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Engenharia
´
Eletrica
Práticas
Etapa VI - Parte I
UNIVERSIDADE DE UBERABA
Série Tecnologia
Práticas
ETAPA VI - Parte I
Organização
Adriana Rodrigues
Raul Sérgio Reis Rezende
Uberaba - MG
2010
Série Tecnologias - Engenharia Elétrica - Práticas VI - Parte I
© 2010 by Universidade de Uberaba
Todos os direitos de publicação e reprodução, em parte ou no todo, reservados para a Universidade
de Uberaba.
Reitor
Marcelo Palmério
Produção e Supervisão
EAD - Produção
Coordenação
Jair Alves de Oliveira
Organização
Adriana Rodrigues
Raul Sérgio Reis Rezende
Tratamento Didático-pedagógico
Raul Sérgio Reis Rezende
Revisão Textual
Newton Gonçalves Garcia
Stela Maria Queiroz Dias
Diagramação
Fernanda de Andrade Agassi
Maickon Antonio Rodrigues
Nayara Costa Monteiro
Roteiro de práticas
Análise de circuitos elétricos com excitação senoidal, em
regime permanente
Cláudio Turini
Mateus Silvestre da Silva
Objetivos
Ao término das atividades propostas neste roteiro de práticas, esperamos que você
tenha adquirido habilidades e competências para:
• montar e realizar medições em circuitos RLC (Resistores, Indutores e Capacitores)
série e paralelo, quando os mesmos estiverem excitados pelo sinal alternado senoidal
(sinal da rede);
• determinar, para esses circuitos, a frequência de ressonância e explicar o comportamento
do circuito quando o mesmo estiver operando nessa frequência;
• analisar e interpretar os resultados advindos das medições dos circuitos RLC;
• montar e realizar medição, de corrente, tensão e potência em circuitos trifásicos
equilibrados, evidenciando as características de cada tipo de ligação, estrela ou
triângulo;
• analisar e interpretar a função do condutor neutro nos circuitos trifásicos;
• caracterizar e distinguir e calcular potência ativa, reativa e aparente, em circuitos
trifásicos.
Considerações iniciais
Neste roteiro, estão propostas atividades práticas relacionadas aos circuitos RLC, série e
paralelos, submetidos ao sinal alternado (rede elétrica) e também aos circuitos trifásicos
equilibrados. As atividades propostas têm por objetivo confirmar os conhecimentos adquiridos
pelo graduando durante os estudos teóricos.
Objetivos
Verificar o comportamento de um circuito RLC série, quando submetido ao sinal alternado
senoidal, com variação da frequência, em regime permanente.
Fundamentação Teórica
Um circuito RLC série, Figura 1, é composto por um resistor, um capacitor e um indutor,
associados em série, conforme mostra a Figura 1, a seguir.
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ETAPA VI - Parte I ROTEIRO DE PRÁTICAS
Na construção do diagrama fasorial, mostrado na Figura
2, considerou-se como referência a corrente, sendo que,
neste caso, ela esta adiantada de 90° em relação à tensão
no capacitor e atrasada de 900 em relação à tensão no
indutor.
Observando o diagrama, notamos que VLef é maior que VCef, portanto, se tem como
resultante um vetor (VLef - VCef), determinando um circuito com características indutivas, ou
seja, com a corrente atrasada em relação à tensão. No caso de VCef ser maior que VLef, se
tem um circuito com características capacitivas.
( XL − XC )
2
Z = R2 +
•
Para a expressão complexa da impedância, ou seja, Z = Z ∠ θ º Ω , o valor de θº pode ser
determinado por:
−1 VLef − VCef X − XC
=θº =
tg tg −1 L
VRe f R
Como mostrado, ambos podem ser determinados através das relações trigonométricas do
triângulo retângulo, das tensões em cada um dos elementos que compõem o circuito.
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engenharia ELÉTRICA ROTEIRO DE PRÁTICAS
Do gráfico mostrado, temos que, para frequências menores
que fo, XC é maior que XL e o circuito tem características
capacitivas. Para frequências maiores que fo, XL é maior
que XC e o circuito tem características indutivas. Em fo,
temos que XC é igual a XL, ou seja, o efeito capacitivo é
igual ao efeito indutivo. Como estes efeitos são opostos,
um anula o outro e o circuito apresenta características
Figura 3: Curvas da variação das puramente resistivas.
reatâncias em função da frequência.
Fonte: Acervo do autor
Um mesmo valor de corrente pode ocorrer em duas frequências de valores distintas. Essas
frequências são denominadas de frequência de corte inferior (fCI) e frequência de corte
superior (fCS). A Figura 4 mostra a corrente em função da frequência com esses pontos
transpostos.
A faixa de frequências compreendida entre fci e
fcs é denominada de Largura de Banda (LB),
sendo expressa por:
L=
B fcs − fci
Simulação
Para demonstrar a ressonância série, fez-se a simulação do circuito da Figura 5, cuja
frequência de ressonância acontece em 500 Hz.
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ETAPA VI - Parte I ROTEIRO DE PRÁTICAS
Figura 5: Circuito utilizado para simulação
Fonte: Acervo do autor
Observe, na Figura 6, que as tensões no indutor e capacitor possuem o mesmo valor máximo,
porém, estão defasadas de 180º, mostrando que são opostas e que, portanto, se anulam
fasorialmente. Observe ainda que a corrente, a tensão da fonte e a tensão no resistor estão
em fase, evidenciando a característica resistiva do circuito, apesar da presença do indutor e
do capacitor.
Figura 6: Formas de onda das tensões e corrente num circuito RLC série.
Fonte: Acervo do autor
Material Utilizado
• Osciloscópio e pontas de prova • Década de indutores (10 mH)
• Gerador de sinais • Multímetro
• Década de resistores (1,0 kΩ) • Cabos
• Década de capacitores (0,1µF) • Protoboard (Caso não décadas)
Procedimento experimental
8
engenharia ELÉTRICA ROTEIRO DE PRÁTICAS
Figura 7: Circuito para montagem no laboratório.
Fonte: Acervo do autor
Resultados e Análises
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ETAPA VI - Parte I ROTEIRO DE PRÁTICAS
f) Determinar, para o circuito, o fator de qualidade Q0.
g) Pesquisar sobre como medir, utilizando um osciloscópio, o defasamento entre os sinais
da tensão aplicada e a corrente resultante, através das Figuras de Lissajous. Escrever
uma descrição do processo.
Objetivos
Verificar o comportamento de um circuito RLC paralelo, quando submetido ao sinal alternado
senoidal, com variação da frequência, em regime permanente.
Fundamentação Teórica
O circuito RLC paralelo é composto por um resistor, um capacitor e um indutor, ligados em
paralelo, conforme mostrado na Figura 8.
Observando o diagrama fasorial, notamos que ICef é maior que ILef, portanto, tem-se como
resultante um vetor (ICef - ILef) determinando um circuito com características capacitivas, ou
seja, com a corrente total adiantada em relação a tensão aplicada.
Do diagrama anterior, tem-se que a soma fasorial das correntes, que circula pelas reatâncias
e pela resistência, é igual à corrente da fonte. Assim sendo, pode ser escrito que:
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engenharia ELÉTRICA ROTEIRO DE PRÁTICAS
Dividindo todos os termos da equação (1) por Vef2 , se tem:
2 2 2
Ief IRe f I I
= + Cef − Lef (2)
Vef Vef Vef Vef
2 2 2
1 1 1 1
Z = R + − (7)
XC XL
1
Z = I f − ILef R
2 R
1 1 1 = θ tg −1 Re
= tg −1 −
+ − IRe f XC XL
R2 XC XL
Como mostrado, ambos, módulo e defasamento, podem ser determinados através das
relações trigonométricas do triângulo retângulo das correntes circulantes em cada um dos
ramos que compõem o circuito.
