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- Instalação e manutenção
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Índice
Conceito…………………………………………………………………………………...5
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2.3- Instrumentos apropriados na realização de manutenção………………..42
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4
Conceito
CA
Motores
CC
Rotativas
CA (alternadores)
Máquinas elétricas Geradores
CC (dínamos)
Estáticas Transformadores
As máquinas rotativas
Motores:
- Convertem a energia elétrica em mecânica rotativa/linear que, acoplado a um
equipamento preparado para uma determinada função, o tornar ativo,
produtivo.
Geradores:
- Convertem a energia mecânica em energia elétrica.
Neste caso concreto, a energia mecânica poderão ter origem hídrica, eólica,
térmica, solar ou mesmo nas ondas do mar.
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Máquinas elétricas estáticas
Transformadores:
- Estas máquinas elevam ou baixam a tensão por indução eletromagnética.
Só em AC.
Nesta formação debruçar-nos-emos nas máquinas rotativas, visto que são as mais
aplicadas quer em contexto residencial como industrial.
Exemplos de aplicações:
Contexto residencial:
Contexto industrial:
Em todos os equipamentos produtivos a que normalmente chamamos de máquinas
ou linhas de produção. Teremos em consideração que cada “máquina ou linha de
produção” poderá conter mais que uma máquina elétrica ou motor*.
Tem como objetivo este manual, conduzir o Senhor Formando para as técnicas e
procedimentos mais adequados na montagem e manutenção de máquinas
elétricas
*
Existem equipamentos indústrias que utilizam motores hidráulicos ou pneumáticos.
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1. Instalação e regulação-afinação de máquinas e acessórios
Serão tópicos deste capítulo o seguinte:
Transporte da máquina.
Análise das suas características
Especificações de montagem
3.1-Fixação ou apoio e acessórios de fixação
3.2-Espaço de montagem
Acoplamentos e afinação
Instruções de funcionamento
Ensaio de funcionamento
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1.1.b) -Transporte com empilhador
Cabe aqui salientar que esta questão é deveras importante porque a conceção da
máquina não é a mesmo. A parte girante ou rotórica, possui apoios, caixas de
rolamentos e rolamentos completamente diferentes, principalmente nas de grande
porte.
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1.2.b) - Chapa de características:
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Para motores tipos 80 a 355 V : Tensão de UNIREX : Tipo de massa lubrificante
alimentação
H* : Ano de produção Hz : Frequência de
alimentação
A** : Mês de produção 𝒎𝒊𝒏−𝟏 / : Nº rotações por
rpm minuto
002 : Nº de ordem na KW : Potência nominal
série
cosφ : Fator de potêncnia
*G = **A = Janeiro A : Intensidade nominal
1966
H= B = Fevereiro Δ : Ligação triângulo
1997
Y : Ligação estrela
UR : Tensão rotor
IR : Corrente rotor
Todas estas informações são fundamentais para a montagem, cálculo dos cabos de
ligação, proteção de curto-circuito e sobreintensidade. Também permite a seleção
dos aparelhos de comando e a forma de arranque da máquina.
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Frequência
Grau de proteção
Tensão de funcionamento
Grau de
proteção
Multi tensões
Multi frequências potência
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1.3- Especificações de montagem
Pés / sapata
a. Tipo de apoio
Falange
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90,0°
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1.3.b.1) - Acoplamento rígido direto
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Acoplamentos com capa de
nylon
Acoplamentos semi-elásticos
para uso geral
Acoplamento - cardã
Muito utilizado em desníveis de eixos
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1.3.b.2) - Transmissão por correias.
Plana sincronizada
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A figura 17 mostra-nos um exemplo de um motor instalado sobre uma base deslizante
regulável.
a) - parafusos que nos permitem ajustar a folga das correias, poderão auxiliar na
afinação angular.
