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Combustíveis, Lubrificantes e Lojas de Conveniência 2017

Conselho Consultivo
Presidente do Conselho Leocádio de Almeida Antunes Filho – Ipiranga

Conselheiros Marcelo Bragança – Petrobras Distribuidora

Antonio Ennes Pires de Lima – Chevron

Ricardo Mussa – Raízen

Felipe Affonso Ferreira – Cosan Lubrificantes

Marcelo Henrique Ribeiro Alecrim – AleSat

Presidente Executivo Leonardo Gadotti Filho

Diretor Executivo Jorge Luiz de Oliveira

Diretor de Meio Ambiente Luís Alves de Lima Filho – Petrobras Distribuidora

Diretor Jurídico Guido Silveira – Ipiranga

Diretor de Abastecimento e Regulamentação Leandro Silva – Raízen

Diretor de Lubrificantes Felipe Affonso Ferreira – Cosan

Diretora de Aviação Ana Helena Mandelli – Raízen

Diretor de Planejamento Estratégico Helvio Rebeschini

Diretor de Mercado e Comunicação Cesar Guimarães

Diretor de Tributação Antônio Rodrigues


SUMÁRIO
7. Apresentação
8. Entrevista
10. Ponto de Vista
16. Capítulo Especial
36. Combustíveis
89. Lubrificantes
101. Conveniência
158. Pesquisa
165. Eventos
171. Índice de gráficos e tabelas
174. Associadas
175. Comitê Editorial
176. Créditos
APRESENTAÇÃO

C
om a evolução dos postos de combustíveis de antigamente para os centros de
multisserviços de hoje, surge a necessidade de agregar qualidade na prestação
de serviços. E o que seria “qualidade em serviços” senão aquela que o consumi-
dor percebe como valor agregado? De que adiantaria agregar tantos serviços
ao posto se não se agregar, também, um ambiente que o cliente perceba como amistoso e
em que ele queira estar? Como se dá a Experiência 5.0, que prega que, para diferenciar um
produto e agregar valor a ele, é preciso proporcionar experiências para os consumidores? O
que busca a Geração Millennial e como estar pronto para ela?
Essas e outras questões estão ilustradas no Capítulo Especial deste Anuário, em artigo
gentilmente cedido por Fernando Lucena, sócio-diretor da GS&Friedman, e complementa-
das por outra valiosa contribuição do especialista em varejo, com mais de 30 anos de ex-
periência em distribuição de combustíveis e na indústria de lojas de conveniência, Claudio
Reboredo, no capítulo Ponto de Vista.
Nas tradicionais análises de mercado que esta publicação traz, destaque para os nú-
meros de conveniência, que foram na contramão do varejo brasileiro, que caiu 6,2%, versus
um aumento de 3,9% em número de lojas e de 6,2% em faturamento. Em combustíveis e
lubrificantes ainda foi possível sentir os efeitos da crise econômica que atingiu o Brasil nos
últimos dois anos.
Na entrevista do presidente executivo do Sindicom, Leonardo Gadotti Filho, é possí-
vel obter uma radiografia de todo o setor e conhecer os principais desafios e expectativas
daqui para a frente.
Já no capítulo Pesquisa, a Coca-Cola contribui para essa edição com uma pesquisa iné-
dita sobre as gerações Y e Z. De acordo com o estudo, não basta oferecer produtos. É preciso
oferecer uma experiência – de inovação e prazer. Chamar essas gerações – em especial, os
nativos digitais do grupo Z – para fazerem parte das tomadas de decisões e implicarem-se
no processo de criação dos produtos ou das ações de marketing e vendas (com acesso a
customizações, por exemplo) pode trazê-las para mais perto das marcas. Confira!
Ao final do Anuário encontra-se o capítulo Eventos, onde estão relacionadas as parce-
rias do Sindicom para a divulgação dos temas de relevância nos mercados de combustíveis,
lubrificantes e conveniência em todo o país.

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ENTREVISTA
Leonardo Gadotti Filho
Presidente Executivo do Sindicom

P
ara o setor de Combustíveis, 2016 foi um ano repleto de desafios.
Discussões acerca de novos caminhos da Petrobras, fraudes cada
vez mais elaboradas que impactam o mercado e ações dos gover-
nos estaduais que abraçaram a causa do combate à ilegalidade no
setor são apenas alguns exemplos de como foi pautada a agenda e uma pré-
via do que acontecerá em 2017.
No ano que passou deu-se início a um ciclo de discussões realizado pelo
Ministério de Minas e Energia (MME) para debater mudanças no setor de
downstream em função de um reposicionamento da Petrobras na logística
de distribuição de combustíveis, o que implica em maiores responsabilida-
des para as distribuidoras. Outro tema que ganhou força, e que segue em
destaque em 2017, foi o devedor contumaz, personagem que tomou conta
das mesas de debates do Judiciário brasileiro e cujas ações prejudicam se-
tor e sociedade. Ficou claro, no ano que passou, que para mitigar atividades
como esta será necessário contar com a colaboração de diversos atores.
O ano de 2016 foi marcado, principalmente, pela criação do Combustí-
vel Legal, consolidando a posição do Sindicom na luta contra a concorrência
desleal no setor. Para tanto, foi de suma importância o apoio dos sindicatos
da revenda e da União da Indústria de Cana-de-Açúcar (Unica), em um es-
forço que também mobilizou governos estaduais. Esta iniciativa tem como
premissa ajudar no combate às diversas modalidades de irregularidades na
comercialização de combustíveis e suas ações vêm ganhando cada vez mais
penetração e engajamento nos meios digitais.
Na entrevista a seguir, Leonardo Gadotti, presidente executivo do Sindi-
com, aborda estes e diversos outros temas, mostrando o que foi o 2016 das
associadas e indicando os próximos passos do sindicato.

Como o Sr. resume o ano de 2016? Como o Sr. analisa as mudanças que es- com mostra que uma transição de modelo
Foi um ano positivo, mesmo em um ce- tão acontecendo no setor com o reposi- segura é o que queremos e esperamos.
nário econômico nacional ainda bastante cionamento da Petrobras?
instável. Temos trabalhado muito, e o Sin- Uma consequência direta das mudanças De que forma o cenário econômico na-
dicom está fazendo sua parte para termos é que, em 2017, o setor terá mais respon- cional atingiu as vendas de lubrificantes
um mercado mais ético e transparente. sabilidades, e isso é a concretização de um e combustíveis em 2016?
Nossas associadas, os consumidores e o cenário ja vislumbrado em 2016, quando Vivemos um momento de intensa reces-
País merecem isso. Se vivemos um mo- um ciclo de discussões promovido pelo são, com o PIB recuando 3,6%, e o desem-
mento em que o Brasil é passado a limpo, Ministério de Minas e Energia (MME) foi prego atingindo índices muito altos, com
o mercado dos combustíveis não só pode iniciado com o objetivo de discutir as mais de 14 milhões de pessoas fora do
como precisa experimentar algo parecido transformações no downstream motivadas mercado de trabalho. Neste panorama, de
com isso. Nós, do Sindicom, estamos am- pelo reposicionamento da Petrobras no redução de atividade econômica, o reflexo
pliando cada vez mais nossos esforços em que se refere à logística de distribuição de na comercialização de combustíveis e lu-
benefício de ações que apontam para um combustíveis. Seguiremos apresentando brificantes acontece. Apesar da distribui-
ambiente de negócios mais sadio e equili- ao governo nossas propostas, de modo ção pelas associadas ao longo de 2016 ter
brado. Em suma, 2016 foi um ano de desa- que sejam debatidas e adequadamente recuado, totalizando 91,8 bilhões de litros,
fios, e vivenciá-los nos ajudou a pavimen- respondidas. Também contratando uma com menores vendas em todos os produ-
tar bons caminhos, mas acredito que o que consultoria para estudar o novo ambiente tos, houve um ligeiro aumento na comer-
vem pela frente é ainda melhor. e nos fornecer um feedback vital, o Sindi- cialização de gasolina. Mesmo diante de

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ENTREVISTA

um cenário negativo e de quedas em dois Dentro das práticas ilegais identificadas no


anos seguidos, a expectativa é a de que o setor, o chamado “devedor contumaz” tem
mercado de combustíveis viva um melhor merecido especial atenção por parte do
momento em 2017. Sindicom e do Combustível Legal, correto?
Sim. O Sindicom vem, de maneira continu-
Outro tema que agora chega com força ada, tendo como uma de suas prioridades
é a importação de combustíveis. Como o combate a esse, por assim dizer, “modelo
o setor reage a isso? Qual é a opinião do de negócios”. Mesmo representando uma
senhor a respeito? minoria, o devedor contumaz atua de
As importações são bastante saudáveis. Elas modo extremamente prejudicial, sendo
têm um papel muito importante no atual danoso para o setor de combustíveis mas
panorama e não tenho dúvidas de que vie- indo além e representando uma ameaça à
ram para ficar, pois são um elemento fun- economia do País. Para obter lucros cada
damental para um mercado mais moderno, vez maiores, o devedor contumaz adota a
com mais opções e maior competitividade. sonegação de impostos como estratégia
Quanto mais atores no jogo e quanto maior comercial, obtendo vantagens competiti-
a variedade de ofertas, melhor. O consumi- vas ilícitas sobre a concorrência, que age
dor ganha e o mercado “se moderniza”, o dentro da lei e paga tributos.
que é sempre positivo. Para disseminar o conceito por trás
deste tipo de devedor e o consequente
Ainda falando sobre um mercado mais combate a ele, temos ao nosso lado dois
moderno e equilibrado, o Sindicom sem- importantes parceiros: a Associação dos
pre foi bastante atuante na questão das Juízes Federais do Brasil (Ajufe) e o Institu-
boas práticas empresariais e combate à to Brasileiro de Ética Concorrencial (ETCO).
ilegalidade. Como o Sr. destaca essa atu- Com eles, ao longo do ano passado o Sin-
ação hoje e para os próximos anos? dicom buscou sensibilizar autoridades dos
O Sindicom sempre trabalhou na busca poderes Executivo, Legislativo e Judiciário
por ética e legalidade no mercado, mas é para que estes pudessem perceber quão
importante afirmar que em 2016 consolida- importante é distinguir o não-pagador
mos nossa posição na luta contra a concor- contumaz do devedor eventual, que sofre
rência desleal. Trabalhando em conjunto com dificuldades temporárias, e, desse
com governos estaduais, os sindicatos da modo, penalizar quem faz da dívida um
revenda e a União da Indústria de Cana-de- jeito de trapacear no mercado e prejudi-
-Açúcar (Unica), lançamos o Combustível car concorrentes.
Legal, conjunto de iniciativas que buscam
auxiliar no combate a diferentes tipos de ir- Ao que o Sr. atribui os bons resultados
regularidades na comercialização de com- obtidos pelo setor de Conveniência?
bustíveis. Felizmente, resultados positivos O que verificamos em Conveniência é re-
têm sido alcançados, com o Combustível sultado de transformações nos hábitos de
Legal já tendo sido fundamental, por exem- consumo em razão de mudanças no com-
plo, para a criação de uma lei no Paraná que portamento do público. Por atenderem às
prevê o cancelamento da inscrição estadu- demandas de clientes que têm cada vez
al de empresas que seguidamente não se menos tempo livre e que precisam satisfa-
adequarem às regras. zer necessidades imediatas de consumo, as
A iniciativa, cujas ações são cada vez lojas de conveniência vivem um momento
mais “abraçadas” pelo público nos meios bem positivo e bem particular se compa-
digitais, também foi determinante para a radas a outros formatos e canais. Inclusive,
realização de forças-tarefas em São Paulo assistimos agora ao surgimento de marcas
contra atividades ilegais. Para os anos que e novas alternativas que ampliam a oferta,
virão, queremos seguir o mesmo caminho, respondendo a estes novos hábitos. Vale
dedicando esforços ainda mais intensos e ainda destacar que há espaço para um sig-
organizados para que tenhamos um am- nificativo crescimento deste mercado, pois
biente de negócios em que a ética seja se- apenas um em cada cinco postos brasileiros
guida por todos. possui loja de conveniência.

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PONTO DE VISTA

PONTO DE VISTA

TENDÊNCIAS DO VAREJO
Lojas de Conveniência em Postos de Combustíveis

A
indústria do varejo de conveniência em postos de combustíveis
tem vivido em permanente mudança nas últimas décadas, sen-
do que a única variável que se mantém constante neste proces-
so é a velocidade abrupta com a qual estas mudanças ocorrem.
Os desafios do varejo são similares em todo o mundo, e a grande dife-
rença será quando estes desafios deverão ser enfrentados. Temas como as
especificações dos combustíveis e sua qualidade, o controle e restrições das
vendas de cigarros e bebidas alcoólicas, o crescimento da oferta de comida
saudável e a adoção de plataformas para meios de pagamento via smartpho-
nes são alguns exemplos que se multiplicam ao redor do planeta.
Existem assuntos que comprometem implacavelmente a agenda de
todos os proprietários de postos de combustíveis e serviços: a valorização
imobiliária das propriedades; a pressão sobre os custos com mão de obra e a
complexidade de ter uma equipe de pessoas qualificadas e treinadas; a cres-
cente regulação do negócio (levando-se em conta meio ambiente, bebidas
alcoólicas e tabaco); o estreitamento das margens de operação e o aumento
progressivo dos gastos com cartões de crédito e serviços bancários.
Cada mercado tem seu contexto, seu “ciclo de desenvolvimento”, mas
cedo ou tarde estas tendências ou práticas serão uma realidade, sendo fun-
damental se antecipar a elas.
Uma característica especial dos mercados de combustíveis na América
Latina é que a maior porcentagem da rentabilidade de um posto de serviços
é gerada pela venda de combustíveis, com a loja de conveniência represen-
tando uma porção menor dos ganhos. Em comparação com outros lugares
do planeta, a loja de conveniência é uma fonte de ganhos maior, o que nos
indica uma tremenda oportunidade para expandir o negócio de conveniên-
CLAUDIO REBOREDO cia e nos prepararmos para o futuro, quando o combustível terá uma partici-
(Membro do Conselho Latino-Americano pação marginal nos resultados do negócio como um todo.
de Pesquisa em Varejo da Coca-Cola)
Outra particularidade específica do nosso mercado é que, nos últimos
cinco anos, muitas das empresas multinacionais de energia abandonaram o
mercado de venda de combustíveis no varejo, abrindo espaço para o cres-
cimento de novas empresas locais. Muitas delas expandiram-se além das
suas fronteiras.
Ao mesmo tempo, em quase todos os mercados existem empresas es-
tatais com uma presença significativa, e que, de alguma maneira, arbitram,
regulam ou intervém no mercado. Aqueles que souberem se antecipar e
entender o impacto destas tendências, sem dúvida, terão uma vantagem
competitiva sustentável ao longo do tempo.

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PONTO DE VISTA

TENDÊNCIAS GLOBAIS QUE


CAUSARÃO IMPACTO NO
NOSSO MERCADO

SUPERPOSIÇÃO DE CANAIS
E FORMATOS
Todos os canais para consumo massivo têm se sobreposto e já
não existe mais um limite entre os diversos conceitos de negócio
e suas alternativas de vendas. A competição é muito mais inten-
sa e diversa do que no passado. Nenhum negócio está a salvo
da canibalização dos canais de vendas. Não existem mais limites ficado. Já não se trata mais de produtos básicos, como tabaco,
entre os atacadistas e os varejistas e, hoje, as vendas online têm bombonière, bebidas e snacks. Hoje, o conceito de conveniência
aproximado os fabricantes e clientes de forma direta e contínua. se ampliou para todo o serviço ou produto que possa facilitar a
A competição virá de todos os lados e formatos, tais como das vida em movimento dos clientes, desde uma transação bancária
farmácias, dos minimercados, das padarias, dos supermercados até uma comida saborosa e saudável.
e das redes de fast food. Todos buscam seduzir o nosso histórico Na realidade, o cliente da conveniência vem sendo “bombar-
e tradicional cliente. deado” por múltiplas opções de compra, e por essa razão se espe-
A chegada do comércio online tem provocado uma mu- ra que o varejista o ajude com o seu processo decisório. A oferta
dança de paradigma de tal magnitude que muitos dos varejis- ao cliente deve ser simples, fácil e impecável do ponto de vista do
tas fecharam suas portas, dado que agora, mais do que nunca, seu bem-estar. O nosso cliente demanda por soluções – não só de
o controle das compras está nas mãos do cliente e ele é quem produtos, mas também de serviços.
decide onde, como e quando comprar qualquer produto e até Historicamente, a relação entre a pista de abastecimento e a
contratar os serviços. loja de conveniência atravessou períodos bastante complexos. O
À medida que o mercado de combustíveis se torna cada vez cliente do combustível não percebia um posto de gasolina como
mais competitivo e maduro, os vencedores serão aqueles que vão um destino de compra de alimentos ou refrigerados. A indústria
além de um serviço rápido, oferecendo e fornecendo uma verda- por muitos anos transmitiu uma imagem muito básica da oferta
deira experiência de compra integrada, em que o combustível de loja e, inclusive, serviços básicos, como um banheiro limpo e
será um meio, e não um fim do negócio. um ambiente seguro, eram muito difíceis de se encontrar, e isto
era um fator muito negativo para o negócio.
Sem dúvida alguma o mercado se tornará mais sofisticado e
as lojas de conveniência deverão dar os passos necessários para Todos sabemos da complexidade de se operar um estabeleci-
permanecerem relevantes diante de um cliente cada vez mais mento 24 horas por dia e durante sete dias na semana, porém um
exigente e complexo. Obviamente, uma única oferta ou um único banheiro limpo e um serviço amigável são condições básicas para
formato não é a solução para um cliente cada vez mais diverso. se competir no mercado de conveniência. Felizmente, ainda temos
a oportunidade de dominar estes aspectos e surpreender positiva-
mente os clientes, ganhando crédito e sua confiança para vender o
OS “VELHOS” NOVOS CLIENTES melhor café da manhã do seu bairro, além dos combustíveis.
O que antes eram grupos de clientes arbitrariamente divididos
A evolução do conceito de loja de conveniência estará as-
por demografia e situação econômica, hoje, se transformaram
sociada às melhorias do modelo logístico de distribuição dos
em indivíduos que priorizam sua satisfação quase de forma
produtos e, sobretudo, alcançar a consistência na elaboração de
instantânea.
uma oferta de comida mais robusta. Na atualidade, a falta de es-
Os consumidores contam com mais oportunidades de com- cala de entrega e a fragmentação dos pedidos são, sem dúvida
pra de produtos de conveniência do que no passado, e o conceito nenhuma, obstáculos que a indústria deverá superar de forma
de conveniência tem sofrido uma verdadeira mudança de signi- criativa e urgente.

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PONTO DE VISTA

TEMPO TECNOLOGIA
O bem mais escasso que o nosso novo cliente possui é seu tem- Nosso cliente tem um vínculo muito especial com a tecnologia e
po. Ele não está disposto a gastá-lo de forma equivocada com é importante que os varejistas saibam capitalizar este aspecto. A
varejistas que não compreendem suas necessidades. Atualmen- tecnologia não só é importante para interagir com o cliente, mas
te, a limitação de tempo tem uma profunda influência no com- também para executar processos de gestão e de compras mais
portamento do cliente, uma vez que as pessoas trabalham mui- simples, precisos e efetivos.
tas horas e passam a maior parte do dia fora de casa, sendo uma Por exemplo, um impacto profundo da tecnologia se con-
realidade urbana moderna a necessidade de contar com mais centra no momento de se realizar comparações de preços. Atual-
tempo para si próprio. mente, o cliente tem ao alcance de suas mãos todo um catálogo
Outra característica crítica do comportamento do cliente é de produtos disponíveis no mundo e, sem dúvida, tem uma tole-
sua intolerância e falta de paciência com os processos de check- rância muito baixa com um varejista cuja política de preços não
-out das suas compras. O cliente moderno exige uma satisfação contemple esta situação.
imediata e tem um forte desprezo por processos que o fazem per- Hoje, o cliente tem o conhecimento na palma de sua mão e
der seu tempo valioso e que não agregam valor algum. será melhor que os varejistas tomem consciência desta situação
ao estabelecer suas políticas de preços e a sensibilidade quanto
ao que isto representa na hora da compra.
A tecnologia também deve permitir aos varejistas minimi-
zar ou evitar a primeira causa da falta de vendas: a ausência de
produtos no momento em que o cliente deseja comprá-los. A
quebra de estoque continua sendo a causa nú-
mero um para a não realização de uma venda.
Não se pode vender o que não se tem. Esta
triste realidade na atualidade é facilmente
resolvida através da tecnologia e do melhor
uso da informação disponível. É necessário
deixar de lado um varejo por instinto e
adicionar modernidade ao negócio, in-
corporando a tecnologia e a gestão da
informação no momento de tomar de-
cisões para o negócio.

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PONTO DE VISTA

No ano passado, quase 25% dos negócios do varejo conside-


ravam que as novas aplicações mobile eram uma prioridade, se-
gundo uma sondagem dos principais varejistas de combustíveis,
lojas de conveniência e farmácias, e esperamos que este número
cresça ainda mais em 2017.
Algumas lojas de conveniência já utilizam o pagamento di-
gital e permitem a utilização de smartphones para isso. Muitos ou-
tros informam aos seus clientes suas promoções através das redes
sociais e Twitter. Outros usam publicidade digital e oferecem wi-fi
na sua loja, enquanto algumas lojas usam tablets em suas gôndo-
las e estantes. Apesar do crescimento das plataformas e inovações
digitais, as promoções tradicionais provavelmente seguirão sen-
do a iniciativa mais utilizada.
A maior mudança na digitalização é o uso efetivo da infor-
mação e de um ponto de pagamento para que os clientes possam
realizar suas transações da maneira mais rápida e eficiente.

INVESTIMENTO EM PESSOAL
A experiência de compra continua sendo o momento da verdade.
É nele em que a atuação da equipe de trabalho é fundamental. Na
atualidade, é uma triste realidade do nosso negócio a inconsistên-
cia e a diversidade de execução da nossa oferta de valor ao cliente.
O nível de satisfação do cliente está diretamente ligado
ao nível de satisfação dos nossos empregados e colaboradores.
Somente empregados motivados e contentes com seu trabalho
podem resultar em uma importante ferramenta competitiva. His-
toricamente, nossa indústria é caracterizada por pagar salários mí-
nimos, trabalhar com alta rotatividade da equipe, oferecer baixos
incentivos e pouco ou quase nenhum treinamento.
Os líderes da nossa indústria começam, agora, a desafiar este
dilema, e não somente oferecem aos seus funcionários melhores
salários, mas também implementam processos de seleção mais
sofisticados e programas de treinamento e apresentam oportuni-
dades de desenvolvimento e crescimento profissional. Para aque-
les que mantêm sua lealdade à empresa é oferecido um pacote de
incentivos, que varia de acordo com o sucesso do negócio, trans-
formando seus empregados em verdadeiros sócios.
A gestão de recursos humanos vem sendo eleita por muitos
líderes como uma das prioridades mais importantes do negócio.
Este é um enfoque lógico, já que muitos gestores continuam bus-
cando novas estratégias para atrair e reter os melhores talentos.
Quando os programas de capacitação e incentivos são implemen-
tados corretamente, pode-se reduzir de forma eficaz a rotativida-
de e aumentar a satisfação dos empregados e clientes.

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PONTO DE VISTA

COMIDA RÁPIDA, MAIS SOFISTICADA


E SAUDÁVEL
Outra tendência que cresce na sociedade é a necessidade de cui-
dar da saúde e ser muito seletivo no momento de escolher sua
refeição. Nossa indústria tem que lutar contra a percepção do
cliente de que não se pode encontrar em uma loja de conveni-
ência uma solução adequada e saudável a um preço competitivo.
Nos últimos anos, significativos esforços têm sido desen-
volvidos para converter as lojas em postos de combustíveis em
um novo destino para os consumidores. Atualmente, os clientes
desfrutam da oportunidade de encontrar uma oferta de café e
padarias mais sofisticadas, por exemplo. Esta tendência não só se
incrementará em quantidade, mas também em complexidade, de
forma a se transformar em um novo destino de compras.

Panera Bread
No final do ano passado existiam mais de 1.845 cafeterias com
padarias em 45 estados americanos e na cidade de Ontário, no
Canadá, operando sob a bandeira Panera Bread. Nos estabe-
lecimentos são oferecidos um pão artesanal fresco e autêntico
servido em um ambiente aconchegante por empregados com-
prometidos com o conceito.
Infelizmente, não estamos sós neste novo conceito, pois
existem outros competidores que estão lançando formatos que
oferecem uma opção diferente da tradicional oferta de fast food.
Um novo conceito nasceu nas grandes cidades: fast casual. A pro-
posta consiste em brindar os clientes com uma oferta de comida
conveniente e saudável a preços razoáveis. Este conceito vem sur-
preendendo as tradicionais cadeias de comida rápida por oferecer
produtos de maior qualidade a preços superiores, porém meno-
res do que os praticados em restaurantes tradicionais.
Pret A Manger
Com operações em Londres iniciadas em 1986 e tendo chega- CONTINUAR APOSTANDO
do aos Estados Unidos em 2000, o Pret A Manger conta com
NA CATEGORIA DE BEBIDAS
mais de 300 lojas, localizadas na capital inglesa, Paris, Hong
Kong e Estados Unidos (incluindo cidades como New York, As lojas de conveniência devem manter suas apostas na catego-
Boston, Chicago e Washington DC). O Pret A Manger é bem ria de bebidas, focando em como fazer um café mais elaborado
conhecido por seu cardápio natural e saboroso, disponível em e profissional, oferecendo seleções de cerveja artesanal em um
locais convenientes e urbanos, que satisfaz os consumidores ambiente refrigerado (onde as leis e regulamentos permitirem) e
que buscam comida e bebida de qualidade servidos rapida- também uma variedade de sucos preparados na hora.
mente em um ambiente agradável. Por que? Todos estes programas com foco em bebidas podem
ser tanto um gerador de tráfego quanto um incentivador de com-
pra adicional de produtos pelos clientes, uma vez dentro da loja.

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CONCLUSÃO
Historicamente, o ciclo de vida dos nossos negócios se contava
em décadas, e devido às mudanças que estamos enfrentando,
teremos sorte se um conceito ou formato tiver uma vida útil de
cinco anos.
É imperativo que qualquer nova oferta ou formato a
ser desenvolvido acrescente um salto significativo nas novas
tendências, caso contrário o risco de se desenvolver um novo
conceito ou formato é que o mesmo fique obsoleto em menos
de dois anos.
Existem muitas tendências que estimulam a mudança,
mas outras, sem dúvida alguma, serão passageiras ou fora de
contexto, transformando o resultado em perdas de capital e em
um fracasso do ponto de vista comercial. Testar novas ideias ou
conceitos é parte do nosso negócio, porém deve-se somente
fazer isto depois de conhecer claramente o contexto em que o
mesmo se desenvolve.
Com o crescimento econômico, muitos setores de baixa
renda se incorporam à classe média, ampliando, assim, tanto
o consumo de combustíveis quanto o de loja de conveniência.
O negócio de conveniência tem uma possibilidade genuína de
incrementar seus resultados e, baseando-se na penetração de
mercados mais desenvolvidos, esta oportunidade é enorme.
Nosso novo cliente é ávido pela conveniência e sedento de solu-
ções que facilitem a vida moderna, e na vida moderna o tempo
é um bem escasso.
Porém, este cliente de conveniência é também seduzido
por muitos outros canais, e os revendedores deverão maximizar
o seu talento para capturar um cliente cada vez mais indepen-
dente, com maiores alternativas de compras e exigente em suas
demandas. É necessário ajustar sua oferta de conveniência às
novas demandas do mercado e também ser consistente na exe-
cução do serviço ao cliente.
Hoje, sabemos que muitas coisas mudam, porém as únicas
que não se alteram ao longo de todo este tempo são a necessi-
dade do cliente de contar com o combustível para levá-lo a luga-
res aos quais pretende ir e a necessidade de satisfazer seu desejo
por uma parada que reenergize sua jornada.
Os consumidores buscam uma solução para as suas ne-
cessidades de forma simples, rápida e eficiente – tudo isso ao
alcance de uma tecla ou de suas mãos. Cumprir e superar essas
expectativas continua sendo nossa missão mais importante.

15
16
CAPÍTULO ESPECIAL

A ERA DA EXCELÊNCIA
NA OFERTA DE SERVIÇOS AO CLIENTE

A EXPERIÊNCIA 5.0

FERNANDO LUCENA
(GS&Friedman e Grupo GS)

Economia criativa, colaborativa, consciente, compartilhada e comunitá-


ria – conceitos cada vez mais valorizados pela geração Millennial que têm
gerado novas oportunidades e influenciado a reconfiguração de formatos
de negócios, produtos e serviços. Esta geração desconstrói o consumismo
como status quo e faz emergir um novo mindset: desapegado, orientado a
causas e propósitos, e que valoriza cada momento. Eles não querem “ter”
– querem “ser”, e para fazer parte dessa nova jornada, gerar experiências
autênticas, genuínas, transparentes e com proposta de valor, torna-se
cada vez mais imperativo no processo de transformação do mercado va-
rejista, seja global ou local, digital ou físico.

N
este cenário e neste texto propomos uma reflexão sobre o tema que cha-
mamos de “Experiência 5.0”, buscando analisar a emergência de novos con-
ceitos e práticas em todos os canais de distribuição a partir de inovações
trazidas pela tecnologia e outras possibilidades geradas pela combinação
de elementos para maximizar a experiência do consumidor, induzindo a um melhor de-
sempenho em diferentes negócios. É um tema oportuno, particularmente em um cená-
rio desafiador como o atual.
Em um momento em que muitas empresas pensam em diminuir ofertas e minimizar
despesas, o consumidor exige a ampliação do cardápio de oferta. Enquanto buscamos a
equivalência para ganhar escala, o consumidor espera por diferenciais para basear sua es-
colha. E enquanto processos são revistos e otimizados, o cliente exige a qualidade como
elemento essencial. Nossa intenção é apresentar conceitos, cases e provocações que po-
dem servir de paralelo para ações em postos, lojas e centros de serviços nos segmentos
de combustíveis e lubrificantes.

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Postos de combustíveis e lojas de conveniência vêm sofrendo
com as pressões deste novo modelo de consumidor, que exige qua-
lidade em serviços, consciência empresarial voltada ao social e ao am-
biente, honestidade na proposta, coerência e consistência na entrega de
produtos e serviços, entre vários outros fatores que vêm causando uma (r)
evolução no ambiente destes negócios.
Com a evolução dos postos de antigamente para os centros de multis-
serviços de hoje, temos a necessidade de agregar qualidade na prestação de
serviços. E o que seria “qualidade em serviços” senão aquela que o consumidor
percebe como valor agregado? De que adiantaria agregar tantos serviços ao
posto se não se agregasse também um ambiente que o cliente perceba como
amistoso e em que ele queira estar? Questões e mais questões povoam a cabeça
dos empresários que se esforçam para acompanhar as mudanças do setor, trans-
formando em prática os conceitos mais atuais de consumo e fidelidade do cliente.
Como epicentro desta mudança está o “novo consumidor”, com suas caracte-
rísticas diferentes em relação ao consumo: a fidelidade por marcas, a manifestação
de sua opinião e a busca por uma proposta diferenciada por parte das empresas como
razão para consumir a marca A ou a marca B. É a chamada “geração Millennial”. Seguem
algumas curiosidades sobre ela:

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O CONSUMIDOR GOD –
GLOBAL, OMNI, DIGITAL
As marcas precisam
Trata-se de um novo comportamento de consumo que, como o desenvolver três características es-
próprio acrônimo sugere, será cada vez mais “endeusado” e irá senciais para estabelecer esta conexão
pressionar a sua equipe de vendas, exigindo que as empresas re- emocional com os consumidores: Autenticida-
pensem seus modelos de negócios sob a perspectiva do “custo- de – preservar a sua essência e consistência; Pessoal
mer-first”, ou “o cliente em primeiro lugar”. – muito mais do que personalizar produtos via tecnologia,
é necessário conhecer profundamente o cliente e antecipar seus
O “GOD” lembra o “Deus Consumidor” com toques locais e desejos; e Tribal – deve ser capaz de reunir as pessoas em uma
regionais integrados com a visão mais global e abrangente. Um espécie de tribo ou clube da marca.
apelo, com forte conexão com a sustentabilidade, à medida que
mescla o melhor do “global” com a essência do “local”, que pode Hoje em dia as pessoas não compram simplesmente produ-
assegurar um espaço privilegiado e mais protegido. tos e serviços – elas compram relacionamento, rapidez, agilida-
de, praticidade, inovação, histórias e, podem acreditar, “mágica”.
Este consumidor está cada vez mais “omni”, exigindo que o
seu negócio esteja preparado para atendê-lo em qualquer canal
e a qualquer momento. Exige também que ele seja digital e ante- O CONCEITO EXPERIÊNCIA 5.0
nado com as novas tecnologias (do mobile à realidade virtual). A
dimensão digital é o viabilizador/transformador/desencadeador- Em meados de 1998, Joseph Pine e James Gilmore publicaram
-mor de todo esse processo. na Harvard Business Review o artigo “Welcome To The Experien-
ce Economy”. No ano seguinte lançaram o livro “The Experience
Economy” (traduzido em português como “O Espetáculo dos Ne-
MARCAS COM ALMA gócios”). Ambas as publicações foram icônicas no tratamento do
tema de experiências no mundo dos negócios e na própria eco-
Nesse sentido, marcas deixam de ser apenas chancelas de qua- nomia, onde defendiam a ideia de que, para diferenciar um pro-
lidade e procedência para assumirem um novo papel. Em um duto e agregar valor a ele, era preciso proporcionar experiências
mundo onde as pessoas têm tantas marcas à disposição e todas para os consumidores.
são igualmente boas, as pessoas estão justamente escolhendo
aquelas que possam admirar e confiar. Nesse sentido, a conexão Ao completar 18 anos, o conceito atinge, além de sua maiori-
emocional é muito importante. dade, uma dimensão muito mais abrangente e relevante.

19
“ Num cenário crescentemente
competitivo e ‘comoditizado’,
onde a oferta de produtos e serviços
é exponenciada pela permanente EXPERIÊNCIA 3.0
ampliação de alternativas, tornou-se Incorporação de diversos canais e serviços com
imperativa a busca da diferenciação a mesma proposta em busca da experiência em seu
possível pela adição de experiências sentido mais amplo.
ao conjunto dos negócios nos mais Exemplo de quem fez: American Girl Place
diversos setores.
MARCOS GOUVÊA DE SOUZA ”
(DIRETOR-GERAL DO GRUPO GS& GOUVÊA DE SOUZA)
Operação pioneira via catálogo (e, posteriormente, em lojas físi-
cas) em Chicago e na flagship, na Quinta Avenida em Nova York.
A empresa nasceu independente em 1986 e foi comprada pela

Q
Mattel em 1998.
uando falamos de experiência para o cliente, falamos de
características na prestação de serviços que encantam, Mantra: Oferecer bonecas ligadas à história norte-americana
diferenciam, atraem e, principalmente, facilitam a vida de forma totalmente reconfigurada, incorporando experiências
do consumidor. Acompanhando os fatos que marcaram esta mar- dentro das lojas, com opções de restaurante para mães e filhas,
cha de mais de 30 anos do forte conceito de oferecer experiências além de serviços de cabeleireiros e outros tratamentos para as
ao consumidor, criamos a chamada “escala de experiências”, que bonecas customizadas.
separa em níveis a evolução deste conceito. Veremos mais sobre
ela a seguir.
EXPERIÊNCIA 4.0
Exponenciação da proposta, com envolvimento de tec-
EXPERIÊNCIA 1.0
nologia (como beacons, mesas e totens interativos, espe-
Inovação na maneira de comercializar produtos lhos responsivos...) dentro da realidade omnicanal, visan-
nos pontos tradicionais de vendas, com mudan- do a individualização da experiência.
ça na atitude e no comportamento de vendedores
e atendentes, associados a elementos de design e Exemplo de quem fez: Niketown
visual merchandising. Formato de lojas onde se oferecia testes
de avaliação individual para adequação
Exemplo de quem fez: TGI Friday’s de produtos e simuladores esportivos.

Rede norte-americana de casual dining, com


Mantra: Templos da marca com muita tecnologia incorporada
unidades decoradas com memorabilia, local
para criar o maior e melhor envolvimento possível.
familiar e repleto de histórias, e atendentes que criaram a verdadei-
ra diferenciação, com indumentária personalizada, comemorações
e atendimento ajoelhado - “olhos no mesmo nível dos clientes”. EXPERIÊNCIA 5.0
Mantra: Comemoração nas noites de quintas-feiras, anteceden- Eventos e atividades, dentro ou fora do ponto de venda,
do o “Graças a Deus é Sexta-feira” (TGIF). para criar experiência e relacionamento – elementos mar-
cantes e diferenciadores em todo o processo de consumo.

EXPERIÊNCIA 2.0 Exemplo de quem fez: Nova Apple Store – São Francisco (EUA)

Incorporação de serviços aos produtos, criando solu-


ções que visam, ao mesmo tempo, diferenciar e ampliar
a experiência vivida, além de melhorar a rentabilidade As experiências dentro da loja atingem um novo estágio com uma
do negócio. mescla inovadora – e ambiciosa – de três elementos essenciais: even-
tos na própria loja + integração de ambientes físicos internos e exter-
Exemplo de quem fez: Build a Bear
nos + atuação da equipe.

Workshop de Bichos de pelúcia, criados um a um Mantra: Os eventos assumem papel relevante para os Millen-
pelos próprios clientes – as crianças. nials. Tal efeito redimensiona, de forma disruptiva, toda a indús-
tria de eventos e entretenimento no mundo com importantes
Mantra: Cocriação e sentimento de comunidade (os ursinhos ga- reflexos em outros segmentos, tais como comunicação, comér-
nhavam “festas de aniversário com seus amigos de criação”). cio e hospitalidade.

20
UM CONCEITO EM EVOLUÇÃO
Se a experiência começou com propostas de ambientação do ponto de ven-
da com conceito cênico e atendimento diferenciado (Experiência 1.0),
o segundo passo foi rentabilizar a ideia, agregando serviços a produtos
de forma a ampliar a percepção de valor agregado (Experiência 2.0).

Algumas iniciativas convocavam a participação dos próprios consumidores no processo, reforçando a ten-
dência de cocriação e personalização nos negócios. Como consequência, surgiu a necessidade de ampliar a
oferta de canais e serviços, dando início à era da multicanalidade, que, posteriormente, consolidou-se como
Omniera (Experiência 3.0).

Nesta jornada, o próximo passo foi incorporar a tecnologia ao ponto de venda, agora transformado em um verdadeiro “templo
da marca” (Experiência 4.0). Consumidores experimentam sensações e inovações que os fazem se sentir na “loja do futuro” –
displays interativos, totens que ampliam a oferta de produtos e serviços de forma “infinita”, beacons e sensores que prometem
personalizar ao máximo a experiência de compra.

Mas o consumidor quer mais, e para conquistá-lo não basta uma boa oferta de produtos ou serviços – é necessário ter
um senso de propósito alinhado com seu estilo de vida, com valores em sintonia com a comunidade no qual se está
inserido e, acima de tudo, com autenticidade. Na Experiência 5.0, o novo mantra para os negócios é o “ser social”,
compartilhar experiências, sentimentos, emoções... e nada melhor do que um evento para dar outra dimensão aos
produtos e serviços, seja dentro ou fora do ponto de venda.

Neste cenário, um olhar mais acurado em outras áreas, especialmente nos segmentos de entretenimento, ho-
telaria e turismo, pode revelar insights expressivos para os mais diferentes negócios, de agências bancárias e
telefonia a serviços funerários. A busca pela diferenciação deve ser um processo contínuo e, para chegar a
resultados de fato surpreendentes, torna-se obrigatório repensar os negócios a partir da ótica dos consu-
midores. É o que chamamos de “foco do cliente” em vez do simples (embora trabalhoso) “foco no cliente”.
Uma forma de entender o seu cliente é, então, atender aos seus desejos e necessidades.

Pelo exemplo de hotéis e hospitais, importamos para o varejo em geral o termo hospitalidade.
Um conceito que pretende tangibilizar para o consumidor a excelência, o acolhimento, o conforto
e o interesse sincero de atender bem pessoas que buscam, mais do que simplesmente encher o
tanque de combustível ou realizar compras ocasionais, se relacionar com marcas, produtos e
locais que “preencham” suas preferências e desejos.

