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Exercícios práticos
B) Esclarecimentos
a) Qual o prazo para os interessados apresentarem pedidos de esclarecimento sobre
as peças do procedimento?
b) Qual é o órgão competente para prestar estes esclarecimentos? E em que prazo
devem os mesmos ser prestados?
c) Quais as consequências do incumprimento do prazo referido na alínea anterior?
d) Qual o valor jurídico dos esclarecimentos?
e) A resposta aos pedidos de esclarecimento está sujeita a algum tipo de
publicidade?
C) Erros e omissões
a) Qual o prazo para os interessados apresentarem listas de erros e omissões
constantes das peças do procedimento?
b) Qual a consequência que a apresentação de listas de erros e omissões tem sobre
o prazo para apresentação de propostas?
c) Qual deve ser o objecto das listas de erros e omissões apresentadas pelos
interessados?
d) Qual é o órgão competente para responder aos erros e omissões? E em que
prazo deve esta resposta ser dada?
e) Quais as consequências do incumprimento do prazo referido na alínea anterior?
f) Qual o valor jurídico da resposta aos erros e omissões?
g) A resposta aos erros e omissões está sujeita a algum tipo de publicidade?
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DA III – Casos Práticos
E) Critério de adjudicação
a) Quais os critérios de adjudicação previstos no Código dos Contratos Públicos e
qual a diferença entre os mesmos?
b) Em que condições pode ser adoptado o critério do preço mais baixo?
c) Em que momento e por que órgão deve ser aprovado o critério de adjudicação e
de que peça do procedimento deve o mesmo constar?
c.1) Pode o critério de adjudicação ser alterado ou densificado pelo júri
durante o procedimento?
d) Quando é exigível a elaboração de um modelo de avaliação das propostas? E que
regras deve este modelo respeitar?
Caso Prático 1
Atendendo ao progressivo envelhecimento da população residente no concelho, o
Município A decidiu construir um lar municipal de terceira idade para acolhimento dos idosos
que, comprovadamente, não tivessem condições económicas para suportar os preços exigidos
por um lar privado.
Uma vez que as próximas eleições autárquicas seriam já no ano seguinte, e antevendo
que os votos da população mais idosa seriam decisivos para ser reconduzido no cargo, o
Presidente da Câmara Municipal determinou que a execução da obra se revestia de “urgência
imperiosa” e que o lar em causa deveria estar pronto a tempo de ser inaugurado na última
semana de campanha eleitoral.
Com este fundamento, o Município A lançou um procedimento de ajuste directo para a
celebração do contrato de empreitada de obras públicas para a construção do lar municipal,
com o preço-base de € 6.000.000,00.
Mais deliberou o Município A, atendendo à urgência na execução da obra e na sua
importância estratégica para o bem-estar da população municipal, no segmento etário da
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DA III – Casos Práticos
terceira idade, convidar apenas a empresa de construção civil “Cimentos&Betões, Lda.” para
apresentar proposta no procedimento de ajuste directo, com o fundamento de que apenas este
empreiteiro seria “de confiança” e daria suficientes garantias de conseguir levar a obra a bom
termo. Por mero acaso do destino, o gerente da “Cimentos&Betões, Lda.” era familiar do
Presidente da Câmara Municipal e, também por feliz coincidência, esta empresa tinha sido a
adjudicatária em todos os procedimentos de ajuste directo promovidos pela autarquia durante
este mandato, tendo recebido pela execução de todas essas empreitadas, no total dos últimos
três anos, o valor acumulado de € 3.000.000.
A proposta da “Cimentos&Betões, Lda.” foi adjudicada pelo Município A, em virtude de
ter sido a única proposta apresentada no procedimento, embora o júri tivesse notado que o
concorrente não tinha entregado o plano de trabalhos imperativamente exigido no convite.
