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Prescrição

INTRODUÇÃO
PRESCRIÇÃO E DECADÊNCIA EM DEMANDAS MOVIDAS EM FACE DO
PODER PÚBLICO

 Reconhecimento de Ofício
 Interrupção
PRESCRIÇÃO EM REPARAÇÃO CIVIL DE DANOS
 1ª corrente
 2ª corrente (Majoritária)
PRESCRIÇÃO EM RELAÇÕES DE TRATO SUCESSIVO
 Omissão do Estado
 Negativa do direito reclamado
 Lei de efeitos concretos
AÇÕES REPARATÓRIAS EM RAZÃO DA DITADURA -
IMPRESCRITIBILIDADE
PRESCRIÇÃO DA MULTA POR INFRAÇÃO AMBIENTAL
PRESCRIÇÃO INTERCORRENTE EM PROCESSO DE EXECUÇÃO
CONTRA O PODER PÚBLICO

Concurso não se faz para passar, mas até passar. Porrada na preguiça! A fila anda e a catraca seleciona. É nóis, playboy!!!
Art. 189. Violado o direito,
nasce para o titular a pretensão,
a qual se extingue, pela
prescrição, nos prazos a que
aludem os arts. 205 e 206.

Enquanto a DECADÊNCIA
INTRODUÇÃO significa a perda do direito
potestativo, a PRESCRIÇÃO afeta a
pretensão, ou seja, perde-se o direito
de exigir em juízo a prestação
inadimplida, perde-se o poder de
reagir contra a violação do direito e
não o próprio direito subjetivo.

Decreto 20.910/32 Art. 1º As dívidas passivas da União, dos Estados e dos Municípios
(inclusive o DF), bem assim todo e qualquer direito ou ação contra a Fazenda federal,
estadual ou municipal (inclusive o DF), seja qual for a sua natureza, prescrevem em cinco
anos contados da data do ato ou fato do qual se originarem .

Os entes públicos da Administração Indireta, autarquias e fundações de direito público, também


gozam desse prazo, por extensão dada pelo Decreto-Lei 4.597/421.
PRESCRIÇÃO E
DECADÊNCIA EM Não gozam desse prazo diferenciado as sociedades de economia mista e as
DEMANDAS empresas públicas.
MOVIDAS EM
FACE DO PODER
 Tem o objetivo de conceder ao ente público um regime prescricional mais favorável - com
PÚBLICO
prazos menores do que aqueles previstos para os particulares.

 "qualquer direito ou ação contra a Fazenda", o que significa que estão abrangidos aí prazos
decadenciais e prescricionais. Em relação a demandas que tutelam direitos potestativos (ações
constitutivas ou anulatórias), o prazo decadencial também é de 5 anos.
OBS.: Em relação às ações meramente declaratórias (arts. 19 e 20 CPC), não há
que se falar em prazo prescricional ou decadencial.

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Art. 2º O Decreto nº 20.910, de 6 de janeiro de 1932, que regula a prescrição qüinqüenal, abrange as dívidas passivas das autarquias, ou entidades e
órgãos paraestatais, criados por lei e mantidos mediante impostos, taxas ou quaisquer contribuições, exigidas em virtude de lei federal, estadual ou municipal, bem
como a todo e qualquer direito e ação contra os mesmos.
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CPC Art. 487. Haverá resolução de mérito quando o juiz:


II - decidir, de ofício ou a requerimento, sobre a ocorrência de decadência ou
prescrição;
Parágrafo único. Ressalvada a hipótese do § 1o do art. 332, a prescrição e a
decadência não serão reconhecidas sem que antes seja dada às partes oportunidade de
manifestar-se.

CC Art. 210. Deve o juiz, de ofício , conhecer da decadência , quando estabelecida por
lei .
Permite sua declaração de ofício pelo juiz, desde seja dado às partes a oportunidade de se
manifestar a respeito (p.ú.), ressalvada a improcedência liminar (art. 332, §1º2).

O mesmo se dá com a decadência legal, que também pode ser reconhecida independentemente
da alegação elas partes (CC, art. 210).

RECONHECIMENT
O DE OFÍCIO

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Art. 332. Nas causas que dispensem a fase instrutória, o juiz, independentemente da citação do réu, julgará liminarmente improcedente o pedido que
contrariar:
I - enunciado de súmula do Supremo Tribunal Federal ou do Superior Tribunal de Justiça;
II - acórdão proferido pelo Supremo Tribunal Federal ou pelo Superior Tribunal de Justiça em julgamento de recursos repetitivos;
III - entendimento firmado em incidente de resolução de demandas repetitivas ou de assunção de competência;
IV - enunciado de súmula de tribunal de justiça sobre direito local.
§ 1o O juiz também poderá julgar liminarmente improcedente o pedido se verificar, desde logo, a ocorrência de decadência ou de prescrição.
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Art. 202. A interrupção da prescrição, que somente poderá ocorrer uma vez, dar-
se-á:
I - por despacho do juiz, mesmo incompetente, que ordenar a citação, se o
interessado a promover no prazo e na forma da lei processual;

Decreto 20.910/32 Art. 9º A prescrição interrompida recomeça a correr, pela


metade do prazo, da data do ato que a interrompeu ou do último ato ou termo do
respectivo processo.

