Professional Documents
Culture Documents
Dezembro/2017
1
SUMÁRIO
Sumário
1 Introdução ...................................................................................................................... 6
1.1 Premissas: .............................................................................................................. 6
2 Escopo ........................................................................................................................... 6
3 Referências Normativas ................................................................................................. 6
4 Termos e definições ....................................................................................................... 7
4.1 Acesso .................................................................................................................... 7
4.2 Alçapão de tiragem ................................................................................................ 7
4.3 Altura da edificação ............................................................................................... 8
4.4 Antecâmara ventilada para o exterior .................................................................... 8
4.5 Área do pavimento................................................................................................. 8
4.6 Área de refúgio ...................................................................................................... 8
4.7 Bocel ...................................................................................................................... 8
4.8 Compartimentação ................................................................................................. 8
4.9 Corrimão ................................................................................................................ 8
4.10 Degrau ................................................................................................................... 8
4.11 Descarga ................................................................................................................ 9
4.12 Escada de emergência ............................................................................................ 9
4.13 Escada à prova de fumaça pressurizada (PFP) ...................................................... 9
4.14 Escada à prova de fumaça com ventilação direta para o exterior (PF).................. 9
4.15 Escada protegida (EP) ........................................................................................... 9
4.16 Escada externa à prova de fumaça (EE) ................................................................ 9
4.17 Espaço livre exterior .............................................................................................. 9
4.18 Estado de vigília .................................................................................................... 9
4.19 Familiaridade ....................................................................................................... 10
4.20 Guarda-corpo ....................................................................................................... 10
4.21 Lance de escada ................................................................................................... 10
4.22 Largura do degrau ................................................................................................ 10
4.23 Local de saída única ............................................................................................ 10
2
4.24 Local Seguro ........................................................................................................ 10
4.25 Material incombustível ........................................................................................ 10
4.26 Mezanino ............................................................................................................. 10
4.27 Mobilidade ........................................................................................................... 11
4.28 Nível de descarga................................................................................................. 11
4.29 Ocupação ou uso misto ........................................................................................ 11
4.30 Parede resistente ao fogo ..................................................................................... 11
4.31 Pavimento ............................................................................................................ 11
4.32 Pavimento de descarga ........................................................................................ 11
4.33 Pavimento em pilotis ........................................................................................... 11
4.34 População ............................................................................................................ 11
4.35 Porta corta-fogo (PCF) ........................................................................................ 12
4.36 Proteção no local ................................................................................................. 12
4.37 Rampa .................................................................................................................. 12
4.38 Realocação: .......................................................................................................... 12
4.39 Rota de saída ........................................................................................................ 12
4.40 Saída final ............................................................................................................ 12
4.41 Saída horizontal ................................................................................................... 12
4.42 Saída vertical ....................................................................................................... 12
4.43 Subsolo ................................................................................................................ 12
4.44 Terraço ................................................................................................................. 13
5 Símbolos e abreviaturas ............................................................................................... 13
5.1 TRRF ................................................................................................................... 13
5.2 PCF ...................................................................................................................... 13
6 Princípios gerais .......................................................................................................... 13
6.1 Características da população ocupante ................................................................ 13
6.2 Classificação das edificações quanto ao risco à vida .......................................... 13
7 Rotas de Saída ............................................................................................................. 16
7.1 Generalidades ...................................................................................................... 16
7.2 Estratégias de abandono ...................................................................................... 17
7.2.1 Generalidades ................................................................................................ 17
7.2.2 Abandono total e simultâneo ......................................................................... 18
3
7.2.3 Abandono horizontal progressivo .................................................................. 18
