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Escoamentos Internos
Os escoamentos internos e incompressíveis, onde os
efeitos da viscosidade são consideráveis, são de
extrema importância para os engenheiros! Exemplos,
• Escoamento em tubo circular:
• veias e artérias de um corpo;
• sistema de saneamento e abastecimento de água
da cidade;
• sistema de irrigação do agricultor;
• sistemas de tubulações que transportam fluidos em
uma fábrica;
• linhas hidráulicas de uma aeronave, e
• jato de tinta da impressora do computador.
(LM)
LM
= 0,065 Re , para escoamento laminar (1)
D
LM
= 4, 4(Re ) , para escoamento turbulento (2)
16
Tensão de cisalhamento e
Pressão
• No escoamento plenamente desenvolvido, em regime
permanente e num tubo horizontal com diâmetro constante,
os efeitos viscosos oferecem a força de resistência que
equilibra exatamente a força de pressão, sendo ∂p / ∂x = − ∆p / l
• Na região de entrada existe um equilíbrio entre as forças de
pressão, as viscosas e as de inércia. Assim, o módulo do
gradiente de pressão ∂p / ∂x é maior na região de entrada
Pgm 3 (09:25)
UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO
ESCOLA DE ENGENHARIA DE SÃO CARLOS
Núcleo de Engenharia Térmica e Fluidos
Mecânica dos Fluidos (SEM5749) – Prof. Oscar M. H. Rodriguez
Exemplo 1:
Um tubo horizontal de diâmetro pequeno é conectado a um
reservatório, como mostra a Fig. Se 6600 mm3 são
capturados na saída em 10 s, estime a viscosidade da água.
Verificar:
a- se a hipótese de carga de velocidade desprezível é
válida,
b- se a hipótese de escoamento laminar é aceitável
c- se a hipótese de escoamento totalmente desenvolvido é
válida.
(Quadro negro)
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u = u + u ′, v = v + v ′ , w = w + w′
Neste caso: u ≠0 e v =w =0
Pgm3 (13:00)
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∂u
τ = τ visc + τ turb =µ − ρ u ′v ′
∂y
Em que:
T T
1 1
τ = ∫ τ (t )dt e u ′v′ = ∫ u ′v′(t )dt
T 0 T 0
r dp r∆p
τ =− = (3)
2 dx 2L
Nota: perceba a distribuição linear da tensão de cisalhamento
em um escoamento turbulento, assim como em um
escoamento laminar.
Pgm3 (14:10)
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Tubo liso
região externa
região da parede
subca- zona
mada interme-
viscosa diária
(Fig. A)
u y y / ro ≤ 0,15
Tubo rugoso: = 2,44 ln + 8,5
uτ e
Na região externa ou central, onde a tensão turbulenta predomina,
os dados do perfil das velocidades são bem correlacionados pela
equação
u máx − u ro
= 2,44 ln + 0,8
uτ y
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1n 1n
u y r
= = 1 − (3.1)
u máx ro ro
Limitações:
1. falha ao prever a tensão de cisalhamento na parede
2. falha ao fornecer declividade zero na linha de centro
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∫ u (r )2πrdr 2n 2
V = o
= u máx (3.2)
πr o
2
(n + 1)(2n + 1)
Introduzimos o fator de atrito, f, que é uma tensão de
cisalhamento adimensional na parede, definido por:
τo
f = (3.3)
1
ρV 2
8
O expoente n ,em alguns casos, pode ser relacionado
ao fator de atrito, f, pela expressão empírica:
1
n= (3.4)
f
n varia de 5 a 10, dependendo do no. de Reynolds e da
rugosidade da parede do tubo e/D. O valor 7 é comumente
usado (“perfil exponencial um sétimo”)
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Exemplo 2
(Quadro negro)
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Exemplo 3
(Quadro negro)
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p1 V1 2 p2 V 22
+ α 1
+ gz1 − +α2 + gz 2 = hlT (4)
ρ 2 ρ 2
Obs: grosso modo, escoamento laminar, a= 2; turbulento, a = 1
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hlT = hl + hlm
A- Perda de carga contínua: Fator de Atrito
p1 − p 2 ∆p
Da conservação da
energia = = hl (5)
ρ ρ
L µV LV2 µ 64 L V 2
hl = 32 = 64 =
D ρD D 2 ρV D Re D 2
(7)
Nota: perceba o acoplamento das eqs. da energia e q.d.m.
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Fator de Atrito
Da Eq. (3), temos, na parede do tubo, que:
2τ o L
∆p =
ro
Se introduzirmos o fator de atrito f (que é uma tensão de
cisalhamento adimensional na parede de substancial
interesse em escoamentos em tubos), definido por:
τo
f =
1
ρV 2
vemos que: 8
∆p LV2
= f (8)
ρ D 2
Essa equação é muito conhecida e é chamada de equação
de Darcy-Weisbach. Substituindo (8) em (5) e comparando
com (7), temos que:
2
64 L V LV2
hl = = f
Re D 2 D 2
ou seja, para escoamento laminar o fator de atrito, f, é dado
por:
64
f laminar =
Re
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hl L e
2
= φ Re, ,
V D D
Experiências mostram que hl é diretamente proporcional a
L/D, assim: Obs. perda de carga
hl L e adimensionalizada
= φ 2 Re, pela energia
1 2 D D cinética do fluido
V escoante
2
A função desconhecida φ2 (Re, e/D) é definida como o
fator de atrito, f.
2
LV
hl = f (10)
D 2
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f = 0,3164 Re −0 , 25
• Correlação de Colebrook (Re > 4000):
1 e/ D 2,51
= −2,0 log +
f 0,5 3 , 7 Re f 0,5
Obs.: Na correlação de Colebrook, se e = 0, tem-se uma
expressão para escoamento em tubo liso (nos moldes da
correlação de Blasius); se Re → ∞ , tem-se uma equação para
a região completamente turbulenta
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B- Perdas Locais
V2
hlm = K
ou
2
Le V 2
hlm = f
D 2
onde Le é o comprimento equivalente de tubo reto.
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Exemplo 4
Uma queda de pressão de 700 kPa é medida sobre um
comprimento de 300 m de um tubo em ferro forjado de 10
cm de diâmetro que transporta óleo (densidade = 0,9,
viscosidade = 10-5 m2/s). Calcule a vazão usando (a) o
diagrama de Moody e (b) correlações empíricas.
(Quadro negro)
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Exemplo 5
Ar, nas condições normais, está para ser transportado
através de 500 m de um duto retangular horizontal e liso
medindo 30 cm X 20 cm, a uma vazão de 0,24 m3/s.
Calcular a queda de pressão.
(Quadro negro)
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Exemplo 6
Se a vazão através de um tubo de ferro forjado de 10 cm de
diâmetro é de 0,04 m3/s, encontre a diferença de elevação
H para os dois reservatórios.
(Quadro negro)