STF Súmula 383 A prescrição em favor da Fazenda Pública recomeça a correr,


por dois anos e meio, a partir do ato interruptivo, mas não fica reduzida aquém de
cinco anos, embora o titular do direito a interrompa durante a primeira metade do
prazo.

Se a demanda foi proposta logo no primeiro ano de prazo prescricional, a contagem do novo
INTERRUPÇÃO prazo pela metade reduziria o prazo prescricional total para menos de 5 anos.

Essa forma de contagem é expressamente rejeitada por súmula do Supremo Tribunal Federal.

Fundamento: Aquele que propõe demanda


logo no início do prazo prescricional está sendo
diligente com seu direito e com seus interesses.

Não se poderia penitenciar aquele que age


de forma mais diligente com um prazo prescricional
menor.
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PRESCRIÇÃO EM REPARAÇÃO CIVIL DE DANOS


Decreto 20.910/32 Art. 10. O disposto nos artigos anteriores não altera as
prescrições de menor prazo, constantes das leis e regulamentos, as quais ficam
subordinadas às mesmas regras.

CC Art. 206. Prescreve: § 3o Em três anos: V - a pretensão de reparação civil;

O prazo de 3 anos do Código Civil deveria ser aplicado em ações indenizatórias movidas em face
do Estado.
1ª CORRENTE
Fundamentos:

 Há norma específica que ressalva a existência de prazos prescricionais inferiores

 O objetivo da norma do prazo quinquenal é conceder ao ente público regime jurídico mais
favorável. Com o advento de norma geral que já contempla a todos prazos menores, logicamente tal
previsão deve-se estender ao Poder Público. Trata-se de verdadeira interpretação teleológica da
norma jurídica, que busca revelar o valor ou bem jurídico a ser tutelado em dado preceito

Segundo o STJ em sede de recurso repetitivo (RESP 1251993/PR):

 O atual e consolidado entendimento deste


Tribunal Superior sobre o tema é no sentido da
aplicação do prazo prescricional quinquenal -
previsto do Decreto 20.910/32 - nas ações
indenizatórias ajuizadas contra a Fazenda Pública,
em detrimento do prazo trienal contido do Código
2ª CORRENTE Civil de 2002.
(MAJORITÁRIA)
 O principal fundamento que autoriza tal
afirmação decorre da natureza especial do Decreto
20.910/32, que regula a prescrição, seja qual for a
sua natureza, das pretensões formuladas contra a
Fazenda Pública, ao contrário da disposição prevista
no Código Civil, norma geral que regula o tema de
maneira genérica, a qual não altera o caráter
especial da legislação, muito menos é capaz de
determinar a sua revogação.
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PRESCRIÇÃO EM RELAÇÕES DE TRATO SUCESSIVO

Decreto 20.910/32 Art. 3º Quando o pagamento se dividir por dias, meses ou anos,
a prescrição atingirá progressivamente as prestações à medida que completarem os prazos
estabelecidos pelo presente decreto.
STJ SÚMULA 85 - Nas relações jurídicas de trato sucessivo em que a fazenda
pública figure como devedora, quando não tiver sido negado o próprio direito
OMISSÃO DO reclamado, a prescrição atinge apenas as prestações vencidas antes do quinquênio
ESTADO anterior a propositura da ação.

Ex.: Se o servidor deixa de receber determinada vantagem que entende devida mensalmente, a
propositura da ação poderá alcançar os valores que deixaram de ser pagos nos últimos 5 anos - os demais são
alcançados pela prescrição

Diferente é a situação em que o servidor


entende devida uma vantagem, efetua pedido
administrativo para tanto, mas recebe resposta
negativa do ente público, que declara, por exemplo,
que o servidor não se enquadra naquela hipótese legal
de recebimento da vantagem.
NEGATIVA DO
DIREITO
Nesse caso, a lesão não se renova mês a mês, é
RECLAMADO
única e específica. O servidor tem prazo de 5 anos para
buscar a modificação daquela decisão administrativa.

Escoado esse prazo, está prescrita a


possibilidade de se modificar a decisão administrativa
que não lhe concedeu a vantagem pretendida.