7.2.4 Abandono faseado vertical ............................................................................ 19
7.3 Cálculo da População .......................................................................................... 19
7.4 Saídas horizontais ................................................................................................ 21
7.4.1 Número de saídas .......................................................................................... 21
7.4.2 Alternativas de fuga ....................................................................................... 21
7.4.3 Saída única horizontal ................................................................................... 23
7.4.4 Distâncias a percorrer .................................................................................... 23
7.4.4.1 Condições de diminuição das distâncias de caminhamento ................... 24
7.4.4.2 Ganhos de caminhamento pela existência de medidas de segurança
contra incêndio complementares ............................................................................. 24
7.4.4.3 Distâncias a percorrer combinadas (em uma e duas direções) ............... 25
7.4.5 Larguras das saídas horizontais ..................................................................... 25
7.4.5.1 Larguras mínimas ................................................................................... 26
7.4.5.2 Largura calculada ................................................................................... 26
7.4.5.3 Dimensionamento para estratégia de abandono horizontal progressivo 26
7.4.5.4 Requisitos adicionais para rotas horizontais .......................................... 28
7.4.5.5 Subdivisão de corredores ....................................................................... 28
7.4.5.6 Portas em rotas de saída ......................................................................... 30
7.4.5.7 Disposição de assentos fixos para efeito de saída .................................. 31
7.5 Saídas verticais .................................................................................................... 32
7.5.1 Generalidades ................................................................................................ 32
7.5.2 Número de saídas .......................................................................................... 33
7.5.2.1 Saída única vertical ................................................................................ 34
7.5.2.2 Verificação da redundância do abandono vertical ................................. 34
7.5.3 Largura das saídas verticais ........................................................................... 34
7.5.3.1 Largura mínima ...................................................................................... 34
7.5.3.2 Largura para abandono simultâneo ........................................................ 34
7.5.3.3 Largura para abandono faseada vertical ................................................. 34
7.5.4 Escadas e rampas ........................................................................................... 35
7.5.4.1 Generalidades ......................................................................................... 35
7.5.4.2 Tipos de escadas ..................................................................................... 35
7.5.4.3 Escadas protegidas (EP) ......................................................................... 36
4
7.5.4.4 Escada enclausurada com antecâmara ventilada diretamente para o
exterior ................................................................................................................ 38
7.5.4.5 Escadas à prova de fumaça pressurizada (PFP) ..................................... 39
7.5.4.6 Escada externa à prova de fumaça (EE) ................................................. 39
7.5.4.7 Condições especiais de escadas.............................................................. 40
7.5.4.8 Rampas ................................................................................................... 41
7.5.4.9 Elevadores de emergência ...................................................................... 41
7.5.5 Descarga ........................................................................................................ 42
7.5.5.1 Tipos ....................................................................................................... 42
7.5.5.2 A área em pilotis que servir como descarga deve: ................................. 43
7.5.5.3 Dimensionamento................................................................................... 43
7.5.5.4 Outros ambientes com acesso ................................................................ 44
7.6 Sistemas complementares .................................................................................... 44
7.6.1 Iluminação de saídas de emergência ............................................................. 44
7.6.1.1 Iluminação dos elementos de circulação ................................................ 44
7.6.1.2 Iluminação de emergência ...................................................................... 44
7.6.2 Sinalização de saídas de emergência ............................................................. 44
7.6.3 Sistema de Alarme de Incêndio ..................................................................... 44
7.6.3.1 Obrigatoriedade ...................................................................................... 44
7.6.3.2 Estratégia de abandono........................................................................... 45
7.6.3.3 Ganho de caminhamento ........................................................................ 45
5
1 Introdução
1.1 Premissas
a) As proteções previstas destinam-se somente ao evento “incêndio”, o qual iniciar-se-
á com um único foco e de origem acidental;
b) O risco e os danos provocados pelo incêndio em qualquer edificação não podem ser
completamente eliminados, isto é, reduzidos a zero;
2 Escopo
Esta Norma visa estabelecer critérios para dimensionamento da proteção necessária dos
meios de circulação para abandono seguro dos ocupantes de edifícios em caso de incêndio e
a ação do socorro público para o salvamento e resgate de pessoas.
Esta Norma fixa os requisitos mínimos para edifícios novos, podendo, entretanto, servir
como exemplo de situação ideal que deve ser buscada em adaptações de edificios em uso,
consideradas suas devidas limitações.
Esta Norma não se aplica a abandono de túneis, arenas, estádios, terminais ferroviários e
metroviários, edificações temporárias, construções sem cobertura para atividades e
ocupações ao ar livre, helipontos e heliportos e outros tipos de ocupação não contemplados
neste documento.
3 Referências Normativas
NBR 5410 - Instalações elétricas de baixa tensão.
6
NBR 11742 - Porta corta-fogo para saídas de emergência.
NBR 13768 - Acessórios destinados à porta corta-fogo para saída de emergência - Requisitos
BS 9999/2008 - Code of practice for fire safety in the design, management and use of
buildings
4 Termos e definições
Para os efeitos desta Norma são adotadas as definições de 4.1 a 4.59.
4.1 Acesso
Caminho a ser percorrido pelos ocupantes do pavimento, constituindo a rota de saída
horizontal, para alcançar a escada ou rampa, área de refúgio ou descarga (saída final).
7
4.3 Altura da edificação
É a medida em metros entre o ponto que caracteriza a saída final (descarga) até o piso com
ocupação humana mais distante verticalmente, podendo ser ascendente ou descendente.
