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4.

– CARACTERIZAÇÃO DO EMPREENDIMENTO

4.1 Objetivos

A barra do Canal de Sernambetiba, que está localizada na extremidade Oeste da Praia da


Macumba é constantemente assoreada pela areia proveniente desta praia. Por isto, sua
funcionalidade hidráulica fica imensamente prejudicada, não permitindo o escoamento das águas
do canal. Assim, no período de chuvas intensas, o Canal de Sernambetiba não tem condições de
drenar a cheia inundando toda a região ao seu redor. Também os canais do Portelo e Cortado,
apesar de “nascerem” a poucas dezenas de metros do Canal de Sernambetiba, não apresenta
interligação com o Canal de Sernambetiba. Suas águas drenam para a Lagoa de Jacarepaguá, que
por sua vez drena para a Lagoa da Tijuca, que por sua vez drena para o mar. Assim, as águas
destes canais têm um longo percurso, aproximadamente 25 km, até chegar no seu destino final.
O resultado é também de baixa funcionalidade hidráulica, o que resulta em alagamentos nas
épocas de chuvas. O Canal das Taxas também “nasce” a poucas dezenas de metros do Canal de
Sernambetiba, porém suas águas drenam para a Lagoa de Marapendi, que através dos canais de
Marapendi e Joatinga chegam ao mar. O canal das Taxas também tem baixa funcionalidade
hidráulica, ocasionando inundações nos períodos de chuva.

Frente a este quadro, o Empreendedor, inicialmente, considerou a possibilidade de proceder as


seguintes intervenções quais tenham sido repassadas quando do início dos Estudos Ambientais _
(1) a dragagem da desembocadura do Canal de Sernambetiba e implantação dos guias-correntes,
(2) a interligação do Canal das Taxas ao Canal de Sernambetiba, considerando também a sua
dragagem, (3) a interligação do Canal do Cortado ao Canal de Sernembetiba, considerando sua
dragagem e alargamento, (4) também a interligação do Canal do Portelo ao de Sernambetiba,
considerando também a sua dragagem e seu alargamento (em ambos os casos para dentro de
propriedade particular). À estas intervenções somavam-se o bota-fora do material que seria
dragado dos canais e a implantação do canteiro de obras. De acordo com as primeiras
expectativas do Empreendedor, estas intervenções deveriam melhorar a drenagem, além de
permitir a renovação das suas águas, melhorando significativamente a condição limnológica dos
canais e das lagoas de Jacarepaguá e Marapendi.

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Embora mantidos os principais objetivos das intervenções pretendidas pela SERLA, quais sejam
(1) a eliminação das enchentes na região ao redor dos canais de Sernambetiba, Portelo, Cortado e
Taxas, (2) a eliminação do trabalho de dragagem da barra do Canal de Sernambetiba, (3) a
melhoria da qualidade das águas dos canais de Sernambetiba, Portelo, Cortado e Taxas e das
lagoas de Jacarepaguá e Marapendi o Empreendedor foi, ao longo do desenvolvimento dos
estudos ambientais considerando outras alternativas para atingir também os objetivos
pretendidos, considerando aspectos ambientais.Neste sentido, a Caracterização do
Empreendimento teve dois momentos (1) no início dos estudos ambientais, onde o
Empreendedor recomendou que fossem consideradas todos os locais onde poderiam ocorrer
intervenções _ dragagem da desembocadura do Canal de Sernambetiba / implementação dos
guias-correntes e interligação dos canais das Taxas, Cortado e Portelo (também considerando a
dragagem dos três canais). Foi considerando esta Alternativa de Projeto que se procedeu à
definição das Áreas que poderiam vir a ser Diretamente Afetadas (ADAs), conforme explicado
no Capítulo 3_ Abordagem Metodológica. A descrição das obras a seguir, segui, portanto, a
primeira definição de Projeto apresentada pela SERLA para a realização deste Estudo.

