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1 – Introdução
O progresso das ciências da saúde implica, cada vez mais, uma atividade multidisciplinar
integrada que envolve profissionais com diferentes formações curriculares, específicas e
diferenciadas.
Sobre Farmácia Hospitalar, o egrégio Conselho Federal de Farmácia através da Resolução 200 de 1997 define:
A principal função da farmácia hospitalar é garantir a qualidade de assistência prestada ao paciente através do
uso seguro e racional de medicamentos e correlatos, adequado sua utilização à saúde individual e coletiva, nos
planos: assistencial, preventivo, docente e de investigação, devendo, para tanto, contar com farmacêuticos em
número suficiente para o bom desempenho da assitência farmacêutica.
I - Assumir a coordenação técnica nas discussões para seleção e aquisição de medicamentos, germicidas e
correlatos, garantindo sua qualidade e otimizando a terapia medicamentosa;
IX - Exercer atividades formativas sobre matérias de sua competência, promovendo cursos e palestras e criando
um Setor de Informações de Medicamentos, de acordo com as condições do hospital;
II - Organizar, supervisionar e orientar tecnicamente, todos os setores que compõem a farmácia hospitalar de
forma a assegurar-lhe características básicas bem como contribuir para seu funcionamento em harmonia com o
conjunto da unidade hospitalar.
1.2 - Farmacotécnica
Trata-se de uma parte da Farmacologia que cuida das drogas, transformando-se nas várias formas farmacêuticas
utilizadas na prevenção, diagnóstico e cura das doenças. Esta transformação visa a administração, assegurando
uma perfeita eficácia terapêutica e conservação.
A Farmacotécnica é subsidiada por outras ciências fundamentais, como a física, a química, e a botânica; e de
ciências de aplicação como a Farmacognosia e a Farmacodinâmica. Sendo assim, ela própria se constitui em
uma ciência de aplicação, libertando-se cada vez mais do empirismo que a caracterizou no passado.
Compete à Farmacotécnica estudar a forma farmacêutica mais adequada e o melhor meio de se conservar os
medicamentos, de modo a prolongar, na medida do possível, o seu período de utilização.
A farmacotécnica tem como objetivo: preparar, conservar, acondicionar e dispensar medicamentos, dosados
com exatidão e apresentados sob uma forma que facilite a sua administração.
A ação da farmacotécnica resulta em Formas Farmacêutica, que são também designadas por formas galênicas
ou formas medicamentosas. São o resultado de várias operações a que se submetem as substâncias
medicamentosas a fim de facilitarem a sua posologia, administração, mascarar os caracteres organolépticas e
assegurar a ação desejada.
Classificação dos Medicamentos
Como se sabe a palavra Medicamento indica uma droga ou uma preparação com drogas de ação farmacológica
benéfica, quando utilizada de acordo com suas indicações e propriedades.
Medicamento Simples - aqueles preparados a partir de 1 único fármaco
Medicamento Composto - são aqueles preparados a partir de vários fármacos.
Medicamento de Uso Externo - são aqueles aplicáveis na superfície do corpo ou nas mucosas
facilmente acessíveis ao exterior.
Medicamentos de Uso Interno - são aqueles que se destinam à administração no interior do organismo
por via bucal e pelas cavidades naturais.
Medicamentos Oficiais - são aqueles oficializados nas monografias presentes nas Farmacopéias.
Medicamentos Oficinais - são aqueles preparados na própria farmácia, de acordo com normas e doses
estabelecidas por Farmacopéias ou formulários e com uma designação uniforme.
Medicamentos Especializados de Especialidades Farmacêuticas - são medicamentos de fórmula
conhecida, de ação terapêutica comprovada, em forma farmacêutica estável, embalado de modo uniforme e
comercializado com um nome convencional. A especialidade farmacêutica é industrializada e sua fabricação
obedece a regulamento de natureza governamental.
Medicamento Magistral - são aqueles medicamentos prescritos pelo médico e preparados para cada
caso, com indicação de composição qualitativa e quantitativa, da forma farmacêutica e da maneira de
administração.
Medicamento Placebo - são substâncias ou preparações inativas administradas para satisfazer a
necessidade psicológica do paciente de tomar drogas.
Medicamentos Alopáticos - são aqueles que tratam as doenças produzindo uma condição de
antagonistas; incompatíveis com o estado patológico a ser tratado. “Cura provocando uma ação diferente no
corpo”.
Medicamentos Homeopáticos - são aqueles que promovem uma condição semelhante com o estado
patológico a ser tratado. “Tratam o indivíduo, e não a doença em primeiro lugar”.
2. - Farmacotécnica Hospitalar
- Implantação:
2.1 Objetivos
A farmacotécnica tem como finalidade, contribuir com as demais áreas da Farmácia Hospitalar para que esta
cumpra sua missão no serviço clinico e colabore diretamente na assistência ao paciente hospitalizado e/ou
ambulatorial.
Recentemente foi publicada a RDC 33/00, estabelecendo os requisitos mínimos para a manipulação,
fracionamento, conservação, transporte, dispensação de preparações magistrais e oficinais, alopáticas e ou
homeopáticas, e de outros produtos de interesse da saúde.
Conceitos importantes:
1. Especialidade farmacêutica: produto oriundo da indústria farmacêutica com registro na Agência
Nacional de Vigillância Sanitária e disponível no mercado.
2. Fracionamento: divisão de uma especialidade farmacêutica em dooses que atendam a prescrição
médica.
3. Manipulação: conjunto de operações com a finalidade de elaorar preparações magistrais e oficinais,
fracionar produtos industrializados para uso humano.
4. Preparação magistral: é aquela preparada na farmácia atendendo a uma prescrição médica, que
estabelece a composição, forma farmacêutica, posologia e moso de usar.