Da mesma forma que no circuito RLC série, o circuito RLC paralelo estará em ressonância,
quando os valores reatâncias indutiva e capacitiva forem iguais. Tal fato acontece também
com a frequência de ressonância, desde que os elementos indutivos e capacitivos mostrados
na Figura 8 não tenham ligados, nos ramos onde se encontram nenhum resistor em
série.
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ETAPA VI - Parte I ROTEIRO DE PRÁTICAS
Figura 10: Formas de onda das correntes num circuito RLC paralelo.
Fonte: Acervo do autor
Material Utilizado
• Osciloscópio e pontas de prova • Década de indutores - 10 mH
• Gerador de sinais • Multímetro
• Década de resistores (2,2 kΩ) • Cabos
• Década de capacitores (0,01µF) • Protoboad (caso não haja décadas)
Procedimento Experimental
ETAPA 1: (tempo para realização 2,0 horas)
1. Utilizando um programa de simulação de circuitos elétricos (o que tiver maior familiaridade),
simular o circuito da Figura 10. Capture o sinal de corrente sobre o resistor, indutor
e capacitor e coloque-os num único gráfico. Analise os sinais capturados e faça uma
conclusão.
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engenharia ELÉTRICA ROTEIRO DE PRÁTICAS
Quadro 2: Valores obtidos no experimento
f V10 pico Ief Z
(kHz) (V) (mA) (kΩ)
6
8
10
12
14
16
18
20
22
24
fo
Resultados e Análises
a) Utilizando programas computacionais (MatLab, Excel, outros), com os valores anotados
no Quadro 2, construir os gráficos de:
• Z = f (f) – impedância em função da freqüência;
• Ief = f (f) – corrente eficaz em função da frequência.
b) Determinar os valores teóricos para as impedâncias e correntes e comparar com os
valores medidos.
c) Calcular a frequência de ressonância e comparar com o valor obtido através da medição
feita.
d) Escrever uma conclusão sobre os gráficos obtidos em (a).
e) Pesquisar, na referência bibliográfica adotada, qual a expressão que determina a
frequência de ressonância para os circuitos paralelos em que os indutores e capacitores
têm, em série consigo, resistores. Comparar com a expressão para o circuito série e
concluir.
Objetivos
Verificar as relações entre as grandezas de fase e de linha nas conexões trifásicas
equilibradas.
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ETAPA VI - Parte I ROTEIRO DE PRÁTICAS
Fundamentação Teórica
É de particular interesse para os sistemas de potência trifásicos a conexão de cargas em
estrela ou em triângulo, pois permitem obter associações equilibradas operando como
dispositivos de geração ou como cargas trifásicas.
É natural que a associação preferida seja a equilibrada, pois, sendo as três cargas iguais, as
correntes resultantes, em módulo, também serão, quando às cargas forem impostas tensões,
também equilibradas. Nesse caso, a relação entre as tensões de fase e as tensões de linha,
para ligações em estrela, e a relação entre correntes de fase e a correntes de linha, para
as ligações em triângulo, assumem valores particulares.
Para comprovar essas relações, vamos utilizar os esquemas de ligação da Figura 12, para
cargas ligadas em estrela e em triângulo.
Figura 12: (a) Ligação estrela Figura 12: (b) Ligação triângulo
Fonte: Acervo do autor Fonte: Acervo do autor
Material Utilizado
• Voltímetros AC. • Lâmpadas incandescentes de 127 V (60 W e 100 W).
• Amperímetros AC. • Lâmpadas incandescentes de 220 V (60 W e 100 W).
• Wattímetro monofásico. • Capacitor AC de 10 µF / 220 V.
• Varivolt trifásico.
Procedimento Experimental
• • •
1. Fazer a conexão, em estrela, das três impedâncias, Z a , Z b e Z c como mostrado na Figura
1 (a). Utilizar como impedância, 03 lâmpadas de 220 V / 100 W.
2. Girar o varivolt até que o voltímetro VLINHA marque 220 V. Observar e anotar, no quadro,
a seguir, o valor do voltímetro VFASE em cada uma das impedâncias, dos amperímetros
ALINHA e AFASE em cada uma das fases e do amperímetro ANEUTRO.
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engenharia ELÉTRICA ROTEIRO DE PRÁTICAS
Quadro 3: Conexões das cargas em estrela
Tensão Tensão Corrente Corrente Corrente
de linha de fase de linha de fase no neutro
SOMENTE CARGAS RESISTIVAS
Fase ____
Fase ____
Fase ____
Fase ____
Fase ____
Fase ____
1. Fazer a troca de quaisquer duas das fases que alimentam o circuito. Observar e anotar
os resultados.
2. Substituir uma das lâmpadas por um capacitor de 10 μF e repetir o item (2). Anotar os
valores no quadro anterior.
3. Repetir o item (3) e anotar os resultados.
4. Desligar o varivolt. Fazer a conexão das três lâmpadas em triângulo, como mostrado na
Figura 12 (b). Repetir o item (2).
5. Substituir uma das lâmpadas pelo capacitor. Repetir novamente o item (3) e anotar os
resultados no quadro, a seguir.
6. Repetir o item (4). Observar e anotar os resultados.
Fase ____
Fase ____
Fase ____
Fase ____
Fase ____
Fase ____
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ETAPA VI - Parte I ROTEIRO DE PRÁTICAS
Resultados e Análises
a) Observar atentamente a mudança das fases e escrever as consequências da mudança,
nos dois tipos de ligação. Explicar as mudanças ocorridas.
b) Utilizando as expressões definidas para ligações equilibradas, calcular os valores
teóricos que deveriam ser encontrados para a tensão aplicada (em ambos os esquemas).
Comparar com os valores medidos.
c) Comparar os valores dos amperímetros An, para a ligação em estrela, quando na troca
da lâmpada pelo capacitor. Fazer a mesma comparação com as tensões de fase e com
as correntes de fase para a ligação em triângulo.
d) Montar o diagrama de fasores para os dois casos (equilibrados) tomando VAB como
referência. Adote uma sequência de fases.
Objetivos
Verificar a aplicação do método dos (n – 1) wattímetros.
Fundamentação Teórica
Um sistema trifásico pode ter três ou quatro condutores. O uso de quatro condutores só é
possível na conexão estrela (Y) e só se justifica como retorno para cargas desequilibradas e
para fins de proteção. A existência, ou não, desse quarto condutor altera o número mínimo
de wattímetros necessários para medir a potência trifásica.
Essa propriedade é sintetizada pelo Teorema de Blondel como o Método dos (n-1)
Wattímetros.
Para que o método dos dois wattímetros funcione, é necessário que a ligação dos wattímetros
seja feita de forma correta. Para isso, as bobinas dos aparelhos devem estar ligadas conforme
indicado no próprio aparelho.