4.2 Descrição das Obras

As obras inicialmente propostas preconizavam intervenções nos canais de Sernambetiba, Portelo,


Cortado e Taxas, conforme a seguir são descritas, por canal.

4.2.1 Canal de Sernambetiba

Objetivando a fixação da Barra do Canal de Sernambetiba, foi desenvolvido um projeto de obra


costeira, pelo Instituto Nacional de Pesquisas Hidroviárias – INPH, da Companhia Docas do Rio
de Janeiro – CDRJ, contratado pela Delta Construções S.A. A solução recomendada será a
construção de um guia-corrente (enrocamento) na margem esquerda da barra do referido canal.
Esta estrutura terá uma extensão total de 369 metros e será constituída integralmente de blocos
de rocha. No Anexo 1 apresenta-se a planta do enrocamento com as seções transversais
projetadas. Por solicitação da SERLA o referido projeto deverá ser revisto em futuro próximo,
considerando a translação de tal guia-correntes de modo a aproximá-lo do canal, bem como o
redirecionamento do seu trecho de enraizamento. Tais modificações implicarão, ainda, na
revisão dos quantitativos de material para a sua construção. Os dados sobre o material a ser

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dragado da desembocadura do Canal de Sernambetiba, principalmente no que diz respeito à
análise granulométrica do material a ser retirado encontra-se mais adiante, buscando atender as
solicitações da IT 013/2005 da FEEMA.

Características de Projeto para Implantação dos Guias Correntes

Foi desenvolvido pelo INPH um estudo de ondas com o objetivo de definir aquela a ser utilizada
no projeto, para um tempo de recorrência de 50 anos, como é comum para este tipo de obra. O
mesmo envolveu digitalização da carta náutica DHN 1620, preparação de planta batimétrica,
análises estatísticas de dados de ondas medidas ao largo e a utilização de modelagem matemática
específica para transportar a onda para a região da obra.

Análises dos condicionantes físicos

• Os fundos submarinos e regiões adjacentes


Os fundos submarinos ao largo são relativamente extensos, tendo a isobatimétrica de 100 e 50 m
às distâncias de 45 e 12 km, respectivamente, do litoral. A isobatimétrica de 30 m praticamente
tangencia a pedra de Guaratiba e as Ilhas Tijucas a leste, que formam o grande bolsão ou a
grande semi-enseada, onde se localizam as praias as Barra até o limite oeste (Pedra de Guaratiba)
(referência DHN 1620). O projeto em estudo situa-se no trecho de litoral entre as ilhas Urupira e
das Peças, a oeste, e a Pedra da Macumba e o Pontal de Sernambetiba, a leste. O litoral a oeste
do Canal de Sernambetiba é constituído por enrocamento e costões rochosos mergulhantes no
oceano. A batimetria utilizada no modelo matemático Mike 21-PMS, foi formada pela junção da
Carta DHN 1620 com levantamento realizado pelo INPH, em junho de 1997.

• Maré
A maré no litoral do Rio de Janeiro é classificada como semi-diurna com desigualdade diurna. O
termo “desigualdade diurna” é definido como sendo a diferença da altura de duas preamares ou
baixamares sucessivas, em um mesmo dia. Esta diferença de amplitude da maré acarreta
diferentes intensidades das correntes de enchentes e de vazante. No caso presente, a maior
influência da maré diz respeito aos níveis máximo e mínimo, os quais ditarão os limites em
termos de altura das obras de engenharia. As amplitudes da maré medidas na Fortaleza de Santa
Cruz, junto à Barra da Baia de Guanabara, referidos ao zero DHN, são: maré de sizígia –
máxima de 1,31 m e mínima de 1,20 m e maré de quadratura – máxima de 0,79 m e mínima de

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0,37 m. Será considerado para efeito de projeto, uma sobre elevação do nível d’água da ordem de
20 cm, conduzindo a uma variação de maré de 1,5 m.