21
O BÁSICO BEM FEITO
Tudo isso só faz sentido quando a entrega de proposta de valor
do negócio está afinada com a expectativa do consumidor. A ex-
periência, nesse sentido, não está atrelada somente a investimen-
tos em tecnologia de ponta e ideias mirabolantes, ainda mais em
um momento pragmático, em que todo o investimento é meticu-
losamente planejado e deve ser mensurado.
É preciso começar pelo “básico bem-feito”, ou seja, se a pro-
posta é entregar preço competitivo, como em um atacarejo, ou
um sortimento diferenciado de produtos, como em um mercado
gourmet, ela deve estar clara e corresponder à expectativa do DO PDV PARA O PDX
cliente para que a experiência de consumo seja sempre positiva.
Essa expressão, criada pela Consultoria Gouvêa de Souza, recon-
sidera todo o PDV para o PDX, que literalmente é o ponto onde
JORNADA DE CONSUMO tudo deve acontecer, um espaço que materialize o propósito das
marcas.
Os consumidores possuem diferentes comportamentos em fun-
ção dos momentos do dia. Identificar esta rotina é importante A loja, ou o histórico PDV (Ponto de Venda), tem evoluído de
para entregar uma experiência positiva e relevante ao cliente. forma consistente para se transformar em um espaço que oferece
Cabe ao varejista dosar a experiência certa no momento correto. experiência, serviços, educação, soluções, relacionamento, intera-
ção, atualização “e até” a venda de produtos e serviços. No PDX, o
Possivelmente o consumidor que vai ao um posto pela ma-
“X” faz alusão ao que “tem de tudo”, representando a multiplici-
nhã apresenta comportamentos e necessidades diferentes daque-
dade de funções, possibilidades e expectativas com respeito aos
les que vão à noite. Ou ainda, clientes diferentes têm expectativas
espaços anteriormente configurados como lojas. Tal movimento
e necessidades diferentes. Cabe ao posto e/ou loja de conveniên-
chama atenção para a relevância que as lojas físicas têm neste
cia abrigar estes clientes em um mesmo ambiente, respeitando as
processo de mudança, impactado pelos avanços digitais e tecno-
diferenças e oferecendo o melhor serviço possível.
lógicos que influenciam a atividade comercial.
Conhecer, estudar e analisar o comportamento do cliente é
Essa mudança envolve absolutamente tudo o que diz respei-
fundamental para que a oferta de experiência seja reconhecida e
to à antiga concepção de loja com relação à oferta de produtos e
validada como positiva por ele. Isso passa por identificar o estado
serviços, ao design, à ativação e promoção de vendas, ao aten-
de humor, em qual período da sua jornada diária o consumidor se
dimento, à atuação e ao papel das pessoas, aos instrumentos de
encontra e qual sua motivação para o consumo. Investir em um
monitoramento e controle incorporados e, talvez o mais impor-
evento que exija atenção especial e “roube” uma fatia de tempo
tante, ao empoderamento das equipes que atuam nesses espa-
do cliente que está, por exemplo, buscando somente satisfazer
ços, obrigatoriamente envolvendo sua completa integração com
uma necessidade ou conveniência durante a semana, pode gerar
outros canais de vendas e relacionamento dentro da concepção
efeito contrário ao desejado.
do Consumidor Omnichannel.
O que se tem à disposição é uma quantidade crescente de
soluções e inovações, todas high tech, para transformar a loja em
BIG DATA NA PRÁTICA uma verdadeira Loja do Futuro: óculos de realidade virtual auxi-
Recente pesquisa, feita com 105 executivos de empresas de esca- liando lojas mais enxutas (porém com opções vastas para consu-
la global, constatou que as empresas estão apostando em análise mo), a forte interação digital dos consumidores (com robôs que
preditiva como importante ferramenta para enxergar melhor o automatizam o atendimento), scanners que trazem informações e
cliente e, assim, prever, com precisão, quais serão suas necessida- orientações sobre produtos, impressoras 3D que permitem a má-
des (63%), além de contribuir para melhorar a experiência do con- xima personalização de produtos e muito mais. Todas essas inova-
sumidor (60%) e na inovação de serviços e produtos (55%) (Fonte: ções já são pistas de como poderá ser a experiência de compras
Blazing The Trail From Data To Insight To Action [Forbes Insights/SAS]). nos próximos anos.
O perfil de consumo de indivíduos sozinhos (por exemplo, du- A isso somamos rumores de que o Google está levando para
rante a semana) e de grupos familiares ou de amigos (por exemplo, dentro do PDV ferramentas como o Google Analytics. Isso sim
reunidos no fim de semana) apresentam características diferentes. pode ser disruptivo para o varejo, pois poderá trazer para o am-
A percepção de tempo também se altera em função da rotina de biente estratégico e operacional o que há de mais concreto com
trabalho e dos momentos de lazer. Enquanto durante a semana o relação ao comportamento de consumidores. Enfim, a mensagem
consumidor preza por conveniência e rapidez, no fim de semana que fica para o mercado é “pense rápido, pense simples, aja rápi-
pode estar mais receptivo a eventos e serviços diferenciados. do, corrija rápido e reinvente-se sempre”.

22
PLATAFORMA
INTEGRADA
Para ser genuína e reverberar na mente do
consumidor, a experiência não deve ser exclu-
sivamente associada a determinado canal de
venda ou a ponto de contato da marca com
o consumidor – é necessário conectar-se com
uma ampla rede de canais (seja no mundo fí-
sico ou virtual).
A integração do online e do offline
ocorre permanentemente (ou deveria ocorrer)
na percepção do consumidor. Ao interagir com
empresas e marcas, no mundo on ou off, o con-
sumidor busca pontos de contato que validem
suas expectativas e intenções. São estas interações
que vão construir a preferência de consumo e a tão
desejada lealdade do cliente a empresas e marcas.
Experiências notáveis são aquelas que merecem ser
compartilhadas.
Entregar uma experiência de compra que surpreenda
o consumidor – e que o faça, literalmente, dizer “wow!” –
passa por alguns quesitos importantes:

23
NA PRÁTICA

EXEMPLO DE QUEM FEZ: The Clearport


ONDE: New Jersey (EUA)
EXPERIÊNCIA: A loja de roupas para toda a família usou
a experiência de um aeroporto como pano de fundo
para tornar seu ponto de venda “Instagram-friendly”.
Em vez de departamentos (feminino, masculino, infan-
til), a loja é segmentada em “terminais” e telões que in-
formam lançamentos e itens vendidos como “chegadas
e partidas”. Enquanto escolhe suas peças, os clientes
podem reservá-las em caixas como as usadas na alfân-
dega. Uma sala, que parece um scanner, permite que o
consumidor tire fotos de seu look novo e compartilhe
imediatamente em suas redes sociais. Há também um
programa de fidelidade inspirado nos programas de mi-
lhagens das companhias aéreas.

EXEMPLO DE QUEM FEZ:


Samsung Electronics
QUANDO: Maio de 2016
ONDE: Rock in Rio Lisboa – Portugal
EXPERIÊNCIA: A empresa projetou uma experiência
de entretenimento com tecnologia interativa para os fãs
de música em um espaço chamado Galaxy Adventure Park.
Entre as atividades, os participantes podiam tirar selfies 360
graus experimentando um salto de paraquedas virtual, vi-
venciar a sensação real de um salto de bungee jump sobre
um vulcão fumegante utilizando óculos de realidade virtual
ou fazer um passeio de montanha-russa em um simulador
virtual. “O Rock in Rio é uma das melhores experiências do
mundo para os amantes da música e caçadores de emoções”,
afirmou Younghee Lee, Vice-Presidente Executivo de Marke-
ting Global e Negócios de Comunicações Móveis da empresa.

24
EXEMPLO DE QUEM FEZ:
Shopping Metrópole
QUANDO: Junho de 2016
ONDE: São Bernardo do Campo-SP
EXPERIÊNCIA: Espaço compartilhado com
conexão à internet para clientes e lojistas usarem
como ponto de encontro para pequenas reuniões
e entrevistas de emprego, checar e-mails, recarre-
gar aparelhos celulares e até relaxar. A proposta
também tem pegada sustentável: o espaço foi
montado com materiais reciclados, como pneus
transformados em pufes.

EXEMPLO DE QUEM FEZ: Sky


ONDE: Rock in Rio
EXPERIÊNCIA: A empresa que oferece serviço de TV por satélite marcou presença no evento de música
com espaço dedicado à arte da “luthieria”, onde master builders confeccionavam guitarras personaliza-
das na hora. A ação gerou banco de dados que continuou sendo ativado mesmo após o evento, preser-
vando o relacionamento com o consumidor.

25
EXEMPLO DE QUEM FEZ: Saraiva
ONDE: Terminais de transporte público de São Paulo
EXPERIÊNCIA: Em parceria com a Triciclo, startup que visa a
criação de soluções para o desenvolvimento sustentável, a
varejista criou uma nova modalidade em seu programa de
fidelidade. Agora os clientes que utilizarem o sistema de lo-
gística reversa desenvolvido pela startup, que utiliza máqui-
nas de venda reversa (retorna machine) para recolhimento
de resíduos sólidos, poderão acumular “pontos triciclo”, que
podem ser resgatados em créditos no Bilhete Único, descon-
tos na conta de luz e também em pontos no Saraiva Plus,
que conta com 12,8 milhões de clientes associados. As retor-
na machine estão em estações e terminais de transporte pú-
blico, shoppings, hospitais, complexos empresariais, hotéis,
supermercados e outros pontos da cidade de São Paulo.

EXEMPLO DE QUEM FEZ: Pizza Hut


ONDE: Ásia
EXPERIÊNCIA: Em parceria com a Mastercard, a rede de pizzarias adotou o garçom-robô, batiza-
do de Pepper, em algumas das lojas da rede no continente asiático. O robô faz recomendações
de pratos e apresenta a oferta do dia, além de ficar responsável pelo checkout. A empresa espera
reduzir o tempo de espera de seus clientes com o novo garçom. A iniciativa também desperta
curiosidade, além de reduzir erro humano e custos operacionais.

26
EXEMPLO DE QUEM FEZ:
Mambo
ONDE: Plataforma online

EXPERIÊNCIA: Além de disponibilizar um acer-


vo variado de receitas para consulta dos con-
sumidores online, a rede de supermercados
sincronizou os produtos citados na lista de in-
gredientes para a compra automática do clien-
te. Há, ainda, a opção pela escolha da quanti-
dade de pessoas para a qual será preparada a
refeição e, consequentemente, o ajuste nos
itens que vão diretamente para o carrinho de
compras, eliminando etapas e “cliques”.

EXEMPLO DE QUEM FEZ :


Farmer’s Fridge
ONDE: Chicago (EUA)

EXPERIÊNCIA: Instalado na praça de alimentação ao


lado de redes de fast food com a proposta de entregar
comida saudável, fresca e rápida. Dos materiais usa-
dos na fabricação do quiosque até as embalagens dos
produtos, tudo segue conceitos sustentáveis. O clien-
te escolhe a salada em um painel touch screen e até
o simples reconhecimento do seu nome (a partir da
identificação do cartão de crédito) pode superar a sua
expectativa na hora do almoço corrido – e saudável –
durante a semana!

EXEMPLO DE QUEM FEZ: Iódice


ONDE: São Paulo
EXPERIÊNCIA: Reforçando o conceito que permeia sua linha mascu-
lina, Live Green, a marca associou-se à Spin’n Soul, academia espe-
cializada em spinning, e ofereceu aula para convidados dentro da sua
flagship com o objetivo de inspirar e estimular as pessoas a viverem
guiadas por atitudes sustentáveis.

27
EXEMPLO DE QUEM FEZ: Magazine Luiza
ONDE: Aeroportos brasileiros
EXPERIÊNCIA: A varejista decidiu disponibilizar internet
grátis nos principais aeroportos brasileiros. Além da comodi-
dade aos viajantes, a empresa ainda oferece descontos para
os consumidores que baixarem seu aplicativo enquanto esti-
verem aguardando o voo.

EXEMPLO DE QUEM FEZ: Curto Café


ONDE: Rio de Janeiro
EXPERIÊNCIA: Nesta cafeteria no Rio
de Janeiro o cliente é quase “sócio”
do negócio, pois fica ciente de todos os custos da opera-
ção. É ele também quem decide quanto quer pagar pelo
cafezinho. Lousas atualizam os gastos do mês e fazem
estimativas dos lucros. O cliente também pode preparar
seu próprio café ou cappuccino. Com essa iniciativa, o
negócio reforça o senso de comunidade e o propósito
de compartilhar experiências.

EXEMPLO DE QUEM FEZ:


Shopping JK Iguatemi
Designed by Chevanon / Freepik

QUANDO: Junho de 2016


ONDE: São Paulo
EXPERIÊNCIA: Para o lançamento do filme “Procurando
Dory” foi programada uma projeção com imagens da ani-
mação, transmitida na parte externa do shopping. A ação
transformou a fachada minimalista do empreendimento
em um verdadeiro “aquário”.

28
EXEMPLO DE QUEM FEZ: Riachuelo
ONDE: SPFW
EXPERIÊNCIA: Para celebrar o lançamento de sua coleção
em parceria com o incensado estilista Karl Lagerfeld, a Ria-
chuelo apostou no combo “see now, buy now”, tendência
no mundo da moda em que as coleções apresentadas nas
passarelas são disponibilizadas praticamente de forma si-
multânea na loja online. A marca brasileira foi além e, ao
final do desfile, vendedores entraram na passarela com
araras e displays com produtos da nova coleção disponí-
veis para o público presente efetuar suas compras.

EXEMPLO DE QUEM FEZ: Yelp


EXPERIÊNCIA: O aplicativo, muito utilizado nos Estados
Unidos, é um guia de dicas de estabelecimentos, restau-
rantes e outros eventos online. Além de reforçar o senso de
comunidade e se apropriar das recomendações nas redes
sociais, o aplicativo também possui o recurso de realidade
aumentada. Ao ativar a função “localizador”, o app usa a câ-
mera do smartphone para sobrepor imagens do estabeleci-
mento com as avaliações dos usuários sobre o local.

EXEMPLO DE QUEM FEZ: Melitta


ONDE: Museu do Futebol – São Paulo
EXPERIÊNCIA: Durante um feriado prolon-
gado a marca estacionou seu coffee truck na
frente do Museu do Futebol para oferecer ao
público uma degustação de diferentes tipos
da bebida. “A proposta é enriquecer um mo-
mento cultural com uma experiência ímpar
com o café. As pessoas escolhem o café e o
barista faz, explicando as características do
produto e o método de preparo”, destaca
Ricardo Andrade, gerente de Marketing da
divisão de Cafés da Melitta.

29
EXEMPLO DE QUEM FEZ: Levi’s e Google
QUANDO: Verão de 2017
EXPERIÊNCIA: Parceria entre a marca de moda e
a gigante de tecnologia resultou na primeira peça
de roupa inteligente, a Trucker Jacket de Levi’s®
Commuter™ x Jacquard by Google. A jaqueta per-
mite que os usuários permaneçam conectados e
com fácil acesso a rotas e informações sobre lugares
próximos. Além disso, é possível mudar sua músi-
ca e atender chamadas apenas tocando a manga
da jaqueta. A peça foi projetada para melhorar o
desempenho do ciclista urbano e integra-se a um
aplicativo que permite que os ciclistas customizem
sua experiência e programem seu nível desejado
de interação. Para o lançamento do produto, no
verão 2017 em lojas selecionadas e online, Marina
Kadooka, gerente de marketing da marca no Brasil,
afirmou: “Oferecemos aos nossos fãs soluções em
estilo de vida através de função, utilidade e propósi-
to. Ser original significa permanecer fiel à nossa he-
rança e, ao mesmo tempo, inovar para o futuro. Dos
mineiros em 1873 aos ciclistas modernos e urbanos,
nos esforçamos para atender às necessidades dos
nossos consumidores desenvolvendo produtos ino-
vadores que oferecem soluções de estilo de vida”.

EXEMPLO DE QUEM FEZ: LVMH


EXPERIÊNCIA: O conglomerado de marcas apresentou recentemente seu investimento na criação de
um lab de luxo, por meio do qual apoia startups de tecnologia, relacionamento, comunicação e inovação.
Plataformas que integram experiências de compra on e offline, aplicativos de realidade aumentada para
que as consumidoras possam testar produtos de beleza, aplicativo de reconhecimento e autenticidade
de artigos de luxo e uma plataforma inédita de compras (denominada Cinematique) a partir de toques
em produtos durante a exibição de um vídeo (como um fashion film) compõem o laboratório.

30
EXEMPLO DE QUEM FEZ: Sonos
ONDE: SoHo, Nova York
EXPERIÊNCIA: A marca de alto-falan-
tes Sonos apostou em uma ambienta-
ção para a sua primeira flagship store, no
SoHo, em Nova York, que pretende acolher seus consumi-
dores como se eles estivessem em casa. A ideia é que os
clientes possam sentir a música como eles realmente irão
fazer, em suas casas, com seus amigos e familiares. São
diversas “casinhas”, cada uma com cenário e estilo dife-
rentes (há um ambiente voltado para estudos, um para
a sala de estar, outro como se fosse um quarto). Além de
estimular a permanência e servir de ponto de encontro
dos clientes, ainda oferece o fundo perfeito para a sua
foto no Instagram (Instagram-friendly).

EXEMPLO DE QUEM FEZ: Niantiks Lab


EXPERIÊNCIA: Ressuscitou um jogo que fez parte da infância
dos Millennials, agora com recursos de realidade aumentada,
integrando os mundos real e virtual. Rapidamente o Pokémon
Go virou febre, levando jogadores às ruas e ganhando também a
atenção de marcas e varejistas. Um exemplo foi a iniciativa da cafeteria-laboratório da
agência Huge. Segundo o site b9.com.br, a cafeteria, localizada entre duas pokéstops
(onde os jogadores podem se reabastecer com pokébolas e outros itens), tratou de
instalar um módulo chamado “lure”, que atrai diversos pokémons no período de trinta
minutos. Com isso, a cafeteria contabilizou um aumento significativo no tráfego e
visitantes, sinalizando uma janela de oportunidades para o varejo.

EXEMPLO DE QUEM FEZ:


Pantone
ONDE: Mônaco
EXPERIÊNCIA: O instituto de tendên-
cia de cores já tinha experimentado
vender produtos com a marca que é desejo dos aman-
tes de design e moda, mas foi além, e, para reunir seus
fãs, abriu uma cafeteria popup, onde os clientes podem
“saborear as cores”. Está instalada em um container em
um tom de vermelho que homenageia o local. Detalhe:
todos os snacks e bebidas servidos, como sucos de fru-
tas e pães, recebem uma classificação de referência do
seu Pantone (o número da cor no catálogo do instituto).

31
EVOLUÇÃO CONTÍNUA:
RESILIÊNCIA OU PLASTICIDADE?

Em cenários de crise, a capacidade de se adaptar ao ambiente


– a tal resiliência – torna-se condição vital para a sobrevivência
dos negócios, sejam eles de pequeno, médio ou grande porte.
Entretanto, diante das provocações levantadas pelos consumi-
dores do milênio, outro conceito da Física passa a ser estudado
no ambiente de negócios: a sua plasticidade, ou seja, a capaci-
dade não de apenas se adaptar (esperando voltar à forma ori-
ginal após o período turbulento), mas também de criar uma
forma, gerando novos negócios e oportunidades.

“ Como tudo que temos vivido, é um excesso de


informação que precisa ser destilada para que
permaneça o que é fundamental no meio de tantas
coisas importantes, para aplicar em nossa realidade
empresarial, profissional e também pessoal. Esse
é talvez um dos maiores desafios depois de tanta
provocação proporcionada por tanto estímulo.
MARCOS GOUVÊA DE SOUZA
(DIRETOR-GERAL DO GRUPO GS& GOUVÊA DE SOUZA)

Lojas de conveniência sabem muito bem o que isso significa quando percebem
que sua finalidade mudou para loja de bairro, e não somente uma loja ocasional
ligada a um outro momento do consumidor (no caso, o de abastecimento ou ou-
tro serviço automotivo). Pesquisas demonstram que, em média, grande parte dos
consumidores (exatamente a maioria) chega às lojas de conveniência sem seus
carros. Ou seja, a intenção é diferente, o comportamento é diferente. Portanto, a
oferta e o atendimento também deveriam ser.

32
“ Acreditamos na fórmula 1 = 3.
Uma pessoa excelente produz


tanto quanto três pessoas boas.
KIP TINDELL
(COFUNDADOR DA THE CONTAINER STORE)

O NOVO PAPEL DO PROFISSIONAL DE ATENDIMENTO:


S.A.L.E.S. PEOPLE
Neste processo transformador do mercado de varejo e serviços, apesar do grande avan-
ço tecnológico, um tema que permeia várias agendas de inovação é a importância da
humanização no atendimento. Afinal, após tudo o que foi exposto neste texto, é dever
dos empresários e de todo o staff de colaboradores que se tenha um relacionamento
mais sincero e mais caloroso com o consumidor e que se alimente o setor de serviços
com as bases que ele sempre teve na sua construção, que é gente atendendo gente.

O cliente de hoje terá sempre (e cada vez mais) a opção de es- Surge o papel do S.A.L.E.S. People, um colaborador que re-
colha, e as empresas terão o dever de prestar um bom serviço. aliza muito mais do que apenas uma transação comercial. A sigla
Simples assim: empresas dependem de clientes mais do que os indica que esse profissional é um Specialist (especialista, perito,
clientes dependem das empresas. Isso obriga as empresas a fa- técnico), Advocate (advoga, defende, colabora), Loyal (leal, dedi-
zer diferente, desde o recrutamento e seleção dos colaboradores, cado, engajado), Entertain (recebe, diverte, acolhe) e Social (so-
passando por treinamento e empoderamento, até a remuneração cializa, senso de comunidade, integração).
e retenção de seus talentos.
O termo “sales” se deve ao objetivo, que continua sendo a
O novo profissional passa por uma verdadeira transformação, performance através de vendas, negócios realizados. Mas a estra-
causada por este cliente empoderado e com hábitos de compra bem tégia para se chegar a este objetivo mudou. O profissional deverá
diferentes. Este profissional passa a ser responsável por muito mais do desempenhar seu papel de forma distinta e mais adequada ao
que apenas uma transação comercial (realizar vendas – sales). atual cliente e ao mercado.

33
S.A.L.E.S. PEOPLE
SPECIALIST (ESPECIALISTA, PERITO, TÉCNICO)
O cliente espera encontrar no ambiente da loja e/ou da prestação do serviço alguém que realmente saiba o
que está fazendo e saiba sobre os serviços e produtos que oferece.
Gentileza e simpatia são importantes, mas não preenchem a decisão dos clientes em comprar de determi-
nada marca ou em determinado local.

ADVOCATE (DEFENDE, ADVOGA, COLABORA)


O cliente espera que a pessoa que o atenda seja capaz de entender suas necessidades e que lhe ofereça algo
que vá ao encontro destas.
Saber vender é saber satisfazer. Não existe mais espaço para empresas e profissionais que forçam clientes a
tomar decisões que contrariam suas intenções e desejos.
Não se trata de fazer as vontades do cliente – o que se espera são profissionais que colaborem ao máximo para
a satisfação do cliente e que mostrem a ele como tirar o melhor proveito daquilo que está sendo oferecido.
O novo consumidor não quer ter que resolver problemas de pós-venda com terceiros. O mesmo interesse
em vender deve ser aquele de atender e resolver problemas que surjam.

LOYAL (LEAL, DEDICADO, ENGAJADO)


Que lealdade à empresa é fundamental, isso já sabemos. Mas que tal ser leal aos clientes e às empresas ao
mesmo tempo? Tanto os clientes quanto as empresas desejam dedicação. Desejam lealdade!
Grande parte dos clientes compra por confiança, e não somente confiança na marca e nos produtos, mas
também em quem está realizando negócios.

ENTERTAIN (RECEBE, DIVERTE, ACOLHE)


Tanto o ambiente de lojas quanto os profissionais que ali estão devem se empenhar em propor (e entregar)
o melhor ambiente possível ao cliente. A ideia é ter uma loja na qual o cliente queira estar.
Consumir pode ser mais prazeroso e menos penoso. Quando se tem prazer ao comprar, se tem uma percep-
ção maior de valor. Ou seja, clientes se dispõem a gastar mais em lojas em que se sentem bem.
De que adianta campanhas de marketing, tecnologias de ponta, beleza no layout e exposição de produto
atraente se os profissionais insistem em posturas não profissionais e desinteressadas?

SOCIAL (SOCIAL, COMUNIDADE, INTEGRADO)


Frequentadores de um determinado ponto de venda preferem ser atendidos por um “rosto familiar”. Ser
atendido por alguém que o conhece e sabe de suas preferências traz comodidade e segurança. Equipes
realmente atentas para o que acontece em seus ambientes de trabalho são capazes de se relacionar me-
lhor com seus clientes.

34
“ Pessoas esquecerão o que você disse.
Pessoas esquecerão o que você fez.
Mas as pessoas nunca esquecerão
o que você fez elas sentirem.
MAYA ANGELOU
(POETISA AMERICANA)

ENFIM, DO PROBLEMA À SOLUÇÃO!

A
lguns dos exemplos citados anteriormente mos- não temos dúvidas da importância e do valor essencial para maxi-
tram estratégias e experimentos de empresas de di- mizar esforços e resultados. O novo ponto não se refere apenas ao
ferentes segmentos e tamanhos buscando criar dife- engajamento “dos”, mas “com” os colaboradores. Empresas moder-
renciação no mercado. O consumidor não quer mais nas buscam cada vez mais alinhar propósitos e entender melhor o
saber de monotonia – ele quer ter uma relação de paridade com que se passa nas equipes e em suas cabeças, com as quais dividem
as marcas. Ainda há um longo caminho pela frente no sentido de os objetivos das empresas.
compreender e mensurar o impacto de tais experiências, mas é Este é mais um grande desafio: alinhar os propósitos entre
certo que não haverá mais volta. as empresas e seus colaboradores. Primeiramente, porque inicial-
Assim, cabe ao varejista reestruturar-se para colocar em ação mente é necessário ter-se um propósito. Depois, precisamos ex-
tais práticas e mecanismos para a mensuração e validação de tudo plicar claramente e verificar o entendimento. No final, para novas
o que foi proposto. Aqui, a tecnologia aplicada no ponto de venda contratações, buscar pessoas que estejam adequadas ao tal pro-
pode ajudar, assim como o monitoramento dos sentimentos refe- pósito. E com aqueles que já fazem parte do time, refinar e traba-
rentes à marca em redes sociais. Fazer uso do Big Data também lhar para que estejam todos “na mesma página”.
ajudará para não somente conhecer, mas predizer as vontades e É mais do que chegada a hora de trazer as pessoas para “per-
os próximos passos do seu consumidor. tencer a algo”. Colaboradores e consumidores não desejam mais
Muitas iniciativas ainda não estão no estágio de Experiência ser apenas expectadores. Eles querem participar do jogo. Clientes
5.0, o que mostra que ainda há uma grande jornada pela frente. querem ser ouvidos para influenciar as marcas e o sortimento de
O que desponta como tendência para uns poderá ser pendência produtos. Colaboradores querem participar da estratégia da em-
para outros. Aqueles que ainda apostam no retorno aos moldes presa, de seu planejamento, e, com isso, buscam contribuir mais
antigos terão a frustração como recompensa. As empresas devem do que simplesmente com a execução de planos.
entender que as mudanças ocorrem de dentro para fora e de cima O futuro do varejo e dos setores de serviços vai muito além
para baixo. Fatores externos demonstram caminhos, indicam mu- do high tech – será o resgate do fator humano, do atendimento
danças, mas se as empresas insistem em não mudar, estes mes- personalizado, das conversas verdadeiras, dos sentimentos genuí-
mos fatores irão sufocá-las até o fim. nos e das transações transparentes. Irá resgatar o convívio em co-
As lideranças devem capitanear estes movimentos de adap- munidade, independentemente de classe social, gênero ou faixa
tação ou reinvenção. Devem promover novas agendas de traba- etária, tudo por um estilo de vida e um senso de propósito muito
lho e estratégia e, acima de tudo, inspirar seus colaboradores, ali- mais amplo.
nhando intenções para o futuro dos negócios. Clientes e colaboradores querem “abastecer” suas vidas com
Para Richard Branson, fundador do Virgin Group e um em- algo que lhes traga mais relevância, com marcas e empresas que
preendedor nato, “um líder deve ter visão de futuro, otimismo sejam capazes de comunicar algo que lhes faça sentido, consu-
como característica, pioneirismo, ousadia, valorizar a importância mir produtos em que confiem e nos quais vejam valor, frequentar
de delegar, elogiar o máximo possível, encontrar o bem nas pes- ambientes em que se sintam bem, avaliar e recomendar (ou não),
soas, estar sempre aberto a ouvir, ter entusiasmo com o que faz e criando uma rede de convivência e cooperação.
focar na hospitalidade com colaboradores e clientes”. Coloque o seu cliente como protagonista da história que
Muito se fala sobre o engajamento dos colaboradores aos você deseja contar para o mercado. Coloque o foco no cliente em
movimentos, intenções e estratégias das empresas. Sobre isso vez de no produto. Ofereça o “servir” em vez do simples “atender”.

35
COMBUSTÍVEIS
36
COMBUSTÍVEIS

MERCADO TOTAL

A
s vendas de combustíveis tive- paridade econômica desse biocombustível reservatórios das hidrelétricas, que tornou
ram o segundo ano consecu- frente à gasolina. Puxado pela expressiva desnecessário o despacho das termoelétricas.
tivo de recuo, novamente im- queda de 18,3% nas vendas desse produto, Assim como no ano anterior, todas as
pactadas pela forte contração o consumo absoluto de combustíveis para regiões do País registraram queda no con-
da atividade econômica. O volume total co- motores de ciclo Otto1 em gasolina equiva- sumo total de combustíveis em 2016. Ape-
mercializado em 2016, de 123,9 bilhões de lente2, usados na frota de passeio, registrou nas as vendas da gasolina C e GNV tiveram
litros, refletiu significativa queda de 5% em leve recuo de 0,6%. aumento. Enquanto a gasolina teve perfor-
relação ao ano anterior, seguindo a variação Devido à redução da competitividade do mance positiva e consistente em todas as
negativa no Produto Interno Bruto (PIB), etanol hidratado em relação à gasolina C, essa regiões, o GNV teve crescimento do consu-
que caiu pelo segundo ano seguido e con- última teve crescimento na demanda em 2016. mo em todas as regiões geográficas, com
firmou a pior recessão da história do País, O aumento de 4,6% nas vendas de gasolina C exceção do Centro-Oeste, que tem volume
segundo dados divulgados pelo Instituto fez com que o mercado encerrasse o ano to- do produto praticamente insignificante.
Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). talizando 43 bilhões de litros comercializados. O etanol hidratado e os combustíveis
Sem variações significativas nos pre- Com comportamento bastante próxi- de aviação tiveram resultados bastante
ços nas refinarias até meados de outubro, mo ao do PIB, e penalizado pela recessão em negativos em todas as regiões. A região
quando a Petrobras implantou uma nova todos os setores da economia, notadamente Sul foi a que sofreu menor retração no vo-
política de preços de derivados, mais ali- na atividade industrial e nos setores de co- lume total (1%), e também a única em que
nhada com os preços internacionais, os mércio e transporte, o consumo de óleo die- o óleo diesel e o óleo combustível tiveram
maiores impactos e efeitos na demanda por sel recuou 5,1% frente ao ano anterior. resultados positivos. A região Sudeste teve
combustíveis vieram do comportamento A otimização da malha de voos pelas resultado melhor que a média total (-5,0%),
da economia brasileira. empresas aéreas, a utilização de uma frota com redução de 4,2% nas vendas, principal-
O etanol hidratado, que em 2015 havia com maior eficiência energética e a redu- mente por uma queda menor no óleo diesel
tido um excepcional crescimento nas ven- ção no número de passageiros, afetados e no etanol hidratado.
das, não repetiu o resultado no ano, e viu pela crise econômica, acarretou redução de No grupo intermediário, mas abaixo
sua participação na matriz de combustíveis 8% na demanda por combustíveis de avia- da média do mercado, ficaram as regiões
cair em 1,9 ponto percentual. Em 2016 ocor- ção (QAV3 + GAV4). Centro-Oeste e Norte, com redução na
reu o primeiro déficit mundial de produção O consumo de óleo combustível tam- demanda de 6% e 6,7% respectivamente.
de açúcar em relação ao consumo. Este fato bém foi menor, sendo penalizado por diver- Apresentando queda bem superior à média
que fez com que os produtores optassem sos fatores: a redução da atividade indus- nacional no óleo diesel, no etanol hidratado
preferencialmente pela produção daque- trial devido à crise econômica; a progressiva e no óleo combustível, a região Nordeste
la commodity, reduzindo a produção de substituição do óleo combustível pelo gás na- teve o pior resultado, com redução de 9,1%
etanol hidratado, resultando na perda da tural; e o retorno de um nível adequado nos nas vendas totais.

Fonte: Abegás/ANP
01. PARTICIPAÇÃO POR PRODUTO
*Todos os combustíveis
Óleo Combustível Óleo Combustível
3,8% 2,7%
GNV GNV
Querosene de Querosene de
Aviação 1,4% Aviação 1,5%
5,6% 5,5%
Etanol Etanol
Hidratado Hidratado
13,7%
130,3 11,8%
123,9
bilhões Óleo Diesel
43,9%
bilhões Óleo Diesel
43,8%
de litros de litros

Gasolina C Gasolina C
31,6% 34,7%
2015 2016
1. Ciclo Otto: motores de combustão interna, com ignição por centelha, movidos a etanol hidratado, gasolina C ou GNV (Gás Natural Veicular).
2. Equivalência entre os volumes de etanol hidratado, GNV e gasolina C, tendo como referência o poder calorífico da gasolina.
3. Querose ne Aviação
4. Gasolina de Aviação 37
COMBUSTÍVEIS

Fonte: Abegás/ANP
02. HISTÓRICO DE VENDAS

140

120

100

80

60

40

20

4,6% 4,3%
3,2%

Etanol Ciclo Óleo Diesel Óleo Diesel Óleo Diesel Óleo Diesel Óleo Querosene Mercado
Gasolina C GNV Aviação
Hidratado Otto Revendedor Consumidor TRR Total Combustível Iluminante Total

-0,6%
-2,2%
-3,6%
-5,1% -5,0%

-8,0%
-9,4%

-18,3%

-32,4%
38
COMBUSTÍVEIS

Todos os combustíveis Fonte: Abegás/ANP

10,2
9,5
-6,7%
8%
23,2
21,1
-9,1%
17%
14,6
13,7
-6,0%
11% 59,5
57,0
Bilhões de litros

-4,2%
46%

22,8
22,5
-1,0%
18%

Fonte: Abegás/ANP/Sindicom

54,3 43,0 14,6 6,8 3,3 1,8 123,9

0,1% 0,9%
21,7% 29,3% 25,9%
44,3%
Associadas
65,5%
Outras
99,9% 99,1%
78,3% 74,1%
70,7%
55,7%
34,5%

39
COMBUSTÍVEIS

CONJUNTURA ECONÔMICA
No ano de 2016 a economia, que vinha de te mais uma nota para o Brasil, levando o dois anos consecutivos, reportando redu-
estagnação em 2014 e forte recessão em País à mesma nota de 2006. Essa classifica- ção de 5% nas vendas de combustível.
2015, sofreu nova contração. Se em 2014 ção reflete diretamente a credibilidade do As vendas do ciclo Otto permanece-
a atividade industrial caiu, naquele ano os País perante o mundo, reduz investimentos ram praticamente estáveis em 2016, com
serviços continuaram a crescer. Em 2015, e leva o País a perder dólares, o que ten- pequena queda de 0,6 ponto percentual
caíram tanto a indústria quanto o setor de de a desvalorizar a moeda local. Porém, os em gasolina equivalente. Em virtude da re-
serviços. Já em 2016, a agropecuária tam- impactos do rebaixamento não foram tão dução da competitividade do etanol hidra-
bém recuou, com o setor sofrendo por con- grandes em 2016, pois o mercado já havia tado frente à gasolina C, esse produto teve
ta das condições climáticas, que afetaram a precificado este evento ainda em 2015. aumento no consumo, em detrimento do
produção dos principais produtos agrícolas Em um segundo ano consecutivo de etanol hidratado, que no ano anterior ga-
– soja, milho e cana-de-açúcar, que repre- recessão econômica, com o aumento de nhara mercado de forma expressiva e em
sentam quase 60% no valor da produção da desemprego e queda da renda das famílias, 2016 teve significativa queda no consumo.
agricultura brasileira. Assim, a crise foi ge- ocorreu a postergação do consumo. O con- A elevada taxa de desemprego, aliada
neralizada e os três setores que compõem o sumo das famílias, que por muitos anos sus- à maior restrição no crédito ao consumidor,
cálculo do PIB reportaram quedas acentua- tentou o crescimento do PIB do Brasil, caiu à alta taxa básica de juros e à insegurança
das no ano: agropecuária (-6,6%), indústria 4,2% em 2016. Empresas também adiaram das famílias quanto à melhora das condi-
(-3,8%) e serviços (-2,7%). investimentos diante das incertezas sobre ções econômicas contribuíram para o re-
Após o agravamento da crise eco- o futuro. Tudo isso acabou por impactar o cuo de 20% nas vendas de veículos novos
nômica e política no início do ano, o País setor de distribuição de combustíveis. Di- comparado com 2015. Todavia, ainda assim
passou pelo processo de impeachment ferentemente dos anos anteriores, quando dois milhões de novos veículos foram incor-
presidencial em maio, tendo o vice-presi- apresentou desempenho sempre superior porados à frota em 2016, o que contribuiu
dente assumido interinamente por 180 dias ao da economia nacional, em 2016 o setor para que as vendas de combustíveis para
e, posteriormente, após aprovação no Con- sentiu o baque da estagnação iniciada em veículos de passeio, em gasolina equivalen-
gresso Nacional, de forma definitiva. O défi- 2014 e da aguda recessão econômica por te, ficassem em nível similar ao ano anterior.
cit nas contas públicas foi recorde, com 156
bilhões de reais, o equivalente a cerca de
2,5% do PIB, o que trouxe à tona a necessi-
dade urgente de ajuste fiscal. A arrecadação
de impostos e contribuições federais caiu,
reflexo da recessão na economia, tendo a
Lei da Repatriação, que regularizou recur-
Agropecuária
sos do exterior, amenizado o resultado ne-
gativo da arrecadação. Boa parte dos esta- Indústria
dos da federação passa por crise fiscal, com
dificuldades para honrar compromissos,
desde pagamento de salários de servidores
à prestação de serviços essenciais de saúde
-2,7
e segurança. A inflação oficial no período de
12 meses, que chegou em janeiro a 10,71%,
foi controlada ao longo do ano. O aumento
do desemprego, a recessão econômica e a
política monetária contribuíram para que
essa redução se concretizasse.
Em 2015, a Standard & Poors e a Fitch,
duas das principais agências de classifica-
ção de risco, já haviam rebaixado a nota de
crédito do Brasil do grau de investimento
para grau especulativo. Em fevereiro de
2016 foi a vez do País perder o grau de in-
vestimento pela agência Moody’s, com um
recuo de duas notas de uma vez só. Em abril
de 2016, a agência Fitch rebaixou novamen-

40
COMBUSTÍVEIS

O fraco desempenho da economia, tes para 2017. Porém, com a inflação tendo flação do ano anterior por um período de
com retração em todos os setores, espe- desacelerado fortemente ao longo do ano, 20 anos. A proposta de reforma da Previ-
cialmente no industrial e de transportes o governo tende a ir reduzindo a taxa de dência, em discussão, também visa trazer o
rodoviários, aliado ao retorno de maior juros, o que facilita o acesso ao crédito e alívio fiscal às contas do governo.
capacidade de geração de energia pelas incentiva e fortalece o consumo, trazendo Sob ótica otimista, o lado positivo
usinas hidrelétricas, com consequente des- esperança de movimentação e impulso à da situação que o País atravessou é que
ligamento das termelétricas, foram os prin- frente na economia. alguns ajustes estão sendo feitos e erros
cipais agentes causadores do recuo no con- Alguns passos dados foram positivos estão sendo corrigidos, como, por exem-
sumo do óleo diesel e do óleo combustível. e mostram o objetivo do governo em re- plo, a redução do endividamento das fa-
A característica das altas taxas de ju- duzir o descontrole das contas públicas e mílias e das empresas, além da busca pelo
ros praticadas no País se manteve em 2016. seu impacto na economia como um todo. equilíbrio fiscal. Espera-se, assim, que a
Tendo iniciado o ano em 14,25%, a taxa bá- Foi aprovada Proposta de Emenda à Cons- economia ganhe algum fôlego em 2017
sica de juros, depois de quatro anos, teve tituição a fim de conter o crescimento das para retomar o crescimento com mais in-
seu primeiro corte em outubro, finalizando despesas públicas, estabelecendo um teto tensidade, e de maneira mais consistente,
2016 em 13,75%, e apontando novos cor- de gastos, que devem ficar vinculados à in- a partir de 2018.