Quando os aparelhos utilizados nesta medição forem analógicos, dois cuidados devem ser
tomados:
• a tensão nominal deve ser aumentada gradativamente. Para tanto, se deve utilizar
um varivolt. Esse cuidado deve ser tomado, pois, a deflexão do ponteiro do aparelho
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engenharia ELÉTRICA ROTEIRO DE PRÁTICAS
pode acontecer em sentido contrário, podendo danificá-lo;
• neste caso, mesmo que o aparelho esteja ligado corretamente, a polaridade de sua
bobina de corrente (ou de tensão) deve ser invertida e a leitura feita deve ser tomada
como negativa.
Material Utilizado
• Voltímetros AC • Wattímetro trifásico AC
• Amperímetros AC • Lâmpadas incandescentes de 127 V (60 W e 100 W)
• Wattímetro monofásico AC • Lâmpadas incandescentes de 220 V (60 W e 100 W)
• Varivolt trifásico
Procedimento Experimental
1. Montar o circuito mostrado na Figura 13. Utilizar como carga, três lâmpadas de 220 V
(100 W). Fazer a ligação das lâmpadas, inicialmente em triângulo (∆).
2. Mantendo o ponto comum X solto, observar e anotar no quadro, a seguir, os valores dos
amperímetros e também dos wattímetros nas linhas A, B e C.
3. Conectar, agora, o ponto comum X sucessivamente nas linhas a, b e c. Observar o que
acontece.
4. Substituir uma das lâmpadas por outra de mesma tensão, porém, de potência diferente.
Repetir os itens (1) e (2) anteriores.
5. Fazer a ligação das lâmpadas em estrela (Y). Repetir os passos (1), (2), e (4) anteriores.
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ETAPA VI - Parte I ROTEIRO DE PRÁTICAS
Resultados e Análises
a) Preencher o quadro, a seguir, com os dados obtidos do item (2) e (3) anterior.
Quadro 5: Ligação Triângulo – Equilibrada
Ponto X solto
Fase A Fase B Fase C
Corrente de linha
Wattímetro
Ponto X na fase A
Wattímetro
Ponto X na fase B
Wattímetro
Ponto X na fase C
Wattímetro
Wattímetro
Ponto X na fase A
Wattímetro
Ponto X na fase B
Wattímetro
Ponto X na fase C
Wattímetro
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engenharia ELÉTRICA ROTEIRO DE PRÁTICAS
c) Preencher o quadro, a seguir, com os dados obtidos do item (5) do roteiro anterior.
Quadro 7: Ligação Estrela – Equilibrada
Ponto X solto
Fase A Fase B Fase C
Corrente de linha
Wattímetro
Ponto X na fase A
Wattímetro
Ponto X na fase B
Wattímetro
Ponto X na fase C
Wattímetro
Wattímetro
Ponto X na fase A
Wattímetro
Ponto X na fase B
Wattímetro
Ponto X na fase C
Wattímetro
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ETAPA VI - Parte I ROTEIRO DE PRÁTICAS
PRÁTICA 05 Tempo previsto: 02 horas
Medição de potência reativa trifásica
Objetivos
Utilizar o wattímetro para medição de potência reativa trifásica.
Fundamentação Teórica
Se as tensões trifásicas forem equilibradas, então a tensão entre duas fases quaisquer e a
tensão entre a terceira fase e o neutro do sistema estão defasadas de 900.
Os wattímetros conseguem medir os valores das potências monofásicas ativas, como por
exemplo, para a linha A:
PA = WA = VAN ⋅ I A ⋅ cos ϕ
Em que VAN e IA são os valores eficazes dos módulos das ondas aplicadas às bobinas e
cos φ é o fator de potência, que representa o cosseno do defasamento entre os sinais da
corrente e da tensão, na respectiva fase. Se o mesmo wattímetro for submetido à tensão em
quadratura de VAN, se tem:
Material Utilizado
• Voltímetros AC • Wattímetro trifásico AC
• Amperímetros AC • Lâmpadas incandescentes de 220 V (100 W)
• Wattímetro monofásico AC • Capacitor (25 µF / 440 V)
• Varivolt trifásico
Procedimento Experimental
1. Montar o circuito da Figura 14.
medição de potência reativa.
Figura 14: Circuito para a
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engenharia ELÉTRICA ROTEIRO DE PRÁTICAS
2. Aplicar os 220 V da rede à carga. Fechar momentaneamente a chave trifásica para
verificar se há deflexão negativa dos wattímetros. Se houver, inverta a conexão da
bobina de tensão do referido wattímetro, mas lembre-se de que a leitura feita nele será
negativa. Realizar as leituras do voltímetro e dos três wattímetros e preencher o quadro.
Resultados e Análises
a) Aplicar a equação, a seguir, e calcular o valor medido.
1
Q3ϕ =−( ) ⋅ ( W1 + W2 + W 3 )
3
Referências
BOYLESTAD, Robert L. . Introdução à análise de circuitos. 10. ed. São Paulo: Prentice
Hall do Brasil, 2004.
EDMINISTER, Joseph A. Circuitos elétricos. 2. ed. Rio de Janeiro: Mc-Graw Hill, 1991.
GUSSOW, Milton. Eletricidade básica. 2. ed. Rio de Janeiro: Makron Books, 2008.
QUEVEDO. C.P. Circuitos elétricos. 2. ed. Rio de Janeiro: Livros Técnicos e Científicos,
2000.
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ETAPA VI - Parte I ROTEIRO DE PRÁTICAS
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engenharia ELÉTRICA ROTEIRO DE PRÁTICAS
COMPONENTE CURRICULAR
• Eletricidade Aplicada e Equipamentos
Eletroeletrônicos
Roteiro de práticas
Análise de circuitos elétricos transitórios de primeira
ordem
Cláudio Turini
Objetivos
Ao término das atividades propostas neste roteiro de práticas, esperamos que você tenha
adquirido habilidades e competências para:
• montar e realizar medições em circuitos RL (resistivo e indutivo), RC (resistivo e
capacitivo) e RLC (resistivo, indutivo e capacitivo) quando submetidos às excitações
do tipo degrau, pulso e senoidal, no domínio do tempo;
• analisar e interpretar os sinais obtidos por meio das medições feitas com o
osciloscópio;
• projetar e analisar circuitos elétricos tipo RL e RC como filtros elétricos para altas e
baixas frequências;
• realizar simulações nesses circuitos, interpretando seus resultados.
Considerações iniciais
Neste roteiro estão propostas atividades práticas relacionadas aos circuitos RL, RC e RLC
submetidos à excitação degrau e senoidal, em regime transitório, no domínio do tempo,
visando confirmar os conhecimentos adquiridos pelo graduando durante os estudos
teóricos.
Objetivos
Verificar, experimentalmente, as curvas de carga e descarga de um capacitor, quando
submetido a um sinal contínuo.
Fundamentação Teórica
O capacitor é um elemento que tem por finalidade armazenar energia elétrica. A capacitância
(C) de um capacitor, que é a capacidade que o mesmo tem de armazenar cargas elétricas,
quando submetido a uma determinada tensão, é dada por:
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ETAPA VI - Parte I ROTEIRO DE PRÁTICAS
q (t ) Em que:
C = q(t) → cargas elétricas acumuladas.
v (t )
v(t) → tensão nos terminais do capacitor.
Além do valor da capacitância é preciso especificar o valor limite da tensão a ser aplicada
entre seus terminais. Esse valor é denominado tensão de isolação e varia de acordo como
tipo de capacitor.