• Estudo de ondas
Os dados de ondas utilizados no estudo de propagação das ondas foram obtidos junto ao
CENPES, órgão de pesquisas da PETROBRÁS, que realiza medições de ondas nas plataformas
offshore da Bacia de Campo – RJ. Tais dados correspondem às medições realizadas nas
plataformas offshore de Garoupa, Procap 1 e Procap 2. A esse conjunto de dados foram aplicadas
estatísticas de extremos (Gumbel, Weibull, etc.), que favoreceram a onda de projeto ao largo, a
qual foi transportada até o local da obra, através de simulações em modelo matemático de
propagação de ondas. Os detalhes desse estudo encontram-se apresentados no relatório INPH-
54/2005 denominado “Estudo em Modelagem Matemática para a Determinação da Onda de
Projeto.”Verificou-se que a onda de SE (Sudeste) é a mais desfavorável ao projeto, e o valor da
onda significativa (Hs) que norteará o dimensionamento da obra será 4,2 m.

Projeto da seção transversal do molhe

Neste item, em anexo, são apresentadas as dimensões das estruturas (Blocos de rocha):

• Peso unitário dos blocos da carapaça através da fórmula de Hudson (Wc):


Os pesos dos blocos deverão variar entre 9,0 e 16,0 t, sendo que 75% dos blocos de rocha do
volume total do enrocamento deverão ter pesos unitários superiores ao peso médio (12,5 t).

• Peso unitário dos blocos da sub-carapaça (Wsc)


Recomenda-se utilizar para peso médio unitário dos blocos da sub-carapaça do corpo um valor
de Wc/10, ou seja, 1,25 t.

• Espessura da carapaça (Ec) e da sub-carapaça (Esc)


Para o corpo do molhe, deve-se adotar um valor de 3,5 m para Ec; e 1,55 para 1,6m.

• Cota de coroamento da carapaça

Deve-se adotar uma cota de +2,0 m para que a estrutura não fique muito alta após a construção e,
obviamente, por razões econômicas. A soma da cota de trabalho com a espessura final da
carapaça resulta numa cota final da estrutura de + 5,5 m.

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• Núcleo
O material mais usado na constituição do núcleo é o chamado “enrocamento de todo tamanho” e
a escolha da granulometria é regida por aspectos econômicos e pelo grau de permeabilidade
desejado. No caso não há grandes preocupações com a gradação do núcleo por se tratar de uma
obra apenas de fixação de barra, podendo-se aproveitar todo o resto da pedreira, desde que seja
rocha. Por outro lado, não se pode usar muito fino, já que é necessário que o núcleo tenha um
mínimo de resistência à ação do mar, para suportar os equipamentos de construção.

Estimativas de quantidades
Os volumes apresentados no quadro abaixo referem-se aos volumes aparentes dos sólidos
formados pelas configurações geométricas das seções teóricas de projeto, baseados nos cálculos
efetivados a partir das seções transversais.

Resumo dos quantitativos de volumes para a execução do projeto do molhe com carapaça
constituída por blocos de rocha
Volume de Volume + 25% de
Quantitativos
3
enrocamento (m ) perdas e recalque
Enrocamento
até 500kg 35.140,50 43.925,63
0.45 a 0.8 t 2.603,43 3.254,28
0.9 a 1.6 t 14.535,64 18.169,55
4.5 a 8.0 t 3.186,85 3.983,56
9.0 a 16.0 t 28.778,32 35.972,90
total 90.500,74 113.125,92
Fonte: INPH, 2005.

O material para enrocamento deve ser obtido a partir de pedreira (IBRATA, localizada em
Vargem Pequena) contento rocha sã e granítica. O peso específico da rocha deverá ser de 2,65
t/m3, com uma tolerância de mais ou menos 15%. O INPH recomenda a realização de um
levantamento batimétrico atualizado da região, abrangendo uma área de pelo menos 1 km para
leste, e 1 km para oeste da barra do Canal de Sernambetiba, indo até a profundidade de –10 m,
com redução ao zero DHN. Isto é necessário para a confirmação do dimensionamento realizado,
tendo em vista a dinâmica existente nos fundos marinhos costeiros.

