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Engenharia Civil
Orientador
Júri
Outubro de 2014
Agradecimentos
A realização da presente dissertação exigiu esforço e dedicação da minha parte, assim como a
ajuda de algumas pessoas, às quais passo a agradecer.
Ao professor Jorge Proença, meu orientador científico, por todo o apoio e incentivo
demonstrado ao longo deste trabalho, pela disponibilidade e rigor na análise de resultados e na
revisão do texto e pela partilha do conhecimento sobre o tema, incutindo assim um maior rigor
científico no trabalho.
Aos meus amigos, Nuno Martins, Pedro Taborda e Lisandra Miranda que me acompanharam
ao longo deste percurso académico.
Por último, e principalmente, aos meus pais e irmã por todo o apoio, compreensão, incentivo e
carinho demonstrado, ao longo de todo este caminho, sem os quais seria muito mais
complicado.
Deixo também um agradecimento aos restantes amigos e familiares que me ajudaram de forma
directa ou indirecta.
i
ii
Resumo
Foi efectuado um estudo comparativo entre vários modelos que simulam o efeito da
excentricidade acidental, através da deslocação do centro de massa, e as prescrições de
análise da EN 1998-1, tanto para uma acção sísmica segundo uma direcção como segundo as
duas direcções.
Palavras-Chave
iii
iv
Abstract
This dissertation focused primarily on the description of the causes of torsion, with particular
emphasis on accidental torsion, followed by an analysis of the requirements present in
European and other international regulations.
A comparative study between various models simulating the effect of accidental eccentricity, by
displacing the center of mass, and the requirements of the analysis in EN1998-1 to a unique
seismic direction or the two directions were performed.
The combination of the seismic action and accidental eccentricities according to the two
directions of analysis were tested through various combinatorial methods according to the
bibliography in this area.
In sum, it was possible to verify that the requirements of EN1998-1 show relatively similar
results to models that simulate the effect of the eccentricity of mass, except in buildings that do
not exhibit regularity in plan. The method that represents a better solution to the combination
between the seismic action and accidental eccentricities according to the two horizontal
directions was determined.
Key-words
v
vi
Índice
AGRADECIMENTOS ........................................................................................................................... I
ABSTRACT ...................................................................................................................................... V
KEY-WORDS .................................................................................................................................... V
1. INTRODUÇÃO ............................................................................................................................ 1
vii
2.6. Estudo e procedimentos relativos à torção acidental.................................................. 14
viii
4.2.7. Erro percentual entre modelo DM e modelo EC8 ..................................................................... 49
ix
5.5.2. Análise segundo a direcção V3 ................................................................................................. 61
x
6.6. Excentricidade natural elevada ................................................................................... 76
9. ANEXOS ................................................................................................................................. 91
ANEXO 1.7 – RESUMO ESTUDO 1- EVOLUÇÃO EM ALTURA DOS COEFICIENTES PARA AS TRÊS
EXCENTRICIDADES NATURAIS ......................................................................................................... 99
xi
ANEXO 2.3 – ESTUDO 2- ERROS RELATIVOS PERCENTUAIS ENTRE OS MODELOS, DE EXCENTRICIDADE
ELEVADA, DM E EC8 COM COMBINAÇÕES SRSS, M AXMT E BISCH .............................................. 104
ANEXO 2.10 – RESUMO ESTUDO 1- EVOLUÇÃO EM ALTURA DOS COEFICIENTES PARA AS TRÊS
EXCENTRICIDADES NATURAIS ....................................................................................................... 113
xii
Índice de Figuras
Figura 2.4-Corte e flexão nos pilares resultado da torção dos pisos ............................................ 6
Imagem 3.11- Acção sísmica não paralela aos eixos principais (imagem Tola 2010) ............... 41
Figura 4.2- Distribuição das cargas de forma a garantir excentricidade natural ........................ 45
xiii
Figura 4.4-Nomenclatura da distribuição de esforços................................................................. 47
Figura 4.5- Identificação dos pares de pilares afectados por um esforço segundo V2 .............. 47
Figura 4.6- Identificação dos pares de pilares afectados por um esforço segundo V3 .............. 47
Figura 5.1- Comparação entre erro modelos DM e EC8, nos pilares 1 e 3, com esforço segundo
V3 ................................................................................................................................................ 65
Figura 5.2- Comparação entre erro modelos DM e EC8, nos pilares 2 e 4, com esforço segundo
V3 ................................................................................................................................................ 66
Figura 5.3- Comparação entre erro modelos DM e EC8, nos pilares 1 e 2, com esforço segundo
V2 ................................................................................................................................................ 67
Figura 5.4- Comparação entre erro modelos DM e EC8, nos pilares 3 e 4, com esforço segundo
V2 ................................................................................................................................................ 67
Figura 6.1- Comparação entre erro modelos DM e EC8, nos pilares 1 e 3, com esforço segundo
V3 ................................................................................................................................................ 79
Figura 6.2- Comparação entre erro modelos DM e EC8, nos pilares 2 e 4, com esforço segundo
V3 ................................................................................................................................................ 79
Figura 6.3- Comparação entre erro modelos DM e EC8, nos pilares 1 e 2, com esforço segundo
V2 ................................................................................................................................................ 80
xiv
Figura 6.4- Comparação entre erro modelos DM e EC8, nos pilares 3 e 4, com esforço segundo
V2 ................................................................................................................................................ 81
xv
xvi
Índice de Tabelas
Tabela 4.1-Secção dos pilares de acordo com os vários sistemas em altura ............................ 44
Tabela 4.2-Tabela resumo das várias excentricidades naturais introduzidas nos modelos ...... 46
Tabela 4.3- Tabela resumo da deslocação de massa, para cada excentricidade natural,
aplicados nos modelos DM ......................................................................................................... 48
xvii
Tabela 6.6- Estudo 2- Excentricidade Elevada- Valores V2 ....................................................... 78
xviii
1. Introdução
Rosenblueth (1960), no estudo dos efeitos do sismo de 1957 na cidade do México, concluiu
que a torção introduziu uma combinação de esforço transverso, flexão e mudanças de esforço
axial que criaram graves complicações estruturais nos pilares de betão armado.
A torção acidental, em particular, é de difícil estudo devido à dificuldade em isolar e medir a sua
contribuição no comportamento sísmico do edifício.
Contudo, o desenvolvimento tecnológico permitiu-nos obter uma ideia mais ampla do modo de
contabilização do efeito das excentricidades acidentais através da introdução de modelos
espaciais que permitem um estudo mais eficaz, tal como regulamentado na maioria dos
códigos, nomeadamente a norma em vigor em Portugal, EN 1998-1.
1
1.2. Objectivos e metodologia da dissertação
A presente dissertação pretende aprofundar o conhecimento sobre a temática das
excentricidades acidentais, tanto a nível de conceito, como dos efeitos, razões, regulamentação
e interacção com a componente sísmica. Os principais objectivos da dissertação são, portanto,
os seguintes:
2
sísmicas executadas nos modelos em questão. Primeiramente é introduzido o estudo em que
os modelos são sujeitos à acção sísmica segundo uma direcção de análise, sendo introduzido,
em seguida, o estudo referente à análise segundo as duas direcções sísmicas ortogonais.
O sexto capítulo segue a mesma linha orientadora do capítulo anterior, mas com a análise a
ser efectuada através da introdução da acção sísmica segundo duas direcções horizontais.
3
4
2. Torção nos edifícios
Foram avaliados diversos sismos e a consequente gravidade dos efeitos de torção nos edifícios
foi comprovada, segundo Kumar (1998), como foi o caso do sismo de São Fernando em 1971
(Hart et al, 1975), México em 1985 (Rosenbleuth and Meli, 1986; Esteva, 1987), sismo Loma
Prieta em 1985 (Mitchell et al, 1990), Filipinas em 1990 (Booth et al, 1991), Northridge 1994
(Mitchell et al, 1995), Kobe 1995 (Mitchell et al, 1996), entre outros mais recentes.
As imagens seguintes, 2.1 e 2.2, correspondem à falha dos pilares do primeiro piso de um
edifício de 9 pisos em betão armado, localizado em Kobe, sujeito a um sismo de magnitude 7.2
na escala de Richter.
Outro exemplo referenciado por Day (2002), e representado nas figuras 2.3 e 2.4, é o de um
hotel na Guatemala sujeito ao sismo de Gualan, em 1974. O agravamento de esforço nos
pilares do segundo piso, devido à excentricidade entre o centro de massa e rigidez, provocou o
colapso do edifício.
5
Figura 2.3-Torção no piso de edifício Figura 2.4-Corte e flexão nos pilares resultado
da torção dos pisos
A figura 2.3 representa a falha nos pilares, onde é possível verificar o deslocamento do piso
superior, enquanto a figura 2.4 representa um pilar em particular.
A EN 1998-1 utiliza o raio de torção (2.1), que tem em conta características mecânicas (2.1) e
(2.2).
𝑟𝑥 ≥ 𝑙𝑠 (2.2)
{
𝑟𝑦 ≥ 𝑙𝑠
Com:
6
𝑟𝑥 -Raio de torção segundo x, ou seja, a raiz quadrada do quociente entre a rigidez de
torção e a rigidez de translação na direcção y;
𝑟𝑦 -Raio de torção segundo y, ou seja, a raiz quadrada do quociente entre a rigidez de
torção e a rigidez de translação na direcção x;
𝑙𝑠 -Raio de giração, em planta, da massa do piso. O raio de giração será igual à raiz
quadrada do rácio do momento polar de inercia da massa no plano do piso
(relativamente ao centro de massa do piso) com a massa do piso;
𝜔𝜃 (2.3)
Ω=
𝜔𝑖
Em que:
Crisafulli (2004), admite outro modo de averiguar se a estrutura apresenta um modo de torção
como fundamental, através do grau de rigidez torsional do sistema, 𝜆𝑡𝑥 . Este método,
representado pela equação 2.4, baseia-se na relação entre a rigidez de torção que os
elementos perpendiculares à direcção em estudo apresentam em relação à rigidez torsional
total.
𝑁 𝑁
(2.5)
𝐾𝑡 = ∑ 𝐾𝑥𝑖 𝑦𝑖 + ∑ 𝐾𝑦𝑖 𝑋𝑖2
2
𝑖=1 𝑖=1
7
Em que:
O autor considera que para valores de rigidez torsional 𝜆𝑡 > 0,15 ou 𝜆𝑡 > 0,20 o sistema poderá
ser considerado como torsionalmente rígido.
A torção natural é associada a edifícios com assimetria no plano, ou seja com centro de massa
deslocado em relação ao centro de rigidez.
Enquanto a torção acidental, que é associada tanto a plantas simétricas como assimétricas,
resulta de diferenças na estimativa de rigidez e de massa utilizadas em projecto para com a
realidade, ou pela introdução por parte do sismo de uma torção na base do edifício.
8
O Centro de Rigidez é definido como o ponto em que aplicada uma força a estrutura reage
através de translação apenas nessa direcção e nenhuma parcela de rotação, reciprocamente a
aplicação de um momento, no eixo vertical, sobre este ponto produz apenas rotação da
estrutura e translação nula.
O centro de massa, por outro lado, é o ponto onde toda a massa poderá ser resumida e deste
modo efectuar o cálculo para as mais diversas situações.
Uma excentricidade entre estes dois pontos irá fazer com que a força de inércia, aplicada
próximo do centro de massa, provoque um momento segundo o eixo vertical e
consequentemente um efeito de torção em todo o edifício, que terá de ser incluído no
dimensionamento dos elementos resistentes.
Uma estrutura simétrica que apresente uma concentração de rigidez próxima do centro de
rigidez/massa irá apresentar, contudo, um modo fundamental de torção. Esta situação deve-se
à pouca rigidez de torção que está associada a esta disposição de elementos resistentes, não
sendo verificada a equação 2.2.
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2.5. Torção acidental
O estudo dos efeitos das excentricidades acidentais é realizado de três formas diferentes,
segundo de De la Llera (2000): a primeira é o estudo simplificado através dos códigos sísmicos
referentes a cada país, sendo esta uma opção referenciada pelo autor como de má qualidade,
porque pode não estimar um valor seguro para os deslocamentos; o segundo método é a
utilização de um modelo 3D não linear, contudo, segundo o autor, esta opção acarreta uma
dificuldade maior para o projectista; a terceira opção é a utilização de um modelo não linear
simplificado.