4.7 Bocel
Borda saliente do degrau sobre o espelho.
4.8 Compartimentação
Separação de um ou mais ambientes ou pavimentos do restante da edificação por meio de
paredes, pisos e lajes, além de aberturas protegidas com elementos com TRRF (ex. portas,
paredes, vidros, dampers, selos etc.). Tem por objetivo dificultar a propagação do incêndio
para os ambientes ou pavimentos contíguos.
4.9 Corrimão
Barra com superfície lisa, arredondada e contínua, instalada junto às paredes ou guardas de
escadas, rampas ou passagens, conforme estabelecido na Norma ABNT NBR 9050.
4.10 Degrau
Conjunto dos dois elementos, horizontal e vertical, que compõe uma escada, cujos apoios
permitem a locomoção ascendente ou descendente, composto de piso e espelho.
8
4.11 Descarga
Parte da circulação horizontal de uma edificação que fica entre o final da escada no piso de
saída do edifício e o logradouro público ou área externa com acesso a ele, direcionando as
pessoas a um local seguro fora da edificação.
9
orientação e deslocamento (bebidas ou drogas).
4.19 Familiaridade
Grau de conhecimento que os ocupantes possuem acerca de uma edificação, por nela
exercerem ou não alguma atividade ou permanência. Os ocupantes podem ter familiaridade
ou não com o edifício, em função de sua relação com o mesmo, que pode ser de trabalho,
moradia, estudo, lazer, etc.
4.20 Guarda-corpo
Barreira protetora vertical, maciça ou não, que delimita as faces laterais abertas de escadas,
rampas, patamares, terraços, balcões, galerias e assemelhados, servindo como proteção ao
ocupante contra eventuais quedas de um nível para outro.
Nota: Um lance de escada nunca pode ter menos de três degraus, nem (vencer) subir altura
superior a 3,70 m.
4.26 Mezanino
Piso intermediário entre o piso e o teto de uma dependência ou pavimento de uma edificação,
(incluindo um balcão interno) com área de até 1/3 do piso principal abaixo.
10
4.27 Mobilidade
Capacidade do ocupante de uma edificação de se deslocar com ou sem restrições temporárias
ou permanentes, decorrentes de incapacitações motoras, sensoriais ou cognitivas.
4.31 Pavimento
Parte de uma edificação situada entre a parte superior de um piso acabado e a parte inferior
do piso imediatamente superior, ou entre a parte superior de um piso acabado e o forro acima
dele, se não houver outro piso acima.
4.34 População
Número de pessoas para as quais uma edificação, ou parte dela, é projetada, conforme os
índices de densidade estabelecido nesta Norma.
11
4.35 Porta corta-fogo (PCF)
Conjunto de folha de porta, marco e acessórios, que deve atender à ABNT NBR 11742.
4.37 Rampa
Parte inclinada de uma circulação, que se destina a unir dois níveis de pavimento. Deve
atender aos critérios de dimensionamento da ABNT NBR 9050.
4.38 Realocação:
Condição de proteção do ocupante por deslocamento para um local seguro ou local protegido
dos efeitos de um incêndio (calor e fumaça), no interior da própria edificação.
4.43 Subsolo
Pavimento de uma edificação situado (s) abaixo do perfil do terreno. Não será considerado
subsolo, o pavimento que possuir ventilação natural para o exterior, com área total superior
a 0,006 m² para cada metro cúbico do compartimento, e tiver sua laje de cobertura acima de
12
1,20 m do perfil do terreno.
4.44 Terraço
Local descoberto sobre uma edificação ou no nível de qualquer um de seus pavimentos acima
do térreo, com possibilidade de ocupação humana.
5 Símbolos e abreviaturas
5.1 TRRF
Tempo requerido de resistência ao fogo dos elementos construtivos de uma edificação
estabelecida em Normas, dado em minutos.
5.2 PCF
Porta corta-fogo, cuja classificação é dada em minutos.
6 Princípios gerais
a) Estado de vigília;
b) Familiaridade;
c) Mobilidade;
d) Quantidade de pessoas.