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Equipamentos
As principais etapas das obras de enrocamento são: execução do núcleo e colocação, por
guindaste, dos blocos de pedra que compõe a carapaça de proteção.Devido às características
destas obras, os equipamentos recomendados incluem (1) caminhões para a realização do
transporte dos blocos de rocha entre a pedreira e o molhe, (2) guindaste com pinça (com lança e
capacidade de içamento adequados) para a colocação dos blocos de rocha que compõem a
carapaça de proteção, (3) pá carregadeira e/ou trator de lâmina para apoio às operações
realizadas pelos caminhões e guindastes.

• Sedimentologia do Canal de Sernambetiba

Para a definição da natureza e granulometria dos sedimentos do material a ser dragado na


desembocadura do canal de Sernambetiba foram coletadas 3 amostras para posterior análise
laboratorial. Os laudos laboratoriais e as curvas granulométricas encontram-se em anexo.
O Quadro abaixo mostra a localização dos pontos de coleta e os resultados dos diâmetros
medianos. O material é composto por areia grossa e bem selecionada, com diâmetro mediano
entre 0,61 a 0,75mm.Quanto a análise da granulometria dos sedimentos que serão retirados da
desembocadura do Canal de Sernambetiba os dados na tabela abaixo permitem maior
esclarecimento.

Granulometria dos Sedimentos na Desembocadura do Canal de Sernambetiba.

Amostra UTM N (m) UTM E (m) D50 (mm) Classificação textural

C1 7.451.990 654.510 0,61 Areia grossa e bem selecionada


C2 7.451.854 654.420 0,64 Areia grossa e bem selecionada
C3 7.451.768 654.376 0,75 Areia grossa, bem selecionada
Fonte: Cohidro _ Levantamentos de campo e análises laboratoriais / 2006

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4.2.2 Interligações dos Canais do Portelo (*) , Cortado e Taxas com o Canal de
Sernambetiba (*) considerando a 1º Alternativa de Projeto repassada pela SERLA. Na
seqüência dos estudos o Empreendedor descartou a interligação do Canal do Portelo ao de
Sernambetiba, conforme será melhor abordado ao longo dos Capítulos.

As outras obras propostas pelo Empreendedor são as interligações entre o Canal de Sernambetiba
e os canais do Cortado e Taxas, tendo sido inicialmente considerada também a ligação do Canal
do Portelo. Estas obras, de um modo geral, visam melhorar a circulação das águas entre o Canal
de Sernambetiba e as lagoas de Jacarepaguá e Marapendi. A Figura 1 mostra planta com as
localizações da obras de interligação, registrando que a Alternativa que foi finalmente escolhida
pela SERLA, a qual foi considerada para identificação, análise e avaliação dos impactos
ambientais (vide Capítulo 9 _ Identificação, Análise e Avaliação dos Impactos Ambientais)
mais adiante. As obras visam executar ligações permanentes entre os canais do Cortado e das
Taxas com o Canal de Sernambetiba, tendo por finalidade precípua melhorar a circulação e o
escoamento das águas destes canais e das lagoas de Jacarepaguá e de Marapendi.

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Figura 1: Mapa de localização das intervenções inicialmente propostas ( a Alternativa escolhida
pela SERLA não contempla a interligação do Portelo ao de Sernambetiba

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Coleta e Análise de Dados

• Topográficos
Os dados topográficos foram levantados pela empresa Tecnosolo, estando na escala 1:500.
Segundo esta empresa as plantas que definem a rede Planialtimétrica da região estão referidas ao
sistema de coordenadas plano-retangulares UTM com o Datum SAD-69, já as cotas estão
referidas ao Datum de Imbituba do IBGE. Todas as referências topográficas foram baseadas
nestes levantamentos.

• Geotécnicos
Os perfis de sondagem geotécnica foram efetuados pela empresa Solus Tecnologia em
Perfurações.

