o e que ocorre em (15) e (16) não é cional.
uma função de verdade.
Em primeiro lugar, é importante deixar clara a diferença
6. A disjunção entre um argumento (23) A, logo B e uma condicional (24) se
Uma sentença do tipo A ou B é denominada uma disjun- A, então B.
ção. Há dois tipos de disjunção, a inclusiva e a exclusiva.
Ambas tomam dois valores de verdade como argumentos e Em (23) a verdade tanto de A quanto de B é afirmada.
produzem um valor de verdade como resultado. Começarei Note que o que vem depois do ‘logo’ é afirmado como verda-
pela disjunção inclusiva. Considere-se a sentença deiro e é a conclusão do argumento. Já em (24), nada se diz
(17) Ou João vai à praia ou João vai ao clube, que é for- acerca da verdade de A, nem de B. (24) diz apenas que se A
mada pela sentenças é verdadeira, B também será verdadeira. Note que apesar de
(18) João vai à praia uma condicional e um argumento serem coisas diferentes
e usamos uma terminologia similar para falar de ambos. Em
(19) João vai ao clube combinadas pelo operador ou. A (23) dizemos que A é o antecedente do argumento, e B é o
sentença (17) é verdadeira em três situações: conseqüente do argumento. Em (24), dizemos que A é o
(i) João vai à praia e também vai ao clube; antecedente da condicional, e B é o conseqüente da condi-
(ii) João vai à praia mas não vai ao clube e cional.
(iii) João não vai à praia mas vai ao clube.
Da mesma forma que analisamos o e e o ou como fun-
A tabela de verdade da disjunção inclusiva é a seguinte: ções de verdade, faremos o mesmo com a condicional. Ana-
A B A ou B lisada vero-funcionalmente, a condicional é denominada
VVV condicional material.
VFV
FVV Quando analisamos a conjunção, vimos que a interpreta-
FFF ção vero-funcional do operador sentencial e não corresponde
exatamente ao uso que dela fazemos na linguagem natural.
No sentido inclusivo do ou, uma sentença A ou B é ver- Isso ocorre de modo até mais acentuado com o operador
dadeira quando uma das sentenças A e B é verdadeira ou se...então. Na linguagem natural, geralmente usamos
quando são ambas verdadeiras, isto é, a disjunção inclusiva se...então para expressar uma relação entre os conteúdos de
admite a possibilidade de A e B serem simultaneamente A e B, isto é, queremos dizer que A é uma causa ou uma
verdadeiras. explicação de B. Isso não ocorre na interpretação do
se...então como uma função de verdade. A tabela de verda-
No sentido exclusivo do ou, uma sentença A ou B é ver- de da condicional material é a seguinte:
dadeira apenas em duas situações: A B se A, então B
(i) A é verdadeira e B é falsa; VVV
(ii) B é verdadeira e A e falsa. VFF
FVV
Não há, na disjunção exclusiva, a possibilidade de serem FFV
ambas as sentenças verdadeiras. A tabela de verdade da
disjunção exclusiva é Uma condicional material é falsa apenas em um caso:
A B A ou B quando o antecedente é verdadeiro e o conseqüente falso.
VVF
VFV A terceira e a quarta linhas da tabela de verdade da con-
FVV dicional material costumam causar problemas para estudan-
FFF tes iniciantes de lógica. Parece estranho que uma condicio-
nal seja verdadeira sempre que o antecedente é falso, mas
Um exemplo de disjunção exnclusiva é veremos que isso é menos estranho do que parece.
(20) Ou o PMDB ou o PP receberá o ministério da saúde,
Exemplos de negações de conjunções: 09. Duas grandezas A e B são tais que "se A = 2 então B =
(6) O PMDB receberá o ministério da saúde e o ministério 5". Pode-se concluir que:
da cultura. a) se A 2 antão B 5
A negação de (6) é b) se A = 5 então B = 2
(6a) Ou PMDB não receberá o ministério da saúde, ou c) se B 5 então A 2
não receberá o ministério da cultura. d) se A = 2 então B = 2
(7) Beba e dirija. e) se A = 5 então B 2
A negação de (7) é
(7a) não beba ou não dirija. 10. (VUNESP) Um jantar reúne 13 pessoas de uma mesma
família. Das afirmações a seguir, referentes às pessoas reu-
Fonte: http://abilioazambuja.sites.uol.com.br/1d.pdf
nidas, a única necessariamente verdadeira é:
QUESTÕES I a) pelo menos uma delas tem altura superior a 1,90m;
01. Sendo p a proposição Paulo é paulista e q a proposição b) pelo menos duas delas são do sexo feminino;
Ronaldo é carioca, traduzir para a linguagem corrente as c) pelo menos duas delas fazem aniversário no mesmo mês;
seguintes proposições: d) pelo menos uma delas nasceu num dia par;
a) ~q e) pelo menos uma delas nasceu em janeiro ou fevereiro.
b) p ^ q
c) p v q Resolução:
d) p " q
e) p " (~q) 01. a) Paulo não é paulista.
b) Paulo é paulista e Ronaldo é carioca.
02. Sendo p a proposição Roberto fala inglês e q a proposi- c) Paulo é paulista ou Ronaldo é carioca.
ção Ricardo fala italiano traduzir para a linguagem simbólica d) Se Paulo é paulista então Ronaldo é carioca.
as seguintes proposições: e) Se Paulo é paulista então Ronaldo não é carioca.
2. Julgue com CERTO ou ERRADO: Tanto o exemplo 1 quanto o 2 caracterizam uma afirma-
Na lista de frases apresentadas a seguir, há ção/proposição.
exatamente três proposições.
“a frase dentro destas aspas é uma mentira” A base das estruturas lógicas é saber o que é verda-
A expressão x + y é positiva de ou mentira (verdadeiro/falso).
O valor de + 3 = 7
Pelé marcou dez gols para a seleção brasileira.
O que é isto? Os resultados das proposições SEMPRE tem que dar
verdadeiro.
3. Agente Fiscal de Rendas – Nível I / SP 2006
– FCC Há alguns princípios básicos:
Considere as seguintes frases:
I – Ele foi o melhor jogador do mundo em 2005. Contradição: Nenhuma proposição pode ser verdadeira e
II – (x + y) / 5 é um número inteiro falsa ao mesmo tempo.
III – João da Silva foi o Secretário da Fazenda do
Estado de São Paulo em 2000. Terceiro Excluído: Dadas duas proposições lógicas con-
É verdade que APENAS traditórias somente uma delas é verdadeira. Uma proposição
a) I e II são sentenças abertas ou é verdadeira ou é falsa, não há um terceiro valor lógico
b) I e III são sentenças abertas (“mais ou menos”, meio verdade ou meio mentira).
c) II e III são sentenças abertas
d) I é uma sentença aberta Ex. Estudar é fácil. (o contrário seria: “Estudar é difícil”.
e) II é uma sentença aberta Não existe meio termo, ou estudar é fácil ou estudar é difícil).
4. Das cinco frases abaixo, quatro delas têm Para facilitar a resolução das questões de lógica usam-se
uma mesma característica lógica em comum, os Conectivos Lógicos, que são símbolos que comprovam
enquanto uma delas não tem essa a veracidade das informações e unem as proposições uma a
característica. outra ou as transformam numa terceira proposição.
I – Que belo dia!
II – Um excelente livro de raciocínio lógico. Veja abaixo:
Raciocínio Lógico 26 A Opção Certa Para a Sua Realização
APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
(~) “não”: negação Regrinha para o conectivo de disjunção (V):
(Λ) “e”: conjunção
(V) “ou”: disjunção P Q PVQ
(→) “se...então”: condicional V V V
(↔) “se e somente se”: bicondicional
Agora, vejamos na prática como funcionam estes conec- V F V
tivos: F V V
Temos as seguintes proposições:
O Pão é barato. O Queijo não é bom. F F F
A letra P, representa a primeira proposição e a letra Q, a
segunda. Assim, temos:
P: O Pão é barato.
Q: O Queijo não é bom. CONDICIONAL (símbolo →)
NEGAÇÃO (símbolo ~):
Este conectivo dá a ideia de condição para que a outra
Quando usamos a negação de uma proposição inverte- proposição exista. “P” será condição suficiente para “Q” e “Q”
mos a afirmação que está sendo dada. Veja os exemplos: é condição necessária para “P”.
Ex1. : ~P (não P): O Pão não é barato. (É a negação lógi- Ex4.: P → Q. (Se o Pão é barato então o Queijo não é
ca de P) bom.) → = “se...então”
~Q (não Q): O Queijo é bom. (É a negação lógica de Q) Regrinha para o conectivo condicional (→):
BICONDICIONAL (símbolo ↔)
P ~P
V F O resultado dessas proposições será verdadeiro se e
F V somente se as duas forem iguais (as duas verdadeiras ou as
duas falsas). “P” será condição suficiente e necessária para
CONJUNÇÃO (símbolo Λ): “Q”
Este conectivo é utilizado para unir duas proposições Ex5.: P ↔ Q. (O Pão é barato se e somente se o Queijo
formando uma terceira. O resultado dessa união somente não é bom.) ↔ = “se e somente se”
será verdadeiro se as duas proposições (P e Q) forem ver-
dadeiras, ou seja, sendo pelo menos uma falsa, o resultado Regrinha para o conectivo bicondicional (↔):
será FALSO.
