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PLANO DE REORGANIZAÇÃO

DA ATENÇÃO À
HIPERTENSÃO ARTERIAL E
AO DIABETES MELLITUS

PLANO DE REORGANIZAÇÃO DA ATENÇÃO À


HIPERTENSÃO ARTERIAL E AO DIABETES MELLITUS
PLANO DE REORGANIZAÇÃO
DA ATENÇÃO À
HIPERTENSÃO ARTERIAL E
AO DIABETES MELLITUS
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DA ATENÇÃO À
HIPERTENSÃO ARTERIAL E

Parcerias e Compromissos
AO DIABETES MELLITUS

Ministério da Saúde - MS
Organização Pan Americana de Saúde - OPAS
Conselho Nacional de Secretários Estaduais de
Saúde - Conass
Conselho Nacional de Secretários Municipais de Saúde -
Conasems
Secretarias Estaduais de Saúde - SES
Secretarias Municipais de Saúde - SMS
Sociedades Brasileiras de Cardiologia, Diabetes,
Hipertensão e Nefrologia
Federações Nacionais de Portadores
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HIPERTENSÃO ARTERIAL E
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Conceituação
Hipertensão Arterial
“É uma doença crônica, não transmissível, de natureza
multifatorial, assintomática (na grande maioria dos
casos) que compromete fundamentalmente o equilíbrio
dos mecanismos vasodilatadores e vasoconstritores,
levando a um aumento da tensão sanguínea nos vasos,
capaz de comprometer a irrigação tecidual e provocar
danos aos órgãos por eles irrigados.”
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Prevalência da Hipertensão Arterial


Estudos Brasileiros

35

30
24,9
25
Percentagem

25,5
20 19,8

15
11,8 12,9 12,6
10,1
10

0
Porto Alegre Volta Redonda Araraquara Porto Alegre Pelotas Ilha do Governador Porto Alegre
1978 1985 1990 1992 1992 1992 1994
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Hipertensão Arterial no contexto epidemiológico


brasileiro - 1998
Óbitos, todas as causas: 929.023
Doenças Cardiovasculares : 256.333 (32,43% das MD)
Hipertensão: 20.875 (8,14% das DCV)
Doença Cérebro Vascular: 81.632 (32,56% das DCV)
80% (c/HA) HA: 66.772
Doença Isquêmica do Coração: 75.745 (29,55% das DCV)
40% (c/HA) HA: 30.298
Hipertensão Arterial: Total 117.945 (46,01% das DCV)
Ministério da Saúde (CDCD) - A. Achuti.
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Pressão Arterial e Risco Cardiovascular

IV e V Joint National Committee (EUA)


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Impacto das Doenças Cardiovasculares na


AO DIABETES MELLITUS

morbi-mortalidade no Brasil-1998
30%

25%

20%

15%

10%

5%

0%
Internações Aposentadorias Mortalidade
AIH - MS Invalidez - INSS Proporcional

Doenças Cardiovasculares
Nº de Internações - 1,15 Milhões
Nº de Óbitos - 250 mil

Fonte: SINTESE/DATASUS/SAIH-MS/INSS
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ASSOCIAÇÃO ENTRE HA, DIABETES E


AO DIABETES MELLITUS

MORTE CARDIOVASCULAR
250
Não Diabéticos
225
Diabéticos
200
Cardiovascular/10.000

175
pessoas/ano
Mortalidade

150

125

100

75

50

25

0
< 120 120-139 140-159 160-179 180-199 ≥ 200

Pressão arterial sistólica mmHg

Stamler J et al. Diabetes Care. 1993;16:434-444.


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Conscientização, tratamento e controle


da Hipertensão Arterial em adultos:
Estados Unidos, 1976 - 1994*
NHANES II NHANES III (fase 1) NHANES III (fase 2)
(1976 - 80) (1988 - 91) (1991 - 94)

Conscientização 51% 73% 68,4%

Tratamento 31% 55% 53,6%

Controle † 10% 29% 27,4%

* Dados de adultos de 18 a 74 anos de idade com PAS de 140 mmHg ou mais, ou em uso de
medicação anti-hipertensiva.
† PAS abaixo de 140 mmHg e PAD abaixo de 90 mmHg.
Fonte: Burt et al.1 e NHANES III, fase 2, não publicado. Dados fornecidos pelo Centers for
Disease Control and Prevention, National Center for Health Statistics.2

VI Joint National Committee - 1997.