Quando se aplica uma tensão contínua num capacitor ligado em série com um resistor,
ele se carrega com uma tensão cujo valor depende do tempo em que se desenvolverá
o processo. Estando o capacitor inicialmente descarregado (Vc = 0), quando a chave S é
fechada, na Figura 1, a corrente circulante no circuito, nesse mesmo instante, é máxima,
sendo dada por:
E
Imáx =
R
t t
− E −
(t ) E (1 − e
vC= τ ) i (t ) = e τ
(1) R (2)
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engenharia ELÉTRICA ROTEIRO DE PRÁTICAS
Figura 2: Curvas de tensão e corrente durante o carregamento do capacitor.
Fonte: Acervo do autor
Estando o capacitor carregado, pode-se montar um circuito para sua descarga. Esse circuito
consiste em ligar em série com o capacitor um resistor e uma chave S. Fechando-se a
chave, no instante t = 0, o capacitor inicia sua descarga por meio do resistor R. Nesse
instante, a corrente no circuito, que é máxima, decresce, obedecendo também uma equação
exponencial até atingir o valor nulo, quando então o capacitor estará completamente
descarregado. Esse processo dura um intervalo de tempo maior do que 5 constantes de
tempo, que é dada pelo produto RC.
Material Utilizado
• Osciloscópio e pontas de prova
• Gerador de funções
• Década de resistores (22 kΩ)
• Capacitor eletrolítico de (1000 µF / 25 V)
• Cronômetro
• Multímetro
• Cabos
• Protoboard (caso não haja décadas)
Procedimento Experimental
ETAPA 1: (tempo para realização: 2,0 horas)
1. Fazer o equacionamento do circuito RC, da Figura 1, e determinar as equações (1) e (2)
mostradas anteriormente, bem como a equação da constante de tempo.
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ETAPA VI - Parte I ROTEIRO DE PRÁTICAS
Figura 3: Circuito para a montagem.
Fonte: Acervo do autor
Vc (V) 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12
t (s)
Vc (V) 12 11 10 9 8 7 6 5 4 3 2 1 0
t (s)
7. Retirar o voltímetro e ligar o osciloscópio em seu lugar. Fechar novamente a chave S1,
estando S2 aberta. Observar e anotar a forma de onda mostrada.
Análises e Resultados
a) Com os valores obtidos nas medições, construa os gráficos vc(t) = f(t) para o carregamento
e descarregamento do capacitor. Compare com a curva obtida na simulação.
b) Para os valores dos elementos utilizados na etapa 1 calcular, por meio das equações
determinadas na etapa 2, a tensão no capacitor, decorridos 10 segundos, para a situação
de carga e 8 segundos para a situação de descarga. Compare estes valores com os
medidos, para os mesmos instantes.
c) Compare as formas de onda, obtida e simulada. Em caso de discrepâncias, justifique.
d) Fazer uma conclusão sobre as observações e resultados obtidos.
Objetivos
Verificar, experimentalmente, o comportamento do indutor quando submetido a um sinal de
tensão pulsada.
Fundamentação Teórica
Denomina-se de indutância (L) o parâmetro que relaciona o efeito do campo magnético
com a corrente elétrica que o produziu. Tal grandeza depende, também, das características
físicas do indutor (condutor enrolado em forma espiral), ou seja, nº de voltas, área da
espiral e material colocado internamente a ele. A indutância tem como unidade o henry [H].
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ETAPA VI - Parte I ROTEIRO DE PRÁTICAS
Figura 5: Corrente num circuito RL série.
Fonte: Acervo do autor
Material Utilizado
• Osciloscópio e pontas de prova
• Gerador de sinais
• Década de resistores (470 Ω; 1,0 kΩ e 2,2 kΩ)
• Década de indutores (10 mH)
• Multímetro
• Cabos
• Protoboard (em substituição às décadas)
Procedimento Experimental
ETAPA 1: (tempo de execução: 2,0 horas)
1. Fazer o equacionamento matemático de um circuito RL e determinar as equações de
tensão no resistor e no indutor e a equação da corrente para o circuito.
28
engenharia ELÉTRICA ROTEIRO DE PRÁTICAS
Figura 6: Circuito para montagem.
Fonte: Acervo do autor
Análises e Resultados
a) Determinar as constantes de tempo para os três casos do experimento e explicar as
diferenças entre eles.
b) Comparar as curvas da simulação com as que você anotou, do osciloscópio.
c) Fazer uma conclusão sobre as observações e os resultados obtidos.
Objetivos
Estudar o comportamento de circuitos RC excitado por uma entrada senoidal com frequência
variável.
Fundamentação Teórica
O estudo de resposta em frequência (RF) possibilita analisar o comportamento do circuito
para frequências variáveis. Consiste em variar a frequência de entrada de uma onda senoidal
aplicada a uma estrutura RL (ou RC) e analisar a tensão de saída em um determinado
componente: resistor, indutor ou capacitor. Neste experimento, será estudada a resposta
em frequência de um circuito RL série operando como um filtro passa-alta. A montagem
laboratorial deste tipo de circuito elétrico visa à comprovação experimental dos conceitos
estudados teoricamente.
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ETAPA VI - Parte I ROTEIRO DE PRÁTICAS
Considere o circuito RL, mostrado na Figura 7.
A relação fasorial entre a tensão de entrada e a tensão de saída, expressa pela equação (1),
e determinada por meio do divisor de tensão é:
•
V0 R
= (1)
•
R + j ωL
Ve
• R R
=H (ω ) = (2)
R + j ωL R + j XL
1
(ω )
H= =
GAv 2
X (3)
1+ L
R
L
θ =
− arc tg ω ⋅ (4)
R
R
L . ωc= R → fc= (5)
2π L
L
θC =
− arc tg ωc ⋅ (6)
R
30
engenharia ELÉTRICA ROTEIRO DE PRÁTICAS
O ganho de tensão, em dB, é dado (7):
V (7)
Av dB = 20 . log o
Vi
A Figura 8 mostra a função tensão de saída para um filtro RC passa-alta com saída de
tensão no resistor. A frequência de corte, para o filtro, acontece para uma tensão de valor
0,707 da tensão de entrada. Nessa frequência, a potência fornecida é de 50% do valor da
fonte, daí ela também ser denominada de frequência de meia potência. Nessa situação, a
tensão de saída sofre um deslocamento de 45º em relação à tensão de entrada, o que pode
ser facilmente determinado.
Material Utilizado
• Osciloscópio e pontas de prova
• Gerador de sinais
• Década de resistores (470 Ω; 1,0 kΩ e 2,2 kΩ)
• Década de indutores (10 mH)
• Multímetro
• Cabos
• Protoboard (caso não haja décadas)
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ETAPA VI - Parte I ROTEIRO DE PRÁTICAS
Procedimento Experimental
ETAPA 1: (tempo de execução: 2,0 horas)
1. Fazer o equacionamento matemático de um circuito RC passa-alta e determinar as
equações do ganho de tensão, do defasamento e da frequência de corte. Comparar
com as expressões mostradas anteriormente. Comparar os circuitos dos filtros RL e RC,
passa-alta e passa-baixa e relatar as diferenças.
5. Variar a frequência do sinal de acordo com o quadro, a seguir. Medir e anotar no quadro,
os valores máximos da tensão de saída (Vo) e do defasamento angular (θ). Comparar
as formas de onda e o defasamento entre os sinais para cada frequência indicada, e
anotar as observações que julgar necessárias.
Importante!
Para cada valor de frequência ajustado, mantenha o valor da tensão de saída do
gerador em 10 V, pico a pico.