2015 2016

Trim. I Trim. II Trim. III Trim. IV Trim. I Trim. II Trim. III Trim. IV
PIB -1,8 -3,0 -4,5 -5,8 -5,4 -3,6 -2,9 -2,5
PIB acumulado no ano -1,8 -2,4 -3,1 -3,8 -5,4 -4,5 -4,0 -3,6

Fonte: IBGE/FMI

Val. Correntes
PIB real Histórico de Variação do PIB
(US$ Trilhões)
2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2016
Mundo 5,7 3,0 -0,1 5,4 4,2 3,5 3,3 3,4 3,1 3,2 74,0

Brasil 6,1 5,1 -0,1 7,5 4,0 1,9 3,0 0,5 -3,8 -3,6 1,5
2,1 -0,3 -3,8 2,8 1,6 1,4 1,2 1,7 1,8 1,8 35,0

Estados Unidos 1,8 -0,3 -2,8 2,5 1,6 2,2 1,5 2,4 2,4 2,4 18,6

Japão 2,2 -1,0 -5,5 4,7 -0,5 1,7 1,4 -0,03 0,5 0,5 4,4
Alemanha 3,4 0,8 -5,6 3,9 3,7 0,6 0,4 1,6 1,5 1,5 3,5
França 2,4 0,2 -2,9 2,0 2,1 0,2 0,7 0,2 1,1 1,1 2,5
Reino Unido 2,6 -0,5 -4,2 1,5 2,0 1,2 2,2 2,9 2,2 1,9 2,8
Itália 1,5 -1,1 -5,5 1,7 0,6 -2,8 -1,7 -0,3 0,8 1,0 -
Canadá 2,1 1,0 -3,0 3,1 3,1 1,7 2,2 2,5 1,2 1,5 1,5

8,6 5,8 3,0 7,4 6,3 5,3 4,9 4,6 4,0 4,1 28,6

14,2 9,6 9,2 10,6 9,5 7,7 7,7 7,3 6,9 6,5 11,4
9,8 3,9 8,5 10,3 6,6 5,6 6,6 7,2 7,3 7,5 2,3
8,5 5,2 -7,8 4,5 4,3 3,5 1,3 0,7 -3,7 -1,8 1,1

3,1 1,4 -4,7 5,1 4,0 4,0 1,3 2,3 2,5 2,4 1,1
8,0 3,1 0,1 9,5 8,4 0,8 2,9 0,5 1,2 -1,0 0,4

8,8 5,3 -3,2 -1,5 4,2 5,6 1,3 -3,9 -5,7 -8,0 0,2
5,2 3,2 -1,1 5,7 5,8 5,5 4,0 1,8 2,1 1,5 0,2

41
COMBUSTÍVEIS

VENDAS DAS ASSOCIADAS


Com uma queda de 9,2% em relação ao ríodo de abril/maio a setembro/outubro.
ano anterior, as vendas de combustíveis das As vendas do etanol, fortemente impacta-
associadas recuaram para 91,8 bilhões de das pela paridade com a gasolina, segui-
litros em 2016. Como o volume total comer- ram esse mesmo comportamento sazonal.
cializado no mercado de combustíveis re- As vendas de óleo diesel nas asso-
cuou 5%, a participação das associadas no ciadas tiveram queda de 9,4% no ano, re-
ano caiu 3,5 pontos percentuais, a 74,1%. sultado 4,3 pontos percentuais pior que o
Único produto com crescimento de mercado, que recuou 5,1%. As vendas de
vendas em 2016, a gasolina comercializada combustíveis do ciclo Otto em gasolina
pelas associadas teve volume levemente equivalente seguiram comportamento si-
superior ao ano anterior, com aumento de milar, com queda de 4,9% na comparação
0,7%, enquanto o mercado total cresceu com o ano anterior, ou 4,3 pontos percen-
4,6%. Os demais produtos comercializados tuais pior que o mercado, que mostrou
sofreram queda nas vendas em relação a queda de 0,6%. Como já mencionado, a
2015, e a redução no volume pode ser per- gasolina comercializada pelas associadas
cebida pelas associadas de forma mais sig- teve aumento de 0,7% nas vendas, en-
nificativa que o mercado. quanto o etanol hidratado mostrou recuo
O preço médio da gasolina permane- de 26,8% e o GNV sofreu queda de 3%. Di-
ceu alto, com pequena variação, ao longo nâmica semelhante em relação ao merca-
do ano. Já o preço médio do etanol hidra- do teve o óleo combustível, com redução
tado seguiu a sazonalidade da safra do aproximada de 33% no volume vendido.
Centro-Sul, com redução de preços no pe-

42
COMBUSTÍVEIS

Fonte: Abegás/ANP
12. VENDAS POR REGIÃO E UF
Vendas pelas distribuidoras, segundo grandes regiões e Unidades da Federação – 2016 (em milhões de litros)

Óleo Etanol Querosene Óleo Gasolina


Grandes Regiões e UF Diesel Gasolina C Hidratado de Aviação Combustível de Aviação

Total 54.279 43.019 14.586 6.765 3.333 1.816 57


Região Norte 5.154 3.002 130 314 933 5 10
Acre 157,9 136,8 7,6 9,3 - - 0,9
Amapá 119,9 151,5 0,5 5,5 - - 0,4
Amazonas 1.004,6 634,2 38,4 128,6 36,5 5,2 1,0
Pará 2.140,1 1.154,6 36,9 129,7 895,8 - 4,1
Rondônia 774,6 431,6 14,5 27,2 - - 0,6
Roraima 118,4 129,9 1,4 7,8 - - 1,0
Tocantins 838,9 363,6 30,7 6,1 0,5 - 2,0
Região Nordeste 8.713 8.747 923 987 1.351 335 5
Alagoas 379,6 454,0 31,8 51,9 0,3 29,6 0,2
Bahia 2.972,9 2.210,6 306,0 276,4 249,2 73,0 2,1
Ceará 1.030,7 1.372,2 143,3 200,1 60,5 61,4 0,6
Maranhão 1.242,0 928,3 35,5 50,1 468,5 - 0,4
Paraíba 466,8 694,6 85,0 45,1 226,1 31,6 0,3
Pernambuco 1.318,4 1.441,1 205,7 221,8 345,0 60,7 0,5
Piauí 500,1 596,0 35,9 21,7 0,6 - 0,5
Rio Grande do Norte 482,0 651,7 54,8 91,1 0,04 46,1 0,1
Sergipe 320,5 398,3 25,2 28,4 1,0 32,9 0,1
Região Centro-Oeste 6.889 4.089 1.818 678 222 8 13
Distrito Federal 386,6 1.199,6 43,0 519,1 0,7 1,9 0,4
Goiás 2.576,8 1.531,1 1.058,5 73,8 192,0 1,2 4,3
Mato Grosso 2.584,7 616,6 599,9 54,1 - 0,8 5,2
Mato Grosso do Sul 1.340,5 741,9 116,2 31,4 28,9 4,2 3,5
Região Sudeste 22.412 18.135 10.326 4.325 516 1.277 17
Espírito Santo 987,4 947,1 41,3 30,3 95,8 34,0 0,6
Minas Gerais 6.794,0 4.512,7 1.447,3 295,6 171,4 32,4 4,2
Rio de Janeiro 2.695,8 2.684,9 480,8 1.176,5 14,7 994,2 1,0
São Paulo 11.935,1 9.990,5 8.356,5 2.823,1 233,9 216,5 10,8
Região Sul 11.110 9.046 1.389 460 311 191 13
Paraná 5.153,8 2.881,6 1.245,2 182,8 176,3 31,0 4,5
Rio Grande do Sul 3.538,5 3.463,4 68,9 175,0 95,6 66,0 6,5
Santa Catarina 2.417,9 2.700,8 74,9 102,2 39,1 93,5 1,5

43
COMBUSTÍVEIS

44
COMBUSTÍVEIS

MERCADO REVENDEDOR

O
mercado de postos revende- gasolina durante a maior parte do ano elimi- mentou de 58,1% para 59,1% basicamente
dores demandou em 2016 nou a vantagem econômica do produto. Se por conta da redução de 28,9% para 27,5%
um total de 91 bilhões de li- em 2015 existiam quatro estados (SP, PR, GO da participação das vendas do produto para
tros de gasolina, etanol hidra- e MT) com paridade favorável por mais de o segmento de grandes consumidores, im-
tado, GNV e óleo diesel, o que representou nove meses, em 2016 o maior período com pactado principalmente pelo forte recuo na
80,1% do volume desses produtos no País. paridade favorável foi de apenas seis meses, atividade industrial e o desligamento das
O restante do mercado foi dividido entre atingido por Mato Grosso. Os estados de usinas termelétricas. O segmento de TRR
grandes consumidores, responsáveis por Minas Gerais e São Paulo, responsáveis por teve leve crescimento, de 13% para 13,4%.
13,5%, e o segmento de Transportadores 67% das vendas em 2016, tiveram paridade Em relação aos biocombustíveis adi-
Revendedores Retalhistas (TRRs), com 6,4%. favorável por cinco meses, enquanto Goiás cionados aos derivados de petróleo, não
Os combustíveis do ciclo Otto consumidos e Paraná por três meses. houve mudanças em 2016: o teor de etanol
pelas cadeias de revenda tiveram parti- As vendas de gasolina no mercado re- anidro na gasolina C permaneceu em 27%
cipação de 99,3% no total consumido no vendedor, por outro lado, aumentaram 4,7% ao longo do ano (percentual estabelecido
mercado. Já no óleo diesel a participação em 2016, resultado de maior competitivida- desde março de 2015), enquanto o teor de
do segmento da revenda foi de 59,1% da de de preços frente ao etanol hidratado. Com biodiesel foi mantido estável em 7% (per-
demanda total, enquanto os grandes con- essa realocação das vendas dos produtos no centual em vigor desde novembro de 2014).
sumidores comercializaram 27,5% e os TRRs mercado revendedor, o etanol hidratado re- Somavam 41.626 os postos de serviço
outros 13,4%. duziu sua participação na matriz energética registrados no País no fechamento de 2016,
Revertendo um longo ciclo de cresci- do ciclo Otto, caindo de 29,4% para 24,5%, segundo dados da ANP. De acordo com nos-
mento, com performance sempre positiva enquanto a gasolina pulou de 67,7% para sos cálculos, os postos chamados “bandeira
ano a ano, as vendas no mercado reven- 72,4% e o GNV de 2,9% para 3,1%. branca”, sem vínculo a nenhuma marca,
dedor sentiram a retração da economia e a O óleo diesel comercializado pela re- tiveram uma queda em sua participação,
pressão no nível de emprego, registrando venda voltou ao seu comportamento tradi- de 33,8% para 33,2% do total de postos de
queda de 2,7% em 2016. cional, acompanhando mais proximamente serviço, enquanto os postos com bandeira
O etanol hidratado interrompeu o o PIB. Encerrou o ano com queda de 3,6% respondem pelos 66,8% restantes.
processo de vendas crescentes iniciado em nas vendas, bastante alinhado com uma Com o número de postos aumentando
2013 com o consumo caindo 19% em rela- economia que também sofreu retração de 2% e a redução de 2,7% no volume, a venda
ção ao ano anterior no mercado revende- 3,6% no ano. A participação do segmento média mensal por posto caiu 4,7% no ano,
dor. A perda de paridade de preços com a revendedor nas vendas de óleo diesel au- atingindo 182,1 m³/mês por posto.

45
COMBUSTÍVEIS

2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016
Associadas 43,7 47,5 48,9 52,7 55,7 59,7 63,7 67,8 66,9 62,2
Outras 16,0 18,0 19,6 21,4 21,5 23,0 24,5 25,2 26,7 28,8
TOTAL 59,6 65,5 68,5 74,1 77,2 82,7 88,2 93,0 93,5 91,0

46
COMBUSTÍVEIS

47
COMBUSTÍVEIS

48
COMBUSTÍVEIS

49
COMBUSTÍVEIS

CICLO OTTO

A
crise econômica que atingiu Ainda sofrendo com a alta taxa básica motor flex fuel, enquanto apenas 80 mil ti-
o País em 2015 ganhou força de juros, que somente em outubro de 2016 nham motores movidos somente a gasolina.
em 2016 e contribuiu para in- apresentou uma leve redução, a elevada A liberdade de escolha do consumi-
terromper o histórico de cres- taxa de desemprego e a maior restrição no dor, já que nove em cada dez veículos no-
cimento do consumo de combustíveis para crédito ao consumidor, as vendas de veícu- vos saem de fábrica movidos por motores
motores de ciclo Otto. Ao final, a demanda los leves registraram queda de 20% em rela- flex fuel, traz um dinamismo particular ao
por esses produtos (gasolina, etanol hidra- ção a 2015. Porém, ainda assim houve uma mercado. Sem aumento significativo na
tado e GNV) em gasolina equivalente ficou adição de dois milhões de novos veículos frota movida exclusivamente a gasolina,
praticamente estável, registrando leve queda leves à frota nacional, que ajudaram a man- aspectos como preços competitivos e ga-
de 0,6 ponto percentual em relação ao ano ter as vendas de combustíveis em gasolina rantia de regularidade na oferta do pro-
anterior. O consumo de etanol, que em 2015 equivalente praticamente estáveis em 2016. duto incentivam a concorrência. Por outro
havia ganhado espaço sobre o consumo de O perfil dos novos veículos leves adi- lado, esse fato traz desafios tanto aos pro-
gasolina, teve expressiva queda de 18,3% em cionados à frota não se modificou em rela- dutores, que podem ver a rápida migração
relação ao ano anterior. A queda no etanol ção a anos passados. Cerca de 1,8 milhão de da demanda de um produto a outro, quan-
foi compensada pelo crescimento de 4,6% unidades, equivalentes a 88% dos veículos to às distribuidoras, que devem adequar
no consumo de gasolina e de 3,2% no GNV. vendidos, saíram de fábrica equipadas com rapidamente sua logística.

2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016
Associadas 25,4 28,3 30,0 31,8 33,5 35,8 38,5 41,7 41,9 39,1
Outras 10,8 12,6 14,3 15,1 14,9 15,7 15,6 17,5 18,8 20,3
Total 36,3 41,0 44,3 46,9 48,4 51,5 54,1 59,1 60,7 59,4
Total em gasolina equivalente 34,2 37,7 39,9 43,0 45,7 49,2 51,4 55,8 55,9 55,6

Fonte: Abegás/ANP

+4,6%
GNV GNV
Etanol 2,9% Etanol 3,1% 43,0
Hidratado Hidratado
41,1
29,4% 24,5%

60,7 59,4 -18,3%


bilhões bilhões
de litros de litros 17,9
14,6 +3,2%
Gasolina Gasolina
67,7% 72,4%
Gasolina C Etanol GNV
2015 2016 Hidratado

50
COMBUSTÍVEIS

+
Bilhões de litros

55.816 55.910 55.590


52.051 2.353
49.159 2.287 2.361
45.692 2.432
9.096 10.210
43.002 2.531 12.503
39.673 2.571 8.228
37.634 6.930
2.606
34.209 2.734 7.629
3.156 10.552
3.327
9.303 11.530
6.557
44.367 43.019
39.698 41.391 41.119
35.491
29.844
24.325 25.175 25.409

51
COMBUSTÍVEIS

29. FROTA X VOLUME DE VENDAS - CICLO OTTO*

40,0 65,0

60,0

35,0 55,0

50,0

30,0 45,0
Milhões de veículos

Bilhões de litros

40,0

25,0 35,0

30,0

20,0 25,0

20,0

15,0 15,0
2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016

Frota Volume de vendas

*Volume de Etanol Hidratado e Gasolina C


52
COMBUSTÍVEIS

30. CORRELAÇÃO: MERCADO CICLO OTTO (EM EQUIVALÊNCIA ENERGÉTICA) E CONSUMO DAS FAMÍLIAS1

t1 t2 t3 t4 t1 t2 t3 t4 t1 t2 t3 t4 t1 t2 t3 t4 t1 t2 t3 t4 t1 t2 t3 t4 t1 t2 t3 t4 t1 t2 t3 t4 t1 t2 t3 t4 t1 t2 t3 t4
2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016

53
COMBUSTÍVEIS

GASOLINA C

N
a contramão dos demais com- em relação ao ano anterior. A gasolina C com 25% de etanol anidro na mistura.
bustíveis, em 2016 o consumo aumentou para 47% sua participação nas A qualidade de gasolina C nos postos
de gasolina voltou a crescer, vendas de combustíveis para o mercado revendedores, sob fiscalização do Progra-
após a queda ocorrida em revendedor, um crescimento de 3,3 pontos ma de Monitoramento da Qualidade dos
2015 que havia posto fim ao período de percentuais no volume total vendido nos Combustíveis da ANP, não sofreu altera-
11 anos de altas consecutivas. O mercado postos. A queda no consumo de etanol ção em relação a 2015. O índice de não
encerrou o ano totalizando 43 bilhões de contribuiu para esse aumento. conformidade no País manteve-se inal-
litros de gasolina C vendidos, um aumento Não houve mudanças em 2016 em terado em 1,9%. Mercados importantes,
de 4,6% em comparação ao ano anterior. relação aos biocombustíveis adicionados como São Paulo e Rio de Janeiro, tiveram
A perda de competitividade de pre- aos derivados de petróleo: o teor de etanol evolução positiva no índice de não con-
ços do etanol frente à gasolina alavancou anidro na gasolina C permaneceu em 27% formidade em 2016. Em São Paulo o índi-
o consumo da gasolina C em todas as re- ao longo do ano (percentual estabelecido ce caiu de 1,8% no ano anterior para 1,2%,
giões do País no ano, com destaque para a desde março de 2015). A gasolina premium, enquanto no Rio de Janeiro a redução foi
região Centro-Oeste, com aumento de 7% de alta octanagem, também permaneceu de 4,7% para 3,3%.

31. HISTÓRICO DE VENDAS DE GASOLINA C - MERCADO TOTAL

32. HISTÓRICO DE VENDAS DE GASOLINA C - POSTOS REVENDEDORES

33. PARTICIPAÇÃO POR SEGMENTO 34. PARTICIPAÇÃO POR DISTRIBUIDORA

54
COMBUSTÍVEIS

Fonte: ANP

36. VOLUME X PREÇO - GASOLINA C

55
COMBUSTÍVEIS

Fonte: ANP
37. ÍNDICES DE NÃO CONFORMIDADE DA GASOLINA C - BRASIL1

2,8%
3,0%

2,5%
1,9% 1,9% 1,9% 1,9%
1,8%
2,0%
1,4%
1,3% 1,3% 1,2%
1,5%

1,0%

0,5%

0,0%
2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016

1. A partir de junho/15 a pesquisa de monitoramento feita pela ANP não abrange todos os estados.

Fonte: ANP
38. ÍNDICES DE NÃO CONFORMIDADE DA GASOLINA C - RIO DE JANEIRO

7,0% 6,4% 6,4%


6,0%

4,5% 4,7%
5,0%

3,7%
4,0% 3,4% 3,3%
3,1%
2,6% 2,8%
3,0%

2,0%

1,0%

0,0%
2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016

Fonte: ANP
39. ÍNDICES DE NÃO CONFORMIDADE DA GASOLINA C - SÃO PAULO

5,0% 4,7%
4,5%
4,0%
3,5%
2,8%
3,0%
2,5%
1,8%
2,0% 1,4% 1,4% 1,5%
1,1% 1,2%
1,5% 0,9% 0,9%
1,0%
0,5%
0,0%
2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016

56
COMBUSTÍVEIS

Fonte: ANP
40. PARTICIPAÇÃO POR TIPO DE GASOLINA
Postos revendedores

MERCADO REGIONAL
A avaliação regional considerará o canal re- ocorrido no Sul, com 4,7%, sendo destaque
vendedor, uma vez que 99,6% do volume é a Bahia, com aumento de 7,8% nas vendas.
vendido através desse segmento. O Norte foi a região com o menor
Seguindo a performance nacional, aumento relativo de consumo, com 2,8%
todas as regiões do País apresentaram cres- sobre 2015. Nesta região, Roraima (+4,8%)
cimento do consumo de gasolina C, benefi- e Tocantins (+4,6%) tiveram os melhores re-
ciadas principalmente pelo aumento signifi- sultados ante o ano anterior.
cativo de vendas nos estados produtores de
etanol, que sentiram fortemente a perda da 41. PARTICIPAÇÃO POR REGIÃO - 2016 X 2015
paridade de preços desse produto em 2016.
A região Sudeste, responsável por
42% do volume, teve crescimento de 4,4%
em relação a 2015, com destaque para São
Paulo e Minas Gerais, estados produtores
de etanol, com aumento de 5,9% e 5%, res-
pectivamente.
A região Centro-Oeste apresentou o
maior aumento de consumo deste produto
(7,1%), com destaque para o Mato Grosso
do Sul. Registrando um aumento de 11,8%
em comparação ao ano anterior, Mato Gros-
so do Sul foi um estado onde o etanol hi-
dratado teve preços competitivos durante
Bilhões de litros

nove meses em 2015, fato que não ocorreu


em nenhum mês de 2016.
Na região Sul, que mostrou um cres-
cimento de 4,8%, o maior impacto positivo
ocorreu no Paraná (11,4%), estado produtor
de etanol, que perdeu competitividade em
relação a 2015. O Nordeste teve aumento
no consumo de gasolina C semelhante ao

57
COMBUSTÍVEIS

ETANOL HIDRATADO

A
pós um ano de acentuado com o maior período com paridade favorá- recuou 1,3% em relação à safra anterior e
crescimento nas vendas, em vel – seis meses. a produção de açúcar cresceu 15,5% devi-
2016 o etanol hidratado não Com a queda na demanda, a partici- do a preços internacionais mais rentáveis e
teve o mesmo desempenho. pação do etanol hidratado na matriz ener- atrativos, enquanto a do etanol (anidro e hi-
A paridade favorável à gasolina, tanto por gética de combustíveis diminuiu 1,9 ponto dratado) diminuiu 8,9%. Impulsionada pelo
um período de tempo superior ante 2015 percentual. Já na matriz do ciclo Otto o aumento de consumo de gasolina, a produ-
quanto pela redução no número de estados produto viu sua participação cair 4,9 pon- ção de etanol anidro teve redução pequena,
nos quais o etanol hidratado foi competiti- tos percentuais, passando a responder por de 1,2%, enquanto a do etanol hidratado
vo, combinada com o aumento do comér- 24,5% das vendas. amargou 13,1% de redução.
cio irregular do produto, fizeram com que O mercado foi impactado pelo au- Interrompendo o ciclo de melhora
as vendas caíssem 18,3% em relação ao ano mento do comércio irregular de etanol, que iniciado em 2013, a qualidade do etanol
anterior, totalizando 14,6 bilhões de litros. trouxe concorrência desleal gerada pelo hidratado comercializado nos postos re-
A preferência pela produção do açúcar não pagamento de tributos por distribuido- vendedores apresentou piora significativa
em detrimento ao etanol hidratado reduziu ras inidôneas. Em 2016 esse fato trouxe for- em 2016, retornando a níveis de dez anos
a competitividade econômica do biocom- te impacto às vendas das associadas, tendo atrás. O índice de não conformidade no
bustível frente à gasolina nas principais re- sido comercializado um total de 8,1 bilhões País ficou em 3,7%, de acordo com o Pro-
giões produtoras. Com a maior liberdade de de litros de etanol, ou 55,7% do mercado. grama de Monitoramento da Qualidade
escolha do consumidor devido à participa- Responsável por 98,3% das vendas to- dos Combustíveis da ANP, contra 1,5% em
ção sempre crescente dos veículos com mo- tais de etanol hidratado, o segmento reven- 2015. Destaque negativo para o índice de
tores flex fluel na frota nacional, o processo dedor teve queda de 19% na demanda, sen- não conformidade no Rio de Janeiro, que
de vendas crescentes iniciado em 2013 pelo do que as associadas registraram queda de atingiu o patamar de 8,5% em 2016, ante
etanol hidratado foi interrompido. 26,8% sobre o resultado de 2015. Do total 2,9% no ano anterior.
No mercado revendedor houve que- de 14,3 bilhões de litros do produto comer- A Agência Nacional do Petróleo, Gás
da na demanda de 19% em relação ao ano cializados pelo mercado revendedor, 56,5% Natural e Biocombustíveis (ANP) e as Secre-
anterior. Durante a maior parte do ano a foram de responsabilidade dos postos com tarias Estaduais de Fazenda mantiveram ri-
vantagem do produto foi eliminada com bandeira das associadas. Nos postos re- goroso controle e fiscalização sobre os volu-
a perda de paridade de preços com a ga- vendedores a participação do produto no mes comercializados pelas distribuidoras de
solina. Estados responsáveis por 67% das mix de combustíveis comercializados (óleo etanol hidratado. Isso permitiu que os núme-
vendas em 2016, Minas Gerais e São Pau- diesel, gasolina C, etanol hidratado e GNV) ros reportados à ANP pelos produtores e dis-
lo tiveram paridade favorável por apenas perdeu 3,2 pontos percentuais em relação a tribuidoras refletissem, em 2016, da mesma
cinco meses, seguidos por Goiás e Paraná, 2015, caindo para 15,7%. forma que no ano anterior, dados bastante
com três meses. Mato Grosso foi o estado Na safra 2016/17 a produção de cana alinhados com a realidade do mercado.

42. HISTÓRICO DE VENDAS DE ETANOL HIDRATADO - MERCADO TOTAL

43. HISTÓRICO DE VENDAS DE ETANOL HIDRATADO - POSTOS REVENDEDORES

58
COMBUSTÍVEIS

44. PARTICIPAÇÃO POR SEGMENTO 45. PARTICIPAÇÃO POR DISTRIBUIDORA

Fonte: ANP
46. ÍNDICES DE NÃO CONFORMIDADE DO ETANOL HIDRATADO - BRASIL1

3,7%
4,0
3,1%
3,5
3,0 2,3% 2,5%
2,2% 2,1%
2,5 1,7% 1,6% 1,6% 1,5%
2,0
1,5
1,0
0,5

2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016
1. A partir de junho/15 a pesquisa de monitoramento feita pela ANP não abrange todos os estados.

Fonte: ANP
47. ÍNDICES DE NÃO CONFORMIDADE DO ETANOL HIDRATADO - RIO DE JANEIRO

12 11%
10 8,5%
8
6
3,3% 2,9%
4 2,2% 2,0% 2,1% 1,9% 1,8%
1,4%
2

2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016

Fonte: ANP
48. ÍNDICES DE NÃO CONFORMIDADE DO ETANOL HIDRATADO - SÃO PAULO

2,0 1,7% 1,7%

1,5 1,3% 1,2%


0,9% 0,9% 0,9%
1,0
0,6% 0,6% 0,6%
0,5

2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016

59
COMBUSTÍVEIS

2,735

60
COMBUSTÍVEIS

61
COMBUSTÍVEIS

MERCADO REGIONAL
Com a perda da paridade de preço frente à respondeu por 7,4% do total. Mato Grosso,
gasolina C, as vendas de etanol hidratado que havia ficado todo o ano de 2015 na
tiveram queda em todas as regiões. Com lista de estados com preços competitivos,
exceção do Acre, com consumo equiva- permaneceu por seis meses em 2016.
lente ao registrado no ano anterior, mas As vendas na região Sul recuaram 31%
representando menos de 0,1% do total, em e concentram-se no Paraná. O estado, res-
todos os estados do País a demanda pelo ponsável por 9% dos 10% do total nacional
produto caiu. consumidos pela região, permaneceu so-
Responsável por 71% das vendas no mente três meses com paridade de preços
Brasil, a região Sudeste é a maior produtora favorável ao etanol hidratado, ante dez me-
e consumidora do produto e teve recuo de ses em 2015.
14,7% no volume. São Paulo foi responsá- Do total vendido no País, a região
vel por 57% das vendas nacionais e sofreu Nordeste responde por pouco mais de 6%
queda de 13% nas vendas. Minas Gerais, e teve expressiva redução de 32% no con-
que em 2015 havia tido um crescimento de sumo de etanol hidratado. Os estados da
139% em relação a 2014, recuou 19% em Bahia e de Pernambuco são os maiores
relação ao ano anterior, mas se manteve consumidores, e, juntos, representam pou-
responsável por 10% do consumo nacional. co mais de 55% do consumo da região.
A região Centro-Oeste foi responsável A região Norte, na qual o produto não
por 13% da demanda nacional e teve que- tem representatividade por questões logís-
da de 20,6% no volume comercializado. ticas, teve uma queda de 43% na demanda
Goiás, que teve paridade favorável por ape- pelo etanol hidratado.
nas três meses contra 11 meses em 2015,
Bilhões de litros

62
Fonte: ANP

Paridade� 2014
70% 2015 2016

UF J F M A M J J A S O N D J F M A M J J A S O N D J F M A M J J A S O N D
AC 78 79 79 80 85 86 87 86 86 86 86 85 85 81 80 80 80 80 80 80 79 76 78 78 79 80 80 83 83 83 83 83 82 81 82 85
AL 82 82 84 85 86 85 86 85 85 85 83 82 82 77 78 78 78 78 77 78 79 75 78 80 82 85 90 89 87 84 85 85 84 84 84 85
AM 79 80 81 82 83 82 80 80 80 80 79 78 79 75 75 77 77 77 77 77 77 75 79 85 90 88 89 89 91 93 87 83 83 87 90 87
AP 89 90 89 96 96 97 97 97 97 98 95 93 94 90 90 90 80 78 78 81 81 86 86 87 88 86 93 87 102 102 102 100 100 101 101 101
BA 75 75 75 79 81 80 80 79 80 80 79 78 78 73 72 72 73 72 72 72 72 72 75 76 78 82 85 85 78 78 78 77 80 78 80 79

CE 80 81 81 82 85 83 83 83 83 83 81 81 82 78 77 77 77 77 77 77 77 76 78 79 79 80 82 84 84 83 83 83 83 83 84 82

DF 77 77 80 84 81 79 79 79 79 79 78 78 78 75 77 77 77 77 77 77 76 79 80 82 85 85 89 90 86 80 80 80 81 85 89 90

ES 85 85 85 88 88 89 88 87 86 87 86 86 87 82 82 84 84 84 81 80 80 80 82 86 86 88 90 93 87 85 85 84 84 86 88 88
GO 70 70 71 72 71 69 67 69 67 67 68 67 68 68 68 68 65 64 64 64 64 69 70 71 73 74 76 76 70 70 70 71 71 74 75 75
MA 82 82 82 85 86 86 86 86 87 87 85 84 84 81 82 82 82 81 82 82 82 82 83 87 90 89 92 94 92 89 88 89 88 89 91 91
MG 72 73 76 77 76 75 74 73 73 73 72 72 73 72 71 67 66 66 65 64 63 69 73 74 75 78 79 78 68 68 69 69 69 73 77 76
MS 70 71 72 74 74 71 71 71 71 70 69 69 69 69 70 69 70 69 69 69 68 71 76 77 79 83 85 86 79 78 78 77 78 81 84 83
MT 67 69 71 72 71 71 66 62 62 65 64 66 64 64 64 63 62 60 60 58 57 57 65 70 72 72 72 71 69 67 67 66 66 67 72 72
PA 83 84 85 86 87 87 88 87 87 87 86 85 86 83 83 82 82 82 82 81 83 82 85 86 87 87 89 91 90 88 88 87 88 89 91 91
PB 79 80 80 80 81 81 81 81 80 80 79 78 78 74 73 73 73 74 75 75 76 75 77 78 76 81 83 85 84 84 83 83 83 83 83 82
PE 79 79 80 81 82 82 83 82 82 83 82 81 81 74 74 75 73 72 72 72 72 72 74 76 77 80 82 82 80 78 79 81 81 81 80 81
PI 88 88 89 90 92 92 92 92 92 92 89 88 88 82 82 83 83 83 82 83 82 81 86 89 86 86 89 90 82 83 82 81 82 84 86 85
PR 68 69 72 72 71 69 69 69 68 68 67 68 68 68 69 68 67 67 66 65 66 69 73 74 75 76 78 78 72 70 70 70 71 75 79 78
RJ 76 77 80 80 80 79 79 78 78 78 77 77 78 77 76 76 76 75 75 75 74 77 81 83 84 86 87 88 80 79 79 79 79 82 87 86
RN 84 84 85 88 88 88 88 88 88 88 87 86 85 80 79 79 80 80 80 80 80 78 79 81 81 81 83 86 85 85 84 84 83 82 83 82
RO 79 80 82 83 83 83 83 83 83 83 82 82 82 77 77 77 77 77 76 76 77 75 76 79 82 84 85 89 89 89 89 89 89 88 88 87
RR 89 88 89 89 90 90 90 90 90 90 89 88 89 85 83 85 85 85 85 85 86 83 85 92 94 95 94 94 95 95 95 95 95 94 95 97
RS 82 83 85 86 86 84 83 84 84 84 82 81 82 79 80 81 79 77 77 76 75 79 85 88 89 92 94 95 91 89 89 88 88 90 95 96
SC 82 83 86 87 87 87 86 84 84 83 81 81 82 78 79 81 81 80 78 78 77 78 82 86 88 90 92 92 88 87 86 85 85 87 91 92
SE 85 85 86 85 85 85 85 86 86 86 85 84 84 78 77 77 77 78 78 79 81 76 78 81 80 83 86 86 86 87 87 88 87 86 85 82

SP 67 69 71 71 69 66 66 66 66 65 65 65 66 67 66 65 64 63 62 61 62 68 72 73 74 76 77 76 65 66 65 66 67 73 76 75
TO 74 74 75 76 76 76 75 75 75 75 75 75 75 74 74 74 75 75 74 74 75 73 77 80 80 83 86 86 83 81 81 81 81 83 88 91
COMBUSTÍVEIS

63
COMBUSTÍVEIS

GNV

C
om os níveis de preços dos momentos de crise. Houve claramente um
combustíveis líquidos do ciclo aumento no número de conversões de mo-
Otto permanecendo mais altos tores em 2016, mas nada ainda que asse-
durante quase todo o ano de gure a volta aos tempos áureos. A falta de
2016, a competitividade do GNV aumen- uma relação mais segura e estável entre os
tou, trazendo um pequeno aumento de preços do GNV e da gasolina e etanol hidra-
consumo na comparação com o ano ante- tado mantém novos consumidores na dúvi-
rior. Após oito anos de queda consecutiva da se o benefício econômico da conversão
nas vendas em razão da crise de abasteci- realmente existirá e se será permanente.
mento provocada por problemas de impor- Como o custo da conversão dos motores
tação do gás boliviano, que abalou a con- é relativamente alto, a segurança na oferta
fiança do consumidor no fornecimento do a preços competitivos é fundamental para
GNV, finalmente em 2016 houve um leve que os consumidores percebam que have-
alento. No ano foram comercializados pou- rá amortização do investimento.
co mais de 1,8 bilhão de m3 de gás natural Na última década, a participação das
veicular, representando um crescimento na associadas no GNV, que já foi superior a
demanda de 3,2% comparado com 2015. 50%, tem sofrido queda ano após ano, e
A queda no poder de compra da po- em 2016 significou pouco mais de um terço
pulação aliada aos preços mais altos dos (34,5%) da demanda total, com um recuo
combustíveis líquidos justificam o aumen- de 2,2 pontos percentuais em comparação
to do interesse no GNV, produto que, tra- ao ano anterior.
dicionalmente, se comporta melhor em

64
COMBUSTÍVEIS

MERCADO REGIONAL
A região Sudeste permanece concentrando
a maior parte do volume comercializado
do GNV no Brasil, com 70,3% do volume
total. O Rio de Janeiro, onde foi inaugurado
em 1991 o primeiro posto do combustível,
mantém e aumenta a liderança nas vendas,
tendo sido responsável por 54,7% do total
comercializado devido à contínua política
governamental de incentivo à conversão
de motores através da redução no IPVA.
Também na mesma região, São Paulo tem a
segunda maior participação, com 11,9% do
total vendido no ano.
A região Nordeste é responsável por
Bilhões de litros

18,5% do volume de GNV comercializado


no País, com vendas bem distribuídas em
sete estados, destacando-se a Bahia, quarta
no ranking nacional, com 4% das vendas. A
região Sul responde por 10,5% das vendas
do produto, com destaque para Santa Cata-
rina, com 5,2% do total nacional.
Por questões logísticas, o mercado
de GNV é pouco desenvolvido nas regiões
Norte e Centro-Oeste. Juntos, os estados
dessas regiões têm participação de apenas
0,7% no total.

65
COMBUSTÍVEIS

66
COMBUSTÍVEIS

ÓLEO DIESEL

O
fraco desempenho na econo- tou nova política de preços de derivados cializado pelas associadas, viu sua participa-
mia, principalmente nos seto- mais alinhada com os preços internacio- ção no total do óleo diesel cair de 28,9% em
res agropecuário e industrial, nais, o produto sofreu queda de preços – 2015 para 27,5%.
impactou negativamente o a primeira desde 2009. Houve redução de O volume nos postos revendedores
mercado de óleo diesel. O volume total co- 2,7% nos preços nas refinarias em outubro, sofreu queda de 3,6% em relação ao ano
mercializado foi de 54,3 bilhões de litros, um seguida de 10,4% em novembro e aumen- anterior, totalizando 32,1 bilhões de litros, e
recuo de 5,1% em relação a 2015. Movimen- to de 9,5% em dezembro. viu novamente crescer sua participação no
tando 42,5 bilhões de litros do produto, uma A diminuição das vendas ocorreu em total comercializado em aproximadamente
queda de 9,4% ante o ano anterior, as asso- todos os segmentos, porém com força di- 1 ponto percentual, para 59,1%. Impactado
ciadas responderam por 78,3% das vendas. versa para cada um deles. O segmento con- pela retração na economia, o segmento TRR
Após os aumentos ocorridos no final sumidor sofreu a maior queda, de 9,4% nas teve queda de 2,2%.
de 2014 e no terceiro trimestre de 2015, os vendas, em grande parte pelo menor despa- Comercializando o equivalente a 72,4%
preços nas refinarias permaneceram está- cho das usinas termelétricas movidas a óleo do volume total de óleo diesel, os postos re-
veis ao longo dos três primeiros trimestres diesel e pela diminuição da atividade indus- vendedores com bandeira das associadas
do ano. Somente em meados de outubro trial. O mercado dos grandes consumidores, venderam 23,2 bilhões de litros do produto.
de 2016, quando a Petrobras implemen- setor com mais de 90% do volume comer-

2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016
Associadas 35,3 37,6 36,8 40,9 43,3 46,1 47,9 49,3 46,9 42,5
Outras 6,2 7,2 7,5 8,3 8,9 9,8 10,6 10,7 10,3 11,8
TOTAL 41,6 44,8 44,3 49,2 52,3 55,9 58,5 60,0 57,2 54,3

2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016
Associadas 18,6 19,5 19,2 21,1 22,5 24,1 25,4 26,3 25,2 23,2
Outras 5,9 5,7 6,0 6,6 6,9 7,6 8,2 8,0 8,1 8,8
TOTAL 24,5 25,2 25,2 27,7 29,4 31,7 33,6 34,4 33,2 32,1

67
COMBUSTÍVEIS

68
COMBUSTÍVEIS

68. VOLUME X PREÇO - ÓLEO DIESEL

A
crise econômica iniciada em 219 milhões de toneladas, com recupera- e registrando uma significativa redução de
2014 e aprofundada por forte ção da influência negativa das condições 32,1% nas vendas do produto.
recessão nos dois últimos anos climáticas da safra passada e aumento de O ano de 2016 foi de grandes dificul-
diminuiu o poder de compra 2% na área plantada, colaborou para au- dades para a atividade industrial, com ocio-
da população, contribuindo para a significa- mentar em 1,6%, comparado com 2015, as sidade recorde e com o faturamento do se-
tiva retração no setor do comércio. Com a re- vendas de óleo diesel no setor. tor caindo 12% em relação ao ano anterior.
dução do volume de cargas movimentadas, O segmento TRR, que atende aos mais Com a redução nos segmentos de veículos,
o setor de transporte, que engloba também diversos setores da economia, além do máquinas e equipamentos e aparelhos ele-
os postos revendedores e representa 74,1% agronegócio, também sentiu a redução na troeletrônicos, além da queda no setor de
do consumo total de óleo diesel, registrou atividade econômica. Sendo responsável construção, tanto infraestrutura quanto
queda de 3,9% nas vendas do produto no por 13,4% do mercado total de diesel, regis- imobiliária, a demanda de diesel no setor
ano, em linha com a queda do PIB. trou queda de 2,2% nas vendas em relação industrial caiu fortemente. Representando
Por conta das adversidades climá- ao ano anterior. 7,4% do total, as vendas de óleo diesel re-
ticas, com estiagem prolongada e altas Com o desligamento das usinas ter- cuaram 9%.
temperaturas, o PIB do setor agropecuário melétricas, a elevação do nível dos reserva- A correlação entre o Produto Interno
apresentou retração de 6,6%, com a safra tórios das hidrelétricas e o decréscimo da Bruto em valores de 1995 e o consumo do
de grãos totalizando 186 milhões de tone- atividade industrial, o consumo do setor de diesel ficou em 96,7%, demonstrando que
ladas, redução de cerca de 10% em rela- energia elétrica caiu 1,2 ponto percentual a produção e a demanda pelo diesel perma-
ção ao ano anterior. A expectativa de uma frente ao ano anterior, passando a respon- necem atrelados.
safra recorde em 2016/2017, em torno de der por 3,1% do volume total de óleo diesel

69
COMBUSTÍVEIS

69. PARTICIPAÇÃO DAS VENDAS DE ÓLEO DIESEL POR SETOR 70. VARIAÇÃO 2016 X 2015 DA DEMANDA DE ÓLEO DIESEL POR SETOR

Fonte: ANP/IBGE
71. CORRELAÇÃO MERCADO ÓLEO DIESEL E PIB 1

R$ bilhões bilhões de litros

335 17,0

16,0
315
15,0

295 14,0

13,0
275
12,0

255 11,0

10,0
235
9,0

215 8,0
t1 t2 t3 t4 t1 t2 t3 t4 t1 t2 t3 t4 t1 t2 t3 t4 t1 t2 t3 t4 t1 t2 t3 t4 t1 t2 t3 t4 t1 t2 t3 t4 t1 t2 t3 t4 t1 t2 t3 t4
2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016

PIB (R$ bilhões)


1. Em valores encadeados a preços de 1995
1
Volume de Óleo Diesel

70
COMBUSTÍVEIS

E
m 2016, refletindo de forma no total. O segmento dos grandes consu-
acentuada a redução na ativi- midores, em que as vendas do diesel S-10
dade da economia, as vendas alcançaram 36,6% do total consumido pelo
de veículos novos movidos a setor, teve o maior aumento, de 5,4 pontos
diesel recuaram 8,4% compa- percentuais, na comparação com 2015. No
rados com o ano anterior, registrando o ter- mercado de postos revendedores o aumen-
ceiro ano consecutivo de queda. As vendas to foi de 3,3 pontos percentuais, atingindo
de caminhões, fortemente dependentes 33% nas vendas. O mesmo aumento ocor-
do desempenho da atividade econômica, reu no segmento TRR, no qual as vendas al-
recuaram 29,4%. Por outro lado, ainda en- cançaram 24,8% do total vendido.
traram no mercado 218 mil unidades no- Assim como em 2015, o teor de biodie-
vas, o que ajudou a consolidar o consumo sel foi mantido constante em 7% ao longo
de diesel de baixo teor de enxofre (S-10). de todo o ano. Já a qualidade de óleo diesel
Com o incremento de 717 postos revende- nos postos revendedores, sob fiscalização
dores em comparação com o ano anterior, do Programa de Monitoramento da Qua-
a oferta do S-10 encontra-se bem distribu- lidade dos Combustíveis da ANP, voltou a
ída no território nacional, sendo encontra- mostrar piora. O índice de não conformida-
da em 61% dos postos do País, ou pouco de no País passou de 3,1% para 4,3%, pior
mais de 25 mil postos revendedores. Des- resultado nos últimos dez anos. No Rio de
ses, 67% possuíam a bandeira das associa- Janeiro, a evolução no índice de não confor-
das (16.818 postos). midade foi positiva em 2016, com o índice
Em todos os segmentos de comer- caindo de 7,4% para 6%. Por outro lado, em
cialização o óleo diesel com baixo teor de São Paulo o índice piorou de 2,3% no ano
enxofre (S-10) aumentou sua participação anterior para 2,6%.

