ea, 2 2g oydiaa « AaONOY OxaNVET OHNILNOD NosTaN SOT) ‘9p opsnpexy, BLOAT] BO ourIpno®) © JIPH sousy xg sovonN 2 z WAWOH Od VINOLSIH Vd SdOSVLAYdYALNI 24STitulo do original em alemo: ALLTAG UND GESCHICHTE Zur sozialistischen Gesellschaftslehre ® 1970 by Agnes Heller, Artisjus. Desenho de capa: Léa VEICA Direitos adquiridos pela EDITORA PAZ E TERRA S/A Rua Sio José, 90 — 18.° andar Centro — Rio de Janeiro, RJ Tel.: 221-3996 Rua Carijés, 128 Lapa — Sao Paulo, SP Tel.: 864-0755 que se reserva a propriedade desta tradugao 1985 Impresso no Brasil Printed in Brazil Sumario Nota sobre Agnes Heller ix Valor ¢ histéria 1 Estrutura da vida cotidiana 17 Sobre 0s preconceitos 43 Individuo ¢ comunidade: uma contraposigio real ou aparente? 65 Sobre os papéis socials 87 lugar da ética no marxismo 111x ces ‘opeparoos 9 eong anus opSejar @ ‘fas no ‘eonpura) eu sal p SOPE|MDULA "XIX Offoxs OP Ossny OLPUOIONjOAGT wyEs0oUr ap soprsuod aqueyodut op wigo wu vonpwaigord ep asyrue ¥ opestesuo JOI|SH_ Sausy sod sopeproge sewajqoad sedrouyd sop wp rena, 2 zeq vied 146] we epeoyand ‘oping vp au Y axq0s ‘voupja|oo eu sgnSnod wa naDdsede ,soxsg 50 NUD s205uI7E sep atm 10S BOING UNS ap oTesUE Ofoq WA “ouaLHOS 9 suojod ‘o2a43) ‘eyeor0ANes “Jouedss ‘oueypert ‘seouesy ‘sada ‘opmrore wa sopeoyqnd 9 sopranpen weioy yf J2I[oH SauBW ap SOULeARLL, “Sixbuq PAvysORNy ISIADZ EP ONSEPer ap oUTasTOD OP ‘ound zey 9 ‘serougi ap wiesunyy wIulapeoy ¥ Oxoue ‘sisadepng, ap oaifojo0g oIMNsUT Op wopesinbssd auoueMe J “Tem -Sajaiut Blopesoqyjo> 2 eiopmnBas “ayuaysIsse Now! 98 ojo ssouaysod wanb ap ‘sopynry $109 ap eunye toy opuenb ‘epepis ‘vouSou wssau ‘pupsoT] soso] apepIsiaAlt eu EyOSOIL nop cms “6¢61 WS ‘asedepngy We Neoseu YaTIGH SIN WT FPPH seusy o1qog vonre eee ere eee ere eee tte rere tee eee eee eee eee eee eee eee ee eee eee eeaee eeeeeeeeeaeaeeceeeeaeeeaeed 5 livros que publicou em seguida: A Dissolugdo dos Padrées Morais (em 1957) e A Sociologia da Moralidade ox a Moral da Sociologia (em 1963). Em 1966, publicaria ainda — sem- pre em lingua hingara — o estudo Papel Social e Preconceito, temas sfo retomados em dois dos ensaios contidos na presente coletinea, cuja edicdo original alema é de 1970 — juntamente com Ferenc Fehér, Gyérgy Markus e Mihaly Vajda — integra a chamada Escola de Bu- dapeste, formada jpulos mais préximos de Georg Lukes. Em uma entrevista concedida pouco antes de sua mor te, 0 mestre hiingaro ressaltou a importincia desse grupo de uidores para uma correta avaliacio de sua propria obra: ro-me na obrigagdo de destacar que minhas obras nfo so dade de um pensador ‘isolado’, mas sempre foi — ¢ 0 € cada vez mais — algo dirigido para’ o estabelecimento de uma de pensamento, de uma escola... As: de Budapeste cresceu no curso de como tedrico © como professor. O fato de que a tinica parte da producio dessa escola hoje internacionalmente conhecid seja aguela formada por meus proprios foram esctitos em alemio) ture mava: ist6rico-ontolégico que deve ser ido por uma correta compreensao do método de Marx”, ncepedo que se desenvolve imo Lukécs), a Escola de dapeste opde-se tanto a0 historicismo ve as objetivacées sua génese soci quanto as verses “estruturalistas” do marxismo (que subs- em_a dimensio ontolégico-social por um epistemologismo Em sua entrevista, Lukécs destacava.particularmente a figura de Agnes Heller, que considerava o “membro mais pro- 1" da Escola. Referindo-se aos trabalhos da ultima fase (que esto em curso de publicagio em varias iais), assim se expressava Lukécs: “Entre as s. A primeira fornece uma losofia platénica e aris conjunto da segunda & algo que Err marxista, ou seja, uma exata ¢ dindmi até agora — salvo ignorada pelo. marxismo. mais que simples andl dos por eles representados sio perfodos em que a alienacdo pouco avancada c em que a distancia entre as potencia fidades do género humano ¢ a riqueza dos individuos ainda nfio era muito grande. Precisamente essa_pr ica levou kées ¢ deverdi ser proximamente publi Editora Paz e Terra. © langamento em nossa lingua dos trabalhos de Agnes Heller (que se faz juntamente com o do belo ensaio de Ferenc Fehér sobre 0 romance, também publicado pela Paz ¢ Terra), constitui um importante servico prestado a cultura brasileira; © conhecimento ¢ a divulgacdo das idéias lukacsianas do grupo de Budapeste podem contribuir decisivamente para reativar uum debate cultural que 0 monopélio estruturalista entre nésL ‘nb oxajdwos wn ‘efas no ‘ojauesad op seusoy > unjanso ‘Seannposd SeSloy 2p apeprun e 9 ,.PiouyunowD,, 8 toxSnpoid 9p Soiour ap ouisaur WoL ‘soUoUT soialgo oP op -epyjpio} owo9 ' “sesioo sejod sept oid se ‘seuvuny-ojo9s sogsem! wojnmuoy suowoy so stenb sei 14 Up wyspervMr oBSdeauoD EP stelveUEpUNy pop FuaueIAazd SagStpuos we seur “eOIsty wuadoid ens wazey suswoy so enb v opunas vruoas. YT BLIOASIE] 2 JOTEA WTP OND 1g ooqnd ov woos, wssop SOUL -egen so equasosde — cody ossou ap st asp SesompesN sO “oFOjOUoUE [UNSD MMU TeMUOJSUEN wSEEUIEgicas, a resultante objetiva de posigées teleoldgicas. E, a0 contrério, quando 0s ho- mens se colocam fins, 0 campo de determinagéo causal_ nao € apenas 0 Ambito e a oriemtagio de suas colocagées, pois os Seus_atos teleoldgicos e todos as demais objetivagées desenca- diam igualmente novas si s6 verdadeira para lade sem ne~ consegiientemente, apa- Féncia — a niio ser do ponto de vista de uma colocagio de- terminada de fins. Na natureza, a legalidade é realidade on- tol6gica; referidas & natureza, esséncia e aparéacia podem ser consideradas apenas como categorias epistemologicas, Mi so hist6rico ob saber se a historia persegue algum fim; e, no caso de que nao va. da sociedade. A sociedade nio dispde de nenhuma substincia além do homem, pois os hemens sto 05 portadores da objetividade social, cabendo-thes exclu- sivamente a construcio ¢ transmissio de cada estrutura social. Mas essa substincia ‘nfo pode set 0 individuo humano, jé que esse — embora a individualidade seja a totalidade de suas relagdes sociais — nfo pode jamais conter a infinitude exten- iva das relagdes"sociais. Nem tampouco essa substincia se ifica com 0 que Marx chamou de “esséncia humana”. Veremos que a “esséncia human historia 6, entre outras coisas, ia humana, mas sem ident tincia nao contém apenas essencial, mas também a continui- 2 re eee ere eee eee rere ee ee eee eee Cee See eee eee eee eeee a eeaee eeeeeeeaeaee cacaa acaaeassed dade de toda_a heterogénea estrutura social, a continuidade dos valores. Por conseguinte, a substincia da sociedade s6 pode ser a propria historia. Essa substincia € estruturada e amplamente heterogénea. srogéneas — por exemplo, produgio, relagdes lio existe entte as esferas het universal, nenhuma relagdo u ‘num ponto conereto, a partir do ponto de vista de tarefas e decisdes dadas com relacdo a fins concretos, produz-se uma hierarquia entre as esferas heterogéncas. tempo é a irreversi po historic € a irrev Todo acontecimento é € absurdo dizer que, 1 desenvol cepedio marx As referidas esferas, heterogéneas ¢ hierdrquicas em suas relagdes reciprocas, sdo também heterogéneas até mesmo no interior de sua relativa homogeneidade de campos. fechados, estando também elas articuladas com relacio 20 par esséncia~ aparéncia. Sdo elas os grandes timulos da hist6ria, mas igual- mente seus bergos, Em determinado ponto, estruturas que foram essenciais submergem nas profundidades, para af conti- nuarem uma vida inessencial do ponto de vista social global € outras se clevam, pasando da inessencialidade & tividade. Assim, por exemplo, na €poca tribal, as principais integragdes da estrutura social foram as formagdes de grupos face-to-face: 0 trabalho se organizava em tais grupos, que 3g ‘anb soumsoo 9 supugiixe sep vuaisis 0 yay [BID0s wiouginxa eumile “egpr no oBSeauERI0 ‘epeprunmos vue ‘cjarouio> Jeloos vinnNse BUMB[e auduIes 9 O19UeB Op apeprins -aanqun wssap wropeuod Y ‘Dummy aiuaumoueUds apopnosian jun p wo apnpummopsnd vp ovrauo » — wyENSGe aUEIsEG opssoudxo wun sounefasdwo vsnd — 9 opiyjou wssqq “seuBLINY sau0[ea ap wren 2s opuend s OF upezacsos9 “eoquysour ‘epezympedsa “(Sunpuasjnu]) opseuale Vu 911090 oWoD ‘ols ~enuoo ov ‘no ‘siurasao9 ‘azxq ‘fessoaqun 39s apod ‘ojduaxa sod ‘ovsnpoid vudord y “e19589 ypwo we ovdezuopeasap e ayznpord 93 opod ‘opour Oursau op ‘9 ‘]e190s apepifear vsugd0x -2y94 ep 239959 ypr ep JoUANU Ou EoOIdjo—ax OFYOLOD WIE UI -tonidxo 25 soanalqo sazopea Sopuayar so ‘Temyeu 9 oWOD, ‘sojau weaeypaioe oett onb susuoy so exed ‘waquie) wesnstxo enb reu29se108 sourapod “sfvIIOS sapepiear ows seu ‘wereajoauasop 8 91 © wesgE “uresNsIX9 ojvou ~tvar sosnap so anb wzaysnf wos opuaaoi9s9 ‘snag 2p wou93sHK9 ¥ esuowap enb onifo}owo owouNsze op euEAUEY OBSEINjoX ¥ ezivom xe Tenb vu Uasessed & o 9 csp asad sigue wu ap $9 ~oaiBojoqwo spepianatgo ou xreyy ‘O1seF 9 ‘ste 2 opssaidya 9 stod ‘sustioy sop op IMIpur sop saoSeyeae sep aiuopuadopur gz ~ “qo wis 2 (syesmyeu sa05ipue> no soysodnssaid seuode) [ei TpEUTULa}P vUIN 9p OJUSIUIAIOAUss9P ou opESuEdtE PAU © vyeAU! no OxiEqax aTuAUNEIANpUE No eIaMp enb o opm Jo[eAsep Fwsapisuoo 9S-epod 2 ‘steI9udss9 soquatiodwios sejanbep foqwuomgonbuus 0 wed enqyUos ‘oowoW epEe ep ovsem) is B woo ovSyjar two 9 sesayso sep zenbjenb wo ‘nb opnbe ‘9961 ‘Ope, Fe sp smuszpeiopy “sI9IN B96 T speqy ‘aisodepng “.m3yjodoun ‘opny z0jea sesep%su0s as-apod :1o[es op emaqqosd ov sowar “JOA, ‘ourwny, craug8 oF ‘apeprueuMY y so}uoMEUN sapmPH aS “sod sop wnunuos 9 Tenpes® opSeztuar v sour “(onprsipul Epes ap ousour sejey opu vied) apepruvumny wu ,cjuasud cxdmos an0Is9,, @nb 0 9 of ‘owmepod “etrewny wioupss9 YW “9pepzeqy| = 2 eipupiosuos & ‘apepyesiaamum e. ‘apupifeioos & *(opSeanal -qo ¥) ouregen o Sau red “ous euRMINY Biougss9 Ep SoquaU -oduio sv ‘osypue wsso opunfeg *, smu 519K ap asypuE wots bjod vssordxo 10y owoo joi — apupumyeur ep opoyied ou ‘warof Op ovSdaau09 v sou, ua8 325 assop opSeoyjdxo v wind “aquaureyrpau no opmbe opny, {101% 30d souropuayus anb ‘sony oxeuad ur -ovSesfyuisap 