5. Preparação oficinal: é aquela preparada na farmácia atendendo a uma prescrição médica, cuja fórmula
estaja inscrita nas Farmacopéias Brasileiras ou Compêndios oui Formulários reconhecidos pelo
Ministério da Saúde.
6. Farmácia Hospitalar: Farmácia de atendimento privativo de unidade hospitalar: unidade clinica de
assistência técnica e administrativa, dirigida por farmacêutico, integrada funcional e hierarquicamente
às atividades hospitalares.
7. Produtos de higiene: produtos para uso externo, anti-sépticos ou não, destinados ao asseio ou à
desinfecção corporal, compreendendo os sabonetes, xampus, dentifrícios, enxaguatórios bucais, aniti-
perspirantes, desodorantes, produtos para barbear e após o barbear, estípicos e outros.
- Estrutura física;
A RDC 33/00 define que uma farmácia destinada a manipulação de produtos magistrais e oficinais deve ser
localizada , projetada, construída ou adaptada, contando com uma infra-estrutura adequada às opoerações
desenvolvidas, para assegurar a qualidade das preparações, possuindo no mínimo:
Farmácia Hospitalar
Farmacotécnica
A existência dessa sub-unidade dependerá da execução ou não das atividades correspondentes:
- Sala de manipulação, fracionamento de doses e reconstituição de medicamento 2,0 m².
- Área de dispensação 6,0 m².
- Sala para preparo e diluição de germicidas 9,0 m².
- Laboratório de controle de qualidade "In loco" ou não 6,0 m².
- Sala de limpeza e higenização de insumos (assepsia de embalagens) 4,5 m².
- Sala de preparação de quimioterápicos 5,0 m² por capela de fluxo laminar.
- Sala de manipulação de nutrição parenteral 5,0 m² por capela de fluxo laminar.
-
Vide Portaria MS nº 3.535 de 02/09/98 e Portaria MS 255 de 31/03/99 sobre centros de atendimento de
oncologia, publicadas nos DO de 14/10/98 e 01/04/99 e Portaria MS/SAS nº 113 de 31/03/99 sobre
cadastramento de serviços, publicada no DO de 08/04/99.
Centro de informações de medicamentos
- 6,0 m2.
Ambientes de apoio
- Sanitários para funcionários.
Farmacotécnica:
- Sanitários com vestiários para funcionários - depósito de material de limpeza.
- Sala administrativa -sala de esterilização de materiais.
- Vestiário (barreira as sala de limpeza e hiegenização e salas de manipulação).
- Copa.
Quando houver preparação de quimioterápicos ou manipulação de nutrição parenteral. Uma única sala não pode
servir a sala de quimioterápicos e a sala de nutrição parenteral.
Estas salas podem estar localizadas na unidade de quimioterapia ou na farmácia, sempre sob a responsabilidade
de um farmacêutico. Deve possuir visor que possibilite a visão da capela de fluxo laminar.
Para Nutrição Parenteral vide Portaria nº 272 de 08/04/98 do Ministério da Saúde publicada no DO de
23/04/98.
1.4 - Equipamentos;
- Encapsuladeira manual - Fabricada com placa de PVC, com beiral de alumínio bem fixado evitando o
acúmulo de pó embaixo da mesma. Acompanha espátulas, compactador e barra divisora em PVC, para que
o manipulador possa manipular quantidade de cápsulas menor que a capacidade da encapsuladeira e de
fácil limpesa e esterilização. Capacidade: Encapsuladeiras com capacidade para:180, 360, 600 cápsulas nos
tamanhos de cápsulas numeros: 000,00,0A, 0, 1, 2, 3 e 4. Produção: Varia de acordo com a capacidade da
encapsuladeira . Garantia: de no mínimo por 1 ano.
- Encapsuladeiras manuais para omeprazol - Fabricada com placa de PVC, com beiral de alumínio e
alumínio anodizado bem fixado evitando o acúmulo de pó embaixo da mesma. Acompanha espátulas,
compactador e barra divisora em PVC, para que o manipulador possa manipular quantidade de cápsulas
menor que a capacidade da encapsuladeira e de fácil limpesa e esterilização. Capacidade: encapsuladeiras
com capacidade para: 60; 120; 150; 180; 200; 250; 300; 360; 400 e 600 cápsulas nos tamanhos de
cápsulas numero 2. Produção: Varia de acordo com a capacidade da encapsuladeira .
- Estufa Bacteriológica -temperatura de até 65 °c - numero 3 com 2 portas sendo uma de de vidro -
dimensão 50 x 50 x 40 cm - 110/220 volts.
- Destilador para água com capacidade para 05 a 10 litros por hora, 220 volts.
- Seladora para selar saco plástico. seladora de pedal, com dupla resistência, voltagem 220 volts, com
marcador de potência e regulagem da solda.
- Capela de exaustão de pó para balança, construida em chapa de aço com pré-ratamento, acabamentona
cor branca em epoxi eletrostático,2 exaustores de baixo nível de ruído,filtro de papel 160x220mm, friso
protetor de borracha nas bordas – 110/220 volts - 30 watts,dimensões externa aproximadamente 32 x 66 x
44cm.
- Cronômetro digital.
Os principais materiais utilizados para envase são os de plásticos de PVC e PET e vidro. Há fornecedores locais
como a Guararapes e a Emplasquil. Mas, é no sudeste onde encontramos maior variedade de fornecedores e
fabricantes.
- Matérias-primas.
Da mesma forma que as embalagens é na região sudeste e principalmente no estado de São Paulo onde
encontramos os principais fornecedores para manipulação de medicamentos, anti-sépticos e saneantes.
Temos alguns fornecedores locais para a área de saneantes e até de medicamentos, mas muitas vezes operam
com custos mais significativos que os de São Paulo, por exemplo.
