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Pontos de interes-
se especiais:
Antes da “Revolução dos Cravos”…
• Perspectiva Social Até há seis anos, a de forma a responder Relativamente ao ensino,
sobre os Enfermei- Enfermagem exercia-se melhor à evolução da os docentes do curso
ros antes e após o entre más condições de medicina, estabelecen- eram médicos e enfer-
trabalho e salários redu- do-se, no entanto, a dife- meiros (estes ensinavam
25 de Abril zidos. O ambiente entre rença entre os auxilia- a prática, sendo chama-
• Alterações nas prá- os profissionais era de res de enfermagem e os dos de monitores, e eram
ticas de Enfermagem desânimo e revolta.. enfermeiros. O grupo bastante reconhecidos
profissional em constru- pela sociedade) e as esco-
antes e após o 25 Do ponto de vista social, ção era maioritariamen- las mantinham-se na
de Abril a Enfermagem era consi- te constituído por auxi- dependência dos hospi-
derada uma profissão de liares, existindo cinco tais (as escolas eram
• O ensino de Enfer- mulheres, visto que se auxiliares para um como serviços dos hospi-
magem antes e após associava o género femi- enfermeiro. Os enfer- tais). A duração do curso
nino a qualidades como meiros tinham como era de três anos e as con-
o 25 de Abril sensibilidade e paciên- funções o desenvolvi- dições de admissão eram
cia. Na realidade, esta mento das tarefas de o 2º ano do liceu ou equi-
lei permitia aos médicos administração e organi- valente. Foram definidos
exercer o seu poder de zação de serviços, o que objectivos pedagógicos
dominação sobre as os aproximava dos pode- com maior preocupação
mulheres, perpetuando, res institucionais com o estatuto do aluno,
assim, a sobreposição da (administrativo e médi- que era considerando
Medicina sobre a Enfer- co) mas afastava-os da aprendiz e os alunos
magem. Existia uma prática de cuidados, aproximaram-se dos alu-
preferência pelas mulhe- enquanto os auxiliares nos do nível técnico de
res, entre os 18 e os 30 eram os que estavam formação. Passou a exis-
Nesta edição: anos e, como condição de próximos do doente, tir uma maior focaliza-
admissão, chegou-se sendo portadores de ção na disciplina de
Antes da “Revolução 1 mesmo a exigir o estado informação e, conse- enfermagem. Durante o
dos Cravos” de solteira ou viúva, sem quentemente, isso abria estágio, que correspondia
filhos. Esta medida aca- o canal directo no rela- a 2/3 de prática e 1/3 de
6 anos depois, o que 2 bou por ser abolida em cionamento com os teoria, os alunos eram
mudou ? 1963, terminando, assim, médicos. No entanto, acompanhados por enfer-
a proibição de casamento era questionado se a meiros monitores, sendo
Passatempos 3 das enfermeiras, o que formação os qualificava defendida a participação
permitiu que estas cons- para esta função. O fac- activa do aluno. O curso
tituíssem família formal- to de a maioria dos pro- de enfermagem não inte-
mente. Para o acesso ao fissionais serem auxilia- grava o sistema educati-
curso, a qualificação era res, contribuiu para um vo nacional. Em 1967, é
baixa uma vez que não constrangimento no pro- criou-se a Escola de
eram pedidos pré- cesso de autonomização Ensino e Administração
requisitos, visto que e profissionalização. de Enfermagem, em
havia uma grande falta Quanto à estruturação 1973, realizou-se o 1º
de Enfermeiros, em Por- da profissão, a Enferma- Congresso Nacional de
tugal. gem, que até então era Enfermagem e concluiu-
Na realidade, tornava-se constituída por uma se, ainda na reunião
necessário melhorar a única área, passou a ter magna dos enfermeiros,
formação/preparação do três carreiras (Saúde que os profissionais de
pessoal de enfermagem, Publica, Hospitalar e enfermagem reconhe-
Cartaz do 25 de Abril Ensino).
PÁGINA 2 NO T A S D E E NF E R MA G E M 4ª EDIÇÃO
Passatempos
Sopa de Enfermagem
Encontre, nesta sopa de letras, os 14 temas relacionados com a História da Enfermagem. Pode encontrar as pala-
vras a negrito em qualquer direcção
1. Florence Nightingale
N A C E L I B A T O A S D F G P R S
I Q W E R T Y U F E N W I C K A U I 2. Ethel Bedford Fenwick
G Z X C V B B X N N M Q A Z W R F N 3. Virgínia Henderson
H S D F G H J I J F F D C F G A G D 4. Mariana Diniz de Sousa
T E D G F D D L R E S E N D E Q G I
5. Escola de Enfermagem do Hospital
I F N R H F D I G R G D R G H U F C Sta Maria
N S D D G D R A E M E E R F E E F A 6. ESE Artur Ravara
G J G F E R O R D E M R R E Q D B L
7. Escola Técnica de Enfermeiras
A U P Ç M R S E S I W F T A H I H I
8. ESE Maria Fernanda Resende
L I R B A Y S S E R E N M R O S B S
E Ç Q Y B G W O U A A R R A N T I M 9. O Celibato das Enfermeiras