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Mortalidade por AVC ajustada por idade


AO DIABETES MELLITUS

de acordo com o sexo e a raça:


Estados Unidos, 1972 - 1994
0
Homens de raça branca
-10 Mulheres de raça branca
Homens de raça negra
-20
Mulheres de raça negra

-30

-40

-50

-60

-70

1971 1975 1980 1985 1990 1994


Anos

VI Joint National Committee - 1997.


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Mortalidade por Doença Coronariana ajustada


por idade de acordo com o sexo e a raça:
Estados Unidos, 1972 - 1994
0
Homens de raça branca
-10 Mulheres de raça branca
Homens de raça negra
-20
Mulheres de raça negra

-30

-40

-50

-60

-70

1971 1975 1980 1985 1990 1994


Anos
VI Joint National Committee - 1997.
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Falta de conscientização médica da necessidade de


medida da PA em Salvador - Ba
Medida da PA em primeiras consultas
1982 1991
N = 1084 N = 846

18,7% 29,1%

Lessa, I. et al. Rev Ass Med Brasil 1993;39(3):141-145.


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Regulação da Pressão Arterial


AO DIABETES MELLITUS

α2
-
+ β
Noradrenalina

NTS CVM α1
Baroreceptores α2

+ SNS -
Vago
- SNS
+ RPT

Aldosterona
Endotélio
β
Vasoconstritores
Retenção Angio II AII (RAT1 )
ET, TBx
ECA VAsodilatadores
Na+ / Volume
Fluxo Renal NO, BK, PGI2
Angio I
β AII (RAT2 )
Renina
Angiotensinogênio
PA = DC x RPT (Figado)
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AUTO-REGULAÇÃO CIRCULATÓRIA
FLUXO SANGUÍNEO

PRESSÃO ARTERIAL
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Aspectos multifatoriais da patogênese


AO DIABETES MELLITUS

da Hipertensão Arterial
Genético

Hemodinâmico Ambiental

Humoral Anatômico

Endócrino Adaptativo

Neural
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Fatores predisponentes à
AO DIABETES MELLITUS

Síndrome Metabólica Hipertensiva


Absorção Defeito
excessiva de genético
calorias hereditário

Obesidade

Resistência à insulina

Hiperinsulinemia

Hipertensão Aterosclerose
Hipertrigliceridemia
Hipercolesterolemia Diabetes tipo 2
Redução do HDL-C
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Síndrome Metabólica Hipertensiva


Hipertensão Arterial
Dislipidemia
Obesidade central
Resistência à insulina/ hiperinsulinemia
Tolerância à glicose diminuída
Hipertrofia e alterações da função diastólica do ventrículo esquerdo
Microalbuminúria
Aumento da atividade dos fatores de coagulação
Complacência arterial diminuída
Adaptado de Weber M.A., Am J Cardiol. 1993;72:3H-9H.
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Objetivos da avaliação do hipertenso

Confirmar a elevação da PA

Identificar as causas da pressão sangüínea elevada

Avaliar a presença ou ausência de danos aos órgãos-alvo


e DCV, extensão da doença e resposta
ao tratamento

Identificar outros fatores de risco ou distúrbios que possam


orientar o tratamento

Fonte: IV Diretrizes Brasileiras de Hipertensão Arterial, 2002


VI Joint National Committee - 1997.
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Verificação da Pressão Arterial(1)


Anexo 1 Manual de HA e DM pg 91

Verificar se o equipamento está em boas condições de uso


Explicar o procedimento de verificação da pressão ao paciente
Deixar o paciente descansar de 05 a 10’
Certificar-se de que ele:

não está com a bexiga cheia


não praticou exercícios físicos
não ingeriu bebidas alcoólicas, café, alimentos ou fumou
até 30’ antes da medida
Fonte: IV Diretrizes Brasileiras de Hipertensão Arterial, 2002
VI Joint National Committee - 1997.
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Verificação da Pressão Arterial(2)


Anexo 1 Manual de HA e DM pg 91
Colocar o paciente em posição confortável.
Localizar a artéria braquial por palpação.
Colocar o manguito adequado firmemente, cerca de 2 a 3 cm acima da
fossa ante-cubital, centralizando a bolsa de borracha sobre a artéria
braquial.
Manter o braço do paciente na altura do coração.
Posicionar os olhos no mesmo nível da coluna de mercúrio ou do
mostrador do manômetro aneróide.
Palpar o pulso radial, inflar o manguito até o desaparecimento do pulso
e estimar o nível da pressão sistólica, desinflar rapidamente e aguardar
1 minuto antes de inflar novamente.
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MEDIDA INDIRETA CASUAL DA PRESSÃO ARTERIAL


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MEDIDA INDIRETA CASUAL DA PRESSÃO ARTERIAL


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MEDIDA INDIRETA CASUAL DA PRESSÃO ARTERIAL


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MEDIDA INDIRETA CASUAL DA PRESSÃO ARTERIAL


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Verificação da Pressão Arterial(3)


Anexo 1 Manual HA e DM pg 91
Colocar o estetoscópio no ouvido com a curvatura voltada
para frente.