- Custo de produção;
Geralmente incluímos apenas os custos fixos (matéria-prima, rotulagem e embalagem), ficando os demais
custos fixos e varáveis para rateio.
Num produto como o Álcool etílico sol a 70% p/v, os custos de produção será formado pela quantidade de
álcool etílico a 96o GL + embalagem (frasco de 100 ou 1000 ml) e rótulo.
Os custos variáveis (água, luz, manutenção, etc) e ainda alguns fixos (recursos humanos, aluguel, seguros, etc.),
quando já sem tem uma média dos meses anteriores, fica fácil de ser previsto.
Estas despesas, podem ser rateadas entre cada um produtos, em apresentações individuais, fabricados no mês.
Para ficar ainda mais prático, deve-se calcular um fator para apropriar este custo de forma que o percentual
acrescido em cada produto vezes o total produzido num dado período represente o tatal desta despesas.
- Custo de aquisição;
O custo de aquisição deve incluir o valor do material adquirido + frete + estocagem + administração e
operacionalização da compra.
- Análise de mercado.
Feitos estes cálculos e aplicado a margem de lucro chega-se ao custo do produto. Em seguida, deve-se realizar
pesquisa de mercado para verificar o preço praticado para o mesmo produto na mesma apresentação.
A partir da verificação do custo de produção, análise do custo praticados no mercado de cada um da linha de
produção, verificada a demanda de consumo, custos de implantação e operacionalização é que pode estimar a
viabilidade econômica do negócio.
Ressalto que a análise de mercado deve ser feita entre produtos de boa aceitação , de empresa idônea e produto
de qualidade garantida.
4 - Operacionalização
Histórico
Farmacopéias regionais nem sempre oficializadas (séc. XVIII).
Farmacopéias nacionais oficiais (fim do séc. XVIII e início do séc. XIX).
Brasil adotou a Farmacopéia Portuguesa até a Independência.
Adotou a Farmacopéia Francesa até que a brasileira fosse publicada
Farmacopéias brasileiras
1ª. Edição (1926)
2ª. Edição (1959)
3ª. Edição (1976)
4ª. Edição (1988)
Todas as Farmacopéias possuem “métodos gerais” preconizados e em seguida as monografias; com
exceção da 4ª. Edição que contém apenas as generalidades e métodos gerais de análise. Não possui monografias
de matérias primas e especialidades farmacêuticas.
Vigência em todo o território nacional.
Formulários
Ao lado das Farmacopéias existem os formulários de índole galênica, oficializados em muitos países e
dotados de caráter nacional, ou restritos a determinados serviços.
Em alguns países da América do Norte e na Grã-Bretanha, a publicação dos formulários nacionais é
acompanhada das respectivas Farmacopéias.
Nos E.U.A têm sido publicados, regularmente diversos formulários nacionais. O último National
Formulary XXII, foi oficializado juntamente com a revisão da USP XXII.
No Brasil também têm sido publicados alguns formulários, com exemplo o Formulário Homeopático
Brasileiro.
Droga - produto simples ou complexo que poderá ser utilizado como matéria prima para o uso
farmacêutico, podendo este ser de origem vegetal, mineral ou animal. Ex.: mel, cera de abelha, fenol, sulfato de
cobre, beladona.
Fármaco - todas as drogas utilizadas em farmácia e dotadas de ação farmacológica ou, pelo menos de
interesse médico. Poderíamos dizer então, que o conceito de droga abrange o de Fármaco ou que o Fármaco é
um tipo especial de droga.
Medicamento - “Toda a substância que administrada convenientemente ao organismo enfermo possa
aliviar ou curar o seu estado patológico.”
“Qualquer substância simples ou complexa que aplicada no interior ou no exterior do corpo do homem
ou do animal possa produzir efeito curativo ou preventivo”.
“Toda a substância ou conjunto de substâncias que se administrem com fins terapêuticos.”
Remédio - são todos os meios utilizados com o fim de prevenir ou de curar as doenças.
Receita médica
Recipe (Latim) - conjunto de indicações escritas pelo médico ou veterinário ao farmacêutico, para a
preparação e dispensação de um medicamento.
Conteúdo de uma Receita
Nome do paciente, fármacos utilizados e suas quantidades, forma farmacêutica pretendida, indicação
quanto à administração do medicamento, nome, endereço e assinatura do médico.
O médico deverá indicar de forma explícita, qual o fármaco ou os fármacos constituintes e qual a sua
quantidade. Se em um ou mais casos ultrapassar as doses consideradas máximas, deverá demonstrar que têm
plena consciência de fato, escrevendo por extenso e sublinhando as quantidades pretendidas.
Depois de indicar a composição pretendida, o médico menciona a forma farmacêutica desejada.
Algumas vezes as quantidades indicadas refere-se a várias unidades galênicas. Ex.: 12 papéis, 5 supositórios, 6
comprimidos.
Outras vezes menciona-se o quantitativo para uma unidade indicando-se depois, o número de unidades
pretendidas. Ex.: 1 cápsula.
Em certos casos, o médico inclui, nesta parte da receita, a abreviatura F.S.A. (faça segundo a arte).
O médico deve mencionar na receita o modo e a freqüência de administração do medicamento. Quando
este for destinado ao uso externo, deverá assinalar o fato.
Ao farmacêutico competente incluir no rótulo do medicamento que dispensa, algumas indicações
auxiliares. Ex.: colheres de sopa, café, sobremesa, para gargarejo; uso ocular; para inalação; para fricção;
AGITE ANTES DE USAR.
O nome, endereço e assinatura do médico devem constar na receita, de modo a garantirem-lhe sua
autenticidade.
- Base - é a substância ativa, considerada de maior atividade farmacológica, quer pelo seu potencial de acção,
quer pelo seu volume ou quantidade;
- Adjuvante(s) - é a outra, ou outras, substâncias ativas que vão complementar ou reforçar a ação de base.