Não há divergência entre doutrina e jurisprudência nesse tema.


LEI DE EFEITOS
CONCRETOS
Se a lei suprime determinada vantagem do servidor, o prazo para buscar a alteração dessa
situação é de 5 anos a contar da edição do ato normativo.
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ADMINISTRATIVO E CIVIL. AGRAVO REGIMENTAL NO AGRAVO EM


RECURSO ESPECIAL. RESPONSABILIDADE CIVIL DO ESTADO. DANOS MORAIS.
PERSEGUIÇÃO POLÍTICA, PRISÃO E TORTURA, DURANTE A DITADURA
MILITAR.
IMPRESCRITIBILIDADE DO DIREITO DE AÇÃO. INCIDÊNCIA DA SÚMULA 83
DO STJ. ACÓRDÃO DO TRIBUNAL DE ORIGEM EM CONSONÂNCIA COM A
ORIENTAÇÃO JURISPRUDENCIAL PREDOMINANTE NESTA CORTE. PRETENSÃO DE
APRECIAÇÃO DE DISPOSITIVOS CONSTITUCIONAIS. INVIABILIDADE, NA VIA DE
RECURSO ESPECIAL. AGRAVO REGIMENTAL IMPROVIDO.
I. De acordo com a orientação jurisprudencial predominante no STJ,
AÇÕES a prescrição quinquenal, prevista no art. 1º do Decreto 20.910/32, não se
REPARATÓRIAS EM aplica aos danos morais sofridos durante o regime militar, decorrentes de
RAZÃO DA DITADURA violação de direitos fundamentais, os quais são imprescritíveis, por se tratar
- de época em que os jurisdicionados não podiam deduzir, a contento, sua
IMPRESCRITIBILIDADE pretensão. Precedentes (STJ, AgRg no AREsp 611.952/SC, Rel. Ministro SÉRGIO
KUKINA, PRIMEIRA TURMA, DJe de 10/12/2014; STJ, AgRg no REsp 1.128.042/PR,
Rel. Ministro SÉRGIO KUKINA, PRIMEIRA TURMA, DJe de 23/08/2013; STJ, AgRg no
AREsp 302.979/PR, Rel. Ministro CASTRO MEIRA, SEGUNDA TURMA, DJe de
05/06/2013; STJ, AgRg no Ag 1.428.635/BA, Rel. Ministro MAURO CAMPBELL
MARQUES, SEGUNDA TURMA, DJe de 09/08/2012 ). (...)
(AgRg no AREsp 294.266/PR, Rel. Ministra ASSUSETE MAGALHÃES,
SEGUNDA TURMA, julgado em 03/03/2015, DJe 10/03/2015)
As pretensões movidas em face do Estado, cuja causa de pedir seja dano
decorrente do período militar - como tortura e perseguição política -, não estão sujeitas a prazo
prescricional.
PRESCRIÇÃO DA STJ: Súmula 467 – Prescreve em cinco anos, contados do término do
MULTA POR processo administrativo, a pretensão da Administração Pública de promover a
INFRAÇÃO execução da multa por infração ambiental. (Súmula 467, PRIMEIRA SEÇÃO, julgado
AMBIENTAL em 13/10/2010, DJe 25/10/2010)
PRESCRIÇÃO 8/8

PREVIDENCIÁRIO. SERVIDOR PÚBLICO. PENSÃO. EXECUÇÃO.


SUBSTITUIÇÃO DA PARTE. SUSPENSÃO DO PROCESSO. HABILITAÇÃO DOS
HERDEIROS. ACÓRDÃO EM CONSONÊNCIA COM A JURISPRUDÊNCIA DA CORTE.
INCIDÊNCIA DO ENUNCIADO N. 83 DA SÚMULA DO STJ.
II - A Corte de origem concluiu que a prescrição não se consumou, visto que
o falecimento da parte impõe a suspensão do processo e abre oportunidade de
habilitação dos herdeiros, sem que corra prazo prescricional.
III - O entendimento firmado pelo Tribunal de origem não merece censura,
pois "a morte de uma das partes importa na suspensão do processo, razão
pela qual, na ausência de previsão legal impondo prazo para a habilitação
dos respectivos sucessores, não há falar em prescrição intercorrente" (AgInt
PRESCRIÇÃO no AREsp 929.097/PE, Rel. Ministro FRANCISCO FALCÃO, SEGUNDA TURMA,
INTERCORRENTE EM julgado em 12/12/2017,
PROCESSO DE DJe 18/12/2017)
EXECUÇÃO CONTRA O Não ocorre prescrição da
PODER PÚBLICO pretensão executória por ausência de
previsão legal, sendo inaplicável o
instituto da prescrição intercorrente
a fim de limitar a habilitação dos
sucessores.

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