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Na visão do diretor, que estudou alguns anos na rede pública, incluindo um ano no
Ensino Médio, a instituição é pintada como muito pior do que realmente é. “A
estrutura do ensino público, assim como o número de escolas, instalações, muita
coisa já está pronta. Não falta muito [para ficar boa]”, diz. A tese do diretor é que
hoje a oferta do ensino públicogratuito é universal, diferente de antigamente, que
mesmo as instituições do Estado eram acessíveis somente para as elites. “A
educação pública no Brasil tem muitas falhas, mas é muito melhor do que já foi,
porque hoje é para todo mundo”, diz. “Numa visão otimista, a gente está
caminhando”.
Para ele, dois pontos são importantes para a melhora na qualidade do ensino
gratuito: vontade política e a apropriação da escola, principalmente por parte das
classes mais altas da população. “Esta divisão [entre alunos da rede pública e
privada] é o verdadeiro apartheid. A elite vive apartada da sociedade brasileira
desde a escola. E aparentemente, como se nada estivesse acontecendo”, afirma.
"Por isso, passei a fazer campanha em casa, para os meus netos, quando eles
nascerem, para que a elite vá para a escola pública”.
A temática sobre a escola pública ficou tão central na trama que no capítulo da
última
quarta-feira foi lançada a campanha Você é o público da escola pública. O
movimento é liderado pela Globo em parceria com entidades como a Unicef e a
Associação Nova Escola. O objetivo é tentar mobilizar a sociedade por uma
educação pública e de qualidade.
Novela x série
Embora nunca tivesse passado pela experiência de fazer novela antes, o diretor
tem no currículo programas como o sucesso geracional Castelo Rá-Tim-Bum (TV
Cultura, 1994 – 1997). Além das séries Cidade dos Homens (Globo, 2002 – 2005),
Pedro e Bianca (TV Cultura, 2012) e dos longas O ano em que meus pais saíram de
férias (2006) e Xingu (2012).
Ele afirma que “o tamanho e a rapidez” com que os roteiros são feitos foram as
maiores dificuldades para se adaptar ao formato de novela. “Em média,
demoramos dois dias para escrever e um dia para revisar um capítulo de
Malhação”, diz. “Numa série, um capítulo pode demorar até duas semanas para
ficar pronto”, compara. Por isso, afirma que nem sempre a estrutura e qualidade
dos capítulos ficaram como ele gostaria. Por outro lado, a mensagem é
propagada com muito mais profundidade. “Temos uma conexão maior com esse
Brasil mais profundo. Não estamos falando só com a elite”, diz. “Essa força que a
TV aberta tem, e, em especial a Globo tem, compensam”.
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