Veículo - é a parte da forma farmacêutica que lhe confere a forma e o volume, e que confere ao preparado uma
maior estabilidade física. Não tem ação farmacológica.
- Excipiente - é o veículo que unicamente tem uma ação passiva pois destina-se a dar forma, e a aumentar o
volume da forma farmacêutica até lhe dar um valor manuseável.
- Intermédio (ou intermediário) - é o veículo, que vai conferir à forma farmacêutica uma maior estabilidade
física (ou seja, confere-lhe homogeneidade). Normalmente são usados nas formas farmacêuticas líquidas ou
pastosas em que os diversos componentes têm, por vezes, tendência a separar-se por diferenças de osmolaridade
- os intermédios mais correntemente empregues são substâncias tensioactivas.
Corretivo - é uma substância que se junta à forma farmacêutica para lhe modificar as suas características
organolépticas.
- Edulcorantes - São os corretivos que conferem um sabor agradável à preparação (açúcar, mel, sal, etc.).
- Amargantes - são os corretivos que conferem um sabor desagradável, normalmente amargo, para que as
formas farmacêuticas não sejam ingeridas pelos animais (tanino).
Classificação das formas farmacêuticas
As formas farmacêuticas podem ser classificadas quanto à sua origem farmacográfica, quanto à origem da
matriz (natural ou de síntese) ou à sua forma física.
CREMES São um tipo de pomada em que o excipiente utilizado é uma emulsão do tipo água/óleo
(creme) ou óleo/água (cold-cream).
PASTAS São pomadas espessas devido à grande quantidade de pós insolúveis que veiculam. Podem
aparecer sob a forma de pastas dérmicas (aplicação tópica na pele) ou pastas orais
(administração oral de antiparasitários).
POMADAS São preparações farmacêuticas de consistência mole, destinadas a serem aplicadas
externamente, para acção tópica ou geral, e também com fins de protecção e lubrificação. São
preparadas misturando ou dissolvendo as substâncias activas em excipientes, inócuos, não
irritantes e de boa conservação. Quanto aos excipientes as pomadas classificam-se em:
pomadas gordurosas (vaselina, banha, vaselina com lanolina, mistura de óleos, silicones);
pomadas hidrófilas ( vaselina hidrófila);
pomadas hidrossolúveis (mistura de polietilenoglicois, glicerado de amido, geles de polioses
complexas);
pomadas emulsivas (pomada rosada, creme hidrófilo, creme de estearato);
pomadas resinosas (resina). Para facilitar a sua conservação podem-se empregar
conservantes (álcool benzílico, parahidroxibenzoato de metilo) ou anti-oxidantes.
Géis
Géis são sistemas semi-sólidos nos quais o movimento do meio dispensante é restrito por uma rede
tridimensional de partículas interlaçadas ou macromoléculas solvatadas presentes na fase dispersa.
“Géis ou geléias são sistemas semi-sólidos constituídos por pequenas partículas inorgânicas em
suspensão ou por grandes moléculas orgânicas interpenetradas por um líquido (USP)”.
Não iônica
Hidrogéis Hidrogéis orgânicos Pasta de pectina, Gel de tragacanto
Gomas naturais e sintéticas Iose sódica, Pluronic F-127, Polímero
surfactante não-iônico de
polioxipropileno-polioxi-etileno (PM
médio 11,500)
Hidrogéis inirgânicos Gel de bentonita (10-25%), Veegum
Formas farmacêuticas líquidas
COLUTÓRIOS São preparações magistrais destinadas a serem depostas na mucosa bocal ou oro-
faríngea. São soluções viscosas devido à presença de glicerina ou mel. Destinam-
se quase exclusivamente a medicina canina, e as substâncias activas empregues
são antissépticos. Aplicam-se com o auxílio de uma zaragatoa.
EMULSÕES São sistemas dispersos constituídos por duas fases líquidas, em que a fase dispersa
pode ser a água e a contínua o óleo (tipo água em óleo, A/O) ou o contrário (tipo
óleo em água, O/A). Para conferir às emulsões estabilidade satisfatória pode-se
recorrer ao uso de substâncias que actuem sobre a viscosidade ou sobre a tensão
interfacial (intermediários).
SOLUÇÕES São misturas de substâncias activas (normalmente sólidas) em solventes líquidos
(normalmente a água), em concentrações inferiores à sua solubilidade à
temperatura ambiente. Podem constituir por si só uma forma farmacêutica, ou
serem incorporadas noutras. Actualmente estão muito divulgadas as "soluções
pour on" destinadas a serem aplicadas no dorso dos animais e com fins
antiparasitários.
TINTURAS São formas farmacêuticas oficinais que resultam da acção do álcool, por
maceração ou lexivação, sobre produtos secos de origem animal, vegetal ou
mineral. São portanto soluções alcoólicas, a 10 ou 20%, geralmente. Usam-se por
via tópica, "per os" em poções ou xaropes.
VESICANTES São formas farmacêuticas líquidas, para aplicação tópica, também conhecidas
como fogos líquidos. Têm uma acção rubefaciente e hiperemiante local.
XAROPES São formas farmacêuticas em que a substância activa, sob a forma de pó, líquido,
etc., se encontra dissolvida numa solução aquosa açucarada concentrada (1 parte
de água para 2 partes de açúcar). Esta preparação medicamentosa é administrada
"per os".
A fim de reduzir custos e falhas humanas no preparo e utilização das soluções anti-sépticas, é necessário
padronizar um mínimo de produtos químicos de eficácia comprovada, definir sua concentração e diluição
indicada e a finalidade a que se destinam.
As condições mínimas exigidas para utilização de um anti-séptico é que ele esteja autorizado para uso pela Port.