13
Tabela 1 - Características dos ocupantes
A ● Escritórios
Familiarizados e despertos (em
● Instalações industriais
estado de vigília)
B ● Shopping centers
Não familiarizados e despertos
● Locais de reunião de público
C
Que podem estar adormecidos:
D ● Clínicas
Que recebem cuidados médicos
● Escolas especiais
ou especiais ● Pré-escola
● Residências geriátricas
E ● Terminais rodoviários
Em trânsito
14
Tabela 2 - Velocidade de desenvolvimento do incêndio
Para os efeitos desta Norma, o perfil de risco à vida é determinado conjuntamente pelas
características dos ocupantes e pela velocidade de crescimento do incêndio, como
apresentado na Tabela 3:
15
Tabela 3 – Classificação do perfil de risco à vida pelas características do ocupante e pela
velocidade de desenvolvimento do incêndio (1).
A 1 A1
2 A2
3 A3
4 A4
B 1 B1
2 B2
3 B3
C 1 C1
2 C2
3 C3
D 1 D1
2 D2
E 1 E1
2 E2
3 E3
(1) Para os perfis de risco “B, C, D e E” não se aceita crescimento do fogo “muito rápido”,
não se aceitando também o crescimento rápido para o perfil “D”.
7 Rotas de Saída
7.1 Generalidades
O percurso para o abandono de uma edificação pode ser compreendido por três elementos:
16
c) Descarga (saída final).
c) Permanecer desobstruídas;
g) Todo percurso a ser percorrido pelos ocupantes para o abandono da edificação deve
ter o acabamento liso de suas paredes.
17
c) Faseada vertical: modalidade de abandono possível em edificações
compartimentadas verticalmente que preveem o deslocamento prioritário dos
ocupantes do piso de origem do incêndio e do pavimento imediatamente superior
para uma via de circulação vertical capaz de lhes permitir um deslocamento
protegido. O deslocamento dos ocupantes dos demais pisos deverá ocorrer em
seguida, dois pavimentos por vez, de forma sucessiva, conforme orientação da equipe
de emergência ou até que todos os ocupantes atinjam um lugar seguro. Exemplo de
aplicação: edifícios elevados;
d) Proteção no local: a modalidade que proporciona proteção aos ocupantes sem que se
efetue o abandono, prevendo-se, portanto, a proteção dos ocupantes em seus
compartimentos de origem. Esta Norma não estabelece critérios de dimensionamento
para esse tipo de abandono.
18
7.2.4 Abandono faseado vertical
As seguintes condições devem ser atendidas por qualquer edifício projetado com base no
abandono faseado vertical:
Para o cálculo da população, as áreas normalmente sem atividade humana de longa duração,
como sanitários, vestiários, antecâmaras, áreas de escada, elevadores, áreas técnicas etc. são
excluídas da área interna total do pavimento.
Para a definição da população de locais onde é prevista a instalação de assentos fixos, tais
como teatros, cinemas e auditórios, admite-se a quantidade de assentos como sendo a da
população estimada para o local.
19
Tabela 4 – Tabela de densidade populacional por atividade.
Ambulatórios 7
Bares 1
Bibliotecas (leitura) 3
Centros comerciais 3
Depósitos 9
Edifícios governamentais 7
Galerias 3
Hospitais - internação 18
Indústrias 5
Museus 3
Refeitórios e Restaurantes 1
Residencial 18
Residencial coletivo 4
Residencial transitório 15
Salão de festas 2
Shopping Centers 3
Templos 1
20
7.4 Saídas horizontais
7.4.1 Número de saídas
O número de saídas de um ambiente, setor ou de um pavimento deve atender às seguintes
condições:
21
Figura 1 – Exemplo de conformação de rotas de fuga com ângulo igual ou superior a 45 graus.
Exemplo 1: Exemplo 2:
Do ponto C há duas rotas alternativas (A e B) pois o O ângulo ABD deve ser de pelo menos 45 graus. A
ângulo entre ABC é superior a 45 graus. Adicionalmente, distância CAB ou CBD não deve ser superior à
é necessário observar a distância máxima de distância máxima de caminhamento estabelecida
caminhamento estabelecida nesta Norma para rotas
alternativas.
nesta Norma. Adicionalmente, a distância CB não
deve ser maior que a distância máxima permitida
Não são consideradas rotas alternativas os pontos A e B para o caminhamento em apenas uma direção,
a partir do ponto D, pois o ângulo formado entre ADB é estabelecida nesta Norma.
inferior a 45 graus.
Exemplo 01: Saídas 1 e 2 não Exemplo 02: Saídas 1 e 3 Exemplo 03: Criação de parede de
atendem à condição de satisfazem à condição de compartimentação para atender à
alternativas de saída para o ponto alternativas de saída para todo o condição de alternativas de saída
mais afastado das saídas. compartimento. do compartimento.
