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UNIVERSIDADE FEDERAL DO OESTE DA BAHIA

FISICA EXPERIMENTAL 02 – CET 0104


TURMA 01

EXPERIMENTO Nº 02

DETERMINAÇÃO MEDIDA: ESTÁTICA DE UM CORPO RÍGIDO

ÍTALLO CRYSTIANO
PAULO WELSON
CLAUBERTO JUNIOR

DATA DO EXPERIMENTO: 20/07/2017


INTRODUÇÃO

Um corpo rígido é considerado um corpo inelástico, que não sofre quaisquer


deformações, contudo, o conceito de corpo rígido não é completamente válido,
pois não existem corpos indeformáveis, mas sim aqueles que são considerados
rígidos por sofrerem deformações mínimas que podem ser consideradas
desprezíveis.

Para que ocorra o equilíbrio de um corpo rígido devem ser considerados os


movimentos de rotação e translação do mesmo. Para que ocorra o de translação
basta que a somatória das forças seja igual a zero. No caso da rotação, a
aceleração angular deve ser igual a zero, para isso o conceito de momento é de
grande importância, pois para que a aceleração angular seja nula basta que a
somatória dos momentos seja também nula.

O equilíbrio de um corpo rígido ocorre quando o (s) somatório(s) das forças que
agem sobre o corpo é igual a zero e ao mesmo tempo, não haja torque atuando
sobre o mesmo, ou seja, não há aceleração angular. Sabendo disso, nosso
experimento visa levar um corpo rígido ao equilíbrio, através da lo calização do
centro de massa e de gravidade do mesmo.

Para chegar a tal objetivo, utilizaremos um apoio, onde será equilibrado um corpo
rí gido graduado. Uma vez em equilíbrio, marcaremos a localização do centro de
massa e de gravidade. Em seguida, colocaremos os pesos de ambos os lados,
sem alterar o equilíbrio, anotando as respectivas distâncias do centro (eixo).
MATERIAIS UTILIZADOS:

 Suporte balanceador;

 Massa aferidas;

 Régua;

 Balança.
PROCEDIMENTO EXPERIMENTAL

O experimento consistiu em apoiar uma régua de 40 centímetros com vários


furos ao longo de seu corpo à um suporte de modo que a mesma ficasse
suspensa em equilíbrio, devido ao apoio estar acoplado justamente em seu
centro de massa. As perfurações presentes ao longo do comprimento da régua
estavam localizadas de 5 em 5 centímetros a partir do ponto 0, totalizando assim
8 perfurações.

A partir de então, massas aferidas de 51,8 gramas cada foram penduradas nos
furos da régua de modo que o equilíbrio fosse mantido. Houveram variações no
posicionamento das massas aferidas tanto do lado direito a partir do ponto de
acoplamento da régua ao suporte quanto do lado esquerdo. Essas mudanças de
posição das massas aferidas poderão ser melhor observadas na tabela 1 no
tópico a seguir.

Logo após, mudou-se o apoio da régua para 5 centímetros à esquerda, após


soltar a régua sem nenhuma massa acoplada verificou-se que a régua não se
mantinha em equilíbrio, isso por que a massa da parte direita se tornou maior do
que a da massa do lado esquerdo, logo, para equilibrar a régua será necessário
o uso das massas aferidas em posições diferentes das que foram usadas quando
a régua estava acoplada ao suporte no centro de massa. Essa diferença
observada ao mudar o posicionamento da régua se dá pelo momento, que é o
produto da força (nesse caso o peso das massas) pela distância que a mesma
está do centro de giro.

Depois de ter conseguido o equilíbrio com as diferentes posições de centro de


massa foi notado que quando o centro de massa é mudado é necessária uma
massa maior do lado que é menor, visto que o momento é diretamente ligado a
distância dessa forma o lado que tem uma distância maior das massas ao centro
de massa necessita uma quantidade menor de massas para entrar em equilíbrio
com o outro lado que tem uma distância menor e uma quantidade maior de
massa.
DADOS CALCULADOS

DISTÂNCIA ± 0,05 cm
POSIÇÃO MASSAS AFERIDAS COM EIXO NO CENTRO DE MASSA
0 0,05 0,1 0,15 0,2 0,25 0,3 0,35 0,4 EQUILIBRIO
M1 1 1 1 1 1 1 1 1 SIM

EIXO DE GIRO
M2 2 1 1 1 1 1 SIM
M3 3 1 1 1 1 1 SIM
M4 1 4 SIM
M5 2 4 1 SIM
TABELA 01

FORÇA ± 0,02 (N)


FORÇA X MOMENTO
FORÇA LE FORÇA LD M. LE M. LD
M1 2,03 2,03 0,35 0,35
M2 1,52 2,03 0,35 0,35
M3 2,03 2,03 0,35 0,35
M4 0,51 2,03 0,20 0,20
M5 1,02 2,54 0,30 0,30
TABELA 1.1