930/92, que assegura:
Iodóforos
a) Mecanismos de ação
A atividade germicida do iodo se dá por sua capacidade de penetrar rapidamente na parede celular dos
microrganismos, causando ruptura das estruturas da proteína e ácido nucléico.
Iodóforo é um complexo de iodo fracamente ligado a um elemento transportador que serve tanto para aumentar
a solubilidade do iodo quanto para ser reservatório de liberação do mesmo, conferindo-lhe poder residual.
A povidona-iodo é o iodóforo mais largamente utilizado e sua molécula carreadora é a polivinilpirrolidona. Tem
ação bactericida, fungicida, virucida e tuberculicida. A concentração germicida mínima é de 10%, que contém
1% de iodo disponível, cuja ação germicida é equivalente à de soluções aquosas de iodo de mesmo teor.
Estudos in vivo demonstram que a solução aquosa de PVP-I a 10% reduz a microbiota da pele de 68 a 84% em
uma única aplicação; de 92 a 96% em seis aplicações sucessivas, enquanto a solução alcoólica reduz de 74 a
98% em uma única aplicação. Seu efeito residual (impedindo o crescimento de bactérias na pele) é estimado
entre 6 a 8 horas.
Devido à complexão do iodo, as soluções de iodóforos não irritam tanto a pele e mucosas quanto a solução de
iodo; são menos alergênicas, têm odor suave e são facilmente removíveis da pele e roupas.
A povidona-iodo per se tem baixa toxicidade para os tecidos. O ressecamento da pele pode ocorrer com o uso
consecutivo e prolongado. Concentrações elevadas de iodo no plasma, por absorção em pacientes queimados,
podem ser responsáveis por intoxicações ocasionais. A aplicação tópica em recém nascidos pode resultar em
hipotireoidismo.
Clorexidina
Mecanismos de ação
Sua atividade germicida se dá por uma série de mudanças fisiológicas e citológicas e o efeito letal é devido a
destruição da membrana citoplasmática bacteriana. Age tanto em bactérias Gram-positivas como Gram-
negativas, mas está comprovada sua maior efetividade sobre os Gram-positivos. Tem ação sobre vírus
lipofílicos (p.e. influenza, citomegalovirus, herpes, HIV) e sua ação fungicida é variável com a espécie.
A atividade germicida se mantém mesmo na presença de sangue e demais fluidos corporais. Possui efeito
residual de aproximadamente 6 a 8 horas por ação cumulativa. Estudos in vivo demonstram que a solução
alcoólica de di-gluconato de clorexidina a 0,5% reduz, em uma única aplicação, a microbiota da pele de 84,9%
a 95,6% e a solução aquosa a 4% reduz de 70 a 86,7% em uma única aplicação e 80,1% a 99,2% em seis
aplicações.
c) Toxicidade
Alcoóis
a) Mecanismos de ação
Os alcoóis alifáticos são germicidas em graus variáveis e os mais utilizados como anti-sépticos são o etanol e o
isopropanol. A concentração bactericida ótima do etanol é 70% em peso, capaz de eliminar 90% das bactérias
cutâneas em 2 minutos, desde que a área permaneça úmida durante este período. O etanol a 70% embebido em
algodão reduz no máximo 75% na contagem bacteriana cutânea, porque suas condições de armazenagem
facilitam evaporação.
Na concentração de 70%, sua ação germicida se dá por precipitação de proteínas; entretanto, quando em baixas
concentrações, tem escassa penetração no protoplasma bacteriano e em concentrações elevadas pode desidratar
as bactérias sem destruí-las. Quando aplicado rapidamente sobre a pele não causa danos, porém é irritante se
mantido por longos períodos de tempo. Não deve ser aplicado em ferimentos abertos pois além de irritar o
tecido, forma um coágulo sob o qual as bactérias podem se desenvolver.
O álcool exerce ação bactericida sobre todas as bactérias patogênicas comuns, não possui boa ação fungicida e
virucida e é inativo contra esporos. Em concentrações acima de 70%, o isopropanol é ligeiramente mais
germicida que o etanol, mas causa vasodilatação sob a superfície de aplicação, de modo que picadas de agulha
ou incisões no local sangram mais do que com o etanol.
b) Tabela de conversão
O álcool etílico é fornecido em volume oGL (Gay-Lussac) e necessita de conversão para chegar na sua
concentração germicida ótima de 70%. Para tal, existe a tabela de conversão entre volume oGL e % massa por
massa (W/W).
x = 1,428 (y - 70)
onde,
x = água em ml para diluição de álcool
y = concentração inicial de álcool em % (W/W) que será diluida
Exemplo: álcool etílico 96oGL pela tabela
y = 93,89
x = 1,428 (93,89 - 70) = 34,12
é necessário 34,12 ml de água para cada 100 ml de álcool etílico 96oGL
c) Uso terapêutico
anti-sepsia da pele antes da venopunção
anti-sepsia complementar das mãos da equipe de saúde após a lavagem de mãos de rotina com
água e sabão
anti-sepsia de mãos em unidades de atendimento clínico de rotina ao paciente (anamnese e
exame físico) onde não existam pias para lavagem das mãos
Observação.- Para anti-sepsia de mãos, a fim de evitar o ressecamento das mesmas, recomenda-se a adição de
glicerina a 1 ou 2%.
O peróxido de hidrogênio, H2O2, age sobre a membrana lipídica, DNA e outros componentes essenciais da
célula bacteriana, através da produção de radicais livres de hidroxila destrutivos.
