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1 – Principio da boa fé

Cláudia Lima Marques define a boa –fé como:


(...) uma atuação “refletida”, uma atuação refletindo, pensando no outro, no parceiro
contratual, respeitando, respeitando seus interesses legítimos, seus direitos,
respeitando os fins do contrato, agindo com lealdade, sem abuso da posição
contratual, sem causar lesão ou desvantagem excessiva, com cuidado com a pessoa
e o patrimônio do parceiro contratual, cooperando para atingir o bom fim das
obrigações, isto é, o cumprimento do objetivo contratual e a realização dos interesses
legítimos de ambos os parceiros.
Ou seja, a boa-fé é a relação jurídica entre o consumidor e o fornecedor que com
lealdade devem sempre combater os abusos praticados no mercado e que os
interesses particulares se sobreponham aos interesses sociais. Representa o valor da
ética, veracidade e correção dos contratantes, operando de diversas formas e em
todos os momentos do contrato, desde a sua negociação até sua execução.

2 – Principio da informação
João Batista de Almeida leciona que:
“Há estreita relação com o direito à segurança, pois, se o consumidor tem o direito de
consumir produtos e serviços eficientes e seguros, é intuitivo que deve ser ele
informado adequadamente acerca do consumo dos produtos e serviços, notadamente
no que se refere à especificação correta de quantidade, característica, composição,
qualidade e preço, bem como riscos que apresentam"
Ou seja, a informação, não só no Direito, é essencial para o aperfeiçoamento de
qualquer relação entre seres humanos, o consumidor sempre tem o dever de receber
informação adequada, clara e eficiente sobre o produto ou serviço contratado, para
evitar que se aventure no mercado de consumo sem ter a exata dimensão e
especificação das características do produto que deseja adquirir e contratar.

3 - Principio da vulnerabilidade
Este princípio reconhece que há uma parte vulnerável nas relações de consumo, onde
esta parte mais fraca é o consumidor, e ela pode ocorrer de duas maneiras. A
primeira, quando o fornecedor “sobrepõe-se” ao consumidor, em razão de aquele
deter o monopólio das informações relativas a cada produto ou serviço. A segunda,
de ordem econômica, em razão de o fornecedor, na maioria das vezes, possuir
maior capacidade econômica do que o consumidor. Tem como defesa o Art. 6º,
inciso VIII do CDC, que diz que São direitos básicos do consumidor: a facilitação da
defesa de seus direitos, inclusive com a inversão do ônus da prova, a seu f avor, no
processo civil, quando, a critério do juiz, for verossímil a alegação ou quando for ele
hipossuficiente, segundo as regras ordinárias de experiências.
4 – Principio da transparência
Fábio Ulhoa Coelho diz que “De acordo com o princípio da transparência, não basta ao
empresário abster-se de falsear a verdade, deve ele transmitir ao consumidor em potencial
todas as informações indispensáveis à decisão de consumir ou não o fornecimento. ”
Ou seja, esse princípio visa assegurar ao consumidor a plena ciência da exata extensão das
obrigações assumidas perante o fornecedor, ele deve ser observado no momento da
formação do vínculo contratual, de forma a informar o consumidor sobre os riscos do
negócio, para que o consumidor aja conscientemente.

5 – Principio da confiança
Enfatiza a legítima expectativa dos consumidores, pois ninguém contrata acreditando
que será lesado, ou seja, o consumidor contrata acreditando que o negócio será bem-
sucedido, e que o parceiro contratual agirá com lealdade no decorrer da execução do
contrato. Deve ser amplamente observado nos contratos de consumo.

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