2 oB5nusuo> 2p cupreqnpuO oINeNN|sOUr OU voydur yf yes0u epeurmssiop wun 3p no oySnposd epsurur ~is]op ‘WN 2p ODIUIDseH O Seu ‘IOLA tN 9p OpLOMUID: sei9]s9 sep oyammoseu 0 ynuns9 ENS WHE “SeaNFOsOIOY| SeIOy jad SooHBoIORKY wloupDSarOUDZaP > O} ~uawmjosox9 op voruputp (xe OuSUOUa] Wn “PuUSeKH wo °9 seougBosoray sv9jS9 SOLA sop miougrsn> soydums v OE 3O[8A 2Ionbep no sssap Osv90 9 wlouRdSaIaueHap Ep no “Sio] s1 BP OsmM99P O ‘epmnsuo z9a wun “ap epeprordea v wo 1 EP OSIM ou sepiSins ‘svouRBomIay sEI2}s9 seudoad Sy o1syq wxys9 up semUdqur saQSEs2y[© OWNOD SEpIpUAILD Jos ‘warap Sapepnua sie) ap ovsuaase B NO ojousoxedesap 0 anb sequgns 9p ‘vpurE sourmImsO# seP_ “soppUTUNDIOp sBI0qA. > smuod sumnns ep fun] satiny 9 pot omoHt Jota 0 :ourpsit09 opduiaxg. “a2vf-01-200f Sonu sow “ yeu opt ‘soqSesForu1 ap vjeas9 vpdwe wun sod Soursqosus’opise ‘oiuamenie ‘saumnyso> sop Tereu w11a w urd0}jot — em necessidade moral — a elevagio (necessidades de sua parti- podem se c6lera, paixZo, egofsmo ou até mesmo |, de modo a que a particularidade se identifique com as aspiragdes © agdes sociais que existem para além das casualidades da propria pessoa, “elevando-se” realmente até essa altura, Essa estrutura bésica compreende também o caso de sociedades portadoras de desvalores, mediante os quais resulte extremamente valorizado do ponto de vista material — niio daquele estrutural — até mesmo a satisfacio da pre- tensio mais espontinea e vaga. Basta pensar nos valores mo- ais mais arcaicos e, a0 mesmo tempo, mais persistentes, co- mo a honradez, a justica, a valemtia, para ter certeza de que tais como normas, usos ow idéias — meios de elevacio da particularidade ao genericamente hu- contetidos dependeram em grande lade a que tinha de clevar-se o in- ularidade. Temos de acrescentar ibém, enquanto autoconsciéncia e ainda que a arte cumpre ‘meméria que é da fi Georg Lukées *), individual ao genericamente humano; por esse mot mos observat — aludindo mais uma vez a Luk no é casual que uma das categorias mais centrai a catarse, seja propriamente uma categoria. ética °, Voltemos ao carter complexo dos valores morais, Até agora referimo-nos apenas ao momento da ex; aspecto: também a liberdade é uma categoria central da ética, Observemos, incidentalmente, que nem sempre isso ocorreu, tot, pp 202 34 3. Georg Lukécs, Werke, vol Wied © Berlim, 1963, pp. 80: Asthetik 1, «1, Luchterhand, New- idade; quando as comunidades naturais de tipo antigo se empre- ho do seu desenvolvimento e, com isso, esg0- tou-se a insereao incondicional ¢ natural do homem numa si- tuagao dada; por conseguinte, pelo menos de modo abstrato © de acordo’ com a mera possibilidade, o homem pode jé es- colher seu lugar no mundo e, com ele seus costumes ¢ suas normas, 0 que tornou desnecesséria uma ética vinculada a0 cédigo ‘dos costumes. Assim, portanto, to nova categoria central da eticidade axioldgico, Esse cresci ta. Nao & aq do para analisar 0 lo qual se articulam, no mundo da moralidade, a universalidade, a consciéncia ¢ o trabalho (a objetivagao), nem tampouco’a relacdo entre eles. Trata- se de uma andlise que qualquer um pode fazer. modo desigual. Uma esfera pode © sentido, a0 passo que outra esfera impede isso em outro sen- ido e se orienta para uma desvalorizacao. A hist6ria € his- t6ria de colisio de valores de esferas heterogéneas, Mas a colisio entre esferas heterogéneas € apenas uma das continuas colisdes de valores que ocorrem na his ém dentro de cada esfera deve-se ci ituacdo que centribui para a plena ex da esséncia humana, enquanto provoca a degenerescéncia de Basta pensar no desenvolvimento da soviedade durante scimento de uma hu- fe, bem como a cons- cutivelmente um ento valioso, enquanto a solidéo do homem, a perda de ‘mecanismos sociais so, também indiscutivelmente, desvalori- ‘zacbes objetivas ocortidas no curso do mesmo processo,6 opied opluas opeujwus}ap wnu no wsaJs9 YpeuMUap LUM oF apusd oped Spm creamery aot © ap opduayqo e Liojs9 EUNYUOU wa onb ‘eaepor ‘soueuIdQ “apepyefouasse ap no viouguodu op uprod ap ‘ovseuuoyap op ossaooid win os-seroqur vied ‘opipsed eles oMdpysa ye a1uindas ‘voodg tu enb — o4 un opsune zaa emp, “onuuos o8]8 opot JOTEA Op OyoUNAjoAtasep 0 anb sowazaA “31 ‘o1R} © Wo soU-ouremaryuO “seIa]S9 SeNNO ep S2s0TEA $0 SOmeX -oplsuos 0s “eINEpOL, “apopingissod ons wpquomr sow ‘sowsou sop apopryves 7 Souady 9 ODU sa4opDs Sop pu nue oxSnpoid ep opeaa|a stew oF ase} vjanbuwr ong 1 sod sens as1u9 wylo9 OBSnpoid ap od Orou O ‘ossip sesede ‘soy “opepmanuy ep sepunsay stem sesody se woo osesed np ‘Sn 2p souo[eA ap apepnuenb v ‘Tea1 oBINp -oxd © ‘omstepnay op o5am09 ot © souareyey jenb op ‘apopyax 2 apn; “Sip %p OusIIOUa} 0 TeAI2sG0 25-9 v yauasap wn 9 ‘SoUNA owoD ‘tenb o ‘sean npoad se ‘Ou ajuapin® sour Opow Op opessour 108 apod 109 0 ‘eto ered, OYE O wbuprary opnues tne opou wnuaU 9p 2 wou pnb aus ‘wsoquna ‘ser3489_ si ;D Sa10|UA SOP CBSE z vfos (seannpord searoy Sep) 01% anb ap oy 0 vnue ove Teqojs s0Te rosea Ossou Wig “amaume 2159 dnb WOU ‘so[eA wn suoMEANT|O fas epeurusaiep eIsIS9 nssap oaifojorxe opnaruos o anb apad “UL OBU [egos opsinuuNp E 2 ‘sei9Is9 sens ep DUM 2p 0918 jopre Opnaytos © srlouMe on epure ‘sure 2pod TeIDOs 2 LUN 9 TLIO) OJeA CO “oBSeZUOTEASEP Joasssod ns =e ‘wall ‘seaugiorjsy sei9|s9 steUlap seu znpoxd os anb sopea op 8 owomezout ov opSejes wos epeu vomrusis cpu ‘omsour IS wo onb Q “euEMING eIDUQSsO ep TesIoAN ~sauduyy opSipuoo 9 owmommajonuasap Ter anb “ut stew apepiuetiny tun 2p vidoin ens|uis v No opSeuslTe Up ores 0 rexquio wpniye ‘owed assou “28 “sox0TeA sTEMMAP SO SoPO) 9p o¥SeyOHdxa vp a$eq B 9 OIUDULAfoAUasap ass “sompord soups sop ov6uay -qo 8 esed omyssooau aquoweisos odwo} 0 nur nl] Sapepisso00u op “‘o;uepod ‘9 — osn ap s9 TEA Op epepLy -uenb & eiuauine enb wo epipou vu ‘seuewiny sopepioede> sep vjenbe ‘oyusureianput 2 viop ‘voynudis opSeyoridxa wsso onb “sebzoy sessop Op sannpord seSu0y se s2xo[eA ood souIEx -zysydx9 ye 2p ovS:pu09 9 no wuEUINY, -38 8 equammeanp znposd anb obs opm zo[ea souresapisuos onb somasnadar ‘ouisonb watound y o1jar 05 onb oN “epeutuuoyep voods wumu treworsuns aywouRARe]9 anb S920], “eh Sop apepHTEIO} B OD souOTRA SOP OIUoUNATOAUESaP O soUTED -upuapt Conodure) ‘osstp waye ‘epeproray 2p 2 apepuog op sor -10u0D Sov 2589 WaUL."[BIOU JOeA OB JO[EA ap OV!29009 0 sou ~fenpoz Opt SEA “sarolsaue seI0d9 ap — sopesapisuo> ayuau -1eg018 wgquie) 2 — sopezieax soxojea sO anb soprnjoatasop steur — sopesapistios anuaujngofs — wassoy Seoupisiy seood9 SepeuIusciep ap sopoztyya1 soio[eA so anb 3p ore} 0 Jo[es op oquamiafoatasap sod opuspuaius wisiA 9p ojtod ossou seA0d jeayssodurt ovw opuenb ‘ourp Ousau was g “opessed ou anb jy Sieur Wau Souoypour au ops OpM suatIOY SO anb TeIaIq0 vuapod 9s stog “eISIA ap Ortod assa reoxnsnf sourassgpnd nb ured — repianp ap wus ‘sres0u © 2 owoune 0 iuawsoqdums sour ixa rod ‘og “owaUmaqoauosap souo[va sop oyuammoont -assepuaiud ‘Iojea op v5 ‘wo EIoURIsqns Ouro [wD0s BIOUPISANS w ‘OMOKMATOALISSP moa ‘wuoisiq| B Soumeapisuo> ‘opoul ass2p {50[BA 9P OUDUNSDID O ‘aiuamiestsaud ye}uowepuny souresoprsuo> ‘opSeztso|eAsap 9 5910] ea ap OvSimISHOD anUa OBSELASO FuRIsUOD WU ‘anNb 9 OMVoW ~sjoauasep ap viouppusy vain Ow saxoqeA sop oBSexON xD w Soumezapysuo> anb 198 wred wuazoyns 9 gf Oup Toy anb Ote aniq pode acontecer que desa- ciras comunidades (por exemplo, a democracia grupos reduzidos ‘ou mesmo individuos (como os estéicos e epicurianos, no caso do exemplo) preservarao a maioria dos valores daquela forma de vida, inclusive através de, longos periados esters da his ‘ou mesmo em épocas de predominio de outros valores. Por vous, 6 valor alagide sobise coma, nortan abstain lidade; em outros casos, 0 valor pode odes — nas epopéias homéricas, por exemplo —esperando. ser nova Por is duradouras que sejam as fases lacéo pre existirio “preservadores” segundo a mera possi im_desaparecimento relativo; aps épocas estéreis do ponto de vista do valor em questio, comega a redescobe ai do velho valor, 0 qu: valores aleancados, O ser lano da mera possibilidade. Nem um s6 valor conquistado pela humanidade se perde de modo absoluto; tem havido, con- tinua a haver e haverd sempre ressurreigo. Chamatia a isso de invencibilidade da substancia humand, a qual s6 pode su- cumbir com a propria humanidade, coma histéria. Enquanto houver humanidad desenvolvimento axi ‘Ao dizer isso, no pretendo negar aos homens (as cama- das © classes sociais) 0 direito de se desesperarem em face da desagregacio dos valores no hic ef nunc de uma época de- terminada, ou 0 de se indignarem, ou o de considerarem a decadéncia como algo irrepardvel.’ Nao é paradoxal_afirmar que essa indignacdo ou desespero, a descoberta das. perspec~ tivas de irreparal , podem ser uma das principais fontes de preservactio dos valores. Digamos, desde jé, que nem sem- pre ocorre assim; esses fenémenos também podem se reduzir manifestagdes de histeria, de fuga, de rettocesso diante do conflito. E a situago concreta que decide, em todos os cas0s, 10 se se pode considerar um comportamento determinado como preservador de valores, Numa determinada época, a decadén- cio do valor pode ser efetiva, embora apresente-se como rela~ tiva do ponto de vista universal. Diante das con- clusées desesperadas de C. Wright Mills com relacao degra~ ago essencial de seus contemporineos e compatriotas, pode- ‘mos replicar com o argumento de que nem mesmo o mais manipulado de nossos contemporineos sentir-se-ia satisfeito no Estado de Plato ou na Cidade do Sol de Campanella, porque nesses dois ambientes sentiria um estrangulamento de’ sua in- dividualidade, embora nem nem Campanella — apesar de terem sido refutados em vérios pontos por seus contempo~ em suas épocas, de iuos daquelas épocas, ente dos muitos sequer tinham necessidades indi ‘Até 0 momento, néo consideramos a poss lor a nio ser no sentido de que um valor ja conguistado pode cair a0 nivel do meramente possivel. Mas também podemos observar outro sentido de p lade nas virias esferas do valor: trata-se de uma possibilidade de valor da qual jé fala- ‘mas acerca do desenvolvimento das forcas produtivas, geral contenham abstratamente uma pos superior aquelas que as precederam, embora ide logo.em seguida. Por isso, 6 igicas internas, nao € 0 ismo, mas sim 0 das poss iso.8 60e doqy uaooyy ION EDM S “umn 9p ‘euo9) BUM ap ZoL.OIN OW tu Bu,, soBSINSAX a]UMBAS ¥ SOUIEHODSA:DE ‘JOTeA ap ozinl wn 9 epeporsos ~ erualsjes ozjnf opoy onb reuse oy 2008 2p OBdesoUEM eUISOKE YUN ep soUNSIP sosvadse siop seu ‘Sowuazayp Sopepyue senp tnbe ovs op oxSysod 2p vpomtos v 2 Oyuausisayuos Q “e105) TeI ¥s9S eaHAfgo ® wu1opepIaN siEML ‘ome ‘oquaumajoauasap nase wiogdo 2s anb sojnopisqo so Fs srenb 9 1o[@4 Op opSeyondxo ap oyurume> op yenb sejarar via awouexe]> steur ojwenb “enoa wun sod sopeuune (appl, sigissod wu 9 apepyjear vu o1ey 2p) O18) ap soznt 9p osoUNE o Jo} s01eUI OWEN “soaxFOIOINO soIEF OBS s1EI90S ser0]ea Sod ‘op opSdaoueo vain ap ‘w109) BUM ep I0L ‘anb wid vpipam vu ‘s0[eA ep oznf um 9 ape; “21 ogin{ Opoy, ~s0[BA ap sozmn{ OBS soon? 2 so: seuade oyu anb exsuowp azeyy 2p o[dwexe omsau O -ayuoes oys sonpyarput so i oBed Jos oaep opupt ‘soaneyed sein wo “woo 9 owstuoseiue 9589 -190 9p 2 souvuIny, sony azqpar 98 BOA ‘wawoy O10u98 op sopepioudeo Owiotutajoatasep oss anb wapusjus ou ay ** "Duval IS ap apopypuis owod mumuny vzoaniou YP vranbU BP o}uaUIAosties “ap ‘fas no ‘soupuNY seaNNposd Svd:0F SEP OaTMIATOALOSEp seuade sozip sonb ogSnposd vjad opsnpord ¥v onb wsoanbse apepyeuy ¥ 9 ou ye) omoD o¥Snposd v enb wewsy Sazoysodo so}is9 ow ‘onb sae ‘ows seannposd seiuoj sep ova NY 9 Ipwowt ‘esis 9p oluod 2ssap ‘asavndoide opod op (2A Oye} © — rey om ‘epor 2 s0fes po) onb ‘ 2 480, Waeuosiad vpes ‘eure1p Wog Opoy Wo :27uet “epeinaige opyjnuuoy 195 spod oyey ossq “omnjosqe oA WN awlwoua Joassodur 9 anb aqnos axduos waquie) ‘101A opor Dp ueSore9 wayjoss e anb sonpraipur so no vaneuaye wun ‘Opou nas ye 9) aqNOs aiduIas ane Y “oLsIsap wpeD sod v 21dmos 9y “055 sear wudosd w si0d ‘ep se aonbos uworege ovtt sou Wf oVUaUIEAJOALasSP Op Onur Ossanoad om sexade sez1] apod — suswnty vin9ss9 ep o¥Se op apepyeior v anb ap ory oF ‘epeu si jar Y “RANUIeX voifojorKe apepmqissod wun op (1 oorfgjorKe opnaquo> um op sexopriod 2yuauresou ruyfe 9 siejuett Sem ‘Sepeumea “sassepo Sess “sep OBN SOU oP ¥roUgIOSUOD,, UNS BUNIOS 9S Jonb BU o WUE ol 0 9 ayuarasuos ound v{no"— sogderia pA foquaUoT -uanboxy ‘ows waq — ( S89 “OIUSUI -s9 ‘soap ‘oquy) ozSefa1 un steurel 9 Op O919Qu: pt ‘steiso8 seobeian sens 2p opssadxa 9 omnpoud 9 anb of “ood a8 tun uowioq 09 “ojumyod “onpysipar cwuenbua use, “onpipar op opr “21 ep 2 sapepsiooon sep ogSejsnes wp ootkis & OFFEDOI & OF opuipat“ossensajteu ap opout nas us seu ‘OpLed @ Ubu ojtoumuos 0 wt 9 Ogu se[iouied © Sose9 Sop BOTeUE ‘oanaya oypeq -0n 9p BER es opuenb — ourequn op apuplane v sour ‘soz -pinonzed sagSeanow ayu2 soaniour stas vioquia “oougu ‘pol wo ‘stouEs|ooxd Stout ¥i89 Oou9uad 0 URQUIEL, “onpiarpar 0 no ‘opepuyjnoned wuidosd © wed suduos — ‘ho apepucteanied ep eojoapn v_-od sap sounded OF = OPO op sereds9 onap and, ‘.{OAtA anB Jod,, “Tonpiaip Oe -ur epepuemnonzed ep oxjsanb eun 9‘ sens aod ‘oor ng, 9889 Jod ojuourmyaxp sopeanou! 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Mas o indi singular que se encontra em relaglo com sua propria i dualidade particular e com sua propria genericidade humat nele, tornam-se conscientes ambos os elementos. E comum toda individualidade a escolha relativamente livre (autOnoma) dos elementos genéricos e particulares; mas, nessa formulagdo, deve-se sublinhar igualmente os termos, ‘mos ainda de acrescent: A explicitacdo dessas_ poss ‘em maior ou menor medida, a ca” de particularidade e genericidade Vidualidade wi lidade (pois essa unidade, naturalmente, é apenas tendénci mais ou menos forte, mais ou menos consciente), tanto m tapidamente deixa de’ ser aquela muda unigo vital’ do genético ¢ do particular a forma caracterfstica da inteira vida, A con- dicho ontolégico-social desse resultada é um relaxamento da telagdo entre a comunidade portadora do humano-genérico e ©. proprio in © qual — jé enquanta individuo — dis- Be de um certo dmbito de movimento no qual pode escolher Sua prépria comunidade e seu préprio modo de vida no inte- rior das p lades dadas. A conseqiiéncia disso é uma certa disténcia, gracas & qual o homem pode construir uma relagio com sua pro laridade vivida enquanto “dado” re- Mas nem mesmo nesse caso deixa essa unidade indivi Gual de ser mera tendéncia, mera possibilidade. Na vida coti- 22 diana, a esmagadora maioria da humanidade j ser, ainda que nem sempre na mesma proporc: polco com a mesma extenséo, muda unidade vit cularidade ¢ genericidade, Os’ dois elementos funcionam em sie no sio clevados & conscién fo. de se nascer ja lancado na cotidianidade continua significando que os homens assumem como dadas as fungdes da vida cotidiana e as exer- cem paralelamente. Os choques entre particularidade e genericidade nao cos- tumam tornar-se conscientes na vida cotidiana; ambas subme~ ‘as possibilidades que tem a ularidade de submeter a si o humano-genérico e de co- ‘as necessidades ¢ interesses da a servico dos afetos, dos desojos, lade social. As exigén ica formam a intimacao que a inlegragio especitica deter- minada (e a tradigéo do desenvolvimento humano) dirige ao individuo, a fim de que esse submeta sua particularidade ao genético © converta essa intimacdo em motivagio interior. A ética como motivago (o que chamamos de moral) é algo it dividual, mas no ‘uma motivacio particular: sentido de atitude livremente adotada (com Ii va) por nés diante da vida, a sociedade e dos homens. ‘Umas das fungdes da moral € a inibico, o veto. A outra € a transformacdo, a culturalizagdo. das aspiracées da parti. cularidade individual. Isso ndo se refere apenas & vida do iduo, mas também da humanidade. Por mais intenso que ja 0 estore : a wnsformador” e cul Se supera sua fungéo inibidora e essa st que a estrutura da vida coi te pela muda coexisténcia de particularidade e genericidade. 23se nese 9p O18, Q “ozteiut onpysipur ofad wpeonead opu eyIOasD ‘bun ep seiougnbastod se eyUouIs|UeI>suOD suNsse ‘ued BssOU ‘2p ‘opmsqe ios WAqUL, “epeprLLIPHOD Up voIsyG vININAISD woo we elsESa ody [B) ap OjwoME}odwoo WA, -ovsioap pp wa seifsaU9 se smpo} TexU=9ueD Jaajssod 9 o7u ‘apepiueipnoo eu ‘Sei “ossaaoud 9s un ureUo} ‘sepupnbasuos sep OpSeysoe v9 eyjooss y “apy zp ovsuadsns e ‘oo1i9uai-oueuiny OF OPSeAR|9 e yored seusde fjoase oLSenys ¥ wos auar2su09 opSopoUA B 2 (ousioep no) Dyjoosa vp opsnoaxa Du svS1o{ svssou sD svpoL 2p ovdnusqu0s B *(OESID9P ¥) PyJoas2 v 9 ojUDUIeZOdWOD assap OyUIeS O “(jeIMEU AOU EP quULIP OoIgIs? 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O herdi da escolha moral é seu prog aguilo que Ihe aconece 86 pode acontecer ¢ ck, 0 cums ds elevagao moral ina da cotinidade € care. Nu cates @ homem tomase conseiente do humano-generico de sus i. dividualidade, ceil aes Em neninuma esfera da atvidade humana (e no apenas 4a elevagao moral), € possvel tragar Uma inka de ta pra ign ents o Comparanento alan 0 do coldiano.- (Estamos pensando, uaturalmene ae ‘comportamentos em que i ao conseicnte 20 humano-gensice) Ba pensar na esfera pol idade as escolhas ¢ decisdes do intensidade com que se pro- mas, uma vez, convertido em cos- 0 amor pode novamente “dis- s de elevacio acima da vida ivacdes duradouras sio a arte ¢ contexto, a profunda anilise realizada por Geor ENSUE Satine naa por Gove com essa andlise, o reflexo artistica e 0 reflexo cientificg rom- Pem com a tendéncia espontdnea do pensamento. cotidiane tendéncia orientada ao Ew individual-particular. A atte realiza tal processo porque, gracas & sua esséncia, é autoconscigncia ‘meméria da humanidade; a ciéncia da sociedade, ma medida em que desantropoeentriza (ou sea, deixa de lado a teologia referida ao homem singular); ¢ a ciéneia da natut a sou eardter desantropomorfizador. Nem mesm arte estio separadas da vida do pensamento Pretende apenas caracterizar a renga entre cot Inilade nfo. reed ap ‘ierenga ‘etre cotidanidade eno: 2, Georg Lukics, Werke, vol Wied Berlim, pp. 33-138, Pr leben “(Problemas’ do. Reflexo, 26 mites rigidos, como podemos ver em vérios aspectos. Antes de mais nada, 0 proprio cientista ou artista tém vida cotidia- na: até mesmo os problemas que enfrentam através de suas objetivagoes e stias obras Ihes sio colocados, entre outras coi- sas (tio-somente entre outros, decerto), pela vida. Artista € laridade pode se manter em sus- a produga -a ou cientifica, mas infervém objetivagio através de determinadas mediagdes (na sociais, através da mediacZo da indivi- . Finalmente, toda obra si © meio para essa superagao dialética [Auf ‘ou total da particularidade, para sua decolagem 0 dade e sua elevagio ao humano-genérico, & a homogeneizacao. Sabemos que a vida cotidiana é heterogénea, que solicita todas as nossas capacidades em varias diregSes, mas nenhuma capa- cidade com intensidade especial. Na expressio de Georg Lu- kécs: € 0 “homem intei sanze Mensch’”| quem intervém nnidade, O que significa homogeneizacao? Signi por um lado, que concentramos toda nossa atengio sobre “una iinica questéo e “suspenderemos” qualquer outra atividade du- ante a execucdo da anterior tarefa; e, por outro lado, que em- pregamos nossa inteira individualidade humana na ‘resolucio ‘Apenas quando esses trés fatores se verificam conjunta- mente € que podemos falar de uma homogeneizacio que s° cleva totalmente acima da cotidianidade para penetrar na es- fera do humano-genérico. O tipo de homogeneizacio que 36 apresenta 0 primero fator, ou seja, a concentragio em uma ‘inica tarefa, concilia-se ainda perfeitamente com a cotidiani- dade, fazendo parte orginica da mesma, Quando, por exem- plo, temos de assimilar um novo movimento no trabalho, néo 762 -nodse 9 vuvipnos epeprane ypor wou enb art -pmuodsa © 9 euEIpYOD Epi wp oyuEUIOP : “soquonbasqns ov epure vrouaured yuo ns ep Bdsnxe onb oprisesse 9 ‘sxznpord wqundosd 2s osrasip offe ego ens we znposd onb opou 12 ap vw vain Jod opens soared wisnse Q “vougUa -oueutny OgsI99p LP LOPwAd|D BSD aiuEMOs-oF1 9 enb soUE “opsendsuy op as-vureys ‘eiougnbasy woo ‘ond ,jeagsiauy,, 25 soy wns sod (2921p ‘anb opnbep ~ydeoo soodenys Joajosox ap no ‘oansigo opeurmnap wn Typos. onb eued sopepos sou smu ap way an no “oPSe e ‘ofisu09 Sey-¥Aa] 2 ‘opphinus ‘of2ur nos op seossad sy J09UDA -u09 snap anb wsIpeis? 