P Q P↔Q
Ex.2: P Λ Q. (O Pão é barato e o Queijo não é bom.) Λ = V V V
“e”
V F F
Regrinha para o conectivo de conjunção (Λ): F V F
F F V
P Q PΛQ
V V V
Fonte: http://www.concursospublicosonline.com/
V F F
F V F
TABELA VERDADE
F F F
Tabela-verdade, tabela de verdade ou tabela veritativa
DISJUNÇÃO (símbolo V):
é um tipo de tabela matemática usada em Lógica para
determinar se uma fórmula é válida ou se um sequente é
Este conectivo também serve para unir duas proposições. correto.
O resultado será verdadeiro se pelo menos uma das proposi-
ções for verdadeira. As tabelas-verdade derivam do trabalho de Gottlob Frege,
Charles Peirce e outros da década de 1880, e tomaram a
Ex3.: P V Q. (Ou o Pão é barato ou o Queijo não é bom.) forma atual em 1922 através dos trabalhos de Emil Post e
V = “ou” Ludwig Wittgenstein. A publicação do Tractatus Logico-
Philosophicus, de Wittgenstein, utilizava as mesmas para
classificar funções veritativas em uma série. A vasta
influência de seu trabalho levou, então, à difusão do uso de
tabelas-verdade.
O número destas linhas é l = nt , sendo n o número de A conjunção é verdadeira se, e somente se, ambos
valores que o sistema permite (sempre 2 no caso do Cálculo operandos forem falsos ou ambos verdadeiros
Proposicional Clássico) e t o número de termos que a
fórmula contém. Assim, se uma fórmula contém 2 termos, o A B A↔B
número de linhas que expressam a permutações entre estes V V V
será 4: um caso de ambos termos serem verdadeiros (V V),
dois casos de apenas um dos termos ser verdadeiro (V F , F V F F
V) e um caso no qual ambos termos são falsos (F F). Se a F V F
fórmula contiver 3 termos, o número de linhas que F F V
expressam a permutações entre estes será 8: um caso de
todos termos serem verdadeiros (V V V), três casos de DISJUNÇÃO EXCLUSIVA (OU... OU XOR)
apenas dois termos serem verdadeiros (V V F , V F V , F V
V), três casos de apenas um dos termos ser verdadeiro (V F A conjunção é verdadeira se, e somente se, apenas um
F , F V F , F F V) e um caso no qual todos termos são falsos dos operandos for verdadeiro
(F F F).
Tabelas das Principais Operações do Cálculo A B A((B
Proposicional Dei V V F
Negação V F V
F V V
A ~A F F F
Afirmação do conseqüente
A B A→B
OBS: CONSIDERE QUE O TAMANHO DOS CÍRCULOS
V V V NÃO INDICA O TAMANHO RELATIVO DOS CONJUNTOS.
V F F
F V V LÓGICA DE ARGUMENTAÇÃO: ANALOGIAS,
F F V INFERÊNCIAS, DEDUÇÕES E CONCLUSÕES.
1. Introdução
Comutação dos Condicionais
Desde suas origens na Grécia Antiga, especialmente de
A implica B. (A→B) Aristóteles (384-322 a.C.) em diante, a lógica tornou-se um
dos campos mais férteis do pensamento humano, particular-
mente da filosofia. Em sua longa história e nas múltiplas
Logo, B implica A. (B→A)
modalidades em que se desenvolveu, sempre foi bem claro
A B A→B B→A seu objetivo: fornecer subsídios para a produção de um bom
raciocínio.
V V V V
V F F V Por raciocínio, entende-se tanto uma atividade mental
F V V F quanto o produto dessa atividade. Esse, por sua vez, pode
ser analisado sob muitos ângulos: o psicólogo poderá estu-
F F V V
dar o papel das emoções sobre um determinado raciocínio; o
Fonte: Wikipédia sociólogo considerará as influências do meio; o criminólogo
levará em conta as circunstâncias que o favoreceram na
DIAGRAMAS LÓGICOS prática de um ato criminoso etc. Apesar de todas estas pos-
sibilidades, o raciocínio é estudado de modo muito especial
História no âmbito da lógica. Para ela, pouco importam os contextos
psicológico, econômico, político, religioso, ideológico, jurídico
Para entender os diagramas lógicos vamos dar uma rápi- ou de qualquer outra esfera que constituam o “ambiente do
da passada em sua origem. raciocínio”.
De qualquer modo, argumentar não implica, necessaria- Desse modo, quando se emprega, por exemplo, o termo
mente, manter-se num plano distante da existência humana, “mulher rica”, tende-se a pensar no conjunto das mulheres às
desprezando sentimentos e motivações pessoais. Pode-se quais se aplica esse conceito, procurando apreender uma
argumentar bem sem, necessariamente, descartar as emo- nota característica comum a todos os elementos do conjunto,
ções, como no caso de convencer o aluno a se esforçar nos de acordo com a ‘intencionalidade’ presente no ato mental.
estudos diante da perspectiva de férias mais tranqüilas. En- Como resultado, a expressão “mulher rica” pode ser tratada
fim, argumentar corretamente (sem armar ciladas para o como dois termos: pode ser uma pessoa do sexo feminino
interlocutor) é apresentar boas razões para o debate, susten- cujos bens materiais ou financeiros estão acima da média ou
tar adequadamente um diálogo, promovendo a dinamização aquela cuja trajetóriaexistencial destaca-se pela bondade,
do pensamento. Tudo isso pressupõe um clima democrático. virtude, afetividade e equilíbrio.
1.3. Inferência Lógica Para que não se obstrua a coerência do raciocínio, é pre-
ciso que fique bem claro, em função do contexto ou de uma
Cabe à lógica a tarefa de indicar os caminhos para um manifestação de quem emite o juízo, o significado dos ter-
raciocínio válido, visando à verdade. mos empregados no discurso.
A maior ou menor valorização de um ou de outro tipo de Analogia forte - Ana Maria sempre teve bom gosto ao
raciocínio dependerá do objeto a que se aplica, do modo comprar suas roupas, logo, terá bom gosto ao comprar as
como é desenvolvido ou, ainda, da perspectiva adotada na roupas de sua filha.
abordagem da natureza e do alcance do conhecimento.
Analogia fraca - João usa terno, sapato de cromo e per-
Às vezes, um determinado tipo de raciocínio não é ade- fume francês e é um bom advogado;
quadamente empregado. Vejam-se os seguintes exemplos: o
médico alemão Ludwig Büchner (1824-1899) apresentou
Antônio usa terno, sapato de cromo e perfume francês;
como argumento contra a existência da alma o fato de esta
logo, deve ser um bom advogado.
nunca ter sido encontrada nas diversas dissecações do cor-
po humano; o astronauta russo Gagarin (1934-1968) afirmou
que Deus não existe pois “esteve lá em cima” e não o encon- b) O número de aspectos semelhantes entre uma situa-
trou. Nesses exemplos fica bem claro que o raciocínio induti- ção e outra deve ser significativo.tc "b) O número de aspec-
vo, baseado na observação empírica, não é o mais adequa- tos semelhantes entre uma situação e outra deve ser signifi-
do para os objetos em questão, já que a alma e Deus são de cativo."
ordem metafísica, não física.
Analogia forte - A Terra é um planeta com atmosfera,
2.1. Raciocínio analógico com clima ameno e tem água; em Marte, tal como na Terra,
houve atmosfera, clima ameno e água; na Terra existe vida,
logo, tal como na Terra, em Marte deve ter havido algum tipo
Se raciocinar é passar do desconhecido ao conhecido, é
de vida.
partir do que se sabe em direção àquilo que não se sabe, a
analogia (aná = segundo, de acordo + lógon = razão) é um
dos caminhos mais comuns para que isso aconteça. No Analogia fraca - T. Edison dormia entre 3 e 4 horas por
raciocínio analógico, compara-se uma situação já conhecida noite e foi um gênio inventor; eu dormirei durante 3 1/2 horas
com uma situação desconhecida ou parcialmente conhecida, por noite e, por isso, também serei um gênio inventor.
aplicando a elas as informações previamente obtidas quando
da vivência direta ou indireta da situação-referência. c) Não devem existir divergências marcantes na compa-
ração.tc "c) Não devem existir divergências marcantes na
Normalmente, aquilo que é familiar é usado como ponto comparação.."
de apoio na formação do conhecimento, por isso, a analogia
é um dos meios mais comuns de inferência. Se, por um lado, Analogia forte - A pescaria em rios não é proveitosa por
é fonte de conhecimentos do dia-a-dia, por outro, também ocasião de tormentas e tempestades; a pescaria marinha
tem servido de inspiração para muitos gênios das ciências e não está tendo sucesso porque troveja muito.
das artes, como nos casos de Arquimedes na banheira (lei
do empuxo), de Galileu na catedral de Pisa (lei do pêndulo) Analogia fraca - Os operários suíços que recebem o sa-
ou de Newton sob a macieira (lei da gravitação universal). No lário mínimo vivem bem; a maioria dos operários brasileiros,
entanto, também é uma forma de raciocínio em que se come- tal como os operários suíços, também recebe um salário
tem muitos erros. Tal acontece porque é difícil estabelecer- mínimo; logo, a maioria dos operários brasileiros também
lhe regras rígidas. A distância entre a genialidade e a falha vive bem, como os suíços.
grosseira é muito pequena. No caso dos raciocínios analógi-
cos, não se trata propriamente de considerá-los válidos ou Pode-se notar que, no caso da analogia, não basta con-
não-válidos, mas de verificar se são fracos ou fortes. Segun- siderar a forma de raciocínio, é muito importante que se
do Copi, deles somente se exige “que tenham alguma proba- avalie o seu conteúdo. Por isso, esse tipo de raciocínio não é
bilidade” (Introdução à lógica, p. 314). admitido pela lógica formal. Se as premissas forem verdadei-
ras, a conclusão não o será necessariamente, mas possivel-
A força de uma analogia depende, basicamente, de três mente, isto caso cumpram-se as exigências acima.
aspectos:
Tal ocorre porque, apesar de existir uma estrutura geral
a) os elementos comparados devem ser verdadeiros e
do raciocínio analógico, não existem regras claras e precisas
importantes;
que, uma vez observadas, levariam a uma conclusão neces-
b) o número de elementos semelhantes entre uma situa-
sariamente válida.