22
7.4.3 Saída única horizontal
É permitida saída única horizontal de ambientes, setores ou pavimentos, desde que atendida
a distância a percorrer para saída única da Tabela 6 e que a população não exceda o
determinado na Tabela 5 no compartimento ou pavimento, respectivamente.
As distâncias máximas a serem percorridas para atingir um local seguro constam na Tabela
6.
23
Nas ocupações em que as atividades não requerem presença humana constante, sejam áreas
automatizadas ou áreas técnicas (locais destinados a equipamentos etc.), a exigência de
distância máxima a ser percorrida não precisa ser considerada.
24
7.4.4.2.2 Ganhos Permitidos
As distâncias máximas a percorrer da Tabela 6 podem sofrer acréscimo em função de
características da edificação e da instalação dos seguintes sistemas de proteção contra
incêndio em todo o edifício:
c) Altura do Teto.
A largura das saídas horizontais deve atender o maior valor entre aqueles estabelecidos em
7.4.5.1 e 7.4.5.2.
25
7.4.5.1 Larguras mínimas
As larguras mínimas das saídas horizontais devem ser as seguintes:
b) 1,65 m para o perfil de ocupante que requer cuidados especiais por limitações físicas
ou mentais, para permitir a passagem de duas cadeiras de roda simultaneamente;
c) 2,20 m, para permitir a passagem de macas, camas e outros, onde houver ocupantes
em condições de internação, acamados e similares.
a) Cada ambiente ou setor tenha pelo menos uma rota de saída alternativa à rota da
área adjacente (área de refúgio) - vide figura 3, e;
b) As seguintes condições sejam atendidas:
i) O espaço de cada uma das áreas deve ser suficiente para acomodar todos os
ocupantes de ambas as áreas, assumindo-se uma densidade de 0,3 m2 por
26
pessoa, exceto para o perfil “D”, que deve considerar, adicionalomente, uma
densidade de 0,7 m² por pessoas com mobilidade reduzida (por exemplo em
cadeira de rodas) e 2,25 m² para pacientes em macas;
ii) A largura da rota de saída das duas áreas deve ser calculada para dar vazão
à população correspondente à soma de ambos os ambientes.
Legenda:
1 – Parede de compartimentação
2 – Porta corta-fogo
3 – Saída do pavimento
4 – Setores compartimentados
Nota: As distâncias máximas de caminhamento são consideradas em cada setor compartimentado.
b) A estrutura dos edifícios dotados de áreas de refúgio deve ter resistência ao fogo
conforme NBR 14432;
7.4.5.3.2 Obrigatoriedade
É obrigatória a existência de áreas de refúgio em todos os pavimentos nos seguintes casos:
a) Edificações com ocupantes com perfil de risco “D”, ou seja, que comportem
usualmente pessoas que possuam restrições de locomoção em função de
incapacitação motora, sensoriais ou cognitivas, ou da idade (asilos, creches e pré-
escolas) com altura superior a 12 m;
b) Edificações com ocupantes com perfil de risco ”D” com internação (hospitais), com
27
altura superior a 6m, bem como, para essa ocupação com altura inferior, se houver
internação no térreo ou primeiro pavimento. A área mínima de cada área de refúgio
deve ser de, no mínimo, 30% da área do pavimento.
c) As portas que dividem corredores que constituem rotas de saída devem ser corta-
fogo (isolamento térmico/) e à prova de fumaça (estanques) conforme estabelecido
na NBR 11742 e serem providas de visor transparente (implantado entre 1,50 e 1,80
de altura) de área mínima de 0,07 m², com altura mínima de 25 cm, com
características para-chama.
d) A comunicação entre as áreas de refúgio e entre essas áreas e as saídas deve ser em
nível ou, caso haja desníveis, por meio de rampas.
A abertura de portas no sentido de fuga deve ser instalada em recessos, caso se abram
diretamente para corredores, a fim de não reduzir a largura das rotas de fuga horizontais e
evitar acidentes.
7.4.5.5 Subdivisão de corredores
Se um corredor dá acesso a rotas de saídas alternativas, há um risco da fumaça se espalhar
por todo esse ambiente, dificultando o uso de ambas as saídas. Para evitar esta situação,
todos os corredores com mais de 12 m de extensão e que se liguem a mais de uma saída de
pavimento, devem ser subdivididos por portas corta-fogo (PCF-30) de fechamento
automático providos de todos os acessórios necessários para o seu desempenho adequado
(incluindo abertura nos dois sentidos e visores nas folhas de porta). Essa porta corta-fogo
deve ser instalada na meia distância entre duas saídas do corredor. Qualquer porta de
ambientes e setores que, indiretamente, permita a passagem da fumaça de um lado do
corredor para o outro, deve ter mecanismo de fechamento automático (vide Figura 5)
28
Figura 5 - Exemplos de subdivisão de corredores.