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2.5.2. Efeitos causados pela excentricidade de massa
A excentricidade causada pela avaliação incorrecta da distribuição de massa é, como é lógico,
de difícil consideração numa fase de projecto, tal como os outros factores de incerteza em
relação à excentricidade acidental.
Nieto (1986), descreve os efeitos causados pela excentricidade de massa como gravosos e
como um dos causadores da catástrofe sísmica existente na cidade do México em 1985.
Algumas situações foram descritas pelo autor, como por exemplo a mudança de utilização de
pisos onde estava projectada uma utilização comum para depósitos ou para instalações fabris
com máquinas pesadas ou até a utilização de um piso superior de um hospital para a
instalação de máquinas de exames radiológicos, quando a estrutura não estava preparada
para esta situação.
A definição da posição do centro de massa, num local que não o correcto, foi estudada por
Ramadan et al (2008), de modo a verificar se os valores de excentricidade acidental utilizados
nos códigos são os mais correctos.
O estudo efectuou-se através de uma análise das excentricidades acidentais, definidas num
intervalo entre o valor de -5 % e +5% da dimensão perpendicular à acção sísmica. O valor das
excentricidades acidentais a aplicar foi alcançado através de uma distribuição de massa
definida para cada piso, segundo simulações Monte Carlo.
Os resultados evidenciados pelo estudo em questão são, segundo os autores, afectados pelo
número de pisos acima do piso em interesse, sendo que os valores de 5% de excentricidade
são na maior parte das vezes mais elevados do que os resultados do estudo.
11
2.5.3. Efeitos causados pela distribuição incerta de rigidez
A discrepância entre os valores de rigidez utilizados no dimensionamento dos edifícios e a real
rigidez que o edifício está sujeito provoca excentricidades acidentais que acentuam os efeitos
de torção acidental.
De la Llera e Chopra (1994 c) identificaram como possíveis causas desta distribuição irregular:
As causas descritas anteriormente são de difícil avaliação, sendo efectuada uma avaliação
indirecta de modo a poder entender os efeitos em questão.
De La Llera e Chopra (1994c) revelaram que o aumento da resposta devido à torção acidental
causada pela incerteza de rigidez é extremamente sensível para rácios de frequência,Ω, de 0,9
e 1,1. Para um rácio inferior a 0,9 e superior a 1,1 a resposta no edifício é mínima,
apresentando ainda uma passagem desde um máximo, em um rácio de 0,9 e 1,1, para um
mínimo em 1.
Os mesmos autores, bem como Banerji et Barve (2008), advogam que o aumento do número
de planos de resistência lateral provoca uma diminuição dos efeitos da incerteza e que um
sistema simétrico apresenta um aumento dos efeitos relacionados com a torção em detrimento
dos sistemas assimétricos.
Os diversos estudos consideram que os efeitos são muito menores do que os especificados
nos códigos.
12
A não uniformidade da acção sísmica na fundação do edifício é atribuída a dois efeitos,
segundo De la Llera e Chopra (1994b): passagem da onda e incoerência da acção sísmica.
O estudo dos efeitos causados pela rotação do solo foi efectuado pela primeira vez por
Newmark (1969), através de um procedimento determinístico para estimar o aumento do
deslocamento em edifícios simétricos devido à rotação imposta pela passagem das ondas
sísmicas. O estudo foi efectuado através de modelos de variação espacial da acção sísmica,
sem a utilização de medições na fundação do edifício, que tornaram os próximos estudos mais
precisos.
Cuevas (1996) admite que o efeito de torção é altamente dependente da posição do eixo
vertical de rotação na base do edifício, rigidez de torção na interface entre a fundação e o
subsolo e ainda de um valor crítico de rigidez na base do edifício de modo a evitar
instabilidade.
Uma rigidez do solo adequada, capaz de proporcionar ao solo uma transmissão da excitação
sísmica à superestrutura do edifício permite uma avaliação da resposta através de uma análise
linear, quando tal não acontece a resposta do edifício terá de ser executada através de uma
análise não linear. Como tal, a solução passa pelo dimensionamento da fundação do edifício
de modo a permitir o uso de uma análise linear.
A maior parte das fundações dos edifícios são consideradas rígidas, não sendo possível a
análise de acções em diferentes pontos, como tal é efectuada uma média dos diferentes
13
pontos, podendo ser representado, de grosso modo através de 6 graus de liberdade,
deslocamento horizontal (x e y), translação vertical (z), “rocking” segundo os eixos x e y e
torção segundo z. (De la Llera e Chopra,1994b)
Mais tarde, Ghayamghamian et al (2009) testaram um sistema com planta simétrica, incidindo a
sua análise sobre um sistema com um período de vibração desacoplado com valores entre
0.01 e 0.3 s e com um rácio de frequência de 2/3, 1 e 3/2. Os valores apresentados por
Ghayamghamian et al (2009) corroboram os de De la Llera e Chopra e evidenciam um certo
agravamento nos deslocamentos evidenciados para estruturas, simétricas e assimétricas, com
um período de 0.3s e um Ω menor do que 1, não respeitando, sequer, os valores presentes no
código. Para edifícios rígidos lateralmente e estruturas torsionalmente flexíveis a maior parte
dos códigos subestima a torção acidental.
O estudo na matéria por parte de Newmark continuou em 1971, através da categorização dos
principais responsáveis pela torção acidental em componente de rotação sobre os eixos
verticais, diferença entre a rigidez e massa projectada e a realidade e assimetria resultado de
uma relação força deformação não linear. Este estudo concluiu que a abordagem utilizada pelo
mesmo autor em 1969 foi demasiado conservativa se a causa de torção acidental fosse
unicamente a componente rotacional sobre os eixos verticais.
14
Nos anos 70, procedeu-se a uma análise da resposta ao acoplamento de um sistema de um
piso, sendo possível concluir que poderá existir torção caso o período de torção seja próximo
do período de translacção, mesmo que exista simetria.
A pesquisa seguiu um caminho diferente nos anos 80, onde se procedeu a uma análise das
características da acção sísmica, principalmente na característica multidireccional do sismo, e
de que forma afectava o edifício.
Nos últimos 20 anos a pesquisa tem incidido na resposta torsional inelástica do edifício em
estruturas simétricas e assimétricas, tanto para cargas estáticas como dinâmicas. Esta
pesquisa procedeu-se, primeiramente, através da análise de estruturas de um piso e
simétricas, seguindo depois para uma análise onde foram estudadas estruturas assimétricas e
de vários pisos e por último através de análises tridimensionais não lineares que incorporassem
os efeitos da torção acidental nos modelos.
De La LLera e Chopra, nos anos 90, desenvolveram um procedimento que elimina o estudo
tridimensional onde se estima os efeitos da torção acidental em edifícios com um piso, através
da frequência de rácio. O aumento do deslocamento do topo do edifício, resultantes de todas
as formas de torção acidental é estimado.
Mais tarde, os mesmos autores desenvolveram estudos para edifícios de 12 pisos, onde se
procedeu à comparação do estudo analítico por eles desenvolvido com o momento torsor
acidental medido analiticamente nos diferentes pisos e diferentes sistemas estruturais. Os
resultados mostraram se de qualidade, revelando-se, contudo, conservativos para edifícios com
raio de torção próximo de 1.
15
16
3. Regulamentação de excentricidades acidentais
Este capítulo tem como objectivo a descrição das prescrições do fenómeno de torção presente
na norma utilizada em Portugal e na Europa (EN 1998-1), no antigo código utilizado em
Portugal (Regulamento de Seguranças e Acções para Estruturas de Edifícios e Pontes), bem
como o regulamento dos Estados Unidos da América (ASCE 7-10), regulamento do Canadá
(NBCC) e o regulamento da Nova Zelândia (New Zealand Standard NZS 1170.5; Council of
Standards New Zealand,2004).
O desempenho sísmico do edifício poderá ser condicionado por movimentos de rotação, que
afectam a capacidade estrutural, através de factores adicionais de torção. Como tal, há que
proporcionar aos edifícios uma adequada concepção estrutural de modo a minimizar esses
efeitos.
O projectista deverá ter em conta, portanto, uma série de princípios básicos, de forma a
garantir que a estrutura, satisfaça as exigências de não colapso e limitação de danos, de um
modo económico.
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A norma europeia, EN 1998-1, na cláusula 4.2.1, advoga que se deverá ter em conta os
seguintes princípios, na concepção dos edifícios:
Simplicidade Estrutural
Uniformidade, Simetria e Redundância
Rigidez e resistência Bidireccional
Rigidez e resistência Torsionais
Comportamento diafragmático ao nível de cada piso
Fundações adequadas
O sismo actua nos edifícios provocando uma resposta dinâmica das diferentes massas do
sistema, a maior parte destas localizadas nos pisos, originando uma necessidade de
descarregar estas forças horizontais nos elementos verticais, tendo estes que transmitir para a
fundação, como é possível verificar na figura 3.1.
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A estreita correlação entre a distribuição de massas e distribuição de resistências e rigidez
elimina excentricidades importantes entre massa e rigidez. Sendo que, uma configuração
simétrica ou quase-simétrica dos elementos estruturais, que deverão ter uma distribuição
regular em planta, permite um desacoplamento dos modos de vibração nas duas direcções
independentes do edifício, permitindo uma resposta sísmica mais simples e menos propensa a
efeitos de torção. (figura 3.2)
A maneira mais correcta, de modo a obter uma maior simplicidade e consequentemente uma
mais fácil análise e segurança, passa por efectuar uma disposição uniforme dos elementos
resistentes nas duas direcções. A utilização de outro arranjo estrutural é possível de ser
efectuada, apesar de causar maior dificuldade de análise e dimensionamento, desde que seja
assegurada a resistência e rigidez nas duas direcções horizontais.
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A escolha das características de rigidez da estrutura é um passo importante na fase de projecto
conceptual, segundo o artigo 4.2.1.3 da EN 1998-1. A rigidez do edifício permite um controlo da
resposta dinâmica do edifício, sendo que esta terá de ser bem medida de modo a evitar efeitos
de torção e efeitos de segunda ordem que poderão causar danos.
O critério de disposição dos elementos verticais deverá ser executado igualmente com a
preocupação de proporcionar ao edifício uma distribuição de rigidez o mais uniforme possível.
Mario Lopes et al (2008), considera que uma rigidez uniformemente distribuída seria a melhor
solução para garantir que o edifício não estivesse sujeito a movimentos de rotação
inadequados. Contudo, devido à dificuldade em assegurar esta solução estrutural a nível
arquitectónico, o autor considera outra opção através da aplicação da rigidez na periferia da
estrutura, já que deste modo é possível resistir a qualquer binário que provocasse rotação do
edifício, pois esta solução controlaria as rotações globais do piso do edifício. A principal
desvantagem é a nível arquitectónico, pelo facto da comum existência de lojas nos pisos
inferiores dos edifícios que condiciona a utilização desta solução.
A solução com a rigidez concentrada no centro do edifício, tal como descrita anteriormente em
2.4, provoca uma rotação exagerada se a estrutura for sujeita a uma força qualquer na
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extremidade, como tal é desaconselhável a sua utilização já que provoca um primeiro modo de
vibração predominantemente de torção.
A acção do diafragma é ainda importante num edifício que seja caracterizado pela utilização de
dois tipos de sistema com diferentes características de deformabilidade horizontal, por
exemplo, o uso de um sistema misto ou composto.
A EN 1998-1 considera que os pisos deverão ser considerados como parte integrante da
globalidade do sistema estrutural, sendo necessário garantir uma adequada rigidez e
resistência no plano, assim como uma adequada ligação aos diferentes sistemas estruturais.
A adopção de uma fundação adequada permite uma transmissão das acções recebidas da
estrutura para o terreno de uma forma uniforme, sendo que a sua concepção terá de ser
efectuada de uma forma correcta, devido ao facto da sua reparação ser de difícil execução.
21
uma concentração de deformações, as quais poderão levar ao esgotamento da capacidade
dúctil na região, formando deste modo zonas danificadas, as quais poderão levar ao colapso.
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3.2.2.2. Condições de regularidade em planta
A esbelteza 𝜆 = 𝐿𝑚𝑎𝑥 ⁄𝐿𝑚𝑖𝑛 do edifício em planta não deve ser superior a 4, em que
𝐿𝑚𝑎𝑥 e 𝐿𝑚𝑖𝑛 são, respectivamente, a maior e a menor dimensão em planta do edifício,
medidas em direcções ortogonais.
