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Os lipídeos são moléculas de gorduras, altamente calóricos, possuindo o dobro de

calorias dos carboidratos. Eles possuem duas regiões: uma hidrofílica (polar) e outra
hidrofóbica (apolar). São os principais constituintes da membrana plasmática.

Em virtude de sua insolubilidade em soluções aquosas, os lipídeos corporais são


geralmente compartimentalizados, exemplo: gotículas de triglicerídeos (triacilgliceróis)
nos adipócitos ou transportados no plasma em associação com proteínas (lipoproteínas).

Apresentam como principais funções: atuar como coenzimas, controlar a homeostase,


pigmentos lipídicos absorvem a radiação luminosa, agentes emulsificantes, hormônios e
mensageiros intracelulares.

Os lipídeos podem estar na forma de triacilgliceróis, glicerofosfolipídeos,


esfingomielinas, glicolipídeos e esteroides.

Os triacilgliceróis ou triglicerídeos são apolares, encontrados em plantas e animais. Em


sua molécula há triésteres de glicerol com ácidos graxos. Sua principal função é a
reserva energética.

Os fosfolipídios são formados por dois ácidos graxos unidos a uma molécula de glicerol
ou esfingosina, além de fosfato e álcool. São moléculas anfipáticas e os principais
componentes das membranas celulares.

Os esfingolipídios são anfipáticos, derivados de ceramidas. Estão presentes em todas as


membranas do corpo; compõem a camada externa da membrana plasmática, participam
da regulação de interações, são fontes de antígenos dos grupos sanguíneos, atuam como
receptores de certas toxinas e fazem parte da composição da bainha de mielina.

Os esteroides compõem uma classe de lipídeos importantes, eles conferem maior rigidez
à membrana plasmática e funcionam como precursores de hormônios esteroides, sais
biliares e vitamina D. Um exemplo de esteroide é o colesterol, cuja molécula apresenta
a função álcool que é a porção polar.

O transporte dos lipídeos no organismo se dá por meio de lipoproteínas, estas englobam


dentro de si triglicerídeos, colesterol, ésteres de colesterol, uma vez que são insolúveis
em água. As apolipoproteínas auxiliam na solubilização dos lipídeos no plasma e atuam
como sítios de reconhecimento, são receptores de superfície celular.

As lipoproteínas são classificadas de acordo com sua densidade. O HDL conhecido


como "bom colesterol" é aquele que retira o LDL "colesterol ruim" da corrente
sanguínea a fim de ser excretado do organismo, protegendo-o. O desequilíbrio na
quantidade de lipoproteínas pode gerar um quadro de dislipidemia. Dislipidemia: é a
elevação da taxa de gorduras na corrente sanguínea.

Os lipídeos quando em excesso causam obesidade e aterosclerose. Outras doenças


ligadas ao metabolismo dos lipídeos também são encontradas, como a
adrenoleucodistrofia (ALD) - acúmulo de ácidos graxos de cadeia longa principalmente
no cérebro que acaba destruindo a bainha de mielina. Doença de Refsum - Acúmulo de
ácido fitâmico (ácido graxo ramificado) no plasma e tecidos. Ambas as doenças
acarretam sérias consequências neurológicas.

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