b) – parafuso que nos permitem ajustar e corrigir o desvio angular para um mais
preciso alinhamento do eixo mandante/motor e o eixo do veio mandado
b
b a a
90,0°
b a a
b
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Parafusos para fixação do motor às guias deslizantes
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Protegido contra Protegido contra
3 objetos sólidos 3 chuva caindo
maiores do que a 60 ° da vertical
2,5 mm
(Por exemplo,
ferramentas, fios)
4 Objetos sólidos 4 Protegido contra
maiores de 1 mm água projetada
(Por exemplo, de todas as direções
ferramentas finas
Protegido contra Projetado contra
5 poeira (sem depósitos 5 jatos
de material de água de todos
prejudicial) direções por uma
mangueira
Protegido contra Protegido contra
6 qualquer penetração 6 água projetada
de poeira comparável a
grandes ondas
Protegido contra o
7 efeitos de imersão
entre 0,15 e 1 m
Protegido contra
8 efeitos prolongados
de imersão sob
pressão
IK Proteção a Definição
00 Sem proteção
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Energia de impacto: 0,37 J
03
Energia de impacto: 1 J
06
Energia de impacto: 2 J
07
Energia de impacto: 5J
08
Energia de impacto: 10 J
09
Energia de impacto: 20 J
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Outro aspeto importante a considerar nesta alínea prende-se com o local onde irá ser
instalada a nossa máquina:
- Deverá ser um local arejado, onde as entradas e saídas de ar estejam
completamente desobstruídas. O mínimo espaço livre até à parede mais próxima (L),
deverá ser de ¼ do diâmetro da entrada de ar defletora (D)
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Fig. 22-Distancia mínima do motor à parede (L)
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Fig. 23-Exemplificação da operação atrás descrita
Nota:
Não será abordado este tema devido ao facto de não ser um método não muito
utilizado atualmente. Serve de exemplo o caso de um motor que é acoplado a um
redutor que é realizado por acoplamento direto.
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Veio mandante Veio mandado
Para se efetuar um bom alinhamento de um motor com a máquina que irá acionar,
devem-se utilizar ferramentas e dispositivos adequados, como comparador com base
magnética, alinhador e laser, paquímetro, entre outros.
O eixo do motor deve ser alinhado axial e radialmente com o eixo da máquina
acionada.
O valor lido no mostrador do comparador para o alinhamento de acordo com a figura
26., não deve exceder os 0,03mm, considerando uma rotação completa do eixo. Deve
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existir uma folga entre os acoplamentos, para compensar a dilatação térmica dos
eixos, conforme especificações do fabricante do acoplamento.
2,63
Folga para compensar dilatações
Caso o alinhamento seja realizado com um instrumento a laser, devem ser seguidas
as instruções do fabricante.
Nota:
A verificação do alinhamento deve ser realizada à temperatura ambiente e à
temperatura de trabalho dos equipamentos
Cuidado:
É recomendado que o alinhamento dos acoplamentos seja verificado periodicamente.
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rigorosamente paralelos (no caso de engrenagens retas) e no angulo de engrenagem
(no caso de engrenagens cônicas ou helicoidais).
Nota:
De hoje em dia, este tipo de engrenagens são fornecidas já acopladas aos motores
facilitando assim todo o trabalho mecânico de montagem. (Ver figuras 10 e
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Para acoplamento por polias e correias, o alinhamento deve ser realizado de tal modo
que o centro da polia motora esteja no mesmo plano do centro da polia movida e os
eixos do motor e da máquina estejam perfeitamente paralelos.
Nunca se deve montar as correias em esforço.
Para as correias dentadas, posicionar os dentes nas ranhuras das poloias
A’ B’
A B
E (A – B) = E (A´- B’)
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Alinhamento por raio laser
.
E laser
. .
.
. .
E laser
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Alinhamento com um cordel
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Afinação do esticamento das correias
Sentido de rotação
Sentido de tração
Sentido de tração
(poderá ser alimentado com um cabo de quatro condutores quando a máquina possuir um freio
ou ventilador alimentado a 230V.)
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b) Corrente nominal A (Amper)
Diretamente proporcional à Potencia isto é; para a mesma tensão de
funcionamento, quanto maior o esforço de trabalho, maior será o valor da
Intensidade de corrente absorvida.
É importante o valor nominal da corrente pois permite-nos calcular a proteção
térmica relacionada com a intensidade consumida do motor. Limita o esforço
evitando a detioração dos enrolamentos perdendo assim a sua classe de
isolamento.
Permite o cálculo da proteção de curto-circuito e a secção dos condutores para
a sua alimentação.
c) Frequência
A frequência para o qual a máquina está preparada é um valor que deverá ser
tomado em consideração e correspondente à frequência da rede de
distribuição. Será inadequado por completo um motor fabricado para trabalhar
d) Tipo de arranque
Normalmente o fabricante indica na chapa de características do motor a forma
de arranque. Devemos seguir exatamente o que está estipulado pois corremos
o risco de danificar a máquina e provavelmente o equipamento de controlo e
comando. Não sendo o arranque e controlo efetuado por variadores de
velocidade ou arrancadores progressivos, os tipos de arranque por contactores
mais corrente são:
Arranque direto em estrela
Arranque direto em triângulo
Arranque estrela/triângulo
Existem mais formas de arranque de motores mas, estas três são as mais
correntes nas nossas indústrias
Por norma o arranque estrela/triângulo é utilizado em motores com potência
a partir dos …5KW.