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Mas, em todos os casos, a espontaneidade & a tendéncia de toda e qual- quer forma de atividade cotidiana. A espontancidade caracte- Fiza tanto as motivacdes particulares (e as formas particulares de atividade) quanto as atividades humano-genéricas que nela tém lugar. © ritmo fixo, a repeticao, a rigorosa regularidade da vida cotidiana (que se rompem quando se produz a eleva ‘edo acima da cotidianidade) nio esto absol tradigo com essa espontaneidade; ao contrério, implicam-se mutuamente. A assimilacéo do comportamento consuetudind~ rio, das exigéncias soci dos casos, ¢ uma ass sobre o contetido de verdade mat cada uma de nossas formas de at lizar nem sequer uma fracdo das atividades cotidianas impres- cindiveis; e, assim, tornar-se-iam impossiveis a producdo. ¢ a Teproducio da vida da sociedade humana. Mas a espontanei- dade nio se expressa apenas na assimilagio do comportamen- to consuet € do ritmo da vida, mas também no fato de z-se acompanhar por motivagées eféme~ Mo, em permanente aparecimento e joria das formas de atividade da vida longe de expressar a totalidade, a essén . © mesmo pode ser dito da maioria das motivagdes explicita mente formuladas, embora em menores proporgées que no caso das motivagées “mudas”, na vida iéncia poss do haveria tempo para fazé-| na miltipla riqueza das ati 9 nem mesmo é necessario: no jeterminada por avaliagdes proba- jg casos em que fracas- esses casos, pocemos irofes da vida cotidiana. Consideragoes probabi- mos, por exemplo, ao cruzar a rua: jamais cal- cculamos com exatidao nossa velocidade e aquela dos veiculos. ‘Aré agora nunca fomos parar debaixo de um. carro, embora isso possa ocorrer; mas se, antes de atravessarmos, resolvés- semos realizar célculos cientificamente suficient chi garfamos a nos mover. Também 0 conceito de’ “suficiéncia” indica uma fronteira duplice. Significa que, na cotidianidade, podemos efetivamente nos orientar ¢ atuar com a ajuda de avaliagées_probal ida em que, abaixo dessa Ti- nha, na esfera da mera possibilidade, ainda ndo podemos con- ivel € mecessério para a rencia dos riscos da indi- fo e sim de um risco impres Precisamente nisso cle se di tegoria da acto e do pensamento manifesta-se e funciona ex- clusivamente enquanto é imprescindivel para a simples conti~ profundidade, amplitude ou intensidade especiai fruiria a rigida “ordem” da cotidianidade. E, quando efetiva- mente se manifesta com maior intensidade, te essa ordem, tanto nos casos em que tende “para cit vando-nos ao humano-genérico, fato que jamais pode caracte- a totalidade de nossa vida, quanto naqueles em que ten- de “para baixo”, a ponto de — como aconteceu a Oblomov — incapacitar-nos para a vida, © pensamento cotidiano orienta-se para a realizaglo de lades cotidianos e, nessa medida, & possivel falar de uni- dade imediata de pensamento ¢ agéo na cotidianidade. As 31&& ‘eSewod ONPIAIpHY © — eueIpHOD epIA EP Oy oWOUT opep Wnu — opuenb ‘coon wo ‘q ‘opepmuvipyoo ep osuq eu Opuenye iso ‘(aquomaquanbesj 21090 ab vslo) wsueyuod wp asvq eu ‘ENE OD!p9IH O opuEND » o}woureyrodi0> Sousa opu onb Jeoqpur ered Sauatonns yf OBS sojduox9 sassy, (ooijdwn> oluawepUNy soWsU NO JoreKE woo “eIOIpeM BH No oompgus ou vysod 95 soqdums eum ap aseq eu ovourestoaxd 2) ms 9 9] esso Seu ‘omptiar wn ep vor -ngdesa} OpSe vu SENpoI0e OoipgUI Ov wseq CEN “ojuOLOUNS 3 uaureuayd 9 9} W859 “eueIpHOD epIA vu ‘SoU SoS Op JOpar wo ay, & anb wo 95 10) wIseq OFU ‘OWOUONSY OY “osIaA 2 9} BP 2 woueyuor ep ,o5eds0,, 0 ‘ost sod “2pepiueipiion BN “(999 ‘suossod senno -o1 SOU “2pepi(eex vp apepyiaiasouso9 wu: ‘ossoul Wa) wSuRjuos Zanbor apEpsoA ep sooIsya SOU0IUOD Sop owaupoquoo 0 ‘oss! aod ‘apepijesr ep oyadse umyuou wo asia 9p adjo3 wn woo opo} o reurWOp wepod oye suaWon, sO sogSemi]s 2p Os2UIDU JOrUE We tiayssa00u Z5-eUIO} BOPEIP “Su ogsuny ens anb ‘2peprueipyoa vu ,odudsa sieut wedeoo, Sonounuss sjop s2ss9 oMb 9 sep souroznb omb O “va RU UDTNICUOLDOU!D 2 TSU Syeur OESeotjufis wo) wsueyuos’ e OWOD mISsE ‘[euO|oIpUODUE : (euE 398 WUINSCD wSOLSTar 9 U :soduIED son} sou tnbe wefos vSuvguoo & 2 24 v amb guoo v 9 94 B onb ‘owsodxo op ‘oySisuey} ap. soda sougur wosixe seu oueIp read ¥ 2 BuRIpHOD 2poplane e woD OBL TeIproWLd OF Spanbosuoo ‘2 wadoad pia eyued ‘euerpnoo sixed wp aruEip anvejar wiougpuadspat wus tun ounsse yenb we ‘Boj02p1 ms as-oulaauoD “Sosed sossau ‘opepluerpnos vp wos) ¥ Sap “epiueipnos up 0 yinsodns ose ssaur seu ‘sixeid up ound oF Teaa[a a8 apod upeutes no ossejo vu op sassezeTUE SOB 91N9P ee " @ ‘onsen mo epeues St Muapuodseu109 ove e ‘opow essop ‘2 onpyatput 0 -uodsoii09 og5e wun onb Ro 2sse}9 EP seUIpNOD si RO ovSeUaLIO v ass9 e WaIETIONy soustied anb assej> no upewies ep opuenb ‘Teis0s apy igo sojouesuad @ soz te ome “(ropes assejo no upoiues wun op sossoxoquy rise sup oyfoloid wun 9 oad wo tenpraIpur guotencrdaee ee seonod oynur jae 9 [enpiatp -sonb wo ozjnf op no PIPL OppIAMD vssou op auapwdenay uinyuo opnoiues Ov odelaa wen S BpEE Oss] “sioayssod soue Sex0uNSM SO WoD opepru 00 WU anossoud soutopnd “epnfe ens Woo tan ws Pee [aH Bu oitlowos-oF) apupyaA 9 0121309 0 ‘osvD assay “opeUTMLIT) SE,SGM, QuEEU si souohow! 9p 2 opeuuinep Ol NE HISAOU sou ngissod © aemeae ered ,o}21309, -ezqjnm opuenb eur: f 3 ‘siuowfesmeN) “08) ,0101109,, Op vou igo sesso ap no “pi20s opseruauo vssou D ayuaus Dum? watefou 2s ond sex “sopeomtsion sooSeanalgo swssot 109 sep oBduindiueu v n zy smo 0 eee f wos 39, Y wa epen anb P oat TIPO 0} *U Ox}9PNPINA 9 o12s509 9p apeprens! vp vow" oF 8 ss sEHtoWA|TMOD > aaoasH|OND Beonap “euOpON copmndoe et MBeId aruaweinjosqe 9 eueipnoo epiA ep apmine e ‘simmBasuod tog * ,oxapepias,, WoqUIE 9 OVa1I09 © ‘opepiueIpH 09 tu Jonspepios,, 9 ,oj0110%,, 2109 euDsoyIp op vu voydumr ovSe 3) oytouesuad ap wrerpou apuprun. ‘opep vf 0 oaow wo ‘elas no “apepioiots8 9 Spen - BE ‘oquajosuog Poypuas-oupumy apopiano 9 opuenb sixtid ep [Pw oF ea 2s 98 Onpyaipur op toned opepmn i eaeey owed pot ommsoua op “ous vp mf apeprueipnios Y seUysSoaaU seishy 9 Ogu BuEIpHOD apepra owed of wersja 982 refletir acerca de uma supersticio que compartilhava, ou de Juma tese que assimilou da integracdo de que faz parte, pas- sando @ supor que nem uma nem outra sto aceitaveis porque radizem a experiéncia, e, logo apés, comega a examinar 0 objeto posto em questéo comparando-o com a realidade, para terminar recusando-o, em tal momento o referido luo elevou-se acima do decurso habitual do pensamento cotidiano, ainda que apenas em tal moment ‘Temos falado de f6 © de confianca, até aqui, de modo global. Neste contexto, no podemos analisar a questi da iferenga entre esses afetos, a qual se mat freqiiente comunidade de fungio dos mesmos: @ precisar que a confianca é um ajeto do esse modo, mais acessivel A experiéncia, & moral e do que a fé, que se enraiza sempre no individual-particular, Dado que o pensamento cotidiano é pragmético, cada uma de nossas atividades cotidianas faz-se acompanhar por uma certa {€ ou uma certa confianea, Néo hé lugar para a 16 za” da manipulagio ou da obje- , basta a experiéncia para rea- Depende da totalidade, da in- ido social dada qual seré 0 io social, no qual a ro manifesta-se de’ modo mais fetistico do. pensar lizagio, seja em giiéncia da exper dores sio todos ele © tempo em que, basea- dos ineles, formos capazes de atuar ¢ de nos orientar. Se o afeto “cor adere a um juizo provis6rio, nfo representa © fato de se ter “apenas” juizos pro- fa Ivimento superior, caso em ue 86 podemos operar com juizos provisérios pondo em risco 34 essa integridads, entdo. deveremos ter a capacidade de aban- Goné-los ou motificé-los. Isso poderd ser feito quando o juizo se apoiar na confianga, mas no quando se basear na 16. Os juizos provisérios que se enraizam na particularidade ¢, pot é-juizos ou preconceitos. Sempre reagimos a sit rulos singulares e resolvemos problemas singulares. Para po- temos de subsumir o singular, do modo mais ‘ob alguma universalidade; teinos de organi 1po para examinar todos os aspectos do caso singular, nem mesmo os decisivos: temos de sitté-lo o mais rapidamente possivel sob 0 ponto de vista da tatefa colocada. Se torna possivel gragas A ajuda dos varios tipos de ultragene- ralizagdo. E ‘por exemplo, que se recorre analogia. E através dela que, principalmente, funciona 0 nosso conheci~ mento cotidiano do homem, sem o qual ndo poderiamos sequer hnos orientar; classificamos’ em algum tipo ja conhecido por experiéneia 0 homem que agora queremos conhecer sob algum aspecto importante para nds e essa classificagdo por tipos 10s8a orientacio. Tao-somente a posteriori torna-se “evi- dente” na prética que podemos dissolver aquela analogia e co- nhecer o fendmeno singul em ques- tio — em sua concret lo € com- zo pode se ; pode ocorrer que j nio prestemos jor que contradiga abertamente .odemos nos manter submetidos icagies, de nossos preconceitos. fis6rio anal6gico € inevitével no co- ino dos homens, mas esté exposto a0 perigo Desse modo, 0 ‘nhecimento cot ‘no livro Tarsadalmi nerep & social e preconceitos), publicado em hiingaro pela Akadémiai jora Académica), Budapeste, 1966. 