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RESUMO
Compreender a motivação humana tem sido um desafio para muitos
administradores e psicólogos. Várias pesquisas têm sido elaboradas e diversas
teorias têm tentado explicar o funcionamento dessa força que leva as pessoas a
agirem em prol do alcance de objetivos organizacionais. Este trabalho objetiva
demonstrar o quanto é importante se ter colaboradores motivados para um bom
funcionamento da organização, colocando este fator como grande contribuição na
sobrevivência e no sucesso da empresa no mercado. A análise foi feita através de
pesquisas bibliográficas na qual foram levantados os principais fatores que
contribuem para a motivação dos colaboradores dentro das organizações e no que
isso interfere na realidade das empresas. Devido aos fatores de intensificação da
concorrência e do ritmo acelerado das mudanças no mercado de trabalho, é
fundamental para o sucesso de qualquer organização possuir colaboradores
estimulados a alcançar metas para que os resultados planejados e esperados sejam
superados com disposição e satisfação. O estudo evidenciou que a motivação é
uma filosofia que deve ser emanada de cima e espalhada para toda organização.
Essa filosofia é a descoberta sobre as necessidades e desejos de cada colaborador.
A organização será melhor quando o homem que nela atua for cada vez mais
valorizado e motivado.
____________________
1
Graduandos do Curso de Administração das Faculdades Integradas do Vale do Ribeira (FVR), Registro, SP.
² Graduado em Ciências Econômicas (UEPG). Especialista em Administração de Empresas (FVR). Professor das Faculdades
Integradas do Vale do Ribeira. Proprietário Lojas de Variedades.
Revista Ampla de Gestão Empresarial, Registro, SP, Ano 1, N° 1, art. 5, p 60-76, out 2012, ISSN 2317-0727
Importância da Motivação
Osawa, J. L. T.; Pedroso, D. O. O. ; França, N. S.; Oliveira, S. S.
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1. INTRODUÇÃO
Os fatores motivacionais contribuem diretamente com a qualidade de vida das
pessoas e na qualidade dos serviços por elas prestados, é a força que impulsiona os
interesses de ambas as partes, organização e indivíduo.
Neste estudo são pesquisados os principais fatores que contribuem para a
motivação dos colaboradores dentro das organizações e no que isso interfere na
realidade das empresas.
Segundo Bergamini (2008), o estudo da motivação aplica-se a todos os
campos da atividade humana e é, em especial, àquele reservado às organizações
que dedicaram grande parte de seus esforços no sentido de poder entender quais
objetivos motivacionais são mais freqüentemente procurados no trabalho. Esta
pesquisa busca demonstrar o quanto é importante ter funcionários motivados para
um bom funcionamento da organização, colocando este fator como grande
contribuição na sobrevivência e no sucesso da empresa no mercado.
O trabalho foi desenvolvido através de pesquisa bibliográfica. A pesquisa
justifica-se porque as teorias motivacionais trazem grande contribuição para
incentivar o comportamento humano, além de enriquecer o conhecimento, pode
mudar a realidade das empresas através dos vários conceitos. O estudo dessas
teorias beneficia o trabalho no sentido de melhorar o desempenho. Um funcionário
motivado tende a desenvolver melhor suas funções, ao ser reconhecido e valorizado
pela organização onde trabalha.
Para Bergamini (2008), a motivação é constante, infinita, flutuante e
complexa.
2 MOTIVAÇÃO
“O que o homem superior procura está dentro dele mesmo; o que o homem
medíocre procura está nos outros.” (Françóis La Rochefoucauld)
No princípio dos estudos da administração, o fator humano não era levado em
consideração, sendo os colaboradores das organizações vistos como homem
máquina, homem economicus. Porém com o crash em 1929, a economia global foi
terrivelmente afetada, e muitos perderam seus empregos da noite para o dia. Foi
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nesse período que a teoria das relações humanas foi ganhando força, pois as
teorias tradicionais na época foram consideradas as causadoras da depressão.
Segundo Chiavenato (1999) com o advento da Teoria das Relações Humanas
uma nova linguagem passa a dominar o repertório administrativo: fala-se agora em
motivação, liderança, comunicação, organização informal, dinâmica de grupo. A
ênfase nas tarefas e na estrutura é substituída pela ênfase nas pessoas. Com a
Teoria das Relações Humanas surge uma nova concepção sobre a natureza do
homem, o homem social.
A escola das Relações Humanas foi a primeira a se ocupar mais
sistematicamente dos aspectos humanos da organização. Foi a primeira a dar
ênfase na satisfação do empregado, a se ocupar de suas questões afetivas e
pessoais, a falar de crescimento pessoal e motivação, abrindo um caminho trilhado
até hoje pelas principais escolas que se seguiram.
Assim o fator motivação começou a ganhar notoriedade, pois se foi
percebendo que há forças internas que faz com que o Ser Humano cumpra seus
objetivos com mais ou menos intensidade. Desde então as teorias da administração
e as grandes organizações têm realizado estudos e procurado desenvolver técnicas
a fim de querer que os interesses pessoais dos colaboradores sejam compatíveis
com os interesses das organizações.