0,15 DISTÂNCIA ± 0,05 cm


POSIÇÃO MASSAS AFERIDAS
0 0,05 0,1 0,15 0,2 0,25 0,3 0,35 0,4 EQUILIBRIO
M1 2 2 SIM
EIXO DE GIRO

M2 3 1 SIM
M3 4 1 SIM
M4 1 2 1 SIM
M5 4 SIM
TABELA 2

FORÇA ± 0,02 (N)


FORÇA X MOMENTO
FORÇA LE FORÇA LD M. LE M. LD
M1 2,03 0,00 0,35 0,37
M2 1,52 0,51 0,38 0,39
M3 2,03 0,51 0,45 0,47
M4 2,03 0,00 0,35 0,37
M5 2,03 0,00 0,35 0,37
TABELA 2.1
RESULTADOS E DISCUSSÕES

As condições de equilíbrio foram analisadas em várias situações diferentes,


como descrito nos procedimentos experimentais. Assim pôde-se verificar a
atuação das leis físicas, bem como, usar os dados coletados para verificar as
fórmulas usadas no cálculo de Força e Momento.

É sabido que não apenas a força aplicada a um corpo rígido que influenciará na
sua estática, afinal podemos ter uma força resultante igual a zero, e ainda assim
ocorrer movimento do corpo. O momento pode gerar rotação no corpo, mesmo
quando o somatório de forças é zero e esse fato pôde ser verificado no
experimento realizado.

Ao colocar a régua acoplada ao tripé suspensa pelo seu centro de massa e sem
nenhuma massa aferida acoplada a ela, verificamos que houve equilíbrio, afinal
a régua tem uma distribuição de massa homogênea e assim sendo, a única força
atuante sobre ela é seu próprio peso que, como é distribuído uniformemente pelo
seu corpo gera um somatório de forças igual a zero e o momento também é zero.
Em seguida, foram adicionadas massas aferidas em pontos distintos,
modificando o modo como as forças atuam sobre a régua e consequentemente
o momento.

O experimento foi realizado com o centro de massa em dois pontos diferentes


da régua, sendo um deles no centro e o outro 0,05 m do centro. Pôde-se verificar
que o método mais fácil para conseguir o equilíbrio é a compensação das
massas em relação à distância, pois o momento referente as forças são iguais à
massa dos pesos (multiplicado pela gravidade) multiplicado pela distância. Ou
seja, pode-se equilibrar facilmente já que a massa dos pesos é a mesma, apenas
observando a distância entre o centro de massa e os pesos.

Sabe-se que o braço de alavanca é a maior distância de uma extremidade até


seu centro de massa, e pode-se estabelecer uma relação entre este e a força
por meio do momento, pois MOMENTO = FORÇA X DISTANCIA.

A diferença existente entre a primeira e a segunda parte do experimento é que


no segundo o momento angular do lado onde ficou a maior parte da régua, é
consequentemente maior, pois a distância aumenta em relação ao primeiro, já
que o centro de massa possui distancias diferentes as duas extremidades. Isso
significa que para manter o equilíbrio nessa situação, é necessário que haja uma
maior atuação da força peso do lado contrário, ou seja, há a necessidade de
adicionar mais massas aferidas do lado onde se tem uma menor parte da régua.
E é essa massa a mais que vai equilibrar os esforços mantendo assim a estática
do corpo.
CONCLUSÃO

Conseguimos localizar o centro de massa e de gravidade do corpo rígido


graduado. A precisão foi comprovada com erros percentuais baixos, o que
mostrou que os valores encontrados na prática são próximos dos valores
teóricos, provando enfim, os conceitos de torque, equilíbrio, centro de massa e
de gravidade de maneira eficiente. Foi percebido que de acordo com a formula
do momento, a força peso necessária para compensar um distancia menor é
maior do que quando a mesma é aplicada a uma maior distância. Dessa maneira
foi obtido situações de equilíbrio cuja necessidade de massa foi apenas de um
lado da régua com uma menor distância, devido ao peso da própria régua
realizar um momento no seu eixo de giro que compensa o peso das massas
acopladas do outro lado, mesmo a régua tendo uma massa menor isso foi
possível devido a distância maior ao centro de giro.
REFERÊCIAS BIBLIOGRÁFICAS

 Apostila de Laboratório de Física II, Última modificação 2° semestre/2008


(Prof. Joca).

 Halliday, D; Resnick, R e Walker, J - Fundamentos de Física - Vol II LTC.


4ª Edição

 NUSSENZVEIG, H. Moyses. Curso de Física Básica: Edgard Blücher. 4ª


ed. Volume 01, 2002.

 TIPLER, P. MOSCA, Gene. Física para Cientistas e Engenheiros: LTC, 6ª


ed. Volume 01, 2006.

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