ção e outra deve ser significativo;
c) não devem existir divergências marcantes na compa-
ração. O esquema básico do raciocínio analógico é:
A é N, L, Y, X;
O esquema principal do raciocínio indutivo é o seguinte: Nesse procedimento, os elementos enumerados são tidos
B é A e é X; como suficientes para serem tiradas determinadas conclu-
C é A e também é X; sões. É o caso do exemplo das cobras, no qual, apesar de
D é A e também é X; não poderem ser conferidos todos os elementos (cobras) em
E é A e também é X; particular, os que foram enumerados são representativos do
logo, todos os A são X todo e suficientes para a generalização (“todas as cobras...”)
No raciocínio indutivo, da observação de muitos casos
particulares, chega-se a uma conclusão de cunho geral.
b. Indução por enumeração completa
Aplicando o modelo:
A jararaca é uma cobra e não voa;
A caninana é uma cobra e também não voa; Costuma-se também classificar como indutivo o raciocínio
A urutu é uma cobra e também não voa; baseado na enumeração completa.
A cascavel é uma cobra e também não voa;
logo, as cobras não voam.
b.b. contam-se ou conferem-se todos as peças do jogo de c) A probabilidade natural é a relativa a fenômenos na-
xadrez: ao final da contagem, constata-se que são 32 peças. turais dos quais nem todas as possibilidades são conhecidas.
A previsão meteorológica é um exemplo particular de proba-
lidade natural. A teoria do caos assenta-se na tese da impre-
Nesses raciocínios, tem-se uma conclusão segura, po-
visibilidade relativa e da descrição apenas parcial de alguns
dendo-se classificá-los como formas de indução forte, mes-
eventos naturais.
mo que se revelem pouco criativos em termos de pesquisa
científica.
Por lidarem com probabilidades, a indução e a analogia
são passíveis de conclusões inexatas.
O raciocínio indutivo nem sempre aparece estruturado
nos moldes acima citados. Às vezes, percebe-se o seu uso
pela maneira como o conteúdo (a matéria) fica exposta ou Assim sendo, deve-se ter um relativo cuidado com as su-
ordenada. Observem-se os exemplos: as conclusões. Elas expressam muito bem a necessidade
humana de explicar e prever os acontecimentos e as coisas,
contudo, também revelam as limitações humanas no que diz
- Não parece haver grandes esperanças em se erradicar
respeito à construção do conhecimento.
a corrupção do cenário político brasileiro.
2.3. Raciocínio dedutivo - do geral ao particular
Depois da série de protestos realizados pela população,
depois das provas apresentadas nas CPI’s, depois do vexa-
me sofrido por alguns políticos denunciados pela imprensa, O raciocínio dedutivo, conforme a convicção de muitos
depois do escárnio popular em festividades como o carnaval estudiosos da lógica, é aquele no qual são superadas as
e depois de tanta insistência de muitos sobre necessidade de deficiências da analogia e da indução.
moralizar o nosso país, a corrupção parece recrudescer,
apresenta novos tentáculos, se disfarça de modos sempre No raciocínio dedutivo, inversamente ao indutivo, parte-se
novos, encontrando-se maneiras inusitadas de ludibriar a do geral e vai-se ao particular. As inferências ocorrem a partir
nação. do progressivo avanço de uma premissa de cunho geral,
para se chegar a uma conclusão tão ou menos ampla que a
- Sentia-me totalmente tranqüilo quanto ao meu amigo, premissa. O silogismo é o melhor exemplo desse tipo de
pois, até então, os seus atos sempre foram pautados pelo raciocínio:
respeito às leis e à dignidade de seus pares. Assim, enquan- Premissa maior: Todos os homens são mamíferos. uni-
to alguns insinuavam a sua culpa, eu continuava seguro de versal
sua inocência. Premissa menor: Pedro é homem.
Conclusão: Logo, Pedro é mamífero. Particular
Tanto no primeiro quanto no segundo exemplos está No raciocínio dedutivo, de uma premissa de cunho geral
sendo empregando o método indutivo porque o argumento podem-se tirar conclusões de cunho particular.
principal está sustentado pela observação de muitos casos
ou fatos particulares que, por sua vez, fundamentam a con- Aristóteles refere-se à dedução como “a inferência na
clusão. No primeiro caso, a constatação de que diversas qual, colocadas certas coisas, outra diferente se lhe segue
tentativas de erradicar a corrupção mostraram-se infrutíferas necessariamente, somente pelo fato de terem sido postas”.
conduzem à conclusão da impossibilidade de sua superação, Uma vez posto que todos os homens são mamíferos e que
enquanto que, no segundo exemplo, da observação do com- Pedro é homem, há de se inferir, necessariamente, que Pe-
portamento do amigo infere-se sua inocência. dro é um mamífero. De certo modo, a conclusão já está pre-
sente nas premissas, basta observar algumas regras e inferir
a conclusão.
Analogia, indução e probabilidade
2.3.1. Construção do Silogismo
Nos raciocínios analógico e indutivo, apesar de boas
chances do contrário, há sempre a possibilidade do erro. Isso
ocorre porque se está lidando com probabilidades e estas A estrutura básica do silogismo (sýn/com + lógos/razão)
não são sinônimas de certezas. consiste na determinação de uma premissa maior (ponto de
partida), de uma premissa menor (termo médio) e de uma
conclusão, inferida a partir da premissa menor. Em outras
Há três tipos principais de probabilidades: a matemática,
palavras, o silogismo sai de uma premissa maior, progride
a moral e a natural.
através da premissa menor e infere, necessariamente, uma
conclusão adequada.
a) A probabilidade matemática é aquela na qual, partin-
do-se dos casos numerados, é possível calcular, sob forma
Raciocínio Lógico 34 A Opção Certa Para a Sua Realização
APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
Eis um exemplo de silogismo: Exemplo de formulação correta:
Termo Maior: Todos os homens são dotados de habilida-
Todos os atos que ferem a lei são puníveis Premissa des.
Maior A concussão é um ato que fere a lei Premissa Menor Termo Médio: Pedro é homem.
Termo Menor: Pedro é dotado de habilidades.
Logo, a concussão é punível Conclusão Exemplo de formulação incorreta:
Termo Maior: Alguns homens são sábios.
Termo Médio: Ora os ignorantes são homens
O silogismo estrutura-se por premissas. No âmbito da ló-
Termo Menor: Logo, os ignorantes são sábios
gica, as premissas são chamadas de proposições que, por
O predicado “homens” do termo médio não é universal,
sua vez, são a expressão oral ou gráfica de frases assertivas
mas particular.
ou juízos. O termo é uma palavra ou um conjunto de palavras
que exprime um conceito. Os termos de um silogismo são
2.3.1.1.2. Regras das Premissas
necessariamente três: maior, médio e menor. O termo maior
5) De duas premissas negativas, nada se conclui.
é aquele cuja extensão é maior (normalmente, é o predicado
Exemplo de formulação incorreta:
da conclusão); o termo médio é o que serve de intermediário
Premissa Maior: Nenhum gato é mamífero
ou de conexão entre os outros dois termos (não figura na
Premissa Menor: Lulu não é um gato.
conclusão) e o termo menor é o de menor extensão (nor-
Conclusão: (?).
malmente, é o sujeito da conclusão). No exemplo acima,
6) De duas premissas afirmativas, não se tira uma con-
punível é o termo maior, ato que fere a lei é o termo médio e
clusão negativa.
concussão é o menor.
Exemplo de formulação incorreta:
Premissa Maior: Todos os bens morais devem ser dese-
2.3.1.1. As Regras do Silogismo jados.
Premissa Menor: Ajudar ao próximo é um bem moral.
Oito são as regras que fazem do silogismo um raciocínio Conclusão: Ajudar ao próximo não (?) deve ser desejado.
perfeitamente lógico. As quatro primeiras dizem respeito às 7) A conclusão segue sempre a premissa mais fraca. A
relações entre os termos e as demais dizem respeito às premissa mais fraca é sempre a de caráter negativo.
relações entre as premissas. São elas: Exemplo de formulação incorreta:
Premissa Maior: As aves são animais que voam.