72. VENDAS DE VEÍCULOS A DIESEL

250

200

150

100

50

0
2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016

71
COMBUSTÍVEIS

73 74. POSTOS S10 - ASSOCIADAS - 2016

75. PERCENTUAL DE MISTURA DO BIODIESEL

72
COMBUSTÍVEIS

Fonte: ANP
76

5,0 4,3%
3,6%
4,0
3,1% 2,9% 3,1%
2,7%
3,0 2,2% 2,3% 2,5%
1,9%
2,0

1,0

2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016

Fonte: ANP
77. ÍNDICES DE NÃO CONFORMIDADE DO ÓLEO DIESEL - RIO DE JANEIRO

10 8,9%
7,4%
8 6,0%
5,0% 5,1%
6
3,0% 3,4% 3,3%
4 2,4% 2,5%

2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016

Fonte: ANP
78. ÍNDICES DE NÃO CONFORMIDADE DO ÓLEO DIESEL - SÃO PAULO

3,6% 3,7%
4,0
2,6% 2,7% 2,6%
3,0 2,4% 2,2% 2,3%
2,1% 2,2%
2,0

1,0

2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016

73
COMBUSTÍVEIS

Fonte: ANP
79
Não rodoviário Não rodoviário
Marítimo 1,6% Marítimo 1,0%
1,5% 1,3%

S-10 S-10
29,1% 32,9%
57,2 54,3
bilhões bilhões
de litros de litros
S-500 S-500
67,9% 64,7%
2015 2016
Fonte: ANP
80
Marítimo Marítimo
0,5% 0,5%

S-10 S-10
29,7% 33,0%
33,2 32,1
bilhões bilhões
de litros de litros
S-500 S-500
69,8% 66,5%
2015 2016
Fonte: ANP
81
Marítimo Não rodoviário Marítimo Não rodoviário
3,3% 5,5% 3,1% 3,8%

S-10 S-10
31,2% 36,6%
16,5 15,0
bilhões bilhões
de litros de litros
S-500 S-500
59,9% 56,5%
2015 2016
Fonte: ANP
82
Não rodoviário Marítimo
Marítimo
0,1% 1,2%
1,4%

S-10 S-10
21,5% 24,8%
7,4 7,3
bilhões bilhões
de litros de litros
S-500 S-500
77,0% 74,0%
2015 2016
74
COMBUSTÍVEIS

MERCADO REGIONAL
83. PARTICIPAÇÃO POR REGIÃO - 2016 X 2015 - POSTOS REVENDEDORES
Com exceção da região Sul, onde perma-
neceu estável ante o ano anterior, o consu-
mo total de óleo diesel recuou em todas as
demais regiões do País. Detentor da maior
fatia de mercado de óleo diesel (59,1%), as
vendas nos postos revendedores tiveram
comportamento negativo em todas as regi-
ões geográficas do Brasil. A região Sudeste,
responsável por 37% desse mercado, apre-
sentou queda de 3,9%. As regiões Centro-
-Oeste e Norte, que possuem, respectiva-
mente, 12% e 9% do mercado, relataram
redução nas vendas da mesma ordem de
grandeza do Sudeste, 3,6% e 4%. A região
Bilhões de litros

Sul, que tem participação de 23% no volu-


me do segmento de postos revendedores,
apresentou o melhor resultado na avaliação
dos mercados regionais, com redução na
demanda de apenas 0,5 ponto percentual.
Em contrapartida, a região Nordeste, com
20% da fatia do mercado revendedor, apre-
sentou a maior retração nas vendas (6,1%).
Diferentemente dos postos revende-
dores, no segmento TRR, que responde por
7,3 bilhões de litros ou 13,4% do volume
total do óleo diesel consumido no País, re-
gionalmente as vendas se comportaram
de maneira variável. A região Sudeste, res-
84. PARTICIPAÇÃO POR REGIÃO - 2016 X 2015 - TRR ponsável por 39% das vendas no segmento,
registrou queda de 5,3 pontos percentuais.
Com 34% do mercado, a região Sul man-
teve o desempenho positivo e apresentou
aumento de 4,1% nas vendas. A região
Centro-Oeste, responsável por 18% do con-
sumo, voltou a reportar queda nas vendas
(-5,5%). Se em 2015 a região Centro-Oeste
+ apresentou o pior desempenho (-12%), em
2016 esse papel coube à região Nordeste.
Responsável por 5% do consumo do pro-
duto no segmento TRR, essa região regis-
trou queda de 15,1% nas vendas. No outro
extremo, a região Norte, também com 5%
do mercado, registrou a maior alta do País,
Bilhões de litros

fechando o ano com um crescimento de


13,3% no consumo.

75
COMBUSTÍVEIS

ÓLEO COMBUSTÍVEL

A
demanda total de combustí- à maior oferta de energia através de eólicas,
veis escuros sofreu redução tornou possível o desligamento das usinas
significativa de 32,4% na com- termelétricas, grandes demandadoras do
paração com o ano anterior, produto. Após o desligamento das usinas
com vendas somando apenas 3,3 bilhões de maior custo de produção de energia, no
de litros, menor volume histórico. Nos terceiro trimestre de 2015, em março, abril
últimos dois anos houve queda abrupta e maio o governo determinou a saída de
nas vendas, que caíram aproximadamen- operação daquelas de custo menor.
te 46% no período. Assim como em 2015, Outra razão que comprimiu as ven-
existe uma combinação de fatores que ex- das foi o impacto da crise econômica, com
plicam essa queda. consequente redução na atividade das in-
A redução no consumo de energia em dústrias, provocando a diminuição no con-
2015 e um novo período de condições cli- sumo de óleo combustível usado no setor,
máticas favoráveis, com a volta de chuvas que retrocedeu quase 4% no ano.
abundantes no verão, recuperou o nível Aliado a isso, permanece a substitui-
adequado dos reservatórios das usinas hi- ção progressiva do óleo combustível pelo
drelétricas, que puderam manter a capaci- gás natural, reduzindo ainda mais a deman-
dade de geração de energia. Esse fato, junto da pelo óleo combustível.

85. HISTÓRICO DE VENDAS DE ÓLEO COMBUSTÍVEL - MERCADO TOTAL

86. PARTICIPAÇÃO POR SEGMENTO 87. PARTICIPAÇÃO POR DISTRIBUIDORA

3,3 3,3
bilhões
de litros

76
COMBUSTÍVEIS

88. PARTICIPAÇÃO POR REGIÃO - 2016 X 2015 - MERCADO TOTAL

Bilhões de litros

MERCADO REGIONAL
Com exceção da região Sul, diferentemente total das vendas do produto no País, redu-
do ano anterior, as demais regiões do País ziu em 45% sua demanda
tiveram redução do consumo de combus- A região Centro-Oeste, com menor
tíveis escuros. Na região Sudeste a queda participação na demanda nacional, apre-
foi de 40,2% em relação às vendas do ano sentou queda de 24,1%, tendo 87% do
anterior, tanto pela redução na atividade consumo concentrado em Goiás.
industrial quanto pelo desligamento de usi- Na região Norte, como mencionado, a
nas termelétricas no Espírito Santo, onde o substituição gradual do óleo combustível
consumo de óleo combustível caiu 71%, e pelo gás natural nas termelétricas do siste-
em Minas Gerais, estado que registrou que- ma isolado foi responsável pela queda de
da de 26% na demanda. A participação da quase 10%. Mesmo assim, a região viu sua
região no total consumido de óleo combus- participação no total das vendas nacionais
tível no País permanece caindo, de 17,5% aumentar novamente, de 18,3% em 2014
para 15,5% de um ano para outro. para 28% em 2016.
Os estados da Bahia, Pernambuco e A região Sul foi a única que apresen-
Maranhão são responsáveis por 79% da tou crescimento nas vendas, com aumento
demanda na região Nordeste, e o desliga- de 9,8%. O estado do Paraná, que respon-
mento das termelétricas a óleo trouxe que- de por 57% do consumo, teve crescimento
da de 52%, 36% e 32%, respectivamente. de 70,4% em relação ao ano anterior.
A região, que é responsável por 40,5% do

77
COMBUSTÍVEIS

COMBUSTÍVEIS DE AVIAÇÃO

A
demanda por combustíveis pouco mais de um terço dos passageiros sociais em regiões distantes dos grandes
de aviação (QAV + GAV) caiu de longa distância (35%). Houve inversão centros urbanos, o Programa de Aviação Re-
consideráveis 8% em relação nessa preferência ao longo dos anos, e em gional, criado no final de 2012 pelo governo
ao ano de 2015. Segundo da- 2016 o modal aéreo foi capaz de absorver federal, previa investimentos em constru-
dos da Agência Nacional de Aviação Civil 62% do total de passageiros de longa dis- ção ou reforma de 270 aeroportos. Foi visto,
(Anac), houve uma redução de 5,5 milhões tância, uma pequena redução ante os 65% à época, como capaz de trazer novo impul-
de passageiros no ano. Esse resultado nega- registrados no ano anterior. so ao mercado de aviação.
tivo é reflexo, principalmente, da crise eco- De acordo com dados da Anac, a de- Entretanto, mais de três anos após seu
nômica ainda forte no País, que afastou tan- manda por voos (RPK – revenue passenger lançamento, o governo decidiu rever a lista
to os passageiros corporativos quanto os kilometers) no transporte aéreo de passa- de aeroportos que receberão investimentos.
privados. Aliado a isso, as empresas aéreas geiros caiu 4,3% em comparação com 2015, O plano será bem mais modesto, incluindo
continuaram a otimização da malha aérea, impactada principalmente pela redução de pouco mais de 50 terminais aeroviários con-
com redução de rotas e voos, iniciada no 5,7% no mercado doméstico, enquanto o siderados prioritários para investimentos,
ano anterior. O trabalho da Anac e Comaer mercado internacional se mantinha prati- com subsídios restritos à Amazônia Legal.
em tornar as rotas mais lineares e as apro- camente estável, com leve queda de 0,3%. Cerca de 120 aeroportos ficarão em uma es-
ximações das aeronaves mais curtas, aliado A oferta de assentos (ASK – available seat pécie de “lista de espera”, e os investimentos
à renovação por frota com maior eficiência kilometers) caiu 5,2% tanto no segmento ocorrerão de acordo com a disponibilidade
energética, contribuíram para a redução no doméstico, com queda de 5,9%, quanto no financeira, segundo o Ministério dos Trans-
consumo dos combustíveis de aviação. segmento internacional, com variação ne- portes, Portos e Aviação Civil. Outros 85
Se de 2012 até 2015 a demanda por gativa de 3,1%. A taxa média de ocupação terminais foram descartados por não serem
produtos de aviação vinha praticamente (load factor, calculada pela divisão RPK/ASK), considerados viáveis. Pesou na avaliação
estável, com pequenas variações positi- medida da eficiência das empresas do setor, geral a proximidade com outros aeroportos,
vas ou negativas ano a ano, esse fato não teve pequeno aumento de 0,8 ponto per- a baixa demanda prevista de passageiros e
se repetiu em 2016. A redução relativa das centual na comparação com o ano anterior. a falta de interesse das companhias aéreas
tarifas de transporte aéreo permanece be- Foi percebido impacto pontual devido em atuarem nos municípios.
neficiando este setor. No ano de 2016, a ao evento dos Jogos Olímpicos. Segundo Especialistas do setor não receberam
queda, apesar de pequena em relação ao levantamento da Anac, nos meses de re- com surpresa essa mudança, já que havia
ano anterior, novamente levou os valores alização dos Jogos, junho e julho, o Rio de uma percepção de que a lista inicial de 270
cobrados a atingirem o menor nível histó- Janeiro teve melhora acentuada no apro- aeroportos estava distante da realidade,
rico, abaixo do modal rodoviário leito com veitamento das aeronaves com origem ou ainda mais considerando a crise no setor
ar-condicionado. A queda do custo das destino na cidade-sede, de quase 9% com- aéreo e a redução nas operações domésti-
passagens, enquanto o custo no transporte parando com o ano anterior, enquanto as cas das companhias. Ainda assim, o inves-
rodoviário permanecia praticamente está- outras cidades tiveram crescimento de me- timento na aviação regional é visto como
vel, trouxe uma mudança significativa no nos de 1%, em linha com o restante do ano. fundamental para a integração e o desen-
comportamento do consumidor. Em 2005, Tendo como objetivo conectar o País volvimento de áreas mais remotas do País.
11 anos atrás, o modal aéreo transportava e promover o desenvolvimento e serviços

89. HISTÓRICO DE VENDAS DE COMBUSTÍVEIS DE AVIAÇÃO (QAV + GAV) - MERCADO TOTAL

78
COMBUSTÍVEIS

90. PARTICIPAÇÃO POR SEGMENTO 91. PARTICIPAÇÃO POR DISTRIBUIDORA

92. PARTICIPAÇÃO POR REGIÃO - 2016 X 2015 - MERCADO TOTAL


Bilhões de litros

79
COMBUSTÍVEIS

0,61

Fonte: Anac/ANP
94. COMPARATIVO DE PASSAGENS ENTRE MODAIS AÉREO E RODOVIÁRIO DE LONGA DISTÂNCIA

95. MERCADO DE AVIAÇÃO (NACIONAL E INTERNACIONAL)

80
COMBUSTÍVEIS

TRIBUTAÇÃO
O ano de 2016 foi marcado por significativas alterações na legislação tributária, ficando o
principal destaque por conta das alíquotas do ICMS em diversas Unidades da Federação.

ALTERAÇÕES DE ALÍQUOTAS DE ICMS


Dezenove Unidades da Federação alteraram as alíquotas de ICMS durante o ano de 2016.
São elas:

Alagoas – Leis nº 7.740 e 7.742/2015


Amazonas – Lei Complementar nº 158/2015
Amapá – Lei nº 1.949/2015
Bahia – Lei nº 13.461/2015
Ceará – Lei nº 15.892/2015
Distrito Federal – Lei nº 5.542/2015
Goiás – Lei nº 19.021/2015
Maranhão – Lei nº 10.329/2015
Mato Grosso do Sul – Lei nº 4.688 e Decreto nº 14.196/2015
Paraíba – Lei nº 10.507/2015
Pernambuco – Lei nº 15.599/2015
Piauí – Lei nº 6.713/2015
Paraná – Lei nº 18.573/2015
Rio de Janeiro – Lei Complementar nº 167 e Lei nº 7.175/2015
Rio Grande do Norte – Lei nº 9.991/2015
Rondônia – Lei nº 3.699/2015
Rio Grande do Sul – Leis nº 14.742 e 14.743/2015
Sergipe – Lei nº 8.039/2015
Tocantins – Leis nº 3.015 e 3.019/2015

PMPF NO ESTADO DO RIO 96. CARGA TRIBUTÁRIA


Fonte: RFB/Sefaz
GRANDE DO SUL
Em 2016, o Estado do Rio Grande do Sul
deu mais um passo com o objetivo de
impedir a sonegação do ICMS pela via do
subfaturamento. A partir de maio de 2016
o estado acrescentou em sua legislação a
previsão para utilização do PMPF para a
gasolina e diesel, mesma sistemática que
já vem sendo adotada pelas demais unida-
des federativas.

81
COMBUSTÍVEIS

Fonte: Sefaz Fonte: Sefaz


97. ALÍQUOTAS
97. ALÍQUOTAS DE
DE ICMS
ICMS -- GASOLINA
GASOLINA CC 97.
98. ALÍQUOTAS
ALÍQUOTAS DE
DE ICMS
ICMS -- GASOLINA C
ETANOL HIDRATADO

Fonte: Sefaz Fonte: Sefaz


97.
98. ALÍQUOTAS
99. ALÍQUOTAS DE
DE ICMS
ICMS -- GNV
GASOLINA
ETANOL HIDRATADO
C 100. ALÍQUOTASDE
98. ALÍQUOTAS DEICMS
ICMS--ETANOL
ÓLEO DIESEL
HIDRA-
TADO

82
COMBUSTÍVEIS

IMPORTAÇÃO

N
um ano de forte retração na demanda, com queda de 5% nas vendas internas
de combustíveis, as importações atingiram níveis recordes. Durante grande
parte do ano de 2016 a decisão de manter os preços internos mais altos que os
praticados pelo mercado internacional de petróleo e derivados abriu inúme-
ras “janelas de oportunidade”, trazendo grandes benefícios econômicos para que empresas
importassem alto volume em todos os meses do ano. O número de importadoras autoriza-
das pela ANP, que já havia tido um pequeno aumento em 2015, sofreu um forte acréscimo
de 31%, com 49 novas empresas atuando na importação de derivados. O Estado de São
Paulo ultrapassou o Espírito Santo, tradicional importador, e agora tem o maior número de
registros para importação, com 40 empresas, seguido do Espírito Santo, com 39 empresas
e do Rio de Janeiro, com 34. Os registros, entretanto, estão disseminados em 21 estados
mais o Distrito Federal.

Fonte: ANP
101. NÚMERO DE EMPRESAS AUTORIZADAS A IMPORTAR GASOLINA E ÓLEO DIESEL
* Mercado total: % de importação

+31,4% 205

156
140 142 139
129 130 128
111 117

2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016

102. EMPRESAS AUTORIZADAS A IMPORTAR GASOLINA E ÓLEO DIESEL EM 2016

83
COMBUSTÍVEIS

GASOLINA A
Mantendo a trajetória de alta registrada no
ano anterior, a participação do produto im-
portado no total comercializado teve au-
mento de 1,1 ponto percentual em relação a
2015. A importação de gasolina representou
significativos 9,3% do mercado total do pro-
duto no País. Assim como em 2015, a eleva-
ção nas compras externas de gasolina não se
relaciona à retração de demanda por etanol,
mas pela oportunidade de se encontrar ga-
solina mais barata no exterior, aumentando,
dessa forma, a oferta. A vantagem econômi-
ca trouxe forte atratividade às importações
de gasolina, que foram registradas de forma
crescente em todos os meses do ano.

ÓLEO DIESEL
Depois de uma redução no ano passado, a
importação de óleo diesel cresceu 14% em
2016, passando a representar 15,7% do vo-
lume total distribuído no País. A manuten-
ção de preços internos elevados, enquanto
as cotações internacionais permaneciam
baixas (estáveis ou com leve aumento),
fez com que importadores independentes
aproveitassem as oportunidades para suprir
a conhecida deficiência do País na capaci-
dade de refino deste combustível. A retra-
ção no consumo do produto e o aumento
de importações fizeram com que a Petro-
bras perdesse participação no suprimento
do produto ao mercado. A exemplo do que
aconteceu com a gasolina, as importações
de óleo diesel ocorreram ao longo do ano.

ETANOL milho, está abundante e barato por conta da queda das cotações do grão e pelo dólar mais
fraco, criando uma janela de oportunidade para carregamentos de etanol, principalmente
A importação do etanol teve forte impul- para o Norte e Nordeste do Brasil. De forma geral, o avanço das importações se deu pela
so em 2016, com aumento de 63% versus maior competitividade do produto norte-americano e não, pela falta do produto ou cresci-
o ano anterior. As compras no mercado mento de demanda.
externo atingiram 835 milhões de litros,
representando 3,2% do mercado total, um
aumento de 1,4 ponto percentual na com-
paração com 2015. Os preços internacionais
do açúcar, mais elevados, têm estimulado
as usinas brasileiras a destinar uma maior
fatia de cana para a produção daquele pro-
duto, que ofereceu remuneração mais atra-
ente em detrimento do etanol. Aliado a isso,
o etanol americano, produzido a partir do

84
COMBUSTÍVEIS

106

Fonte: ANP
107. PREÇO MÉDIO DO BARRIL DE PETRÓLEO IMPORTADO

1.015

915

815

715

615

515

415

315

215

115

15
2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016

85
COMBUSTÍVEIS

108. VOLUME DE GASOLINA IMPORTADA POR PORTO (EXCETO PETROBRAS)

SUAPE (PE)
73
704
PARANAGUÁ (PR)
63
632
SÃO LUIS (MA)
519
SANTOS (SP)
118
238
RIO GRANDE (RS)
123

SALVADOR (BA)
71
MANAUS (AM)
58
ARATU (BA)
2
8
2015 ITAQUI (MA)
3
2016
0 100 200 300 400 500 600 700 800
MIL TONELADAS

109. VOLUME DE ÓLEO DIESEL IMPORTADO POR PORTO (EXCETO PETROBRAS)

PARANAGUÁ (PR)
275
3.320
SANTOS (SP) 745
2.987
SUAPE (PE)
80
1.580
6
SÃO LUIS (MA)
1.503
ARATU (BA)
37
1.328
SALVADOR (BA)
506
MANAUS (AM)
277
RIO GRANDE (RS)
128
RIO DE JANEIRO (RJ)
93
VITÓRIA (ES)
57
92
SÃO SEBASTIÃO (SP)
49
ITAQUI (MA)
35
CABEDELO (PB)
2015 34
CORUMBA (MS)
2016 19
0 500 1000 1500 2000 2500 3000 3500

MIL TONELADAS
86
COMBUSTÍVEIS

Q uando o consumidor enche o tanque de seu carro, não imagina a complexidade


da cadeia de abastecimento envolvida: navios, dutos, refinaria, usinas de biodiesel,
usinas de etanol, distribuidoras, transporte e posto de combustível.
Neste ciclo, bilhões de reais são investidos, centenas de milhares de empregos diretos e
indiretos são gerados e bilhões de impostos são arrecadados.
Infelizmente, nesta cadeia, uma pequena parcela de empresários mal-intencionados se
vale de práticas que acarretam enormes danos econômicos, irreparáveis para o fisco, para a
concorrência e para toda a sociedade.
Sonegação e inadimplência de tributos é a estratégia de negócio deste tipo de empre-
sa. Elas se utilizam de todos os artifícios protelatórios, tanto na esfera administrativa como
no judiciário, para o não recolhimento dos tributos devidos, alimentando a indústria dos
“devedores contumazes”.
Segundo recente estudo feito pela FGV-Projetos, 4,8 bilhões de reais em impostos não
estão sendo devidamente pagos, anualmente, por essas empresas, que, na sua grande
maioria, não possuem ativos para honrar estas enormes dívidas acumuladas por longos
períodos. Ao final de exaustiva demanda judicial, o Estado irá ganhar, mas não receberá. É CRECHE

o velho ditado: “ganha, mas não leva”.


A sonegação e a inadimplência sistemática estão abrindo portas para outras fraudes.
Grupos estranhos ao mercado estão se infiltrando, adulterando o combustível e fraudando
bombas de abastecimento – a popular “bomba baixa” –, promovendo uma concorrência
desleal e causando um enorme prejuízo para o consumidor.

Basta de fraudes nos combustíveis!


Por isso, o Combustível Legal.

Lançado nacionalmente em novembro de 2016 pelo Sindicom e apoiado por nomes for-
tes no mercado, como Fiesp, Fecombustíveis, Sincopetro, Regran, IBP, ETCO, OAB, Brasilcom
e Unica, o Combustível Legal é um conjunto de iniciativas que visa promover uma ampla
discussão com a sociedade, governo, judiciário e legisladores sobre as atividades ilícitas no
setor de combustível e sugerir e apoiar medidas visando mitigar este conjunto de fraudes.

87
COMBUSTÍVEIS

O COMBUSTÍVEL LEGAL DEFENDE E APOIA A:


1) Validade dos regimes especiais de tributação e de fiscalização, fundamentais
para estancar as perdas tributárias, fruto da inadimplência reiterada e impagá-
vel, geradas pelos devedores contumazes.
2) Apresentação e aprovação de um PL (Projeto de Lei), visando regulamentar o
Art. 146-A da Constituição Federal, pacificando e caracterizando o entendimen-
to da figura do devedor contumaz, diferenciando-o do devedor eventual de
tributos, que, via de regra, tem a intenção de pagar (dificuldades temporárias).
Diferentemente do devedor contumaz, que usa do não pagamento sistemático
e reiterado dos tributos como modelo de negócio.
3) Simplificação da legislação do ICMS sobre os combustíveis, estabelecendo alí-
quotas uniformes entre os estados, visando mitigar as fraudes tributárias nas
vendas interestaduais.
4) Atualização e simplificação da legislação sobre as correntes de derivados de pe-
tróleo, solventes e, em especial, do metanol, seja no âmbito regulatório (ANP
– Agência Nacional do Petróleo), seja no âmbito dos procedimentos de impor-
tação e internação destes produtos, cuja competência é do setor aduaneiro da
SRFB. Isto se torna necessário, face ao novo cenário que se vislumbra para o se-
tor, com um aumento expressivo de importações de combustíveis.
5) Concentração da tributação dos combustíveis no primeiro elo da cadeia, ou seja,
na produção e na importação. Estes são os elos mais sólidos e perenes, que pos-
suem ativos compatíveis com os compromissos tributários de alta monta, como
é o caso dos combustíveis. As procuradorias federais e estaduais se deparam
com grandes montantes em dívida ativa que estão fora do elo primário da ca-
deia e têm se mostrado irrecuperáveis ao final de um longo processo adminis-
trativo e judicial.
6) Aprovação de uma legislação que possibilite a suspensão e cassação da inscrição
(Dados do Facebook e Twitter colhidos entre
estadual do agente que frauda o produto (adulteração com dolo comprovado) novembro de 2016 e junho de 2017.
e/ou fraudes volumétricas, popularmente conhecida como “bomba baixa”. Práti- Dados do site colhidos entre novembro de
2016 e janeiro de 2017.)
cas extremamente danosas para o consumidor.
7) Equiparação das alíquotas de tributos federais e estaduais das correntes
(ex.: naftas), e dos solventes compatíveis com a produção de gasolina,
estabelecendo-se mecanismos de créditos que possibilitem não onerar
os demais setores que usam estes produtos como insumos. A destinação
indevida destes produtos, ou seja, vendidos como gasolina, provoca so-
negação de tributos, prejudica os motores, além de estabelecerem con-
corrência desleal, prejudicando sobremaneira a maioria dos agentes que
operam dentro da legalidade.
8) Criação de forças-tarefas permanentes nos estados, reunindo os diversos ór-
gãos de fiscalização no combate sistemático à sonegação, adulteração e frau-
des volumétricas nas bombas (ANP, Sefaz, Ministério Público, Procon, IPEM,
Polícias etc.).

O Combustível Legal reforça a importância de um ambiente de negócios ético e


leal, no qual todos paguem os tributos devidos e seja estimulada uma concorrência
saudável, em que o grande beneficiado é o consumidor.

Combustível Legal. Todo mundo sai ganhando. O Brasil agradece!

88
LUBRIFICANTES
89
LUBRIFICANTES

MERCADO NACIONAL

G
raças à gradual migração da que são utilizados em carros, motos, máqui-
comercialização de lubrifican- nas agrícolas e transporte de pessoas, além
tes que contam com óleos dos lubrificantes empregados na indústria,
básicos do grupo I em suas especialmente em navios e aviões.
fórmulas para produtos de última geração, Em 2016, após ter experimentado uma
baseados nos óleos dos grupos II ou III, os fase de crescimento entre 2010 e 2013, o
consumidores brasileiros têm experimen- mercado de lubrificantes regrediu 5,8%,
tado benefícios – já verificados em diversos com as vendas totais de lubrificantes cain-
mercados – que só podem ser alcançados do para um patamar de 1,32 bilhão de litros,
quando estão à disposição produtos mais computados lubrificantes totais e graxas.
sofisticados e de menor viscosidade. Por trás da retração do mercado de lu-
Se em termos de tecnologia voltada ao brificantes esteve a expressiva redução da
mercado os avanços se sucedem, a legislação atividade econômica ao longo de 2016, com
ambiental brasileira também faz a sua parte a consequente diminuição do número de li-
apresentando um maior rigor no que diz res- cenciamentos de veículos leves e pesados.
peito às emissões de gases como o CO2, que Essa queda foi, respectivamente, de 19,8%
agridem o meio ambiente. Vale ressaltar que e 30,2% em relação às licenças emitidas em
produtos de melhor qualidade e maior efici- 2015, de acordo com a Associação Nacional
ência são menos danosos neste sentido. dos Fabricantes de Veículos Automotores
Movimentando anualmente mais de (Anfavea), refletindo o menor crescimento
R$ 20 bilhões, o segmento de lubrificantes da frota nacional nos últimos anos. Outro
conta com quase 10 mil produtos registra- fator a influenciar a contração da demanda
dos e comercializados no Brasil, sendo pos- por lubrificantes foi o forte recuo do setor
sível destacar a presença no dia a dia dos industrial, de 6,6% em 2016.

90
LUBRIFICANTES

91
LUBRIFICANTES

ASSOCIADAS
Nove entre as 12 empresas associadas atu-
am na produção e distribuição de lubrifican-
tes, sendo duas delas de grande presença
nacional e sete representantes de marcas
de alcance mundial.
Em 2016, a comercialização de lubri-
ficantes pelas filiadas totalizou o volume
de 1.133,8 mil m³, correspondente a uma
redução de 5% em relação a 2015, porém,
no quarto trimestre os volumes foram su-
periores ao do mesmo período de 2015.
Após termos crescentes volumes comercia-
lizados entre 2010 e 2013, é o terceiro ano
consecutivo de queda nas vendas, após
quedas de 2,6% e 5,6% em 2014 e 2015,
respectivamente.
Acompanhando a evolução do PIB
brasileiro de 2011 a 2016 é possível verificar
como a venda de lubrificantes, graxas e ou-
tros óleos é aderente à performance da eco-
nomia brasileira. Neste período, o consumo
destes produtos pelas filiadas registrou uma
queda média de 0,7% ao ano, enquanto o
PIB decresceu 0,4% na média anual.
Pelo gráfico 5, verifica-se que o com-
portamento do PIB e a venda de lubrifican-
tes coincidem, exceto pelo ano de 2014, em
que o consumo de lubrificantes caiu e o PIB
teve leve alta.

92
LUBRIFICANTES

Na análise do resultado total, a linha


automotiva aumentou ainda mais a sua re-
presentatividade já majoritária nas vendas
efetuadas pelas associadas, passando de
A análise segmentada do mercado das associadas revela que as linhas de lubrificantes 68,3% para 70,2%. Em consequência, a linha
automotiva e industrial, as quais representam cerca de 94% do total de lubrificantes co- industrial teve sua participação reduzida de
mercializados, registraram, em 2016, quedas de 2,3% e 12,1%, respectivamente. 25,2% para 23,4%.

07. PARTICIPAÇÃO POR SEGMENTO


Fonte: Sindicom

LUBRIFICANTES
AUTOMOTIVOS
A queda na produção de 18,3% e 11,9%,
respectivamente nas categorias de veículos
pesados e de automóveis, segundo a Anfa-
vea, também contribuíram para a forte que-
da dos lubrificantes automotivos.
No entanto, a categoria mais impacta-
da em 2016 foi a de motocicletas, com uma
retração de 29,7% (Abraciclo). As vendas do
setor sofreram fortemente com a elevação
do desemprego e queda do rendimento
médio da população brasileira.
Somado a isto, outro fator que deve ser
considerado é a ampliação do intervalo de
troca dos lubrificantes automotivos, seja em
função da tendência de utilização de produ-
tos com maior tecnologia e menor consumo
ou mesmo por eventual decisão do próprio
consumidor em atrasar o ciclo de troca, por
razões econômicas.

93
LUBRIFICANTES

LUBRIFICANTES INDUSTRIAIS SEGMENTO


A produção industrial brasileira registrou tando ao patamar de 2004. Nesse sentido, a REVENDEDOR
forte redução de 6,6% (IBGE). A maior par- produção de 60,5 mil caminhões, em 2016, A venda de lubrificantes a este segmento,
te dos setores industriais mostrou números regrediu ao nível alcançado no ano de 1997. em 2016, registrou uma queda de 1,9%,
menores em relação aos registrados em Como consequência, as vendas de lu- voltando ao patamar de 2011, significa-
2014, tendo sido a indústria automotiva a brificantes realizadas em 2016 para a indús- tivamente menor do que a contração de
principal impactada, com retração de 11,4% tria pelas associadas somaram 265 mil m³, aproximadamente 8% no consumo de
(IBGE). Segundo estatísticas da Anfavea, a com uma redução de 12,1% sobre o volume combustíveis claros. Com isto, a relação en-
produção total de autoveículos, depois de de 2015, diante de um cenário de forte re- tre lubrificantes e combustíveis no mercado
alcançar a marca recorde de 3,7 milhões em tração do setor industrial. revendedor subiu em 2016, com um resul-
2013, em 2016 caiu para 2,2 milhões, vol- tado de 1,14%, voltando a se aproximar da
média histórica de 1,2%.
Tal resultado pode ser explicado por
alguns fatores, entre os quais se destacam:
• Menor licenciamento de veículos, menor
utilização da frota automotiva comercial,
maior intervalo de troca pela tendência de
lubrificantes com tecnologia mais avança-
da e menor consumo, como já destacado
anteriormente;
• Eventual decisão do consumidor em as-
sumir riscos e atrasar por conta própria o
intervalo de troca do óleo lubrificante, fle-
xibilidade esta que não é viável no caso dos
combustíveis.

94
LUBRIFICANTES

ANÁLISE POR
REGIÃO
A análise da demanda de lubrificantes por
área geográfica mostra que, em 2016, as
vendas caíram em todas as regiões em rela-
ção ao ano anterior. A menor retração foi na
região Sul (-1,5%). As regiões Sudeste e Cen-
tro-Oeste tiveram quedas em torno da mé-
dia Brasil. As maiores quedas na região Nor-
te (-7,6%) e Nordeste (-10,3%) mostram ter
havido diferenças de comportamento dos
mercados regionais no período sob análise.
As regiões Sudeste e Sul, que concen-
tram aproximadamente 69% do consumo
nacional de lubrificantes, foram as regiões
com as menores reduções nas vendas em
2016, e assim experimentam um pequeno
aumento na sua participação relativa na de-
manda nacional de lubrificantes.
As vendas de lubrificantes automoti-
vos realizadas pelas associadas tiveram que-
da em todas as regiões em 2016. No entan-
to, as quedas mais acentuadas ocorreram
nas regiões Nordeste, Norte, e Centro-Oes-
te, na ordem de 4,1%, 6% e 3,6%, respecti-
vamente. Esse resultado foi motivado, prin-
cipalmente, pela forte redução na produção
agrícola dessas regiões, afetadas por condi-
ções climáticas bastante adversas. No caso
das regiões Norte e Nordeste, a situação foi
agravada em razão do menor consumo das
termelétricas, que tiveram suas operações
reduzidas de forma significativa.
A região Sudeste, embora tenha apre-
sentado um consumo inferior àquele obser-
vado em 2015, registrou uma menor con-
tração nas vendas (-2,1%). Já a região Sul,
diferentemente das demais, logrou alcançar
um tênue crescimento (+0,9%). Nesse senti-
do, vale considerar o fato de que essas duas
áreas geográficas foram beneficiadas por
um clima mais ameno, que resultou em uma
queda menos acentuada da safra agrícola,
além de terem sido beneficiadas por uma
menor redução na atividade de licencia-
mentos de veículos.

95
LUBRIFICANTES

96
LUBRIFICANTES

N
a linha de lubrificantes indus-
triais, os efeitos nefastos da
menor atividade econômica,
como já comentado anterior-
mente, resultaram num menor volume
comercializado em 2016. As menores que-
das, ainda que expressivas, aconteceram
nas regiões Sudeste (-8,8%), Sul (-10,3%)
e Centro-Oeste (-11,3%). As maiores con-
trações de consumo ocorreram na região
Norte (-15,2%) e, principalmente, na região
Nordeste (-28,1%), onde foi registrada uma
redução volumétrica bastante significati-
va. Cumpre ressaltar que em 2015 a região
Nordeste foi a única que ainda apresentou
crescimento, que, no entanto, não teve con-
tinuidade em 2016.

97
LUBRIFICANTES

ÓLEO LUBRIFICANTE
USADO OU CONTAMINADO
(OLUC)

O
s 431,2 milhões de litros de óleos lubrificantes usados ou contaminados,
Oluc coletados em 2016 cor- processo este que precisa ser cumprido inte-
respondem a 39,7% do total de gralmente para evitar situações como quei-
1,2 bilhão de litros de lubrifi- ma sem controle de emissões, entre outros
cantes comercializados no ano no País, sen- destinos inadequados.
do excluídos dessa soma lubrificantes como O reconhecimento inequívoco dessa
óleos de processo, pulverização e de moto- tese é o crescente número de adesões por
res de dois tempos, entre outros, uma vez parte de fabricantes e importadores ao
que não geram resíduos após o consumo. Instituto Jogue Limpo, que já se tornou re-
O setor do rerrefino foi o destino ex- ferência na gestão da logística reversa das
clusivo dos resíduos recolhidos em pontos embalagens plásticas de lubrificantes.
como indústrias, postos e oficinas, tendo a O oferecimento de subsídios técni-
coleta sido contratada individualmente por cos é uma contribuição do Sindicom para
importadores e fabricantes de lubrificantes. as tratativas de um acordo setorial de lo-
Ao todo, 252,6 milhões de litros de óleos gística reversa do Oluc, previsto pela Po-
básicos rerrefinados, equivalentes a cerca lítica Nacional de Resíduos Sólidos e que
de 60% do Oluc coletado, foram produzidos começa a ser discutido entre o Ministério
com o objetivo de dar início a novo ciclo de do Meio Ambiente e agentes do setor de
vida ao Olac (Óleo Lubrificante Acabado). lubrificantes, com base na proposta pro-
É importante destacar que, entre ações tocolada pelos fabricantes e importadores
colocadas em prática em nível nacional em dezembro último.
com a finalidade de assegurar a proteção O acordo é o segundo a ser celebra-
ambiental, a profissionalização da logística do dentro do setor e segue os moldes do
reversa do Oluc é de fundamental impor- pioneiro, que, assinado em 2012, teve
tância. Para importadores e produtores é como foco a logística reversa de emba-
imperativo contar com um modelo de ges- lagens plásticas e se baseou no modelo
tão que responda de forma efetiva aos cres- operacional que norteia as ações do Insti-
centes desafios associados a uma correta e tuto Jogue Limpo.
ambientalmente responsável destinação de

98
LUBRIFICANTES

INSTITUTO
JOGUE LIMPO
PEVs – Uma nova modelagem para avançar

D
esde sua fundação, em 2005, até abril de 2017, o sis- nelada de embalagens foi destinada através destes PEVs, ou seja,
tema de logística reversa de lubrificantes Jogue Lim- acabou por ter um destino ambientalmente correto.
po encaminhou para reciclagem mais de 560 milhões Para Ezio Antunes, diretor do Instituto Jogue Limpo, esta mo-
de embalagens plásticas de óleo lubrificante usadas. delagem dos PEVs é a melhor forma de integrar todos da cadeia de
Só em 2016 foram mais de 89 milhões de embalagens, o equiva- venda de óleos lubrificantes dentro da responsabilidade compar-
lente a, aproximadamente, 4.450 toneladas. O sistema atualmen- tilhada na logística reversa, estabelecida na Lei 12.305, de 2010.
te é mantido por 26 fabricantes de óleos lubrificantes associados, “Se todos fazem um pouco, o resultado será muito mais significati-
que, juntos, representam mais de 91% do mercado. vo e bem melhor para o meio ambiente. Não temos dúvida de que
O Jogue Limpo completa 11 anos de atividades presente nas este modelo veio para ficar. Maceió está sendo líder no momento,
regiões Sul, Sudeste e Nordeste, com estrutura formada por 60 ca- mas com o apoio dos principais varejistas do país, do Ministério
minhões e 19 centrais de recebimento de embalagens, de onde do Meio Ambiente e de outros órgãos ambientais estaduais e mu-
o plástico segue para indústrias recicladoras. São cobertos 4.213 nicipais, logo muitas outras cidades estarão tendo nos PEVs sua
municípios, que representam 100% das cidades dos 14 estados principal forma de dar um destino ambientalmente correto às em-
atendidos mais o Distrito Federal, com aproximadamente 40 mil balagens plásticas de óleo lubrificante usadas”, destaca.
pontos geradores cadastrados sendo visitados regularmente, em O Jogue Limpo é referência nacional em sustentabilidade,
alinhamento com as metas estabelecidas. tendo sido a base do primeiro acordo setorial de logística reversa
Ao longo de todo o ano de 2016, o Jogue Limpo trabalhou da Política Nacional de Resíduos Sólidos, firmado em 2012 entre
intensamente na busca por melhorias na sua operação. Uma im- o segmento de lubrificantes e o Ministério do Meio Ambiente. O
portante ação foi a instalação dos quatro primeiros PEVs, em um Instituto pauta sua atuação na busca pela participação de todos
“projeto piloto” em Maceió-AL no mês de outubro. A nova mode- os agentes da cadeia de comercialização nessa logística, para que
lagem para o recebimento das embalagens de lubrificantes é um seja efetivado, como prevê a legislação, o princípio da responsabi-
trabalho conjunto da SEMARH de Alagoas, do Instituto do Meio lidade compartilhada no ciclo de vida dos produtos.
Ambiente – IMA, da Associação de Supermercados e Atacadistas Frente aos desafios presentes na atividade, Ezio Antunes
e da SEMPMA – Secretaria de Meio Ambiente do município de confirma que a meta do Instituto é que na expansão do sistema
Maceió. A iniciativa objetiva o aprimoramento da logística reversa para as regiões Centro-Oeste e Norte e para os estados do Mara-
de embalagens de lubrificantes usadas e espera um engajamento nhão e Piauí, que deve ocorrer a partir deste ano, já estejam pre-
maior do varejo, notadamente dos pequenos geradores (oficinas, sentes diferentes modelagens de recebimento das embalagens,
trocas de óleo e outros). Nos primeiros seis meses, quase 1,5 to- em vez do único atualmente vigente, de coleta porta a porta.