Como o escritor francês Françóis La Rochefoulcauld citou acima, o que
diferencia de um homem superior do medíocre é o que ele procura.
Motivação consiste, pois, no conjunto de forças internas que mobiliza o
indivíduo para atingir um dado objetivo como resposta a um estado de necessidade,
carência ou desequilíbrio. É o processo responsável pela intensidade, direção e
persistência dos esforços de uma pessoa para o alcance de uma determinada meta.
Segundo Maximinano (2007) a palavra Motivação deriva do latim motivos,
movere, que significa “mover”. É, então, aquilo que é suscetível de mover o
indivíduo, de levá-lo a agir para atingir algo e de lhe produzir um comportamento
orientado.
Segundo Chiavenato (1999) de modo geral, motivação é tudo aquilo que
impulsiona a pessoa a agir de determinada forma ou, pelo menos, que dá origem a
uma propensão a um comportamento específico, podendo este impulso à ação ser
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As Primeiras Teorias.
Estas teorias concebem o homem como um ser racional, no sentido de
possuir desejos conscientes, e que se serve das suas próprias capacidades para
satisfazê-los. Para tanto, a noção de vontade evidencia-se como básica, assumindo
importante posição ente outras faculdade mentais até então denominadas
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As Teorias Hedonistas.
Estas teorias defendem o principio de eu o comportamento humano acha-se
especialmente orientado no sentido de buscar o prazer e, conseqüentemente,
procura evitar a dor ou o sofrimento.
Essa teoria, atualmente não muito aceita pelos psicólogos, representa o fruto
do pensamento de alguns filósofos que deram a conhecer ao mundo suas teorias
por volta dos séculos XVIII e XIX.
Modificada em seu sentido original, o teoria hedonista teve em McClellan,
mais recentemente, um representante que trabalhou experimentalmente, a partir de
relatos subjetivos dos sujeitos, para obter maiores informações de como se passa a
dinâmica motivacional. Chega-se então a enfatizar o fato de ser a motivação um
conjunto de expectativas aprendidas ao longo da vida de cada um e que tem por
finalidade antecipar reações emocionais positivas ou negativas. Todos aqueles
objetivos conhecidos como eivados de prazer serão procurados, ao passo que
outros, que possuem a conotação de dor ou desprazer, deverão ser evitados. Há
que se entender que a predisposição comportamental é inata, mas os motivos são
aprendidos.
O entendimento mais abrangente de emoção explica outros aspectos do
comportamento humano, como é o caso da motivação, por exemplo. Quem toca
nesse aspecto é Weiten apud Bergamini (2008), quando explica a emoção do medo
sendo a relação entre comportamento de realização e o medo do fracasso ilustra
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As Teorias do Instinto.
Essas teorias tiveram sua inspiração no trabalho de Darwin e defendiam o
ponto de vista de que alguns comportamentos mais simples, como os reflexos
incondicionados, são herdados, mas outras ações mais complexas podem ser
denominadas instintos, tendo como principal objetivo a preservação da espécie. Os
reflexos são menos flexíveis que os instintos, impedindo assim um comportamento
mais controlável. Muitos dos reflexos escapam do controle volitivo do próprio sujeito
que os exibe. Psicólogos como William James, Sigmund Freud e William McDougal
são representantes típicos dessa teoria. A grande missão daqueles que se
dedicaram ao estudo do instinto como propulsor do comportamento humano seria a
de procurar descobrir quais são esse instintos. Essas preocupações determinaram,
por exemplo, uma exaustiva listagem dos mesmos, que atingia a ordem dos 6.000
instintos, por volta de 1920. Esse trabalho foi feito, principalmente, por meio da
observação de comportamento de animais inferiores, em laboratórios.
Teorias do Impulso
Tendo-se afigurado como uma das explicações sobre o comportamento
humano que mais contaram com a aceitação dos psicólogos, propõe a
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3 ANALISE
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4 CONSIDERAÇÕES FINAIS
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2005.
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Rio de Janeiro: Campus, 1999.
CHIAVENATO, Idalberto. Recursos Humanos: O Capital humano das
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<http://www.sitedoescritor.com.br/sitedoescritor_escritores_mchicareli_texto008.html
>. Acesso em: 27 de setembro de 2010.
FELIPPE, Maria Inês. Motivação e trabalho em equipe podem fazer a diferença.
Disponível em:
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Importância da Motivação
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<http://www.vencer.com.br/view_artigos_colaboradores.asp?codtext=485>. Acesso
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/artigos.aspx?id=251>. Acesso em: 01 de outubro de 2010.
MATOS, Francisco Gomes de. Nova Liderança Nova Organização. São Paulo:
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MAXIMIANO,Antonio Cesar Amaru. Fundamentos de Administração. São Paulo:
Atlas,2007.
MAYO, Andrew. O valor humano da empresa. São Paulo: Prentice Hall, 2003.
ROESCH, Silvia Maria Azevedo: Projetos de estágio e de Pesquisa em
Administração: guia para estágios, trabalhos de conclusão, dissertações
estudo de caso. São Paulo: Atlas, 2005.
SILVA, Reinaldo Oliveira da. Teorias da Administração. São Paulo: Pioneira
Thomson Learning, 2005.
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