35Le -2p wowoy 0 IN OpepHTENPILIpUE EUMNYUU 9S-sHIa491 anb -anbe 3 ‘apepijvar vp stsojso se sepor 2p ‘euetpyo> epIA y pe Dei awuoweydure opdequau0 eum ef Wad)x> oye ajonbep -sod se sjod ‘ose ow , ‘owios epipuoyua 338 axap ‘sa0Siodoxd seuisour set wo wquiey ayuoueu0) oquasoad seu ‘ousopour o: opisjoauassp eiavy 3s Ogu upule 2nb wo wood) vu [23 vomousy “oon Owsou Op asounuE Y “apypmmumy OP Oop ‘oquawerodwos op sosnstioi2eIw sowUeWoUL 95> sopo, “ondezit -visuadesyin Bu Opraseg ojsouosasd OF opedy aiusma}uoNbaxy as-ryuascude ousuigu: omuai © CusMQHaS ass E 3 sop ajanbeu anb ‘ose ass: eSezU -ouafenjn ep od oxo wuas jeuoy epepirear essa e seid os 9f ~auArosuoo Se “seuEMINY SooSe[Or Sup OUNSsAUEYOdu o:adse win & [Pajsuast 9 eP-eqoo1ad op zedvour vossad v anb ossed 08 ‘opeprenpraipur 2p soar opSeuoia vsso zmpord opu anb sad Y “o-gajoAus ¥ syodsp enuyuos anb 2 a[ap ouso) wo ds2 Jouo1 wiaysoune eum znpord ‘ovsanb wo oyfalns op ‘¥p,, O1SU Opep Wa oNPIAIpUL wn ap ofuoUIoarede O “aya WW ‘SonnO Sop Ovdey[eae vu Olen) o;NUTEsUad ‘ssou ap ovSeunzyuo9 vu oe “eUEIp fay epuei3 vain win opsouoms y 9 seood9 sqquazayip seu‘ UTELESSI90U OYS OPS 9p snes so 2 sody so ‘steurape ‘enyssdns euio) as" v9 sou sesod9 ouos woq ‘osauur ep opSezienprarput & eupssooou 9 Ogu stenb sou saiojas euerpnos “EN “Saptyne svsou JemnByuos 2 soorguM soUMysO9 sO g}UDU -vajdwoo opm ap unxiap 2p ‘outon ‘no ‘esourur up 4overyy ou sojuDuAOW ap [ENpIAIpUT opepsaqit ap odure> wh 3npoid 9p sozedeo sowos os ioqes we apisor emloiqoxd o ‘oudwes ow “sraayssod wees olqupozqul 0 wou oujeqes © tow “2souur wos ‘sonno 80 souls seu! suns, © aeideo ap apodu sou auapsoaid op ovddaoiad vssou op wenb seuade ‘Soannsap owsour no ‘soaredau souoye wo} ap cmine esq * Jeu, WM 2p eyEN os OPM ‘OldroULEd WHO ‘osst 10g ‘wepuing ap Ouse ‘op oySunus vu ouomo}uE|suOD soul>-sou-19 ‘opmine wsso wag (oie ‘ossip sojduoxo visey pf, epi ep sayon -spie9 sep ewn sejoLre0e op zedeo 319 wn 498 opod UHqUIE, seul { .epeqamuod,, 932s ovu TUEIPHOD EPIA eu OBSEIUDHO e and We ose ‘JesoM! O37 wn op BH as epog “opdUNY Ens opud -MIaSU0O 96.98 JaaerBCaNT OuEp UN os-F9)s9A ipnfoad vfes opm senBus op ostessox# ojusuey HU Wloquia ‘2 {(oRSezIsso}) OBSezIEISHD Upvorado por e em seus “papéis” pode orientar-se na cotidi dade através do simples cumprimento adequado desses péis”. A assimilacdo espontfinea das normas consuetudinéri dominantes pode converter-se por si mesma em conformismo, ‘na medida em que “niicleo”; © a particularidade que aspira a uma sem conflitos reforca ainda mais esse conformismo com Mas a estrutura da vida cotidiana, embora const dubitavelmente um terreno propicio a alienagio, nd nhum modo necessariamente alienada. Sublinhemos, mais uma vez, que as formas de pensamento ¢ comportamento produzi- das nossa estrutura podem pericit deixar a0 individuo uma margem de movimento e pos permitindo-lhe — enquanto unidade consciente do humano-ge~ ‘0 ¢ do individual-particular — uma condensagio “pris- ", por assim dizer, da experigncia da coti tal modo que essa possa’ manifestar-se como essén: das formas heterogéneas de de ¢ nelas objetivar-se. Nesse caso, 0 ser ea esséncia néo se apresentam separados e as formas de atividade da coti- dianidade no aparecem como formas alienadas, na proporgao em que tudo isso € possivel para os época e no plano maximo da individ fe, de desenvolvimento do humai tal 6poca. Quanto maior for a alienago produzida pela estrutura econdmica de uma sociedade dada, tanto mais a vi- a cotidiana irradiaré sua propria alienagao para as demais cesferas Existe alicnagdo quando ocorre um volvimento humano-genérico eas possibilidades de desenvolvi- mento dos individuos humanos, entre a produgio humano- genérica e a participacdo consciente do individuo nessa pro- duedo. Esse abismo nio teve a mesma profundidade em todas as épocas nem para todas as camadas sociais; assim, por exem- plo, fechou-se quase completamente nas épocas de floresci- ‘mento da polis dtica e do Renascimento italiano; mas, no ca- pitalismo moderno, aprofundou-se desmesuradamente. Ademais, tal abismo jamais foi inteiramente insuperdvel para o individuo lo: em todas as épocas, sempre houve um niimero maior 38 ré-lo. Mas, para a massa, para o grande mimero dos demais, subsistiu 0” abismo, quer quando era muito profundo, quer quando mais superficial prévia da orientagio, mas nas quais aparece até mesmo como obsticulo para essa itima, : ‘Nio se trata de afirmar que as categorias da o assimila a estrutura cotidiana; c, quando a arte moderna decide escolher como temas as efémeras motivagdes e resolve fazer abstracio da esséncia da vida 1a cotidianidade nao aparece como um feni nagio, & necessariamente manifestagao de al nna cigncia, nas decisdes morais e na quando ela propria ja é vida cotidiana nao é encontra-se aberta a qualquer ser humano. ‘Mas isso nfo significa, de nenhum modo, que a vida dz qualquer homem torne-se humano-genérica em sua atividade Principal no trabalho € nas objetivacdes. Humanizagio da vi- 39“pomjod 2 poiow 0980 mum 2poppmypy09 mp onbouap10 vudoad fsumas “eu0;ed0 Sxo" ‘,soprcos0%d,, “oanyuasozdoi apiw> 0 souNpno9 Epo ‘ouawousy wn 9 Spepiuerpiios ep opSeuspro,, v ‘088d 9sSoN ‘owsunaida ou joysa Ow nais090 Old ‘oBSeztuBUNSap ‘payoruasaadaa 25-us0) epis vp ovSnp “ose Assan “ovSeuai[e ¥ wo99I0N0 YPUID sfeOs-ooItH -guosa s1e138 sogStpued se OjueNbue oWsaMK wpIA EP OBNpLOD vu as-requadi jaasesoduy 9 ovu sepy “ovSeUuaye v Ypesedns 2 ptioge Joy opuenb 19s ogw v yessanmun Jeos Spepmayssod wa sp]loAt09 25 apod OBU ¥pIA BP OFSnpUED B “SONIA otto pipedso apepioede no sejnorued wop un 2p oBW 2 watey op epEprTENp! ‘opSuny 9 opSropsad vas anbsod eps ep ovSnpuco 9 q “ertoyzod sousmK no seu opsezifeax ep wougpu wun seuade osduas 2 PIA ep o¥Snpuos ¥ enb om J “opepieuosiad ENS ap vo ~reu ® eye v Joduir 0 apepyyear ep opour nas & as-audoudo pion =p yon epeo ‘epepmerpnos ep emyns w as-opuanTCUE T30q up “‘endoxd epia vam “tn vpeo ured ‘sodns tpi up oBsnp -H09 Y “EpIA ep Sopepiane seaugBorsiay 9 SELIYA SE ,,vUDPIO,, = 2poprouosied vp opsmmajoino p 2 ovdozpos-oyno » opsond “= Dum 2 ‘opunu op opSdasuos 2p “p1oU ,owiaSoSu2,, win ‘odway ows op °7 anb — apmyne vss9 anb 9 ooupual oueU “AYO wo2 onprarpur op aqud:esu0D OFSe[ar UY 2 spepiouanel up 9 opepuinaiied wp vrougrsix909 ‘anb aiuowos-ov) seur “opi 2 up voupiodss wnbrezay ep opdyoqe voqtUsIs ou ‘owuELIod «pi ‘wuar9su09 apeprrenpraip od ep vinbseIdI wssop oBdnAsUo: 1A BP OFSNPUOD,, 2p mUIEYS Soulapod seuavjed $e woo epury “apepmqssod vjenbep ov5e =IxpWL B Woo 2e1H0D p-96-19pod “opSe no ‘2pepaioos ep owumniuos op vo our ou fojoumAjoauassp nas ‘Je!ouoss0 ou ‘werpadut opepilig “180d BAoU essa wrEseLD anb s1eI00s saQSemis 2 sogdejax SPU sour se ‘opmuoy ‘vaupiuodsa vmbsmiaty vp soluafut ou ‘2pep souosied muadoad wns 10d vpoiip “‘aquatssuos Dinbuviony Dun Js pend amaisuco ap apepinaissod v wowoy of01 tzed noyuoUt sae ‘(xeyQ) ,fENse2,, 2S-nowIo} 2ssef> NS WO Wo ‘opSepr ev anb we ojusou op ssed v ‘sou Po Upes WO 2juaieyp OTIUIJAOW 9p WaseWN eM Tagsssod voueodss winbsex1y vss “ (apep2iv0s va onprAipur op oysod ojed ‘opepars -08 ujed ‘opSnpord jad) wood visd vpeummaep vaupiuodss wmbseioqy Pun oxduas war euerpno> epia v anb souaqes dopou anb ap sey “apepruerpnos vu aatsnjour ‘oajdmoo 308 apod wetoy opoy :ayne05 ap seinvjed SE who ossardxo 198 opod onb ofje 9p 9s-viex], “uUgT 9p 5 sapepioedeo st no uynuayy ap opw e “youelq 2pSobre os Preconceitos O orsconcerro é a categoria do pensamento ¢ do com. portamento cotidianos. Os preconceitos sempre desempenha- ram uma fungo importante também em esferas que, por sua ‘universalidade, encontram-se acima da cotidianidade; mas nao procedem essencialmente dessas esferas, nem aumentam. sua a diminuem como obstaculizam jes que elas comportam, Quem (05 artisticos, cientificos e po- fe pessoalmente, ar da compreensio dos pre- coneeitos partindo da esfera da racteristicos da vida cotidiana: 0 carter momentineo dos do ritmo, a rigidez do modo de vida. De forma andloga, pensamento cotidiano um pensamento fixado na experiéncia, empitico e, a0 mesmo tempo, ultrageneralizador. Quando fa- Tamos aqui em “‘pensamento”, nfo queremos nos referir a te0- ria, O pensamento cotidiano implica também em comporta- mento. 4B% ‘wowoy © aNuo ogSejar Bp BEN 95 OpuENg “eULIPHOD EpIA EP Uo yIs9 5) ¥ "PIO Wy sooo -wsep sod wuts} viouguedys vad 9 omauesued ojed epeiny “91 aquowejnes wSueytos Epo; anb voyuidis osst “vuRIpToD waIs0 UN “Joqes ou Bide os wSuEyUOD EPO] -voiFojoMasida w5UBISNP up seq vU FIS2 voWToJodamue wbuaxp tse “,890 2p eIpugrasNoR,, Y OvSeTas woo ‘sued 29 06 anb ap opSesfont no apeprurinss ces “var woo owuaurerouRsIP On ap spepIiqusod ex — so1f2> sov opSvjo woo ojweyodum syusweuiasx 9 onb 0 — ‘zo ons 30d ‘vtoumip #80 2 ‘apepuvjnogied vudgad B OBSejox Woo wouEISIp eUOD LMM aUMSse My © “oj ymonred wadoad ws 9p ste fn eldojoaon tne os Son SoU 1S & Seuade WaflIIp a OGM ¥FoNUD NO 2901050 08 anb ‘assap Sapepissaoau Sy °9} EP OSe9 OU OMOD o1URY “eSUEL ¥ 81c}01 28 anb ou ‘oSax9}0 aur wanb nd Nos soxuoD woNb ‘na nos ‘¥sioo vuiNy nO WLIO WINN oYUOD OpuENd -TENpIA eougua#-ouewny wistgseo Uns woo aquatssuoo sousur no stew OBSeloI BUIMU F)S9 OnpIAIpUT O ‘OnpJAIpU! OU as-eztesue eSuEyUED v '95 UP oquaMMEUAIOHCL “ourouooard ou uss, wn Ogu onBasuod ‘vousguaf-ouvumY opepr fapep “aon” ens we oaralgo nos seSuvoqe apgd opu onb “epia wssou ‘O}MupUL WRQUE 9 oUIsIUEDSKH O ‘sezaA SuHINUE ‘SUP. ”s9n0"20 -uv sogSe sessou eutmjuoo anbiod ‘somjuoo ap afazoxd sou anb -sod opowiga 9 soylsouovasd wo 1219 :opSeIpaM Was ‘OIDuIp Op ow ap ou-meze} “soseo Sop THoreuI BN “Yenplalpur opepureinD cared widosd essou osduos wazeysnes oysouooad ossom ‘ea RssoU ap no wz—aIMeU ESSAU IP apepHBOI Y as-ruejo: wap -od ‘jesraaqun etuaweua|d wzsmeu ap soso 9p sopnaitios 2 sojalgo so :sorsouosa1d sou osuayUT ‘opow ep wiouopiaa as ossy "23 ejod BHoysMes 2pmpIssazaN eNossos preconceitos sociais podem ser estereotipados ou ‘io estereotipados, Todo preconceito dominante ou relativa~ mente generalizado, porém, apresenta via de regra um “nécleo” estereotipado, em torno do qual podem se situar “variantes” semi-estereotipadas ou simplesmente nfo-estereotipadas. O fa to de que io de um preconceito possa ser mais ou ‘menos individual, contudo, nada diz acerca da individualidade