29
7.4.5.6 Portas em rotas de saída
As portas instaladas em corredores que constituem rotas de saída e aquelas instaladas nas
saídas de salas com capacidade acima de 50 pessoas, em comunicação com os acessos e
descargas, devem abrir no sentido do fluxo de saída.
Para todos os ambientes, setores ou pavimentos com capacidade total acima de 100 pessoas,
será obrigatória a instalação de barra antipânico em todas as portas que conduzam às saídas,
atendendo à NBR 11785.
Notas:
1. Para vãos-luz com dimensão maior que 1,2 m deve haver duas folhas;
2. Para vãos-luz com dimensão maior ou igual a 2,2 m, exige-se pilar central.
Admite-se que essas portas se mantenham abertas desde que disponham de dispositivo de
fechamento automático, conforme estabelecido na NBR 11742.
Exceto para os locais de reunião de público, com capacidade total acima de 50 pessoas, são
admitidas nas rotas de fuga e nas saídas de emergência portas de correr com sistemas de
abertura automática desde que programadas para que, em caso de falta de energia, pane, ou
30
defeito de seu sistema, permaneçam abertas.
a) Rotas de saídas;
A colocação de fechaduras com chave nas portas de acesso e descargas é permitida, desde
que seja possível a abertura pelo lado interno, sem a necessidade de chave, admitindo-se que
a abertura pelo lado externo seja feita apenas por meio de chave, dispensando-se maçanetas
etc.
Para garantir o movimento de abandono seguro dos ocupantes a partir de assentos fixos, as
31
seguintes condições devem ser observadas:
O número de assentos fixos firmemente ao solo que compõe uma fileira não deve ser superior
ao número estabelecido na tabela 9, em função da possibilidade dos ocupantes moverem-se
em uma ou duas direções para saída do setor.
32
compartimentação horizontal e compartimentação vertical, na divisão entre os lances
ascendente e descendente em relação ao piso de descarga;
g) Ter compartimentação entre as escadas, quando houver duas ou mais escadas e elas
ocuparem a mesma caixa de escada (volume);
Não são aceitas escadas com degraus em leque ou em espiral para efeito de saída de
emergência, exceto para mezaninos e áreas privativas.
33
7.5.2.1 Saída única vertical
É permitida saída única vertical de pavimentos, desde que atendida a distância a percorrer
para saída única da Tabela 6 e que a população não exceda o contido na Tabela 5. Considera-
se que a distância máxima de caminhamento foi atendida se o ocupante atingiu uma área
segura (escada/rampa protegidas ou área externa).
Excetuam-se desta condição as saídas verticais à prova de fumaça, que devem ser
consideradas sempre seguras e disponíveis, portanto, não necessitam atender à condição de
redundância do parágrafo anterior.
Para tanto, a largura das saídas verticais deve atender o maior valor entre aqueles
estabelecidos em 7.5.3.1 e 7.5.3.2 para o caso do abandono simultâneo e 7.5.3.3 para o caso
do abandono faseado vertical, respectivamente.
1. Escadas abertas;
2. Escadas protegidas;
3. Escadas à prova de fumaça:
a. Escadas protegidas com antecâmara ventilada para o exterior;
b. Escada externa;
c. Escada pressurizada.
A adoção dos diferentes tipos de escadas depende do perfil de risco dos ocupantes e da
altura da edificação, como apresentado nas Tabelas 11 e 12.
35
Tabela 11 - Definição dos tipos de Escada em função da classificação do perfil de risco
do ocupante e altura da edificação.
*2) Todas as escadas, exceto as abertas, devem ter área de resgate, conforme estabelecido na NBR 9050.
*3) Para escadas com altura superior a 30m, a face aberta deve ser provida de elementos bloqueadores de
visão à distância.
a) Ter caixa isolada por paredes com TRRF de acordo com a NBR 14432;
b) Ter as portas de acesso a essa caixa de escada do tipo corta-fogo (PCF) atendendo a
NBR 6479, com TRRF 30 min inferior ao TRRF das paredes da caixa de escada e
nunca inferior da PCF 30 (ver Figura 8);
d) Ser dotada de janela que permita a ventilação em seu término superior, com área
mínima de 0,80 m², devendo estar localizada na parede junto ao teto ou no máximo
a 20 cm deste, no término da escada;
e) Ser dotada de ventilação permanente inferior, com área de 1,20 m2 , no mínimo, tendo
36
largura mínima de 0,80 m, devendo ficar junto ao solo da caixa da escada podendo
ser no piso do pavimento térreo ou no patamar intermediário entre o pavimento térreo
e o pavimento imediatamente superior, que permita a entrada de ar puro;
37
com acionamento manual ou automático.