2.3.1.1.1. Regras dos Termos Premissa Menor: Alguns animais não são aves.
Conclusão: Alguns animais não voam.
1) Qualquer silogismo possui somente três termos: maior,
Exemplo de formulação incorreta:
médio e menor.
Premissa Maior: As aves são animais que voam.
Exemplo de formulação correta:
Premissa Menor: Alguns animais não são aves.
Termo Maior: Todos os gatos são mamíferos.
Conclusão: Alguns animais voam.
Termo Médio: Mimi é um gato.
8) De duas premissas particulares nada se conclui.
Termo Menor: Mimi é um mamífero.
Exemplo de formulação incorreta:
Exemplo de formulação incorreta:
Premissa Maior: Mimi é um gato.
Termo Maior: Toda gata(1) é quadrúpede.
Premissa Menor: Um gato foi covarde.
Termo Médio: Maria é uma gata(2).
Conclusão: (?)
Termo Menor: Maria é quadrúpede.
Fonte: estudaki.files.wordpress.com/2009/03/logica-
O termo “gata” tem dois significados, portanto, há quatro
argumentacao.pdf
termos ao invés de três.
A lógica não teria conseguido avançar além dos seus Se tomarmos o termo "ciência" numa acepção ampla, a-
primeiros passos sem as letras esquemáticas, e a sua utili- firma Aristóteles, é possível distinguir três tipos de ciências:
zação é hoje entendida como um dado adquirido; mas foi as produtivas, as práticas e as teóricas. As ciências produti-
Aristóteles quem primeiro começou a utilizá-las, e a sua vas incluem a engenharia e a arquitectura, e disciplinas como
invenção foi tão importante para a lógica quanto a invenção a retórica e a dramaturgia, cujos produtos são menos concre-
da álgebra para a matemática. tos. As ciências práticas são aquelas que guiam os compor-
tamentos, destacando-se entre elas a política e a ética. As
Uma forma de definir a lógica é dizer que é uma disciplina ciências teóricas são aquelas que não possuem um objectivo
que distingue entre as boas e as más inferências. Aristóteles produtivo nem prático, mas que procuram a verdade pela
estuda todas as formas possíveis de inferência silogística e verdade.
estabelece um conjunto de princípios que permitem distinguir
os bons silogismos dos maus. Começa por classificar indivi- Por sua vez, a ciência teórica é tripartida. Aristóteles no-
dualmente as frases ou proposições das premissas. Aquelas meia as suas três divisões: "física, matemática, teologia";
Numa veia ainda reducionista, algumas pessoas po- E temos possibilidade de evitar este resultado bizarro, e
derão querer dizer que todos os outros tipos de argumen- manter o uso de "argumento" de tal modo que faça sentido
tos não dedutivos se reduzem à generalização e à previ- falar de argumentos inválidos, de deduções inválidas e de
são. Assim, não valeria a pena falar de argumentos de induções inválidas. Para o fazer temos de distinguir cuidado-
autoridade, por exemplo, que são argumentos como o se- samente a noção de argumento (dedutivo ou não) da noção
guinte: de validade (dedutiva ou não). Podemos, claro, usar um
termo diferente para a validade não dedutiva, e reservar o
Einstein afirmou que não se pode viajar mais depressa do termo "validade" para a validade dedutiva, mas esta é uma
que a luz. mera opção terminológica: tanto faz. O que é crucial é poder
Logo, não se pode viajar mais depressa do que a luz. dizer que um argumento é dedutivo, apesar de inválido, ou
indutivo, apesar de inválido. E como se faz isso?
Uma vez mais: pode ser que este tipo de argumentos se-
ja redutível à generalização e à previsão. Mas é útil compre- Apresentando os argumentos dedutivos como argumen-
ender que este tipo de argumentos tem exigências próprias e tos cuja validade ou invalidade depende exclusivamente da
portanto é útil falar deles explicitamente, ainda que se trate sua forma lógica; e os argumentos não dedutivos como ar-
gumentos cuja validade ou invalidade não depende exclusi-
Esses dois argumentos são muito parecidos. A forma do Por exemplo, imaginando-se que se tem um conjunto de
A noção de contradição é, geralmente estudada sob a Na lógica proposicional, uma tautologia (do grego
forma de um princípio: o «princípio de contradição» ou «prin- ταυτολογία) é uma fórmula proposicional que é verdadeira
cípio de não contradição». Com frequência, tal princípio é para todas as possíveis valorações de suas variáveis
considerado um princípio ontológico e, neste sentido, enun- proposicionais. A negação de uma tautologia é uma
cia-se do seguinte modo: contradição ou antilogia, uma fórmula proposicional que é
«É impossível que uma coisa seja e não seja ao mesmo falsa independentemente dos valores de verdade de suas
tempo, a mesma coisa». Outras vezes, é considerado como variáveis. Tais proposições são ditas insatísfatíveis.
um princípio lógico, e então enunciado do modo seguinte: Reciprocamente, a negação de uma contradição é uma
«não se pode ter p e não p», onde p é símbolo de um enun- tautologia. Uma fórmula que não é nem uma tautologia nem
ciado declarativo. uma contradição é dita logicamente contingente. Tal
fórmula pode ser verdadeira ou falsa dependendo dos
O primeiro pensador que apresentou este princípio de valores atribuídos para suas variáveis proposicionais.
forma suficientemente ampla foi Aristóteles. Várias partes da
sua obra estão consagradas a este tema, mas nem sempre o Uma propriedade fundamental das tautologias é que
princípio é formulado do mesmo modo. Às vezes apresenta-o existe um procedimento efetivo para testar se uma dada
como uma das «noções comuns» ou «axiomas» que servem fórmula é sempre satisfeita (ou, equivalentemente, se seu
de premissa para a demonstração, sem poderem ser de- complemento é insatisfatível). Um método deste tipo usa as
monstradas. Noutras ocasiões, apresenta-o como uma «no- tabelas-verdade. O problema de decisão de determinar se
ção comum», usada para a prova de algumas conclusões. uma fórmula é satisfatível é o problema de satisfabilidade
Apresenta ainda este princípio como uma tese segundo a booleano, um exemplo importante de um problema NP-
qual se uma proposição é verdadeira, a sua negação é falsa completo na teoria da complexidade computacional.
e se uma proposição é falsa, a sua negação é verdadeira,
Tautologias e Contradições
quer dizer, como a tese segundo a qual, duas proposições
contraditórias não podem ser ambas verdadeiras ou ambas ∧
Considere a proposição composta s: (p q) → (p q) ∧
falsas. onde p e q são proposições simples lógicas quaisquer. Va-
mos construir a tabela verdade da proposição s :
Estas formulações podem reduzir-se a três interpretações Considerando-se o que já foi visto até aqui, teremos:
do mesmo princípio: ontológica, lógica e metalógica. No
primeiro caso o princípio refere-se à realidade; no segundo,
converte-se numa formula lógica ou numa tautologia de lógi-
ca sequencial, que se enuncia do seguinte modo:
¬(p Ù ¬p)
e que se chama geralmente de lei de contradição. No ter-
ceiro caso, o princípio é uma regra que permite realizar infe-
rências lógicas.
As discussões em torno do princípio de contradição têm Observe que quaisquer que sejam os valores lógicos das
diferido consoante se acentua o lado ontológico ou o lado proposições simples p e q, a proposição composta s é sem-
Existe uma particularidade importante em relação às di- Numa formulação mais intuitiva, o que isto quer dizer é
versas figuras. Através de diversos procedimentos, dos quais que, face a uma condição como a que é estabelecida na
o mais importante é a conversão, é possível reduzir silogis- premissa maior, afirmar a verdade do antecedente é afirmar
mos de uma figura a outra figura, ou seja, pegar, por exem- simultaneamente a verdade do consequente. Poderíamos
plo, num silogismo na segunda figura e transformá-lo num substituir as letras "p" e "q" por outras proposições verdadei-
silogismo na primeira figura. ras que o raciocínio continuaria válido.
Nenhum ladrão é sábio. O silogismo hipotético possui duas figuras válidas ou mo-
Alguns políticos são sábios. dos:
Portanto alguns políticos não são ladrões.
Modus ponens
Nenhum sábio é ladrão. Modus ponens, que corresponde ao exemplo dado, e que
Alguns políticos são sábios. poderíamos sintetizar nas seguintes regras:
Portanto alguns políticos não são ladrões. 1. Num juízo hipotético, a afirmação do antecedente o-
briga à afirmação do consequente.
Aqui o primeiro silogismo tem o termo médio na posição 2. Da afirmação do consequente nada se pode concluir.
de predicado das duas premissas. Trata-se portanto de um
silogismo da segunda figura, modo Festino. Através da con- Modus tollens
versão da premissa maior – um processo simples neste ca- Modus tollens, que corresponde ao seguinte esquema:
so, mas convém rever o que dissemos anteriormente sobre o "se p, então q; ora não q; logo não p", e cuja mecânica pode-
assunto (cf. Inferência imediata ) –, transformámo-lo num ríamos sintetizar nas seguintes regras:
silogismo categórico da primeira figura, em que o termo mé- 1. Num juízo hipotético, a negação do consequente torna
dio desempenha o papel de sujeito na premissa maior e necessária a negação do antecedente.
predicado na menor. O modo do novo silogismo é Ferio. 2. Da negação do antecedente nada se pode concluir.