Posicionar a campânula do estetoscópio sobre a artéria, na fossa ante-


cubital, evitando compressão excessiva.

Solicitar ao paciente que não fale durante o procedimento.

Inflar rapidamente o manguito, de 10 em 10 mmHg, até ultrapassar 20 a


30 mmHg o nível estimado da pressão sistólica.

Proceder a deflação na velocidade de 2 a 4 mmHg por segundo.

Determinar a pressão sistólica no aparecimento do 1º som, que é um som


fraco seguido de batidas regulares.
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MEDIDA INDIRETA CASUAL DA PRESSÃO ARTERIAL


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Verificação da Pressão Arterial(4)


Anexo 1 Manual de HA e DM pg 91

Determinar a pressão diastólica no desaparecimento do som.


Auscultar cerca de 20 a 30 mmHg abaixo do último som para
confirmar seu desaparecimento e depois proceder a deflação
rápida e completa.

Registrar os valores da pressão sistólica e diastólica,


complementando com a posição do paciente, tamanho do
manguito usado e braço em que foi feita a medida.

Registrar o valor real obtido na escala evitando arredondamentos


para valores terminados em zero ou cinco.

Esperar 1 a 2’ antes de realizar nova medida.


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Hipertensão Arterial - HA
Classificação Diagnóstica: adultos (maiores de 18 anos)
(PAD mmHg) (PAS mm Hg) Classificação

< 80 < 120 Ótimo

< 85 < 130 Normal

85 – 89 130 – 139 Limítrofe

90 – 99 140 – 159 Hipertensão Leve (estágio 1)

100 – 109 160 – 179 Hipertensão Moderada (estágio 2)

≥110 ≥180 Hipertensão Grave (estágio 3)

< 90 ≥ 140 Hipertensão Sistólica Isolada


Fonte: IV Diretrizes Brasileiras de Hipertensão Arterial, 2002
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HA - Avaliação Laboratorial
Básica
1. Exame de urina: bioquímica e sedimento 5. Colesterol total, HDL e Triglicérides
2. Creatinina 6. Hematológico
3. Potássio 7. ECG de repouso
4. Glicemia

Complementar - Cardiovascular
1. Monitorização ambulatorial da PA (MAPA)
2. Ecocardiograma
3. Radiografia de tórax
4. Teste de esforço (paciente com risco coronariano)
Complementar - Bioquímica
1. HDL-C (sempre que o colesterol total e a glicemia estiverem elevados)
2. Triglicérides
3. Ácido úrico
4. Proteinúria de 24 horas
5. Hematócrito e hemoglobina
6. Cálcio
7. TSH
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Objetivos do tratamento da HA

META
Reduzir os níveis de pressão arterial (< 140/90 mmHg)

respeitando-se:

Características individuais

Co-morbidades

Qualidade de vida dos pacientes

Fonte: IV Diretrizes Brasileiras de Hipertensão Arterial, 2002


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Componentes de estratificação do
risco cardiovascular em pacientes com HA
Fatores de Risco Lesões de órgãos-alvo
Fumo Doenças cardíacas
Dislipidemia Hipertrofia VE
Diabetes Mellitus Angina / IM prévio
Revascularização coronária prévia
Idade acima de 60 anos
Insuficiência cardíaca
Sexo masculino e mulheres
após a menopausa Episódio isquêmico ou AVC
História familiar de DCV: Nefropatia
mulheres < 65 anos ou Doença vascular arterial periférica
homens < 55 anos Retinopatia hipertensiva
Fonte: IV Diretrizes Brasileiras de Hipertensão Arterial, 2002
VI Joint National Committee - 1997.
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Estratificação do risco CV e decisão de tratamento