• Hidráulicos
A eficiência hidráulica destas seções foi simulada computacionalmente no modelo Sisbahia da
COPPE/UFRJ através de um convênio de cooperação técnica entre estas duas instituições.

Projeto Hidráulico da Interligação entre os Canais do Portelo e Sernambetiba (apresentado


apesar de descartada esta intervenção pelo Empreendedor)
Apesar de descartada esta intervenção ao final dos estudos, optou-se por inserir esta informação
para fins explicativos no sentido geral. A seção projetada para a travessia da interligação entre os
canais do Portelo e Sernambetiba sob a estrada Vereador Alceu de Carvalho é uma seção
retangular com largura de 22m e cota de fundo em –2,50m (IBGE). As paredes laterais do canal
de interligação deverão ser revestidas com concreto armado, devido à fragilidade do solo lá
encontrado. A partir deste trecho, a seção deixa de ser retangular passando progressivamente
para a seção trapezoidal do canal do Portelo.

O Desenho 01 (Anexo 2) apresenta a planta, o perfil longitudinal e as seções tipos desta


interligação. O eixo do canal foi subdividido em estacas espaçadas de 20 m. As coordenadas das
estacas ao longo do eixo do canal são apresentadas na Tabela 1.

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Tabela 1: Coordenadas das estacas ao longo do eixo (UTM)

Coordenadas UTM
ESTACA
E N
000 654.386,31 7.455.842,57
001 654.406,20 7.455.844,60
002 654.426,10 7.455.846,62
003 654.446,00 7.455.848,64

O volume total de escavação e dragagem, se viesse a ser considerada esta intervenção seria de
4.505m3.

Projeto Hidráulico da Interligação entre os Canais do Cortado e Sernambetiba


A seção projetada para a travessia da interligação entre os canais do Cortado e Sernambetiba sob
a estrada Vereador Alceu de Carvalho é uma seção retangular com largura de 32m e cota de
fundo em –2,50m (IBGE). As paredes laterais do canal de interligação deverão ser revestidas
com concreto armado, devido à fragilidade do solo lá encontrado. A partir deste trecho, a seção
deixa de ser retangular passando progressivamente para a seção trapezoidal do canal do Cortado.
O Desenho 02 (Anexo 3) apresenta a planta, o perfil longitudinal e as seções tipos desta
interligação. O eixo do canal foi subdividido em estacas espaçadas de 20 m. As coordenadas das
estacas ao longo do eixo do canal são apresentadas na Tabela 2.

Tabela 2: Coordenadas das estacas ao longo do eixo (UTM)

Coordenadas UTM
ESTACA
E N
000 654.459,04 7.454.382,97
001 654.478,54 7.454.387,40
002 654.498,04 7.454.391,83
003 654.517,55 7.454.396,26

O volume total de escavação e dragagem calculado para a interligação é de 4.183m3.

Projeto Hidráulico da Interligação entre os Canais das Taxas e de Sernambetiba


A seção projetada para a travessia da interligação entre os canais das Taxas e de Sernambetiba
sob a Estrada Vereador Alceu de Carvalho é uma seção retangular com largura de 17m e cota de
fundo em –2,50m (IBGE). As paredes laterais do canal de interligação deverão ser revestidas

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com concreto armado, devido à fragilidade do solo lá encontrado. O Desenho 03 (Anexo 4)
apresenta a planta, o perfil longitudinal e as seções tipos desta interligação. O eixo do canal foi
subdividido em estacas espaçadas de 20 m. As coordenadas das estacas ao longo do eixo do
canal são apresentadas na Tabela 3.

Tabela 3: Coordenadas das estacas ao longo do eixo (UTM)

Coordenadas UTM
ESTACA
E N
000 654.490,56 7.454.359,19
001 654.510,54 7.454.359,98
002 654.530,52 7.454.360,77
003 654.550,53 7.454.361,05

O volume total de escavação e dragagem calculado para esta interligação é de 3.800m3.Devido


às características destas obras, os equipamentos recomendados incluem (1) caminhões para a
realização do transporte material a ser escavado até o bota-fora no Fazenda Parque Recreio, (2)
retro-escavadeira.