99
CONVENIÊNCIA

CONVENIÊNCIA
101
CONVENIÊNCIA

INTRODUÇÃO À ANÁLISE DA

CONVENIÊNCIA
A
partir de 2013, nesse Anuário, os dados de lojas de conveniência e das res- A metodologia utilizada pela Nielsen
pectivas categorias que compõem o mix de produtos do canal passaram a divide o Brasil em áreas de atuação. Com
ser fornecidos pela Nielsen, já parceira do setor no fornecimento de estu- isso, define em sete as áreas que analisa,
dos e pesquisas do varejo em geral. A análise das categorias pela Nielsen as quais representam 96% do potencial de
apresenta os principais fabricantes, marcas do mercado total de lojas por ranking e, consumo do país. São elas:
ainda, o TOP 10 de embalagens.
Área I: Ceará, Paraíba, Rio Grande do Nor-
Com o objetivo de enriquecer a análise do setor de conveniência e de municiar o
te, Pernambuco, Alagoas, Sergipe, Bahia,
mercado com informações mais específicas, o Anuário traz, também, a abertura dos da-
Maranhão e Piauí
dos de categorias das lojas das associadas (Ale, BR, Ipiranga e Raízen) por market share. As
associadas respondem por mais de 60% do canal e são líderes em faturamento. Área II: Minas Gerais, Espírito Santo e Esta-
do do Rio de Janeiro, excluindo os municí-
pios da área III
METODOLOGIA NIELSEN
Área III: Rio de Janeiro, Niterói, Nova Igua-
A Nielsen desenvolveu sua pesquisa nas lojas de conveniência no Brasil em 24 categorias çu, Duque de Caxias, Nilópolis, São Gonça-
de produtos. Nessa classificação, de acordo com a metodologia de Retail Index utilizada lo e São João de Meriti
pela Nielsen, as lojas de conveniência são aquelas onde o consumidor escolhe os pro-
Área IV: São Paulo, Santo André, São Ber-
dutos sem a intermediação de um vendedor ou balconista e tem como características
nardo do Campo, São Caetano do Sul, Dia-
fundamentais a presença de check-out e a localização dentro de um posto de serviços.
dema, Mauá, Garulhos, Osasco, Embú e
De acordo com o levantamento anual da Nielsen, em sua área de atuação são
Taboão da Serra
7.655 estabelecimentos que operam em conformidade com esse conceito. Assim, estão
fora do estudo as lojas de Autosserviço de um a quatro check-outs, cinco a nove check- Área V: Interior do Estado de São Paulo,
-outs, dez a 19 check-outs, 20 a 49 check-outs, 50 ou mais check-outs, lojas tradicionais, excluindo os municípios da Área IV
bares e drogarias. Área VI: Paraná, Santa Catarina e Rio Gran-
O Retail Index é uma metodologia amostral que representa o universo varejista de do Sul
como um todo, contemplando os principais canais de compra, incluindo o canal conve-
Área VII: Mato Grosso do Sul, Goiás, Distri-
niência. Os dados são coletados por meio de inventário de lojas (store audit), realizado
to Federal e Mato Grosso
através de visitas regulares de pesquisadores Nielsen aos pontos de venda.
Expansão geográfica: Manaus e Belém

RR
AP

AM Manaus
PA Belém
MA CE RN
PI
PB
AC PE
TO AL
RO
MT I SE
BA
DF
GO II
VII MG
ES
MS VSP III
RJ
PR IV
Atual cobertura SC
VII
RS
102
CONVENIÊNCIA

ANÁLISE SETORIAL
GISELLE INNECCO VALDEVEZ CASTRO
(Sócia-Diretora da Valsa – Valdevez & Santiago Assessoria Empresarial Ltda.)

O
Brasil vem amargando as consequências de um cenário de crise econômica
sem precedentes e de tremendas turbulências políticas. Em 2016, o PIB en-
colheu 3,6% em relação a 2015 – e em dois anos (biênio 2015-2016) a eco-
nomia sofreu queda acumulada de 7,2%1. O país vive uma de suas piores
recessões, que impactou fortemente a renda dos brasileiros: a renda diminuiu, a inflação
continuou, o poder de compra despencou. O endividamento das famílias cresceu (23,6%
foi a parcela de famílias com dívidas ou contas atrasadas2), ao mesmo tempo que o de-
semprego aumentou, atingindo mais de 12 milhões de brasileiros no último trimestre de
20163. Assim, a redução do consumo foi bastante acentuada.
O varejo sofreu duros baques e encerrou 2016 com seu pior resultado desde 2001,
o início da série histórica: recuou 6,2%4. No ano, 108,7 mil lojas fecharam suas portas,
cerca de 7% a mais que em 20155. Segundo matéria de Economia do G1, a quantidade de
fechamentos foi liderada pelos ramos de hiper, supermercados, produtos alimentícios,
bebidas e fumo (-34,8 mil lojas). Na sequência, lojas de vestuário, calçados e acessórios
(-20,6 mil). Os setores de serviços, agropecuária e indústria também tiveram índices ne-
gativos (a produção industrial registrou queda de 6,6%6).
Apesar de todo esse quadro desanimador e condições altamente adversas, o seg-
mento de lojas de conveniência seguiu prosperando em 2016. A notícia é alvissareira,
afinal, no ano anterior, similarmente conturbado pela economia estagnada, o setor
também cresceu.
Em mares revoltos, a conveniência navegou firme e pode comemorar um aumento
de 10,8% em faturamento e de 8,8% em número de lojas das associadas (2016 vs. 2015).
Contando com todo o segmento, o resultado foi 6,2% maior em vendas, pois houve re-
dução na quantidade (-3,4%) e faturamento (-2,1%) de lojas de outras bandeiras e sem
bandeira. No ano, a inflação medida pelo IPCA foi de 6,29%.
O desempenho positivo e de crescimento das lojas das associadas reflete, em par-
te, o investimento que se tem aportado, tanto pela revenda quanto pelas distribuidoras
e pela indústria, para a expansão do canal e para o desenvolvimento de ofertas cada
vez mais adequadas ao consumidor moderno. Além disso, o foco das distribuidoras em
soluções logísticas, tecnologia, eficiência operacional, equipamentos e treinamento con-
tribuiu para os resultados satisfatórios. Outras ações que ajudaram no atingimento de
metas de vendas foram as campanhas promocionais e de incentivo implementadas pelas
redes franqueadas em conjunto com parceiros comerciais.
A proposta da conveniência se adequa cada vez mais às necessidades do consumi-
dor que procura praticidade e rapidez em sua rotina, tentando resolver suas demandas
em uma única parada. Qualidade de produtos, gentileza no atendimento, conforto e se-
gurança nas instalações representam outras características valorizadas pelo cliente, que
tende a ser fiel ao canal.
Não é por acaso que, no Brasil, vem ocorrendo um movimento de expansão de for-
matos de conveniência em lojas fora de postos de serviços. A concorrência está se tornan-
do cada vez mais acirrada. Redes de supermercados, cientes da busca do consumidor por
formas práticas e convenientes de fazer suas compras, têm desenvolvido, nos últimos anos,
suas versões de “mercados de proximidade”, oferecendo produtos para compras menores, $
$
de reposição e emergência, e também de food service. Carrefour Express, Minuto Pão de
Açúcar, Hirota Food Express, Minimercado Extra etc. têm planos ousados de expansão.
4. Site Folha de São Paulo, 14/02/2017 – “Varejo brasileiro recua 6,2% em 2016, e tem pior
1. Site Valor Econômico, 07/03/2017 – “PIB do Brasil cai 7,2% em dois anos, pior recessão desde 1948” resultado desde 2001”
2. Site G1 Economia – “Número de famílias que permaneceu inadimplente em 2016 subiu 25,2%, diz CNC” 5. Site G1 Economia, 13/02/2017 – “Varejo perde 108,7 mil pontos de venda em 2016”
3. Site G1 Economia, 31/01/2017 – “Desemprego fica em 12% no 4º trimestre de 2016 e atinge 12,3 milhões” 6. Site Valor Econômico, 01/02/2017 – “Produção industrial encerra 2016 com queda de 6,6%” 103
CONVENIÊNCIA

Portanto, vale mencionar que, em


decorrência do aumento do número de
players no negócio de conveniência, o foco
na qualidade da oferta e da operação se
torna ainda mais importante – desde as-
pectos simples, como limpeza e cordialida- ALGUMAS REFLEXÕES E TENDÊNCIAS
de, até a implementação de gerenciamen- »» Especialistas em comportamento estão aprofundando seus estudos,
to por categorias e de controles frequentes encomendados tanto pela indústria quanto pelo varejo (além de outros
de inventário. Hoje, não basta operar fa- setores!), em relação às gerações Millennials (Geração Y) e Centennials
zendo o básico – é preciso se destacar para (Geração Z). Ambas carregam características de consumo bastante pecu-
obter a simpatia e fidelidade do cliente. liares e formas diferentes de enxergar o mundo: seja em estilo de vida, re-
As associadas têm trabalhado com lacionamentos, atitudes, fatores ambientais, hábitos alimentares, relação
afinco para gerar o crescimento constante com marcas e propaganda, formas de lidar com suas economias, uso da
de suas redes – em faturamento e em pon- tecnologia etc. São essas duas gerações, que englobam os nascidos desde
tos de vendas –, proporcionando suporte o início dos anos 1980 para cá, que representam (e representarão) os prin-
adequado a seus franqueados, eficiência cipais consumidores do canal. Entendê-los, saber suas formas de pensar
em operações, qualidade de produtos, con- e buscar soluções para suas necessidades é ponto crucial para progredir.
sistência de suas ofertas, apoio logístico,
»» Os formatos de “mercados de proximidade” (ou “de vizinhança”) conti-
inovações, modernização de equipamen-
nuarão em expansão e novas redes de outros segmentos possivelmente
tos e layouts, capacitação e programas mo-
integrarão o mercado, intensificando a concorrência.
tivacionais, entre outros aspectos.
»» Holofotes da conveniência permanecem voltados para o food service. No
Brasil, ele é um dos setores de maior crescimento dentro do grupo de ali-
HIGHLIGHTS DO MERCADO
mentação e bebidas, apesar de também impactado pela recessão eco-
DE LOJAS DE CONVENIÊNCIA
nômica. A busca por soluções práticas para refeições/lanches fora do lar,
EM 2016
facilitando a rotina corrida, continua fazendo parte da realidade do con-
O segmento de conveniência em postos
sumidor. Um food service competente representa vantagem competitiva.
de serviços teve faturamento de R$ 7,2 bi-
lhões, com crescimento de 6,2% em 2016. »» As soluções em logística e qualidade na oferta de alimentos são prioridade
O grupo das lojas das associadas faturou para as redes do mercado de conveniência, visando eficiência operacional,
R$ 4,8 bilhões, um resultado 10,8% maior consistência do cardápio de food service, estoque adequado, níveis reduzi-
do que o ano anterior, representando 67% dos de armazenagem e, não menos importante, segurança alimentar.
de share. Já as lojas de outras bandeiras e »» A oferta de alimentos saudáveis e frescos permanecerá em alta. O consu-
sem bandeira recuaram 2,1% em vendas. midor está cada vez mais atento aos cuidados com a saúde e bem-estar.
Houve um aumento de quase 4% no A alimentação saudável é reflexo disso.
número de lojas: o canal alcançou 7.655
»» O uso da tecnologia em lojas (físicas ou online) para customização de
pontos de vendas. O incremento foi ala-
itens para consumo vem sendo cada vez mais comum no varejo brasilei-
vancado pela expansão de lojas das asso-
ro. Ofertas de alimentos made to order tendem a crescer.
ciadas em 8,8% (289 novas lojas), totalizan-
do 4.798. O conjunto das lojas de outras »» Com menos dinheiro no bolso, o consumidor procura condições mais
bandeiras e sem bandeiras, contudo, en- vantajosas para compras, como promoções, combos, ações de cross mer-
colheu (-3,4%, com menos 100 lojas). chandising, programas de fidelidade etc.
A venda média por loja também au- »» O cuidado com a precificação se faz ainda mais importante em tempos
mentou (5,3%), atingindo R$ 96.446. Entre de crise – preços altos assustam e afastam o cliente; preços muito baixos
as associadas, o faturamento médio foi de podem afetar a rentabilidade do negócio.
R$ 112.346, 61% mais elevado do que o
»» Atenção com as categorias geradoras de tráfego, especialmente com o ge-
das lojas de outras bandeiras e sem ban-
renciamento do mix (oferecer o que o cliente procura), estoques bem di-
deira (R$ 69.744, 1,3% maior que em 2015).
mensionados, preços adequados. O mesmo deve acontecer com as catego-
O ticket médio do segmento foi de R$
rias de impulso, que aumentam a cesta de compras e o ticket médio da loja.
11,91 em 2016 (7,3% maior vs. 2015). O nú-
mero de transações também cresceu (3,3%). »» Excelência em atendimento e foco no cliente são prioridades atemporais
para qualquer varejista, seja qual for o ramo de negócios. Estas reflexões
propositalmente começaram e terminaram com o consumidor – afinal,
sem ele o negócio não sobrevive!

104
CONVENIÊNCIA

105
CONVENIÊNCIA

1. As 7.655 lojas aqui representadas refletem as áreas de atruação da Nielsen (vide Metodologia)

106
CONVENIÊNCIA

107
CONVENIÊNCIA

ANÁLISE DAS CATEGORIAS


GISELLE INNECCO VALDEVEZ CASTRO
(Sócia-Diretora da Valsa – Valdevez & Santiago Assessoria Empresarial Ltda.)

C
onsiderações iniciais:
Para analisar o mercado brasileiro de conveniência em 2016, examinamos, nes-
te Anuário, a performance das principais categorias de produtos do canal, que,
somadas, representam mais de 90% do faturamento das lojas: Tabacaria, Bebi-
das Não-Alcoólicas, Cervejas, Bomboniere, Sorvetes, Snacks e Biscoitos, Bebidas Destiladas
e Food Service.
Como fontes de dados, apresentamos os resultados das lojas das bandeiras associadas
(Ale, BR, Ipiranga e Raízen), o levantamento feito pela Nielsen no “Mercado Total” de lojas
de conveniência e informações de matérias e pesquisas publicadas, para uma reflexão mais
abrangente sobre o mercado nacional.
Cumpre destacar que a avaliação da categoria Food Service, pela complexidade de
aferição de seus dados, diversidade de ofertas/cardápios e características tão específicas,
foi efetuada separadamente das demais categorias e consta apenas na análise das associa-
das, cujos resultados de vendas são extraídos diretamente dos sistemas das lojas. Ainda em
2016, houve alteração na metodologia de cálculo da categoria – assim, não será possível sua
comparação com os números de anos anteriores.
O presente estudo permite importante reflexão sobre as categorias que compõem o
segmento de conveniência, dando tanto ao varejista quanto à indústria uma visão relevante
do canal e embasamento para suas tomadas de decisões e elaboração de estratégias. Além
disso, sugerimos que os indicadores deste Anuário sejam utilizados como referência para os
gestores do canal no acompanhamento dos resultados de seus negócios.

108
CONVENIÊNCIA

TABACARIA
“A indústria mundial do tabaco impacta economicamente mais de 200 países, sendo altamente re-
levante para milhões de pessoas envolvidas direta ou indiretamente na sua complexa cadeia produtiva.
O mercado de tabaco tem importantes papéis socioeconômicos nestes países. O processo de industriali-
zação e o plantio do tabaco, por exemplo, geram milhões de postos de trabalho e estimulam as exporta-
ções. Países que integram esta parte do processo produtivo também veem na distribuição de produtos
uma importante fonte de renda e de geração de empregos. Em todos estes países, o mercado de tabaco
ainda possui grande relevância em termos fiscais. Na maior parte deles, os tributos que incidem sobre
os produtos fumígenos são uma das principais – senão a principal – fontes de arrecadação tributária de
seus governos.”

Fonte: Site Souza Cruz

A
Tabacaria mantém sua posi- veniência do mercado total pesquisado
ção de categoria nº1 em gera- pela Nielsen. A participação foi de 40,4%
ção de tráfego e participação nas lojas das associadas. Em ambos os le-
nas vendas das lojas de con- vantamentos, a categoria aumentou sua
veniência. Os fumantes representam ex- participação.
pressiva parcela de consumidores no canal, Não houve queda de volume de ven-
com alta frequência de visitas. Vale men- das de cigarros no canal. O faturamento
cionar que mais de 60% dos consumidores cresceu devido ao aumento de preços so-
que compram cigarros também compram frido pela categoria em função de aumen-
produtos de outras categorias, tais como to de impostos, tanto em âmbito federal
Bomboniere e Food Service. quanto estadual.
Ainda como oportunidade de aumen- Entre os fabricantes, a Souza Cruz man-
to de vendas, pesquisas sobre intenção de teve seu primeiro lugar, com 65% de share,
compra apontam que 20% dos clientes fu- seguida pela Philip Morris, com 29,6%. A JTI
mantes consomem menos do que preten- ganhou mercado e o terceiro lugar, com
diam ao entrar na loja. 2,8% de share nas associadas. Este ranking
Assim, a presença constante do cliente foi o mesmo no Mercado Total Nielsen.
ao canal, a sua predisposição para o consu- Apesar da forte característica do fu-
mo e a capacidade de estimular e aumentar mante de ser fiel à marca que fuma, de-
as vendas de outras categorias são algumas vido à recessão econômica e à queda no
das razões pelas quais o varejista da con- poder de compra do brasileiro, houve um
veniência precisa trabalhar a Tabacaria movimento de mudança, com a migração
com muito cuidado e dedicação. A gestão do consumo para marcas mais baratas. O
da categoria requer atenção aos estoques downtrading, que também ocorreu em
(seguramente abastecidos de acordo com outras categorias em diversos setores no
a demanda), atendimento diferenciado ao país, atingiu a categoria Tabaco na conve-
cliente leal, respeito irrestrito às normas e niência e pode ser notado nas participa-
recomendações comerciais da categoria. ções das marcas de cigarros.
Em 2016, a categoria contribuiu com Minister, marca que em 2015 ocu-
40,5% do faturamento das lojas de con- pava a oitava posição no ranking do mer-

109
CONVENIÊNCIA

cado total e a nona nas associadas, passou


para a quinta colocação em 2016 em ambos
os levantamentos. Nota-se também o ganho
de share da marca Camel, que passou da 16ª
para a 10ª posição. A liderança do ranking
permaneceu a mesma, com Marlboro, segui-
do de Dunhill, Free e Hollywood, porém com
participações menores em contribuição nas
vendas do segundo ao quarto lugares.
É fato que tanto a indústria quanto o
varejo vêm enfrentando grandes desafios
com relação ao cigarro. Além das restrições
de propaganda e regras rígidas quanto à
exposição de marcas e produtos, do aumento
de impostos, da divulgação necessária dos
malefícios causados pelo cigarro, da queda
no número de fumantes, o mercado legal
de tabaco é impactado fortemente por
graves problemas como contrabando e
falsificação. Os números são cada vez mais
alarmantes. A estimativa de que cerca de
30% do mercado brasileiro de cigarros era
representado por produtos que entraram
no país de forma ilegal subiu considerável
e assustadoramente. Notícia publicada no
blog do jornalista Lauro Jardim, no site do
jornal O Globo, em 28 de maio de 2017,
afirma que “o volume de cigarros contra-
bandeados alcançou 44% do total do mer-
cado, de acordo com a mais recente pes-
quisa do Ibope”.
O Fórum Nacional de Combate à Pira-
taria (FNCP) aponta que, em 2015, o preju-
ízo causado ao Brasil por crimes de contra-
bando e descaminho foi de R$ 115 bilhões
– 67,44% dos produtos de entrada ilegal
eram cigarros. De acordo com o Instituto
de Desenvolvimento Econômico e Social
de Fronteiras (Idesf ), R$ 4,9 bilhões em im-
postos deixaram de ser recolhidos1. As con-
sequências afetam não só a economia, mas
também a sociedade em geral.

110 1. Fonte: Site Souza Cruz


CONVENIÊNCIA

111
CONVENIÊNCIA

BEBIDAS
NÃO ALCOÓLICAS
“O consumo de açúcar vem sendo amplamente discutido por vários segmentos da sociedade. E a Coca-Cola Brasil
não poderia ficar de fora dessa discussão. Pelo contrário. A companhia se esforça cada vez mais para estimular
uma dieta equilibrada e ajudar o consumidor a fazer escolhas conscientes – oferecendo muitas opções de bebidas
e informações transparentes. O portfólio traz uma variedade de mais de 150 produtos, entre refrigerantes, chás e
sucos, mas a liberdade de escolha do consumidor vai ainda mais longe. É possível, inclusive, desfrutar sabores já
consagrados com redução de calorias. (...) Nos últimos três anos, 40 bebidas já foram modificadas, incluindo as li-
nhas Del Valle Néctar, Del Valle Frut e guaranás regionais, que tiveram seu teor de açúcar reduzido. Agora, chegam
às prateleiras novas receitas de Fanta Uva e Fanta Laranja, com 25% menos açúcar do que a média do mercado.” 1

Fonte: Site Coca-Cola Brasil, maio 2017

B
ebidas Não Alcoólicas represen-
tam, para o canal de lojas de con-
veniência, uma categoria destino
e geradora de tráfego, com alta
frequência de compras. O consumidor vai ao
ponto de vendas sabendo que lá encontra o
produto certo, a um preço justo, para matar
a sua sede, refrescar-se e/ou hidratar-se.
Devido à abrangência de seu mix e
variedade de segmentos que a compõem,
é necessário dividir a categoria em subcate-
gorias para melhor estudo de seus resulta-
dos e elaboração de estratégias de vendas
e marketing. Assim, para esta análise, ela é
dividida em três grupos de subcategorias:
Refrigerantes (ou Bebidas Carbonatadas);
Águas, Sucos e Chás; e Energéticos, Isotôni-
cos e Guaranás Naturais.
Há alguns anos acompanhamos a
tendência global de queda no consumo de
açúcar e, consequentemente, de bebidas
carbonatadas. O mundo, principalmente
o grupo das novas gerações, embarca na
onda da saudabilidade, buscando produ-
tos com menos (ou nenhum) açúcar, mais
naturais, que façam bem à saúde, trazendo
benefícios como hidratação e nutrição. Ór-
gãos como a OMS e o Ministério da Saúde
investem em campanhas de redução de
açúcar, no combate à obesidade, diabetes e
cárie dentária. Matéria publicada em março
de 2017 no site Bem Estar do G1 informa,
logo no título: “Brasil quer reduzir em 30%

112 1. Site Coca-Cola Brasil, 17/05/2017 – “Como a Coca-Cola Brasil está trabalhando para reduzir o açúcar em seus produtos?”
CONVENIÊNCIA

o consumo de refrigerante e frear obesida- De acordo com reportagem da sessão


de até 2019. Ministério da Saúde divulgou Insights do site da Nielsen, de julho de 2016,
compromissos assumidos junto à ONU para “em um dos momentos mais desafiadores
combate à doença”.2 que o país enfrenta, muitos dos setores da
Da mesma forma, acompanhamos a economia nacional estão sendo impacta-
indústria se reformulando e se estruturan- dos, inclusive o da indústria de bebidas. O
do para atender às novas predisposições e cenário inflacionário e o maior custo de pro-
anseios do consumidor e do mercado. A The dução, tanto pela tributação das categorias
Coca-Cola Company, líder da categoria, por de bebidas quanto pela alta do dólar, reflete
exemplo, segundo afirmado por seu CEO diretamente no preço final dos produtos.”7
James Quincey, “está evoluindo para se tor- Em 2016, o comportamento de ra-
nar uma companhia de bebidas completa, cionalização do consumo em face da re-
reformulando sua estratégia de crescimen- cessão da economia impactou indústria e
to e seu modelo operacional para se alinhar varejo que envolvem a categoria. Houve
às mudanças no gosto e nos hábitos de retração nas compras, afetando o mercado
compra do consumidor”. 3 e hábitos de consumo, em geral. O consu-
Fato é que, apesar de todos os esforços midor brasileiro, com menos dinheiro no
de divulgação dos benefícios da redução da bolso, buscou formas de enfrentar a crise,
ingestão de açúcares e da alimentação sau- como, por exemplo, diversificando canais
dável, os reflexos da ampla diminuição do de compra para procurar melhores pre-
consumo são lentos e gradativos. Uma pes- ços, migrando para embalagens menores
quisa divulgada em julho de 2016 apontou ou de melhor custo-benefício, reduzindo
que, no Brasil, o refrigerante ocupa a sexta gastos fora de casa, optando pela troca de
colocação no rol dos 20 alimentos de maior produto e/ou marca etc.
consumo por adolescentes.4 No canal conveniência, Bebidas Não
Um estudo da Euromonitor Internatio- Alcoólicas contribuíram com 17,9% do fa-
nal, de janeiro de 2017, apontou que o Bra- turamento das lojas das associadas, 1 ponto
sil contribui com R$91 bilhões no mercado percentual a menos que em 2015. A distri-
global de bebidas não alcoólicas, e que até buição das participações das subcategorias
2021 será o terceiro mercado no mundo em dentro da categoria permaneceu pratica-
volume de vendas de refrigerantes.5 Ainda, mente a mesma: Refrigerantes com 41,6%;
conforme publicação no site da Revista Su- Águas, Sucos e Chás (ASCs) com 33,4%; e
per Varejo, “o volume global de vendas de Energéticos, Isotônicos e Guaranás Naturais
bebidas não alcoólicas aumentou 3% em (ENIGs) com 25%.
2016 no comparativo com 2015, conforme Já nas lojas do Mercado Total, a partici-
mostram dados divulgados pela empresa pação da categoria Bebidas Não Alcoólicas
de pesquisa Euromonitor International. Po- caiu meio ponto percentual em 2016, sendo
rém, o Brasil, que é o sexto maior mercado de 16,9%. Refrigerantes contribuíram com
do mundo em volume de vendas desse seg- 42,3% da categoria; Águas, Sucos e Chás
mento, ainda em reflexo do cenário de crise, com 34,1%; e Energéticos, Isotônicos e Gua-
vem sofrendo retração desde 2014”.6 ranás Naturais com 23,6%.

2. Site Bem Estar G1 Globo.com, 14/03/2017 – “Brasil quer reduzir em 30% o consumo de refrigerante e frear obesidade até 2019”
3. Site Coca-Cola Brasil, 12/05/2017 - ‘Seremos uma companhia de bebidas completa’, diz James Quincey, presidente da The Coca-Cola Company
4. Site Agência Brasil EBC, julho 2016 – “Refrigerante é sexto alimento mais consumido por adolescentes, mostra pesquisa”
5. Slide Share Euromonitor/o-mercado-de-bebidas-naoalcolicas-no-brasil-em-2016
6. Site Super Varejo, 02/02/2017 – “Refrigerantes recuam e bebidas saudáveis avançam no Brasil”
7. Site Nielsen, julho 2016 – “4 fatores essenciais que movem o mercado de bebidas” 113
CONVENIÊNCIA

REFRIGERANTES
“As oportunidades no setor de refrigerantes aumentam a cada dia para aquelas empresas que investem em produ-
tos naturais, inovação, sustentabilidade e entrega valor aos consumidores (…). As bebidas saudáveis ganham adep-
tos em todas as partes do mundo e seus benefícios podem estar contidos dentro de uma garrafa de água mineral ou
em uma garrafa de leite. E por que não em uma de refrigerante? Produtos naturais e os refrigerantes zero têm um
apelo positivo e podem contribuir para melhoria da imagem dessa categoria de bebidas junto aos consumidores.” 1

Fonte: Engarrafador Moderno, junho 2016

A
visão é otimista para o segmen- uma Coca-Cola”.4 A fórmula contém uma
to, que vem perdendo mercado mistura de açúcar (metade dos açúcares, na
nos últimos anos tanto global comparação com a versão regular da Coca-
como localmente. De acordo -Cola) e stevia, que vem a ser um adoçante
com dados da consultoria Kantar Worldpa- natural, feito a partir de uma planta.
nel, divulgados no site do DCI em abril de Ainda sobre a Coca-Cola, líder no nos-
2017, o volume de refrigerantes diminuiu so canal na categoria de Bebidas Não Alco-
1,7% em 2016 em relação ao ano anterior. ólicas e em Refrigerantes (74,5% de share
Em 2015, a queda foi de 14% comparado a entre os fabricantes nas lojas das associa-
2014.2 Uma pesquisa da Euromonitor, por das), “desde 1982, quando foi lançada no
sua vez, aponta que o setor teve queda de Brasil a Diet Coke – que fez história como a
5,3% em vendas no mercado brasileiro.3 primeira versão da bebida sem açúcar –, a
É fato que, além da crise econômica companhia oferece opções de bebidas sem
que desacelera o país, o discurso sobre o ingrediente. Em 1997 já chegou ao merca-
produtos e hábitos saudáveis contribui do brasileiro a Coca-Cola Light, e, em 2001,
para a queda no consumo de refrigeran- o guaraná Kuat Light. No Brasil, hoje estão
tes, uma vez que estes são associados a disponíveis versões sem adição de açúcar
problemas como a obesidade, diabetes e de Fanta Laranja, Sprite, Coca-Cola, Matte
cáries dentárias. Contudo, na tentativa de Leão, entre outros produtos.” 5
reverter o quadro de queda e a imagem Apesar da crescente perda de mercado
negativa, a indústria investe na busca de para produtos como chás, águas minerais e
fórmulas com redução de açúcar e ingre- sucos, dados divulgados pelo Ministério da
dientes naturais, com um posicionamento Saúde em julho de 2016 revelam que um
mais saudável e funcional. em cada cinco brasileiros consome refrige-
Não é à toa que, em 2016, uma nova rante diariamente.6 Ou seja, apesar da ten-
versão da Coca-Cola foi lançada: a Coca- dência mundial de queda no consumo, os
-Cola com Stevia e 50% menos açúcares. refrigerantes permanecem firmes no gosto
Segundo a gigante no setor de bebidas, “o de grande parte da população.
produto é parte do compromisso mundial Nas lojas de conveniência, a subcate-
da companhia de oferecer opções para goria Refrigerantes continua liderando o
quem quer reduzir o consumo de açúcar rol de ofertas de bebidas não alcoólicas não
sem precisar abrir mão do prazer de beber só em participação em vendas (41,6% de

1. Site Engarrafador Moderno, 29/06/2016 – “Em busca do paraíso perfeito”


2. Site DCI, 07/04/2017 – “Setor de refrigerante tem entraves” 4. Site Coca-Cola Brasil, 16/06/2016 – “Coca-Cola lança no Brasil versão com stevia e 50% menos açúcares”
3. Site Super Varejo, 02/02/2017 – “Refrigerantes recuam e bebidas 5. Site Coca-Cola Brasil, 17/05/2017 – “Como a Coca-Cola Brasil está trabalhando para reduzir o açúcar em seus produtos?”
114 saudáveis avançam no Brasil” 6. Site Bem Estar G1 Globo.com, 07/07/2016 – “Um em cada cinco brasileiros bebe refrigerante todo dia, diz pesquisa”

CONVENIÊNCIA

share na categoria, segundo dados das as-


sociadas), mas também em espaço de expo-
sição – o que está diretamente relacionado.
Nas lojas pesquisadas pela Nielsen,
que compõem o chamado Mercado Total,
o share de refrigerantes cresceu em 2016,
atingindo 42,3% de participação na catego-
ria de Bebidas Não Alcoólicas.
Entre as marcas de refrigerantes no
topo do ranking, as participações se manti-
veram praticamente as mesmas: Coca-Cola
(com cerca da metade do share), Guaraná An-
tarctica, Coca-Cola Zero, Fanta, Sprite e H2O!.
Os cinco produtos mais vendidos em
2016 foram Coca-Cola Pet 2L; Coca-Cola
Lata 350ml; Coca-Cola Pet 600ml; Guaraná
Antarctica Pet 2L e Coca-Cola Zero Pet 2L.

115
CONVENIÊNCIA

ÁGUAS, SUCOS E CHÁS


Uma pesquisa divulgada no ano passado pela Nielsen, que entrevistou 30 mil pessoas em 60 países,
mostra que os consumidores não só estão dispostos a comprar como até a pagar mais caro por alimen-
tos saudáveis. (…) Essa vontade de pagar mais caro fica maior quanto mais novo é o consumidor. 41%
da geração Z (menos de 20 anos) e 32% da geração Y (21-34) estão muito dispostos a pagar mais caro
por produtos que contenham ingredientes de origem sustentável, por exemplo, em comparação com
21% dos baby boomers (50-64). (…) No caso específico das bebidas, o que os dados sugerem é que o
consumidor está de fato substituindo o refrigerante pelo suco, chá ou água de coco.”1

Fonte: Site Época Negócios, junho 2016

C
om a crescente onda da sau- e Y. A oferta precisa atender a demanda do
dabilidade, fruto da divulgação cliente. A participação das subcategorias
contínua e massiva da impor- ASCs foi de 33,4% no mercado de lojas das
tância de hábitos e alimenta- associadas. Dentro do grupo, Águas ganha-
ção saudáveis e dos males causados pelo ram share – cerca de 2 pontos percentuais,
excesso de ingestão de açúcar, o mercado contra 2 perdidos por Sucos.
de águas, sucos e chás vem ganhando parti- Já no Mercado Total, a contribuição de
cipação cada vez maior. De acordo com da- Águas, Sucos e Chás foi de 34,1%. No grupo,
dos apresentados em recente pesquisa da Águas também cresceram 2 pontos percen-
Euromonitor International, enquanto, em tuais em share e Sucos perderam 2,6.
2016, os refrigerantes tiveram 5,3% de re-
tração nas vendas, as categorias de sucos e ÁGUAS
águas engarrafadas cresceram 2,5% e 5,1%, “O mercado de água engarrafada tem
respectivamente.2 crescido rapidamente nos últimos anos,
Querendo ganhar fatias ainda mais já que os brasileiros procuram adotar esti-
generosas desse mercado em ascensão, em los de vida mais saudáveis, buscando, por
2016, duas gigantes no setor de bebidas – exemplo, alternativas aos refrigerantes,
Coca-Cola e AmBev – anunciaram a compra que, aliás, estão se tornando parte de uma
de marcas que engordaram seus portfólios categoria estagnada. Entre 2010 e 2014, o
de bebidas não carbonatadas. Por US$ 575 mercado de refrigerantes chegou a decli-
milhões, a Coca-Cola e a Femsa compraram nar, com queda de 6% no consumo. Nes-
o negócio de bebidas à base de soja AdeS, se mesmo período, o consumo de água
da Unilever.3 A Coca-Cola também comprou engarrafada e sucos cresceu 35% e 45%,
a mineira Laticínios Verde Campo. A AmBev, respectivamente. Estima-se que, em 2015,
por sua vez, adquiriu a marca de sucos e o mercado de água mineral tenha atingido
chás embalados Do Bem. o valor de R$ 8,7 bilhões em vendas no va-
Segundo matéria publicada no jornal rejo, um crescimento em valor de 16% em
Valor Econômico, “Um estudo realizado pela relação ao ano anterior, de acordo com a
consultoria Nielsen indica que, desde 2015, plataforma Market Sizes, da Mintel.”5(Site
as categorias de água mineral, água de coco Mintel Brasil, março 2016).
e chá pronto para beber são as únicas de Um estudo da Euromonitor divulga-
bebidas não alcoólicas que se mantêm em do em fevereiro de 2017 aponta que, em
crescimento no país”.4 2016, águas engarrafadas tiveram taxa de
Nas geladeiras da conveniência, o crescimento de 5,1%.6 Segundo a Associa-
espaço para águas, sucos e chás gelados ção Brasileira da Indústria de Água Mineral,
tende a crescer, obedecendo a vontade do o Brasil é o quarto maior produtor de água
consumidor, especialmente das gerações Z mineral do planeta, com um crescimento

4. Valor Econômico, 11/07/2016 – “Na categoria sem álcool, expansão está em água de coco, chá e
1. Site Época Negócios, 01/06/2016 – “Por que a Coca-Cola comprou a AdeS” água mineral”
2. Supermercado Moderno, 01/02/2017 – “Vendas de bebidas saudáveis crescem mais que refrigerantes” 5. Site Mintel Brasil, 10/03/2016 – “Estilos de vida mais saudáveis impulsionam vendas de água engarrafada”
116 3. Valor Econômico, 01/06/2016 – “Coca-Cola e Femsa compram AdeS da Unilever por US$ 575 milhões” 6. Site Revista Super Varejo, 02/02/2017 – “Refrigerantes recuam e bebidas saudáveis avançam no Brasil”
CONVENIÊNCIA

de mercado de aproximadamente 14% ao trário de Da Pedra (da Fruki), que subiu da


ano desde 2010. E ainda há muita oportu- 8ª para a 6ª colocação.
nidade para expansão. Nas lojas do Mercado Total Nielsen, o
De olho no potencial desse mercado, ranking de fabricantes foi praticamente o
a indústria busca inovação e diversidade, mesmo. Já o comportamento das marcas
tanto na variedade de ofertas e sabores foi diferente, a partir da segunda colocação:
quanto nas embalagens. A Minalba, por Crystal na liderança, seguida de Indaiá, Mi-
exemplo, possui uma linha premium, com nalba, Bonafont, Imperatriz e Nestlé Aqua-
embalagem de vidro e tampas de alumínio, rel/Pureza Vital.
para manter o pH e os minerais da água.
Ainda, como curiosidade, a marca america- SUCOS
na Bling H2O, que trata a água várias vezes “A indústria de bebidas continua de olho no
antes de engarrafá-la, lança embalagens interesse dos brasileiros por produtos mais
em edições limitadas, às vezes enfeitadas saudáveis, apesar da perspectiva negativa
com cristais Swarovski, em valores entre para a economia. Uma pesquisa da Euro-
US$ 20 a US$ 65. monitor International estima que as vendas
“Esse tipo de diferenciação busca reais de refrigerantes e sucos com baixo teor
agradar a gama de consumidores de águas de açúcar crescerá 3,6% até 2020. A previ-
engarrafadas. No Brasil, os maiores consu- são de expansão é um pouco inferior ao
midores são as mulheres. As embalagens, registrado nos últimos cinco anos. No ano
então, são feitas de maneira mais atrativa e passado, o segmento movimentou US$ 1,4
os minerais são diferenciados entre si: cada bilhão no Brasil, um crescimento de 4,1%
água seria estritamente diferente e teria em comparação com 2010.”8 (Fonte: Jornal
uma ação diferente no corpo. Se busca, des- DCI, maio 2016).
sa maneira, ampliar o mercado. Enquanto o O mercado de sucos, assim como o das
brasileiro consome 90,3 litros de água, em águas e chás, atende a demanda por bebidas
média, por ano, o padrão europeu de con- saudáveis. Segundo definição, “sucos e nec-
sumo e 220L (sic). E é esse nível que se pre- tares são um tipo de bebida não carbonada
tende alcançar”,7 conclui a matéria “Como é feita com suco de fruta. Pode conter aditi-
o Mercado de Água Mineral no Brasil”, vei- vos além do suco de fruta, incluindo ou não
culada em setembro de 2016 no blog www. adoçantes ou aromatizantes. Diluição com
industriadaagua.com. água não é necessária.”9 Algumas marcas,
O segmento das águas de coco tam- seguindo o mesmo caminho dos refrigeran-
bém está em alta. Assim, surgem novas tes, também vêm reduzindo a quantidade
marcas, ávidas por um gole desse merca- de açúcar em seus produtos.
do em evolução. Conforme informação do A título de curiosidade, de acordo
jornal Valor Econômico, as vendas de água com explicação publicada no site da Co-
de coco aumentaram 5,3% em volume, de ca-Cola Brasil, “a bebida que leva o nome
janeiro a agosto (acumulado, 2016 vs. 2015). de suco não pode conter aromas e coran-
Nas lojas de conveniência, a participa- tes artificiais. Os aromas acrescentados são
ção de Águas também vem crescendo nos apenas os naturais da fruta (…). A maioria
últimos anos. Em 2016, aumentou dois pon- das bebidas de frutas à venda no merca-
tos percentuais (tanto no grupo das lojas das do está na categoria néctar. Isso significa
associadas quanto no Mercado Total). Entre que esses produtos têm entre 10% e 50%
os fabricantes, a Coca-Cola manteve seu pri- de suco ou polpa, dependendo da fruta.
meiro lugar e ainda ganhou share, seguida Quanto mais ácida, mais água. Os oito sa-
do Grupo Edson Queiroz, Nestlé e Danone. bores do néctar Del Valle têm entre 10% e
Ainda no grupo das associadas, Crys- 50% de suco de fruta”.10
tal continuou com sua posição de lideran- Matéria divulgada no site Supermercado
ça absoluta, com 27,9% de contribuição. O Moderno informou que os sucos integrais re-
segundo lugar, antes ocupado pela Indaiá, presentam o segmento de “sucos prontos para
que perdeu share em 2016, foi da Bona- beber” com maior incremento, e irá aumentar
font, marca da Danone. Schin e Minalba 36,3% entre 2016 e 2018 (10,8% ao ano), atin-
também perderam participação, ao con- gindo cerca de 492 milhões de litros.11

7. Blog Indústria da Água, 21/09/2016 – “Como é o Mercado de Água Mineral no Brasil” 10. Site Coca-Cola Brasil, 05/10/2016 – “Del Valle 100% suco, néctar ou refresco? Saiba diferenciar
8. Jornal DCI, 11/05/2016 – “Mercado de bebida com menos açúcar crescerá 3,6% até 2020” esses três tipos de bebidas com frutas”
9. Site Datamark 11. Site SM Supermercado Moderno, 19/09/2016 – “Venda de suco integral cresce 36% até 2018” 117
CONVENIÊNCIA

Nas lojas das associadas, a participa- As vendas de chá pronto caíram 5,8%,
ção de Sucos caiu, no grupo de ASCs, per- para 126,9 milhões de litros, em 2016, se-
dendo share para Águas. Da mesma forma, gundo a Euromonitor International. A re-
ainda dentro de Águas Sucos e Chás, Del ceita de vendas subiu 7,2%, para R$ 842,3
Valle Mais lata e cartonado perderam o se- milhões, devido a aumentos de preços.”12
gundo e terceiro lugares para Matte Leão (Jornal Valor Econômico, 17/04/2017)
Pet 300ml e Bonafont Pet 500ml no rol dos O apelo de bebida saudável também
Top 10, em 2016. Dentro do segmento Su- caracteriza este segmento e seu potencial
cos, continuaram sendo os mais vendidos, é promissor. De acordo com a ABIR (Asso-
porém com posições invertidas no ranking. ciação Brasileira das Indústrias de Refrige-
A Coca-Cola permaneceu com seu rantes e de Bebidas não Alcoólicas), Chás
destacado primeiro lugar entre os fabrican- representam somente 0,4% do mercado de
tes, com mais da metade de share. Na sequ- bebidas não alcoólicas, entretanto a pers-
ência, Wow Nutrition e Ultrapan. pectiva das indústrias é atrair uma boa par-
No Mercado Total auditado pela te dos consumidores que procuram trocar
Nielsen, Sucos também perderam share o refrigerante por bebidas mais saudáveis.
para Águas. Contudo, os rankings de fa- Nos Estados Unidos, segundo a Asso-
bricantes e marcas foram diferentes dos ciação de Chá, os americanos consomem
apresentados pelo grupo das associadas. 800 milhões de copos de chá por semana e
Agro Pratinha e sua marca Prat’s obtive- a sua indústria tem a dimensão de US$ 125
ram o segundo lugar nas vendas de Sucos. bilhões. Lá, o chá gelado é o mais consumido.
Coca-Cola e sua marca Del Valle foram os Em 2016, a Starbucks e a AB Inbev formaram
primeiros colocados. uma parceria para o lançamento de um chá
pronto sob a marca Teavana.13
CHÁS Nas lojas das associadas, a participação
“O mercado de chás prontos, categoria de Chás permaneceu praticamente a mesma
que vinha crescendo nos últimos anos, em 2016, quando comparada a 2015 (9,4%).
não resistiu à recessão e encolheu no ano Entre os fabricantes, a Coca-Cola manteve
passado. Neste ano, fabricantes tradicio- sua liderança afastada, com 75% de share,
nais ampliam suas linhas, apostando que seguida de Wow Nutrition e AmBev. No Mer-
o brasileiro vai voltar a beber chá pronto. cado Total o ranking foi o mesmo e a contri-
A líder do setor, Coca-Cola, acredita que o buição de Chás foi de 9,2% (cresceu versus
chá de saquinho, mais barato, vai ter ex- 2015). Entre as marcas, a liderança foi de
pansão mais acelerada. Matte Leão, assim como no ano anterior.