Os arranques diretos também dependem se a máquina arranca em esforço
ou em vazio.
e) Modo de serviço, a Classe de isolamento, a Temperatura de funcionamento, a
Periodicidade para lubrificação, o Tipo e quantidade de massa lubrificante, são
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itens que nos permitem determinar a periodicidade e tipo de manutenção a
efetuar à máquina.
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Efetuadas este tipo de verificações, poderemos iniciar o ensaio de funcionamento
tendo em conta a seguinte ordem:
1º Ligar o quadro de proteção e comando da máquina;
2º Dar ordem de arranque por um curto período de tempo para verificar o sentido
de rotação. Caso esteja a rodar em sentido contrário, trocar duas fases.
Esta operação deve ser efetuada com o quadro desligado.
Temos que ter o cuidado de que nenhum órgão da máquina fique sob tensão, sob
pressão hidráulica ou pneumática. Neste ponto, considero importante que só uma
pessoa da equipa de manutenção fique com acesso ao seccionador do quadro da
máquina (chave no bolso) que por norma, será o responsável pelo trabalho.
Para evitar acidentes pessoais, deve-se seguir os preceitos e recomendações nas
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normas de Higiene e Segurança no Trabalho: utilizar luvas, óculos de proteção e
máscara no manuseamento de líquidos tóxicos para lavagem de peças. Utilizar
calçado protetor à queda de ferramentas ou órgãos a substituir assim como capacete.
Para deslocação de órgãos pesados, utilizar meios motorizados de elevação e
transporte, etc.
Tipo de avaria
Órgão do motor
Mecânica Elétrica
Veio / Rotor Desalinhamento/desequilíbrio Correntes parasitas
Folgas
Chumaceiras Rolamentos degradados
Lubrificação deficiente
Atritos
Barras e anéis de topo da gaiola
Rotor em gaiola Barras e anéis de topo da gaiola de esquilo, partidos ou fendidos
de esquilo Deslocação do bloco rotórico
de esquilo, partidos ou fendidos
Deslocação do bloco rotórico
Degradação do isolamento
Estator Deficiente alimentação
Qualidade do entre ferro
Causas Acoplamento danificado
Sobrecarga por encravamento
externas Encravamento do equipamento
As causas externas serão mencionadas mais adiante pois, não interfere diretamente
com a máquina, sendo sim uma consequência.
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Fig. 36- Exemplo da constituição de um motor
1 3 2
4
1 - Proteção motor (magnetotermico
2 - Relé de monitorização/sequência de fases
3 – Contactor de comando
4 – Bornes de ligação
-
Fig. 37- Exemplo típico de montagem eletromecânica
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Quadro tipo de avarias e soluções para as que possam surgir durante o
funcionamento, não ligadas à máquina elétrica.
Para tornar eficaz e menos onerosa uma ação de manutenção preventiva, e tendo
em observância as diretrizes da manutenção preditiva no sentido de efetuar análises
ao longo do ciclo de trabalho, poderemos com bastante eficácia determinar os órgãos
a substituir ou componentes a beneficiar, com o auxílio de alguns aparelhos de
análise que estão ao nosso dispor muito embora com um nível de acessibilidade
muito limitado devido aos seus custos.
O aparelho que mostra a figura 38, é o auxiliar ideal de um técnico de manutenção
embora dos mais simples existentes no mercado. Em tempo real e em simultâneo, lê
tensões, correntes. Outros porém, permitem efetuar leituras de temperatura, nível de
ruído e vibrações.
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Fig. 38- Analisador de energia
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2.3.1 – Na minha oficina possuo
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Fig. 41- Multímetro analógico/digital
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Fig. 42- Termómetro digital
Como o próprio nome indica, lê temperaturas por contacto com a zona a analisar
através de uma ponteira de contactos flexíveis.
Conta rotações, digital com 3 gamas de leitura: rpm – rotações por minuto, m/mn –
metros por minuto, ft/mn - pés por minuto (velocidades periféricas e lineares).
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Fig. 44- Autoscope – captador direcional de vibrações ou ruídos
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Fig. 46-Exemplo ferramentas destinadas a desmontar e
montar máquinas elétricas
Queixas:
-Disparo de disjuntor térmico, aquecimento excessivo, perda de rendimento,
ruído de arrasto na zona do freio.