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engenharia ELÉTRICA ROTEIRO DE PRÁTICAS
6. Calcular o valor do ganho de tensão, em dB, para os valores de frequência indicados e
preencher o Quadro 1.
f ω Vo Θ Av
[Hz] [rad/s] [V] [°] [dB]
fc/10
fc/4
fc/2
fc
2.fc
10.fc
f ω Vo Θ Av
[Hz] [rad/s] [V] [°] [dB]
fc/10
fc/4
fc/2
fc
2.fc
10.fc
33
ETAPA VI - Parte I ROTEIRO DE PRÁTICAS
Análises e Resultados
a)
Utilizando as expressões anteriores, calcular os valores teóricos dos ganhos e
defasamentos e comparar com os valores medidos.
b) Traçar as curvas teóricas do ganho (em dB) e de fase (utilizar papel semilog).
c) Explicar o tipo de filtro que o circuito montado representa.
d) Esboçar, para o filtro em questão, o diagrama de Bode.
e) Calcular a função de transferência do circuito para a saída no indutor.
REFERÊNCIAS
BOYLESTAD, Robert L. Introdução à análise de circuitos. 10. ed. São Paulo: Prentice Hall do Brasil, 2004.
CAPUANO, Francisco G.; MARINO, Maria Aparecida M. Laboratório de eletricidade e eletrônica: teoria e
Prática. 24. ed. São Paulo: Érica, 2004.
EDMINISTER, Joseph A. Circuitos elétricos. 2. ed. Rio de Janeiro: Mc-Graw Hill, 1991.
IRWIN, J. David. Análise de circuitos em engenharia. 4. ed. São Paulo: Makron Books, 2008.
QUEVEDO, C.P. Circuitos elétricos. 2. ed. Rio de Janeiro: Livros Técnicos e Científicos, 2000.
34
engenharia ELÉTRICA ROTEIRO DE PRÁTICAS
COMPONENTE CURRICULAR
• Eletricidade Aplicada e Equipamentos
Eletroeletrônicos
Roteiro de práticas
Análise de circuitos elétricos transitórios de segunda
ordem
Cláudio Turini
Objetivos
Ao término das atividades propostas neste roteiro de práticas, esperamos que você tenha
adquirido habilidades e competências para:
Considerações iniciais
Neste roteiro, é proposta uma atividade prática relacionada aos circuitos RLC submetidos à
excitação degrau, em regime transitório, no domínio do tempo. Tal atividade tem por objetivo,
confirmar os conhecimentos adquiridos pelo graduando durante os estudos teóricos.
Objetivo
Verificar os transitórios elétricos em circuitos RLC série, quando submetidos a diversos tipos
de excitação.
Fundamentação Teórica
A presença dos elementos, indutor e capacitor, nos circuitos elétricos, resulta,
matematicamente, em equações diferenciais de segundo grau quando se aplica no circuito a
lei de Kirchhoff, gerando equações do tipo:
d 2 x (t ) d x (t ) (1)
2
+ 2α + ω02 x (t ) =
k . f (t )
dt dt
A resolução de tais equações é composta pela soma da resposta livre e da resposta forçada. A
obtenção da resposta livre é obtida anulando-se a excitação, o que resulta numa exponencial
amortecida e a solução completa culmina na denominada equação característica, dada
35
por:
ETAPA VI - Parte I ROTEIRO DE PRÁTICAS
s 2 + 2α s + ω 02 =
0 (2)
Cada um dos circuitos responde de forma diferente à excitação imposta resultando, portanto,
em soluções matemáticas distintas. Os gráficos representativos dessas respostas são
mostrados na Figura 1 e na Figura 2.
A seguir, são mostradas as curvas características, obtidas por meio de simulação, para um
circuito RLC submetido a uma função degrau. A Figura 3 mostra as curvas da tensão no
capacitor e da corrente circulante, para um determinado valor de resistência que torna o
circuito com característica subamortecida.
36
engenharia ELÉTRICA ROTEIRO DE PRÁTICAS
Figura 3: Formas de onda para o circuito subamortecido.
Fonte: Acervo do autor.
37
ETAPA VI - Parte I ROTEIRO DE PRÁTICAS
Alterando-se mais uma vez a resistência, o circuito assume características sobreamortecidas,
como mostra a Figura 5.
Material Utilizado
Procedimento Experimental
ETAPA I: (tempo de execução: 6 hora)
1. Para o circuito da Figura 6:
a) Executar o equacionamento do circuito, determinando a equação diferencial que o
rege. Encontrar a equação característica do circuito e os valores da frequência de
ressonância não amortecida (ω) e do coeficiente de amortecimento (α). Em seguida,
determinar o tipo de circuito e encontrar as equações da tensão no capacitor e da
corrente circulante no circuito.
38
engenharia ELÉTRICA ROTEIRO DE PRÁTICAS
Figura 6: Circuito para equacionamento.
Fonte: Acervo do autor.
c) Substituir a excitação contínua por uma excitação senoidal de valor e(t ) = cos t .
Desenvolver o equacionamento para a tensão no capacitor e a corrente no circuito.
Análises e Resultados
a) Analisar comparativamente os três tipos de circuitos, apresentando suas principais
diferenças.
b) Apresentar as principais dificuldades para as medições feitas com o osciloscópio.
39
ETAPA VI - Parte I ROTEIRO DE PRÁTICAS
Referências
BOYLESTAD, Robert L. Introdução à análise de circuitos. 10. ed. São Paulo: Prentice Hall
do Brasil, 2004.
EDMINISTER, Joseph A. Circuitos elétricos. 2. ed. Rio de Janeiro: Mc-Graw Hill, 1991.
IRWIN, J. David. An lise de circuitos em engenharia. 4. ed. S o Paulo: Makron Books,
2008.
QUEVEDO, C.P. Circuitos elétricos. 2. ed. Rio de Janeiro: Livros Técnicos e Científicos,
2000.
40
engenharia ELÉTRICA ROTEIRO DE PRÁTICAS
COMPONENTE CURRICULAR
• Sistemas, Instalações e Equipamentos Eletrônicos e
de Comunicação
Roteiro de práticas
Atividades práticas de Sistemas Digitais – Circuitos Lógicos
Luiz Pessoa Vicente Neto
Objetivos
Ao término dos estudos que propomos neste roteiro, você estará apto(a) a:
Considerações iniciais
Neste roteiro, iremos fazer aulas práticas relacionadas às portas lógicas (OR, AND, NOT,
NOR, NAND, XOR, XNOR), para que possamos compreender o funcionamento individual
de cada uma e, posteriormente, o seu funcionamento em conjunto, formando os circuitos
lógicos.
Objetivo
Aprender a identificar pelo código do fabricante a porta lógica correspondente, além de
visualizar o seu funcionamento prático.
Fundamentação Teórica
As portas lógicas são dispositivos eletrônicos que realizam funções lógicas (multiplicação,
soma, inversão), extremamente úteis e indispensáveis na eletrônica digital, pois com base
nestas portas lógicas é que criamos os circuitos lógicos responsáveis pelo controle de
inúmeros equipamentos industriais e eletrônicos.