A cada nível e para cada direcção de cálculo x e y, as seguintes prescrições deverão
ser satisfeitas:
23
Com:
Esta condição, segundo Fardis (2005), assegura que o período do modo de translação
fundamental em cada uma das direcções, x e y, não é menor do que o primeiro período do
modo de torção segundo o eixo z. Assegurando, igualmente, que não surjam modos de
translação e torção acoplados, situação que é considerada potencialmente perigosa. A
bibliografia em questão advoga ainda, que pelo facto do raio de torção ser uma grandeza
calculada em relação ao centro de rigidez e o raio de giração em relação ao centro de massa,
deveria ser feita uma relação dos raios de torção, tornando-os expressões da seguinte forma:
(3.4)
𝑟𝑚𝑦 = √𝑟𝑦 2 + 𝑒𝑦 2
Deste modo, as duas grandezas seriam consideradas segundo o centro de massa permitindo
um estudo mais real do fenómeno.
A regularidade em altura, segundo Fardis (2009), é um factor que pode influenciar igualmente o
desempenho sísmico dos edifícios, sendo particularmente notada na dificuldade da estrutura
em apresentar um primeiro modo de vibração linear da base ao topo do edifício. Como tal, a
distribuição de cargas laterais em altura não é uniforme, não sendo, portanto aplicável o
método das forças laterais equivalentes em estruturas não regulares em altura.
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Os efeitos sísmicos devem, pois ser calculados através de uma análise espectro modal, em vez
do método das forças laterais equivalentes.
No caso de sucessivos recuos que mantêm uma simetria axial, o recuo não deverá
exceder os 20 % da dimensão em planta do nível inferior na direcção do recuo. (critério
1 e 2)
A estrutura poderá ainda ser considerada regular, mesmo que o recuo seja maior que
os 20% referidos anteriormente, caso o recuo não seja superior a 50% da dimensão
em planta do nível inferior e caso esteja situado nos 15% inferiores da altura total do
edifício. (critério 3) A EN 1998-1 preconiza, ainda, que a continuação vertical da parte
superior do edifício transfira pelo menos 75% da força de corte a que estaria sujeita
caso não houvesse o alargamento da base.
No caso de recuos não simétricos, a soma, em cada lado dos recuos de todos os
pisos, não deverá ser superior a 30% (critério4) da dimensão em planta do piso acima
da fundação ou acima do nível de uma cave rígida e cada recuo não deve ser superior
a 10% (critério 5) da dimensão em planta do nível inferior.
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Tabela 3.1- Tabela Regularidade em altura EN 1998-1
Os efeitos sísmicos e de outras acções podem ser avaliados no âmbito de uma análise elástica
linear da estrutura. A classificação estrutural do edifício permite a utilização de dois tipos de
análise elástica linear:
O método de análise de referência para a quantificação dos efeitos sísmicos deverá ser,
segundo a cláusula 4.3.3.1 (2) da EN 1998-1, a análise modal por espectro de resposta,
utilizando um modelo elástico linear da estrutura e espectro de cálculo.
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A utilização do método de análise modal por espectro de resposta permite, segundo Fardis
[2009], uma distribuição um pouco mais uniforme das forças internas de pico em diferentes
seções críticas, tais como, nas extremidades de uma coluna ou viga.
A possibilidade de uso destes dois métodos pelo regulamento permite uma certa
complementaridade, uma vez que o método de análise modal por espectro de resposta permite
uma análise mais rigorosa, apesar de mais complicada, enquanto a análise pelo método das
forças laterais permite um estudo mais simples e intuitivo, apesar da menor exactidão.
Uma análise elástica linear por dois modelos separados poderá ser efectuada, um em cada
direcção horizontal principal, se houver regularidade em planta. Porém, mesmo que não haja
regularidade em planta a regulamentação, a cláusula 4.3.3.1 (8) da EN 1998-1, permite a
utilização de dois modelos separados, um em cada direcção horizontal.
A utilização de um método não linear é permitida, como alternativa ao método linear, através:
A análise através do método das forças laterais equivalentes baseia-se na simulação dos picos
de forças de inércia nas duas direcções ortogonais através da atribuição de forças sísmicas
nas mesmas direcções. Pressupõe-se, deste modo, que a resposta não é afectada de uma
forma significativa pelas contribuições de outros modos de vibração mais elevados, em cada
direcção principal.
4 × 𝑇𝑐 (3.5)
𝑇1 ≤ {
2𝑠
O método tem como base o cálculo da força de corte basal que depois é distribuída em altura
para cada piso.
A força de corte basal é determinada, para cada direcção horizontal na qual o edifício é
analisado, a partir da expressão 3.6.
27
𝐹𝑏 = 𝑆𝑑 (𝑇1 ) × 𝑚 × 𝜆 (3.6)
Em que:
𝑚- Massa total do edifício, acima da fundação ou acima do nível seuperior de uma cave rígida;
𝜆 - Factor de correcção, cujo valor é igual a 0,85 se 𝑇1 ≤ 2 𝑇𝑐 e o edifício mais de dois pisos, ou
igual a 1 nos outros casos;
O cálculo da distribuição das forças sísmicas horizontais baseia-se na configuração dos modos
de vibração fundamentais nas direcções de análise horizontais do edifício, quer através de
modelos dinâmicos quer pela determinação aproximada calculado tendo por base um
crescimento linear do deslocamento ao longo da altura do edifício.
28
A distribuição tendo por base um modelo dinâmico é definida através do deslocamento da
massa do primeiro modo de vibração na direcção da componente horizontal:
𝑠𝑖 × 𝑚𝑖 (3.7)
𝐹𝑖 = 𝐹𝑏
∑ 𝑠𝑗 × 𝑚𝑗
Em que:
𝑧𝑖 × 𝑚𝑖 (3.8)
𝐹𝑖 = 𝐹𝑏
∑ 𝑧𝑗 × 𝑚𝑗
𝑧𝑖 , 𝑧𝑗 - alturas das massas 𝑚𝑖 , 𝑚𝑗 , acima do nível de aplicação da acção sísmisca, sendo que
terá de ser tida em conta a massa vibrante correspondente, ou seja caso haja a presença de
caves deverá ser considerada apenas a massa presente acima destas mesmas
O método de análise modal por espectro de resposta caracteriza-se por uma análise linear que
permite um estudo a qualquer tipo de edifício independentemente da regularidade do mesmo.
A aplicabilidade deste método reveste-se de importância não só pelo facto de ser o método de
referência da EN 1998-1, mas também como método a efectuar caso falhe a aplicação do
método das forças laterais devido ao não cumprimento das condições de validação do modelo.
29
O primeiro passo na análise modal por espectro de resposta, segundo Fardis [2009], prende-se
com a determinação das deformadas e frequências de vibração do modelo.
A verificação deverá ser executada para cada direcção, caso se utilize um modelo espacial.
A resposta dos modos de vibração poderá ser considerada independente, segundo a cláusula
4.3.3.3.2 (1), mesmo sendo um dos modos de translação e o outro de rotação, caso cumpra a
seguinte condição, com 𝑇𝑗 ≤ 𝑇𝑖 :
𝑇𝑗 ≤ 0,9 × 𝑇𝑖 (3.9)
O valor máximo do efeito modal da acção sísmica deverá ser considerado através de uma
combinação quadrática, ou sejam a soma dos quadrados, designada SRSS (Square Root of
Sums of Squares):
(3.10)
𝐸𝐸 = √∑ 𝐸𝐸𝑖 2
Em que:
30
𝑁 (3.11)
𝐸𝐸 = √∑ 𝐸𝐸𝑗 𝐸𝐸𝑖 𝜌𝑖𝑗
𝑗=1
Este valor de 5% da dimensão perpendicular à acção sísmica, referenciado pela primeira vez
por Newmark (1969), resulta de um valor relativamente intuitivo e sem, à partida, fundamento
aparente.
Segundo Fardis (2009), a maneira mais correcta de ter em conta o efeito das excentricidades
acidentais, seria a utilização de um modelo 3D em que se procedesse à deslocação nominal da
massa e em que se proporcionasse à estrutura a aceleração espectral na direcção da
componente sísmica em estudo. Contudo, esta abordagem iria produzir quatro modelos
dinâmicos, com características a nível de períodos naturais e modos de vibração diferentes,
obrigando a uma dificuldade maior de entendimento e a um esforço computacional maior, como
demonstrado no capítulo seguinte.
Como tal, a EN 1998-1 apresenta duas formas distintas de análise dos efeitos da
excentricidade acidental, análise estática e simplificada.
O estudo das excentricidades acidentais através de uma análise estática caracteriza-se pela
introdução de uma carga estática, momento torsor acidental, segundo o eixo z, no centro de
massa de cada piso. O modelo utilizado é um modelo espacial, segundo a cláusula 4.3.3.3.3
(1) da EN 1998-1.
31
Imagem 3.9- Aplicação do momento torsor acidental no centro de massa
Em que:
𝑒𝑎𝑖 = ±0,05 × 𝐿𝑖
Em que:
A força aplicada a cada piso é determinada através da distribuição de forças descrita pela
equação 3.7.
32
As excentricidades acidentais deverão ser aplicadas no mesmo sentido, positivo ou negativo,
para todos os pisos. Esta análise mostra-se conservativa a nível global, mas poderá não ser
benéfica a nível local devido ao sobredimensionamento desses mesmos elementos.
𝑥 (3.13)
𝛿 = 1 + 0,6
𝐿
Em que:
O factor em causa resulta, segundo Fardis [2004], da hipótese de que todos efeitos de torção
são absorvidos pela rigidez e resistência estrutural na direcção horizontal considerada, sem a
necessidade de absorção de esforços por parte dos elementos perpendiculares à direcção do
sismo considerada. Outro factor, prende-se com o pressuposto que a rigidez de torção é
uniformemente distribuída no plano.
0,6
O valor de , segundo Fardis (2004), diz respeito a todo o momento torsional a que está
𝐿
33
0,6 0,05 × 𝐿 × 𝑉 (3.14)
=
𝐿 𝐾𝐵 × 𝐵 × 𝐿3
12
𝑉
𝐾𝐵 × 𝐵 × 𝐿
A prescrição aponta para uma duplicação da excentricidade acidental, tanto a utilizada num
modelo estático como a utilizada num modelo simplificado. Como tal, as excentricidades
acidentais de uma análise estática são dobradas para 10 % da largura do piso perpendicular à
actuação do sismo.
O coeficiente que depende das excentricidades acidentais numa análise simplificada fica,
igualmente, sujeito a uma actualização no que diz respeito ao seu valor. Portanto, o coeficiente
𝑥
de 1 + 0,6 , referente a um dimensionamento segundo um modelo espacial, modifica-se para
𝐿
𝑥 𝑥
1 + 1,2 e o coeficiente de 1 + 1,2 , referente ao dimensionamento segundo um modelo plano,
𝐿 𝐿
𝑥
para 1 + 2,4 .
𝐿
A tabela que se segue pretende resumir a aplicação das excentricidades acidentais descritas
acima, tendo em conta os vários modelos de análise.
34
É de notar, que a presença irregular de paredes de alvenaria, como descrito anteriormente,
levará à aplicação do dobro das excentricidades descritas na tabela resumo.
A utilização do método estático é aceite apenas num modelo espacial, sendo que a
excentricidade é de 5 %, ou 10 %, caso exista a presença de enchimento de alvenaria.
35
Os efeitos da acção sísmica devido à actuação das duas componentes horizontais poderá ser
calculado através do método SRSS, onde se utiliza a raiz quadrada do somatório dos
quadrados dos esforços devido a cada componente horizontal, tal como descrito na cláusula
4.3.3.5.1 (2) b) da EN 1998-1. A combinação do efeito sísmico segundo duas direcções
ortogonais pode ser efectuada igualmente através de uma análise linear, como é referido em
4.3.3.5.1 (3).
A norma EN 1998-1 é pouco claro no que diz respeito ao modo de combinação a executar
entre as componentes sísmicas e os efeitos das excentricidades acidentais quando na
presença de excitação nas duas componentes ortogonais. A cláusula 4.3.3.3.3 da EN 1998-1
admite apenas que os momentos torsores “ (…) poderão ser determinados como a envolvente
dos efeitos resultantes da aplicação das cargas estáticas constituídas por conjuntos de
momentos de torsores 𝑀𝑎𝑖 de eixo vertical aplicados a cada piso i (…)”.
