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Caso Pratico I

1. Petição Inicial

Meritíssimo Doutor Juiz de Direito do Tribunal judicial do Distrito Municipal


Ka Mpfumo

MAPUTO

António Albrinho, casado de nacionalidade moçambicana e residente no Bairro Central,


Avenida 25 de Setembro, nº 500, 3.º andar, flat 93, cidade de Maputo, adiante designado por
A, vem intentar uma uma accao declarativa condenatória, para o pagamento de quantia
certa, sob a forma do processo ordinário,

Contra

Belinha Belita, casada de nacionalidade moçambicana e residente no Bairro Central, Avenida


25 de Setembro, nº 250, 20.º andar, flat 50, cidade de Maputo, adiante designado por R, nos
termos e pelos seguintes fundamentos:

Dos Factos

1º Artigo

A celebrou um contrato de compra e venda de sua viatura com Belinha Belita. Segundo o
contrato R ficou obrigada a proceder o pagamento de 15000 000,00 Mt (um milhão e
quinhentos mil meticais) em três parcelas de 500 000,00 Mt (quinhentos mil meticais) e
António deveria proceder a entrega da viatura.

2º Artigo

Assim, acordaram que pela entrega da primeira prestação, A deveria proceder a entrega da
viatura. António cidadão honesto procedeu a entrega da viatura e recebeu a primeira prestação
esperando que Belinha salda-se as restantes duas em falta.

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3º Artigo

Qual não foi o espanto do A quando, volvidos mais de seis meses veio a R dizer que não tinha
condições de proceder ao pagamento das restantes prestações e que o teria tido um acidente
com o veículo o qual ficou totalmente danificado e sem condições de reparação.

Do Direito

4º Artigo

Os factos acima expostos, enquadram -se na figura jurídica do contrato de compra e venda,
previsto no artigo874 do CC. Em que o A é o credor e a R é a devedora. Constitui
consequentemente uma relação obrigacional, onde R sendo devedora, tem a obrigação de
entregar 1000 000,00 Mt (um milhão de meticais). E uma vez que esta não cumpriu com a
obrigação no prazo acordado, constitui-se em mora.

Do Pedido

1. Provada a existência de um direito e a respectiva violação, rogo a v. Excia que se digne a


condenar o réu no pagamento do valor de 1000 000,00 Mt (um milhão de meticais).

2. Que R seja condenada as custas judiciais, honorários de advogados e procuradoria condigna;

3. Devera R ser citada para contestar, querendo, a presente acção declarativa condenatória,
prosseguindo os autos os demais ulteriores termos ate ao final.

Provas

Junta:

- Procuração fornece

- Cópia do contrato

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Maputo ao 15 de Agosto de 2017

António Albrinho

2. A penhora poderá ser feita através dos seguintes actos:


 Nomeação dos bens a penhora;
 Decisão do juiz sobre a penhora;
 Efectividade da penhora;
 Publicidade da penhora.

Os bens que podem ser penhorados são: a cama, o sofá de leda, a televisão plasma de 52”
(cinquenta e duas polegasa), o berço, carteiras de leda e uma casa de material precário no bairro
de Chamanculo. Nos termos do artigo 821º do cpc e 601º e seg, do cc.

O bem que não pode ser penhorado é a carinha de mao, artigo 822º e seg. do cpc.

3.
a) Para se defender deste Belinha pode usar o meio de oposição embargo, previsto nos
termos do artigo 812º do cpc.

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b)

Meritíssimo Doutor Juiz de Direito do Tribunal judicial do Distrito Municipal

Ka Mpfumo

MAPUTO

Belinha Belita, Executada, casada de nacionalidade moçambicana e residente no Bairro


Central, melhor identificado nos presentes autos de execução;

Vem, nos termos do artigo 812 do Código de Processo Civil;

EMBARGAR A EXECUÇÃO PARA O PAGAMENTO DE QUANTIA CERTA

Que lhe é movida por

António Albrinho, Exequente, devidamente identificado nos presentes autos de execução,


pelo que o faz nos seguintes termos e fundamentos:

É verdade que a executada celebrou um contrato de compra e venda de sua viatura com o
exequente. Segundo o contrato a executada ficou obrigada a proceder o pagamento de 15000
000,00 Mt (um milhão e quinhentos mil meticais) em três parcelas de 500 000,00 Mt
(quinhentos mil meticais) e o exequente deveria proceder a entrega da viatura.

Assim, acordaram que pela entrega da primeira prestaçao, o exequente deveria proceder a
entrega da viatura. O exequente procedeu a entrega da viatura e recebeu a primeira prestação
esperando que a executada salda-se as restantes duas em falta;

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Volvidos mais de seis meses veio a exequente dizer que não tinha condições de proceder ao
pagamento das restantes prestações e que o teria tido um acidente com o veículo o qual ficou
totalmente danificado e sem condições de reparação;

Inconformado com esta situação António intenmtou uma acção declarativa de condenação
tendo o meretíssimo juiz exarado a seguinte sentença:

“Nestes termos, comprovado o direito que assiste a António pelo contrato de reparração dos
prejuízos causados, declaro a presente acção procedente condenado a ré Belinha Belita ao
pagamento de uma indemnização a ser calculada em execução de sentença pelos danos
patrimoniais e morais a aquele causados.

Cuas e imposto de jutiça no seu máximo a serm pagos pela ré ao abrigo do disposto no artigo
446 nº1 do C. P. Civil conjugado com o artigo 17 do Código das Custas Judiciais segunda as
alterações intorduzudas pelo decreto nº 14/96 de 21 de Maio.

Registe-se e notifique-se

Maputo 08 de Agosto de 2017.”;

Nestes termos, a executada se comprometera por declaração devidamente reconhecida no


notário que iria proceder ao pagamento da quantia em falta no prazo de 15 dias após o término
da acção declarativa e que muito antes de o exequente iniciar a acção executiva esta tivesse
procedido ao pagamento integral da dívida;

No entanto o exequente tendo reconhecido e confirmado o pagamento da dívida mesmo assim,


por má-fé intenta-se a acção executiva;

A executada está perplexo com a presente execução pelo facto da mesma não ter cabimento
algum, dado que já pagou a divida, o que demonstra que o exequente não é pessoa viável e não
é capaz de cumprir algum acordo. Assim, não faz sentido algum as alegações que apresenta na
respectiva acção de execução;


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Todavia, para efeitos do nº 1, do artigo 314 do Código de Processo Civil, o executado oferece
o valor de 15.000,00mt (quinze mil meticais) como valor da execução;

Por tudo quanto foi aqui exposto, não se verifica alguma relação creditícia que ligue o
executado ao exequente e vice versa.

Nestes termos e nos demais de direito e, com o sempre mui douto


suprimento de V. Excia, deve a presente execução ser julgada
improcedente e consequentemente condenar-se o exequente:

a) Pela litigância de má fé, indeminizando a executada pelos


transtornos e custas que tem de suportar em consequência da
execução e que para o efeito propõe o valor de 64.285,00
(sessenta e quarto mil, duzentos oitenta e cinco meticais);

b) A pagar as custas, procuradoria condigna e demais encargos


legais decorrentes do processo.

Valor da causa: 1000 000,00 Mt

Junta: duplicados legais

Maputo, aos 13 de Janeiro de 2011

Belinha Belita

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