Tem ação bactericida, virucida, esporicida e fungicida. Pode ser usado como desinfetante para superfícies
inanimadas, quando estabilizado a 6%. Concentrações entre 10 a 25% são propostas como esterilizante
químico, embora de pouca aceitação quando comparada com as soluções de glutaraldeído. A solução tópica a
3% possue baixa ação germicida e pouca penetrabilidade. É contra-indicada como anti-séptico, pois a catalase
presente na matéria orgânica reage com o oxigênio da solução, inativando-a. Soluções concentradas são
irritantes para a pele. A irrigação de feridas agrava o trauma tissular e retarda a cicatrização. A solução promove
a oxidação de debris orgânicos através da liberação de gases de oxigênio, o que pode ajudar na remoção
mecânica de sujidade.
A solução de peróxido de hidrogênio é instável e facilmente alterada pelo calor e pela luz.
O triclosan é um derivado fenólico utilizado em associação com sabão, detergentes e cosméticos, tais como o
Igarsan DP 300, na concentração 0,5 a 2%. É bacteriostático principalmente contra bactérias Gram-positivas,
mas sua ação bactericida contra Gram-negativos, principalmente Pseudomonas aeruginosa, é controvertida. Seu
efeito de absorção cumulativa não é conhecido, daí seu uso ser contra-indicado em crianças abaixo de 6 meses.
Classificado como sabonete líquido de baixa ação anti-séptica, é indicado para limpeza de pele de pacientes e
lavagem de mãos de rotina dos profissionais de saúde, em áreas de baixo risco para aquisição de infecções
hospitalares.
Compostos de Prata
b) Uso terapêutico
Permanganato de Potássio
b) Uso terapêutico
Em afecções úmidas e/ou infectadas de pele, na concentração de 1:40.000, em banhos de imersão, 2 a 3 vezes
ao dia, por 10 a 15 minutos.
Soluções de iodo
a) Mecanismos de ação
O iodo é altamente reativo e sua ação microbicida se dá pela combinação com proteínas por reação química ou
por adsorção. É um potente agente bactericida, virucida, fungicida e tuberculicida de ação rápida. Na
concentração de 1:20.000 exerce ação bactericida em 1 minuto de exposição e destrói esporos bacterianos em
cerca de 15 minutos. A eficácia da solução não é prejudicada pela presença de matéria orgânica desde que a
concentração do iodo não seja baixa (<0,1%).
b) Apresentações ,
c. Uso terapêutico
1. Anti-sepsia da pele
Anti-sepsia complementar da pele após lavagem de mãos e antes de procedimentos invasivos sem efeito
residual.
Observação.- As bacias com soluções são contra-indicadas por facilitarem a deterioração, evaporação e
contaminação.
2. Curativos
As soluções aquosas de iodo são indicadas para curativos nas concentrações de 0,5 a 1% de iodo.
Estas diluições devem ser preparadas a partir das soluções oficiais (U.S.P.).
A solução forte de iodo tem propriedades queratolíticas, provavelmente por seu conteúdo em iodo, sendo
indicado algumas vezes para tratamentos específicos como a queratosclerose.
d. Toxicidade
A toxicidade local do iodo é baixa; entretanto, provoca ressecamento e irritação da pele e ocasionalmente pode
levar a reações de hipersensibilidade caracterizadas por febre e erupção cutânea de tipos variados.
e. Armazenamento
Soluções aquosas
Devem ser acondicionadas em fracos âmbar com tampa fechada para evitar deterioração e evaporação e
protegidas da luz e do calor.
Soluções alcoólicas
Devem ser acondicionadas em frascos transparente pois a luz evita a formação do ácido iodídrico que inativa a
solução por impedir a formação do iodo livre. Os frascoss devem ser mantidos com tampa fechada.
Outros
Ácido acético
O ácido acético para utilização sobre a pele deve ter concentração igual ou inferior a 1%, o que faz com que a
solução tenha baixo poder germicida e fique suscetível à contaminação por Gram-negativos.
Ácido bórico
O ácido bórico é de baixo poder germicida, mas por sua propriedade não irritativa é utilizado no preparo de
algumas soluções medicamentosas ópticas e como tampão em algumas preparações tópicas.
Azul de metileno, U.S.P. (Cloreto de Metiltionina)
Foi o primeiro corante recomendado como anti-séptico em 1890. Entretanto, sua baixa atividade germicida e
alta toxicidade causaram seu abandono.
Carvão ativado
O carvão ativado não tem nenhum poder germicida e atualmente é comercializado sob a forma de curativos de
tecido de carvão ativado impregnado com prata. A prata é que possue ação germicida. É de alto custo quando
comparado aos anti-sépticos padronizados.
Hexaclorofeno
O hexaclorofeno é um bi-fenol, cuja comercialização está proibida no Brasil devido a sua toxicidade.
Como anti-séptico, ele é mais eficaz contra bactérias Gram-positivas do que Gram-negativas. A solução se
acumula na pele e sua toxicidade sistêmica foi comprovada com o uso tópico diário em crianças prematuras ou
de baixo peso, crianças com escoriações na pele ou ainda quando aplicado várias vezes ao dia na pele ou vagina
de adultos. Os efeitos incluíram confusão, diplopia, letargia, convulsões, parada respiratória e morte. As
soluções contendo detergente são as mais tóxicas.
Iodofórmio
No estado sólido os iodofórmios são pós cristalinos de coloração amarelada e odor característico. Possuem
toxicidade sistêmica ( sonolência, alucinações e espasmos). No passado foram utilizados como anti-sépticos em
feridas abertas e posteriormente substituidos por soluções menos tóxicas, principalmente os iodóforos.
Nitrofurazona (Furacin (R))
A nitrofurazona tem ação bacteriostática sobre a maioria das bactérias em uma faixa de concentração de
1:100.000 e 1:200.000. Para ação bactericida, são necessárias concentrações de aproximadamente o dobro
destas. Algumas cepas bacterianas entretanto, são insensíveis a concentrações muito maiores que as supra
citadas. É inativa contra Pseudomonas e Candida albicans.