Grupo de Risco B (≥ 1 Grupo de Risco C
Estágios da PA Grupo de Risco A (Sem fator de risco, sem (LOA/DCV e/ou
(sistólica/ fatores de risco, sem incluir diabetes: sem diabetes sem outros
diastólica, mmHg) LOA/DCV) LOA/DCV) fatores de risco)

Limítrofe Terapia
Modificação do estilo de vida
(130 - 139/85 - 89) medicamentosa*

Estágio 1 Modificação do estilo Modificação do estilo Terapia


(140 - 159/90 - 99) de vida (até 12 meses) de vida † (até 6 meses) medicamentosa

Estágios 2 e 3
Terapia medicamentosa
(≥ 160/ ≥ 100)
* Para aqueles com insuficiência cardíaca, insuficiência renal ou diabetes.
† Para aqueles com múltiplos fatores de risco, considerar terapia medicamentosa inicial,
mais modificações no estilo de vida LOA/DCV = lesão de órgãos-alvo/doença cardiovascular.

Fonte: IV Diretrizes Brasileiras de Hipertensão Arterial, 2002


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Tratamento não medicamentoso da


Hipertensão Arterial

Promoção de Hábitos
Saudáveis de Vida
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Prevalência de fatores de risco - São Paulo

69,3
70
%
60

50

40 37,9

30
22,3
20 18

9,7
10 7,7

0
Alcoolismo Diabetes Obesidade Hipertensão Tabagismo Sedentarismo

Rego et al. Public Health Journal, 1990


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Tratamento não medicamentoso da HA

Modificações do Estilo de Vida

I - Medidas com maior eficácia

Redução do peso corpóreo

Redução da ingestão de sódio

Maior ingestão de alimentos ricos em K+

Redução do consumo de bebidas alcoólicas

Exercícios físicos isotônicos regulares


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Tratamento não medicamentoso da HA


Modificações do Estilo de Vida

II - Medidas associadas

Abandono do tabagismo

Controle das dislipidemias

Controle do diabetes mellitus

Evitar drogas potencialmente hipertensoras


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Sobrepeso e Obesidade
IMC=peso/altura2 : Kg/m2 *

Normal 18,5 – 24,9

Sobrepeso 25,0 – 29,9

Obesidade 30,0 – 34,9

Obesidade mórbida >35

* OMS
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Sobrepeso, Obesidade e Hipertensão


Arterial

IMC : Kg/m2 Prevalência HA : %

18,5–24,9 (normal) 17,5

25,0–29,9 23,9

30,0–34,9 35,3

NIDDK. INT. Statistics related to overweight and obesity- http://www.niddk.nih/gov/health/nutrit/pubs/statobes.htm


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Obesidade Andróide

RELAÇÃO CINTURA/ CIRCUNFERÊNCIA


QUADRIL: ABDOMINAL:

Homens > 0,95 Homens > 102 cm


Mulheres > 0,85 Mulheres > 88 cm

HANS, TS; van LEER, EM; SEIDELL, JC; LEAN, ME.


Waist circunference in the identification of cardiovascular risk factors:
Prevalence study in a randon sample. BJM, 1955; 311: 1401-5.
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Hipertensão e consumo de sal


Prevalência de acordo com faixas etárias
em populações com alto consumo de sal

70 66
64
60 54
50 44
% HAS

40

30 21
20
11

10
4
0
18-29 30-39 40-49 50-59 60-69 70-79 +80

Faixas Etárias
Arch, Intermed, Vol 153, 185-208, 1993.
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Prováveis mecanismos relacionados


com a sensibilidade ao sal
Genética
NO SNS

Reatividade
Barorreceptores SENS Vascular

FDL ?
Renal •NO= óxido nítrico
•SNS= sistema nervoso simpático
•FDL= fator digoxina-like
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Sensibilidade ao sal

Maior consumo de sal

Maior resposta dos vasos às drogas vasoconstrictoras

Maior prevalência de hipertrofia ventricular esquerda

Associação com microalbuminúria

Valor preditivo no desenvolvimento da hipertensão


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Consumo máximo diário de


álcool / etanol
Álcool/etanol
30 ml - homens
15 ml - mulheres

720 ml cerveja
240 ml vinho
60 ml bebidas destiladas

Fonte: IV Diretrizes Brasileiras de Hipertensão Arterial, 2002


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Exercício físico e HA

Estudos epidemiológicos têm demonstrado


relação inversa entre PA e
atividade física habitual ou nível de
condicionamento físico