Causas prováveis:
-Freio avariado dificultando o arranque e funcionamento, rolamentos danificados
ou redutor com engrenagens defeituosas.
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Verificações a fazer:
1º - Medir valores ohmicos(Ω) dos enrolamentos e fazer o seu registo;
Fig. 49
Fig. 50
50
3º - Utilizar ferramenta mecânica para proceder à sua desmontagem;
Fig. 51
Fig. 52
51
5º -Foi detetado problema no veio do motor provocado pelo mau funcionamento
do freio. Foram solicitados os serviços de uma oficina mecânica para reparar
o veio com enchimento por electroerosão e maquinado para retomar a
medida original.
t
Fig. 53
53
Fig. 57- Avaliação da existência de ruídos produzidos na zona
de acoplamento Motor-caixa redutora
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7º - Desacoplamento do redutor para desmontagem do motor
8º – Desmontar motor
Para que se proceda à desmontagem correcta do motor, convém marcar pontos de
referência para que ao montar os pontos coincidam. A necessidade desta
coincidência
prende-se com o facto de ter já existido outras desmontagens e, porque os apertos
dos parafusos de fixação em termos de esforço não serem garantidamente os
mesmos.
Como o corpo do motor ser de antimónio, um metal macio, pode ter o que chamamos
vícios ou deformações. Convém que os pontos de contacto ou encaixe sejam os
mesmos
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Fig. 60- Marcação de pontos para coincidência
Nesta operação utilizar sempre martelos com mesas de nylon para não danificar os
encaixes.
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9º- Análise por observação do estado do isolamento dos enrolamentos.
Coloração carregada
provocada por
aquecimento
Anilha de
compensação
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Detetado neste ponto uma
pequena fissura no anel de
curto-circuito
Seguiram-se uma série de benfeitorias além das previstas tais como beneficiação
das ligações nas pontas dos enrolamentos na caixa de ligações, limpeza geral e
pintura.
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2.5 – Operações de manutenção
2.5.1-Conceitos gerais:
- Manutenção preventiva
Consiste em intervenções sistemáticas com o objetivo de substituir
componentes, principalmente os de maior desgaste. Este tipo de
intervenções, normalmente é planeado, com o intuito de aproximar o tempo
médio de vida dos componentes com o número de horas de trabalho. O fator
médio de vida dos componentes é fornecido no quadro de características e é
emitido pelo seu fabricante. Para a periodicidade das ações de manutenção,
também deve ser tomada em linha de conta, os períodos de férias anuais de
maneira que, não afete o plano produtivo de uma dada unidade de produção.
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– Manutenção preditiva
Ação semelhante à preventiva só que, de uma maneira mais exata e segura,
auxilia-nos na prevenção das avarias.
O seu princípio baseia-se em controlar regularmente o funcionamento de um
dado equipamento de forma a identificar o seu desgaste e prever a
necessidade de uma intervenção. Este controlo é efetuado através de
inspeções, medições de níveis de vibrações, débitos, binários dos motores,
ferramentas, etc.
Este tipo de manutenção é mais económico que a preventiva porque, elimina
as substituições prematuras; o que se tornarão em gastos supérfluos. Torna-
se também mais segura porque permite prever os casos de avarias anormais
que outra ação de manutenção pode deixar passar.
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Alguns cuidados durante as ações de manutenção
Temos que ter o cuidado de que nenhum órgão da máquina fique sob tensão, sob
pressão hidráulica ou pneumática. Neste ponto, considero importante que só uma
pessoa da equipa de manutenção fique com acesso ao seccionador do quadro da
máquina (chave no bolso) que por norma, será o responsável pelo trabalho.
Para evitar acidentes pessoais, deve-se seguir os preceitos e recomendações nas
normas de Higiene e Segurança no Trabalho: utilizar luvas, óculos de proteção e
máscara no manuseamento de líquidos tóxicos para lavagem de peças. Utilizar
calçado protetor à queda de ferramentas ou órgãos a substituir assim como capacete.
Para deslocação de órgãos pesados, utilizar meios motorizados de elevação e
transporte, etc.
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Motivar a prevenção é trabalhar com segurança
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Anexo 1 – Folha de histórico de avarias
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Anexo 2 - Folha de ensaio de motores – 3 velocidades
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Anexo 3 - Folha de ensaio de motores 1 velocidade
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Bibliografia
Imagens de motores –
https://www.google.pt/search?q=imagens+motores+eletricos
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Formador: Quaresma Santos
(Técnico Electricidade e Elétronica Industrial)
Certificado nº EDF 534552/2010 DN
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