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1. Considerações Iniciais
Remete a vários diagnósticos possíveis: pode ser oriundo de sangramento da uretra, presença
de corpo estranho ou vaginoses, etc.;
Conceitos:
Sangramento pode derivar de lesões vaginais, infecções vaginais, lesões cervicais (CA de colo),
endométrio (pólipo, hiperplasia endometrial e CA de endométrio), trompa (ectópica e tumor
tubário);
Definição do local de origem: Se ao exame especular inicial não houver nada visível, entende-
se que o sangramento provém de estrutura além do óstio externo do útero).
20% das consultas ocorrem por causa de um sangramento anormal e 30% das mulheres terão
algum tipo de sangramento anormal alguma vez.
2. Causas
3. Miomas
Tumor mais comum, sendo 60-70% das histerectomias realizadas por essa causa;
3.1. Classificação
a) Subseroso:
- Pediculado ou não;
- Não sangram e normalmente são assintomáticos, no entanto podem gerar sensação de peso
e compressão, por exemplo, da bexiga.
b) Submucosos
c) Intramurais
Pode causar infertilidade nos casos de submucosos ou de intramurais que causam obstrução
da trompa.
3.4. Conduta
- Idade (se paciente próxima a menopausa, pode-se realizar tratamento medicamentoso, uma
vez que, após a menopausa, o estímulo hormonal diminui e, em alguns caso, não há mais
necessidade de cirurgia);
Conduta Expectante: pacientes assintomáticas ou com poucos sintomas, aquelas que estão
próximas de entrar na menopausa, pacientes que querem engravidar e são praticamente
assintomáticas → Seguimento semestral com USTV.
3.5. Tratamento:
3.5.1. Medicamentoso
a) AINE
b) Progesterona
- Induz amenorreia;
- Pode-se utilizar progestágeno oral, fazendo com que o endométrio atrofie e pare de sangrar;
c) Análogos de GnRH
a) Histerectomia
# Nomenclatura:
- Total: tira as trompas, tira colo do útero, ligamento largo, paramétrios, lig. uterossacral, etc.
# Classificação de Piver:
b) Embolização
- Não é indicada às pacientes que ainda querem engravidar, porque acaba desnutrindo
porções endometriais, aumentando taxa de aborto e infertilidade;
Projeção de tecido endometrial, onde se observa uma distribuição irregular das glândulas
endometriais e recobertos por epitélio psudoestratificado;
Comportamento benigno;
# Prevalência:
- 10 – 40% dos casos de sangramento na pós menopausa são por causa dos pólipos.
# Diagnóstico:
- Ultrassom;
OBS: útero trilaminar (denota primeira fase do ciclo menstrual; melhor fase para diagnóstico
de pólipo – claro) e útero esbranquiçado (denota segunda fase do ciclo menstrual; melhor fase
para visualização de mioma – escuro);
- Histerossonografia;
5. Adenomiose
Deixa o útero sem força de contratilidade, gerando acentuação das cólicas menstruais e
sangramento (útero está “molengão”);
Diagnóstico: USG com ótima resolução ou através de uma ressonância bem preparada;
Tratamento:
- Se paciente não deseja mais filhos, porém não deseja realizar a cirurgia, tem-se como opção a
ablação endometrial (procedimento rápido, onde se remove todo o endométrio por
cauterização).
6. Coagulopatias
7. Câncer de Endométrio
Toda mulher que sangrou após a menopausa vai ter risco de ter câncer de 1-14%.
OBS.: O fator de risco hormonal se relaciona ao estrogênios, uma vez que a progesterona
apresenta papel protetor.
7.2. Diagnóstico
Se imagem de pólipo supostamente benigno: retirar o pólipo (não há certeza se pode ou não
originar câncer);
Depois de excluirmos tudo isso (excluem-se outras causas ao pedir exames como Bhcg, TSH,
prolactina, FSH/LH...), a gente entra aqui. “Olha, seu sangramento é disfuncional”. Pode ser
SOP, hormonal, puberdade, climatério (eixo hipotalâmico hipofisário reduzido), etc. è mais
comum em menacme e climatério então.
OBS: anomalias mullerianas são causa para sangramento uterino anormal também. As
anomalias podem ser útero bicorno, bisseptado (que é o mais comum das anomalias
mullerianas) e didelfo.