Fardis (2009) e Bish et al (2011) propõem alguns modos de combinação, que dependem
essencialmente do modelo de análise utilizado na contabilização dos esforços, como é possível
verificar na tabela 3.3.
𝐸𝑆 = √ (𝐸𝑥 )2 + (𝐸𝑦 )2
(3.17)
𝐸𝑑 = 𝐸𝑠 + 𝑀𝑡 (3.19)
A primeira combinação (eq. 3.15 e 3.16), defendida tanto por Fardis (2009) como por Bish et al
(2011), propõe uma análise separada para as componentes X,Y e combinação posterior, via
36
SRSS, dos resultados obtidos. Portanto, terá de ser efectuada uma soma linear da componente
direccional do sismo com a excentricidade acidental da direcção correspondente, para cada
uma das direcções em causa (eq. 3.15). Por fim, é efectuada uma combinação SRSS com as
várias direcções sísmicas (eq. 3.16)
Fardis (2009), propõe um segundo método de combinação (eq. 3.17, 3.18 e 3.19) da análise
sísmica com os momentos torsores acidentais, primeiramente tendo em conta uma combinação
das várias componentes sísmicas através de SRSS (eq. 3.17), e em seguida através de uma
combinação das componentes do momento torsor acidental via SRSS (eq. 3.18). A combinação
entre a componente sísmica e o momento torsor acidental processa-se através de uma soma
linear, como é possível verificar na equação 3.19.
A terceira abordagem (eq 3.20 e 3.21) referenciada em Bish (2011), caracteriza-se pela soma
linear (eq.3.20) entre a envolvente correspondente aos momentos torsores
(+𝑀𝑥 ; − 𝑀𝑥 ; + 𝑀𝑌 ; −𝑀𝑌 ) com a componente sísmica, anteriormente combinada com SRSS (eq
3.21).
A combinação linear é referenciada em Fardis [2009] através da adição dos efeitos dos
momentos provocados pela excentricidade acidental com os efeitos do sismo na mesma
direcção de estudo (3.22), combinando-se (3.23), em seguida, as duas componentes através
de uma soma linear entre a direcção em estudo e uma percentagem da direcção perpendicular.
As forças estáticas a que cada piso está sujeito são calculadas a partir de um coeficiente
sísmico, que actua segundo a direcção considerar e em correspondência com as diferentes
massas do piso e com o modo como a estrutura se deforma.
∑𝑛𝑖=1 𝐺𝑖 (3.24)
𝐹𝑘𝑖 = 𝛽ℎ𝑖 𝐺𝑖
∑𝑛𝑖=1 ℎ𝑖 𝐺𝑖
Em que:
37
ℎ𝑖 -altura a que se situa o piso i acima do terreno;
𝐺𝑖 -soma dos valores das cargas permanentes e dos valores quase permanentes das cargas
variáveis correspondentes ao piso i
Em que:
(3.25)
0,6 𝑥
𝜉 =1+
𝑎
Em que:
38
a -distância máxima perpendicular à aplicação da força sísmica;
O código preconiza que caso sismo seja aplicado nas duas direcções em simultâneo, a
deslocação do centro de massa não terá de ser efectuada nas duas direcções, mas sim na
direcção que produza maior efeito.
2
𝛿𝑚𝑎𝑥 (3.26)
𝐴𝑥 = ( )
1,2𝛿𝑎𝑣𝑔
Onde:
39
Max Disp- Máximo deslocamento do piso, nos pontos extremos da estrutura, na direcção da
acção sísmica e induzido por uma força estática actuando a uma distância de ±0,10 𝐷𝑛𝑥 do
centro de massa de cada piso, em que 𝐷𝑛𝑥 é a maior dimensão perpendicular à carga lateral
aplicada;
Ave Disp- média dos deslocamentos dos pontos extremos da estrutura a cada nível, produzidos
pelas forças estáticas equivalentes usadas no cálculo de Max Disp;
B- máximo dos valores individuais de B em cada piso, nas duas direcções ortogonais;
Onde,
O regulamento indica que cada elemento do edifício deverá ser dimensionado com o efeito
mais severo provocado por um dos momentos definidos nas equações 3.28 e 3.29;
Em que:
No que diz respeito à aplicação dos efeitos da excentricidade acidental segundo o método
dinâmico são utilizadas duas formas distintas.
40
Na primeira forma procede-se, para qualquer valor de B, à inserção de momentos
torsores a cada nível, resultantes da deslocação do centro de massa 0,10 𝐷𝑛𝑥
multiplicado por 𝐹𝑥 , que é calculado através do método das forças laterais ou
através do método dinâmico. Os efeitos do momento torsor terão de ser
combinados com o efeito sísmico calculado segundo uma análise dinâmica;
A utilização de um modelo 3D dinâmico é permitida nos sistemas em que que
B≤ 1,7 através da aplicação de uma deslocação da massa de ±0,05 𝐷𝑛𝑥 ;
A aplicação de uma acção numa direcção não paralela aos eixos ortogonais principais é
descrita no regulamento com o intuito de ter em consideração a presença de edifícios próximos
de regiões de falhas. (Tola, 2010)
Portanto, a cláusula 5.3.2 (2) refere que terá de ser elaborada uma elipse, em que os semi-
eixos terão o valor das excentricidades ±0,10 %. Tola (2010), esclarece que a deslocação da
massa a considerar terá de ser a correspondente à intersecção da linha perpendicular à acção
sísmica na elipse formada pelos semi-eixos, como é possível verificar pelos pontos P e Q na
figura 3.10.
Imagem 3.11- Acção sísmica não paralela aos eixos principais (imagem Tola 2010)
A secção 6.3.5 do regulamento Neozelandês admite a utilização dos efeitos da torção, numa
análise modal por espectro de resposta segundo um modelo bidimensional, em estruturas
regulares em planta.
41
Para outros tipos de estrutura, o regulamento permite a utilização de duas opções de modo a
admitir a torção acidental num modelo tridimensional. A primeira consiste, precisamente, em
ajustar a localização do centro de massa, tal como descrito anteriormente, sendo que a
segunda opção baseia-se na alteração da resultante do sismo, para que seja aplicada
excentricamente, mantendo, contudo, o centro de massa na sua posição original.
42
4. Estudo do método de aplicação das excentricidades
acidentais
O efeito das excentricidades acidentais, segundo Fardis (2009), é contabilizado de uma forma
mais assertiva se for efectuada uma deslocação nominal da massa em relação ao centro de
massa, na percentagem correspondente à dimensão perpendicular, do edifício, à acção
sísmica.
O primeiro modelo (DM) é sujeito a uma análise modal por espectro de resposta com
aceleração constante, enquanto o segundo modelo (EC8) é actuado pelo momento torsor
acidental calculado através da acção do mesmo espectro de resposta.
Uma análise comparativa mais abrangente obrigou à elaboração de modelos com 1,2,5 e 10
pisos.
43
4.2. Descrição dos dois modelos
Os pilares considerados, nos dois modelos, foram quatro pilares iguais, com 5 m de
comprimento, existindo uma adaptação da secção em altura, dependendo do número de pisos
do sistema, como se pode verificar na tabela 4.1. A fundação foi considerada como rígida.
Discretização Secção
Sistema
Secção Piso 𝑚2
1 Piso 1 25 (x) 25
2 Pisos 1º - 2º 25 (x) 25
1º-3º 40 (x) 40
5 Pisos
4º-5º 25 (x) 25
1º-5º 50 (x) 50
10 Pisos 6º-8º 40 (x) 40
9º-10º 25 (x) 25
O modelo genérico utilizado nos estudos é o representado na figura 4.1, replicado para 1,2,5 e
10 pisos.
44
4.2.2. Massa do sistema e posição do centro de massa
A massa dos pisos foi calculada tendo em conta uma sobrecarga de 2 𝑘𝑁⁄𝑚2 e uma restante
carga permanente de 2 𝑘𝑁⁄𝑚2 .
Foram aplicadas aos dois modelos, DM e EC8, três excentricidades naturais através do desvio
do centro de massa em relação à sua posição original. A escolha desta solução, em detrimento
do desvio do centro de rigidez, prendeu-se com a maior facilidade de manipular a
excentricidade natural desta forma, principalmente devido à dificuldade em calcular o centro de
rigidez quando o número de pisos aumenta.
A distribuição de forças gravíticas que permitiu a presença das três excentricidades naturais é a
representada na figura 4.2, primeiro para uma excentricidade nula, depois para uma média e
em seguida para uma excentricidade natura elevada.
45
A presença destas excentricidades naturais foi estudada, no que diz respeito à regularidade em
planta, de acordo com os critérios de regularidade em planta presentes em 3.2.2.2 da presente
dissertação, sendo possível classificar os sistemas com excentricidade natural nula e média
como regulares e o sistema com excentricidade elevada como irregular.
Tabela 4.2-Tabela resumo das várias excentricidades naturais introduzidas nos modelos
A utilização de uma aceleração constante permite que todos os sistemas estruturais, com
diferentes períodos de vibração, estejam sujeitos à mesma aceleração e deste modo
proporcionar uma análise mais correcta dos efeitos da excentricidade acidental.
4.2.4. Coeficientes
A representação dos valores foi realizada de uma forma adimensional, para deste modo excluir
um possível factor de erro no estudo em questão. Como tal, procedeu-se à divisão do esforço
transverso referente às diversas análises pelo valor de esforço normal, resultante das acções
gravíticas, a que estes elementos estavam sujeitos.
A designação atribuída aos pilares é a descrita na figura 4.3, sendo que o esforço transverso
segundo a direcção x foi atribuída a designação V2 e um esforço segundo y foi atribuída a
designação V3.
46
Figura 4.3-Nomenclatura dos Pilares Figura 4.4-Nomenclatura da distribuição de
esforços
O carregamento dos pilares é o representado na figura 4.5 e 4.6, onde é possível verificar uma
igualdade nos coeficientes dos pilares aos pares 3/4 e 1/2, caso seja aplicado um esforço
segundo V2. Enquanto, os pilares 1/ 3 e os pilares 2/4 apresentam valores iguais caso o
esforço aplicado for segundo a direcção V3.
Figura 4.5- Identificação dos pares de pilares Figura 4.6- Identificação dos pares de pilares
afectados por um esforço segundo V2 afectados por um esforço segundo V3
Os pontos de desvio do centro de massa foram determinados tendo como base o regulamento
New Zealand Standard NZS 1170.5, que prescreve a deslocação do centro de massa através
de uma elipse com semi-eixos com o valor das excentricidades das direcções ortogonais, neste
caso de 5 % da dimensão perpendicular à actuação do movimento sísmico, em vez dos 10 %
recomendados no regulamento.
47
Pelo facto, das dimensões em planta serem as mesmas nas duas direcções perpendiculares
não foi gerada uma elipse, mas sim um círculo que permitiu a determinação de 8 pontos,
representados de forma numérica na tabela 4.3 e de forma gráfica na figura 4.7.
Tabela 4.3- Tabela resumo da deslocação de massa, para cada excentricidade natural, aplicados
nos modelos DM
Os modelos DM, ao serem sujeitos a uma análise modal por espectro de resposta, apresentam
uma componente de translação e uma componente de torção associada à presença da
excentricidade acidental e da própria excentricidade natural, caso a haja. Como tal, neste
modelo procedeu-se ao isolamento da parcela de torção acidental (fig. 4.10), através da
subtracção dos esforços transversos obtidos dos modelos com centro de massa de P1 a P8
(fig. 4.8) pelos esforços obtidos em P0 (fig. 4.9).
48
Figura 4.8-Planta com Figura 4.9-Planta sem Figura 4.10- Planta com Torção
Excentricidade acidental excentricidade acidental Acidental
A força de corte basal de cada sistema foi determinada através de uma análise modal por
espectro de resposta correspondente à direcção em estudo, sendo distribuída em altura
através da equação 3.7 presente no capítulo 3.2.3.1.
O cálculo do momento torsor acidental realizou-se através da equação 3.12 do capítulo 3.2.4.1
da presente dissertação.
