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Convém frisar que a resposta deste filósofo frisa que um mundo eticamente
justo deve ser suportado por acções imparciais, daí a grande metáfora do véu
de ignorância. De acordo com Rawls, deveríamos escolher uma determinada
posição social sem conhecimento prévio das vantagens ou desvantagens das
nossas escolhas, de modo a serem neutrais e objectivas.
Todavia, este véu de ignorância não é uma atitude muito eficaz e não realista.
Analisando-o criticamente , apercebemo-nos que é impossível libertarmo-nos
do conhecimento que temos sobre nós mesmos, além de que confirma a
existência de preconceitos naturais e não explica as ideias de desejo, ambição,
dedicação e esforço.
Por outro lado, este véu só vem mostrar que na sociedade imperam as relações
económicas, e realça a pouca importância que os bens não materiais têm na
vida das pessoas, conduzindo assim a uma organização individualista.
John Rawls tenta também responder a situações menos prováveis, uma vez que
é impossível prever as consequências das nossas acções. A resposta consiste
em atender ao Princípio Maximin. Ou seja, dentro do pior, escolher o melhor
possível, garantindo a segurança das nossas acções e fugindo a situações
embaraçosas de ganância e ambição. Segundo ele, seria a forma mais racional
de agir e contribuir para uma sociedade justa, mesmo que não tivéssemos
acesso ao melhor possível, evitaríamos o pior possível.
Convém sublinhar também que a atitude dos mais ricos tem sido e é sempre
demasiado egoísta e egocêntrica, verificando-se na actualidade que estes não
têm contribuído para os mais pobres.