12. Jornal Valor Econômico, 17/04/2017 – “Brasileiro troca chá pronto por sachê”
118 13. Jornal Folha de S. Paulo, 03/06/2016 – “Starbucks e AB Inbev fazem parceria para explorar mercado de chá nos EUA”
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Fonte: Nielsen

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CONVENIÊNCIA

ENERGÉTICOS, ISOTÔNICOS
E GUARANÁS NATURAIS
(ENIGS)

O
grupo dos Energéticos, Iso- mesma, com Red Bull, Lata, 250ml; Red Bull,
tônicos e Guaranás Naturais, Lata, 473ml; Gatorade, Garrafa, 500ml; Red
que tem espaço sempre ga- Bull, Lata, 355ml; Monster, Lata, 500ml; e TNT,
rantido nas geladeiras das lo- Lata, 269ml, nas seis primeiras posições.
jas de conveniência, tem seu público-alvo Nas lojas do Mercado Total, o grupo
concentrado, principalmente, em pessoas dos ENIGs teve 23,6% de participação na
que se preocupam com a saúde e com a categoria de Bebidas Não Alcoólicas. Ener-
prática de exercícios. Esse mercado vem géticos representaram 75,6% de share (um
crescendo nos últimos anos, afinal, cada ponto percentual a menos que em 2015);
vez mais o consumidor tem acesso a infor- Isotônicos, 15,9% (0,9 ponto percentual a
mações sobre os benefícios de hábitos e mais que em 2015) e Guaranás Naturais,
alimentação saudáveis. 8,5%. As quatro primeiras posições da lista
O consumidor reconhece o canal dos Top 10 dos ENIGs pertenceram ao ener-
conveniência como um ponto de vendas gético Red Bull, seguido dos energéticos
adequado para a compra de isotônicos e TNT 269ml e Monster 500ml.
energéticos, que ali são ofertados na tem-
peratura certa para consumo imediato. A ENERGÉTICOS
indústria investe em novos sabores, mar- “Nos dias 25 e 26 de março, a marca de
cas, versões e tamanhos de embalagens, o energéticos Fusion, da Ambev, estará no
que torna a arrumação das prateleiras um Autódromo de Interlagos, durante o fes-
desafio para o varejista, pois o espaço é res- tival de música Lollapalooza, para lançar
trito para tanta variedade da subcategoria. seus novos sabores de energético: Wake
Assim, a elaboração do planograma requer Up, feito para o período da manhã nos sa-
dados de vendas – tanto de mercado quan- bores mix de laranja, pêssego e limão com
to da preferência do cliente da loja – e repo- hortelã, e T-Break, para o período da tarde
sição eficiente. nos sabores chá branco com ameixa e chá
Na categoria de Bebidas Não Alcoó- preto, cani e limão persa.
licas, os ENIGs (Energéticos, Isotônicos e O propósito da novidade é romper
Guaranás Naturais) contribuíram com 25% com a associação direta entre o energético
em share de faturamento em 2016 no grupo e o período noturno ou a uma balada. Se-
das lojas das associadas. Desta fatia, os Ener- gundo Isabela Delai, gerente de marketing
géticos ficaram com a maior parte (76,5%); da Fusion, no Brasil há um atraso no consu-
os Isotônicos com 16,1%; e os Guaranás mo da bebida em outros horários que não à
Naturais com 7,4% – participações simila- noite, então o consumidor recorre a demais
res ao ano anterior. A lista dos Top 10 foi a alternativas, como café ou refrigerante. Ain-

1. Site Supermercado Moderno, 14/03/2016 – matéria do Jornal Valor Econômico: “Segundo a Euromonitor, vendas
da bebida aumentarão, em média, 11,5% ao ano até 2020 em volume” 123
CONVENIÊNCIA

da segundo Isabela, no exterior, o energético produtos Coca-Cola no mundo em volume ranking de fabricantes tem a AmBev como
é consumido em qualquer período e a mar- de vendas, oficializa a comercialização de líder absoluta (marca Gatorade, com quase
ca quer trazer a experiência para dentro do Monster Energy no Brasil. Todas as regiões 80% de participação), e, em seguida, a Co-
País.”2 (site Meio de Mensagem, março 2017) de atuação3 da companhia distribuirão qua- ca-Cola (I9, Powerade), o Grupo Petrópolis
O texto de abertura ilustra claramente tro produtos do portfólio de energéticos. (Ironage) e a Ultrapan (Energil Sport).
os esforços feitos pela indústria de Energéti- O acordo comercial foi iniciado em 2014, A lista dos dez produtos mais vendidos
cos para ampliar o foco do consumidor em quando a Coca-Cola aumentou sua partici- pesquisada pela Nielsen no Mercado Total
relação à ocasião de consumo do produto, pação na americana Monster Beverage. Em apresentou Gatorade 500ml nas sete pri-
que vai muito além das “noitadas”, seja para 2015, a Coca-Cola anunciou que assumia a meiras posições, elencando os sabores da
dar vigor na diversão ou para afastar o sono. distribuição do energético Monster Energy preferência do consumidor do canal: limão,
Os Energéticos, quando chegaram no Brasil, no Brasil, que anteriormente era distribuído morango-maracujá, laranja, tangerina, uva,
ganharam essa fama, porém seus atribu- por uma companhia concorrente. Agora, frutas cítricas e maracujá.
tos são bem mais abrangentes. Usados por além da distribuição, a comercialização dos Dentro do grupo dos ENIGs, a partici-
atletas e praticantes de esportes, bem como energéticos está sob controle da Coca-Cola pação de Isotônicos foi de 16,1% nas lojas
por adultos em geral, podem e devem ser FEMSA Brasil. O Monster Energy é o energé- das associadas e de 15,9% no Mercado Total.
consumidos durante o dia, na dosagem tico mais vendido nos Estados Unidos e o
apropriada (e sem exageros!). segundo mais vendido na Europa”.4 GUARANÁS NATURAIS
Como o próprio nome transmite, o Guaranás Naturais representam o segmen-
produto ajuda a proporcionar energia nos ISOTÔNICOS to de menor participação entre os ENIGs e
vários momentos da rotina diária. Desta “A PepsiCo está lançando uma versão do mantiveram, em 2016, a mesma contribui-
forma, a tendência é que, com o tempo, as Gatorade com certificação orgânica do De- ção do ano anterior – 7,4% nas lojas das as-
vendas deixem de se concentrar apenas no partamento de Agricultura dos EUA (USDA, sociadas e 8,5% nas lojas do Mercado Total.
período noturno. na sigla em inglês), testando se um produto Apesar de pequeno, o segmento aten-
De acordo com os resultados das lojas criado em laboratório com sabores artificiais de uma parcela de clientes que buscam
das associadas, em 2016, o fabricante Red pode se adaptar ao crescente movimento produtos naturais e revigorantes. Assim, os
Bull, além de manter sua destacada lideran- dos alimentos naturais no país. Após dois Guaranás Naturais conquistaram seu espa-
ça, ganhou três pontos percentuais em sha- anos de pesquisas, a empresa agora está ço nas geladeiras da conveniência, que têm
re (72,6%). Ou seja, apesar de toda a disputa vendendo o G Organic de morango, limão e a marca Guaraviton como líder, assim como
por espaço, característica deste mercado, o frutas vermelhas em alguns supermercados o seu fabricante (Viton 44).
líder permaneceu bastante forte. As marcas Kroger, disse Brett O’Brien, vice-presidente Além de Guaraviton, a Viton 44 tem
TNT (6,4%), Monster (5,9%), Burn (3,8%), sênior e gerente-geral da Gatorade. A em- a segunda marca em contribuição no ca-
Mood (2,8%) e Fusion (1,5%) seguem Red presa pretende expandir o lançamento para nal: Guaravita, somando 72,9% de share no
Bull (72,6%), somando mais de 90% do share alguns mercados, lojas de produtos naturais grupo das lojas associadas. Leão Guaraná
do segmento. e lojas de conveniência nas próximas sema- Power, da Coca-Cola, manteve a terceira co-
O ranking do Mercado Total foi: Red nas.”5 (Bloomberg, 01/09/2016). locação no ranking das marcas, com 17,2%
Bull, Monster, Red Bull Sugar Free, TNT, O Gatorade, líder do mercado de iso- de share.
Burn, Mood e Fusion. tônicos (também chamados de sport drinks), O grupo Mercado Total apresentou as
Monster, antes distribuído pela Am- tem encontrado desafios para competir na mesmas três marcas líderes. Guaraviton 500
Bev, passou a ser marca da Coca-Cola Fe- nova realidade, em que o consumidor está a 599ml Ginseng, Guaraviton 500 a 599ml
msa. Segundo matéria publicada em 9 de cada vez mais preocupado com ingredientes Açaí, Guaravita 251 a 300ml Natural, Leão
novembro de 2016 no site da ABIR (Asso- e buscando produtos orgânicos. Hoje, a água 251 a 300ml Açaí e Leão 251 a 300ml Natu-
ciação Brasileira das Indústrias de Refrige- de côco é um dos seus fortes competidores. ral, foram os cinco produtos mais vendidos
rantes e Bebidas Não Alcoólicas), “a Coca- Nas lojas de conveniência, onde os Iso- do segmento.
-Cola FEMSA Brasil, maior engarrafadora de tônicos sempre tiveram espaço garantido, o

2. Site Meio & Mensagem, 24/03/2017 – “Fusion mira novos momentos de consumo”
3. Regiões de atuação da Coca-Cola FEMSA Brasil: São Paulo, Paraná, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Rio de Janeiro e parte do estado de Goiás.
4. Site da ABIR, 09/11/2016 – “Coca-Cola FEMSA oficializa a comercialização de Monster Energy no Brasil”
124 5. Publicado no site Datamark, 01/09/2016 – matéria da Bloomberg: “PepsiCo entra na onda natural e Gatorade agora é orgânico”
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CERVEJAS
“As gigantes do setor de bebidas, que cresceram embaladas pela expansão do consumo doméstico, começaram a
perder espaço com o encolhimento da renda dos brasileiros.
A Ambev, líder no segmento de cervejas, encerrou 2016 com participação de 66,3% nesse mercado, segundo dados
da consultoria Nielsen. Um ano antes, a companhia detinha fatia de 67,5% (…). Embora continue investindo na ex-
pansão do segmento premium, a Ambev não conseguiu escapar da queda e o volume de vendas e a receita líquida
caíram 6,6% e 5,7%, respectivamente, em 2016.
De acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a produção total de bebidas no País recuou
2,7% em igual período.”1
Fonte: DCI, março de 2017

O
mercado brasileiro de cervejas cado, segundo a Euromonitor, passa a 19%
também foi impactado pela e a ser a segunda maior empresa do setor
recessão econômica em 2016. no Brasil, desbancando a Petrópolis, atual-
Desde sua criação, em 1999, a mente com 11,9% das vendas. A holandesa
AmBev apontou, pela primeira vez, queda ficaria atrás apenas da gigante InBev, que
na sua receita líquida na comparação anual. domina o mercado com 63% de participa-
Isso foi o que apontou a apuração do site do ção. A Brasil Kirin, com as marcas Devassa,
G1, em matéria de março de 2017. “Em 2016, Schin, Glacial, Eisenbahn e Baden Baden,
as operações brasileiras geraram receita lí- atualmente é a terceira da lista, com 11,9%
quida de R$ 24,955 bilhões, uma queda de de participação de mercado”, afirma matéria
5,2% em relação ao ano anterior. A geração do site da revista Época Negócios.5
de caixa no país, medida pelo indicador Ebi- Ambas as gigantes do setor investem
tda ajustado, foi de R$ 11,321 bilhões, uma no segmento das cervejas premium, que,
retração de 19,7% (…). Segundo a empre- segundo analistas do mercado, deverá ser
sa, o resultado no Brasil foi impactado pelo o de maior crescimento entre 2015 e 2020.
‘aumento de impostos estaduais, incertezas As cervejas artesanais também re-
políticas e econômicas junto com uma taxa presentam um segmento de rápido cres-
de desemprego dentre as maiores registra- cimento. Apesar da participação tímida no
das em anos, deteriorando a renda dispo- mercado, os grandes fabricantes encontram
nível e conduzindo à queda da indústria’”, nelas uma concorrência a ser considerada,
relata a publicação.2 especialmente em varejos como o de con-
Assim como a AmBev, a Heineken so- veniência. Rótulos artesanais conquistaram
freu queda de volume de vendas – de 4% seus espaços em geladeiras do canal.
a 6%, de acordo com o Jornal Valor Econô- Em 2016, a participação da catego-
mico.3 O jornal Valor Econômico também ria Cervejas nas lojas das associadas foi de
publicou que as vendas de cervejas retraí- 21,7%. As distribuidoras, de maneira geral,
ram 3,4% em volume em 2016. A indústria investiram em seus calendários promo-
de bebidas alcoólicas, por sua vez, recuou cionais em parceria com a indústria para
3,2% versus 2015, de acordo com a Euromo- segurar os volumes de vendas de cervejas
nitor International.4 em suas lojas franqueadas e/ou licenciadas.
A disputa por market share no mercado Em um cenário de queda de consumo e de
brasileiro – o terceiro maior do mundo, atrás poder de compras, esforços para atrair o
dos EUA e China – continuou acirrada em consumidor com promoções fizeram a dife-
2016 e promete se intensificar: em fevereiro rença na hora de cumprir metas de vendas.
de 2017, a Heineken anunciou a compra da No Mercado Total pesquisado pela
Brasil Kirin por 664 milhões de euros (US$ Nielsen, Cervejas contribuíram com 20,7%
704 milhões). “Com o acordo, a Heineken, das vendas. No ranking de fabricantes, que
que hoje tem 6,8% de participação de mer- foi o mesmo entre as lojas das associadas e

1. Site Datamark, 07/03/2017 (matéria do Jornal DCI) – “Mercado de cervejas encolhe e eleva pressão sobre 3. Site Valor Econômico, 15/02/2017 – “Heineken registra lucro 18,6% menor em 2016”
as gigantes do setor” 4. Site Valor Econômico, 31/05/2017 – “Ambev tira espaço de concorrentes em bebidas alcoólicas mistas”
2. Site G1.globo.com, 02/03/2017 – “Ambev tem 1ª queda de receita da sua história em 2016 e ações caem” 5. Site Época Negócios.globo.com, 14/02/2017 – “O que a Heineken ganha ao comprar a Brasil Kirin” 129
CONVENIÊNCIA

as lojas do Mercado Total, a AmBev manteve


a liderança absoluta em faturamento, em-
bora tenha perdido share, em especial para
a Heineken e Brasil Kirin, segunda e quarta
colocadas, respectivamente. A terceira colo-
cação foi do Grupo Petrópolis.
No pódio das marcas, Skol continuou
em primeiro lugar, mas também caiu em
contribuição – quase 4 pontos percentu-
ais, nas lojas das associadas. Budweiser, por
sua vez, ganhou participação e conquistou
a segunda colocação, ultrapassando Brah-
ma Chopp. Heineken e Itaipava mantive-
ram suas quarta e quinta colocações. Já na
classificação das marcas no Mercado Total,
Brahma Chopp segurou o segundo lugar,
posicionada depois da líder Skol e antes
de Budweiser.
No grupo do Mercado Total, as cinco
primeiras marcas foram Skol Pielsen, Brah-
ma Chopp, Budweiser, Heineken e Itaipa-
va Pielsen.
A lista dos Top 10 de Cervejas foi lide-
rada por Budweiser Garrafa 343ml, o que
mostra a força do segmento premium no
canal conveniência.
Budweiser e Heineken brigam, no Bra-
sil, por fatias desse vantajoso mercado. O
blog do jornalista Lauro Jardim, no site do
Jornal O Globo, em outubro de 2016 divul-
gou que “Com um crescimento de 20% nas
vendas no terceiro trimestre ante igual perí-
odo do ano passado, a Budweiser abriu uma
diferença sobre sua maior rival no mercado
de cervejas premium no Brasil, a Heineken.
Até o meio do ano, as duas marcas pratica-
mente empatavam no volume de vendas”.6
Vale mencionar que a categoria Cerve-
jas tem papel de categoria destino nas lojas
de conveniência, que são reconhecidas pelo
consumidor como ponto de vendas compe-
tente para sua compra. Assim, em razão da
importância do consumo responsável de
bebida alcoólica, o varejista precisa estar
sempre atento ao compromisso com a pru-
dência na sua comercialização: proibição da
venda para menores de 18 anos (necessida-
de da verificação de documento de identi-
dade), ingestão fora da área do posto/loja e
apoio absoluto à Lei Seca.

130 6. Blog do Lauro Jardim, O Globo, 30/10/2016 – “Budweiser avança sobre a Heineken no mercado de cervejas premium”
CONVENIÊNCIA

131
CONVENIÊNCIA

BOMBONIERE
“Balas e gomas de mascar são doces muito bem-vindos a qualquer hora! Os adeptos de uma alimentação menos
calórica podem ficar despreocupados, pois há inúmeros produtos sem açúcar disponíveis no mercado. As empresas
Arcor, Fini, Mondelez, Peccin e Perfetti Van Melle investem em opções especiais para este público que não quer abrir
mão da saúde sem perder o sabor e a diversão. Uma análise da Associação Brasileira da Indústria de Chocolates,
Cacau, Amendoim, Balas e Derivados (ABICAB), com base nos dados da Euromonitor de 2015, mostra que o Brasil é o
3º colocado em volume de produtos de saúde e bem-estar na categoria confeitos de açúcar e ocupa a 6ª posição na
categoria de gomas de mascar, com 49,7 mil e 23,8 mil toneladas, respectivamente.”1

Fonte: Site da Revista Distribuição, agosto de 2016

A
indústria de balas, confeitos Nas lojas de conveniência, a catego-
e afins embarcou na mesma ria de Bomboniere tem bastante relevân-
onda da indústria de refrige- cia, pois sua venda por impulso apresenta
rantes e sucos na busca de ótimo potencial, aumentando o ticket mé-
fórmulas que diminuem o açúcar e mantêm dio e a cesta de compras. As boas margens
o sabor de seus produtos. De fato, os cuida- de seus produtos adoçam os resultados
dos com a saúde no combate a problemas da categoria.
como diabetes, obesidade, cárie dentária, Em 2016, a categoria ganhou parti-
entre outros, tem sido prioridade não só cipação, chegando a 9,3%, nas lojas das
para os consumidores, mas também para associadas. Entre as subcategorias que a
os governos de diversos países. compõem, Chocolates é a que mais con-
“As crescentes preocupações sobre tribui (50,8%), seguida de Gomas de Mas-
obesidade e sobrepeso na América Latina, car (25,5%), Drops, Pastilhas e Caramelos
os problemas de saúde (hipertensão diabe- (20,8%) e Barras de Cereais (2,8%).
tes, etc.) provocados por este padecimento No Mercado Total pesquisado pela
e o gasto que as doenças geram aos gover- Nielsen, Bomboniere participou com 10,1%
nos obrigam os consumidores, governos e de share. A contribuição de Chocolates au-
fabricantes a tomar ações imediatas para mentou 1,4 ponto percentual quando com-
contornar o problema”, afirma a matéria paramos 2016 com 2015, atingindo 51,7%
intitulada “A saúde é uma prioridade para da categoria. Gomas de Mascar caíram 1,2
o consumidor. O que os fabricantes estão ponto percentual, contribuindo com 29%.
fazendo?2”, no site da Nielsen Insights, de Drops, Pastilhas e Caramelos e Barras de Ce-
maio de 2017. reais ficaram quase em linha, com 17,8% e
Se o cliente está preocupado em 1,6%, respectivamente.
ler os rótulos dos alimentos, procurando A imensa variedade de sortimento é
informações nutricionais que não preju- uma das principais características do mer-
diquem sua saúde, o investimento nesse cado de guloseimas – há múltiplas marcas,
sentido se faz mais do que necessário, es- sabores, tipos, tamanhos, embalagens etc.
pecialmente em um período de recessão Isso faz com que a determinação do mix
econômica, em que cada centavo de lucro por parte do varejista seja uma tarefa não
merece ser comemorado. muito simples, afinal, o espaço nas lojas de
Além da redução do açúcar, os fabri- conveniência é limitado para tanta oferta
cantes de itens da categoria Bomboniere disponível. Além disso, o comportamento
têm apostado em inovações para driblar a impulsivo do consumidor, a importância
crise. De fato, entendidos do setor afirmam do merchandising adequado e a localiza-
que as novidades no segmento são funda- ção estratégica na área do check out fazem
mentais, sobretudo em épocas de desace- com que a categoria exija muita atenção da
leração do consumo. equipe do ponto de vendas.

1. Site da Revista Distribuição, 22/08/2016 – “Fabricantes investem em balas e gomas sem açúcar”
132 2. Site Nielsen (Insights/Consumo), 23/05/2017 – “A saúde é uma prioridade para o consumidor. O que os fabricantes estão fazendo?”
CONVENIÊNCIA

CHOCOLATES Bomboniere – 50,8%. A liderança entre os (Site Embalagem Marca, fevereiro 2017)
“A produção de chocolate começou a apre- fabricantes permaneceu com a Mondelez. O Assim como outros segmentos de mer-
sentar sinais de melhora com os dados segundo e o terceiro lugares também foram cado, Gomas de Mascar também sofreram
preliminares até setembro, informou nesta mantidos (Nestlé e Ferrero, respectivamen- com a realidade de economia em recessão.
terça-feira (7) a Associação Brasileira da In- te). No rol das marcas, o pódio continuou O mesmo caminho traçado por outras in-
dústria de Chocolates, Cacau, Amendoim, com Kinder, Bis e Kit Kat. Entre os produtos dústrias, buscando inovações e reduzindo
Balas e Derivados (ABICAB). No acumulado Top 10, Kinder Ovo, Ovinho, 20g; Kit Kat, a quantidade de açúcar em suas fórmulas,
de janeiro a setembro de 2016, a produção Snack, 45g; Talento, Tablete, 100g; Bis, Sna- também tem sido utilizado pelos fabrican-
avançou 13% ante o mesmo período do ano ck, 126g; e Snickers, Candy Bar, 52,7g, foram tes de chicletes.
anterior, para 393,4 mil toneladas.”3(Site DCI, os cinco mais vendidos. Embalagens práticas e/ou atraentes,
fevereiro 2017) Já no Mercado Total, a participação vantagens na quantidade de produto por
A notícia de aumento na produção de Chocolates aumentou – foi de 51,7%. O pacote, o relançamento de sabores, a cria-
de chocolates no Brasil é bastante positi- ranking das marcas foi diferente do das as- ção de sabores inusitados e o apelo a be-
va dentro do cenário de crise econômica e sociadas: Bis em primeiro, Laka em segun- nefícios à saúde são algumas das formas
queda no consumo. A Páscoa de 2016, por do e Kit Kat em terceiro. O chocolate Lacta encontradas pela indústria para segurar
exemplo, teve um resultado ruim, com uma passou da 15ª posição para a 4ª, seguido de seus volumes de vendas. Basta dar uma
retração de 27% nas vendas. O ano foi con- Talento. Na lista de produtos mais vendidos, olhada em títulos de matérias que noticiam
siderado “difícil” pelo setor.4 De acordo com os cinco primeiros foram Kit Kat, Snack; Bis, o segmento para comprovar as estratégias
declaração da Serasa Experien, publicada Snack; Diamante Negro, Tablete; Snickers, traçadas: “Mentos Goma de Mascar aposta
no site G1 Economia, “o aprofundamento da Candy Bar; e Kinder Ovo, Ovinho. em uma nova experiência de sabores”9; “Sa-
recessão econômica, que coloca o desem- Apesar do ano difícil para o mercado bor banana do chiclete Bubbaloo, febre nos
prego em trajetória de elevação, e a queda de chocolates, há boas notícias. Por exem- anos 90, será relançado”10; “Trident Mistura
do poder de compra dos consumidores de- plo, o site da revista Supermercado Moder- Sabores em Nova Linha”11; “Mentos: para co-
vido à inflação, impactaram negativamente no publicou matéria do Valor Econômico memorar 10 anos de Brasil, embalagem com
o movimento varejista durante a data come- divulgando dados promissores em relação mais unidades”; “Bala das figurinhas, Icekiss
morativa da Páscoa deste ano”.5 Foi o pior re- à Mars, dona das marcas de chocolates Sni- vira chiclete com embalagem colecioná-
sultado desde o início do acompanhamen- ckers, M&M’s e Twix. De acordo com dados vel”12; “Mercado ‘zero açúcar’ ganha mais es-
to, há dez anos. da Nielsen, a Mars ficou três vezes maior paço na economia brasileira”.13
O mercado brasileiro de chocolate atu- no Brasil entre 2012 e 2016: passou de 2% As inovações, de acordo com pesquisa
almente está em quinto lugar no ranking glo- para 6% das vendas totais da categoria. Em da Nielsen, atraem mais as gerações Y (21 a
bal (antes, o terceiro), com um consumo per 2016, as vendas aumentaram 19%, ao mes- 34 anos) e Z (0 a 20 anos). Segundo levanta-
capita anual de 2,5 quilos. A perda de posi- mo tempo em que o mercado de chocolates mento, 72% da geração Y e 70% da geração
ção aconteceu em virtude da diminuição do cresceu 5,4% em receita e caiu 10,6% em vo- Z declararam que, em suas últimas compras,
consumo interno aliada ao crescimento dos lume.7 Os planos da empresa envolvem ex- levaram um novo produto.
mercados da China e da Rússia. pansão até 2020, triplicando de novo o seu Sobre a solução da fabricação de pro-
Outro fator que também afeta os re- tamanho, investindo na distribuição e no in- dutos com pouco ou nenhum açúcar, que
sultados de Chocolates é a redução no con- cremento da produção local de chocolates. vem ao encontro de campanhas de com-
sumo de açúcar no mundo. Segundo publi- bate a obesidade, diabetes e cáries dentá-
cação do Financial Times, na Folha de São GOMAS DE MASCAR rias, o site Bem Paraná, em agosto de 2016,
Paulo, “em todo o mundo, os consumidores, “A marca Mentos, pertencente à Perfetti Van divulgou: “Ubiracy Fonseca, presidente da
mais preocupados com a saúde, estão redu- Melle, trouxe para o Brasil em 2007 a sua ABICAB, apresenta novidades para o consu-
zindo suas compras de produtos açucara- goma de mascar sem açúcar com recheio midor que segue uma alimentação de baixa
dos. A forte alta no preço do cacau nos últi- líquido e casquinha crocante, dentro de um caloria mas não quer abrir mão das gulosei-
mos anos e a concorrência entre os grandes potinho em formato de garrafa, com 28 uni- mas. As empresas Arcor, Fini, Mondelez, Pec-
grupos de varejo causaram erosão nas mar- dades. A linha de garrafas, líder de vendas cin e Perfetti Van Melle investem em opções
gens de lucros, e a redução do crescimento do mercado nesse formato, junto com todos especiais para este público que não abrem
econômico nos maiores mercados mundiais os produtos de gomas de mascar da marca (sic) mão da saúde sem perder o sabor e a
prejudicou as vendas.” E afirma: “A tendência Mentos, continua crescendo mesmo diante diversão. Uma análise da Associação Brasilei-
da alimentação saudável vem ganhando do mercado em retração. Segundo dados ra da Indústria de Chocolates, Cacau, Amen-
força há diversos anos, mas esses fatores de Nielsen, no ano móvel outubro-novembro doim, Balas e Derivados (ABICAB), com base
estilo de vida só agora começam a ter efeito 2016, Mentos Goma de Mascar registrou nos dados da Euromonitor de 2015, mostra
sobre as vendas de chocolate.”6 Nas lojas das crescimento de 16,3% em valor comparado que o Brasil é o 3º colocado em volume de
associadas, Chocolates representaram, em ao mesmo período do ano anterior, em um produtos de saúde e bem-estar na categoria
2016, a metade da participação da categoria mercado que apresenta queda de -1,7%.”8 confeitos de açúcar e ocupa a 6ª posição na
6. Site Folha de São Paulo, 16/04/2017 (do Financial Times) – “Redução no consumo global
3.. Site DCI, 07/02/2017 – “Produção de chocolate cresceu 13% no último ano, segundo ABICAB” de açúcar afeta indústria suíça de chocolates”
4.. Site G1 Economia, 07/02/2017 – “Páscoa tem menos lançamentos este ano após queda de vendas em 2016” 7. Site Supermercado Moderno, 30/03/2017 (matéria do Valor Econômico) – “Consumo de
5.. Site G1 Economia, 28/03/2016 – “Vendas da Páscoa têm pior desempenho em dez anos, diz Serasa impulso rende à Mars aumento de 19% nas vendas de 2016” 133
CONVENIÊNCIA

categoria de gomas de mascar, com 49,7 to de brigadeiro e beijinho ou balas toffee ca, diet, light, com ou sem sementes, com ou
mil e 23,8 mil toneladas, respectivamente. com sabor de iogurte grego de frutas verme- sem chocolate... A escolha fica por conta do
Os Estados Unidos é campeão nos dois gru- lhas são alguns dos lançamentos que agitam cliente, cada vez mais informado sobre bene-
pos, com 116 mil toneladas produzidas de as gôndolas desse mercado. fícios nutricionais e hábitos saudáveis.
gomas de mascar e 110,8 mil toneladas de A contribuição da subcategoria vem Segundo o blog Comida de Verdade,
confeitos de açúcar. De acordo com a ABI- crescendo gradativamente nas lojas de con- do Estadão, “o Brasil já ocupa a quinta colo-
CAB, a produção do segundo bimestre de veniência. Desde 2013 ela vem ganhando, cação no ranking de vendas de alimentos e
2016 foi 1,5% maior do que a do mesmo ano após ano, participação, espaço e impor- bebidas saudáveis. De acordo com um es-
período em 2015. Em março e abril desse tância dentro da categoria Bomboniere nas tudo da agência de pesquisas Euromonitor
ano o Brasil produziu 59,5 mil toneladas de lojas das associadas: 17,5% em 2013, 18,7% Internacional, entre 2009 e 2014 o merca-
balas e gomas de mascar”. em 2014, 20,3% em 2015 e 20,8% em 2016. do de alimentação voltada à saúde cresceu
Nas lojas de conveniência das associa- Nesse mesmo grupo, Mondelez, Perfetti 98% por aqui. Em 2015 o mercado mundial
das, Gomas de Mascar, importantes moti- Van Melle, Fini e Ferrero concentraram 83,5% do setor movimentou mais de US$ 27 bi-
vadoras de compras por impulso, represen- do faturamento em 2016. Outros fabricantes lhões, e nos próximos anos deverá crescer
taram 25,5% da categoria Bomboniere. Nas dividem menores parcelas de share. Entre as cerca de 20%”.16
lojas do Mercado Total, a participação da sub- marcas, Halls, Mentos, Fini e Tic Tac se desta- The Top 10 Consumer Trends for 2017,
categoria foi de 29%. caram nas primeiras colocações. um relatório sobre tendências de mercado,
Mondelez e Perfetti Van Melle são as O Mercado Total também teve como lí- apontou em pesquisa que 83% dos entre-
líderes absolutas da subcategoria, ocupan- der e como segundo colocado a Mondelez e vistados estão dispostos a pagar mais por
do o primeiro e segundo lugares em parti- a Perfetti Van Melle, respectivamente. Contu- um alimento saudável; 79% trocam itens
cipação, respectivamente. do, o terceiro lugar no ranking dos fabrican- da alimentação usual por alternativas mais
Tanto no Mercado Total auditado pela tes foi da Ferrero, seguida de Garoto e Arcor. saudáveis; 28% vêm importância no consu-
Nielsen quanto no grupo das associadas, o Da mesma forma, o primeiro e segundo lu- mo de alimentos com teor nutricional alto;
ranking das marcas é liderado por Trident, gares em marcas ficaram com Halls e Men- 22% escolhem alimentos sem conservan-
seguido por Mentos, Chiclets e Bubbaloo. tos. Tic Tac e Fruittella vieram na sequência. tes, naturais; 44% preferem itens sem co-
Trident figurou nas dez posições da A participação da subcategoria em Bombo- rantes artificiais e 42% selecionam produtos
lista dos produtos Top 10 do Mercado Total. niere foi de 17,8%, em 2016. sem sabores artificiais.
Menta, hortelã, intense, tutti frutti e melan- A contribuição da subcategoria Barras
cia foram os cinco sabores mais vendidos, BARRAS DE CEREAIS de Cereais em Bomboniere, onde disputa
segundo esse ranking. “Práticas, baratas e saborosas: as barras ce- espaço com as guloseimas tradicionais da
reais estão cada vez mais famosas. Ideais categoria, é pequena, e em 2016 foi ainda
DROPS, PASTILHAS E para pequenos lanches, elas podem ser menor: 2,8% nas lojas das associadas, 1,6%
CARAMELOS consumidas com iogurte, leite e outros ali- no Mercado Total. Contudo, as condições
“Em um mercado competitivo e repleto mentos. São variadas: enquanto algumas são propícias para crescimento. As lojas de
de novidades, fabricantes de doces apos- são extremamente saudáveis e indicadas conveniência são um canal com bom po-
tam em balas com sabores inusitados para para quem quer emagrecer, outras podem tencial para esta subcategoria, tanto pelo
incrementar as vendas, ao passo que no atrapalhar a sua dieta. perfil de seu consumidor quanto pela pra-
segmento de chocolates a redução do po- Com tantas opções, a dúvida é a ticidade da compra de um lanche saudá-
der de compra do brasileiro e o aumento primeira coisa que surge em sua ca- vel. A escolha do mix é importante, afinal,
de custos vêm impactando os negócios.”14 beça: eu posso comer barra de cereal? existe muita variedade de marcas, versões
(Fonte: Site DCI, julho de 2016) A resposta é sim, todos podem comer – e sabores em área limitada para exposição.
A subcategoria Drops, Pastilhas e Ca- basta escolher a certa.”15 (Fonte: Site Cor- Entre os fabricantes, nas lojas associa-
ramelos também tem investido nas novi- po e Estética) das, 70,5% do share de faturamento ficou
dades, no apelo para a saudabilidade (re- O mercado de barras de cereais conti- concentrado em Agtal, Nutrimental, United
dução de açúcar) e em produtos premium. nua crescendo no Brasil. O impulso da onda Mills, Banana Brasil (que ganhou participa-
Tudo para garantir bons pedaços do mer- da saudabilidade proporciona muitas opor- ção, assim como a líder, Agtal) e Pepsico. No
cado das guloseimas. tunidades para esse setor, que também está Mercado Total, por sua vez, a liderança foi
A inovação é ingrediente essencial diversificando suas ofertas. Há “barrinhas” da Nutrimental, seguida de Ritter, Pepsico,
nessa indústria. Invenções fora do comum, para todos os gostos e necessidades, de va- Nestlé e United Mills.
como drops com sabores de bebidas como riadas marcas e sabores. Barra de cereal con-
caipirinha e vodca, balas de goma com gos- vencional, barra de cereal energética, protei-

8. Site Embalagem Marca, 09/02/2017 – “Mentos: para come- 11. Site Giro News, 04/07/2016 14. Site DCI, 15/07/2016 – “Indústria de doce aposta em novos sabores de balas para superar crise”
morar 10 anos de Brasil, embalagem com mais unidades” 12. Site G1 Ribeirão e Franca, 13/07/2017 15. Site Corpo e Estética – “Barra de cereal: como escolher as mais nutritivas?”
9. Site Revista Alimentos e Bebidas, 01/06/2016 13. Site Bem Paraná, 24/08/2016 16. Site Estadão Blog Comida de Verdade – “Pesquisas de mercado apontam maior preocupação
134 10. Site G1, 19/07/2016 com alimentação saudável”
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SNACKS E BISCOITOS
“Com menos renda e inflação em alta, o consumo pisa no freio em todas as frentes. O consumidor vai menos vezes ao
supermercado e as compras estão mais seletivas. Além da redução no volume, há também a substituição de produ-
tos por marcas mais em conta, captam os principais radares do varejo. Exceção a essa regra geral, o setor de biscoi-
tos exibe melhores resultados que outras categorias na ala de alimentos e guloseimas. ‘A exemplo do ano passado,
reajustamos os preços no início do ano e a medida foi eficiente para assegurar crescimento de 4,75% no primeiro
semestre, com perspectiva de fechar o ano com avanço de 4-5%’, analisa Claudio Zanão, presidente da Abimapi (As-
sociação Brasileira das Indústrias de Biscoitos, Massas Alimentícias, Pães e Bolos Industrializados). Para o dirigente,
o resultado projetado é bem distante do satisfatório, mas mantém os patamares dos últimos anos, com a economia
sob forte recessão. ‘Em que pese a queda persistente em volumes em torno de 2-3% em 2015 e provavelmente no
exercício atual, dentro da presente conjuntura o setor vai bem’, avalia ele.”1

Fonte: Site da ABIMAPI, dezembro de 2016

C
omo outros segmentos do mer- ca produtos cada vez mais saudáveis. Pro- tos,150g; Bono,140g; e Pingo d’Ouro, 90g.
cado brasileiro, Snacks e Biscoi- dutos integrais, produtos sem glúten, com No grupo do Mercado Total pesquisa-
tos estão enfrentando as difi- 7 ou 10 ou 12 grãos, sem gordura trans etc. do pela Nielsen, a categoria teve 5% de sha-
culdades oriundas do recuo da são algumas das variedades que enchem as re, no qual Snacks contribuíram com 65,4%,
nossa economia. Segundo a ABIMAPI, o gôndolas do varejo, sem falar na multiplici- Biscoitos com 32,9% e Pipocas 1,7%.
faturamento da indústria de biscoito foi de dade de marcas, sabores e embalagens.
R$21,8 bilhões (aumento de 3,9%), contudo As embalagens, por sua vez, também SNACKS
o volume de vendas teve queda. O fatura- foram foco de diversificação, não só para A subcategoria Snacks, com quase 70% de
mento cresceu devido a repasses que a in- atender a diferentes ocasiões de consumo participação na categoria, tem na Pepsico
dústria fez ao varejo de custos de produção, – embalagens menores para pequenos lan- a indústria líder entre os fabricantes, com
também maiores2. ches, praticidade que cabe na bolsa para 70,7% de share no grupo de lojas das asso-
De acordo com o dirigente da Abima- um “S.O.S.” na hora da fome etc. –, mas tam- ciadas. Na sequência do ranking de 2016, em
pi, Claudio Zanão, em matéria da Dolce Re- bém para serem mais econômicas e “cabe- segundo lugar, am/pm com 8,2% (1,7 ponto
vista que analisou os resultados do primeiro rem no bolso” do consumidor! percentual acima do ano anterior); Kellogg’s,
semestre de 2016, quando os resultados de A compra de itens da categoria nas com 6,6%, e Agtal, 3,8%. No ranking das
volume ainda eram estáveis, “a indústria lojas de conveniência se dá, na maioria marcas, o primeiro ao quinto lugares foram
apostou em expansão de capacidade e mo- das vezes, por impulso, e tem um papel ocupados, respectivamente, por Ruffles, Do-
dernização no momento certo e garantiu importante, pois aumenta o ticket médio e ritos, Cheetos, am/pm e Fandangos.
condições de segurar a demanda, diversi- complementa a cesta de compras. O canal No Mercado Total, em que a subcate-
ficando a oferta com itens de maior valor é perfeito para os produtos, que ficam estra- goria representa 65,4%, Pepsico, Kellogg’s e
em nichos como o de biscoitos saudáveis e tegicamente posicionados no caminho das Agtal ocuparam o pódio de fabricantes. Ru-
linhas indulgentes. ‘A manutenção das ven- geladeiras e/ou próximos ao check-out. ffles, Doritos, Cheetos, Pringles e Fandangos
das em patamar razoável também foi favo- No conjunto das associadas, a parti- foram as marcas mais vendidas.
recida pela transposição de tendências na cipação de Snacks e Biscoitos em 2016 foi A conveniência representa grande
apresentação, como a de embalagens mais quase a mesma que em 2015 – 4,5%. Den- potencial para a venda de petiscos e lan-
convenientes do tipo single, on the go ou tro da categoria, Snacks representaram chinhos comprados por impulso. Os Snacks
packs tamanho família, sob medida em mo- 68,3%; Biscoitos, 30,6%; e Pipocas apenas ficam localizados próximos às bebidas gela-
mentos de inflação em alta’, grifa Zanão3”. 1,1%. Na lista dos Top 10, apenas um pro- das e em áreas de alto tráfego de clientes e
Os fabricantes investem na pluralida- duto (na 9ª colocação) pertence à subcate- têm ótima sinergia com as categorias de Be-
de das ofertas (de um segmento já tradicio- goria Biscoitos: Ruffles, 96g; Ruffles,100g; bidas Não Alcoólicas e Food Service. Assim,
nalmente diversificado!), adequando-se à Sensações, 45g; Doritos, 167g; Doritos, há muita oportunidade para se trabalhar
realidade atual, na qual o consumidor bus- 55g; Ruffles,175g; Cebolitos, 60g; Chee- bem a oferta, aplicando estratégias de preço