49
𝐶𝑜𝑒𝑓𝑖𝑐𝑖𝑒𝑛𝑡𝑒 𝐷𝑀 − 𝐶𝑜𝑒𝑓𝑖𝑐𝑖𝑒𝑛𝑡𝑒 𝐸𝐶8
𝐸𝑟𝑟𝑜 (%) = ( ) × 100
𝐶𝑜𝑒𝑓𝑖𝑐𝑖𝑒𝑛𝑡𝑒 𝐸𝐶8
O Modelo DM foi utilizado com a massa deslocada segundo x, nas posições P1 e P5, de modo
a ter em conta a excentricidade acidental resultado de uma acção sísmica segundo y, como é
possível verificar na figura 4.11. Por outro lado, a excentricidade acidental resultado da acção
sísmica segundo x, foi representada através da deslocação de massa em y, através dos pontos
P3 e P7.
O método de análise considerado no modelo DM foi uma análise modal por espectro de
resposta, em que foi isolada a componente de torção através da subtracção dos coeficientes
resultado da análise do modelo DM com centro de massa no ponto P0 da excentricidade
natural em causa, como explicado anteriormente.
50
4.3.1. Resumo do estudo 1
O resumo do estudo 1 é o apresentado na tabela 4.4, que terá de ser replicada para 1,2,5 e 10
pisos.
Para cada excentricidade foi efectuada uma comparação entre o modelo DM, sujeito a acção
sísmica segundo determinada direcção, e o modelo EC8, sujeito a um momento torsor
acidental resultado da actuação da mesma acção sísmica utilizada no modelo DM.
Portanto, procedeu-se, por exemplo, no caso de uma excentricidade nula à comparação dos
coeficientes sísmicos, provenientes da actuação do espectro sísmico segundo y, do modelo
DM, sujeito a uma deslocação de massa P1, com os coeficientes sísmicos provenientes da
aplicação do momento segundo Z, resultado de um espectro sísmico segundo y, no ponto P0
do modelo EC8.
51
Figura 4.12-Estudo 2-Deslocação de massa nas duas direcções
O modelo DM apresenta uma deslocação da massa segundo tanto a direcção x como y, como
é possível verificar na figura 4.12. O sentido positivo e negativo é garantido pela deslocação da
massa P4/P8 e P2/P6.
A acção análise a que os modelos DM se sujeitaram é uma acção modal por espectro de
resposta combinada nas duas direcções sísmicas por uma combinação SRSS.
O modelo EC8 é sujeito à acção combinada dos momentos torsores acidentais, provenientes
da acção sísmica nas duas direcções horizontais, calculados de forma independente.
(4.1)
𝑀𝑡 = √𝑀𝑡𝑥2 + 𝑀𝑡𝑦2
52
4.4.3. Combinação Bisch
Esta solução, referenciada em 3.16 da tabela 3.3, oferece uma maior complexidade no que diz
respeito ao isolamento do momento torsor acidental. Como tal, efectuou-se a subtracção da
combinação 3.16 pela combinação SRSS do sismo, como descrito em 4.3.
(4.3)
𝐸𝑒 = √(𝐸𝑥 + 𝑀𝑡𝑥 )2 + (𝐸𝑦 + 𝑀𝑡𝑦 )2 − √𝐸𝑥2 + 𝐸𝑦2
Portanto, procedeu-se, por exemplo, no caso de uma excentricidade nula à comparação dos
coeficientes sísmicos, provenientes da actuação da combinação sísmica SRSS, do modelo DM,
sujeito a uma deslocação de massa P2, com os coeficientes sísmicos provenientes da
53
aplicação do momento segundo Z, resultado da combinação dos momentos torsores acidentais
Bisch, no ponto P0 do modelo EC8.
54
5. Análise comparativa entre o modelo DM e o modelo EC8-
Unidireccional
Foram executados ainda gráficos, presentes no anexo 1.17, que permitem verificar a evolução
em altura dos coeficientes sísmicos, tanto para os modelos DM- P1 como para os modelos
EC8. Os gráficos foram organizados por excentricidades naturais (nula, média e elevada) e por
natureza dos coeficientes sísmicos (V3 e V2). Portanto, nos gráficos superiores estão
representados os coeficientes sísmicos resultado de uma comparação entre o modelo DM-P1 e
EC8 segundo a direcção V3 e em baixo os gráficos correspondentes, mas segundo a direcção
V2.
Para além desta representação gráfica, foi determinado o erro relativo percentual, referenciado
em 4.2.7, entre os modelos DM (P3 e P8) e os modelos EC8. A presença de erros relativos
positivos prende-se com valores de coeficientes sísmicos referentes aos modelos DM
superiores aos valores de coeficientes sísmicos provenientes dos modelos EC8 e valores
negativos na situação contrária.
A EN1998-1, na cláusula 4.3.3.3.3 (2), admite que o momento torsor acidental terá de ser
aplicado segundo o sentido que irá provocar o maior esforço em determinado elemento.
Contudo, a análise comparativa em questão implica uma interpretação acerca da melhor forma
de comparar os efeitos na estrutura.
Como tal, utilizou-se o valor do coeficiente gerado pela actuação do espectro sísmico no
modelo DM como referência, sendo deste modo comparado com a envolvente do coeficiente
sísmico gerado pela aplicação do momento torsor acidental, provocado pela actuação do
espectro sísmico na mesma direcção de estudo, no modelo EC8. Por exemplo, caso o estudo
do modelo DM resulte num valor positivo para determinado pilar é utilizado para valor
comparativo o valor da envolvente positiva do modelo EC8 gerado no mesmo pilar.
55
5.2. Análise geral às diferentes excentricidades
Os sistemas estruturais com maior número de pisos apresentam uma diferente secção em
altura dos pilares, como descrito anteriormente, sendo que estas diferenças de secção geram
uma variação grande nos coeficientes, como é possível verificar nos gráficos do anexo A 1.7.
Nestes locais, existe um aumento do coeficiente resultado da diminuição da secção do pilar,
sendo correspondida, contudo, pelos dois modelos em análise, DM e EC8.
Uma análise geral às várias excentricidades através das tabelas que representam o coeficiente
sísmico, do anexo 1.1 a 1.6, permite verificar a presença para pisos correspondentes, entre os
vários sistemas estruturais, de um aumento do coeficiente sísmico.
A deslocação de massa P3, quando é introduzida uma acção espectral segundo x, provoca
coeficientes iguais à deslocação de massa P7, em pares de pilares opostos, devido aos pilares
se situarem à mesma distância do centro de massa.
Os valores dos coeficientes sísmicos que o modelo DM proporciona são sempre maiores que
os verificados no EC8, não obstante do número de pisos, como é possível verificar nas tabelas
A1 e A2 em anexo.
Como era expectável e observável nos gráficos de crescimento em altura, anexo 1.12, e pelos
coeficientes sísmicos, presentes no anexo 1.1 e 1.4, é possível verificar que pelo facto dos
pilares se encontrarem à mesma distância os valores dos coeficientes entre os modelos DM-P1
ou DM-P5 e o modelo EC8 é o mesmo.
As tabelas seguintes representam o erro relativo entre o modelo DM e o modelo EC8, primeiro
devido à acção sísmica segundo y e o segundo devido a uma acção sísmica segundo x.
56
Tabela 5.1- Estudo 1- Excentricidade nula- valores V3 (%)
Exc. Nula
Sistema 1 Piso Sistema 2 Pisos Sistema 5 Pisos Sistema 10 Pisos
Erro (%) Pilar 1 e 3 Pilar 2 e 4 Pilar 1 e 3 Pilar 2 e 4 Pilar 1 e 3 Pilar 2 e 4 Pilar 1 e 3 Pilar 2 e 4
V3 (%) V3 (%) V3 (%) V3 (%) V3 (%) V3 (%) V3 (%) V3 (%)
P1 42,513 32,874 38,725 30,923 25,473 23,109 19,965 17,221
Piso 1
P5 32,874 42,513 30,923 38,725 23,109 25,473 17,221 19,965
P1 40,729 31,763 24,270 21,779 20,941 16,138
Piso 2
P5 31,763 40,729 21,779 24,270 16,138 20,941
P1 24,368 19,585 20,617 15,191
Piso 3
P5 19,585 24,368 15,191 20,617
P1 25,527 21,527 20,294 14,533
Piso 4
P5 21,527 25,527 14,533 20,294
P1 34,100 29,364 20,588 13,950
Piso 5
P5 29,364 34,100 13,950 20,588
P1 18,942 16,141
Piso 6
P5 16,141 18,942
P1 20,205 17,188
Piso 7
P5 17,188 20,205
P1 23,016 19,324
Piso 8
P5 19,324 23,016
P1 27,683 25,222
Piso 9
P5 25,222 27,683
P1 37,601 34,636
Piso 10
P5 34,636 37,601
O erro relativo entre os modelos DM (P1 e P5) e EC8 num sistema estrutural com 5 pisos é
inferior ao verificado nos modelos com 1 e 2 pisos, apresentando valores entre 20 a 30 %.
O sistema estrutural com 10 pisos continua a apresentar uma diminuição dos valores
verificados nos pisos correspondentes aos sistemas estruturais com menos pisos,
apresentando valores na ordem dos 20%, havendo, contudo, um aumento nos pisos superiores
apresentando valores à volta dos 40%.
Nos sistemas estruturais de 5 pisos, no piso 4, e 10 pisos, nos pisos 6 e 9, é possível verificar o
efeito da mudança de secção, através do gráfico do aumento do erro relativo.
57
Tabela 5.2- Estudo 1- Excentricidade Nula- Valores V2 (%)
Exc. Nula
Sistema 1 Piso Sistema 2 Pisos Sistema 5 Pisos Sistema 10 Pisos
Erro (%) Pilar 1 e 2 Pilar 3 e 4 Pilar 1 e 2 Pilar 3 e 4 Pilar 1 e 2 Pilar 3 e 4 Pilar 1 e 2 Pilar 3 e 4
V2 (%) V2 (%) V2 (%) V2 (%) V2 (%) V2 (%) V2 (%) V2 (%)
P3 42,513 32,874 38,725 30,923 26,484 22,228 19,965 17,221
Piso 1
P7 32,874 42,513 30,923 38,725 22,228 26,484 17,221 19,965
P3 40,516 31,563 25,694 20,356 20,941 16,138
Piso 2
P7 31,563 40,516 20,356 25,694 16,138 20,941
P3 27,248 20,734 20,617 15,191
Piso 3
P7 20,734 27,248 15,191 20,617
P3 2,182 21,527 20,294 14,533
Piso 4
P7 21,527 25,527 14,533 20,294
P3 34,100 29,364 20,588 13,950
Piso 5
P7 29,364 34,100 13,950 20,588
P3 18,942 16,141
Piso 6
P7 16,141 18,942
P3 20,205 17,188
Piso 7
P7 17,188 20,205
P3 23,016 19,324
Piso 8
P7 19,324 23,016
P3 27,683 25,222
Piso 9
P7 25,222 27,683
P3 37,601 34,636
Piso 10
P7 34,636 37,601
Após análise dos erros relativos entre o modelo DM (P3 e P7) e o modelo EC8 é possível
verificar que os erros relativos dos vários sistemas estruturais é o mesmo dos verificados na
acção correspondente a uma acção sísmica segundo y. Contudo, o sistema estrutural de 5
pisos apresenta alguma diferença nos erros relativos em relação aos verificados devido à
acção da acção sísmica segundo a direcção y, quando era suposto serem iguais, devendo-se
este facto a uma pequena imprecisão do programa de elementos finitos.
58
5.4.2. Espectro segundo y- Valores V3
Os erros dos coeficientes sísmicos associados aos modelos DM e EC8, resultado da
introdução de uma acção espectral segundo y são representados na tabela seguinte.
