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Contextualização do estudo
e para contribuir com essa força de resistência contra a banalização da vida e do sentido, a
estética pode contribuir com a concepção do sentido como constituinte do sujeito.
Propomos uma análise que possa nos conduzir para uma concepção social do
homem delineada pela Psicologia Social Crítica, que pretende resgatar o sentido nas suas
bases ontológicas (numa ontologia do ser social com propões Lukács) sem deslizar por
concepções transcendentais, idealistas e irracionalistas do homem, sem diluir o sentido nas
produções midiáticas, nem na exacerbação do individuo das concepções neoliberais e
instrumentalistas do homem. Modelos que apesar do discurso do reconhecimento e da
alteridade distanciam o homem da sua gênese social e da sociedade humana em que se
constitui, apelando para o individual enquanto elemento contingencial que se sobrepõe às
necessidades e carecimentos humanos.
Para Schiller a idéia de beleza não foge do mundo material visto que visa sua
transformação em expressão de liberdade, esta como realização da arte cria suporte e é o
passo intermediário necessário para a realização da liberdade política / não se pode realizar o
estado ético, ou seja, o estado da liberdade, se os seres humanos que constituem a sociedade
não realizarem antes a libertação em si. Para Schiller a essência da liberdade é antropológica e
não política. A qualidade política passa por um processo de evolução cultural dos indivíduos –
não se constrói sociedade ética alguma se o próprio homem não se tornar ético. (risco de cair
numa condição liberal?, mas abre perspectivas existenciais, supera dualismos e visões
unilaterais e essencialistas)
A perspectiva de Schiller aponta a transitoriedade da vida material vista como um
elemento fundamental da evolução humana e esse caminho “lhe é assinalado nos sentidos”. O
homem não existe para retornar a uma unidade perdida, mas para conquistar uma autonomia
antes inexistente que a partir da alienação e fragmentação da vida terrena tenta conquistar
uma nova plenitude, esta não permite o abandono do mundo exige a sua transformação. A
superação ocorre pelo impulso lúdico, uma nova postura existencial, o homem deixa de existir
simplesmente, visto que a existência se converte em criação perpétua.
Idealismo Realismo
Antropomorfização
Desantropormofização do sujeito
Shakeaspearenização (Marx)
Schillerianização (Marx)
Gênese social da arte e do sujeito
Realidade ontológica abstratamente sem cair no sociologismo.
concebida – humano universal idealista
Permanência e mudança,
Transitório sem ligação com as Continuidade e descontinuidade, processos
estruturas sociais e humanas (ou formalismo que revelam a contraditoriedade da
puro, simbolismo nas artes, estruturalismo sociedade moderna e da constituição do
puro nas ciências) sujeito.
Produção de sentido segue a
Produção de sentido enquanto realidade ontológica material e
produção de imagens e significados historicamente situada, forma e conteúdo
contém realidade concreta (síntese das
contradições e múltiplas determinações, não
perde a universalidade nem dilui a
singularidade.
A arte nos proporciona uma compreensão imprescindível de nós mesmos, pela via da
sensibilidade, que nunca é neutra ou imparcial. Nas imagens da arte, reconhecemos nossas
contradições, os problemas da nossa existência, somos sacudidos e desafiados a reagir, a
tomar posição.