Por meio da luz dispersa presente nesta técnica de microscopia, obtém-se
conhecimento sobre as vibrações das moléculas do objeto estudado, transmitindo informações sobre as mesmas. As possibilidades de aplicações desta técnica, quando comparada as demais, ganham destaque com a capacidade de estudo em locais específicos e rapidez. As áreas de aplicação variam desde a Gemologia e Mineralogia até a Medicina e até mesmoa a área criminalista. Na Gemologia e Mineralogia ela vem sendo usada por ser uma técnica eficaz na investigação de solos, resinas fósseis e betumes com as vantagens de custos, preparo de amostras e análise de resultados. Adiconalmente, o acoplamento de microscópios aos espectrômetros Raman possibilita a investigação detalhada e simultânea dos componentes cristalinos e amorfos de matrizes heterogêneas como as rochas. Ela também é usada em análises farmacêuticas por ser uma técnica rápida e não destrutiva, permitindo identificar ativos farmacêuticos bem como outras substâncas presentes nas formulações através de suas cápsulas, sem necessidade de tratamento prévio das amostras. Como objeto de estudo nos meios artísticos e na arqueologia, é usado para identificação de pigmentações e substratos como também de biomateriais. Essas identificações identificam o histórico-científico, relacionando a fontes de matérias-primas, rotas de comércio e conhecimento técnico de determinadas culturas, como também a necessidade de definição de procedimentos a serem adotados na conservação do objeto. Por fornecer dados da composição química e estrutra molecular, é usado na criminalistíca para identificar vários tipos de vestígios materiais com a finalidade forense, tais como: resíduos de disparo de armas de fogo, explosivos, drogas, tintas automotivas e de canetas, fluídos biológicos, fibras, cabelo e manchas de sangue. Nas áreas biológicas e biomédicas é utilizada no diagnóstico de câncer fornecendo resultados mais rápidos do que o diagnóstico por meio de biópsia e também diminuir a ansiedade do paciente, tornando o tempo de espera do diagnóstico bem menor. Na bioanálise fornece informação útil a respeito de células vivas, sem a necessidade de fixadores, marcadores ou manchas. Como o espectro de uma célula vem a produzir uma espécie de “impressão digital” de sua composição bioquímica, ela irá mostrar as alterações feitas por qualquer agente tóxico que venha a provocar alterações na célula. REFERÊNCIAS PEREIRA, M. J. et al. Utilização da Espectroscopia Raman em Sistemas Orgânicos. In: Encontro de Ensino, Pesquisa e Extensão. 8. Dourados. 2014. SANTANA, V. S. LOPES, J. G. S. Caracterização de Minerais na Baía do Almirantado no Continente Antártico por Espectroscopia Raman. Sociedade Brasileira de Química. BORIO, V. G. C. et al. Espectroscopia Raman aplicada às Ciências Farmacêuticas: Revisão da Literatura. In: XI Encontro Latino Americano de Iniciação Científica e VII Encontro Latino Americano de Pós-Graduação – Universidade do Vale do Paraíba. 2007. 1684-1687. FARIA, D. L. A.; AFONSO, M. C.; EDWARDS, H. G. M. Espectroscopia Raman: uma nova luz no estudo de bens culturais. Revista do Museu de Arqueologia e Emologia. São Paulo, 12: 249-267. 2002. SANTOS, D. M. S. O potencial de aplicação da Espectroscopia Raman na criminalística. Acta de Ciências e Saúde. Nº 5. Volume 2. 2016. 12p.