41
ETAPA VI - Parte I ROTEIRO DE PRÁTICAS
Material Utilizado
• Módulo Digital 8810
• CI 74LS00 (NAND)
• CI 74LS02 (NOR)
• CI 74LS04 (NOT)
• CI 74LS08 (AND)
• CI 74LS32 (OR)
• CI 74LS86 (XOR)
• CI 74LS266 (XNOR)
• Computador conectado à internet
• Fios
Procedimento Experimental
Para cada CI (porta lógica), iremos encontrar seu datasheet na internet (sugestão: www.
datasheetcatalog.com ou www.alldatasheet.com, para que possamos identificar a pinagem
de cada CI, e, então, faremos o seguinte:
1. identificar o pino de alimentação Vcc (pino 14) e alimentá-lo com 5 Volts do módulo
digital;
2. identificar o pino comum ou de terra GND (pino 7) e ligá-lo ao pino comum do módulo
digital;
3. identificar os pinos das entradas da porta lógica (no caso da porta NOT, ela possui somente
uma entrada) e conectar cada entrada a uma chave de nível lógico;
4. identificar o pino de saída da porta lógica e conectá-lo a um LED de monitoramento;
5. montar a tabela-verdade de cada porta lógica e compará-la com as do roteiro teórico.
Objetivo
Compreender o funcionamento de um circuito lógico, através de sua montagem e geração
de sua tabela-verdade.
Fundamentação Teórica
Utilizando as portas lógicas que acabamos de conhecer, podemos criar circuitos lógicos que,
de acordo com certas condições de entrada, apresentam em sua saída um nível lógico alto
ou baixo, de acordo com o desejo do projetista.
Nos circuitos lógicos, as variáveis de entrada podem ser representadas por sensores,
chaves, botões etc.
O projetista, então, determina que, com uma certa combinação de entrada (combinação esta
definida pelo projetista), o circuito tenha em sua saída um certo nível lógico para ativar um
dispositivo.
42
engenharia ELÉTRICA ROTEIRO DE PRÁTICAS
Material Utilizado
• Módulo digital 8810
• CI 74LS00 (NAND)
• CI 74LS04 (NOT)
• CI 74LS08 (AND)
• CI 74LS32 (OR)
• Computador conectado à internet
• Fios
Procedimento Experimental
1. Monte o circuito 1, a seguir (qualquer dúvida, basta consultarmos o datasheet da porta
lógica correspondente);
2. conecte as chaves de sinal lógico nas entradas das portas correspondentes;
3. conecte a saída do circuito no LED de monitoração;
4. varie o valor dos sinais lógicos de entrada de acordo com a tabela-verdade e anote o
valor lógico das saídas. (Fique atento com a posição das variáveis lógicas na tabela-
verdade);
5. monte o circuito 2 e repita os procedimentos anteriores.
Circuito 1
Circuito 2
43
ETAPA VI - Parte I ROTEIRO DE PRÁTICAS
Resultados e análises
Objetivo
Conhecer e compreender a universalidade das portas NAND e NOR, pois através destas
podemos construir qualquer porta.
Fundamentação Teórica
As portas NAND e NOR são as portas lógicas mais utilizadas em circuitos lógicos, pois
através de combinações dessas portas, nós podemos criar qualquer outra porta lógica.
Material Utilizado
• Módulo digital 8810
• CI 74LS00 (NAND)
• CI 74LS02 (NOR)
• Computador conectado à internet
• Fios
44
engenharia ELÉTRICA ROTEIRO DE PRÁTICAS
Procedimento Experimental
1. Utilizando somente portas NAND, monte cada um dos três circuitos a seguir, e confira se
estes circuitos equivalem às portas lógicas mostradas ao seu lado;
2. Utilizando somente portas NOR, repita os mesmos procedimentos para os outros três
circuitos.
45
ETAPA VI - Parte I ROTEIRO DE PRÁTICAS
PRÁTICA 04 Tempo Previsto: 02 horas
Portas XOR e XNOR
Objetivo
Observar com base em quais circuitos as portas XOR e XNOR são criadas e entender seu
funcionamento.
Fundamentação Teórica
A porta XOR é uma porta que representa um circuito lógico muito utilizado em sistemas
digitais (=
S AB + AB ). Esta porta apresenta em sua saída um nível lógico alto sempre que
as suas duas entradas possuírem níveis lógicos diferentes.
A porta XNOR, assim como a porta XOR, representa um circuito lógico muito utilizado em
sistemas digitais (=
S AB + AB ). Esta porta apresenta em sua saída um nível lógico alto sempre
que as suas duas entradas possuírem níveis lógicos iguais.
Material Utilizado
• Módulo digital 8810
• CI 74LS86 (XOR)
• CI 74LS266 (XNOR)
• Computador conectado à internet
• Fios
Procedimento Experimental
1. Montar o primeiro circuito equivalente a uma porta XOR e comparar seu funcionamento
com a tabela-verdade da porta XOR existente no roteiro teórico.
46
engenharia ELÉTRICA ROTEIRO DE PRÁTICAS
2. Montar o segundo circuito equivalente a uma porta XNOR e comparar seu funcionamento
com a tabela-verdade da porta XNOR existente no roteiro teórico.
Objetivo
Demonstrar a aplicabilidade das portas XOR em circuitos digitais.
Fundamentação Teórica
A porta XOR é uma porta que representa um circuito lógico muito utilizado em sistemas
S AB + AB ). Esta porta apresenta em sua saída um nível lógico alto sempre que
digitais (=
as suas duas entradas possuírem níveis lógicos diferentes.
Nesta prática, iremos montar um circuito gerador de paridade par e um circuito verificador
de paridade par, circuitos estes utilizados na transmissão e recepção de sinais ou
informações.
Material Utilizado
• Módulo digital 8810
• CI 74LS86 (XOR)
• Computador conectado à internet
• Fios
47
ETAPA VI - Parte I ROTEIRO DE PRÁTICAS
Procedimento Experimental
1. Monte o circuito gerador de paridade par conforme a figura a seguir (qualquer dúvida
com relação à pinagem do CI, consulte o seu datasheet);
2. conecte os bits de cada entrada às chaves geradoras de sinal lógico;
3. conecte as saídas (bit de paridade e dados) aos LED’s de monitoração;
4. utilize as chaves lógicas para gerar valores distintos do grupo de 4 bits de entrada (pares
e impares) e verifique o funcionamento do bit de paridade.
5. posteriormente, monte o circuito verificador de paridade par, conforme a figura a seguir;
6. conecte os bits de cada entrada às chaves geradoras de sinal lógico;
7. conecte a saída ao LED de monitoração;
8. utilize as chaves lógicas para gerar valores distintos do grupo de 5 bits de entrada (pares
e ímpares) e verifique o funcionamento da saída do verificador de paridade.
PRÁTICA 06
04 Tempo Previsto: 02 horas
Portas XOR e XNOR
Flip-Flops
Objetivo
Verificar, experimentalmente, o funcionamento de cada flip-flop.
48
engenharia ELÉTRICA ROTEIRO DE PRÁTICAS
Fundamentação Teórica
Os flip-flops são os dispositivos sequenciais mais elementares existentes, e se caracterizam
por:
- serem tempo-dependentes, ou seja, necessitam de um sinal periódico chamado de clock
para funcionarem;
- são biestáveis, (trabalham com os níveis lógicos zero (0) e um (1);
- podem armazenar um bit;
- de acordo com o(s) valor(es) presente(s) em sua(s) entrada(s), geram um sinal lógico na
saída.