Tradicionalmente, a primeira figura tem sido considerada Formas muito vulgarizadas, mas não válidas, de si-
como a mais importante, aquela em que a evidência da de- logismo hipotético, são aquelas que quebram as regras atrás
dução é mais forte. Reduzir os silogismos nas outras figuras expostas. Por exemplo, afirmar o consequente para afirmar o
a silogismos equivalentes na primeira figura seria uma ma- antecedente, como em: "Se chovesse, o chão estaria molha-
neira de demonstrar a validade dos mesmos. A utilidade de do; ora o chão está molhado, logo choveu." Evidentemente, é
decorar os diversos modos válidos é relativa, uma vez que a provável que o chão esteja molhado por causa da chuva,
aplicação das regras do silogismo permitem perfeitamente mas também o pode estar outros motivos, como o facto de
definir se um qualquer silogismo é ou não válido. alguém o ter regado, etc. Outro exemplo: "Se Roberto to-
masse veneno ficaria doente; ora Roberto não tomou vene-
Exercícios
Princípio Fundamental da Contagem
Professores: Jorge e Lauro
1) (FGV/2005) Em uma gaveta de armário de um quarto
escuro há 6 camisetas vermelhas, 10 camisetas brancas e 7
camisetas pretas. Qual é o número mínimo de camisetas que
se deve retirar da gaveta, sem que se vejam suas cores,
para que:
a) 60 b) 48 c) 36 d) 24 e) 18
a) 54 b) 67 c) 66 d) 55 e) 56
GABARITO:
1) a)11 b)4 c)18 2)B 3)D 4)A 5)A 6)C 7)D 8)D 9)B 10)B
Em matemática, um conjunto é uma coleção de • os conjuntos são indicados por letras maiúsculas: A,
elementos. Não interessa a ordem e quantas vezes os B, C, ... ;
elementos estão listados na coleção. Em contraste, uma • os elementos são indicados por letras minúsculas: a,
coleção de elementos na qual a multiplicidade, mas não a b, c, x, y, ... ;
ordem, é relevante, é chamada multiconjunto. • o fato de um elemento x pertencer a um conjunto C é
indicado com x ∈ C;
Conjuntos são um dos conceitos básicos da matemática. • o fato de um elemento y não pertencer a um conjunto
Um conjunto é apenas uma coleção de entidades, chamadas C é indicado y ∉ C.
de elementos. A notação padrão lista os elementos
separados por vírgulas entre chaves (o uso de "parênteses" 3. Representação dos conjuntos
ou "colchetes" é incomum) como os seguintes exemplos:
Um conjunto pode ser representado de três maneiras:
{1, 2, 3}
• por enumeração de seus elementos;
• por descrição de uma propriedade característica do
{1, 2, 2, 1, 3, 2}
conjunto;
• através de uma representação gráfica.
{x : x é um número inteiro tal que 0<x<4}
Um conjunto é representado por enumeração quando
todos os seus elementos são indicados e colocados dentro
Os três exemplos acima são maneiras diferentes de de um par de chaves.
representar o mesmo conjunto.
Exemplo:
É possível descrever o mesmo conjunto de diferentes
maneiras: listando os seus elementos (ideal para conjuntos a) A = ( 0; 1; 2; 3; 4; 5; 6; 7; 8; 9 ) indica o conjunto
pequenos e finitos) ou definindo uma propriedade de seus formado pelos algarismos do nosso sistema de numeração.
elementos. Dizemos que dois conjuntos são iguais se e b) B = ( a, b, c, d, e, f, g, h, i, j, l, m, n, o, p, q, r, s, t, u, v,
somente se cada elemento de um é também elemento do x, z ) indica o conjunto formado pelas letras do nosso
outro, não importando a quantidade e nem a ordem das alfabeto.
ocorrências dos elementos. c) Quando um conjunto possui número elevado de
elementos, porém apresenta lei de formação bem clara,
Conceitos essenciais podemos representa-lo, por enumeração, indicando os
primeiros e os últimos elementos, intercalados por
Conjunto: representa uma coleção de objetos, reticências. Assim: C = ( 2; 4; 6;... ; 98 ) indica o conjunto
geralmente representado por letras maiúsculas; dos números pares positivos, menores do que100.
d) Ainda usando reticências, podemos representar, por
enumeração, conjuntos com infinitas elementos que tenham
Elemento: qualquer um dos componentes de um
uma lei de formação bem clara, como os seguintes:
conjunto, geralmente representado por letras minúsculas;
D = ( 0; 1; 2; 3; .. . ) indica o conjunto dos números
Pertinência: é a característica associada a um inteiros não negativos;
elemento que faz parte de um conjunto; E = ( ... ; -2; -1; 0; 1; 2; . .. ) indica o conjunto dos
números inteiros;
Pertence ou não pertence F = ( 1; 3; 5; 7; . . . ) indica o conjunto dos números
ímpares positivos.
Se é um elemento de , nós podemos dizer que o
A representação de um conjunto por meio da descrição
elemento pertence ao conjunto e podemos escrever de uma propriedade característica é mais sintética que sua
. Se não é um elemento de , nós podemos representação por enumeração. Neste caso, um conjunto C,
de elementos x, será representado da seguinte maneira:
dizer que o elemento não pertence ao conjunto e
C = { x | x possui uma determinada propriedade }
podemos escrever .
que se lê: C é o conjunto dos elementos x tal que possui
1. Conceitos primitivos uma determinada propriedade:
H = { x | x é par positivo }
logo: n(D) = 49
Chamamos de conjunto unitário a todo conjunto C, tal que Dizemos que um conjunto A é um subconjunto de um
n (C) = 1. conjunto B se todo elemento, que pertencer a A, também
pertencer a B.
Exemplo: C = ( 3 )
Neste caso, usando os diagramas de Euler-Venn, o
E chamamos de conjunto vazio a todo conjunto c, tal que conjunto A estará "totalmente dentro" do conjunto B :
n(C) = 0.
2
Exemplo: M = { x | x = -25}
Exemplos
2 Intersecção de conjuntos
Resolução
a) A - B = { y; z }
b) B - A= {w;v}
c) A - C= {x;z}
d) C – A = {u;t}
e) B – C = {x;w;v}
f) C – B = {y;u;t}
3. No diagrama seguinte temos:
n(A) = 20
n(B) = 30 PROBABILIDADES
n(A ∩ B) = 5
Introdução
n(A ∪ B) = 20 + 30 – 5 e então: Por meio dos exemplos desta aula, você aprenderá o cál-
culo de probabilidades.
n(A ∪ B) = 45.
EXEMPLO 1
4 Conjunto complementar
Qual a chance de dar cara no lançamento de uma moe-
Dados dois conjuntos A e B, com B ⊂ A, chamamos da?
de conjunto complementar de B em relação a A, e indicamos
com CA B, ao conjunto A - B.
Observação: O complementar é um caso particular de
diferença em que o segundo conjunto é subconjunto do
primeiro.
coroa cara
Solução:
No lançamento de um dado, qual a probabilidade de o re- As chances de esse freguês escolher um dos cardápios
sultado ser um número par? mais caros é de 75%.
Solução: EXEMPLO 5
Para que o resultado seja par devemos conseguir: Numa urna estão 10 bolas de mesmo tamanho e de
mesmo material, sendo 8 pretas e 2 brancas. Pegando-se
uma bola qualquer dessa urna, qual a probabilidade de ela
ser branca?
Solução:
nº de bolas bran-
2 1
p(branca) = cas = = = 20%
nº total de bolas 10 5
Assim, temos 3 resultados favoráveis (2, 4 ou 6) em um
total de 6 resultados possíveis (1, 2, 3, 4, 5, 6). EXEMPLO 6
As chances de dar um resultado par são 3 num total de 6. De um baralho normal de 52 cartas e mais 2 coringas reti-
Então, podemos dizer que a probabilidade de isso acontecer ramos uma das cartas ao acaso. Qual a probabilidade de:
é 3/6 ou 1/2 .
a) ser um ás?
Generalizando essa solução:
nº de resultados favoráveis a b) ser um coringa, em jogos que também consideram o 2
3 1 como coringa?
P (par) E = = =
= nº total de resultados possí- 6 2
veis 50% Solução:
Onde P (par) significa probabilidade de o resultado ser O número total de cartas é 54 sendo que há 13 cartas
par. (ás, 2 a 10, valete, dama, rei) de cada um dos 4 naipes (co-
pas, ouro, paus e espadas) e 2 coringas.