Possue toxicidade sistêmica relativamente baixa e não há absorção significativa da droga por superfícies
mucosas ou queimadas. Grandes inóculos de microrganismos, plasma e sangue reduzem a atividade germicida
desta droga. Temperaturas superiores a 40oC interferem na atividade germicida da solução, sendo portanto
contra-indicada sua esterilização.
Papaína
É a denominação dada ao complexo enzimático de ação proteolítica encontrado na planta Carica papaya
(mamão) e comercializado na forma de pó. É utilizado como coadjuvante no tratamento de feridas infectadas e
está sendo utilizado experimentalmente no Brasil.
Violeta genciana
A violeta genciana é um corante de trifenilmetano de baixa ação bactericida e fungicida. Bactérias Gram-
negativas e as ácido-álcool-resistentes são muito resistentes à droga.
A Solução tópica contém 1% do corante em 10% de etanol. O contato da solução com o tecido de granulação
pode resultar em pigmentação permanente da pele; por isso, o corante não deve ser aplicado em lesões
ulcerativas.
Cuidados com a manipulação e estocagem de soluções
colocar as soluções preferencialmente em recipientes pequenos e reutilizáveis, mantendo-os
fechados para uso único ou diário.
não deixar gaze ou algodão embebidos em soluções anti-sépticas aquosas, para evitar sua
contaminação
utilizando grandes vasilhames para estocagem de soluções, colocar pequenas quantidades e
semanalmente realizar a troca e limpeza dos recipientes utilizados.
guardar os recipientes protegidos da ação direta da luz ou calor.
a limpeza dos recipientes deve ser com água e sabão e secagem completa antes da reposição da
solução.
é fundamental a rotulagem dos fracos com a especificação da solução e data da troca.
3. O Produto de Lavagem
Um dos aspectos visuais de atuação do produto mais apreciados pelo consumidor, é a espuma que se forma
durante o processo de lavagem. A espuma sendo uma emulsão, depende do volume de ar que a solução
consegue reter, tal quantidade é função do produto e do grau de agitação impresso a solução. Determinar o nível
e o tipo de espuma é a problemática da formulação.
Os detergentes ativos, devem apresentar características adequadas quanto a:
Efeitos sobre a pele (sensitização)
Toxidez (ingestão)
Biodegradabilidade
A Água
O suprimento de água varia em dureza da água, tipos de sais dissolvidos, contaminações metálicas, etc.
Quanto maior a dureza da água, maior a quantidade de detergente necessária para uma lavagem
adequada. A presença de impurezas metálicas influenciam negativamente o processo de lavagem, a
presença de ferro confere aos tecidos uma cor amarelada, o cobre catalisa a reação de decomposição do
perborato, alterando-lhe o poder branqueador e a presença de manganês produz cores indesejáveis no
tecido branco, particularmente se o branqueamento por hipoclorito fizer parte da operação.
O Equipamento
Podendo variar desde um simples balde até uma máquina automática de lavar. Existindo um tipo de
sabão/detergente para determinado equipamento.
Formulação de detergentes
O detergente pode ser um pó ou um líquido, cujo princípio ativo é um detergente sintético. Ele é constituído de
um fórmula bastante complexa, uma fórmula típica contém:
- Agentes Coadjuvantes
Os tensoativos são na maioria dos casos sensíveis à presença de sais na água (sais de cálcio e magnésio), os
quais provocam a dureza da água, reduzindo assim sua eficiência como agente limpante. Para neutralizar a ação
destes sais são adicionados agentes coadjuvantes, que são na maioria dos casos seqüestrantes químicos, além
disso eles tem o poder de:
Ajudar os tensoativos a deflocular (quebrar em partículas menores) e manter em suspensão os materiais
insolúveis, como a terra, e emulsificar materiais oleosos/graxos.
Promover a alcalinidade adicional para a solução de lavagem, ajudando a limpeza de alguns tipos de
sujeira.
Ajudar na estruturação das partículas do detergente durante o seu processo de produção, mantendo
assim, as propriedades físicas estáveis.
Os coadjuvantes mais utilizados são os polifosfatos, mais precisamente o tripolifosfato de sódio, e além dele
pode-se usar o carbonato de sódio e zeólito.
3. Silicatos
Os silicatos dão ao detergente em pó melhores propriedades de armazenamento, combatem a corrosão
nas máquinas de lavar (principalmente nas peças de alumínio) e mantém em suspensão as sujeiras de
natureza argilosa.
4. Agentes Modificadores de Pó
Sob este título podemos incluir uma série de agentes específicos, que podem ser adicionados a uma
formulação para conferir ou melhorar alguma propriedade. È muito comum o uso de corantes eu
conferem um melhor aspecto ao pó, e de perfumes que para o consumidor representam a própria
"identidade" do produto.
5. Agentes Ópticos
São compostos orgânicos que se depositam sobre o tecido, absorvem a luz ultravioleta e reemitem como luz
visível na região azul do espectro. Isto mascara o amarelado que o tecido adquire com o tempo e dá mais brilho
ao tecido. As substâncias mais usados são as derivadas do estilbeno, e dimorfolinas, sendo mais conhecidas
pelos seus nomes comerciais, tais como: tiopal CBS-X, tinopal DMS, photine, blankophor e leucophor.
Fabricação do tensoativo - Ocorre através de sulfonação, onde o alquilbenzeno reage com o trióxido de
enxofre, resultando no ácido sulfônico, que é neutralizado com soda cáustica para então formar o alquilbenzeno
sulfonato de sódio, que é o tensoativo.
Mistura dos componentes - Nesta etapa os componentes são misturados para formar uma pasta (slurry), são
adicionados então todos os componentes que não são sensíveis a ação da água e do calor.