do homem que assumiu esse preconceito, Nao ha relagdo direta entre a estereotipia ¢ a intensidade dos preconceitos. A intensidade dos preconceitos pode set des- ccoberta em seu grau de transposicao pritica. Allport construi a seguinte gradaco no que se refere aos preconceitos negati- vos: rewentimento, racionalizacdo (autojustificaga tipada, comportamento estereotipado (desde a disctiminacao alé o exterminio, passado pela tortura fisica). A gradagao hhist6rica no varia quando se trata da explicago social ‘de um preconceito, ainda que nem todo preconceito atravesse to- das as fases indicadas. Mas a gradacio costuma se inverter nna_configurago dos preconceitos no. individuo. A primeira coisa observada pela ctianga sio os modos de comportamento reconceituoso estereotipados e as racionalizagées ou justifica- es dos mesmos feitas pelos adultos; s6 depois que comeca @ sentir ressentimento correspondente. Partimos do fato de que a vida cotidiana produz, em sua dimensio social, 05. preconceitos, bem sm logicamente, a existénc tema de preconceitos sociais estereotipados. : a particularidade do homem esté vinculada aos sistemas de pre~ conceitos pelo fato de, também na propria sociedade, predo- minarem — embora em outro plano © com variagdes — siste- mas de preconceitos sociais estereotipados ¢ estereétipos de comportamentos carregados de preconceitos. Que provoca tais sistemas de preconceitos? Séo provoca- dos pelas integragées sociais nas quais vivem os homens e, den- fro dessas integracdes, sobretudo pelas classes soci Mas, nesse ponto, devemos introduzir uma ressalva. Os de classe tipicos, ou seja, os julzos que expressam 0 Meresse fdtico de uma classe (ou camada) e que se referem 50 A praxis da classe (ou camada, ou nagdo) em questdo, os jui- 206, em outras palavras, sobre cuja base atua essa comunidade, ndo sto preconceitos. Quanto mais “em movimento” est uma classe, quanto maiores sfo suas possibilidades de uma praxi efetiva, tanto menos so preconceitos os seus juizos. A dade politica (no mais amplo sentido da expresso), a dade que dirige o movimento e mobiliza as grandes integragoes, pode ter éxito apenas quando se coloca na altura de um pen- ‘samento isento de preconceitos. Os politicos grandes e vito- riosos foram sempre aqueles cujas representacdes da propria classe ou nago e até mesmo dos inimigos mantiveram-se isen- ios, Precisamente por isso, e tio-somente por ver com clareza o que era possivel fazer, iagio determinada, com sua classe ov sua Jas e que passos deveriam empre- “© covarde”, por exemplo, é itavelmente derrotado. : A esfera politica (0 ato consciente de assumir a praxis integragiio), portanto, destaca-se — tal como a atividade ica — da cotidianidade. Nao é casual que, nesse ponto, fa tese de que o preconceito nao pertence necessariament embora uma parte dos pregon- fe em tais esferas. A fonte dos os € a mesma_conformidade cotidiana. O cientista ow ar- cceitos desenvolva-se preci reconceitos cientificos ¢ a1 ", em sua integracdo, O éxito de uma arte ‘cheias de preconceitos produz-se exclusiva ‘mente na esfera da cotidianidade. O cientista com preconc tos pode certamente fazer carreira, mas nao na esfera da A ciéncia ¢ a arte de efetivo ‘sucesso, ou seja, tudo aqui 3 duradouro e promover a causa da humanidade, esté isento de preconceitos, pelo menos sob aquele aspecto no qual € uma vitoria artistica ou cientfica. Tampouco o grande po- -0 pode se manter preso a preconceitos. (© juizo de classe (de camada, ou nacional) te qiientemente livre de ressentimentos com relagio aos “demais”. ot& (© wdioutad opuenb eSowos ‘soseo Sop wporeu EN “erBopoapt ed oawoo ossoosd er wn anb ores Onur gy ‘Ossuawy Ov OLSE B UTEAd] a SEoISEq saorSaNb Sep ws “ep OysiA TUN aiueuM}du0o wapadum enb opour ye op wo -uedxa 95 soja Sazan suyinur Sear ‘odjouzd ou 4933000 opod oss ‘opdewaiuy vu op sprosd v vied soaisusyour umsye op ‘ogsia & anb [aapusout 9 ogu anb wa oso sapgns wu aUssasdxo 2s epod wpqun (© edno0 95 B ‘Osea ssou “9 2}tt ‘sayuedionied sop opm aifixa eu svlode a5 wss0d BS ¥ anb ‘so2}5pq so}uod sas ‘wd oydemerexo soperfear urls oftumu 0 9 ES;] 9p SvAr0sO1 st ‘ovSemis ¥ onb yeisos opSeufoyul euin ap jusiaArun-oou9Is4 snread e ered oatsioap “Sala Jod ,seyiaqoo,, soma no Sieur ose soysouosord op Sejuast seifojoap! se oWsoM ay ]2ese9 SyueySeq ovS onb ‘sejop seuins[e zu 1d 9p seuTiO 9 sazogdso Sou Sowspod OEN pep o¥SeiBoIuL up opse09 ea -o1guau & sows-sou-3 ‘opmisiqos seat ‘epeures xp no ovSeu up ogSuiaur wudord ep nigo ops ‘oyueuod wun weyruog wo 25-vur0) oMuds> WD Ooi 9 opunyord 59 BpUIE snqeajaq{ wo onb oymbe ond opzer woo seunsye oped xiepy ‘osst Jog “soilsouosaid ap wuroysis umu aS-noy9AuoD ([esz9Aru “3} 8 ow ‘ebuequos y ‘xejnonzed-;e g ov ova ‘oauguad -ouvwny ov ‘sixead y epejnoulA vars? souooaud ap" uD, | a 315 wn v9 ogy eiFojoap! vjanbe ‘jeuo;ours 2 yenI22,>H01 OBS seayjexouaderyn eum op aseq w 2ugos 13s OFM Y OIUIMOP as 2 [esiealun-oov0)siy Prouyyiodwt 9p ossed ajanbe sep ipod opu uysonfing e and opep ‘sey “sougsinoad soz “yn ureze sozinl snes onb 94 2s-apod ‘opeztivex Spniimq opunu oresoxd ou turesvaoj00 98 0544195 Ofna B SIe!D0s 9 seat 029 sebi0j sv Owueurestied o wo9 TeutWop weipod ov *,oLzeL ep Oujsi, 0 sezyP—y ¥ ‘SouEMO! stosal| SORRUE SOP S20S¥IEOUD oluenbud' “sopemeyo uoieso ap oeso:auos v woo sepeauieg Sosooueyy SOUBUOIDN|OADL SO OpUERD “TeApIA Ou> Wisse “eZYuIpsoRNXS aquoWeON fer ow v5i0} euin 8x9 awuoMoronbos} ojede 20} ovu viFo(o9 =ueiseq O82 ayuouye wssoudx9 95 ai sod ‘ojr29u09a4d 2p srroud vp svsoposyio ‘ouyssozou 9 ou ‘opnyuod | aiuaureua|d souous no sieur seIope apod “soysouoveid 2p eu! 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O aumento dos preconceitos pode entdo se ace- Jerar espontaneamente, embora também possa resultar de uma manipulagig politica, Disso decorre que a coesdo de uma in- tegracdo nao es ceitos, O sistema de precon iprescin« quer coesio enquanto tal, mas apenas & coesio ameacada ‘A maioria dos preconceitos, embora nem todos, so pro- dutos das classes dominanies, mesmo quando essas pretendem, nna esfera do para-si, contar'com uma imagem do mundo re~ lativamente isenta de preconceitos e desenvolver as ages cor respondentes. O fundamento dessa situagio é evidente: as clas- ses dominantes desejam manter a coesio de uma estrutura so- cial que Ihes beneficia © mobilizar em seu favor inclusive 05 hhomens que representam interesses diversos (e até mesmo, em alguns casos, as classes e camadas antag6nicas). Com ajuda dos preconceitos, apelam a particularidade individual, que — em funcdo de seu conservadorismo de seu comodismo e de seu conformismo, ou também por causa de interesses imediatos — € de fécil mobilizacdo contra os interesses de sua prépria in- fegracdo ¢ contra a praxis orientada no sentido do humano- genérico. O camponés hiingaro que se langou com entusias- mo na Primeira Guerra Mundial, ou o operdrio alemio en- tregue de corpo ¢ alma a Hitler, foram tipos humanos mani- pulados através de sistemas de precor Nao & casual que fossem manipulados: seus interesses imediatos, sua particula- ridade individual, foram mobilizados contra seu ser humano- genérico, e de um modo tal que passaram a aceitar como in- ‘tegracdo superior as formas ideais de servigo a uma “consciéa- cia de nés” Deve-se observar ainda, neste contexto, que a classe bur- guesa produz preconceitos em muito maior medida que todas as classes sociais conhecidas até hoje. Isso nfo é apenas con- Seqliéncia de suas maiores possibilidades técnicas, mas. tam- ‘bém de seus esforcos ideol6gicos hegeménicos: a classes bur- guesa aspira a universalizar sua ideologia. Talvez parega pa- 54 radoxal que consideremos como méximo “produtor” de pte- conceitos precisamente a classe que foi a primeira a comba- télos (basta recordar, por exemplo, o que foi feito com os reconceitos referentes & insercio numa. determinada confis- sao ou num determinado estamento). Mas, embora nio ne- cessitasse sancionar com preconceitos 03 limi oeritieo- estamentais, tornou-se-lhe absolutamente necessério 0 precon- ceito no mundo da igualdade e da liberdade formais, precisa- mente porque agora passavam a existir essas nogoes formas. ‘A coesio da soviedade burguesa foi, desde o prim ‘mento, mais instével que as da ie ou dg feudalismo is, raciais, étnicos) s6 aparecem no plano histérico, ‘em seu st réprio, com a sociedade burguesa. © desprezo pelo “outro”, a antipatia pelo diferente, sio ‘Go antigos quanto a propria’ humanidade, Mas, até a socie- dade burguesa, a mobilizacdo de sociedades it nos estimavam-se reciprocamente, do mesmo modo como as grandes familias que combatiam entre si durante o feudalismo dlassico Dizemos tudo isso apenas com a finalidade de refutar 0 ponto de vista dominante na sociologia-contemporinea, segun- do 0 qual a fonte dos precon © grupo. enquanto coesdo grupal em si; ora, 0 proprio conceito de “grupo" nos parece uma categoria ultragencralizadora e, por consegui fe, de escasso rigor ci as simples concordancias form: nda so suficientes para justificar que se trate como as formagSes grupais face-10-face e as integragoes si so hoje, como dissemos, as produtoras dos preconceitos so- ccialmente influentes: © nao esto bascadas em relagdes face-to- face. Em troca, 0s. pequenos grupos transmitem ao individuo tHo-somente um sistema de preconceitos produzidos por cles mesmos e de natureza particularmente provinciana e efémera, Nem todo grupo produz preconceitos socialmente tipicos. Além disso, e como vimos, sua coesio e seus preconceitos no esto 55sg eso} YIs9 Ossi onb vf ‘ootsorsty 2 TenpAIpul Te190s oH20U0921d epes 26 9 oBu aeBysoAUI vssaze}1 sou anb O ‘opmjuo> ‘ordeuuojsuesy aquauewed eum & sopnow -ans o¥3s9 sodnigaiajso 2 sonisouovaxd “wrepiouios op no Jonb SOUDIOFIP OHNE SO1!201 8 opeuipsoqns se1s9 apod J9159' OUISAW WN 9 *(SaqLEISa}OId $0 ENUOD SonteoUOI01d 30 supiovaz tyseq) sosianIp ojueiseq sopednoaiise seuiasis ‘wo es-zuaseq ‘sodway sop Jaxs09ap ou ‘spod orsouoed ow -sour wn ‘sojeqexed sousmguay ‘wnije opour ap ‘ops ogu soped -no0ieyse seuists Sop 9 soyouozaid sop ouauy08$9 0 2 ol -juopaxd 0 ‘opSvaydxo -y IM] vlougpoooad 9p ‘oued ap weld wa ‘oes Sorerouoo-Teny ‘sHe1D0s Soy2ou0991d SO) {slogan sossejoIg © 9 Loxfau OuRUMANI,, © anu9 O85 -upsip tun sozey 9[9 tUOKep nb Jog «085, wn 9 ooneIq ouBau © owseut 91¢ ‘sox39u 30 Eru02 sojlaouooa1d so sop =pe Z9A vuIQ “onplarpur Op sean9 sepepyenb svjad 1onbes seu ssoidumy wxlep 28 oyu orsodsipard wowoy O “onpispur op ugiosuoo BL 2 vIpUISIXO wH sIuOUTEAND? yNadtasep OFS ‘sso onb opsuny & [enb edepur conoduey mau * -seut aiuoureind no vuppunses “wy 0089 no yenseo 9 odnid nas wo 28 wBnseaut ogu owsodstpand onpy sop opSex8eiul ep opepipungosd ep var092 2 “JoueIsod viouguedya ens we 9s-opuvoseq odnud wn aigos nojntuios onb olsgstaosd oz! 0 stfisi00 13025} op zedvo 9 vountt orsodsipoxd wawoy © anb -exBoqut t859 o4uoo ‘odnu8 2s wa onj 3 avsado oprznposd wiassoan 98 95 owoD ax ‘sey-eqaaiad 8 ways opuenb owsapy “odns op se woo waproutos ov nb onpyaipur op sopepoudosd sep eunio Jod vssed aymompemnqey ‘ossl 1020) OV ‘odnad op vidnoaisyso eumnu wspenbua 0 2 1s op 31 -uvyp wo} anb o imjor orreouosaid ov oysodsipasd wawot, O “aI © sieiouasso sefouresapisuos 2 odnst @p_sepepoudosd sv onprarpur win wa old » soueosng op suenb ‘susujeuy A 98 OSU O SeABMNION SPUE “TOMI -Pue ovduny vwn wei vidnoaro}so F opuenb waquTE) 2 ‘eaLorsTy ‘opSem!s vjarouoo ep wnindas as sepednooiajse sopepire|noned nO Sopepyienb sz opuenb o13000 omsou Q “epednoaia;ss 95 ‘9p epeoreyouD JeIwaU ONSEN EMM WOD “sp 9S sour ‘exg)st ep ssas099p ott sopesopisuoo “249 ‘optilox ‘onod ord vpeqiaduasep cquouees opbuny y epuodsesi09 of oT -sonb a eidnoaiayse v opuenb soi2ouodaxd ap BpeuEdmoae 3} -uozeid ap ‘siod ‘os-vyen ‘epeauep ovdeforur wun nd Te ~epung ovSeifoqun eum vfos wmed wo odes 0 anb ap ‘ogSesapisuos wo seWO) Was 9 SOMpunoas no steloUDssD Sols 2s opeprouafowoy ws onb ap o705 op syuauE augSowoy odnsd un opol e warayax 38 onb 69] 9p osouocasd,, 2p soueurun{) “oifsoucoaad op amos & ‘fey onsenbua ‘elas odnuB o onb vuiloe soureiay “osony}20u09 -axd oqwatmnuas op ogSeqqeuorsex e ezneipaur anb oj o 9 [ex -our vysdsns © ‘sosv9 S9ssoyy “279 ‘SIeUOIDEII 19 ‘Soonse soisouosad soe as-aeyunt vumyso9 ,apyplfes0Nl, op oBSestI9® v ‘ojduoxa sod “‘wissy “sojea op sozint sosjey oduay omsout oe os ‘soma oso ‘anb yf “pw1ow opdisod ap vpowor vain sod umezysjere9 98 soypau0.exd $0 sopo 9p oyalgo 9 ye1ou & -uosaid Sop vor298 OB: i ‘apeplueypnoo uP onquig 0 Weuopueqe steurel — sesayso seppabep soqinl sop auoweuasoyp — svur ‘Soysou09 -oxd op sequast 20159 wapod odd ap s sareSny sO “sfesour soe wpquIE? -g1d sonsouosard 50 axgos 2 0 ($0 e103 soummE vuNIDE ~mos 9 vIaJs9 ens ‘oppaluos nas elas enb 30 ‘sosofyor ‘steuorout ‘odnud 9p soyt2ouoa1d je svsayse sessop soud 2 sooymus! ‘soonsne (duaxa tod) sooidor-sorsouosaid :owsouosa1d ap sodn sounur opnaiuos op spavsie ainBunstp sowapog veined wi opSerfoqu, ep eLONSIY Up asqpUE eum ayuRIpou repuodsor Tenb & ‘eouoysty Osanb eum auowsajdans 9 — god 2 — sowouosasd znpoud odnuf qenb soqes op oven Vv ‘sowpouosaid ap seray, awourerajdwo> ogis9 anb soane 2juous -eatiajoo sodas yy ‘ausmouy ‘9 ‘1s amua vienp opzer wD eee rT r—r—“—~—rs—~”—”:=Csi © woo sed op oA ‘seatssed o¥s somes ‘oxiuido vssou 9p ‘apeprotiad ep ‘ovdasi09 vp oxamd ou omen’ fou ‘2 $95 wssou op sy ‘eSueruos essou ap sivapr so sowapusjap anb wos epepifeuoripuoomt wuisour & WO) “syoapr smas wa ,so}uDsa] -01,, 128 wapod speoid ¥ vavd vponuayio epopiionpssipud wo o> aPORI @ Bind opoHaO apoplanmued © wo id 0 atuoun wwauteysodwi0> op Henpe vpure 2-900 seW “soI~Ie9 9p ovisaNb wun 9 vioUEL ajo) e conodures ower Wisse ‘soypse> 2p oBssanb wun ops JaypsR9,, OF ,Sorl2ousI0d 9p opeFaxeD TOIPIe,, 0 = jonzouosaxd op vzainreu v 23qos osalf nas m9 — aden -wod ‘open pf ouvotsowe-2ui0n [e1905 oFojp0ISd 0 SuodiTW “osioup 9 amb 0 s2q0e 9 1o¥kp jou opout su 9p uo m9) 202}0H04 “oppiynu » 249 anb ou 4219 Y20f J 1205 ap seuaryed se woD "} OP S9AUI OF [IDI Op UO9s9 enprapur speprze|nonsed up ajos1u0> aIweIsUOD 0 0010189 xd opvjnunios 10) “294 watoutad vad ‘onb 2jonbe sos v Unu 09 EpIA sou wo sowezty anb eyjoos exo senbyenb ula ojwenb oasis o7e) 14 ‘oduteo assay sontoouonaxd wo as-utoqsoauo9 sesomaouosaid ‘gu Sepp! 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Portanto, se quisermos nos libertar de nossos precont mediante 0 ato de colocar em questio todos 08 03608 jj perderemos, junt ‘5 preconceitos, também as n0s- Sas convicgdes. A “receita” liberal, portanto, oferece um re- ‘médio que, ao mesmo tempo que a enfermidade, acaba também com o enfermo, Nesse ponto, gostarfamos novamente de recorrer a Goethe {que analisou profundamente essa conexio de problemas: Quando ougo falar de idéias sempre em ver como os homens se ‘mente com a elogiiéncia vazia; um: permitir ser liberal. Deve ser enér espanto-me am. prazerosa- nao pode se wz, fechada em si mesma, para poder cumprir o mandato divino de ser produtiva; ‘menos pois sua mi Onde a © essas sf0 0 ida pode ser liberal um conceito, diferente, lidade deve ser buscada é nas. atitudes; lo de espirito vivo. E ainda: Poucas vezes sdo liberais as atitudes e os sentimen- tos, pois brotam diretamente da pessoa, de suas relagdes € necessidades imediatas. ois a atitude liberal é tio-somente o “es- tado de espirito” que se eleva por cima das necessidades ¢ das pretensdes dessa. particularidade Se confiam niossas conviccées, 62 4, se confiamos nelas sobre a base de uum permanente controle da situagio, das autoridades ¢ tam- bém (e nao em tiltimo lugar) de nossas préprias motivagoes, se estamos dispostos a negar confianga a nossas idéias na me- dida em que o conhecimento e a experiéncia as contradigam ae modo regular, se nao perdermos a capacidade de julgar cor- retamente 0 singular, entao seremos capazes de nos libertar de rnossos preconceitos e de reconguistar sempre a nossa relativa liberdade de escolha, S6 poderemos nos libertar dos precon- se assumirmos risco do erro e se abandonarmos — 63$9 vBgue syod ep voody vu yf “wowoy op epeprunmos wa wud gid vjo mmynsuos y-as-r0pod SowoUE oyue) “eIaxoU09 ~9pEpa!s0s ‘vUIN 9 epesnynns > uperouaZaNIp sfeur OWRD “soqus se 9. eougp> wu] e ueI0; odn assap sogSexToqur Seam sy -pyrunwos sowsvo win vusoM Uo duis sear v opuend apeprinwos ¥ wo ony joUaTeIp soulaxsp “enajqosd jpue tum souzepuacidiis ap some ‘sep “opnaiuoa op xawx -29 win ‘vroupisu! wstoud wo ‘eiuososde oxdmas ve ‘opuesop suo soulzaans? enb opeprantioa ep @ onpsapar op sopepit -eynood sep axdwes apuodap risodsar v siog “vooajun wsodsax ‘wun 3 epod ore eiundsad wsso ‘apepyesouss ap Jans assou peso] jetasede seuade ovdysodenuco eum ap os-v7eN) no ‘epepruniaoo 9 onpyrpar eno yar opSsodesu09 aISIKTy op =peueiap {awuazede no Jean ovSisodunuos ew, — apeprunwod 2 onprarpuy¢ maquela dos estamentos da Alta Idade Média, cracia urbana do Renascimento e ainda mais na si signada por Marx como “democracia de nio-liberdadé do de comunidade pode caber apenas a uma das camadas ou Classes essenciais da sociedade global, isto 6, a uma integracao dentro da diferenciacdo, A partit do desenvolvimento dos gran- des estados nacionais burgueses, mesmo isso deixou de ser pos- sivel, Por outro lado, as teorias sociais contempordneas esto a sociedade inteira ainda funciona como uma ja nao ocorre no utopismo que se inicia com ly até Fourier, o interesse dos utépicos concentra-se em torno da questo de’ como cons- truir uma sociedade a partir de comunidades, de como possi- bilitar que a relacdo do individuo com a sociedade seja media- izada por comunidades orginicas. No Contrat Social, Rous- seau analisa detalhadamente a razo pela qual a ordem estatal moderna no pode ser uma comunidade; ¢, em La le Heloise, propoe-se a apresentar um modelo'da nova a comunidade”. E evidente que, tendo em vista a pro- aressiva industrializagao nessa &} ‘sociedades industriais”, 8 tinica colocagao razodvel é a ‘Quando pensamos no futuro da humanidade, € quase impossivel imaginar que a.in- tegracdo total possa chegar a converte! i i plausivel aparece a imagem de uma es car com a relagdo © 0 grupo, jé que essa relaclo pode perfeitamente basear-se numa casualidade. Que nos matriculem na sego @ ou b de um mesmo curso, por exem- € uma questo casual do ponta de vista da minha it idade; também dependem do acaso o bairro em que a profissio para a qual sou formado, a fabrica em que en contro trabalho, etc. Na medida em qui i de ser casuais, na medida em que mit tr6i” © grupo a que pertenco, “meus” grupos convertem-se paulatinamente em comunidades. Nem todo grupo, portanto, pode ser considerado como uma comunidade, embora qual- quer grupo possa chegar a ser comutidade. Para acrescentar jum outro aspecto: o individuo pode pertencer a mumerosos 46 grupos, na medida em que 0 fato de pertencer a grupos defi ne-se através de uma certa analogia de interesses e de obj ‘vos, bem como mediante uma certa ha finalidades, interesses ¢ atividad: outros que no 0 sio na mesma medida. Isso hhierarquizagio de “nossos” grupos, distinguindo pi te entre os grupos que representam nossos ses, objetivos e atividades, os quais so ass por eles, atividades ¢ objetivos secundéri . comunidades uma hierarquia desse jomem pertence a uma comunidade; e, nos casos ‘ndo clissicos”, pertence apenas a poucas. Quando se per- tence a mais de uma comunidade, di at munidade dos grupos secundétios ‘© ae especifica de valores; no que se choca com as normas do suas aces diante dos alunos da classe b; mas nem sequer nesse caso grupo se torna comunidade, salvo se dispuser de um sistema de normas relativamente concreto e vélido para todos ‘0s seus. membros. ‘Acentuamos ‘mais acima 0 caréter casual — casual em relagio ao fato de pertencer a uma comunidade — de nossa pparticipacio em um grupo. Mas esse ponto deve ainda ser esclarecido. Pois se nos poderia objetar que determinada comunidade — na comunidade da plo — é ainda menos