Nos três exemplos que acabamos de ver há dois ou mais
resultados possíveis, todos com a mesma chance de ocorrer. nº de ases existen- 4
A probabilidade de ocorrer um desses resultados ou um p (ás) tes = = 0,07 =
a) 54
conjunto de resultados que satisfaçam uma condição ou =
nº total de cartas 7%
exigência E, é representado por p (E) e calculado por:
nº de resultados favoráveis a
E
p (E) = b) Como as 4 cartas com nº 2 também são consideradas
nº total de resultados possí-
veis coringas, a probabilidade de tirar um coringa será:
EXEMPLO 4 nº de coringas 6
= = 0,11 =
p(coringa) = 54
nº total de cartas
No Exemplo 2 da Aula 48 vimos que, num restaurante 11%
que prepara 4 pratos quentes, 2 saladas e 3 sobremesas
diferentes, existem 24 maneiras diferentes de um freguês se EXEMPLO 7
servir de um prato quente, uma salada e uma sobremesa.
Em análise combinatoria, vimos que, com 6 homens e 3
No Exemplo 3 daquela aula descobrimos que havia, den- mulheres, podemos formar C 59 = 126 grupos de 5 pessoas e
tre os 24 cardápios possíveis, 6 cardápios econômicos. Qual
120 0
b) p (pelo menos 1 mulher) = = 0,95 = 95% p (par) = =0
126 6
Assim, podemos concluir que: a) Qual a probabilidade de a carta retirada ser um rei?
EXEMPLO 5 Solução:
Na Copa América de 1995, o Brasil jogou com a Colôm- a) De acordo com a pesquisa dos 500 entrevistados, 100
bia. No primeiro tempo, a seleção brasileira cometeu 10 consomem os dois sucos. Logo, a probabilidade de que um
faltas, sendo que 3 foram cometidas por Leonardo e outras 3 entrevistado, escolhido ao acaso, consuma os dois sucos é:
por André Cruz. No intervalo, os melhores lances foram re- 100 1
prisados, dentre os quais uma falta cometida pelo Brasil, = .
500 5
escolhida ao acaso. Qual a probabilidade de que a falta es-
colhida seja de Leonardo ou de André Cruz?
b) Usando o raciocínio do Exemplo 5, para saber a pro-
Solução: babilidade da ocorrência de um evento ou outro, somamos
as probabilidades de os dois eventos ocorrerem separada-
mente. Mas, neste exemplo, devemos tomar cuidado com o
Das 10 faltas, 3 foram de Leonardo e 3 de André Cruz. seguinte: existem pessoas que consomem os dois sucos
Portanto, os dois juntos cometeram 6 das 10 faltas do Brasil.
indiferentemente, compram o que estiver mais barato, por
Assim, a probabilidade de que uma das faltas seja a escolhi- exemplo. Assim, não podemos contar essas pessoas (que
6 3 consomem um e outro) duas vezes.
da dentre as 10 é = .
10 5 Observe que a soma dos resultados é maior que o
Também podemos resolver este problema da se- número de entrevistados (300 + 100 + 200 + 50
guinte maneira: = 650), ou seja, há pessoas que, apesar de pre-
ferirem um dos sucos, consomem os dois. Para
• probabilidade de ser escolhida uma falta do Leonardo = facilitar daremos nomes aos eventos:
3 A : preferir o SOSUMO
.
10
B: preferir o SUMOBOM
• probabilidade de ser escolhida uma falta do André Cruz
3 A e B: consumir SOSUMO e SUMOBOM
= .
10
A ou B: consumir SOSUMO ou SUMOBOM
• probabilidade de ser escolhida uma falta de um destes
Repare que este ou quer dizer: apenas o SOSUMO ou
3 3 6 3 apenas o SUMOBOM.
dois jogadores= + = =
10 10 10 5
Fazendo P(A ou B) = P(A) + P(B) estamos contando duas
. vezes as pessoas que apesar de preferirem um dos sucos,
consomem os dois. Logo, devemos
Lembre-se de que qualquer uma das duas escolhas terá
um resultado favorável. subtrair de P(A) + P(B) o resultado de P(A e B) para reti-
rar a “contagem dobrada”.
Se A e B são os eventos (escolher uma falta de Leonardo
ou escolher uma falta de André Cruz), estamos interessados Temos então:
na probabilidade do evento A ou B.
P (A ou B) = P (A) + P (B) P (A e B)
Temos então:
Calculando:
P(A ou B) = P(A) + P(B)
Note que isso vale porque uma falta não pode ser come- 250 1
P(A) = =
tida pelos dois jogadores ao mesmo tempo, ou seja, o evento 500 2
A e B é impossível.
300 3
EXEMPLO 6 P(B) = =
500 5
Sabíamos que dos 500 entrevistados, 50 pessoas con- Com as mesmas informações do exercício anterior, calcu-
sumiam nenhum dos dois e a probabilidade de escolhermos le a probabilidade de que um funcionário, escolhido ao aca-
50 1 so:
uma dessas pessoas ao acaso era , ou seja, .
500 10
Assim, podíamos concluir que a probabilidade de não fazer a) fume só FUMAÇA
1 9
parte desse grupo era 1 - = , raciocinando por exclu- b) fume só TOBACO
10 10
são. c) fume só FUMAÇA ou só TOBACO
Alguns professores estão prestando concurso para dar 300 100 400 4
3. + = =
aulas em uma escola. 500 500 500 5
Inicialmente, eles farão uma prova escrita e, depois de
serem aprovados nessa prova, farão uma prova prática. 30 3
4. a) P (A e B) = =
Aquele que for aprovado na prova prática será contratado. 140 14
Sabendo que a probabilidade de aprovação na prova escrita
1
é e de aprovação na prova prática (depois de ser aprova-
4
2
do na escrita) é , calcule a probabilidade de que um pro-
3
fessor, escolhido ao acaso, seja contratado.
Exercício 3
10. (BACEN 2006 FCC) Sejam as proposições: 15. (TRT-SP Anal Jud 2008 FCC) Considere as seguintes
p: atuação compradora de dólares por parte do Banco Cen- premissas:
tral; "Se todos os homens são sábios, então não há justiça para
q: fazer frente ao fluxo positivo. todos."
Se p implica em q, então "Se não há justiça para todos, então todos os homens são
(A) a atuação compradora de dólares por parte do Banco sábios."
Central é condição necessária para fazer frente ao fluxo Para que se tenha um argumento válido, é correto concluir
positivo. que:
(B) fazer frente ao fluxo positivo é condição suficiente para a (A) Todos os homens são sábios se, e somente se, há justiça
atuação compradora de dólares por parte do Banco Central. para todos.
(C) a atuação compradora de dólares por parte do Banco (B) Todos os homens são sábios se, e somente se, não há
Central é condição suficiente para fazer frente ao fluxo positi- justiça para todos.
vo. (C) Todos os homens são sábios e há justiça para todos.
(D) fazer frente ao fluxo positivo é condição necessária e (D) Todos os homens são sábios e não há justiça para todos.
suficiente para a atuação compradora de dólares por parte (E) Todos os homens são sábios se há justiça para todos.
do Banco Central.
(E) a atuação compradora de dólares por parte do Banco 16. (TRT-SP Téc. Jud. Área Administrativa 2008 FCC) Dadas
Central não é condição suficiente e nem necessária para as proposições simples p e q, tais que p é verdadeira e q é
fazer frente ao fluxo positivo. falsa, considere as seguintes proposições compostas:
EQUIVALÊNCIA ENTRE PROPOSIÇÕES 45. (TRE-PI – Téc Jud 2009 FCC) Um dos novos funcioná-
40. (ICMS/SP 2006 FCC) Das proposições abaixo, a única rios de um cartório, responsável por orientar o público, rece-
que é logicamente equivalente a p → q é beu a seguinte instrução:
“Se uma pessoa precisar autenticar documentos, encaminhe-
a ao setor verde.”
Considerando que essa instrução é sempre cumprida corre-
tamente, pode-se concluir que, necessariamente,
(A) uma pessoa que não precise autenticar documentos
nunca é encaminhada ao setor verde.
(B) toda pessoa encaminhada ao setor verde precisa autenti-
41. (TRF 3ª Região 2007 FCC) Se Lucia é pintora, então ela car documentos.
é feliz. Portanto: (C) somente as pessoas que precisam autenticar documen-
(A) Se Lucia não é feliz, então ela não é pintora. tos são encaminhadas ao setor verde.
(B) Se Lucia é feliz, então ela é pintora. (D) a única função das pessoas que trabalham no setor ver-
(C) Se Lucia é feliz, então ela não é pintora. de é autenticar documentos.
(D) Se Lucia não é pintora, então ela é feliz. (E) toda pessoa que não é encaminhada ao setor verde não
(E) Se Lucia é pintora, então ela não é feliz. precisa autenticar documentos.
42. (Assembléia Legislativa/SP 2010 FCC) Durante uma 46. (TRF 3ª Região Analista Judiciário 2007 FCC) Considere
sessão no plenário da Assembléia Legislativa, o presidente que as sentenças abaixo são verdadeiras.
da mesa fez a seguinte declaração, dirigindo- se às galerias Se a temperatura está abaixo de 5°C, há nevoeiro.
da casa: Se há nevoeiro, os aviões não decolam.
“Se as manifestações desrespeitosas não forem interrompi- Assim sendo, também é verdadeira a sentença:
das, então eu não darei início à votação”. (A) Se não há nevoeiro, os aviões decolam.
Esta declaração é logicamente equivalente à afirmação (B) Se não há nevoeiro, a temperatura está igual a ou acima
(A) se as manifestações desrespeitosas continuarem, então de 5°C.
o presidente da mesa começará a votação. (C) Se os aviões não decolam, então há nevoeiro.
