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Elaborado por
Rio de Janeiro
Junho de 2013
Raísa Fernandes Ferreira
Rio de Janeiro
Junho de 2013
FOLHA DE APROVAÇÃO
Elaborado por
BANCA EXAMINADORA
__________________________________
Prof. Orientador Mestre Thiago Melicio
__________________________________
Prof. Doutora Cristal Moniz de Aragão
Rio de Janeiro
Junho de 2013
AGRADECIMENTOS
À minha mãe, Ana, pelo exemplo de vida, que me inspira e me move a perseguir
meus objetivos.
RESUMO
1. INTRODUÇÃO.........................................................................................................7
2. DESENVOLVIMENTO.............................................................................................9
2.1 DISCUSSÃO........................................................................................................10
2.2 SEXUALIDADE: PRODUÇÃO E INCITAÇÃO AO DISCURSO............................11
2.3 DA PORNOGRAFIA À PORNOGRAFICAÇÃO DA CULTURA............................12
2.4 CORPO, DESEJO E SUBJETIVIDADE...............................................................14
3. CONSIDERAÇÕES FINAIS...................................................................................18
REFERÊNCIAS..........................................................................................................20
7
1. INTRODUÇÃO
2. DESENVOLVIMENTO
2.1 DISCUSSÃO
Para Foucault, ao analisar o que se diz sobre o sexo é essencial considerar quem
fala, os lugares e os pontos de vista de que se fala, as instituições que incitam a fazê-lo, o
que armazenam e difundem do que dele se diz, em suma, o “fato discursivo” global, a
“colocação do sexo em discurso” (FOUCAULT, 1999b, p. 16).
Segundo o autor, a partir do século XVIII, ao contrário do que se acredita, não
houve uma repressão, mas sim a incitação política, econômica e técnica para que se
falasse do sexo, o que deu origem a um discurso científico sobre o assunto. Havia uma
necessidade de regular o sexo, e isso não ocorria pelo rigor de proibições, e sim por meio
de discursos públicos.
“Prazer e poder não se anulam; não se voltam um contra o outro [...] Encadeiam-se
através de mecanismos complexos e positivos, de excitação e incitação” (op. cit., p. 48).
Além de defender a hipótese da incitação do discurso sobre o sexo, Foucault criou o
conceito de dispositivo de sexualidade, para denominar um dispositivo criado pelas
sociedades modernas ocidentais, a partir do século XVIII e que teria como objetivo:
“proliferar, inovar, anexar, inventar, penetrar nos corpos de maneira cada vez mais
detalhada e controlar as populações de modo cada vez mais global”, concluindo que a
sexualidade está ligada a dispositivos recentes de poder (FOUCAULT, 1999b, p. 101).
[…] corre-se o risco de remeter à idéia de que existe uma natureza ou uma
essência humana que, após um certo número de processos históricos,
econômicos e sociais, foi mascarada, alienada ou aprisionada em
mecanismos, e por mecanismos de repressão. Segundo essa hipótese,
basta romper esses ferrolhos repressivos para que o homem se reconcilie
consigo mesmo, reencontre sua natureza ou retome contato com sua
origem e restaure uma relação plena e positiva consigo mesmo (2004, p.
265).
3. CONSIDERAÇÕES FINAIS
que orienta a profissão, mas deve ocorrer também a partir de suas práticas, que são
sócio-histórico e politicamente contextualizadas e construídas em diálogo com a teoria. O
psicólogo, em sua práxis, deve estar atento e favorecer os modos de subjetivação
singulares, e assim, realizar um ponto de resistência às estratégias do poder. Deste
modo, pode-se assegurar os direitos e a proteção de minorias sexuais, e o afastamento
de práticas profissionais estigmatizantes e excludentes.
20
REFERÊNCIAS
______. História da sexualidade I: A vontade de saber. 13. ed. Rio de Janeiro: Graal.
1999b.
______. A ética do cuidado de si como prática da liberdade. In: Ditos & Escritos V -
Ética, Sexualidade, Política. Rio de Janeiro: Forense Universitária. 2004.
MORAES, Eliane Robert. O efeito obsceno. Cardernos Pagu. v. 20. p. 121-130. 2003.
PINTO, Pedro; NOGUEIRA, Maria da Conceição; OLIVEIRA, João Manuel de. Debates
Feministas Sobre Pornografia Heteronormativa: Estéticas e Ideologias da Sexualização.
Psicologia: Reflexão e Crítica. v. 23 (2). p. 374 - 383. 2010.