Exc. Média
Sistema 1 Piso Sistema 2 Pisos Sistema 5 Pisos Sistema 10 Pisos
Erro (%) Pilar 1 e 3 Pilar 2 e 4 Pilar 1 e 3 Pilar 2 e 4 Pilar 1 e 3 Pilar 2 e 4 Pilar 1 e 3 Pilar 2 e 4
V3 (%) V3 (%) V3 (%) V3 (%) V3 (%) V3 (%) V3 (%) V3 (%)
P1 50,347 9,028 46,257 10,940 33,036 9,034 17,281 7,076
Piso 1
P5 52,083 22,917 47,409 22,745 32,143 16,439 17,251 10,702
P1 50,000 9,816 35,730 3,986 21,078 3,417
Piso 2
P5 50,307 22,699 33,452 12,598 19,634 8,277
P1 36,101 2,076 22,025 1,602
Piso 3
P5 33,213 11,011 19,966 6,922
P1 30,400 11,273 22,386 1,155
Piso 4
P5 29,964 17,455 19,949 6,479
P1 39,513 16,915 24,747 -0,253
Piso 5
P5 39,107 24,493 21,296 5,556
P1 18,708 7,795
Piso 6
P5 17,461 10,735
P1 21,665 8,894
Piso 7
P5 19,612 11,859
P1 26,672 10,228
Piso 8
P5 23,525 13,533
P1 29,158 18,207
Piso 9
P5 26,968 20,192
P1 38,596 25,506
Piso 10
P5 36,437 28,070
Nos sistemas estruturais de 1 e 2 pisos é possível verificar um erro dos pilares 1 e 3, que se
situam numa posição mais distante do centro de massa, na ordem dos 50%. Contudo, os
pilares 2 e 4, mais próximos do centro de massa, apresentam um erro relativo bastante mais
baixo, na ordem dos 10 a 20%. A situação anterior continua a ser verificável nos sistemas
estruturais com mais pisos.
O sistema estrutural de 5 pisos apresenta nos pilares 1 e 3 valores na ordem dos 30 a 40%, ao
passo que os pilares da direita apresentam valores na ordem dos 10 a 20% de erro. O sistema
estrutural com 10 pisos continua a apresentar uma diminuição dos erros verificados
anteriormente na maior parte dos pisos, apresentando valores na ordem dos 20 % nos pilares 1
e 3, mais distantes do centro de massa, e valores entre 10 % e 20 % nos pilares, 2 e 4, mais
próximos. Contudo, no 5º piso o valor de coeficiente sísmico do modelo DM é inferior ao valor
do coeficiente evidenciado no modelo EC8.
59
Nos sistemas estruturais de 5 pisos, no piso 4, e 10 pisos, nos pisos 6 e 9 é possível verificar o
efeito da mudança de secção.
Exc. Média
Sistema 1 Piso Sistema 2 Pisos Sistema 5 Pisos Sistema 10 Pisos
Erro (%) Pilar 1 e 2 Pilar 3 e 4 Pilar 1 e 2 Pilar 3 e 4 Pilar 1 e 2 Pilar 3 e 4 Pilar 1 e 2 Pilar 3 e 4
V2 (%) V2 (%) V2 (%) V2 (%) V2 (%) V2 (%) V2 (%) V2 (%)
P3 48,709 23,924 44,529 23,311 30,583 18,182 16,672 11,620
Piso 1
P7 23,924 48,709 23,311 44,529 18,182 30,583 11,620 16,672
P3 46,809 23,708 30,961 15,018 18,357 9,899
Piso 2
P7 23,708 46,809 15,018 30,961 9,899 18,357
P3 30,866 13,267 18,400 8,800
Piso 3
P7 13,267 30,866 8,800 18,400
P3 29,018 18,255 18,397 8,269
Piso 4
P7 18,255 29,018 8,269 18,397
P3 38,160 25,710 19,428 7,401
Piso 5
P7 25,710 38,160 7,401 19,428
P3 16,548 11,165
Piso 6
P7 11,165 16,548
P3 18,337 12,244
Piso 7
P7 12,244 18,337
P3 21,524 14,218
Piso 8
P7 14,218 21,524
P3 25,222 20,232
Piso 9
P7 20,232 25,222
P3 34,413 28,340
Piso 10
P7 28,340 34,413
Os erros relativos percentuais entre o modelo DM e EC8 apresentam um erro relativo aceitável
pelo facto do sistema ser ainda considerado regular em planta.
Os pilares mais próximos do centro de massa nos sistemas estruturais de 1 e 2 pisos erros
apresentam um erro relativo de 20%, enquanto os pilares mais distantes, evidenciam erros na
ordem dos 50%.
Os sistemas estruturais com 5 pisos apresentam valores de erro na ordem dos 20 % nos
pilares mais próximos do centro de massa e 30 a 40 % nos pilares mais distantes.
60
Os erros relativos nos sistemas estruturais de 10 pisos são inferiores aos verificados nos pisos
correspondentes em outros sistemas estruturais, apresentando valores entre 10 e 20% tanto
para os pilares mais próximos do centro de massa como para os mais distantes.
Como é possível verificar nas tabelas do anexo 1.3 e 1.6 a deslocação da massa para um
ponto extremo, muito próximo dos pilares, provoca uma diminuição do coeficiente sísmico no
pilar mais próximo do centro de massa, do que o verificado em modelos com excentricidade
média e por consequência um aumento do coeficiente nos pilares mais afastados.
Deste modo, é possível verificar que os pilares mais próximos do centro de massa apresentam
valores de coeficiente gerados pelo modelo DM inferiores aos verificados nos modelos EC8.
61
Tabela 5.5- Estudo 1- Excentricidade Elevada- Valores V3
Exc. Elevada
Sistema 1 Piso Sistema 2 Pisos Sistema 5 Pisos Sistema 10 Pisos
Erro (%) Pilar 1 e 3 Pilar 2 e 4 Pilar 1 e 3 Pilar 2 e 4 Pilar 1 e 3 Pilar 2 e 4 Pilar 1 e 3 Pilar 2 e 4
V3 (%) V3 (%) V3 (%) V3 (%) V3 (%) V3 (%) V3 (%) V3 (%)
P1 18,456 -20,716 21,091 -17,695 22,164 -19,380 20,791 -4,848
Piso 1
P5 32,957 -21,281 34,671 -17,181 31,670 14,496 25,491 -0,476
P1 26,194 -20,428 29,822 -27,687 31,278 -14,586
Piso 2
P5 39,868 -20,099 39,288 -23,416 35,634 -10,132
P1 33,213 -30,415 34,808 -18,801
Piso 3
P5 42,960 -26,895 38,882 -14,377
P1 20,000 -13,891 36,577 -19,987
Piso 4
P5 28,436 -9,673 40,105 -15,807
P1 24,899 -11,502 43,188 -24,593
Piso 5
P5 32,747 -7,713 45,673 -20,394
P1 24,808 -4,120
Piso 6
P5 27,388 -0,543
P1 29,265 -3,991
Piso 7
P5 30,827 -0,521
P1 36,284 -4,864
Piso 8
P5 36,443 -1,037
P1 31,003 7,197
Piso 9
P5 32,042 10,035
P1 38,828 12,262
Piso 10
P5 39,510 15,395
A introdução de uma acção espectral segundo y nos sistemas com excentricidade elevada
permite verificar que os pilares mais próximos da massa apresentam valores nos modelo DM
inferiores aos apresentados nos modelos EC8. Enquanto os pilares mais afastados da massa
continuaram a apresentar valores mais elevados nos modelos DM.
Nos sistemas estruturais com 1 e 2 pisos verificam-se erros à volta dos 20 % nos pilares mais
afastados do centro a massa e valores de -20% nos pilares mais próximos do centro de massa.
Os erros relativos percentuais verificados num sistema estrutural de 5 pisos são na ordem dos
20 a 40% nos pilares mais distantes do centro de massa e na ordem dos -20 % a -30 % nos
pilares mais próximos do centro de massa.
Os erros verificados nos sistemas estruturais com 10 pisos continuam na senda dos outros
sistemas estruturais com menos pisos, com coeficientes nos modelos DM menores do que os
verificados nos modelos EC8 nos pilares mais próximos do centro de massa e com coeficientes
superiores nos modelos DM do que os verificados nos modelos EC8 nos pilares mais
afastados. Contudo, esta situação não se verifica apenas nos 2 últimos pisos, devido à
mudança de secção neste local.
62
A mudança de secção provoca uma diminuição do erro relativo.
Na transição para o 4º piso do sistema estrutural de 5 pisos é possível verificar esta situação,
tal como no sistema estrutural de 10 pisos, na transição do 5º para o 6º piso, onde é
perceptível uma diminuição significativa do erro relativo consequência do aumento dos
coeficientes sísmicos, resultado da diminuição da secção do pilar. Partindo do mesmo princípio,
os últimos dois pisos do sistema estrutural de 10 pisos, que apesentam uma diminuição de
secção dos pilares, revelaram a presença de valores referentes ao modelo DM superiores aos
verificados no modelo EC8.
Exc. Elevada
Sistema 1 Piso Sistema 2 Pisos Sistema 5 Pisos Sistema 10 Pisos
Erro (%) Pilar 1 e 2 Pilar 3 e 4 Pilar 1 e 2 Pilar 3 e 4 Pilar 1 e 2 Pilar 3 e 4 Pilar 1 e 2 Pilar 3 e 4
V2 (%) V2 (%) V2 (%) V2 (%) V2 (%) V2 (%) V2 (%) V2 (%)
P3 -2,754 -66,093 0,000 -59,753 11,403 -35,838 14,574 -9,375
Piso 1
P7 -66,093 -2,754 -59,753 0,000 -35,838 11,403 -9,375 14,574
P3 2,432 -61,854 18,434 -43,986 22,681 -17,540
Piso 2
P7 -61,854 2,432 -43,986 18,434 -17,540 22,681
P3 21,661 -47,924 25,314 -21,086
Piso 3
P7 -47,924 21,661 -21,086 25,314
P3 8,582 -32,945 26,265 -22,742
Piso 4
P7 -32,945 8,582 -22,742 26,265
P3 16,238 -30,176 31,455 -27,923
Piso 5
P7 -30,176 16,238 -27,923 31,455
P3 15,487 -11,526
Piso 6
P7 -11,526 15,487
P3 17,711 -12,301
Piso 7
P7 -12,301 17,711
P3 21,462 -12,657
Piso 8
P7 -12,657 21,462
P3 17,921 -3,352
Piso 9
P7 -3,352 17,921
P3 24,696 -0,675
Piso 10
P7 -0,675 24,696
63
Nos sistemas estruturais de 1 e 2 pisos verifica-se um erro inferior nos pilares mais distantes e
um erro bastante mais elevado nos pilares mais próximos do centro de massa.
O sistema estrutural de 5 pisos apresenta erros na ordem dos 10 a 20 % nos pilares mais
distantes do centro de massa e de -30 a -40 % nos pilares mais próximos do centro de massa.
Portanto, os pilares mais distantes do centro de massa apresentam num modelo DM
coeficientes inferiores aos valores verificados no modelo EC8, como é possível verificar nos
anexos A 5.11 e A 5.12.
Por último, o sistema estrutural com 10 pisos apresenta valores nos pilares mais distantes do
centro de massa na ordem dos 15 % a 20 % e valores nos pilares mais próximos do centro
massa na ordem dos -10%.
A variação da secção dos pilares continua a ser visível no sistema com 5 pisos onde é possível
verificar uma diminuição do erro relativo no piso 4. Nos sistemas de 10 pisos é verificável
igualmente a transição no piso 6 através a diminuição do erro relativo, bem como no piso 9.
64
5.6. Análise entre as várias excentricidades- Caso 10 pisos
O sistema estrutural escolhido foi o de 10 pisos devido ao maior número de dados existentes
neste tipo de sistema, permitindo deste modo um estudo mais abrangente.
O modelo DM escolhido para simular o efeito das excentricidades acidentais, quando sujeito a
uma acção espectral segundo y, foi o modelo DM-P1, porque possibilita uma maior
excentricidade em relação ao centro de rigidez, daí advindo um maior carregamento dos pilares
2 e 4. No que diz respeito a uma acção espectral segundo x o modelo utilizado foi o modelo
DM-P3.
Para qualquer excentricidade natural ou esforço analisado é possível verificar, pelas figuras
5.1 a 5.4, que o desenvolvimento do erro ao longo dos vários pisos, para os pilares em
questão, é o mesmo. Esta situação deve-se às mesmas condições estruturais que os modelos
estão sujeitos, bem como à utilização de uma aceleração sísmica constante.
40
30 Exc Nula
20 Exc. Média
Exc. Elevada
10
0
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10
Figura 5.1- Comparação entre erro modelos DM e EC8, nos pilares 1 e 3, com esforço segundo V3
A figura 5.1 demonstra, para os pilares 1 e 3, um erro muito próximo entre os sistemas sujeitos
a excentricidade nula e média. Contudo, o erro no sistema de excentricidade natural elevada é
65
superior ao verificado nas outras duas excentricidades devido à irregularidade em planta a que
está sujeita a estrutura.