1. Site da ABIMAPI, 12/12/2016 – “Para todos os gostos”


2. Site Economia.ig, Brasil Econômico, 23/03/2017 – “Consumo de bolos e pães industrializados tem queda em 2016, diz Abimapi”
140 3. Site ABIMAPI, fonte: Dolce Revista, 12/12/2016 – “Para todos os gostos”
CONVENIÊNCIA

adequadas, bom merchandising, disponibili- anos, o setor de biscoitos, massas, pães e


zando o sortimento apropriado e evitando bolos industrializados registrou crescimen-
rupturas de estoque. to de 39% em faturamento. Somente em
2016, as três categorias juntas movimenta-
BISCOITOS ram R$ 36,8 bilhões em 2016, uma alta de
No grupo de lojas das associadas, a subca- 4,3% em relação a 2015, e atingiram 3,4 mi-
tegoria Biscoitos teve Nestlé e Mondelez na lhões de toneladas em volume de vendas,
liderança do ranking de fabricantes, com uma queda de 2,8% se comparado ao de-
24,6% e 20,4% de share, respectivamente. sempenho do ano anterior”.4
O terceiro lugar foi da Bauducco/Pandurata,
o quarto da Piraquê e o quinto, da Pepsico. PIPOCAS
Entre as marcas, a mais vendida foi Piraquê, Em 2016, Pipocas representaram 1,1% da
com 8,1% de participação no faturamento, categoria de Snacks e Biscoitos nas lojas
seguida de Passatempo (6,9%), Club So- das associadas e 1,7% no Mercado Total.
cial (5,8%), Bauducco Cookies (5,7%), Nesfit Na subcategoria, a General Mills é líder,
(5%), Bono (4,9%), Bauducco (4,8%) e Trakinas mas perdeu participação para a Pepsico, a
(4,7%). Nos Top 10, em 2016, Bono 140g foi o segunda colocada5.
número um da lista. Em 2016, a marca Yoki, da General
As três primeiras colocações do Mills, teve 58,3% de share, cerca de 11 pon-
ranking de fabricante no Mercado Total fo- tos percentuais a menos que em 2015. As
ram as mesmas do grupo das lojas associa- marcas Elma Chips e Cheetos, da Pepsico,
das. O ranking das marcas, por sua vez, foi somaram 12% de share, contra 0,2% do
liderado por Bauducco, seguido de Piraquê, ano anterior.5
Passatempo, Club Social e Nesfit. No pódio De acordo com a apuração Nielsen do
dos produtos, três biscoitos doces: Trakinas, Mercado Total, a liderança das marcas de Pi-
Bono e Bauducco Cookie. pocas também foi de Yoki. Cheetos e Elma
O site Supermercado Moderno, em Chips foram as segunda e terceira colocadas.
abril de 2017, divulgou: “Nos últimos cinco

4. Site Supermercado Moderno, 10/04/2017 – “Setor de biscoitos, massas, pães e bolos industrializados movimentou R$ 36,8 bilhões em 2016”
5. Números das lojas das associadas ao Sindicom. 141
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SORVETES
“O mercado brasileiro de sorvetes encolheu 3,6% em volume de vendas no ano passado, para 547,8 milhões de li-
tros. Em faturamento, o setor cresceu 5,2%, chegando a R$ 14,9 bilhões, de acordo com dados da Euromonitor Inter-
national. Fabricantes relataram que obtiveram crescimento na receita com a ampliação de linhas de sorvetes mais
sofisticadas e a adoção dos potes redondos a partir de meio litro, que proporcionam para o consumidor um preço
mais baixo em comparação às porções individuais e picolés. Parte das indústrias também incrementou as vendas
com o aumento da distribuição geográfica de suas linhas.1”

Fonte: Valor Econômico, fevereiro 2017

A
pós um aumento de 67% en- das vendas e a “linha leve para casa”, 27%.
tre 2003 e 2015, o consumo de Nas lojas das associadas, Sorvetes con-
sorvetes teve queda em 2016, tribuíram com 4,3% do faturamento. Entre
segundo dados preliminares os fabricantes, a Unilever permaneceu no
da Abis (Associação Brasileira das Indústrias destacado primeiro lugar (73,2%). A segun-
e do Setor de Sorvetes)2. da posição também continuou com outra
O volume diminuiu, mas o fatura- gigante, a Nestlé (25,1%). Em terceiro, a
mento aumentou. De acordo com analistas Garoto (0,4%), e a General Mills (0,3%) em
da Euromonitor International, o setor, em quarto. O ranking das marcas também foi o
2016, focou na criação de produtos com mesmo de 2015: Magnum, Cremosíssimo,
valor agregado maior. A indústria também Fruttare, Tablito e Cornetto, na lista dos Top
tem investido em sabores especiais e em 5. Cremosíssimo 2L foi o campeão de ven-
embalagens diferenciadas (menores ou das desta categoria em 2016.
com novos formatos). O ranking dos fabricantes foi o mes-
“Entre os fabricantes, a Unilever, dona mo no Mercado Total (quatro primeiras
da Kibon, manteve a liderança no merca- colocações). Entre as marcas, o ranking foi
do, com 22,7% de participação. Ela é se- bastante semelhante: os quatro primeiros
guida pela Nestlé, com a Froneri (6,7%), colocados coincidiram com os das lojas das
General Mills, com o Häagen-Dazs (2,0%), associadas, seguidos de Eskibon Mini, Chi-
Jundiá, com 1,5%, e Creme Mel Sorvetes, cabon e La Frutta. O produto mais vendido,
com 1,4%. A Unilever ampliou a distribui- Magnun. No Mercado Total, a participação
ção da sua marca de sorvetes de alto valor da categoria Sorvetes foi de 5,2%. A linha
agregado – a Ben & Jerry’s – de 700 pontos impulso representou 73,1%.
de venda para 2,2 mil no ano passado. Des- Segundo matéria do site Exame.com,
se total, nove são lojas próprias, sendo cin- “o sorvete Magnum, da Unilever, é o sorvete
co em São Paulo, uma em Campinas (SP) e mais vendido do mundo. Os dados são do
três no Rio de Janeiro”, informou o jornal Euromonitor e foram divulgados pela For-
Valor Econômico a respeito do mercado bes. O ranking mostra as 15 marcas do ramo
brasileiro de sorvetes. com as maiores vendas globais em 2015
Os Sorvetes representam uma catego- – além da previsão de vendas em 2016. A
ria importante para as lojas de conveniência, Unilever domina a lista, produzindo oito
cuja compra acontece, na maior parte das ve- dos 15 sorvetes mais populares (e 22% do
zes, por impulso, assim como nas categorias mercado). A Nestlé é outra empresa que se
de Bomboniere e Snacks. As conservadoras destaca no ranking. (...) Nos últimos anos, o
de sorvetes ganharam, desde as primeiras mercado global cresceu, enquanto os EUA
lojas, posição de destaque nos layouts, lo- diminuíram seu consumo. China, Brasil e
calizadas próximas ao check-out. No ano de outros mercados emergentes respondem
2016, a “linha de impulso” representou 73% por cerca de 2/5 do mercado”3.

1. Valor Econômico, 13/02/2017 – “Sorvete no pote impulsiona marcas”


2. Site Folha de São Paulo, 27/02/2017, Mercado – “Para crescer, sorveterias viram franquias”
146 3. Site Exame.com, 13/09/2016 – “As 15 marcas de sorvete mais vendidas do mundo”
CONVENIÊNCIA

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CONVENIÊNCIA

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BEBIDAS DESTILADAS
“O mercado de destilados sofreu com a recessão do Brasil tanto quanto a cerveja, fechando 2016 com uma queda no
volume de vendas de 1,8%, de acordo com estimativa da Euromonitor International. Em receita, as vendas tiveram
aumento real de 1%, para R$ 39,4 bilhões. Algumas categorias, no entanto, tiveram desempenho acima da média,
levando as indústrias do setor a reforçar linhas no país neste ano. Foi o caso do gim, do uísque americano (bourbon)
e do uísque escocês (scotch)1.”
Fonte: Site do Jornal Valor Econômico, março 2017

A
ssim como outras categorias, tradicionais desse tipo de bebida reduziram
Bebidas Destiladas também o número de viagens ao exterior e passa-
foram impactadas pela crise ram a comprar no país; a demanda no inte-
econômica. Com menos di- rior de São Paulo e no Centro-Oeste, onde
nheiro, além de consumir menos, o brasilei- o agronegócio vai bem, está aquecida; e o
ro diminuiu os gastos com alimentação fora público que frequenta bares e restaurantes
do lar, principalmente o das classes C e D, está mais disposto a experimentar drinques
o que afetou o mercado de bebidas alcoó- feitos com vodca, rum e gim3”.
licas, uma vez a ida a restaurantes e bares Além dos segmentos de uísques, vod-
foi reduzida. Esta é uma das reflexões de cas e gins, o segmento de cachaças também
analistas desse mercado ao avaliarem a re- investe no consumidor de alta renda. A in-
tração no consumo da categoria. dústria fortalece a linha de cachaças espe-
“Diante desses desafios e com o bolso ciais visando o mercado de bebidas premium.
mais apertado, o consumidor tenta encon- “O mercado de bebidas vem acompanhando
trar alternativas para driblar esses obstácu- ponto a ponto o crescimento do interesse
los. Reduzir gastos fora do lar, diversificar por destilados considerados nobres. Com
canais de compra com melhor custo-bene- forte potencial de expansão na preferência
fício, diminuir idas ao ponto de venda, es- do consumidor, os produtores de Cachaça
colher tamanhos de embalagens com me- buscam cada vez mais estratégias para ele-
lhor custo-benefício e trocar de marcas são vá-la à categoria Premium e, dessa forma, es-
algumas das opções2” , comenta matéria do tarem páreo a páreo com whiskies e runs nas
site Nielsen, na sessão Insights Consumo, melhores prateleiras4”, revela o site da revista
de julho de 2016, referindo-se ao mercado Embalagem e Tecnologia, em matéria atribu-
de bebidas em geral (tanto alcoólicas quan- ída à fonte Notícia Expressa.
to não-alcoólicas). Outro aspecto a destacar no mercado
Uma tendência interessante que acon- de bebidas destiladas é a disputa entre as
tece com o mercado de bebidas destiladas, “bebidas alcoólicas mistas” (aquelas que
nesse período de redução de consumo, é a misturam destilado ou cerveja com sucos,
busca pelo consumidor de renda mais ele- chás e refrigerantes). Em 2016, muitos fa-
vada. Além de estarem mais propensos a bricantes perderam vendas para a AmBev,
comprar (ou, ainda, de poderem comprar!), que em um ano triplicou a participação de
o público das bebidas ditas “de luxo” dimi- Skol Beats. Segundo o jornal Valor Econô-
nuiu suas viagens para fora do país, o que mico, divulgando dados da Euromonitor, a
favoreceu o volume interno. Em matéria AmBev ganhou 26 pontos percentuais em
intitulada “Aumentam as vendas de destila- participação em bebidas alcoólicas mistas,
dos de luxo”, de abril de 2016, o Jornal Valor atingindo 39%. Smirnoff Ice perdeu pouco
Econômico afirma: “O mercado de bebidas mais de 10 pontos, caindo para 28%. 51
de luxo cresce no Brasil, em especial no seg- Ice, produzida pela Companhia Müller de
mento de destilados. O crescimento, mes- Bebidas, diminuiu 5 pontos (11,5%) e de-
mo em uma economia em recessão, deve- mais fabricantes, em conjunto, diminuíram
-se a um conjunto de fatores: apreciadores 10 pontos (22%)5.

1. Site Valor Econômico, 13/03/2017 – “Na contramão do mercado, gim e uísque elevam vendas”
2. Site Nielsen Insight, 12/07/2016 – “4 fatores essenciais que movem o mercado de bebidas” 4. Site Embalagem e Tecnologia, 22/05/2017 – “’Cachaça forte’ – Produtores visam o mercado de bebidas Premium”
3. Site Valor Econômico, 27/04/2016 – “Aumentam as vendas de destilados de luxo” 5. Site Valor Econômico, 31/05/2017 – “Ambev tira espaço de concorrentes em bebidas alcoólicas mistas” 149
CONVENIÊNCIA

“A indústria brasileira de bebida alco- ICES representaram 29,9% da categoria de Bebi-


ólica comercializou 13,9 bilhões de litros As Ices representam participação expressiva das Destiladas.
em 2016, baixa de 3,2% ante o ano anterior, na categoria de Bebidas Destiladas, comer-
de acordo com a consultoria Euromonitor. cializadas geladas e em vários sabores. Con- UÍSQUES
Diante da crise econômica, o consumidor tudo, elas vêm perdendo share nos últimos Nas lojas das associadas, Uísques contri-
reduziu as idas a bares e restaurantes, e anos. Em 2016, a subcategoria contribuiu buíram com 19,5% do faturamento da ca-
até mesmo o consumo em casa. As ven- com 31,9% do faturamento da categoria tegoria de Bebidas Destiladas. Diageo, em
das de cervejas recuaram 3,4%, enquanto nas lojas das associadas – 3,2 pontos per- destacada liderança (57,1%), Pernod Ricard
a indústria de destilados diminuiu 4,1% e centuais menos em relação ao ano anterior (27,5%) e Jack Daniel’s Distillery (10%) ocu-
o mercado de vinhos encolheu 3,1% em e 7,1 menos que em 2013. param o pódio de fabricantes. As marcas
2016, em volume”, informa o Valor Econô- Smirnoff Ice, da Diageo, lançada no Bra- Johnnie Walker Red, Jack Daniel’s e Johnnie
mico, na matéria “Ambev tira espaço de sil em 2000, foi líder novamente na conveni- Walker Black foram as três mais vendidas,
concorrentes em bebidas alcoólicas mis- ência, com 78,8% de share (abaixo 3,3 pontos concentrando, as três, pouco mais da meta-
tas”, de maio de 2017. percentuais versus 2015). Em segundo lugar, de do share da subcategoria.
Nas lojas de conveniência das associa- 51 Ice, da Muller, com 8,7%. Smirnoff Ice Já nas lojas do Mercado Total, no qual
das, a participação de Bebidas Destiladas Storm ficou em quarto lugar, atrás de Blue Uísques também participaram com 19,5%
foi de 2% em 2016 – quase a mesma que Spirit, do Grupo Petrópolis (3º lugar entre os da categoria, Bacardi ficou com a terceira
em 2015. A subcategoria Ices representou fabricantes). A Diageo manteve sua posição colocação no ranking de fabricantes, tam-
31,9% da categoria, caindo 3,2 pontos per- de líder absoluta entre os fabricantes, com bém liderado pela Diageo e com Pernod
centuais. As Vodcas quase igualaram as Ices 81,9%. Em segundo lugar, Muller (8,7%). Ricard em segundo lugar. Johnnie Walker
em sua contribuição, chegando a 31% de No Mercado Total de lojas de conve- Red, Johnnie Walker Black e Teacher’s enca-
share, seguidas de Uísques (19,5%), Aguar- niência, a liderança também foi da Diageo, beçaram a lista das marcas mais vendidas.
dentes de Cana (4,1%) e Outros Destilados seguida de Muller e Missiato. Smirnoff Ice,
(13,6%). Entre os fabricantes, mais da me- 51 Ice e Smirnoff Ice Storm foram as três AGUARDENTES DE CANA
tade do faturamento da categoria Bebidas primeiras colocadas do ranking de marcas. Ypioca, Pirassununga 51, Velho Barreiro e
Destiladas foi da Diageo, que, apesar da Smirnoff Ice 275ml garrafa sabor limão; Pitú figuraram como as quatro marcas de
liderança, perdeu participação em 2016. O Smirnoff Ice 310ml lata sabor limão; Smirno- Aguardentes de Cana mais vendidas, nesta
segundo lugar no ranking de fabricantes fi- ff Ice Storm 269ml lata sabor guaraná; Smir- ordem, nas lojas das associadas. Nesta sub-
cou com a Pernod Ricard. Comary e Grupo noff Ice 275ml garrafa sabor maçã verde e 51 categoria, que teve participação de 4,1%
Asteca Hinomoto cresceram em share, ocu- Ice 275ml garrafa sabor limão foram os cinco em Bebidas Destiladas, a Diageo também
pando o terceiro e quarto lugares, respecti- mais vendidos no ranking de produtos. liderou o ranking de fabricantes. Velho Bar-
vamente. Outros fabricantes concentraram reiro 910ml, Ypióca 960ml, Pirassununga 51
25,3% do faturamento. VODCAS 965ml, Ypióca 1L e Pitú 350ml (lata) foram
O pódio das marcas da categoria, no As Vodcas ganharam participação nas lojas os “Top 5” no grupo das associadas.
grupo das associadas, recebeu Smirnoff de conveniência das associadas, em 2016, Já nas lojas do Mercado Total, o ranking
(36,9%, quatro pontos percentuais a menos chegando a 31% de share na categoria, dos fabricantes foi diferente, tendo a lide-
que em 2015), Selvagem (7,5%, quase três pouco menos que as Ices. Entre os fabrican- rança da Cia. Muller. Pitú, 51, Velho Barrei-
pontos percentuais a mais que em 2015) e tes, Diageo, Pernod Ricard e Grupo Asteca ro e Terra Brasilis foram as quatro primeiras
Johnnie Walker Red (6,5%). Na lista dos Top Hinomoto ocuparam primeiro, segundo e marcas em faturamento. No Mercado Total,
10, Smirnoff garrafa 275ml, Smirnoff garrafa terceiro lugares no ranking, respectivamen- Aguardentes de Cana representaram 8,4%
998ml, Selvagem garrafa1L, Johnnie Walker te. Enquanto o líder perdeu share, o Grupo da categoria de Bebidas Destiladas.
Red 1L e Orloff 1L foram os cinco primeiros Asteca Hinomoto ganhou.
colocados. Em 2016, Selvagem ultrapassou No grupo das associadas, a liderança
Johnnie Walker Red nesse ranking. entre as marcas foi de Smirnoff (38,1%). Na
No Mercado Total, Bebidas Desti- segunda posição ficou Orloff, na terceira,
ladas representaram 1,6% em 2016. As Askov, e na quarta, Absolut.
chamadas Misturas Alcoólicas contribuí- No ranking do Mercado Total, Absolut
ram com 37,9% da categoria – 6,5 pontos conquistou o segundo lugar, seguida por
percentuais a mais que em 2015. Todas as Orloff e Askov. Smirnoff 998ml (nacional),
demais subcategorias pesquisadas pela Absolut 1L (importado), Orloff 1L (nacio-
Nielsen, por sua vez, perderam partici- nal), Smirnoff 350ml (nacional) e Askov
pação. Vodca representou 29,9%; Whisky, 900ml (nacional) ocuparam as cinco pri-
19,5%; Aguardente de Cana 8,4%; Rum meiras posições, nesta ordem, no ranking
2,8% e Conhaque 1,5%. de produtos. No Mercado Total, Vodcas

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FOOD SERVICE
“O setor de alimentação e bebidas é o que representa o maior segmento de consumo nos mais importantes merca-
dos mundiais – no Brasil é perto de 40% dos gastos das famílias – e o foodservice é o segmento de alimentação e
bebidas que mais cresce e cria um cenário que envolve ameaças e oportunidades (...).
Interessante notar que a participação da alimentação fora do lar nos Estados Unidos chegou a representar 49% dos
dispêndios totais com alimentação e bebidas, recuou durante a crise 2007-2009 e voltou a crescer, mantendo nos
últimos três anos o patamar de 48%.
No Brasil, esse número é de 33%, sendo que em alguns mercados mais maduros já está em 36%, com clara tendência
de aumento, que será ainda maior à medida que a crise econômica recue, exatamente como aconteceu nos Estados
Unidos. Não é despropósito estimar que em até dez anos a participação da alimentação fora do lar no Brasil irá re-
presentar 40% do total dos gastos com alimentos e bebidas, criando um cenário muito diverso do que temos hoje na
estrutura de varejo que atende o mercado.”1
Fonte: Site do Jornal Valor Econômico, março 2017

D
e acordo com a GS&MD – Gou- Outro aspecto interessante foi o au- mercado é o de alimentos com apelo mais
vêa de Souza, por meio da mento no uso de promoções nas refeições, saudável, conforme atesta o estudo Alimen-
pesquisa CREST (Consumer que cresceu 6% na comparação do ano mó- tação Saudável – Tendências 2016, realizado
Reports on Eating Share Trends vel de Mar/17 x Mar/16. Quando falamos pela Mintel, fornecedora global de pesquisa
– maior e mais completo estudo do setor em promoções, estamos nos referindo a de mercado. Para se ter uma ideia, 76% dos
de Food Service nos mercados nacional e cupons de desconto, campanhas compre 1 brasileiros afirmaram que buscam ter uma
internacional, que entrevista 72 mil pessoas leve 2, combos, compre uma refeição ganhe alimentação saudável”.4
por ano no Brasil), o mercado de Food Ser- um refrigerante, entre outros3”. Em 2016, foi usada uma nova metodo-
vice teve crescimento de 3% em 2016, com Com números positivos, apesar do logia para medição dos resultados da cate-
faturamento que chegou a R$ 184 bilhões. ambiente econômico desafiador, o setor de goria Food Service nas lojas de conveniência,
O número de transações, contudo, caiu em alimentação fora do lar tem mostrado a sua que resultou na participação de 15,4% no
4%. Assim, o incremento do setor aconteceu força, impulsionada pela rotina corrida do faturamento. Entre as ofertas, destacaram-
devido ao aumento do ticket médio (8%).2 consumidor. No canal de lojas de conveni- -se os salgados, sanduíches, cafés, pães de
Segundo a mesma pesquisa, a quanti- ência, a relevância da categoria é cada vez queijo e panificados – que somaram 77,2%
dade de clientes que frequentam restauran- maior e, sua presença, fundamental. A meta das vendas.
tes não mudou. O que diminuiu foi o núme- é que o Food Service consolide o seu papel
ro de vezes de consumo durante o dia (ou de “categoria destino”.
seja, em vez de duas refeições, passaram a As associadas seguem investindo em
fazer só uma, por exemplo). soluções de ofertas de Food Service, logís-
“A pesquisa aponta que os brasileiros tica, equipamentos e conforto das instala-
continuam frequentando os restaurantes ções que beneficiem tanto o cliente final
em todo o Brasil, porém passaram a prio- quanto seus franqueados, primando por
rizar as refeições mais importantes na sua qualidade, eficiência e segurança alimentar.
percepção, ou seja, eles priorizam o almoço Outro foco é a saudabilidade, uma vez
e lanche da tarde principalmente durante que a tendência atual e crescente é a opção
os dias da semana, e passam a consumir por alimentos saudáveis por parte do consu-
menos nas refeições periféricas do dia, midor. Matéria publicada no site Investimen-
como o café da manhã e o lanche da ma- tos e Notícias afirmou: “Mesmo em meio
nhã, e nas refeições de entretenimento no à crise que o país enfrenta, um segmento
final do dia e aos finais de semana. que continua se destacando e crescendo no
1. Site Mercado & Consumo, 29/05/2017 – Marcos Gouvêa de Souza, “O apetite do mercado de foodservice”
2. Site Mercado & Consumo, 09/03/2017 – Eduardo Yamashita, “FoodService – pesquisa aponta números do fechamento de 2016 do setor”
3. Site Mercado & Consumo, 01/06/2017 – Eduardo Yamashita, “Hábito de Consumo do Brasileiro em Restaurantes Mudou”
4. Site Investimentos e Notícias, 10/04/2017 – “Mercado de alimentação saudável segue com potencial de crescimento no Brasil” 157
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AS GERAÇÕES Y E Z
e o mercado de Conveniência
BRENDA BRANCO
(Key Account Manager Coca-Cola Brasil)

Geração Y? Millennials? Geração Z? É difícil assistir a uma


palestra sobre mercado consumidor sem ouvir uma dessas
expressões. Entender esses conceitos – ou melhor, as jovens
mentes por trás dessas denominações – pode ser a chave
para o sucesso de um negócio duradouro.

O
MAS O QUE ELAS SIGNIFICAM?
s integrantes da geração Y (chamados de millennials) nasceram entre
os últimos anos da década de 1970 e 1989, numa época de grandes
avanços tecnológicos, crescimento econômico em diversos países e em
ambiente altamente urbanizado. Foi a primeira geração que cresceu
conectada aos ambientes virtuais, mesmo que ainda incipientes.
Se os millennials cresceram enquanto o acesso à internet se popularizava e as re-
des sociais começavam a surgir, a geração Z já chegou inteiramente conectada à Era
Digital. São os nascidos a partir da década de 1990, os nativos digitais, sempre ligados
em múltiplas telas – TV, smartphone, tablet, games. É um grupo engajado que sente que
tem poder para mudar o mundo. Para a geração Z, o que é “cool” (bacana) representa
também seus valores.
O conceito de gerações é cada vez mais importante para os mercados. Mesmo não
sendo possível decifrar as necessidades e desejos das pessoas apenas de acordo com a
sua faixa etária, a definição pode facilitar o conhecimento e o desenvolvimento da estra-
tégia das empresas.
Não custa lembrar que outras características, entretanto, como contexto social,
cultural e econômico refletem-se também no comportamento das pessoas. Afinal, an-
tes de pertencerem à geração Y ou Z, esses consumidores são pessoas, com suas pró-
prias bagagens e experiências.
E como esses grupos se comportam com relação ao consumo?
Os estudos são inúmeros, de conclusões nem sempre semelhantes. Mas pesqui-
sas compiladas pelo time de Knowledge & Insights da The Coca-Cola Company dão
um norte para quem está interessado em entender melhor essas mentes de raciocínio
rápido e altamente críticas.

159
PESQUISA

O QUE É “COOL” PARA OS NOVOS


CONSUMIDORES?
Em qual produto a geração Z está interessada? Como ela quer ser
atendida? O que esses exigentes consumidores – sempre antena-
dos em novas tecnologias e produtos – procuram?
Segundo pesquisa publicada pelo Brand Team for Consumer
Apps do Google, em 2016, feita com 400 americanos com idades
entre 13 e 17 anos, os adolescentes de hoje acreditam que o ba-
cana é ser você mesmo e abraçar o que ama. Os produtos devem
ser únicos e se destacar no mercado.
A tecnologia móvel domina essa parcela da população,
segundo os dados da pesquisa do Google. Apenas 9,6% dos
adolescentes entrevistados não possuíam smartphone. Entre
as redes sociais, Snapchat e Instagram foram eleitas as favoritas
– 59,6% usam Instagram, 56,4% usam Snapchat e 52,8% estão
no Facebook, apesar de raramente compartilharem seus pensa-
mentos ou histórias por lá.
O tipo de mídia “real time” (tempo real) é o preferido dessa ga-
lera. Plataformas de streaming de vídeos e música estão no topo da
lista desses consumidores que procuram informações e entreteni-
mento sob demanda, ou seja, que se encaixem perfeitamente com
seus gostos pessoais. As plataformas mais consumidas são YouTu-
be, Netflix, Spotify e Hulu.
A geração Z pode ser exigente, mas, de acordo com o levan-
tamento, ainda tem desejos e necessidades de simples adoles-
centes quando o assunto é alimentação. De acordo com os jovens
entrevistados, pizza, biscoitos doces, batata chips e sorvete são
considerados “cool”. Em média, quase 17% das calorias ingeridas
diariamente por esses jovens vêm da junk food, de acordo com
uma análise dos dados do National Health and Nutrition Exami-
nation Survey coletados em 2011 e 2012 nos Estados Unidos e
também compilados pelo time do Google.
As marcas consideradas mais “cool”, de acordo com a pesqui-
sa, são, nesta ordem: YouTube, Netflix, Google, XBOX, Oreo, GoPro,
Playstation, Doritos, Nike e Chrome.
Este mesmo estudo concluiu que a geração Z é a mais bem
informada, engajada e empática. Esses adolescentes valorizam in-
formação, estímulos e conectividade. Eles também têm grandes
expectativas em relação às marcas que escolhem. Para os profis-
sionais, fica o desafio de continuar a informar, inspirar e de criar
produtos e um marketing que contribua para construir o mundo
em que essa geração quer viver.

160
PESQUISA

POPULAÇÃO ESTIMADA EM 2 BILHÕES DE PESSOAS


EM TODO O MUNDO
Uma pesquisa compilada pela WGSN, a Consumer Insight 2015, ressaltou que, com uma
população estimada em 2 bilhões de pessoas em todo o mundo, a geração Z será o
maior grupo de consumidores daqui a cinco ou sete anos. Nos Estados Unidos, 25,9%
da população já é de nativos digitais – em comparação com 24,5% de millennials –, de
acordo com dados do Euromonitor International’s 2011 Strategy Briefing. Na Índia e na
China, em 2009, já eram 286 milhões e 215 milhões de adolescentes, respectivamente.
No Brasil, são 41 milhões. E eles são os consumidores do futuro.
Os integrantes deste grupo, de acordo com a WGSN, se definem como “plurais” e
acreditam que a convivência saudável entre diferentes tipos de culturas, crenças e opi-
niões é a chave para um futuro brilhante. Nos Estados Unidos, 73% dos participantes da
pesquisa disseram que apoiam a igualdade de direitos para casais homoafetivos, 74%
querem direitos civis igualitários para transgêneros e quase dois terços dizem que sua
geração está derrubando as barreiras do que significa “masculino” ou “feminino”.
Batizados de “clickativists” (ativistas do clique), utilizam a tecnologia para lutar por
causas sociais e pela justiça. De acordo com um estudo da agência de marketing Sparks
& Honey, 60% dizem que querem causar algum impacto no mundo – o índice entre os
millennials é de 39%. Atualmente, um em cada quatro jovens da geração Z (26%) faz
trabalho voluntário.

SUAS MENTES POSSUEM FILTROS REFINADOS DE


OITO SEGUNDOS
Algumas pesquisas observadas pela WGSN sugerem que os cérebros desses adolescen-
tes evoluíram de maneira a absorver e analisar muitas informações em um curtíssimo
intervalo de tempo. Por isso, suas mentes possuem filtros refinados que processam di-
versas informações nos primeiros oito segundos de contato com os estímulos. Esses
jovens adoram desafios cognitivos. Nasceram cercados por telas 3D, em alta definição,
e sistemas de som surround. Ao mesmo tempo, prender sua atenção em meio a tantas
telas e estímulos é um desafio. Para conquistar a atenção deste grupo de consumido-
res é preciso que a inovação nas empresas flua de cima para baixo. Isso quer dizer que
os líderes das companhias precisam estar dispostos a observar e entender esses novos
consumidores.
Já que nasceu durante a Grande Recessão, a maior parte da geração Z parece se
preocupar com estabilidade financeira e ser motivada a moldar seu próprio futuro atra-
vés de altos níveis educacionais e um espírito empreendedor. Em um estudo recente
da Northeastern University, 63% dos nativos digitais responderam que gostariam de
aprender sobre empreendedorismo na faculdade, incluindo lições sobre como abrir seu
próprio negócio, e 72% disseram que as faculdades deveriam deixar seus alunos dese-
nharem suas próprias grades curriculares. Essa geração já cresceu com a habilidade de
estudar e pesquisar por conta própria.

161
PESQUISA

ÁVIDOS POR INOVAÇÃO E ENGAJAMENTO


De acordo com reportagem publicada no jornal O Estado de S. Paulo em agosto de 2011,
essa geração não quer ser conquistada, mas envolvida por um produto. Quer uma experi-
ência, e não só um produto, como atesta Marcelo Sinelli, consultor de marketing e vendas
do Serviço de Apoio às Micro e Pequenas Empresas de São Paulo (Sebrae-SP).
Já o diretor-presidente da empresa especializada em estudo de mercado GfK, Paulo
Carramenha, explica, na mesma reportagem, que o que pode aproximar essa geração de
uma empresa ou de um produto é a interação. “Eles querem dar opinião, fazer parte da
criação do produto”, afirma.
A coordenadora do núcleo de empreendedorismo da ESPM, Rose Mary Almeida Lo-
pes, acredita que outra forma de atrair esse consumidor é sempre oferecer novidades.
“Eles são ávidos pelo que é novo. A marca tem que agregar inovação, pois como o tempo
para eles passa mais rápido, tudo para esse público é passageiro, mais do que para outras
gerações. Isso está muito ligado ao fato de eles terem nascido se relacionando com a
tecnologia”, aponta Rose Mary no texto.

OS MILLENNIALS
Um estudo conduzido pela empresa de pesquisa Bridge Research traz alguns insights
sobre a geração Y: o que pensam em relação a assuntos, como política, comunicação,
dinheiro e seus hábitos de consumo. O trabalho foi baseado em entrevistas com 672
pessoas na Grande São Paulo, Grande Rio de Janeiro e Grande Porto Alegre, sendo 48%
de homens e 52% de mulheres das classes A, B e C com idades entre 18 e 30 anos.
O estudo apontou, por exemplo, que os millennials adoram fazer compras e se rela-
cionam com essa atividade de maneira positiva e emocional. No entanto, não são apega-
dos a marcas e têm foco no resultado que a compra produz.
A geração Y se comporta de maneira similar às demais gerações quando o tema é
atendimento, segundo o levantamento. A demora é a principal reclamação desses jo-
vens. Esperam atendentes bem treinados e capacitados, com boa vontade, eficientes,
atenciosos e simpáticos, proativos e com raciocínio rápido. Preferem não falar com mais
de um atendente, não ter a ligação derrubada, ter respostas diretas e objetivas e conse-
guir resolver o problema.
A transparência das marcas também é algo muito valorizado pela geração Y. As
empresas dispostas a manter um diálogo com os consumidores e a produzir conteúdos
interessantes que mostrem o funcionamento das próprias companhias devem ganhar
pontos com esses jovens adultos.

162
PESQUISA

COMO AS GERAÇÕES Y E Z PODEM APROVEITAR O


MERCADO DA CONVENIÊNCIA?
Não basta oferecer produtos. É preciso oferecer uma experiência – de inovação e prazer.
Chamar essas gerações – em especial, os nativos digitais do grupo Z – para fazerem parte
das tomadas de decisões e implicarem-se no processo de criação dos produtos ou das
ações de marketing e vendas (com acesso a customizações, por exemplo) pode trazê-las
para mais perto das marcas.
Se essas gerações buscam conectividade, pluralidade e agilidade, as lojas de con-
veniência têm muito a oferecer a elas. E se no Brasil os jovens ainda não estão recorrendo
majoritariamente à conveniência na hora de fazer compras, então há uma grande opor-
tunidade de crescimento neste mercado. E como a Coca-Cola Brasil faz para endereçar
as necessidades dessa geração? Observa, pesquisa, investe. Há oportunidade de atender
às gerações mais jovens no mercado de conveniência – com a ajuda da tecnologia, de
praticidade e criação de um ambiente de atratividade.

AGILIDADE E PRATICIDADE: OPORTUNIDADE PARA


AS “ONE SHOP STOPS”
Uma pesquisa sobre as necessidades dos consumidores latino-americanos conduzida
pela Global Survey Growth Strategies 2016 mostrou que 43% dos entrevistados gostaria
de passar menos tempo fazendo compras e que 50% queria encontrar comidas e não-
-alimentos no mesmo lugar. Isso abre espaço para uma expansão das “one shop stops”,
que oferecem diversos serviços aos consumidores. Entre encher o tanque do carro, pagar
contas e fazer uma refeição quente, cada vez mais serviços estão sendo adicionados às
lojas de conveniência brasileiras, como farmácia, retiradas de ingressos, wi-fi e ambiente
para carregar aparelhos eletrônicos. Esses locais têm potencial para se tornarem essen-
ciais para pessoas que estão sempre em movimento, como trabalhadores autônomos
que não têm escritório fixo, hábito já comum entre as gerações Y e Z.
Já de acordo com dados da Nielsen Company, 77% das compras feitas em conveni-
ência são para consumo imediato (na própria loja, do lado de fora da loja ou na viagem
para outro local). E, ainda, 11% levam o produto para casa ou para o trabalho para consu-
mi-lo algumas horas depois da compra, o que reforça a noção de que esses consumido-
res geralmente estão em trânsito.

163
PESQUISA

MERCADO DE CONVENIÊNCIA
EM ASCENSÃO
O canal conveniência (Convenience & Forecourt Stores) é um dos que mais cresce no
mundo, de acordo com a pesquisa da Planet Retail: 5,5%, em comparação com Hyper-
markets & Superstore (2,5%); Supermarkets & Neighbourhood Stores (3,9%) e Cash & Car-
ries/Warehouse Clubs (4,1%).
No Brasil, mesmo em meio a uma crise econômica, o volume de vendas cresceu
0,8% nas lojas de conveniência de 2015 para 2016, enquanto teve queda de 3,5% nos
outros tipos de varejo (Cesta Nielsen/YTD16x15). Já o faturamento aumentou 6,2% nas
lojas de conveniência, apesar de ter caído os mesmos 6,2% no varejo.

O CONSUMIDOR NO CENTRO DA
ESTRATÉGIA DE NEGÓCIOS
Com 75 anos de história, a Coca-Cola Brasil é uma especialista em inovação e prazer. As
novas tecnologias estão não apenas dentro das bebidas, mas também na maneira de
fazer esses produtos chegarem às mãos dos brasileiros onde quer que eles estejam, do
mercadinho perto de casa ao restaurante de fim de semana.
A companhia busca evoluir constantemente para oferecer às pessoas as bebidas
que desejam. Além de ter um portfólio cada vez maior – que inclui refrigerantes, água,
sucos, chás, isotônicos e lácteos –, investe em aprimorar receitas e criar um leque cada vez
maior de embalagens: de 250 ml a 2 litros. A empresa tem um produto para cada tipo e
tamanho de sede e seu amplo portfólio de produtos respeita os diferentes gostos, neces-
sidades, desejos e momentos das pessoas. A todo tempo, a Coca-Cola Brasil se certifica de
que ele – o consumidor – está no centro de sua estratégia de negócios.
Néctares e sucos Del Valle, Matte e Café Leão, água mineral Crystal, bebidas espor-
tivas Powerade, refrigerantes Sprite, Fanta, Kuat e, claro, Coca-Cola, todos com versões
de baixa caloria, são algumas das opções. Mas o tamanho da sede também faz toda a
diferença na hora de decidir o que beber. Uma pessoa sozinha pode escolher uma gar-
rafinha de 250 ml. Se ela estiver em uma festa ou em um almoço de família, pode optar
pelo produto de 2 litros.
Mas por que é importante para a Coca-Cola Brasil ter tantos produtos no portfólio? A
resposta passa por uma empresa especialista em bebidas, que se preocupa e acompanha
as demandas e mudanças do consumidor. Como diz James Quincey, presidente global da
The Coca-Cola Company, apesar de carregarmos no nome um dos produtos mais reco-
nhecidos no mundo, “somos uma companhia de bebidas completa”.

164
EVENTOS

EVENTOS

12º FÓRUM DE
DEBATES SOBRE
QUALIDADE E USO
DE COMBUSTÍVEIS
O evento, organizado
anualmente pelo Instituto
Brasileiro de Petróleo, Gás
e Biocombustíveis (IBP), foi
realizado em abril, no Rio de
Janeiro, com apoio do Sindi-
com. Entre os temas debati-
dos estavam o cenário eco-
nômico brasileiro presente e
futuro e seus impactos para
a indústria; eficiência ener-
gética; importância do uso
do Arla e testes de aditiva-
ção mínima.

WORKSHOP DE LUBRIFICANTES
O Sindicom realizou, em março, no Rio de Janeiro, o
workshop anual da área de Lubrificantes. Na ocasião, foram
apresentadas as principais realizações de 2015, as metas mais
importantes para 2016 e os respectivos planos de ação para
atingi-las. Com 45 participantes, o encontro também abordou
as perspectivas do mercado de lubrificantes no cenário atual
da economia, em exposições feitas pela Presidência Executi-
va e pela diretoria de Mercado e Comunicação do Sindicom.
Entre os vários temas tratados no encontro, também mereceu
destaque o aprimoramento do site Óleo Certo para acesso em
dispositivos móveis, a expansão dessa ferramenta de comuni-
cação para os usuários de motocicletas e a migração de textos
para animação em 3D.

165
EVENTOS

LICENCIAMENTO
AMBIENTAL E
GERENCIAMENTO
DE ÁREAS
CONTAMINADAS
Entre os dias 11 e 13 de
maio, o Instituto Ambiental do
Paraná (IAP) e o Sindicom pro-
moveram um seminário para
discutir as regras de Licencia-
mento Ambiental e Gerencia-
mento de Áreas Contaminadas
(GAC) e analisar a minuta da
futura Resolução do IAP sobre
o tema para o estado do Para-
ná. Participaram do evento, que
ocorreu em Curitiba, empresas
distribuidoras (entre elas Ipi-
XVI CONGRESSO BRASILEIRO DO AIRPORT INFRA EXPO ranga, Petrobras Distribuidora
MINISTÉRIO PÚBLICO DE MEIO AMBIENTE 2016 e Raízen), consultorias técni-
No evento, realizado entre os dias 13 e 15 de abril pela A sexta edição da Airport cas do setor de combustíveis,
Associação Brasileira dos Membros do Ministério Público de Infra Expo, que aconteceu no sindicato de postos, Ministério
Meio Ambiente (Abrampa), o Sindicom marcou presença em dia 14 de abril no Centro de Público e Mineropar – Serviço
painel sobre resíduos sólidos, com o case do Instituto Jogue Eventos e Convenções Brasil 21, Geológico do Paraná. Ao longo
Limpo. O congresso, ocorrido em Florianópolis (SC) teve, ain- em Brasília (DF), teve a partici- do evento foram promovidas
da, painéis sobre responsabilidade ambiental da pessoa jurídi- pação de autoridades e repre- discussões sobre o texto de
ca, saneamento básico e defesa das nascentes. sentantes de grandes empresas regulamentação já preparado
aeroportuárias. Com o objetivo pelo IAP, que teve como refe-
de discutir e apresentar alterna- rência propostas contidas no
tivas para o desenvolvimento Manual de GAC do Sindicom.
sustentável do setor, o encon- Entre os temas debatidos es-
tro contou com 31 palestrantes, tavam investigação preliminar,
que se dividiram entre debates confirmatória, detalhada, aná-
e painéis sobre temas, como lise de risco, técnicas de reme-
concessões de aeroportos, diação e conclusão de caso e
transporte aéreo de cargas, de- parâmetros a serem adotados
senvolvimento da malha aérea, para remediação.
o legado a ser deixado pelas
Olimpíadas, além da apresen-
tação do ranking de aeropor-
tos municipais com potencial
de desenvolvimento por meio
de Parcerias Público-Privadas
(PPPs).