38
g) Tenha os pisos em condições antiderrapantes, com no mínimo 0,5 de coeficiente de
atrito dinâmico, conforme ABNT NBR 13818 Anexo N ou internacionalmente
reconhecida;
h) Ventilação através de abertura direta para o exterior com área mínima efetiva de 1,50
m².
a) Ter parede com TRRF determinado pela NBR 14432 para os elementos construtivos
39
do edifício;
b) Ter as portas de acesso do tipo corta-fogo (PCF), com TRRF 30 minutos inferior ao
determinado pela NBR 14432 para os elementos construtivos do edifício;
a) A população seja inferior a 20 pessoas e a altura a ser vencida pela escada não seja
superior a 3,7 m;
Admitem-se nessas escadas, as seguintes alturas máximas h dos degraus, respeitando, porém,
sempre a fórmula de Blondel: a. ocupações A até G: h = 20 cm b. ocupações H: h = 19 cm
c. ocupações I até M: h = 23 cm.
7.5.4.8 Rampas
7.5.4.8.1 Obrigatoriedade
O uso de rampas é obrigatório nos seguintes casos:
7.5.4.8.2 Dimensionamento
a) O dimensionamento das rampas deve atender ao estabelecido na norma ABNT NBR
9050.
b) Devem ser classificadas, quando utilizadas como rotas de saída, a exemplo das
escadas, como EP, PF, PFP e EE, seguindo para isso as condições específicas de cada
uma delas.
7.5.4.9.1 Obrigatoriedade
É obrigatória a instalação de elevadores de emergência:
a) Em todas as edificações com ocupantes com perfil de risco “C” com altura superior
a 80 m e nas edificações com ocupantes com os demais perfis de risco com altura
superior a 60 m.;Edificações elevadas em que não haja ocupação permanente estão
dispensadas desta exigência
b) Em edificações com ocupantes com perfil de risco “D” sempre que ultrapassar 12 m.
41
7.5.4.9.2 Características construtivas e de operação
Enquanto não houver Norma brasileira específica referente a elevadores de emergência, eles
devem atender a uma Norma internacional reconhecida, além de: Os elevadores de
emergência devem atender às seguintes condições:
a) Ter sua caixa com TRRF de 120 min, independente dos elevadores de uso comum;
b) Ter seu acesso protegido do calor e fumaça por antecâmara com ventilação direta
pelo exterior ou pressurizada;
f) Ter dimensões mínimas estabelecidas na norma ABNT NBR NM 313 e onde houver
predominância de ocupantes com perfil de risco “D”, deve ter cabine com dimensões
apropriadas para o transporte de maca.
b) Possuir chave de comando de reversão para permitir a volta do elevador a este piso,
em caso de emergência;
7.5.5 Descarga
7.5.5.1 Tipos
A descarga, parte dos meios de circulação de uma edificação, que fica entre a escada/rampa
e a via pública ou área externa em comunicação com a via pública, pode ser constituída por:
42
a) Corredor desimpedido;
b) Saguão, hall;
c) Área em pilotis;
O percurso de descarga deve-se obedecer as distâncias máximas de caminhamento e as
larguras mínimas previstas nesta Norma e deve ser mantido livre, sem obstáculos, sendo
admitidos nesse percurso, usos como saguão, portaria, recepção e sala de espera, sem a
necessidade de compartimentação ou outro tipo de proteção que isole atividades de risco de
incêndio.
b) Ser mantida livre e desimpedida, não podendo ser utilizada como depósito de qualquer
natureza.
7.5.5.3 Dimensionamento
No dimensionamento da descarga, devem ser considerados todos os elementos de circulação
horizontais e verticais que para ela convergirem.
a) A 1,20 m, nos prédios em geral, e a 1,65 m e 2,20 m, nas onde houver ocupantes com
perfil de risco “D”, sem e com internação, respectivamente;
43
7.5.5.4 Outros ambientes com acesso
Saídas de galerias comerciais (galerias de lojas) no mesmo nível do piso de descarga podem
estar ligadas à descarga de pisos superiores desde que essa ligação seja feita por antecâmara
com ventilação direta para o exterior.