Material Utilizado
• Módulo digital 8810
• CI 74LS76 (FF JK)
• CI 74LS74 (FF D)
• Computador conectado à internet
• Fios
Procedimento Experimental
Para cada um dos flip-flops, faça os procedimentos a seguir:
1. consulte a pinagem do flip-flop através do seu respectivo data-sheet;
2. conecte a(s) entrada(s) do flip-flop à(s) chave(s) de sinal lógico;
3. conecte a saída no LED de monitoração;
4. conecte a entrada clock do flip-flop ao clock de 1Hz do módulo digital;
5. conecte as entradas assíncronas às chaves de sinal lógico, mantendo-as com nível lógico
alto(1);
6. então, varie a(s) entrada(s) do flip-flop e compare com a tabela-verdade presente no
roteiro teórico;
7. por último, posicione, uma por vez, as chaves lógicas ligadas às entradas assíncronas
(SET e CLR) para o nível lógico baixo (0), e observe o que acontece.
PRÁTICA 07
04 Tempo Previsto: 02 horas
Portas XOR
Contador Assíncrono
e XNOR
Objetivo
Verificar, experimentalmente, o funcionamento de um contador assíncrono MOD-4, utilizando
flip-flops.
49
ETAPA VI - Parte I ROTEIRO DE PRÁTICAS
Fundamentação Teórica
Com base nos Flip-Flops iremos montar um contador assíncrono. Como o próprio nome já
nos diz, o contador é um dispositivo que efetua uma contagem. Esta contagem depende do
número de flip-flop’s, e é chamada de MOD, em que o MOD = , em que N é o número de
flip-flop’s. No nosso caso, como o MOD é igual a 4, isto quer dizer que o nosso contador irá
contar 4 estados diferentes, ou seja, contará de 0 a 3.
Este contador é chamado de assíncrono, devido ao fato de que apenas o primeiro flip-flop
está em contato direto com o clock, enquanto os outros dependem da saída do flip-flop
anterior.
Material Utilizado
• Módulo digital 8810
• CI 74LS76 (JK)
• Computador conectado à internet
• Fios
Procedimento Experimental
1. Monte no módulo digital, o circuito, a seguir. Consulte a pinagem do flip-flop através do
seu respectivo data-sheet. (Não se esqueça de conectar o CI a VCC e ao terra.);
2. conecte o clock do FF A ao sinal de frequência de 10Hz do módulo digital;
3. nos locais do circuito onde está indicado o nível lógico um (1), deve ser conectada a
tensão de cinco volts (5V);
4. as saídas A e B deverão ser conectadas aos dois últimos LED’s de monitoração do módulo
(na parte superior, à direita), sendo que a saída B representa o bit mais significativo,
então deve ficar no bit mais à esquerda, ficando, então, a saída A sendo o bit menos
significativo, devendo ficar no último LED, mais à direita;
5. ligue o módulo e analise a contagem.
50
engenharia ELÉTRICA ROTEIRO DE PRÁTICAS
REFERENCIAL DE RESPOSTAS
51
ETAPA VI - Parte I ROTEIRO DE PRÁTICAS
COMPONENTE CURRICULAR
• Fenômenos Físicos e Químicos e suas Aplicações
Roteiro de práticas
Práticas dos Fenômenos Físicos e Químicos I
Anderson dos Santos Morais
Objetivos
Ao término das práticas propostas neste roteiro, espera-se que você esteja apto a:
• desenvolver experimentos aplicando conhecimento teórico;
• descrever, na prática, os fenômenos estudados nesta unidade temática;
• relacionar a teoria à prática para melhor compreensão destes fenômenos.
Observação
Todos os ensaios deste roteiro de práticas foram extraídos da metodologia adaptada da
bancada didática MF2110, da T&S Equipamentos.
Descrição do equipamento
Este kit foi concebido para que um conjunto de reservatório, o Módulo MFRB2/033, atenda,
simultaneamente, dois conjuntos de tubulação, o Módulo MFT075.
O Módulo MFT075 apresenta duas linhas denominadas de Multi Uso (M.U.), às quais podem
ser incorporados diversos elementos hidráulicos.
52
engenharia ELÉTRICA ROTEIRO DE PRÁTICAS
• 02 (duas) linhas Multi Uso de Ø3/4˝ com juntas de união nas extremidades:
• Perda de Carga Distribuída:
° Tubo de PVC Ø3/4˝, liso, com válvula tipo esfera de mesmo diâmetro;
° Tubo de PVC Ø3/4˝, com rugosidade induzida, removível, com válvula tipo esfera de
mesmo diâmetro;
• Perda de Carga Localizada:
° Tubo de PVC Ø3/4˝ com curva 90º;
° Tubulação em PVC Ø3/4˝ com cotovelo 90º;
Módulo MFT075
Diversos experimentos podem ser realizados nesta bancada, podendo ser destacados:
Medidores de vazão
- Placa de orifício;
- Tubo de Venturi;
- Hidrômetro residencial como medidor de vazão.
Perda de carga distribuída
- Tubo liso;
- Tubo com rugosidade induzida.
Perda de carga localizada
- Perda de carga em cotovelo e curva 90º;
- Perda de carga em hidrômetro residencial.
Curva de uma bomba centrífuga
- Curva H versus Q de uma bomba centrífuga;
- Curva H versus Q da associação em série de duas bombas centrífugas e,
- Curva H versus Q da associação em paralelo de duas bombas centrífugas.
Manometria
- Piezômetro;
- Manômetro de tubo em U;
- Tubo de Bourdon;
- Experimento de Reynolds;
- Tubulação em PVC liso com diâmetro de ¾˝ com válvula de esfera;
- Tubulação em PVC liso com diâmetro de ½˝ com válvula de esfera;
53
ETAPA VI - Parte I ROTEIRO DE PRÁTICAS
PRÁTICA 01
Familiarização com o equipamento Tempo Previsto: 03 Horas
I) Módulo MFRB2/033
- 01 base em aço carbono com partes em madeira e duas linhas com juntas de união
(M.U.);
- 01 suporte para placa de orifício e duas placas com diâmetros diferentes;
- 01 hidrômetro residencial;
- 01 tubo de Venturi em acrílico;
- 01 piezômetro com três linhas;
- 01 bomba manual de ar para o piezômetro;
- Tubulação em PVC com rugosidade induzida e diâmetro de ¾ ˝;
- Tubulação em PVC liso com diâmetro de ½ ˝.
54
engenharia ELÉTRICA ROTEIRO DE PRÁTICAS
Procedimentos
Instale o tubo liso de ¾ ˝ e o hidrômetro, um em cada linha Multi Uso, certificando-se de que
as juntas de união foram montadas com o O-Ring na posição. As válvulas de esfera podem
ser abertas.
Note-se que foi montado um circuito hidráulico no qual a água será recirculada utilizando-se a
bomba, passando pelo hidrômetro e pelo tubo liso de ¾˝.
Medindo pressão diferencial com piezômetro
Atenção: o piezômetro possui 3 linhas, em vidro, que são interligadas (submetidas à mesma
pressão) na parte superior. Na parte inferior, estão as conexões para as tomadas de pressão.
Deve-se tomar o cuidado de não deixar bolhas de ar nas mangueiras.
Conecte as linhas do piezômetro às tomadas de pressão de curva 90º, do cotovelo 90º e no ponto
entre as duas curvas.
Caso uma ou mais linhas “estoure” (totalmente cheia), utilize a bomba de ar manual para pressurizar
a parte superior. Isto irá forçar a coluna de água para baixo.
Caso não seja possível visualizar a água (linhas vazias) abra, com auxilio de um palito, a válvula
superior do piezômetro para reduzir a pressão interna. A água deverá aparecer no tubo de vidro.