166
EVENTOS

SEMINÁRIO COPEDEM
No período de 19 a 22 de maio aconteceu, na Bahia, o “Se-
minário Caminhos para Saída da Crise”, realizado pelo Colégio
Permanente de Diretores de Escolas Estaduais da Magistratura –
Copedem. Durante o evento, que teve apoio do Sindicom, o dire-
tor de Planejamento Estratégico do sindicato, Helvio Rebeschini,
abordou o tema devedor contumaz. Os demais painéis, alinha-
dos com o atual momento da economia brasileira, trataram de
temas, como desenvolvimento econômico, sistema financeiro,
inflação, sustentabilidade, crédito e meios de pagamento. Além
disso, debates envolvendo investimentos em infraestrutura, se-
guro, saúde, previdência, Justiça do Trabalho e recuperação de
perdas também fizeram parte da grade do evento.

WORKSHOP 1º SEMINÁRIO PERSPECTIVAS PARA O


MEIO AMBIENTE MERCADO DE COMBUSTÍVEIS
Ampliar a interação com o No dia 13 de setembro, em São Paulo, foi realizado pelos
poder público é prioridade para sindicatos da revenda do Estado, Sincopetro, Regran, Resan
o Sindicom em sua agenda de e Recap, com apoio do Sindicom, o 1º Seminário Perspectivas
meio ambiente, saúde ocupa- para o Mercado de Combustíveis. Durante o evento foram dis-
cional e segurança operacio- cutidas ideias que podem contribuir para melhorias no segmen-
nal, com o objetivo de alinhar to de combustíveis. O encerramento do seminário teve a expla-
ainda mais as atividades das nação do economista Ricardo Amorim, que fez uma dinâmica
associadas às políticas dessas apresentação acerca do tema "Panorama Econômico do Setor
áreas. Este relacionamento co- de Combustíveis".
laborativo com as autoridades
foi reafirmado em workshop
organizado pela Diretoria de
Meio Ambiente e Segurança,
em maio, com a participação de
30 profissionais das associadas.
A postura cooperativa abran-
ge diversas iniciativas, e entre
elas estão o acompanhamento
de temas com impacto poten-
cial nas operações das distribui-
doras em campo, como licen-
ciamento ambiental e gestão
de áreas contaminadas, além
do apoio aos órgãos ambientais
no aprimoramento de seus
profissionais.

167
EVENTOS

5º FÓRUM
NACIONAL DOS
JUÍZES FEDERAIS
CRIMINAIS
(FONACRIM)
Promovido pela Associa-
ção dos Juízes Federais do Bra-
sil (Ajufe) entre os dias 3 e 5 de
outubro, em São Paulo, o 5º Fo-
nacrim teve como tema “Efeti-
vidade da Jurisdição Criminal”.
O principal objetivo desta edi-
ção foi levar aos presentes a
importância do combate à cor-
rupção em todos os níveis da
sociedade, causa essa apoiada IX SIMPÓSIO INTERNACIONAL DE
pelo Sindicom, que esteve pre- LUBRIFICANTES, ADITIVOS E FLUIDOS
sente ao evento.
O Sindicom, tradicional parceiro da Associação Brasileira
de Engenharia Automotiva – AEA, foi um dos patrocinadores
do IX Simpósio Internacional de Lubrificantes, Aditivos e Flui-
dos, realizado no dia 18 de outubro, em São Paulo. O evento,
que tem como público-alvo especialistas, profissionais e re-
presentantes da indústria automotiva, apresentou aos partici-
pantes informações fundamentais sobre as novas demandas
da indústria do lubrificante, como aumento do percentual de
biodiesel, transmissões de maior performance e temas que
vão de encontro à necessidade de maior eficiência energética
e diminuição da viscosidade dos lubrificantes, como a utiliza-
ção de básicos diferenciados.

CONCORRÊNCIA DESLEAL E DESAFIOS


DO SETOR DE COMBUSTÍVEIS
Em novembro, o jornal Valor Econômico realizou em São Paulo
o seminário “Concorrência Desleal e Desafios do Setor de Combus-
tíveis”. Com patrocínio do Sindicom, o evento tratou de temas que
preocupam toda a cadeia produtiva do setor e foi dividido em dois
painéis: “Riscos ao consumidor e custos sociais das fraudes nos com-
bustíveis” e “Devedor contumaz e seu impacto no mercado”. Entre
os presentes estiveram o diretor da Agência Nacional do Petróleo,
Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), Aurélio Amaral; o secretário de
Justiça do Estado de São Paulo, Marcio Elias Rosa; o procurador-geral
do Estado de São Paulo, Elival Ramos; o advogado tributarista Hugo
Funaro; o superintendente do Ipem-SP, Guaracy Fontes Monteiro Fi-
lho; e o subsecretário de Fiscalização da Receita Federal, Iágaro Jung
Martins. O encerramento do seminário ficou a cargo do secretário
de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis do Ministério de Minas e
Energia (MME), Márcio Félix.

168
EVENTOS

RIO OIL & GAS


O Sindicom participou de painéis sobre avanços regulatórios e infraestrutura na 18ª edição da
Rio Oil & Gas. Já tradicional no calendário do segmento, o evento aconteceu entre os dias 24 e 27 de
outubro, no Riocentro. O presidente do Sindicom, Leonardo Gadotti Filho, foi o palestrante do painel
"Avanços Regulatórios para Alavancar a Competitividade da Indústria do Petróleo Brasileira" e defen-
deu uma maior liberdade de preços no Brasil. Ele também participou do painel intitulado “Desafios
para a Construção da Infraestrutura para Abastecimento de Derivados do Brasil”.

DEVEDOR CONTUMAZ – INADIMPLÊNCIA DE TRIBUTOS


Com a presença de magistrados, tributaristas, advogados e empresários, o Sindicom realizou
em novembro, em Foz do Iguaçu, o seminário “Devedor Contumaz – Inadimplência de Tributos”. O
objetivo deste encontro foi colocar mais uma vez em discussão uma das práticas anticoncorren-
ciais mais ferozes do mercado e com a qual o setor de combustíveis tem sofrido ao longo dos anos.
A solenidade de abertura foi realizada pelo Presidente da Associação dos Magistrados do Paraná
(Amapar), Frederico Mendes Junior, pelo Diretor Jurídico do Sindicom, Guido Silveira, e pelo Pre-
sidente Executivo do Instituto Brasileiro de Ética Concorrencial – ETCO, Edson Vismona. Gustavo
Loyola, doutor em economia pela Fundação Getúlio Vargas - RJ, realizou a palestra de abertura,
cujo tema foi “A Economia Brasileira e os Caminhos para a Saída da Crise”. O evento foi composto
por quatro painéis: Tributação e Concorrência – Distorções no Mercado; Dos Crimes contra a Or-
dem Tributária; Casos de ICMS em Repercussão Geral; Novo CPC e Processo Tributário – Incidente
de Desconsideração da Personalidade Jurídica, Tutelas Provisórias, IRDR.

169
EVENTOS

FÓRUM NACIONAL DE DIREITO DO


CONSUMIDOR DO MERCADO DE COMBUSTÍVEIS
Realizado em novembro, em São Paulo, pelo Sindicom em par-
ceria com o Sincopetro, a Fecombustíveis e o Regran. Na ocasião, o
Sindicom lançou o Combustível Legal, conjunto de iniciativas que
tem como objetivo mitigar o comércio irregular de combustíveis.
Entre os presentes estiveram os governadores de São Paulo, Ge-
raldo Alckmin, e do Paraná, Beto Richa, que assinaram um proto-
colo de intenções que tem como objetivo estabelecer um esforço
conjunto das autoridades no combate às fraudes no setor. Entre as
cláusulas acordadas, destacam-se promover ações de combate às
irregularidades, objetivando o cumprimento das normas regulató-
rias do setor de combustíveis; implementar medidas de orientação
e proteção aos consumidores, prevenindo fraudes; reprimir todo e
qualquer crime contra a ordem econômica e tributária, entre outras.

MANUAL DE
ABASTECIMENTO
AQUAVIÁRIO
DE LUBRIFICANTE
O Sindicom lançou no fi-
nal de dezembro, em evento
no Rio de Janeiro, o “Manual de
Abastecimento Aquaviário de
Lubrificante”, que reúne as me-
lhores práticas de procedimen-
tos operacionais, elaboradas a
partir de um minucioso estudo
dos regulamentos aplicados
ao segmento de Lubrificantes.
O material, agora online, subs-
titui a antiga versão física e
chega para facilitar o dia a dia
de profissionais e empresas no
TREINAMENTOS SOBRE FRAUDE desenvolvimento e gerencia-
NOS COMBUSTÍVEIS mento de sistemas de seguran-
ça na entrega de lubrificantes.
Um dos principais focos da atuação do Sindicom está ligado à eficiente fiscalização de postos
de combustíveis. É por isso que a instituição aposta em um projeto continuado que visa oferecer
treinamento sobre fraudes em postos e em bombas de abastecimento para fiscais de Secretarias
de Fazenda de diferentes estados. Entre os meses de março e abril foram realizadas três rodadas
nos estados de Santa Cataria, Paraná e Rio Grande do Sul, onde cerca de 68 profissionais recebe-
ram treinamento. Em junho, foi a vez de Pernambuco. Nos encontros, os agentes especializados
do Sindicom capacitam fiscais que muitas vezes não têm conhecimento específico para esse tipo
de vistoria. Além de orientá-los sobre como identificar as fraudes, a equipe dissemina informações
sobre ações bem sucedidas praticadas por outros estados e apresenta tudo o que há de novidade
em termos de combate a irregularidades.

170
ÍNDICE DE GRÁFICOS E TABELAS

ÍNDICE DE GRÁFICOS
E TABELAS
COMBUSTÍVEIS
MERCADO TOTAL P.57 - 41. PARTICIPAÇÃO POR REGIÃO - 2016 X 2015
P.37 - 01. PARTICIPAÇÃO POR PRODUTO
P.38 - 02. HISTÓRICO DE VENDAS ETANOL HIDRATADO
P.38 - 03. VARIAÇÃO DO MERCADO TOTAL 2016 X 2015 P.58 - 42. HISTÓRICO DE VENDAS DE ETANOL HIDRATADO - MERCADO TOTAL
P.39 - 04. PARTICIPAÇÃO POR SEGMENTO P.58 - 43. HISTÓRICO DE VENDAS DE ETANOL HIDRATADO - POSTOS REVENDEDORES
P.39 - 05. VENDAS POR REGIÃO - VARIAÇÃO DE VOLUME 2016 X 2015 (%) P.59 - 44. PARTICIPAÇÃO POR SEGMENTO
P.39 - 06. PARTICIPAÇÃO POR REGIÃO - 2016 X 2015 - TODOS OS COMBUSTÍVEIS P.59 - 45. PARTICIPAÇÃO POR DISTRIBUIDORA
P.39 - 07. PARTICIPAÇÃO DE MERCADO POR PRODUTO P.59 - 46. ÍNDICES DE NÃO CONFORMIDADE DO ETANOL HIDRATADO - BRASIL
P.40 - 08. PRODUTO INTERNO BRUTO (PIB) - POR SETOR DE ATIVIDADE (%) P.59 - 47. ÍNDICES DE NÃO CONFORMIDADE DO ETANOL HIDRATADO - RIO DE JANEIRO
P.41 - 09. PRODUTO INTERNO BRUTO (PIB) - VARIAÇÃO COM O MESMO PERÍODO DO ANO ANTERIOR (%) P.59 - 48. ÍNDICES DE NÃO CONFORMIDADE DO ETANOL HIDRATADO - SÃO PAULO
P.41 - 10. DADOS MACROECONÔMICOS - PIB: TAXA DE VARIAÇÃO (%) P.59 - 49. PRODUÇÃO DE AÇÚCAR E ÁLCOOL
P.42 - 11. PARTICIPAÇÃO DE MERCADO POR DISTRIBUIDORA (%) P.60 - 50. PREÇO PRODUTOR E PREÇO BOMBA - ETANOL SP - 2015 E 2016
P.43 - 12. VENDAS POR REGIÃO E UF P.60 - 51. PREÇO MÉDIO BOMBA ETANOL HIDRATADO - BRASIL
P.44 - 13. ESTRUTURA DO SETOR P.61 - 52. VOLUME X PREÇO - ETANOL HIDRATADO
P.62 - 53. PARTICIPAÇÃO POR REGIÃO - 2016 X 2015 - POSTOS REVENDEDORES
MERCADO REVENDEDOR P.63 - 54. PARIDADE - ETANOL HIDRATADO/GASOLINA C (%)
P.45 - 14. HISTÓRICO DE VENDAS - POSTOS REVENDEDORES
P.46 - 15. HISTÓRICO DE VENDAS - POSTOS REVENDEDORES GNV
P.46 - 16. PARTICIPAÇÃO POR PRODUTO E SEGMENTO P.64 - 55. PARTICIPAÇÃO POR DISTRIBUIDORA
P.46 - 17. PARTICIPAÇÃO POR SEGMENTO P.64 - 56. PARTICIPAÇÃO POR ESTADO
P.46 - 18. PARTICIPAÇÃO POR PRODUTO P.64 - 57. HISTÓRICO DE VENDAS DE GNV - POSTOS REVENDEDORES
P.46 - 19. PARTICIPAÇÃO POR DISTRIBUIDORA P.65 - 58. PARTICIPAÇÃO POR REGIÃO - 2016 X 2015 - POSTOS REVENDEDORES
P.47 - 20. QUANTIDADE DE POSTOS POR UF P.65 - 59. EVOLUÇÃO DO MERCADO DE GNV - BRASIL
P.48 - 21. POSTOS REVENDEDORES POR BANDEIRA E UF P.66 - 60. NÚMERO DE CONVERSÕES AO ANO
P.49 - 22. VENDA MÉDIA MENSAL POR POSTOS REVENDEDORES (VMM) P.66 - 61. NÚMERO DE VEÍCULOS CONVERTIDOS - FROTA

CICLO OTTO ÓLEO DIESEL


P.50 - 23. HISTÓRICO DE VENDAS DO CICLO OTTO - MERCADO TOTAL P.67 - 62. HISTÓRICO DE VENDAS DE ÓLEO DIESEL - MERCADO TOTAL
P.50 - 24. PARTICIPAÇÃO POR PRODUTO DO CICLO OTTO P.67 - 63. HISTÓRICO DE VENDAS DE ÓLEO DIESEL - POSTOS REVENDEDORES
P.50 - 25. VENDAS DO CICLO OTTO - 2016 X 2015 P.68 - 64. PARTICIPAÇÃO POR SEGMENTO
P.51 - 26. CICLO OTTO - PARTICIPAÇÃO POR REGIÃO - 2016 X 2015 - MERCADO TOTAL P.68 - 65. PARTICIPAÇÃO POR DISTRIBUIDORA - POSTOS REVENDEDORES
P.51 - 27. HISTÓRICO DE VENDAS DO CICLO OTTO - MERCADO TOTAL P.68 - 66. PARTICIPAÇÃO POR DISTRIBUIDORA - TRR
P.52 - 28. VENDAS DE VEÍCULOS LEVES POR TIPO DE COMBUSTÍVEL P.68 - 67. PREÇO MÉDIO BOMBA DIESEL - BRASIL
P.52 - 29. FROTA X VOLUME DE VENDAS - CICLO OTTO P.69 - 68. VOLUME X PREÇO - ÓLEO DIESEL
P.53 - 30. CORRELAÇÃO: MERCADO CICLO OTTO (EM EQUIVALÊNCIA ENERGÉTICA) P.70 - 69. PARTICIPAÇÃO DAS VENDAS DE ÓLEO DIESEL POR SETOR
E CONSUMO DAS FAMÍLIAS P.70 - 70. VARIAÇÃO 2016 X 2015 DA DEMANDA DE ÓLEO DIESEL POR SETOR
P.70 - 71. CORRELAÇÃO MERCADO ÓLEO DIESEL E PIB
GASOLINA C P.71 - 72. VENDAS DE VEÍCULOS A DIESEL
P.54 - 31. HISTÓRICO DE VENDAS DE GASOLINA C - MERCADO TOTAL P.72 - 73. VOLUME DE ÓLEO DIESEL - ASSOCIADAS
P.54 - 32. HISTÓRICO DE VENDAS DE GASOLINA C - POSTOS REVENDEDORES P.72 - 74. POSTOS S10 - ASSOCIADAS - 2016
P.54 - 33. PARTICIPAÇÃO POR SEGMENTO P.72 - 75. PERCENTUAL DE MISTURA DO BIODIESEL
P.54 - 34. PARTICIPAÇÃO POR DISTRIBUIDORA P.73 - 76. ÍNDICES DE NÃO CONFORMIDADE DO ÓLEO DIESEL - BRASIL
P.55 - 35. PREÇO MÉDIO BOMBA GASOLINA C - BRASIL P.73 - 77. ÍNDICES DE NÃO CONFORMIDADE DO ÓLEO DIESEL - RIO DE JANEIRO
P.55 - 36. VOLUME X PREÇO - GASOLINA C P.73 - 78. ÍNDICES DE NÃO CONFORMIDADE DO ÓLEO DIESEL - SÃO PAULO
P.56 - 37. ÍNDICES DE NÃO CONFORMIDADE DA GASOLINA C - BRASIL P.74 - 79. PARTICIPAÇÃO POR TIPO DE ÓLEO DIESEL - MERCADO TOTAL
P.56 - 38. ÍNDICES DE NÃO CONFORMIDADE DA GASOLINA C - RIO DE JANEIRO P.74 - 80. PARTICIPAÇÃO POR TIPO DE ÓLEO DIESEL - POSTOS REVENDEDORES
P.56 - 39. ÍNDICES DE NÃO CONFORMIDADE DA GASOLINA C - SÃO PAULO P.74 - 81. PARTICIPAÇÃO POR TIPO DE ÓLEO DIESEL - GRANDES CONSUMIDORES
P.57 - 40. PARTICIPAÇÃO POR TIPO DE GASOLINA P.74 - 82. PARTICIPAÇÃO POR TIPO DE ÓLEO DIESEL - TRR

171
ÍNDICE DE GRÁFICOS E TABELAS

P.75 - 83. PARTICIPAÇÃO POR REGIÃO - 2016 X 2015 - POSTOS REVENDEDORES TRIBUTAÇÃO
P.75 - 84. PARTICIPAÇÃO POR REGIÃO - 2016 X 2015 - TRR P.81 - 96. CARGA TRIBUTÁRIA
P.82 - 97. ALÍQUOTAS DE ICMS - GASOLINA C
ÓLEO COMBUSTÍVEL P.82 - 98. ALÍQUOTAS DE ICMS - ETANOL HIDRATADO
P.76 - 85. HISTÓRICO DE VENDAS DE ÓLEO COMBUSTÍVEL - MERCADO TOTAL P.82 - 99. ALÍQUOTAS DE ICMS - GNV
P.76 - 86. PARTICIPAÇÃO POR SEGMENTO P.82 - 100. ALÍQUOTAS DE ICMS - ÓLEO DIESEL
P.76 - 87. PARTICIPAÇÃO POR DISTRIBUIDORA
P.77 - 88. PARTICIPAÇÃO POR REGIÃO - 2016 X 2015 - MERCADO TOTAL IMPORTAÇÃO
P.83 - 101. NÚMERO DE EMPRESAS AUTORIZADAS A IMPORTAR GASOLINA E ÓLEO DIESEL
COMBUSTÍVEIS DE AVIAÇÃO P.83 - 102. EMPRESAS AUTORIZADAS A IMPORTAR GASOLINA E ÓLEO DIESEL EM 2016
P.78 - 89. HISTÓRICO DE VENDAS DE COMBUSTÍVEIS DE AVIAÇÃO (QAV + GAV) - MERCADO TOTAL P.84 - 103. IMPORTAÇÃO - GASOLINA A
P.79 - 90. PARTICIPAÇÃO POR SEGMENTO P.84 - 104. IMPORTAÇÃO - ÓLEO DIESEL
P.79 - 91. PARTICIPAÇÃO POR DISTRIBUIDORA P.84 - 105. IMPORTAÇÃO - ETANOL
P.79 - 92. PARTICIPAÇÃO POR REGIÃO - 2016 X 2015 - MERCADO TOTAL P.85 - 106. EVOLUTIVO DE IMPORTAÇÕES (EXCETO PETROBRAS)
P.80 - 93. TARIFAS POR PASSAGEIRO/QUILÔMETRO PERCORRIDO P.85 - 107. PREÇO MÉDIO DO BARRIL DE PETRÓLEO IMPORTADO
P.80 - 94. COMPARATIVO DE PASSAGENS ENTRE MODAIS AÉREO E RODOVIÁRIO DE LONGA DISTÂNCIA P.86 - 108. VOLUME DE GASOLINA IMPORTADA POR PORTO (EXCETO PETROBRAS)
P.80 - 95. MERCADO DE AVIAÇÃO (NACIONAL E INTERNACIONAL) P.86 - 109. VOLUME DE ÓLEO DIESEL IMPORTADO POR PORTO (EXCETO PETROBRAS)

LUBRIFICANTES
P.91 - 01. MERCADO DE LUBRIFICANTES ACABADOS 2016 P.94 - 09. PRODUÇÃO INDUSTRIAL BRASILEIRA (VARIAÇÃO %)
P.91 - 02. MERCADO DE GRAXAS 2016 P.94 - 10. REVENDA DAS ASSOCIADAS: LUBRIFICANTES X COMBUSTÍVEIS
P.91 - 03. MERCADO DE LUBRIFICANTES ACABADOS + GRAXAS + OUTROS ÓLEOS 2016 P.95 - 11. VENDAS POR REGIÃO 2016 X 2015
P.92 - 04. EVOLUÇÃO MENSAL P.95 - 12. PARTICIPAÇÃO POR REGIÃO
P.92 - 05. VENDAS LUBRIFICANTES X PIB P.96 - 13. VENDAS POR REGIÃO – LUBRIFICANTES AUTOMOTIVOS
P.93 - 06. VENDAS POR SEGMENTO - 2016 X 2015 P.96 - 14. LICENCIAMENTO DE AUTOVEÍCULOS POR REGIÃO (UNIDADES LICENCIADAS)
P.93 - 07. PARTICIPAÇÃO POR SEGMENTO P.97 - 15. VENDAS POR REGIÃO – LUBRIFICANTES INDUSTRIAIS
P.93 - 08. ESTIMATIVA DA FROTA NACIONAL

CONVENIÊNCIA

P.102 - 01. NIELSEN – ÁREAS DE ATUAÇÃO P.118 - 27. TOP 10 – ÁGUAS, SUCOS E CHÁS
P.105 - 02. DESTAQUES DO SEGMENTO – 2016 P.119 - 28. SHARE FABRICANTES – ÁGUAS (%)
P.105 - 03. DISTRIBUIÇÃO GEOGRÁFICA – QUANTIDADE DE LOJAS POR UF – 2016 P.119 - 29. SHARE MARCAS – ÁGUAS (%)
P.106 - 04. FATURAMENTO DO MERCADO TOTAL (R$ MILHÕES/ANO) P.119 - 30. TOP 10 – ÁGUAS
P.106 - 05. EVOLUÇÃO DA QUANTIDADE DE LOJAS – MERCADO TOTAL P.119 - 31. SHARE FABRICANTES – SUCOS (%)
P.106 - 06. PARTICIPAÇÃO DE MERCADO 2016 – NÚMERO DE LOJAS P.119 - 32. SHARE MARCAS – SUCOS (%)
P.106 - 07. DISTRIBUIÇÃO REGIONAL DA REDE DE LOJAS – 2016 P.119 - 33. TOP 10 – SUCOS
P.107 - 08. DISTRIBUIÇÃO REGIONAL DA POPULAÇÃO - 2016 P.120 - 34. SHARE FABRICANTES – CHÁS (%)
P.107 - 09. PAINEL INTERNACIONAL – 2016 P.120 - 35. SHARE MARCAS – CHÁS (%)
P.108 - 10. PARTICIPAÇÃO DAS CATEGORIAS - % NO FATURAMENTO P.120 - 36. TOP 10 – CHÁS
P.108 - 11. PARTICIPAÇÃO DA CATEGORIA - % NO FATURAMENTO DAS ASSOCIADAS P.121 - 37. RANKING SUBCATEGORIAS – ASCS
P.110 - 12. SHARE FABRICANTES – CIGARROS (%) P.121 - 38. RANKING PRODUTOS – ÁGUAS, SUCOS E CHÁS
P.110 - 13. SHARE MARCAS – CIGARROS (%) P.121 - 39. RANKING FABRICANTES – ÁGUAS
P.110 - 14. TOP 10 – CIGARROS P.121 - 40. RANKING MARCAS – ÁGUAS
P.111 - 15. RANKING FABRICANTES – CIGARROS P.121 - 41. RANKING PRODUTOS – ÁGUAS
P.111 - 16. RANKING MARCAS – CIGARROS P.122 - 42. RANKING FABRICANTES – SUCOS
P.111 - 17. RANKING PRODUTOS – CIGARROS P.122 - 43. RANKING MARCAS – SUCOS
P.112 - 18. SHARE SUBCATEGORIAS – BEBIDAS NÃO ALCOÓLICAS (%) P.122 - 44. RANKING PRODUTOS – SUCOS
P.112 - 19. SHARE SUBCATEGORIAS – BEBIDAS NÃO ALCOÓLICAS (%) P.122 - 45. RANKING FABRICANTES – CHÁS
P.115 - 20. SHARE FABRICANTES – REFRIGERANTES (%) P.122 - 46. RANKING MARCAS – CHÁS
P.115 - 21. SHARE MARCAS – REFRIGERANTES (%) P.122 - 47. RANKING PRODUTOS – CHÁS
P.115 - 22. TOP 10 – REFRIGERANTES P.125 - 48. SHARE SUBCATEGORIAS – ENIGS (%)
P.115 - 23. RANKING FABRICANTES – REFRIGERANTES P.125 - 49. TOP 10 – ENIGS
P.115 - 24. RANKING MARCAS – REFRIGERANTES P.125 - 50. SHARE FABRICANTES – ENERGÉTICOS (%)
P.115 - 25. RANKING PRODUTOS – REFRIGERANTES P.125 - 51. SHARE MARCAS – ENERGÉTICOS (%)
P.118 - 26. SHARE SUBCATEGORIAS – ASCS (%) P.125 - 52. TOP 10 – ENERGÉTICOS

172
ÍNDICE DE GRÁFICOS E TABELAS

P.126 - 53. SHARE FABRICANTES – ISOTÔNICOS (%) P.143 - 112. SHARE MARCAS – PIPOCAS (%)
P.126 - 54. SHARE MARCAS – ISOTÔNICOS (%) P.143 - 113. SHARE SUBCATEGORIAS – SNACKS E BISCOITOS (%)
P.126 - 55. TOP 10 – ISOTÔNICOS P.143 - 114. RANKING PRODUTOS – SNACKS E BISCOITOS
P.126 - 56. SHARE FABRICANTES – GUARANÁS NATURAIS (%) P.144 - 115. RANKING FABRICANTES – SNACKS
P.126 - 57. SHARE MARCAS – GUARANÁS NATURAIS (%) P.144 - 116. RANKING MARCAS – SNACKS
P.126 - 58. TOP 10 – GUARANÁS NATURAIS P.144 - 117. RANKING PRODUTOS – SNACKS
P.127 - 59. SHARE SUBCATEGORIAS – ENIGS (%) P.144 - 118. RANKING FABRICANTES – BISCOITOS
P.127 - 60. RANKING PRODUTOS – ENIGS P.144 - 119. RANKING MARCAS – BISCOITOS
P.127 - 61. RANKING FABRICANTES – ENERGÉTICOS P.144 - 120. RANKING PRODUTOS – BISCOITOS
P.127 - 62. RANKING MARCAS – ENERGÉTICOS P.145 - 121. RANKING FABRICANTES –PIPOCAS
P.127 - 63. RANKING PRODUTOS – ENERGÉTICOS P.145 - 122. RANKING MARCAS – PIPOCAS
P.128 - 64. RANKING FABRICANTES – ISOTÔNICOS P.145 - 123. RANKING PRODUTOS – PIPOCAS
P.128 - 65. RANKING MARCAS – ISOTÔNICOS P.147 - 124. SHARE CONSUMO – SORVETES (%)
P.128 - 66. RANKING PRODUTOS – ISOTÔNICOS P.147 - 125. SHARE MARCAS – SORVETES – LINHA MAIS CONSUMIDA (IMPULSO) (%)
P.128 - 67. RANKING FABRICANTES – GUARANÁS NATURAIS P.147 - 126. SHARE FABRICANTES – SORVETES (%)
P.128 - 68. RANKING MARCAS – GUARANÁS NATURAIS P.147 - 127. SHARE MARCAS – SORVETES (%)
P.128 - 69. RANKING PRODUTOS – GUARANÁS NATURAIS P.147 - 128. TOP 10 – SORVETES
P.130 - 70. SHARE FABRICANTES – CERVEJAS (%) P.148 - 129. SHARE CONSUMO – SORVETES (%)
P.130 - 71. SHARE MARCAS – CERVEJAS (%) P.148 - 130. RANKING FABRICANTES – SORVETES
P.130 - 72. TOP 10 – CERVEJAS P.148 - 131. RANKING MARCAS – SORVETES
P.131 - 73. RANKING FABRICANTES – CERVEJAS P.148 - 132. RANKING PRODUTOS – SORVETES
P.131 - 74. RANKING MARCAS – CERVEJAS P.151 - 133. SHARE SUBCATEGORIAS – BEBIDAS DESTILADAS (%)
P.131 - 75. RANKING PRODUTOS – CERVEJAS P.151 - 134. SHARE FABRICANTES – BEBIDAS DESTILADAS (%)
P.135 - 76. SHARE SUBCATEGORIAS – BOMBONIERE (%) P.151 - 135. SHARE MARCAS – BEBIDAS DESTILADAS (%)
P.135 - 77. SHARE FABRICANTES – CHOCOLATES (%) P.151 - 136. TOP 10 – BEBIDAS DESTILADAS
P.135 - 78. SHARE MARCAS – CHOCOLATES (%) P.151 - 137. SHARE FABRICANTES – ICES (%)
P.135 - 79. TOP 10 – CHOCOLATES P.151 - 138. SHARE MARCAS – ICES (%)
P.136 - 80. SHARE FABRICANTES – GOMAS DE MASCAR (%) P.151 - 139. TOP 10 – ICES
P.136 - 81. SHARE MARCAS – GOMAS DE MASCAR (%) P.152 - 140. SHARE FABRICANTES – VODCAS (%)
P.136 - 82. TOP 10 – GOMAS DE MASCAR P.152 - 141. SHARE MARCAS – VODCAS (%)
P.136 - 83. SHARE FABRICANTES – DROPS, PASTILHAS E CARAMELOS (%) P.152 - 142. TOP 10 – VODCAS
P.136 - 84. SHARE MARCAS – DROPS, PASTILHAS E CARAMELOS (%) P.152 - 143. SHARE FABRICANTES – UÍSQUES (%)
P.136 - 85. TOP 10 – DROPS, PASTILHAS E CARAMELOS P.152 - 144. SHARE MARCAS – UÍSQUES (%)
P.137 - 86. SHARE FABRICANTES – BARRAS DE CEREAIS (%) P.152 - 145. TOP 10 – UÍSQUES
P.137 - 87. SHARE MARCAS – BARRAS DE CEREAIS (%) P.153 - 146. SHARE FABRICANTES – AGUARDENTES DE CANA (%)
P.137 - 88. TOP 10 – BARRAS DE CEREAIS P.153 - 147. SHARE MARCAS – AGUARDENTES DE CANA (%)
P.137 - 89. SHARE SUBCATEGORIAS – BOMBONIERE (%) P.153 - 148. TOP 10 – AGUARDENTES DE CANA
P.137 - 90. RANKING PRODUTOS – BOMBONIERE P.153 - 149. SHARE FABRICANTES – OUTROS DESTILADOS (%)
P.138 - 91. RANKING FABRICANTES – CHOCOLATES P.153 - 150. SHARE MARCAS – OUTROS DESTILADOS (%)
P.138 - 92. RANKING MARCAS – CHOCOLATES P.153 - 151. TOP 10 – OUTROS DESTILADOS
P.138 - 93. RANKING PRODUTOS – CHOCOLATES P.154 - 152. SHARE SUBCATEGORIAS – BEBIDAS DESTILADAS (%)
P.138 - 94. RANKING FABRICANTES – GOMAS DE MASCAR P.154 - 153. RANKING PRODUTOS – BEBIDAS DESTILADAS
P.138 - 95. RANKING MARCAS – GOMAS DE MASCAR P.154 - 154. RANKING FABRICANTES – ICES
P.138 - 96. RANKING PRODUTOS – GOMAS DE MASCAR P.154 - 155. RANKING MARCAS – ICES
P.139 - 97. RANKING FABRICANTES – DROPS, PASTILHAS E CARAMELOS P.154 - 156. RANKING PRODUTOS – ICES
P.139 - 98. RANKING MARCAS – DROPS, PASTILHAS E CARAMELOS P.155 - 157. RANKING FABRICANTES – VODCAS
P.139 - 99. RANKING PRODUTOS – DROPS, PASTILHAS E CARAMELOS P.155 - 158. RANKING MARCAS – VODCAS
P.139 - 100. RANKING FABRICANTES – BARRAS DE CEREAIS P.155 - 159. RANKING PRODUTOS – VODCAS
P.139 - 101. RANKING MARCAS – BARRAS DE CEREAIS P.155 - 160. RANKING FABRICANTES – UÍSQUES
P.139 - 102. RANKING PRODUTOS – BARRAS DE CEREAIS P.155 - 161. RANKING MARCAS – UÍSQUES
P.141 - 103. SHARE SUBCATEGORIAS – SNACKS E BISCOITOS (%) P.155 - 162. RANKING PRODUTOS – UÍSQUES
P.141 - 104. TOP 10 – SNACKS E BISCOITOS P.156 - 163. RANKING FABRICANTES – AGUARDENTES DE CANA
P.142 - 105. SHARE FABRICANTES – SNACKS (%) P.156 - 164. RANKING MARCAS – AGUARDENTES DE CANA
P.142 - 106. SHARE MARCAS – SNACKS (%) P.156 - 165. RANKING PRODUTOS – AGUARDENTES DE CANA
P.142 - 107. TOP 10 – SNACKS P.156 - 166. RANKING FABRICANTES – OUTROS DESTILADOS
P.142 - 108. SHARE FABRICANTES – BISCOITOS (%) P.156 - 167. RANKING MARCAS – OUTROS DESTILADOS
P.142 - 109. SHARE MARCAS – BISCOITOS (%) P.156 - 168. RANKING PRODUTOS – OUTROS DESTILADOS
P.142 - 110. TOP 10 –BISCOITOS P.157 - 169. SHARE SUBCATEGORIAS – FOOD SERVICE (%)
P.143 - 111. SHARE FABRICANTES – PIPOCAS (%)

173
ASSOCIADAS
Air BP Brasil S.A.
Avenida Rouxinol, 55, 5º andar - Moema - São Paulo - SP, CEP: 04516-000
Tel.: (11) 3054-9300
www.airbp.com.br

AleSat Combustíveis S.A.


Rua Manoel de Castro, 1.170 - Candelária - Natal - RN, CEP: 59064-010
Tel.: (84) 3204-5050
www.ale.com.br

Castrol Brasil Ltda.


Av. Itaóca, 2.400 - Inhaúma - Rio de Janeiro - RJ, CEP: 21061-020
Tel.: (21) 2598-7222
www.castrol.com.br

Chevron Brasil Lubrificantes Ltda.


Rua Visconde de Inhaúma, 83 - Centro - Rio de Janeiro - RJ, CEP: 20091-007
Tel.: (21) 2510-7200
www.texaco.com.br

Cosan Lubrificantes e Especialidades S.A.


Praia da Ribeira, 51 - Ilha do Governador - Rio de Janeiro - RJ, CEP: 21930-050
Tel.: (21) 3433-2000
www.cosan.com.br

Ipiranga Produtos de Petróleo S.A.


Rua Francisco Eugênio, 329 - São Cristóvão - Rio de Janeiro - RJ, CEP: 20941-120
Tel.: (21) 2574-5858
www.ipiranga.com.br

Petrobras Distribuidora S.A.


Rua Correia Vasques, 250 - Cidade Nova - Rio de Janeiro - RJ, CEP: 20211-140
Tel.: (21) 2354-4477
www.br.com.br

Petronas Lubrificantes Brasil S.A.


Av. Trajano de Araújo Viana, 2.500 - Bairro: Cinco - Contagem - MG, CEP: 32010-090
Tel.: (31) 3506-9100
www.pli-petronas.com.br

Raízen Combustíveis S.A.


Avenida Juscelino Kubitschek, 1.327 - Itaim Bibi - São Paulo - SP, CEP: 04543-011
Tel: (11) 2344-6200
www.raizen.com

Shell Brasil Petróleo Ltda.


Av. das Américas, 4.200, Blocos 5 e 6 - Barra da Tijuca - Rio de Janeiro - RJ, CEP: 22640-102
Tel.: (21) 3984-7000
www.shell.com.br

Total Lubrificantes do Brasil Ltda.


Avenida Tobias Salgado, 45 - Distrito Industrial - Pindamonhangaba - SP, CEP: 12412-770
Tel.: (12) 3644-4600
www.totalbr.com.br

YPF Brasil Comércio de Derivados de Petróleo Ltda.


Al. Campinas, 463, 11º andar - Jardim Paulista - São Paulo - SP, CEP: 01404-902
Tel.: (11) 3145-0300
www.ypf.com

174
COMITÊ EDITORIAL

COMITÊ EDITORIAL

Cesar Guimarães Sindicom

Giancarlo Passalacqua Sindicom

Lilian Faria Sindicom

Luiz Emilio Freire Sindicom

Samuel Carvalho Sindicom

Tamara Queiroz Sindicom

Vinícius Farah Sindicom

TEXTOS

Antônio Rodrigues Sindicom

Giselle Valdevez Valsa

Marcio Teixeira Loures

Roberto Crocker Consultor

Rogério Naccache Consultor

175
CRÉDITOS
PRODUÇÃO E EDIÇÃO
Sindicom
Avenida Almirante Barroso, 52, 20º andar, sala 2001, Centro
Rio de Janeiro - RJ - CEP: 20031-918
Tel: (21) 2122-7676
sindicom@sindicom.com.br www.sindicom.com.br

PROJETO GRÁFICO, DIAGRAMAÇÃO E PRODUÇÃO VISUAL


Loures Consultoria
Avenida Pedroso de Morais, 457, cj. 1.107, Pinheiros
São Paulo - SP - CEP: 05419-000
Tel: (11) 3181-5005 www.louresconsultoria.com.br

IMPRESSÃO E ACABAMENTO
Gráfica e Editora Trena
Av. das Lagoas, 1203, Gardênia Azul
Rio de Janeiro - RJ - CEP: 22765-455
Tel: (21) 2158-8400 www.trena.com.br

FOTOS E IMAGENS
Acervos e Publicações das Companhias Associadas
Arquivo Sindicom
José Roberto Couto (foto Entrevista)
Loures Consultoria
Ponto de Vista – foto cedida por Claudio Reboredo
Capítulo Especial – foto cedida por Fernando Lucena
Imagens de divulgação: Samsung Eletronics, Clearport, Shopping Metrópole, Sky,
Saraiva, Pizza Hut, Mambo, Farmer’s Fridge, Iódice, Magazine Luiza, Shopping JK
Iguatemi, Riachuelo, Yelp, Melitta, Levi’s, Google, LVMH, Sonos, Niantiks Lab e Pantone
Associação Brasileira de Engenharia Automotiva – AEA (foto Eventos)
Associação Brasileira dos Membros do Ministério Público de Meio Ambiente –
Abrampa (foto Eventos)
Instituto Brasileiro de Petróleo, Gás e Biocombustíveis – IBP (foto Eventos)
Colégio Permanente de Diretores de Escolas Estaduais da Magistratura –
Copedem (foto Eventos)
Resan (foto Eventos)
Divulgação Valor Econômico (foto Eventos)
Massaru Sugano (foto Eventos)

DADOS ESTATÍSTICOS
O levantamento dos dados utilizados nesta publicação e expresso em textos, gráficos
e tabelas foi realizado, em sua maioria, pelo Sindicom e pela Nielsen, a partir de pesquisas próprias e
de informações fornecidas pelas Companhias do setor, e, também, por informações disponibilizadas
pela indústria em geral e pelas seguintes instituições e empresas:
Abip, Abras, Abraciclo, Anac, Anef, Anfavea, ANP, ANTT, Abegás, ABNT, Abrafa, Banco Central do
Brasil, Cepea (Esalq), Fenabrave, FGV, FMI, GS&MD, IBGE, IBP, Instituto Wise, JP Morgan, Kaiser
Associates, Mapa, MME, NACS – National Association of Convenience Stores, OECD e PEI – Petroleum

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