World Hypertension League. J. Hypert, 1991


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Exercício físico e HA

EXERCÍCIO FÍSICO AGUDO

Reduz a PA de indivíduos hipertensos


Não modifica a PA de normotensos

TREINAMENTO FÍSICO CONTINUADO

Reduz a PA independentemente da diminuição do peso


Não modifica a PA em normotensos
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Exercício físico e HA
MECANISMOS HIPOTENSORES DO EXERCÍCIO FÍSICO

Diminuição da atividade nervosa simpática

Aumento da excreção urinária de sódio

Diminuição da atividade da renina plasmática

Aumento da secreção de prostaglandina E

Diminuição da insulina plasmática


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Sensibilidade TREINAMENTO Óxido nítrico


à insulina AERÓBICO endotelial

Estimulação simpática Excreção urinária


para coração e arteríolas de sódio

Diminuição da
Prostaglandina E
atividade da
renina plasmática

Pressão arterial sistêmica

Possíveis mecanismos responsáveis pela redução da pressão arterial em repouso, induzidos pelo
treinamento aeróbio na hipertensão arterial essencial
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Controla o
Peso Corporal Melhora
Diminui Mobilidade
PA Articular

Diminui BENEFÍCIOS Melhora


Resistência DA ATIVIDADE Perfil
à Insulina Lipídico
FÍSICA
Melhora Melhora
Força Resistência
Muscular Aumenta Física
Densidade
Óssea
AGITA São Paulo
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Aumenta Aumenta desempenho


Freqüência às aulas Acadêmico / vocacional

Melhora BENEFÍCIOS Aumenta


relação com
os pais
NA FASE responsabilidade
ESCOLAR
Diminui Reduz
delinqüência distúrbios de
e reincidência comportamento
Diminui abuso
de substâncias e
aumenta abstinência
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Exercício físico e HA

Modalidade de exercício
exercícios dinâmicos como andar,
pedalar, correr e nadar

Intensidade do exercício
40 a 70% do VO2 máx
FC treinamento = (FC máxima – FC repouso)
% da FC de reserva + FC repouso
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Exercício físico e HA

Freqüência e duração do exercício

3 a 5 sessões por semana com duração


de 15 a 60 minutos
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Modificação no Estilo de Vida


Reduzir o peso se obesidade presente
Limitar a ingestão de álcool a 30 ml de etanol/dia para o homem
(que corresponde a 720 ml de cerveja ou 300 ml de vinho ou 60
ml de whisky) e 15 ml de etanol para mulheres e indivíduos de
baixo peso
Estimular atividade física
Reduzir ingestão salina abaixo de 100 mEq/dia (6 g de sal)
Manter ingestão de potássio, Ca e Mg
Abolir o fumo
Diminuir ingestão de colesterol e gorduras saturadas
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Tratamento medicamentoso da HA
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Princípios Gerais do Medicamento


Ser eficaz por via oral
Ser bem tolerado
Se possível tomada única diária
Iniciar com menores doses efetivas e aumentá-las gradativamente
e/ou associar outra classe farmacológica
Quanto maior a dose, maiores as probabilidades de efeitos
indesejáveis
Mínimo de 4 semanas para o aumento da dose e/ou a associação de
medicamento de outra classe, salvo em situações especiais
Esclarecer o paciente sobre a doença, efeitos colaterais dos
medicamentos, planificação e objetivos terapêuticos
Considerar custo e condições socio-econômicas
Fonte: IV Diretrizes Brasileiras de Hipertensão Arterial, 2002
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HIPERTENSÃO ARTERIAL E
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Classes de anti-hipertensivos

Diuréticos

Inibidores adrenérgicos

Vasodilatadores arteriais diretos

Inibidores da enzima de conversão (IECA)

Antagonistas dos canais de cálcio (ACC)

Antagonistas do receptor AT1 da angiotensina II (ARAII)

Fonte: IV Diretrizes Brasileiras de Hipertensão Arterial, 2002


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Fluxograma para o tratamento medicamentoso


Monoterapia Inicial
Diuréticos Betabloqueadores Inibidores da ECA
Antagonistas dos canais de cálcio
Inibidores do receptor da Angiotensina II

Resposta não adequada ou Efeitos Adversos

Aumentar a dose Adicionar a 2ª droga Substituir a monoterapia

Resposta inadequada

Aumentar as doses, trocar a associação ou adicionar a 2ª e/ou 3ª droga

Fonte: IV Diretrizes Brasileiras de Hipertensão Arterial, 2002


PLANO DE REORGANIZAÇÃO
DA ATENÇÃO À
HIPERTENSÃO ARTERIAL E
AO DIABETES MELLITUS

Benefícios de menores níveis pressóricos


Estudos
Prevenção de AVC
Du, X. et al.; BMJ, 314, 1997

Preservação de função renal


Em diabéticos: Lewis, J. et al.; NEJM
Em nefropatas: Peterson, J.C. et al.; MDRD Study, Ann Intern Med, 123, 1995