(B) se as manifestações desrespeitosas não continuarem, (D) Se há nevoeiro, então a temperatura está abaixo de 5°C.
então o presidente da mesa não começará a votação. (E) Se a temperatura está igual a ou acima de 5°C os aviões
(C) se o presidente da mesa deu início à votação, então as decolam.
manifestações desrespeitosas foram interrompidas.
(D) se o presidente da mesa não deu início à votação, então 47. (ICMS/SP 2006 FCC) Se p e q são proposições, então a
as manifestações desrespeitosas não foram interrompidas. proposição p ∧ (~q) é equivalente a
(E) se as manifestações desrespeitosas forem interrompidas,
então o presidente da mesa dará início à votação.
(A) todos os que conhecem Maria a admiram. (A) algumas plantas verdes são comestíveis.
(B) ninguém admira Maria. (B) algumas plantas verdes não são comestíveis.
(C) alguns que conhecem Maria não conhecem João. (C) algumas plantas comestíveis têm clorofila.
(D) quem conhece João admira Maria. (D) todas as plantas que têm clorofila são comestí-
(E) só quem conhece João e Maria conhece Maria. veis.
(E) todas as plantas vendes são comestíveis.
4. Válter tem inveja de quem é mais rico do que ele. Ge-
raldo não é mais rico do que quem o inveja. Logo, 10. A proposição 'É necessário que todo aconteci-
mento tenha causa' é equivalente a
(A) quem não é mais rico do que Válter é mais pobre
do que Válter. (A) É possível que algum acontecimento não tenha
(B) Geraldo é mais rico do que Válter. causa.
(C) Válter não tem inveja de quem não é mais rico do (B) Não é possível que algum acontecimento não te-
que ele. nha causa.
(D) Válter inveja só quem é mais rico do que ele. (C) É necessário que algum acontecimento não tenha
(E) Geraldo não é mais rico do que Válter. causa.
(D) Não é necessário que todo acontecimento tenha
5. Em uma avenida reta, a padaria fica entre o posto de causa.
gasolina e a banca de jornal, e o posto de gasoli- (E) É impossível que algum acontecimento tenha
na fica entre a banca de jornal e a sapataria. Logo, causa.
(A) a sapataria fica entre a banca de jornal e a pada- 11. Continuando a seqüência 47, 42, 37, 33, 29, 26, ... ,
ria. temos
(B) a banca de jornal fica entre o posto de gasolina e
a padaria. (A) 21.
(C) o posto de gasolina fica entre a padaria e a banca (B) 22.
de jornal. (C) 23.
(D) a padaria fica entre a sapataria e o posto de ga- (D) 24.
solina. (E) 25.
(E) o posto de gasolina fica entre a sapataria e a pa-
daria. 12. ... ó pensador crítico precisa ter uma tolerância e
até predileção por estados cognitivos de conflito,
6. Um técnica de futebol, animado com as vitórias obti- em que o problema ainda não é totalmente com-
das pela sua equipe nos últimos quatro jogos, preendido. Se ele ficar aflito quando não sabe 'a
decide apostar que essa equipe também vencerá resposta correta', essa ansiedade pode impedir a
o próximo jogo. Indique a Informação adicional exploração mais completa do problema.' (David
que tornaria menos provável a vitória esperada. Canaher, Senso Crítico).
O AUTOR QUER DIZER QUE O PENSADOR CRÍ-
(A) Sua equipe venceu os últimos seis jogos, em vez TICO
de apenas quatro. (A) precisa tolerar respostas corretas.
(B) Choveu nos últimos quatro jogos e há previsão de (B) nunca sabe a resposta correta.
que não choverá no próximo jogo. (C) precisa gostar dos estados em que não sabe a
(C) Cada um dos últimos quatro jogos foi ganho por resposta correta.
uma diferença de mais de um gol. (D) que não fica aflito explora com mais dificuldades
(D) O artilheiro de sua equipe recuperou-se do esti- os problemas.
ramento muscular. (E) não deve tolerar estados cognitivos de conflito.
(E) Dois dos últimos quatro jogos foram realizados
em seu campo e os outros dois, em campo ad- 13. As rosas são mais baratas do que os lírios. Não te-
versário. nho dinheiro suficiente para comprar duas dúzias de
rosas. Logo,
7. Marta corre tanto quanto Rita e menos do que Juliana.
Fátima corre tanto quanto Juliana. Logo, (A) tenho dinheiro suficiente para comprar uma dúzia
de rosas.
(A) Fátima corre menos do que Rita. (B) não tenho dinheiro suficiente para comprar uma
(B) Fátima corre mais do que Marta. dúzia de rosas.
(C) Juliana corre menos do que Rita. (C) não tenho dinheiro. suficiente para comprar meia
(D) Marta corre mais do que Juliana. dúzia de lírios.
15. Se os tios de músicos sempre são músicos, então (A) terá maior eficácia educacional quanto mais jo-
vem for o estudante.
(A) os sobrinhos de não músicos nunca são músicos. (B) tende a substituir totalmente o professor em sala
(B) os sobrinhos de não músicos sempre são músi- de aula.
cos. (C) será a ferramenta de aprendizado para os profes-
(C) os sobrinhos de músicos sempre são músicos. sores.
(D) os sobrinhos de músicos nunca são músicos. (D) tende a ser mais utilizado por médicos.
(E) os sobrinhos de músicos quase sempre são mú- (E) será uma ferramenta acessória na educação.
sicos.
19. Assinale a alternativa em que se chega a uma
16. O paciente não pode estar bem e ainda ter febre. conclusão por um processo de dedução.
O paciente está bem. Logo, o paciente
(A) TEM FEBRE E NÃO ESTÁ BEM. (A) Vejo um cisne branco, outro cisne branco, outro
(B) TEM FEBRE OU NÃO ESTÁ BEM. cisne branco ... então todos os cisnes são bran-
(C) TEM FEBRE. cos.
(D) NÃO TEM FEBRE. (B) Vi um cisne, então ele é branco.
(E) NÃO ESTÁ BEM. (C) Vi dois cisnes brancos, então outros cisnes de-
vem ser brancos.
INSTRUÇÃO: Utilize o texto a seguir para responder (D) Todos os cisnes são brancos, então este cisne é
às questões de nº 17 e 18. branco.
(E) Todos os cisnes são brancos, então este cisne
"O primeiro impacto da nova tecnologia de aprendi- pode ser branco.
zado será sobre a educação universal. Através dos tempos,
as escolas, em sua maioria, gastaram horas intermináveis 20. Cátia é mais gorda do que Bruna. Vera é menos
tentando ensinar coisas que eram melhor aprendidas do que gorda do que Bruna. Logo,
ensinadas, isto é, coisas que são aprendidas de forma com-
portamental e através de exercícios, repetição e feedback. (A) Vera é mais gorda do que Bruna.
Pertencem a esta categoria todas as matérias ensinadas no (B) Cátia é menos gorda do que Bruna.
primeiro grau, mas também muitas daquelas ensinadas em (C) Bruna é mais gorda do que Cátia.
estágios posteriores do processo educacional. Essas maté- (D) Vera é menos gorda do que Cátia.
rias - seja ler e escrever, aritmética, ortografia, história, bio- (E) Bruna é menos gorda do que Vera.
logia, ou mesmo matérias avançadas como neurocirurgia,
diagnóstico médico e a maior parte da engenharia - são 21. Todo cavalo é um animal. Logo,
melhor aprendidas através de programas de computador. O
professor motiva, dirige, incentiva. Na verdade, ele passa a (A) toda cabeça de animal é cabeça de cavalo.
ser um líder e um recurso. (B) toda cabeça de cavalo é cabeça de animal.
(C) todo animal é cavalo.
Na escola de amanhã os estudantes serão seus pró- (D) nem todo cavalo é animal.
prios instrutores, com programas de computador como fer- (E) nenhum animal é cavalo.
ramentas. Na verdade, quanto mais jovens forem os estu-
dantes, maior o apelo do computador para eles e maior o 22. Em uma classe, há 20 alunos que praticam futebol
seu sucesso na sua orientação e instrução. Historicamente, mas não praticam vôlei e há 8 alunos que prati-
a escola de primeiro grau tem sido totalmente intensiva de cam vôlei mas não praticam futebol. O total dos
mão-de-obra. A escola de primeiro grau de amanhã será que praticam vôlei é 15. Ao todo, existem 17 alu-
fortemente intensiva de capital. nos que não praticam futebol. O número de alu-
nos da classe é
Contudo, apesar da tecnologia disponível, a educa-
ção universal apresenta tremendos desafios. Os conceitos (A) 30.
tradicionais de educação não são mais suficientes. Ler, (B) 35.
escrever e aritmética continuarão a ser necessários como (C) 37.
hoje, mas a educação precisará ir muito além desses itens (D) 42.
básicos. Ela irá exigir familiaridade com números e cálculos; (E) 44.
uma compreensão básica de ciência e da dinâmica da tec-
nologia; conhecimento de línguas estrangeiras. Também INSTRUÇÃO: Utilize o texto a seguir para responder
será necessário aprender a ser eficaz como membro de uma às questões de nº 23 e 24.