Sempre que exigido sistema de alarme, para os locais com perfil de risco D, Cii e Ciii será
exigido sistema de detecção.
44
7.6.3.2 Estratégia de abandono
Para o abandono simultâneo será exigido o acionamento de alarme geral, podendo ocorrer
um retardo para verificação dos sinais de alerta, nunca superior a 2 minutos, se houver
procedimento de inspeção e checagem.
Para o abandono faseado vertical, o sistema de alarme de incêndio deverá ser programado
para atender à sequência de abandono estabelecida no plano de abandono.
45
Anexo A – Normativo
1. Dimensionamento de degraus e patamares
a) Ter altura h (ver Figura A1) compreendida entre 16 cm e 18 cm, com tolerância de 5
mm;
63 cm ≤ (2h + b) ≤ 64 cm
d) Ter balanço da quina do degrau sobre o imediatamente inferior com o valor máximo
de 15 mm (ver Figura A1);
1.2. O lanço máximo, entre 2 patamares consecutivos, não deve ultrapassar 3,2 m de altura.
Quando houver menos de 3 degraus entre patamares, estes devem ser sinalizados na borda
dos degraus e prever iluminação de emergência de aclaramento, acima deles.
46
a) Dado pela equação: p = (2h + b)n + b, em que o n é um número inteiro (1, 2 ou 3), quando
se tratar de escada reta, medido na direção do trânsito;
Em ambos os lados de vão da porta, deve haver patamares com comprimento mínimo igual
à largura da folha da porta.
47
Anexo B - Normativo
1. Guarda-corpos e corrimãos
1.1. Guarda-corpos
1.2. Corrimãos
1.3.1 Guarda-corpos
1.3.2 Corrimãos
Os corrimãos devem ser calculados para resistir a uma carga de 900 N/m, aplicada
verticalmente de cima para baixo e horizontalmente em ambos os sentidos.
48
Anexo C - Normativo
Gerenciamento da Segurança Contra Incêndio
1- O gerenciamento da segurança contra incêndio, tem como objetivo garantir o adequado
funcionamento de todas as medidas de segurança contra incêndio, conforme projetadas e
instaladas, durante toda a vida útil da edificação.
2. O gerenciamento inclui funções, tarefas, responsabilidades e procedimentos, que
abrangem a prevenção, a produção de planos e procedimentos e o treinamento, conforme
descrito abaixo:
3. O responsável pelo uso do edifício deve:
a) Dispor, atuar e verificar permanentemente o Plano de Emergência conforme ABNT
NBR 15219;
b) Garantir a manutenção e eficiência das Medidas de Proteção Contra Incêndios
(MPCI) implantados efetuando verificação de controle e intervenções de
manutenção;
c) Implantar registros de controle adequado à complexidade da atividade para a
manutenção do nível de segurança previsto no projeto, observando as limitações e
condições de funcionamento nele indicadas;
d) Disponibilizar e manter sinalizações e avisos de proibição e alerta a serem
observados;
e) Providenciar meios de aviso de emergência e chamadas do socorro público;
f) Garantir o abandono dos ocupantes por meio de manutenção dos meios de escape e
treinamentos e simulações;
g) Manter a adequada observância das proibições, limitações e condições normais de
funcionamento da atividade;
h) Deixar claramente definidos os responsáveis pela segurança contra incêndio e
abandono nos horários de funcionamento das atividades.
49
5. Treinamentos
a) Nas atividades em que o perfil de risco à vida for classificado como “A” e “Ci”, os
componentes das equipes de intervenção e abandono, devem ser treinados em
exercícios práticos no mínimo 1 vez por ano;
b) Nas atividades com perfil de risco à vida classificados como “Cii e Ciii” e “E”, os
componentes das equipes de intervenção e abandono devem ser treinados em
exercícios práticos no mínimo 2 vezes por ano;
c) Todos os funcionários diretos e terceiros das edificações com atividades em que o
perfil de risco à vida forem classificados em “B” e “D” e onde houver sido
implantado o sistema de abandono faseado, devem ser treinados em exercícios
práticos de intervenção e abandono no mínimo 3 vezes por ano.
6. Controle
Todas as providências e documentos indicados neste Anexo deverão possuir evidências de
seu cumprimento, como por exemplo, mas não só, relatórios, listas de presença em
treinamentos, notas fiscais, contratos de prestação de serviços, etc., devidamente arquivadas,
que possibilitem comprovação do cumprimento das tarefas e responsabilidades em inspeções
por agentes públicos e de conformidade para acreditação.
50