Prevenção e redução de progressão de ICC


Krumholz, H.M. et al.; Arch Intern Med, 157, 1977
Singer, et al.; Hypertension, 25, 1995

Redução de mortalidade
Em diabéticos: HOT Study, Hannson, L.; et al.; Lancet, 351, 1998
UKPDS, BMJ, 317, 1998
PLANO DE REORGANIZAÇÃO
DA ATENÇÃO À
HIPERTENSÃO ARTERIAL E
AO DIABETES MELLITUS

Diminuição do risco cardiovascular


PAD atingida (mmHg)

105 100 95 90 85 80
0
% de Redução do Risco

-5

-10

-15

-25

-30

-35

H.O.T. Study
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DA ATENÇÃO À
HIPERTENSÃO ARTERIAL E
AO DIABETES MELLITUS

Eventos cardiovasculares em diabéticos

25

20
1000 pacientes / ano

15

10

0
≤ 90 mmHg ≤ 85 mmHg ≤ 80 mmHg
PAD alvo

H.O.T. Study
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DA ATENÇÃO À
HIPERTENSÃO ARTERIAL E

Diabetes Tipo 2 Impacto do controle pressórico


AO DIABETES MELLITUS

Controle pressórico intensivo (n=1.148): 144 / 82 vs 154 / 87 mmHg


reduz risco de:
Qualquer evento final relacionado ao diabetes 24% p = 0,005
Eventos microvasculares finais 37% p = 0,009
Infarto do miocárdio 21% p = 0,130
Mortes relacionadas ao diabetes 32% p = 0,017
Acidente vascular cerebral 44% p = 0,013

Controle glicêmico intensivo (n=3.887): HbA1C 7,0% vs 7,9%


reduz risco de:
Qualquer evento final relacionado ao diabetes 12% p = 0,030
Eventos microvasculares finais 25% p = 0,010
Infarto do miocárdio 16% p = 0,052
Mortes relacionadas ao diabetes 10% p = 0,340
UKPDS
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HIPERTENSÃO ARTERIAL E
AO DIABETES MELLITUS

Nova meta de redução da PA na


Síndrome Metabólica Hipertensiva (SMH)

Abaixo de 130/85 mmHg

Especialmente em pacientes diabéticos e de alto risco


cardiovascular

Monoterapia (?)

Associação de hipotensores

Não Fixa

Fixa – Facilita a adesão ao tratamento


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HIPERTENSÃO ARTERIAL E
AO DIABETES MELLITUS

Monoterapia versus associação

Início do tratamento Fim do tratamento

41,4%
58,6%

Monoterapia
Monoterapia
Associação
Associação

161 / 98 mmHg 142 / 83 mmHg

H.O.T. Study
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HIPERTENSÃO ARTERIAL E
AO DIABETES MELLITUS

Anti-hipertensivos: Redução Pressórica Média


MONOTERAPIA
4 a 8% do valor pressórico PA de 160/95 mmHg
PAS = 7 a 13 mmHg
PAD = 4 a 8 mmHg
Nova meta não atingida

ASSOCIAÇÃO
8 a 15% do valor pressórico PA de 160/95 mmHg
PAS = 12 a 22 mmHg
PAD = 7 a 14 mmHg
Nova meta atingida
1999 Guidelines - WHO - ISHJ Hypertens, 17, 1999
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DA ATENÇÃO À
HIPERTENSÃO ARTERIAL E
AO DIABETES MELLITUS

Eficácia: Problemas com a Monoterapia

Sequencial
Retarda o controle pressórico adequado
Consome tempo
Não é eficaz em pacientes hipertensos por múltiplos mecanismos

Aumento de Dose
Não há garantia de aumento de eficácia
Aumento do risco de evento adverso
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DA ATENÇÃO À
HIPERTENSÃO ARTERIAL E
AO DIABETES MELLITUS

Racional farmacológico para o uso de


associações de anti-hipertensivos

Maximizar eficácia
Adição de diferentes mecanismos antihipertensivos
Bloqueio de efeitos que antagonizam a diminuição da
pressão arterial