4.2.3 Dragagens dos Canais do Portelo, Cortado e Taxas

Os canais do Cortado e Taxas deverão ser dragados em todas as suas respectivas extensões para
melhorar a circulação das águas após suas interligações com o Canal de Sernambetiba.
Conforme informado pela SERLA, o Canal do Portelo deverá ter largura de 22 metros com a
cota de fundo na -2,5m (IBGE). O Canal do Cortado deverá ter largura de 32 metros e cota de
fundo na -2,5m (IBGE). Já o Canal das Taxas deverá ter sua largura mantida como a atual, a

Equipamentos de proteção de acidente


Conforme informado pelo empreendedor serão utilizados os equipamentos de proteção
individual para todos os operários lotados no canteiro de obra, como: botas, capacetes, luvas,
fones de ouvido, etc. Os equipamentos móveis serão providos de dispositivos sonoros que
alertarão da movimentação dos mesmos. Os caminhões transportadores das pedras de grande
dimensões e pesos serão identificados com bandeiras vermelhas e trafegarão em velocidade
reduzida. A descrição mais detalhada dos caminhões

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Jazida Pétrea e Vias de Acesso
O material de execução do molhe virá da pedreira de propriedade da Ibrata Mineração Ltda,
situada à Estrada dos Bandeirantes, 13.840, Vargem Pequena. A movimentação de pedras da
Pedreira até a obra será através da Estrada dos Bandeirantes e Estrada Vereador Alceu de
Carvalho. O percurso total será de aproximadamente 10km.

Dragagem da Foz do Canal de Sernambetiba


Como informado anteriormente, será feita uma dragagem da Foz do Canal de Sernambetiba para
permitir a livre circulação das águas. Esta dragagem é fundamental para melhorar o escoamento
das cheias, além de permitir a renovação das águas das lagoas de Jacarepaguá e Marapendi. Está
previsto um volume de dragagem de aproximadamente 10000m3, sendo o material composto de
solo mole. O bota-fora deste material será a Fazenda Parque Recreio de propriedade do Pasquale
Mauro. A dragagem será executada com escavadeira sobre esteira equipada com clam-shell, com
carregamento direto no caminhão basculante que transportará o material ao bota-fora. Neste local
o material será espalhado com trator de esteira. A mão de obra utilizada no serviço de dragagem
será constituída de operador de escavadeira, motoristas, operador de trator, topógrafo e
ajudantes.

Canteiro de Obras
O canteiro de obras será montado no espaço constituído pela foz do Canal de Sernambetiba, a via
de acesso à praia do Pontal e o muro de contenção da ciclovia. Será constituído de 4 (quatro)
containers metálicos que abrigarão escritórios para fiscalização, gerência técnica, gerência
administrativa e vestiário/sanitário para operários. Para manter a segurança e isolamento da área,
será montado tapume de madeira compensada. Tão logo for dada a ordem de serviço inicial, será
feita implantação do canteiro e a sua desmobilização/desativação ocorrerá imediatamente após a
conclusão dos serviços.

Cronogramas Físico-Financeiros
Os Quadros a seguir mostram os cronogramas físico financeiros para a estabilização da Barra do
Canal de Sernambetiba com a construção de guias-correntes, cujo valor apresentado pelo
Empreendedor é de R$ 9.697.680,126, enquanto as obras para a realização das interligações dos
canais das Taxas, Cortado e Portelo ( orçado na época considerando esta alternativa),
considerando também as respectivas dragagens perfazem, também de acordo com dados
repassados pela SERLA o valor de R$ 5.989.143,11.
33
INSERIR DESENHO ENROCAMENTO E DESENHO 1

34
INSERIR DESENHO 2 E 3

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