Como é possível verificar na figura 5.2 os pilares 2 e 4, nos sistemas com excentricidade nula,
apresentam valores semelhantes aos apresentados nos pilares 1 e 3. Contudo, os erros nos
pilares 2 e 4 nos sistemas com excentricidade média e elevada, principalmente, são mais
baixos do que os verificados na excentricidade nula.
A figura 5.2 permite, ainda, verificar em alguns pisos, a presença de erros relativos percentuais
negativos, ou seja, já existem valores nos coeficientes sísmicos provenientes do modelo EC8
superiores aos apresentados no modelo DM, principalmente na excentricidade natural elevada.
Deste modo, é possível verificar uma maior distância entre os erros relativos das várias
excentricidades, mesmo entre as excentricidades nula e máxima, que apresentavam valores
bem semelhantes nos pilares 1 e 3.
Os pilares 1 e 2 nos modelos com excentricidade nula e média, como é possível verificar na
figura 5.3, apresentam valores de erro aceitáveis e bastante próximos entre as duas
excentricidades, principalmente devido à regularidade em planta que existe no sistema.
66
Pilar 1 e 2- % de erro por piso
40
30
Exc Nula
20
Exc. Média
10 Exc. Elevada
0
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10
Figura 5.3- Comparação entre erro modelos DM e EC8, nos pilares 1 e 2, com esforço segundo V2
A curva referente aos sistemas com excentricidade elevada apesar de apresentar a mesma
evolução a nível de erro revela uma maior discrepância nas transições entre pisos. A transição
do piso 5 para 6 permite verificar esta situação devido à diminuição da secção do pilar neste
local.
A excentricidade elevada apresenta valores de erro relativo negativo nos pilares 3 e 4, ou seja,
os valores proporcionados pelo modelo DM são inferiores aos proporcionados pelo modelo
EC8. É de notar, a presença de uma maior discrepância entre erro relativo na transição de
certos pisos devido à mudança de secção e à não uniformidade da resposta do edifício
introduzida pela irregularidade em planta.
67
5.7. Conclusão do estudo Unidireccional
O estudo permitiu concluir que, na maior parte das situações, nos modelos onde se procedeu à
deslocação de massa em relação à sua posição nominal resulta na presença de coeficientes
sísmicos superiores aos verificados nos modelos onde se utilizaram as prescrições estáticas,
relativas à excentricidade acidental, da EN 1998-1. Esta situação deve-se à amplificação do
efeito dinâmico que advém da deslocação da massa nos modelos DM.
A acção espectral segundo x causa na estrutura um aumento do erro relativo percentual entre
os dois modelos, principalmente no sistema com excentricidade elevada, resultado da presença
das duas excentricidades em causa, a natural e a acidental. A introdução desta excentricidade
acidental que se desenvolve segundo y, ou seja, numa direcção contrária à da excentricidade
natural, que se desenvolve segundo x, provoca grandes variações na actuação dos dois
modelos, pelo facto do modelo DM ter sido sujeito a uma análise com base nestas duas
excentricidades, enquanto o modelo EC8 foi sujeito apenas à actuação da excentricidade
natural.
Os pilares que se encontram a uma maior distância do centro de massa apresentaram um erro
relativo maior, enquanto os pilares mais próximos do centro de massa apresentaram erros
relativos menos acentuados.
A diminuição do erro em pisos correspondentes de sistemas estruturais com mais pisos foi
verificada, sendo que esta situação advém da maior rigidez proveniente dos pisos superiores.
Os sistemas estruturais de 1 e 2 pisos permitiram comprovar esta observação na medida que
apresentaram erros relativos percentuais superiores aos apresentados por sistemas estruturais
de 5 e 10 pisos.
A diminuição da secção em altura dos pilares foi responsável por um aumento dos coeficientes
e por consequência um aumento do erro, principalmente nos modelos com excentricidade
natural elevada.
68
6. Análise comparativa entre o modelo DM e o modelo EC8-
Bidireccional
O estudo procede-se através de uma análise comparativa entre os modelos DM, com
deslocações oblíquas (P2, P4, P6, P8), sujeitos a uma acção espectral segundo x e y,
combinada entre si segundo SRSS, e os modelos EC8 actuados pelas análises combinatórias
descritas no capítulo 2.
A introdução de mais variáveis que as estudadas anteriormente dificulta a análise, como tal a
organização deste capítulo passará primeiramente por uma tentativa de compreender que
deslocações no modelo DM apresentam uma maior influência nos coeficientes sísmicos dos
pilares.
Numa fase posterior, e após escolhidos os pontos a deslocar nos modelos DM, proceder-se-á à
definição das combinações de momentos torsores acidentais, a aplicar nos modelos EC8, que
melhor se adaptam aos coeficientes obtidos através do modelo DM.
Numa fase final, é efectuada a comparação entre os coeficientes sísmicos dos modelos DM,
com as deslocações de massa definidas anteriormente, com os coeficientes sísmicos
provenientes do modelo EC8 actuados com a combinação de momentos torsores acidentais
definida como mais adequada para cada sistema.
A observação da Figura 4.7 e da tabela 4.3 permite verificar que alguns destes pontos se
encontram à mesma distância do centro rigidez, como tal apresentam resultados iguais, deste
modo escolheram-se os pontos P6 e P8 como os pontos a deslocar a massa.
69
6.3. Análise para as várias combinações EC8
A redução do número de deslocações de massa e a consequente diminuição do número de
casos de estudo permitiu uma análise mais objectiva, na medida que permite compreender de
uma forma mais simples que combinação apresenta melhores resultados.
Os valores de erro relativo entre os modelos DM e modelos EC8 (SRSS, MaxMt e Bisch), nas
tabelas 2.1, 2.2 e 2.3 em anexo, permitem verificar que em quase todos os casos, exceptuando
sistemas com excentricidade natural elevada, que os coeficientes provenientes dos modelos
EC8, quando actuados pelas combinações de momento torsores acidentais, apresentam
valores superiores aos apresentados pelo modelo DM.
Os erros relativos verificados na actuação de uma combinação MaxMt e Bisch continuam a ser
bastante próximos, ao contrário da combinação SRSS.
70
6.3.3. Análise excentricidade elevada- combinações EC8
A irregularidade em planta proporcionada por uma excentricidade natural elevada, permite
identificar uma alteração do paradigma que se havia verificado na análise segundo uma
excentricidade natural nula e média.
Existe uma certa complexidade na escolha da combinação actuante no modelo EC8 com
coeficientes sísmicos mais próximos dos apresentados no modelo DM, variando entre a
combinação MaxMt e Bisch.
71
6.4.1. Excentricidade natural nula
Os valores de erro relativo entre os modelos DM e EC8 são aceitáveis, para os diversos
sistemas estruturais, sendo possível verificar que os coeficientes obtidos segundo os modelos
do EC8 são mais elevados.
72
Os sistemas estruturais de 1 piso apresentam um erro relativo nos pilares de 2%, havendo um
aumento para o dobro em sistemas estruturais de 2 pisos.
Nos sistemas estruturais de 5 pisos verifica-se uma uniformidade dos erros relativos, com
valores na ordem dos 10 a 15 %, sendo possível verificar uma diminuição dos erros relativos
nos pilares dos pisos superiores, para valores inferiores a 10%, consequência da diminuição da
secção dos pilares.
A análise comparativa entre os modelos EC8 e DM são apresentados em seguida, tabela 6.2,
segundo a direcção V2.
Os coeficientes gerados nos sistemas são praticamente os mesmos aos verificados segundo a
direcção V3, consequência da similaridade estrutural existente. Contudo, é possível verificar
alguma imprecisão resultado dos erros inerentes à análise no programa de elementos finitos.
73
6.5. Excentricidade natural média
74
estruturais com 1 e 2 pisos apresentam coeficientes para o pilar 1 e 3 superiores no modelo
DM aos apresentados no modelo EC8.
Os sistemas estruturais de um e dois pisos apresentam erros relativos positivos num par de
pilares, ou seja, o coeficiente sísmico gerado nos modelos DM é superior aos verificados nos
modelos EC8. Contudo, os sistemas estruturais de 5 e 10 pisos apresentam coeficientes dos
modelos DM inferiores aos coeficientes EC8.
75
Os erros relativos entre os modelos DM P6 e P8 e a combinação MaxMt nos sistemas com 1 e
2 pisos apresentam-se com erros na ordem de -15% num par de pilares e 10 % noutro par de
pilares. Apresentando. Portanto, num par de pilares coeficientes sísmicos superiores aos
evidenciados em EC8 e noutro par de pilares inferiores.
O sistema de 5 pisos apresenta um par de pilares com erros na ordem dos -20% e outro par de
pilares com valores na ordem dos -4 a 5 %.
Os erros relativos do sistema estrutural de 10 pisos são relativamente uniformes, na ordem dos
-20%, sendo possível verificar uma menor variação entre os pares de pilares, resultado da
uniformização da rigidez.
A análise geral das várias combinações a utilizar nos modelos EC8, segundo o esforço V3,
permitiu verificar que a combinação Bisch apresenta resultados mais próximos dos verificados
no modelo DM, em quase todos os pisos, como tal é a combinação escolhida para uma análise
particular, tal como referenciado anteriormente.
No que diz respeito ao esforço segundo V2, a combinação aplicar no modelo EC8 com
coeficientes mais próximos dos verificados no modelo DM é a combinação MaxMt, em quase
todos os pisos, sendo esta, a combinação escolhida para efectuar uma análise particular.
76
6.6.2. Análise de esforço segundo V3
Os erros relativos apresentados na tabela 6.5, permitem verificar que os coeficientes sísmicos
nos pilares são superiores nos modelos EC8 aos verificados nos modelos DM.
Os valores verificados na análise dos vários sistemas com excentricidade elevada permitiu
verificar que os pilares 1 e 3, apresentam um valor de erro inferior ao verificado nos pilares 2 e
4.
Num sistema estrutural com 1,2 e 5 pisos os erros relativos são semelhantes, apresentando
valores que variam entre 0 e -20 % de erro relativo nos pilares 1 e 3 e valores à volta dos -50 %
nos pilares 2 e 4.
As estruturas com 10 pisos apresentam um erro relativo baixo nos pilares 1 e 3 e valores mais
elevados para os pilares 2 e 4, tal como verificado nos outros modelos estruturais. Os valores
apresentados nos pilares da 1 e 3 estão entre 0 e -18 % e dos pilares 2 e 4 estão entre os -30
e -40%. Verifica-se um aumento do erro, nas mudanças da secção dos pilares, tal como
verificado anteriormente.
77
6.6.3. Análise de Esforço segundo V2
A análise comparativa particular, do esforço segundo a direcção V2, entre os modelos DM e o
modelo EC8 actuado por uma combinação MaxMt é a representada na tabela 6.6.
Os erros relativos percentuais nos pilares mais próximos da deslocação de massa, em todos os
sistemas estruturais, apresentam valores na ordem dos 0 aos 10 %. Enquanto, o par dos
pilares mais distantes apresentam valores na ordem dos -30 a -40%.
O modelo de 10 pisos foi o escolhido novamente devido ao facto de possibilitar uma amostra
maior e permitir compreender mais facilmente as diferenças entre os dois modelos, DM e EC8.
78
A análise dos gráficos permite verificar uma mudança do paradigma, em qualquer tipo de
excentricidade natural, com a presença de coeficientes provenientes dos modelos EC8
superiores aos verificados nos modelos DM, tal como verificado nas análises anteriores.
-25
Figura 6.1- Comparação entre erro modelos DM e EC8, nos pilares 1 e 3, com esforço segundo V3
O gráfico 6.1 demonstra, para os pilares 1 e 3, um erro semelhante entre os sistemas sujeitos a
excentricidade nula e média, ao contrário do verificado nos sistemas com excentricidade
natural elevada, onde é possível verificar uma maior disparidade de valores. Contudo, é
possível identificar um menor erro relativo nos modelos com excentricidade elevada.
A variação dos coeficientes sísmicos na mudança de secção dos pilares é visível em todos os
modelos com excentricidade natural, sendo mais acentuada na passagem do 5º para o 6º piso
nos modelos com excentricidade natural elevada.
-50
Figura 6.2- Comparação entre erro modelos DM e EC8, nos pilares 2 e 4, com esforço segundo V3
79
Os pilares 2 e 4 apresentam uma mudança do paradigma verificado nos pilares 1 e 3, na
medida em que os erros relativos percentuais apresentam-se mais elevados nos sistemas com
excentricidade natural elevada. Esta situação ocorre devido à maior proximidade do centro de
massa dos pilares 2 e 4.