organização, como empregado." (Peter Drucker, A socieda-
de pós-capitalista). “Os homens atribuem autoridade a comunicações de
posições superiores, com a condição de que estas comuni-
(A) todas as hipóteses desse conjunto são falsas. 32- Considere as seguintes premissas (onde X, Y, Z e P são
(B) a maioria das hipóteses desse conjunto é falsa. conjuntos não vazios):
(C) pelo menos uma hipótese desse conjunto é falsa. Premissa 1: "X está contido em Y e em Z, ou X está contido
(D) pelo menos uma hipótese desse conjunto é ver- em P"
dadeira. Premissa 2: "X não está contido em P"
(E) a maioria das hipóteses desse conjunto é verda- Pode-se, então, concluir que, necessariamente
deira. a) Y está contido em Z
b) X está contido em Z
26. Se Francisco desviou dinheiro da campanha as- c) Y está contido em Z ou em P
sistencial, então ele cometeu um grave delito. d) X não está contido nem em P nem em Y
Mas Francisco não desviou dinheiro da campanha e) X não está contido nem em Y e nem em Z
assistencial. Logo,
33- A operação Å x é definida como o dobro do quadrado de
(A) Francisco desviou dinheiro da campanha assis- x. Assim, o valor da expressão Å 21/2 - Å [ 1Å 2 ] é igual a
tencial. a) 0
(B) Francisco não cometeu um grave delito. b) 1
(C) Francisco cometeu um grave delito. c) 2
(D) alguém desviou dinheiro da campanha assisten- d) 4
cial. e) 6
(E) alguém não desviou dinheiro da campanha assis-
tencial. 34- Um crime foi cometido por uma e apenas uma pessoa de
um grupo de cinco suspeitos: Armando, Celso, Edu, Juarez e
27. Se Rodrigo mentiu, então ele é culpado. Logo, Tarso. Perguntados sobre quem era o culpado, cada um
deles respondeu:
(A) se Rodrigo não é culpado, então ele não mentiu. Armando: "Sou inocente"
(B) Rodrigo é culpado. Celso: "Edu é o culpado"
40- Ou A=B, ou B=C, mas não ambos. Se B=D, então A=D. 47- Se Luís estuda História, então Pedro estuda Matemática.
Ora, B=D. Logo: Se Helena estuda Filosofia, então Jorge estuda Medicina.
23 Escreva o número que falta. 16 3. (No sentido dos ponteiros do relógio, multiplique por
3).
24 Escreva, dentro do parêntese, o número que falta. 22 232. (Subtraia a parte esquerda da parte direita e
12 (336) 14 multiplique o resultado por dois).
15 (. . .) 16
1 Assinale a figura que não tem relação com as de- 7 Assinale a figura que não tem relação com as de-
mais. mais.
14 Assinale a figura que não tem relação com as de- 20 Assinale a figura que não tem relação com as de-
mais. mais.
23 1. (Todas as outras figuras podem girar até se sobrepo- Rigorosamente, uma matriz Am×n é definida como
rem). uma função cujo domínio é o conjunto de todos
os pares de números inteiros (i, j) tais que 1 ≤ i ≤
m e 1 ≤ j ≤ n. E os valores que a função pode
24 4. (Todas as outras figuras podem girar até se sobrepo-
assumir são dados pelos elementos aij.
rem).
P = c A é uma matriz m×n tal que A matriz unitária é, portanto, uma matriz diagonal com os
elementos não nulos iguais a 1.
pij = c aij
Uma matriz quadrada An×n é dita matriz simétrica se
aij=aji
Exemplo:
Exemplo:
4 0 2 8 0 4
2x = 3 7 9
1 3 3 2 6 6 A 3x3 = 7 4 6
ALGUMAS PROPRIEDADES DAS OPERAÇÕES DE 9 6 2
ADIÇÃO E DE MULTIPLICAÇÃO POR ESCALAR
Multiplicação de matrizes
Sejam as matrizes A e B, ambas m×n, e os escalares a e
b.
Sejam Am×p e Bp×n, isto é, duas matrizes tais que o nú-
• a (bA) = ab (A) mero de colunas da primeira (p) é igual ao número de linhas
da segunda (p).
• a (A + B) = aA + aB
O produto C = AB é uma matriz m×n (Cm×n) tal que
• se aA = aB, então A = B
Matriz unitária In (ou matriz identidade) é uma matriz c22 = 1.2 + 1.5 + 3.0 = 7
quadrada n×n tal que
Na linguagem prática, pode-se dizer que se toma a pri-
Iij = 1 se i = j e Iij = 0 se i ≠ j. meira linha de A e se multiplica pela primeira coluna de B (a
soma é a primeira linha e primeira coluna da matriz do produ-
to). Depois, a primeira linha de A pela segunda coluna de B.
Exemplo:
Depois, a segunda linha de A pela primeira coluna de B e
assim sucessivamente.
1 0 0
I 3 = 0 1 0
Ordem dos fatores
2 2 1 1 4 8
B= 1 1 A = 1 2 BA = 2 3 T = k AT
(kA)
Sejam as matrizes A, B e C.
Matriz inversa
1) Se os produtos A (BC) e (AB) C são possíveis de cálculo,
então Seja A uma matriz quadrada. A matriz inversa de A, u-
−1
sualmente simbolizada por A , é uma matriz também qua-
drada tal que
A (BC) = (AB) C
A A
− 1 = A− 1 A = I
2) Se os produtos AC e BC são possíveis, então
3) Se os produtos CA e CB são possíveis, então Nem toda matriz quadrada admite uma matriz inversa. Se
a matriz não possui inversa, ela é dita matriz singular. Se a
C (A + B) = CA + CB
inversa é possível, ela é uma matriz não singular.
(A )
T − 1 = (A− 1)T
Seja A uma matriz quadrada e n um inteiro n≥1. As rela-
ções básicas de potências são:
Matriz ortogonal é uma matriz quadrada cuja transpos-
0 ta é igual á sua inversa. Portanto,
A =I
n
A =AA
n−1 A AT = AT A = I
T = a para 1 ≤ e1≤
a ij ji i ≤ n j ≤ m
2 1 1
1 1 1
Na prática, as linhas de uma são as colunas da outra.
Exemplo: 2 3 2
T
1 4 O primeiro passo é acrescentar uma matriz unitária no la-
2 5 1 2 3 do direito conforme abaixo:
=
4 5 6
3 6 2 1 1 1 0 0
1 1 1 0 1 0
Algumas propriedades da transposição de matri-
zes 2 3 2 0 0 1
x − 2y + z = 5
Lê-se: ângulo
AOB e
são lados
do ângulo. O
ponto O é o seu
vértice.
Bissetriz de um ângulo
È a semi-reta de origem no Arco: qualquer uma das duas partes em que uma circun-
vértice de um ângulo e que o ferência fica dividida por dois quaisquer de seus pontos .
divide em dois ângulos congru-
entes. Corda: Segmento de reta que une dois pontos quaisquer
de uma circunferência.
Ângulo inscrito
É inscrito numa circun-
ferência somente se o seu
vértice é um ponto da cir-
cunferência e cada um de
seus lados contém uma
corda dessa circunferência.
Ângulos de duas paralelas cortadas por uma trans-
versal Obs: A medida de um ângulo inscrito é igual à metade da
medida do arco correspondente ele.
Retângulo
S=a.b
Nomenclatura Propriedades
Correspondentes | a e e; b e f; c e g; d e h| Congruentes
Colaterais internos | e e f; d e e| Suplementares
S = a²
POLÍGONOS
É convexo somente se, quaisquer que sejam os pontos x
e y do seu interior, o segmento de reta xy está inteiramente
contido em seu interior.
Trapézio retângulo
Um dos lados transver-
Soma dos ângulos internos de um polígono sos é perpendicular as
- A soma dos ângulos internos de um polígono de n lados bases.
é:
Paralelogramos Notáveis
RETÂNGULO
É todo paralelogramo
Polígono regular que possui seu ângulos
Um polígono regular retos.
somente se, todos os seus
lados são congruentes e se
todos os seus ângulos
internos são congruentes. LOSANGO
É todo paralelogramo
QUADRILÁTEROS que possui quatro lados
Teorema congruentes.
A soma das medidas dos quatro ângulos internos de um
quadrilátero qualquer é igual a 360º.
Trapézio
É todo quadrilá-
tero que possui somente
um par, de lados opostos QUADRADO
paralelos.
AB e CD É todo paralelogramo que é
retângulo e losango simultâ-
neamente, ou seja, seu ângulos
são retos e seu lados são con-
gruentes.
AB e CD são as bases do trapézio
AC e BD são os lados transversa is Congruência de triângulos
Classificação dos Trapézios
Trapézio escaleno
Os lados transversos
têm medidas diferentes
AD ≠ BC
b² + c² = a² (teorema de Pitágoras).
c² = a . n
b.c=a.h.
Quadrado
Num quadrado, cujo lado tem medida a, a medida d de
uma diagonal é dada por:
d = a √2
Teorema de Tales
Se um feixe de paralelas determina segmentos congru-
entes sobre uma transversal, então esse feixe determina Fonte: http://www.brasilescola.com
segmentos congruentes sobre qualquer outra transversal.