Sopragem - A pasta produzida é bombeada para os vários bicos de pulverização, existentes no topo da torre de
sopragem. As partículas ainda úmidas da mistura final, vão gradativamente caindo em contracorrente com o ar
quente, perdendo parte da água nesta trajetória, e chegando à base da torre na forma de um pó, mas ainda
quente. Este pó é resfriado e condicionado através de um elevador de ar.
6 - Controle da Qualidade
A farmácia deve estar devidamente equipada e com os procedimentos estabelecidos e escritos para realizar, em
amostras estatísticas das preparações do estoque mínimo de medicamentos, por produto, os itens abaixo rela
cionados, quando aplicáveis, mantendo os registros dos resultados:
a) caracteres organolépticos; e) dureza;
b) pH; f) desintegração;
c) peso médio; g) grau ou teor alcoólico;
d) friabilidade; h) densidade;
i) volume; k) teor do princípio ativo;
j) viscosidade; l) pureza microbiológica
A farmácia deve dispor de laboratório de controle de qualidade capacitado para realização de controle em
processo e análise da preparação manipulada, referidos acima.
É facultado à farmácia terceirizar o controle de qualidade das matérias-primas e preparações manipuladas, em
laboratórios tecnicamente capacitados para este fim, mediante contrato formal.
A farmácia deve manter amostra de referência de cada lote preparado, até 4 (quatro) meses após o vencimento
do medicamento.
Os rótulos das preparações, antes da dispensação, devem conter: identificação do produto, data da manipulação,
número do lote e prazo de validade.
7 - Garantia da Qualidade
- Formulário padrão;
Modelo:
2. Apresentação
Frasco aplicador transparente 300 ml.
3. Materiais e Equipamentos
Proveta 100 ml Bastão de vidro Balão de fundo chato 2.000ml
4. Técnica
1. Medir o volume do ácido acético e transferi-lo para o balão;
2. Completar o volume com água destilada;
3. Homogeneizar e envasar.
5. Características 6. Indicação
Líquido límpido, incolor e de odor característico. Antimicrobiano tópico e desinfectante.
7. Referências
MARTINDALE, The Extra Pharmacopoeia, 31º ed., p. 1667, The Royal Pharmaceutical Society,
1996, London – England.
8. Observações
9. Aprovação
ELABORADO APROVADO
5. Características 6. Indicação
Líquido límpido, amarelado de odor Desinfecção de pisos.
característico .
7. Autorização 8. Manipulação
Recife, / / _ Recife, / / _
DATA Responsável Técnico DATA Responsável Técnico
Descreve como deve ser realizado um determinado procedimento de forma descrita ou em gráfico:
7 - Fracionamento
Não há definição precisa sobre o que seja fracionamento, nem regulamentação específica para esta atividade.
O fracionamento de especialidade farmacêutica, em doses, somente pode ser realizado sob responsabilidade e
orientação do farmacêutico em farmácia de atendimento privativo de unidade hospitalar , desde que seja
preservada a qualidade e eficácia originais dos produtos.
As doses fracionadas devem apresentar as seguintes informações: nome do paciente, denominação genérica e
concentração da substancia ativa, númer o do lote e prazo de validade.
A unitarização de qualquer tipo de medicamento dentro da realidade brasileira é algo extremamente novo e
recente. Nos Estados Unidos e Europa, a Indústria Farmacêutica, oferece às farmácias hospitalares o
medicamento já unitarizado, isto em sua grande maioria, ou seja, todo o trabalho que temos aqui no Brasil, lá
praticamente não existe.
Para se ter uma idéia, os comprimidos (sólidos orais) já são embalados na indústria em blisters com data,
validade, lote e nome do princípio ativo. No Brasil, cada remessa de medicamentos que chega no Hospital,
deve ser totalmente unitarizada.
Respondendo à questão, não existem regras ou normas estipuladas sobre esse procedimento, temos sim,
recomendações para se evitar problemas com a qualidade do medicamento e seu estado de conservação:
- envase não deve afetar o conteúdo do medicamento, sendo assim não pode comprometer seu efeito;
- o medicamento envasado deve ser de fácil manuseio ao ser aberto para utilização,
- deve conter nome, data, validade e lote;
- procedimentos devem ser descritos e aplicados (normas de limpeza da área de re-envase,
paramentação dos funcionários envolvidos, entre outros);
- ao se retirar o medicamento de sua embalagem original para unitarizá-lo, caso ele seja líquido (gotas,
suspensão, xarope, entre outros), a data de validade será reduzida, pois a simples manipulação e retirada desse
produto de seu estado natural já comprometeu seu acondicionamento.
8 - Central de Nutrição Parenteral
As centrais de terapia nutricional são diretamente responsáveis pela preparação e controle das misturas de
nutrientes planejadas de acordo com as dietas, adequadas à necessidade individual de cada paciente, através do
acompanhamento clínico diário.
São necessários estudos sobre os processos bioquímicos implicados na nutrição, os métodos de avaliação do
paciente e cálculos das necessidades de nutrientes e dos índices prognósticos, a formulação de nutrientes
existentes para preparação das dietas, as técnicas de controle e preparo das dietas, assim como o conhecimento
dos processos patológicos de indicação de terapia nutricional.
9 - Central de Quimioterapia
Conforme determinação legal, o farmacêutico é o profissional diretamente responsável pela manipulação dos
medicamentos antineoplásicos.
Para poder garantir as boas práticas de manipulação de quimioterápicos, é imprescindível a implantação de
metodologias de trabalho, com procedimentos que garantam o manuseio seguro destes fármacos.
É recomendável o controle farmacêutico da prescrição e a participação do farmacêutico no estabelecimento de
protocolos de administração.
Obs: o conteúdo deste curso foi extraído de outros textos e da nossa experiência
profissional, não estando ainda concluído e referenciado.