Minimizar efeitos colaterais


Bloqueio de efeitos farmacologicamente previsíveis
Permitir o uso de menores doses - menos efeitos colaterais
PLANO DE REORGANIZAÇÃO
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HIPERTENSÃO ARTERIAL E
AO DIABETES MELLITUS

Associações de anti-hipertensivos
consideradas eficazes

Beta-bloqueador + Diurético

Inibidor da ECA + Diurético

Antagonistas da AII + Diurético

Inibidor da ECA + Antagonista de Cálcio

Beta-bloqueador + Antagonista de Cálcio

Beta-bloqueador + Alfa-bloqueador
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HIPERTENSÃO ARTERIAL E
AO DIABETES MELLITUS

ESTRUTURAÇÃO DO ATENDIMENTO
AO HIPERTENSO E/OU DIABÉTICO
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Abordagem Multiprofissional

Geralmente
Multifatorial
Assintomática

Baixa Adesão
ao Tratamento

Equipe
Multiprofissional

Fonte: IV Diretrizes Brasileiras de Hipertensão Arterial, 2002


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HIPERTENSÃO ARTERIAL E
AO DIABETES MELLITUS

Abordagem Multiprofissional
A equipe ideal
Médicos Psicólogos
Enfermeiros Farmacêuticos
Auxiliares de enfermagem Odontólogos
Assistentes sociais Agentes administrativos
Nutricionistas Agentes comunitários
Profissionais da Atividade Física
PSF
Fonte: IV Diretrizes Brasileiras de Hipertensão Arterial, 2002
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Abordagem Multiprofissional

Ações comuns à equipe:

Atividades educativas individuais e/ou em grupos

Capacitação de profissionais

Encaminhamentos

Ações assistenciais

Participação em projetos de pesquisa

Fonte: IV Diretrizes Brasileiras de Hipertensão Arterial, 2002


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AO DIABETES MELLITUS

Abordagem Multiprofissional

Ações específicas individuais:


Atribuições e competências próprias de cada profissional
(Manual de HA e DM pg 85)

Atividades comuns

Uniformidade de linguagem

Uniformidade de conduta

Fonte: IV Diretrizes Brasileiras de Hipertensão Arterial, 2002


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HIPERTENSÃO ARTERIAL E
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Abordagem Multiprofissional
do Paciente Hipertenso

Ações em grupo:
Reuniões com os pacientes

Reuniões da equipe

Fonte: IV Diretrizes Brasileiras de Hipertensão Arterial, 2002


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HIPERTENSÃO ARTERIAL E
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Abordagem Multiprofissional

Equipe
Multiprofissional

Comunidade Sociedade
Civil
Associações de
Portadores de
Hipertensão e/ou
Diabetes

Políticas
de Saúde
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Fluxograma de atendimento na rede pública


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AO DIABETES MELLITUS

Nível Primário – Atendimento Básico

Objetivos

Detectar precocemente DM e/ou HA

Acompanhar os hipertensos nos estágios I e II e os diabéticos


tipo 2 controláveis com dieta + hipoglicemiantes orais e sem
complicações

Acompanhar população de risco


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HIPERTENSÃO ARTERIAL E
AO DIABETES MELLITUS

Agendamento de consultas e avaliação


Todos os pacientes - avaliação anual para
detectar complicações crônicas das doenças.
Esta avaliação constará de:

Exame de fundo de olho

Dosagem de colesterol total + frações e triglicerídeos

ECG

Provas de função renal (uréia e creatinina, depuração de


creatinina endógena, sempre que disponível)
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HIPERTENSÃO ARTERIAL E
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Agendamento de consultas e avaliação


Nos diabéticos

Dosagem de microalbuminúria/ 24 horas; proteinúria quantitativa


se necessário

ECG (todos os pacientes acima de 40 anos ou mais jovens, se


apresentarem sintomas cardiovasculares) ou teste de esforço

A hemoglobina glicada deve ser realizada a cada 3 meses

Diabetes tipo 1- avaliação a partir do quinto ano da doença


Diabetes tipo 2 - desde a ocasião do diagnóstico
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HIPERTENSÃO ARTERIAL E
AO DIABETES MELLITUS

Agendamento de consultas e avaliação

Pacientes Hipertensos: Retornos mensais até controle pressórico


adequado. Uma vez com a PA controlada, os retornos serão
trimestrais

Pacientes DM2:

em uso de dieta e atividade física: retornos semestrais

dieta, atividade física e drogas (hipoglicemiantes orais ou


insulina): compensados, retornos trimestrais; se
descompensados, quinzenais ou semanais
PLANO DE REORGANIZAÇÃO
DA ATENÇÃO À
HIPERTENSÃO ARTERIAL E
AO DIABETES MELLITUS

Critérios de encaminhamentos para


referência e contra-referência

Com a finalidade de garantir a atenção integral ao portador de DM


e/ou HA, faz-se necessária uma normatização para
acompanhamento, mesmo na Unidade Básica de Saúde.