A parte de carga no elemento pode ser avaliada pela diferença entre as colunas de água e é dada
diretamente em mmca (milímetros de coluna d’água).
Atue no registro e verifique que a perda de carga na curva é sempre menor que a no cotovelo.
Medindo vazão
O equipamento conta com um hidrômetro que pode ser utilizado como medidor de vazão,
uma placa de orifício e um tubo de Venturi. O reservatório com visor de nível e um cronômetro
devem ser utilizados como padrão para a medida de vazão.
Volmáx = L . P . H
55
ETAPA VI - Parte I ROTEIRO DE PRÁTICAS
Posicione o bico escamoteável para retorno direto ao reservatório. O reservatório de medida deverá
estar vazio e com a tampa de fundo fechada.
Manobre o bico para o reservatório e cronometre o tempo t de enchimento até a marca da altura h
(sugere-se h em torno de 15cm).
Para determinar o volume coletado, como a largura e a profundidade são constantes, o volume
coletado é obtido por:
Volcoletado =
∀coletado =
L .P .H
PRÁTICA 02
Experimento de Reynolds Tempo Previsto: 03 Horas
Objetivo
Introdução
É definido como a relação entre as forças inerciais pelas forças viscosas. Para tubos, o número
de Reynolds pode ser determinado por:
56
engenharia ELÉTRICA ROTEIRO DE PRÁTICAS
p.V .D V .D
REY
= =
µ υ
Os escoamentos em tubos são caracterizados de acordo com:
Preparação
Instalar o tubo de acrílico em uma linha Multi Uso (M.U.) com o ponto de inserção de
corante voltado para cima.
Medida de Vazão
Recomenda-se utilizar o hidrômetro residencial e um cronômetro de acordo com o
procedimento da prática 3.
1
Qhidrômetro = ( lpm )
t hidro
Ensaio
Calcular a vazão necessária para que o Número de Reynolds seja baixo o suficiente para
V .D
garantir que o escoamento seja laminar, ou seja, REY
= ≈ 2000 .
υ
Fechar o registro V106 e ligar a bomba.
Atuar sobre o registro V106 e ajustar uma vazão para regime laminar e em seguida
fechar a válvula de esfera da linha MU.
Com auxilio da seringa, injetar uma quantidade de corante suficiente para ser vista uma
nuvem no tubo de acrílico.
Deve-se tomar muito cuidado com a seringa segurando o embolo firmemente. Com a
linha pressurizada, o embolo será forçado de volta, abrindo a seringa e derramando
corante nos usuários.
Abrir a válvula da linha MU por alguns segundos e notar que o perfil da nuvem se
assemelha a um parabolóide. Pode-se fechar a válvula novamente para melhor
visualização do perfil.
57
ETAPA VI - Parte I ROTEIRO DE PRÁTICAS
Figura 2: Abertura da válvula
Atuar sobre o registro V106 e ajustar uma vazão para regime laminar.
Injetar corante continuamente com a seringa e verificar que o fio de corante acompanha a
linha de corrente até o final do tubo.
Injetar o corante e notar que ocorre mistura quase que instantaneamente do corante com a
água, caracterizando o regime turbulento.
Deve-se tomar muito cuidado com a seringa segurando o êmbolo firmemente. Com a linha
pressurizada, o êmbolo será forçado de volta abrindo a seringa e derramando corante nos
usuários.
PRÁTICA 03
Hidrômetro como medidor de vazão Tempo Previsto: 03 Horas
Objetivo
Preparação
Instalar o hidrômetro em uma linha M. U. com o visor localizado de forma a fornecer uma
leitura confortável.
Padrão
A medida da vazão será realizada por meio do reservatório da medida e cronômetro.
Instrumento
Verifique no painel do hidrômetro que, para totalizar o volume de fluido, deve-se somar
o display numérico aos indicadores analógicos (ponteiros). São dois os indicadores de
ponteiro, de 10 litros e de 1 litro por revolução.
10
Qhidrômetro = ( lpm )
t hidro
Atuar sobre registro ou sobre a válvula de esfera varrendo toda sua extensão obtendo, no
mínimo, 10 medidas de vazão.
Vazão Pa Pb ∆P
(lpm) (mmca) (mmca) (mmca)
Montar um gráfico linear com Vazão (hidrômetro) no eixo das abscissas e a Vazão (padrão)
no eixo das ordenadas.
Sugestões adicionais
- realizar o ajuste da curva utilizando planilha eletrônica;
- verificar se a teoria propõe modelos lineares para sensores de vazão tipo turbina e tipo
roda d’água;
- verificar se o procedimento de calibração adotado pode ser melhorado;
- analisar os erros e verificar as incertezas do instrumento.
PRÁTICA 04
Placas de Ofício Tempo Previsto: 03 Horas
Objetivo
Obter uma equação (curva de calibração) que permita calcular a vazão a partir da medida do
diferencial de pressão na placa de orifício.
Preparação
Após medir seu diâmetro interno, instalar a placa de orifício (Apêndice 4) no suporte,
apertando os parafusos.
Medidas de Vazão
Medidas de pressões
Ensaio
60
engenharia ELÉTRICA ROTEIRO DE PRÁTICAS
Atuar a válvula de esfera varrendo toda a faixa e obtendo, no mínimo, 15 valores de Pa e
Pb e calcular ∆P.
Vazão Pa Pb ∆P
(lpm) (mmca) (mmca) (mmca)
Montar um gráfico linear com ∆P no eixo das abscissas e a Vazão no eixo das ordenadas.
1 D 2orificio
= Qmássica C . .π . . 2. p.∆P
1− β 4 4
Sugestões adicionais
( )
0,75
0,5959 + 0,312 . β 2.1 + 0,1840 .β 8 + 0,0029 . 106
C =
Re D
61
ETAPA VI - Parte I ROTEIRO DE PRÁTICAS
PRÁTICA 05
Tubo de Venturi Tempo Previsto: 03 Horas
Objetivo
Obter uma equação (curva de calibração) que permita calcular a vazão a partir da medida do
diferencial de pressão em um tubo de Venturi.
Preparação
Medida de Vazão
Ensaio
Abra o registro até que a pressão diferencial atinja o limite da faixa do piezômetro. Este
será o fundo de escala do instrumento.
Vazão Pa Pb ∆P
(lpm) (mmca) (mmca) (mmca)
62
engenharia ELÉTRICA ROTEIRO DE PRÁTICAS
Análise dos Dados
Montar um gráfico linear com ∆P no eixo das abscissas e a vazão no eixo das ordenadas.
1 D 2orificio
= Qmássica C. .π . . 2. p.∆P
1− β 4 4
Dorifício
β=
Dtubulação
Vazão real
C= → coeficiente de descarga
Vazão teórica
Considerando que o Venturi foi construído de acordo com norma ASTM, para Re>4000,
calculado na secção reduzida, o coeficiente de descarga aproxima-se da unidade, sendo
considerado:
C = 0,99
1 D 2orificio
K = 0,99 . .π . . 2. p
1− β 4 4
Está é a equação da curva de calibração e todos os termos constantes estão englobados
em uma constante k a ser determinada experimentalmente.
Sugestões adicionais
Referências
STREETER, V. L. Mecânica dos fluidos. São Paulo: McGraw Hill do Brasil, 1978.
63
ETAPA VI - Parte I ROTEIRO DE PRÁTICAS