A mudança de secção, tal como verificado nos pilares 1 e 3, é notada principalmente nos
modelos com excentricidade elevada.
10 Excentricidade
Nula
0
Excentricidade
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 Média
-10
Excentricidade
-20 Elevada
-30
Figura 6.3- Comparação entre erro modelos DM e EC8, nos pilares 1 e 2, com esforço segundo V2
O erro verificado, nos pilares 1 e 2, como é possível verificar na figura 6.3,nos modelos com
excentricidade natural nula e média apresenta-se bastante semelhante, apresentando,
contudo, valores de erro superiores aos verificados nos pilares dos modelos com
excentricidade natural elevada, na maior parte dos pisos.
Nos últimos pisos dos modelos com excentricidade média e elevada verifica-se que os
coeficientes sísmicos provenientes dos modelos DM são superiores aos coeficientes dos
modelos EC8.
80
Pilar 3 e 4 - % erro por piso
0
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10
-10 Excentricidade
Nula
-20
Excentricidade
Média
-30
Excentricidade
-40 Elevada
-50
Figura 6.4- Comparação entre erro modelos DM e EC8, nos pilares 3 e 4, com esforço segundo V2
Os pilares 3 e 4, apresentam valores iguais para a excentricidade nula, como era de supor,
apresentando, contudo, maiores valores de erro tanto para os modelos com excentricidade
média como elevada.
É de notar, que o modelo DM foi sujeito a uma deslocação menor (P6/P8) à utilizada no
primeiro estudo (P1/P5 e P3/P7), como é possível verificar na tabela 4.3, daí a presença de
81
coeficientes inferiores. Para além deste facto, os modelos DM foram sujeitos à acção de um
espectro sísmico combinado nas duas direcções segundo SRSS, ao invés do que aconteceu
no primeiro modelo, onde os modelos DM foram sujeitos ao espectro apenas numa direcção.
Os pilares que se encontram a uma maior distância do centro de massa, neste estudo,
apresentam uma alteração da tendência de erro verificada anteriormente, com os pilares mais
distantes do centro de massa a demonstrarem valores de erro inferiores aos apresentados nos
pilares mais próximos do centro de massa.
Os pisos onde se verificaram mudanças de secção dos pilares continuam a revelar-se como
locais onde o estudo deverá ser mais cuidado, pois a diferença de actuação entre o modelo DM
e EC8 é maior.
A análise de todos estes intervenientes revelou que para os modelos com excentricidade nula e
média, para qualquer tipo de sistema estrutural em altura e para qualquer direcção do esforço
em análise, a combinação MaxMT é a que apresenta melhores resultados.
Nos modelos sujeitos a uma excentricidade natural elevada, a combinação MaxMt continuou a
apresentar os melhores resultados, não sendo a combinação com melhores resultados apenas
na direcção V2. Nesta situação, a combinação que apresentou melhores resultados foi a
combinação Bisch, contudo, com coeficientes muito próximos dos verificados na combinação
MaxMT.
82
7. Conclusões e desenvolvimentos futuros
A torção é um fenómeno a evitar, na medida que resulta num aumento dos esforços nos pilares
de periferia, condicionando o seu dimensionamento e podendo causar graves problemas como
demonstrado em sismos passados.
A torção acidental, pelo facto de ser resultado de excentricidades acidentais que são originadas
através de fenómenos relativamente abstractos, na medida que não são visíveis e se revelam
de difícil quantificação, é relativamente desprezada, utilizando-se um valor dogmático, de 5%,
como forma de contabilizar o efeito. A evolução na tentativa de descoberta da melhor forma de
contabilizar esses efeitos acontece principalmente no domínio do comportamento inelástico.
83
Os modelos que apresentam um menor número de pisos apresentaram um erro relativo entre
os dois tipos de modelos mais acentuado aos verificados nos modelos com um maior número
de pisos.
A mudança de secção em altura dos pilares, que foi implementada nos diferentes modelos,
permitiu verificar que nestes locais resultam num aumento do erro relativo em todas as
excentricidades naturais estudadas, principalmente nas excentricidades naturais elevadas.
O segundo estudo efectuado, estudo comparativo entre o modelo DM e o modelo EC8 quando
sujeito a uma actuação sísmica bidireccional, permite uma abordagem mais real e mais capaz
do que deve ser o dimensionamento efectuado por um projectista.
Nesta situação foram testadas várias combinações que permitem contabilizar a aplicação dos
momentos torsores acidentais resultado da acção sísmica nas duas direcções perpendiculares.
84
7.3. Propostas para desenvolvimentos futuros
O estudo em questão tem como limitação o facto de ter sido efectuado através de um programa
de elementos finitos comum e o facto dos valores em estudo serem de uma grandeza diminuta,
o que tornou o estudo mais difícil e de um carácter casuístico maior.
O isolamento da torção acidental, efectuado nos vários modelos, tanto no modelo DM como
nas combinações do EC8, poderá não ter sido totalmente eficiente, na medida que alguns dos
valores poderão ter sido contaminados.
Uma análise onde se utilizasse uma variação em planta e altura diferentes, bem como
excentricidades diferentes e a inserção de mais elementos rígidos.
A utilização de análises não lineares nos estudos efectuados.
Estudos mais aprofundados do valor a considerar na excentricidade acidental,
utilizando-se métodos de aplicação de simples na óptica do projectista.
85
86
8. Referências Bibliográficas
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89
90
9. Anexos
91
Anexo 1.1 – Estudo 1- Coeficientes de excentricidade Nula (V3)
Tabela A 1- Coeficientes Modelo DM, Excentricidade Nula, esforços segundo V3
92
Anexo 1.2 – Estudo 1- Coeficientes de excentricidade Média (V3)
Tabela A 3- Coeficientes Modelo DM, Excentricidade Média, esforços segundo V3
93
Anexo 1.3 – Estudo 1- Coeficientes de excentricidade Elevada (V3)
94
Anexo 1.4 – Estudo 1- Coeficientes de excentricidade Nula (V2)
95
Anexo 1.5 – Estudo 1- Coeficientes de excentricidade Média (V2)
96
Anexo 1.6 – Estudo 1- Coeficientes de excentricidade Elevada (V2)
97
98
Anexo 1.7 – Resumo estudo 1- Evolução em altura dos coeficientes para as três excentricidades naturais
Tabela A 13- Estudo 1- Evolução em altura dos coeficientes para as várias excentricidades, com esforços V3 e V2. Eixo x- coeficiente sísmico; Eixo y- altura sistema (m)
Pilar 1 e 3 (V3) Pilar 2 e 4 (V3) Pilar 1 e 3 (V3) Pilar 2 e 4 (V3) Pilar 1 e 3 (V3) Pilar 2 e 4 (V3)
50 50 50 50 50 50
45 45 45 45 45 45
40 40 40 40 40 40
35 35 35 35 35 35
30 30 30 30 30 30
25 25 25 25 25 25
20 20 20 20 20 20
15 15 15 15 15 15
10 10 10 10 10 10
5 5 5 5 5 5
0 0 0 0 0 0
-0.02 -0.01 0.00 0.00 0.01 0.02 -0.02 -0.01 0.00 0.00 0.01 0.02 -0.02 -0.01 0.00 0.00 0.01 0.02
Pilar 1 e 2 (V2) Pilar 3 e 4 (V2) Pilar 1 e 2 (V2) Pilar 3 e 4 (V2) Pilar 1 e 2 (V2) Pilar 3 e 4 (V2)
50 50 50 50 50 50
45 45 45 45 45 45
40 40 40 40 40 40
35 35 35 35 35 35
30 30 30 30 30 30
25 25 25 25 25 25
20 20 20 20 20 20
15 15 15 15 15 15
10 10 10 10 10 10
5 5 5 5 5 5
0 0 0 0 0 0
-0.02 -0.01 0.00 0.00 0.01 0.02 -0.02 -0.01 0.00 0.00 0.01 0.02 -0.02 -0.01 0.00 0.00 0.01 0.02
99
Anexo 2.1 – Estudo 2- Erros relativos percentuais entre os modelos, de excentricidade Nula, DM e EC8 com combinações SRSS, MaxMt e Bisch
Tabela A 14- Erros relativos percentuais entre modelos DM e as várias combinações EC8, com excentricidade Nula e com esforços segundo V3
100
Tabela A 15- Erros relativos percentuais entre modelos DM e as várias combinações EC8, com excentricidade Nula e com esforços segundo V2
101
Anexo 2.2 – Estudo 2- Erros relativos percentuais entre os modelos, de excentricidade Média, DM e EC8 com combinações SRSS, MaxMt e Bisch
Tabela A 16- Erros relativos percentuais entre modelos DM e as várias combinações EC8, com excentricidade Média e com esforços segundo V3
102
Tabela A 17- Erros relativos percentuais entre modelos DM e as várias combinações EC8, com excentricidade Média e com esforços segundo V2
103
Anexo 2.3 – Estudo 2- Erros relativos percentuais entre os modelos, de excentricidade Elevada, DM e EC8 com combinações SRSS, MaxMt e Bisch
Tabela A 18- Erros relativos percentuais entre modelos DM e as várias combinações EC8, com excentricidade Elevada e com esforços segundo V3
104
Tabela A 19- Erros relativos percentuais entre modelos DM e as várias combinações EC8, com excentricidade Elevada e com esforços segundo V2
105
106
Anexo 2.4 – Estudo 2- Coeficientes de excentricidade Nula (V3)
Tabela A 20- Coeficientes Modelo DM, Excentricidade Nula, esforços segundo V3
107
Anexo 2.5 – Estudo 2- Coeficientes de excentricidade Média (V3)
Tabela A 22- Coeficientes Modelo DM, Excentricidade Média, esforços segundo V3
108
Anexo 2.6 – Estudo 2- Coeficientes de excentricidade Elevada (V3)
Tabela A 24- Coeficientes Modelo DM, Excentricidade Elevada, esforços segundo V3
109
Anexo 2.7 – Estudo 2- Coeficientes de excentricidade Nula (V2)
Tabela A 26- Coeficientes Modelo DM, Excentricidade Nula, esforços segundo V2
110
Anexo 2.8 – Estudo 2- Coeficientes de excentricidade Média (V2)
Tabela A 28- Coeficientes Modelo DM, Excentricidade Média, esforços segundo V2
111
Anexo 2.9 – Estudo 2- Coeficientes de excentricidade Elevada (V2)
Tabela A 30- Coeficientes Modelo DM, Excentricidade Elevada, esforços segundo V2
112
Anexo 2.10 – Resumo estudo 1- Evolução em altura dos coeficientes para as três excentricidades naturais
Tabela A 32- Estudo 2- Evolução em altura dos coeficientes para as várias excentricidades, com esforços V3 e V2. Eixo x- coeficiente sísmico; Eixo y- altura sistema (m)
Pilar 1 e 3 (V3) Pilar 2 e 4 (V3) Pilar 1 e 3 (V3) Pilar 2 e 4 (V3) Pilar 1 e 3 (V3) Pilar 2 e 4 (V3)
50 50 50 50 50 50
45 45 45 45 45 45
40 40 40 40 40 40
35 35 35 35 35 35
30 30 30 30 30 30
25 25 25 25 25 25
20 20 20 20 20 20
15 15 15 15 15 15
10 10 10 10 10 10
5 5 5 5 5 5
0 0 0 0 0 0
-0.02 -0.01 0.00 0.00 0.01 0.02 -0.02 -0.01 0.00 0.00 0.01 0.02 -0.02 -0.01 0.00 0.00 0.01 0.02
Pilar 1 e 2 (V2) Pilar 3 e 4 (V2) Pilar 1 e 2 (V2) Pilar 3 e 4 (V2) Pilar 1 e 2 (V2) Pilar 3 e 4 (V2)
50 50 50 50 50 50
45 45 45 45 45 45
40 40 40 40 40 40
35 35 35 35 35 35
30 30 30 30 30 30
25 25 25 25 25 25
20 20 20 20 20 20
15 15 15 15 15 15
10 10 10 10 10 10
5 5 5 5 5 5
0 0 0 0 0 0
-0.02 -0.01 0.00 0.00 0.01 0.02 -0.02 -0.01 0.00 0.00 0.01 0.02 -0.02 -0.01 0.00 0.00 0.01 0.02
113
114