Em algumas situações, haverá necessidade de uma consulta


especializada em Unidades de Referência Secundária ou
Terciária, devendo-se, nesses casos, ser estabelecida uma rede
de referência e contra-referência.
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Critérios de encaminhamentos para


Unidades de Referência
Insuficiência Cardíaca Congestiva (ICC)

Insuficiência Renal Crônica (IRC)

Suspeita de HA e Diabetes secundários

HA resistente, grave ou acelerada

HA e DM em gestantes

HA em crianças e adolescentes

Edema agudo de pulmão prévio


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HIPERTENSÃO ARTERIAL E
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Critérios de encaminhamentos para


Unidades de Referência
Complicações oculares

Lesões vasculares das extremidades, incluindo o pé diabético

AVE prévio com déficit sensitivo e/ou motor

Infarto Agudo do Miocárdio prévio

Diabéticos de difícil controle

Diabéticos, para rastreamento de complicações crônicas (se


isso não for possível na Unidade Básica)
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HIPERTENSÃO ARTERIAL E
AO DIABETES MELLITUS

Indicadores de Qualidade da Unidade

Níveis de Pressão Arterial

Níveis de glicohemoglobina

Nº de consulta / ano por paciente

Nº de hipoglicemia / paciente

Nº de cetoacidose e crise hipertensiva

Taxa de abandono

Nº de rastreamento complicações / paciente


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Plano Hipertensão Arterial e Diabetes Mellitus

Indicadores
Percentual de campanhas educativas realizadas /
programadas

Cobertura de municípios por campanha educativa /


nº total de municípios

Percentual de profissionais treinados / programados

Taxa de abandono de tratamento / inscritos


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Plano Hipertensão Arterial e Diabetes Mellitus

Indicadores

Percentual de distribuição de medicamentos por


unidade / programados

Taxa de internação por crise hipertensiva

Taxa de internação por cetoacidose

Taxa de internação por AVC


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Lições Aprendidas
A experiência com a assistência comprova que a epidemiologia tem razão!
Na assistência ao doente crônico é fundamental:
A educação
do gestor
do profissional de saúde
do paciente e sua família
A equipe multiprofissional

A importância do funcionamento do sistema de referência e contra-


referência
A necessidade da decisão política
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TER ESPERANÇA E ACREDITAR
NO PROCESSO DE MUDANÇA É
SONHAR COM UM FUTURO MELHOR...

ARRISCAR-SE A EXPOR OS SEUS SONHOS,


PODERÁ LHE TRAZER DECEPÇÕES...

MAS...É PRECISO CORRER RISCOS...


PORQUE O MAIOR AZAR DA VIDA, É NÃO
ARRISCAR NADA...

PESSOAS QUE NÃO ARRISCAM, QUE NADA


FAZEM, NADA SÃO...
PODEM ESTAR EVITANDO O SOFRIMENTO
E A TRISTEZA...MAS NADA FAZEM COM MEDO
DE MUDAR....
VAMOS APRENDER QUE OS SONHOS DEPENDEM
DE CADA UM DE NÓS...
VAMOS APRENDER A SENTIR, MUDAR, AMAR E VIVER...
POIS SÓ ASSIM NOS TORNAREMOS LIVRES...

“ARRISCAR-SE É PERDER O PÉ POR ALGUM TEMPO...


NÃO ARRISCAR-SE É PERDER A VIDA...”
PLANO DE REORGANIZAÇÃO
DA ATENÇÃO À
HIPERTENSÃO ARTERIAL E
AO DIABETES MELLITUS

Ministério da Saúde
Secretaria de Políticas de Saúde
Departamento de Ações
Programáticas Estratégicas
Coordenação Nacional do
PLANO DE REORGANIZAÇÃO Plano de Reorganização da
DA ATENÇÃO À
HIPERTENSÃO ARTERIAL E Atenção à Hipertensão Arterial
AO DIABETES MELLITUS e ao Diabetes Mellitus

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