Notificado para apresentar os documentos de habilitação, a “Cimentos&Betões, Lda.”
não entregou a certidão de registo criminal actualizada do seu gerente, mas apresentou, em
substituição deste documento, uma declaração através da qual o mesmo gerente garantia
solenemente que, apesar de ter sido condenado, por sentença transitada em julgado no ano
passado, pelo suborno de um Vereador da Câmara Municipal, tal não colocava em causa a sua
idoneidade para executar a obra, visto essa condenação resultar de uma “perseguição judicial”
de que o envolvido tinha sido vítima e que teria sido instigada pela “inveja” dos seus
concorrentes.
A Câmara Municipal aceitou esta justificação e procedeu à celebração do contrato com
o adjudicatário, o que não foi publicitado no portal da Internet dedicado aos contratos públicos.
Ao deparar-se com a montagem do estaleiro e o início das obras de construção do lar
de terceira idade, um dos administradores da “Muros&Telhados, S.A.”, empresa rival da
“Cimentos&Betões, Lda.”, vem consultá-lo sobre a legalidade do procedimento promovido pelo
Município A e da decisão de adjudicação proferida no âmbito do mesmo.
Tendo presente os factos acima expostos, esclareça as dúvidas colocadas pelo
administrador da “Muros&Telhados, S.A.”, pronunciando-se sobre:
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DA III – Casos Práticos
Caso prático 2
Resolva o caso prático, fundamentando as suas respostas com base na lei e nos factos
referidos.
Os municípios de Lisboa, Loures e Oeiras constituíram a “Lixo, S. A.”, empresa pública
sob a forma de sociedade anónima, que tem por objecto social a gestão do sistema municipal
de serviço público de recolha de resíduos sólidos urbanos na área dos três municípios. O
capital social desta empresa pertence exclusivamente àqueles municípios, sendo o município
de Lisboa titular de 50% do capital social e o município de Loures e o município de Oeiras
titulares de 25% cada.
As receitas obtidas por esta empresa resultam dos pagamentos efetuados pelos
municípios acionistas, na proporção do lixo recolhido. Fica estabelecido nos estatutos da
empresa que quaisquer prejuízos da exploração desta serão cobertos por transferências dos
municípios que integram a empresa.
Nos termos dos respetivos estatutos, a “Lixo, S.A.” poderia proceder também ao
tratamento e reciclagem dos resíduos recolhidos, através de contrato a celebrar com os
municípios acionistas e mediante o pagamento de um preço por parte destes.
c) A “Lixo, S.A.» pretende adquirir uma frota de 50 veículos para a recolha dos resíduos
sólidos urbanos. Este contrato está submetido ao regime da contratação pública?
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DA III – Casos Práticos
apenas duas das empresas do sector que haviam participado no anterior concurso
público a apresentar propostas para a instalação de um sistema de iluminação que
abrangesse os quadros mais valiosos do museu.
d) É adjudicada a proposta apresentada por uma das empresas convidadas que doara no
ano anterior uma unidade de iluminação para a preservação de um dos quadros do
museu. Uma semana depois o contrato é celebrado, sendo efetuado o pagamento e a
entrega dos bens nesse mesmo dia.
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DA III – Casos Práticos
f) O INS, após a apresentação das propostas, decide abrir uma fase de negociações com
a empresa D e a empresa E, que foram as que apresentaram preços mais baixos. O
júri propõe a ambas as empresas que baixem os respetivos preços, e, por sugestão do
concorrente E, numa reunião que corre em separado, propõe que baixe o preço e o
prazo de entrega dos bens.
Nas versões finais das propostas, o concorrente D baixa o preço e o concorrente E
baixa o preço e também o prazo de entrega, razão pela qual, em resultado da
aplicação do critério de adjudicação, a proposta daquele último fica classificada em
primeiro lugar.
Podem os outros concorrentes contestar a atuação da entidade adjudicante e quais as
vias legais previstas no CCP para tutela dos seus interesses?