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Rawls é contra um Estado de Bem Estar defendido pelos utilitaristas, pois

afirma que neste, a aplicação de justiça é apenas teórica, que é um Estado


demasiado liberal e que o princípio da máxima felicidade não atende a casos
individuais, havendo pessoas que vivem na miséria e não têm igualdade de
oportunidades.

John Rawls defende então uma sociedade de Bem-estar, sociedade esta


assente em três princípios que considera fundamentais: neutralidade,
imparcialidade e equidade. Nessa sociedade de Bem-estar haveria justa
distribuição de bens e se apoiaria em argumentos filosóficos, sendo crítica,
universal e independente de tradições e costumes. Individualiza também
sociedade da tradição aristotelética, da tradição Kantiana e Utilitarista.

O filósofo afirma que para se fazer justiça, é necessário a criação de condições


específicas para esta, juntando então o contrato social, da teoria contratualista
de Locke, com o princípio de humanidade, da tradição Kantiana.

Para Rawls, uma sociedade justa apenas se pode construir se sustentada em


normas regulamentadoras das acções humanas.

Em primeiro lugar, defende a existência de instituições, também elas


imparciais, orientadas por primórdios:

- Principio de igualdade, considerado a esfera da cidadania porque impõe a


igualdade de todos os cidadãos perante a lei.

-Princípio de oportunidade justa. Sendo John Rawls apologista de uma


sociedade em que todos vivesse em liberdade, igualdade e agissem sem
objectivamente, a sociedade deve também ser objectiva ao partilhar a sua
riqueza. Todavia, para Rawls, as desigualdades económicas e sociais apenas
deviam ser toleradas se beneficiassem os mais desfavorecidos e fossem
acessíveis a todos.

Convém frisar que a resposta deste filósofo frisa que um mundo eticamente
justo deve ser suportado por acções imparciais, daí a grande metáfora do véu
de ignorância. De acordo com Rawls, deveríamos escolher uma determinada
posição social sem conhecimento prévio das vantagens ou desvantagens das
nossas escolhas, de modo a serem neutrais e objectivas.

Todavia, este véu de ignorância não é uma atitude muito eficaz e não realista.
Analisando-o criticamente , apercebemo-nos que é impossível libertarmo-nos
do conhecimento que temos sobre nós mesmos, além de que confirma a
existência de preconceitos naturais e não explica as ideias de desejo, ambição,
dedicação e esforço.

Por outro lado, este véu só vem mostrar que na sociedade imperam as relações
económicas, e realça a pouca importância que os bens não materiais têm na
vida das pessoas, conduzindo assim a uma organização individualista.

John Rawls tenta também responder a situações menos prováveis, uma vez que
é impossível prever as consequências das nossas acções. A resposta consiste
em atender ao Princípio Maximin. Ou seja, dentro do pior, escolher o melhor
possível, garantindo a segurança das nossas acções e fugindo a situações
embaraçosas de ganância e ambição. Segundo ele, seria a forma mais racional
de agir e contribuir para uma sociedade justa, mesmo que não tivéssemos
acesso ao melhor possível, evitaríamos o pior possível.

No entanto, há que ter em conta que, de facto, não há segundas oportunidades


e a posição de jogador é demasiado arriscada. Este princípio Maximin é uma
forma de precaver situações desagradáveis. Contudo, maximiza também a
felicidade e, dessa forma, posições sociais muito favoráveis a certas pessoas e
que lhes trariam grande felicidade, são rejeitadas.

Convém sublinhar também que a atitude dos mais ricos tem sido e é sempre
demasiado egoísta e egocêntrica, verificando-se na actualidade que estes não
têm contribuído para os mais pobres.

Mas, são de considerar excelentes os métodos encontrados por Rawls para


tornar a nossa vivência mais pacífica. É vantajoso saber que dificilmente
viveremos na pior situação possível, pois o filósofo propõe sempre a liberdade
humana e igualdade, permitindo-nos aceder a direitos, deveres e condições que
nos deixam desenvolver um projecto de vida. Depois, a pobreza não seria
facilmente vislumbrável, uma vez que as desigualdades económicas seriam
como que reduzidas devido ao contributo de pessoas com uma vida suficiente
estável, e dos próprios rendimentos do Estado.

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