objeto de escolha que 0 fencer a essa ou aquela seco do curso. Mas é que o fato de pertencer a uma comunidade apresenta-se segundo dois mo- dos distintos, 0 que empresta & casualidade um aspecto novo. Por um lado, pode-se pertencet a uma determinada ccmuni- dade om conseqiiéncia de uma necessidade exterior; pot outro, isso pode ocorrer em consequléncia de uma necessidade interna, ou seja, em conseqiiéncia de uma escolha indivi da polis ou dos estamentos, trata-se do primeiro ti Essa 6769 fye1 owenbus ogppini 2p o19u02 © woo ‘oeSendiueur 19 “gy ap ‘oquawajuonbasuoo “9 vpemynnss ovu Oxpainm v ‘oEpR -tnu 9p odn um wisse wreoyNuapE “apeprunwos Py OBE epuo ‘aymourwsjoasd opprinin aysixo anb opuodns “opepruntios y OEP -ymnm & waodenvos ‘eisyduns opou ap ‘sasoine sonsTy “Tenseo opom umyuas op ‘epemynnss ‘epecued “20 9pepnus vuin OWoy ose9 ass9u YE-gpLAUe os-apod ‘oyu -20d ‘9 ‘sunmoo soano{qo 9 sassxaqu1 woo ‘epemIunarep opEp -qunqio9 vam ap ‘senx seu ‘ayueiuosesdax 20s opod ogprinur & “ore 9p osomng op opSeysoyrueur eumnu “ojdmax2 sod “wissy plunwo>,, eu ows viasede oepninur e enb oxes 9 OF U9 Os8 OP woURSTXD B ONUNPE ,apod,, 9559 onb “woz “epemonse-oeu 2 sed pod vsseut v uinuz09 > opeinonse axdmos yisa stod ‘,essem,, eum ss opod cel apeprunmos no odn® wp “O109 2p oxSuny umnMH0D ¥ no suman 2prpiage v wuySsaoaK vonSLNInI 9 OPM ‘sodnul sm ‘und ‘ouuammoidier ‘sesopeiminnss steioos sodtud so tied oys © anb wo epipou vmsom tu seuysso.0N svanstq9eIv0 a “umuoD OpSuny B ‘suNUIOD apepreMNy B 9 assoxorUL O ware waed ‘esseur & wing * (oRSeIsoyruEM vuINE ‘o(dUIDXs renseo-oyu Jos wopod wpqurey sear ‘(onv=) um 9p op ‘op aoe] wo sag5eoz sep opuenb ‘ojduaxa sod) stensvo 28 Wepod — oroueymeduose ap peded o 9 umuos oBse % — sesioo se seqmy *,sejsi109 9p jeded,, ‘ouenb wonugpr ummos opse tum 9p syxene 28 apod anb ‘ajueums9jop opse eum suamoy “puied-oo 9 esseur y “vaugSos9104 9 USSEUH 2 OF opSujar & ‘ougnuos oF ‘apepomos wp opSemnnss 2p voWpd -owoy vi9jsa eu ap seuORaTED ayMauEANaya ovs “319 ‘apep -junu09 ‘ommgureiso ‘odnsl ‘asse[p ‘sopaparsog ‘stewop se onb ‘epianp wos ‘orvourssnfr ‘pure ‘wonyuraygoad essou wo ‘opueqenuos 2p aod 2% wanboxy onb opisenb “essen 2 Onpiaipur o 2nua oRSelar e auqos Ode epuE SourEsIC “opniuas assau a1 -uowirusiosuos as-apioop asseyp wp oxquiom 0 opttenb 213000 95 oss! fapepiunuioa wun e s2ouayad ep Oy OF ZeMMO|SUE Os apod osetia @ reouayred ap ore} 0 oonodume, “soyuaunAoU op woygue uisZieu vuin waosai0} 2nb soumysos 2 SEMUIO 2sseI> 89 up SeIOBA BP VUIAISIS OU WAUIWOP LIOgUI? 2 sIeIOUESs9 so}sed “Se 80 Sopo} wo soonuapr Wefas ossey> EMM op SoIqUISUT sop Dijyoas9 Ds a asvq D yssod B onpyarpuy ov juszod WOU WN wOPe “wsecuRIy CESN|OATY eu ‘nb EVEN O ‘onpiaipuy 498 pf 2p o3v{ Ov sodoui apopyunwos mum 424109 -s9 ap 2d0o 428 sow ‘eppprunuod vssou stuptpow onprarput 40u ~to} 25 opu covsemis wque v Jayeaut oyuued sou anb ojuou “nour 0 ‘9 ors! ‘oRSexBoIM! wssoU op myjoase vu ISAC Os ‘anb Owouliaou: o oSedso zoquvt opod anb 9 — os9s9p vunoR s essou seusde gy ns wos walot, op ,,[ensee,, no jeuop!>e OBSE|ax wR : oad’ 9s apod apeporsos [e) U9 2yuauios-o81 9 ‘seupuILd sibio0s sposeifoqur oquenbua semyeu_ sop ‘sanding ‘apeparsos iu 9 amb wo IoUpss9 ‘pur 1999[2qeIs9 96. 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Essa equipa- agio ¢ falsa, mesmo quando se coloca a servigo de simpati- ‘eas idéias de oposigio A manipulacéo, E ¢ falsa até mesmo quando a multidio realiza um dos seus mais conhecidos tracos ccaracteristicos: as agoes “de massa” (ou seja, que empreendem conjunt algum acontecimento, acentuam nos a multidio precisamente os tragos, 0s idénsicos Aqueles dos demais, proporcionando-thes com isso, , ou como Teaco a ‘duos que constituem forca avassaladcra da ago das massas persiste apenas — s¢ € que a massa € formada por verdadeiros individu into cla nao se choca com obstéculos na prOpri lade. Pode-se, no maximo, supor — mas essa i¢fo certamente importants — que, em conseqtiéncia da co- existéncia_massiva, aumentam as possibilidades de manipula- 620 quando a multid’o é formada pi juos. pouco de senvolvidos ou quando pertence a uma comunidade nao-estru- turada (essa segunda hipétese nao coincide necessariame com a primeira) Nesse sentido, costuma-se falar de “sociedade de massas”. ‘A palavra “massa”, com efeito, tem nesse contexto um sentido bastante lato. Nao se trata de_co-presenca efeti mum papel fisico de coro. © que se deseja si essa expresso é sobretudo, que uma sociedade dada favorece exclusivamente —.ou em primeiro lugar — a estruturacao in- terna na qual nao se podem desenvolver nem nem a comunidades a soci expressar-se desde ‘0 primeiro.momento como se t-dos for- massem uma multiddo manipulada e como se por todos os lados dominasse uma atitude de dispersio. “Sociedade de mas- sas”, portanto, € uma expresso metaférica para descrever uma sociedade conformista manipulada. ‘A comunidade uma unidade estruturada, organizada, de grupos, dispondo de uma hierarquia homogénea de valores © 70 ‘a qual o individuo pertence necessariamente; essa necessidade pode decorrer do fato de se “estar langado” nela a0 nascer, caso em que a comunidade promove posteriormente a forma- ‘elo da individualidade, ou de uma escolha relativamente au- tnoma do individuo jé desenvolvido. ‘Voltemos nossa questio inicial: a contraposigao entre individuo ¢ comunidade € real ou aparente? Enquanto as comunidades foram comunidades naturais ‘enquanto a existéncia social do individuo foi uma existéncia “necesséria” baseada no “estar lancado” na comunidade ao nascer, essa pergunta teria carecido do sentido. Todo indivi- duo se desenvolvia até tornar-se individualidade precisamente no seio da idade. Quem perdia sua comunidade perdia também a condigio de existéncia da sua atividade; 0 castigo mais Guro era o exfio. ‘Decerto, jé nessa época, podiam se produzit contraposi- ‘g0es concretas entre o individuo e sua comiunidade — ¢ clas cfetivamente se produziram. Como se sabe, a expulsiio do seio da comunidade (que se recorde 0 ostracismo) era a represé- lia por uma contraposigio desse tipo, ou entéo uma medida preventiva contra cla. A contraposicdo podia originar-se de Guas causas, freqiientemente entrelacadas: em certos casos, © —~ gracas A sua importincia ow popularidade — to da sm questo; em outros, 0 in- dividuo colocava seus objetivos © éxitos particulares, seu en- jecimento pessoal, acima dos interesses ¢ das metas da fe, tentando utilizar essa como instrumento para @ K daquelas suas metas particulares. Como € natural, © critério conereto segundo 0 qual se determinava quando 0 indiviuo comecava a prejudicar a sociedade variava de acor- do com os diferentes € politicos. O banimento podia também ser injusto; com efeito, era esse 0 seu isco, © as comunidades, finham consci de sua existéncia. Todavia, a possibilidade do erro ou da injus- tiga nunca levou a que se pusesse em diivida a justiga do ato preventivo de proteco da comunidade. ‘Em sociedades-comunidades (pensamos sempre em co- munidades naturais), a expulsio implica num jufzo de valor. 7a ‘reyo elas em onb ‘sou0y stem lus 2 ‘sfeqg9p seu urei05 ou SoLmUNWOD sosey so woo ‘srenb sou ‘erp9py apupy ep SoonzIaq| SoaUASTH $0 Wo> ou1000 waoyyue opSeny!s vuIr) “omaidy ap wipsel ofad opessed ‘snsof op somndiosrp 50 yyusu euodnssoid ovu dg vp onpyipur o vied ‘wan 9 opeprunuos rao vum v exdse anb on sear ‘opeprunmos 2 onpia ‘ordisodenuoo soqdums wmn 9p ‘owueyod ‘wren 96 OBN “[oAyIse 9 BxY soxopeA Op ixo enb epeprimuios eaow wun “}uoureA! souojes sofna opSnjossip wa sapeplunw: soudur ‘opyjndiueus steur onprapur © ©: v afoy Souuia] ag “ojdunox9 in woo ood ep jeuewouo|Me JoqJoo5> apod OnpysIpU O25 ‘2iUSt ~Biex9 yeu ‘no ‘epeutuusIep epeprunusoa wa Woo o1sUOD we se3969 apod wouoy 0 95 seuade 9 ovssnasip wa visa anb © ‘woqdenuoo 25 apeprunsioo © onpyaipur os Joqes op ewaIg oid © wo0j09 9s opt pure ‘osep USSIN “sepITIODsS sepepruntA 09 se ‘soquaisre-gud,, OLU sapuplummos SP Jo! 9A TPES aja ered aesade “wera — oyom y ureavuepnos “ajenpiaipur ep ose Ou wresapzouos no onpra “josuasep 0 vied umereyassade sopeprunmos “Aow ap wofseu v noua W9quE, anb ap upodiay wey ‘owowom aisoN, “sepeuea o¥nuy tae sopepruniion sep seyarauoo seutioy se anb of =oin} wiode sty “wsonq 2pepers0s © woo 0 Toauosep 08 sej-gdenue> 2p oanoiqo © wod ‘ste: Snwoo sep opeayyjdusis opow 2p opeyey sous “inbe ay “oupyumuos ‘aruouaunssacou Opt JoID0S 425 wa 96-na}19AUOD wioWi0Y O TEND U APEpIUMWOD Y sDequoDa1 oNpyAy ‘opepiun wo ania enb omy op voidn asses up ovs ‘onno 10d ‘vssous v enbuuay] Jopeiadu op ‘opay wn 10d ‘ouvjouo.) *(SopeIaIsIy 2p Osea) 95: id sens 1oSuV: 3099 8 0 yenb tu ‘apeprmumos tum E Jooua, “aad op ory 0 9 asseyo wun v J2oURyad op OV] O uresEIedas 38 jen eu opeporsos ep eiougnbasuoo owoD nflins ‘UMS wy ‘assupp Uns Woo UIOwoY| OP Tense CBDEIaT EP esNeD 10d ‘wsons Smeg Gene Ore -anq. apeparoos & woo ‘,vand apeparcos,, Woo nidins onp on raise teens oa “input 9 apeprummos antio ovsisodenuos ep ewoiqod QMorus; mas, na época dele, todos afirmavam que os habitan- tes da itha de Utopia eram absolutamente livres. E os habi- tantes de Utopia, por sua vez, teriam considerado como amor- dacamento do individuo 0 fato de que a comunidade pres- ‘revesse a seus membros a incluso numa determinada re- ligiéo, 0 que numa comunidade do século XI, provavelmente, inguém teria considerado como diminuicdo da. prépria liber: dade. E evidente que, ao estudarmos o desenvolvimento his t6rico da individuatidade, nao devemos jamais partir do termo médio dos individuos*de uma época. Temos de analisar. a possibilidade a produzida pela época em questo para (0 desenvolvimento da individualidade. Essa possibilidade mé- xima pode ser descoberta nos chamados individuos represen- tativos, que sio sempre excepcionais no sentido de que reali- zam até o fim a possibilidade dada. Essa distingfo é tanto mais importante quanto maior for, numa sociedade determi- nada, a alienaedo, quanto mais radicalmente a esséncia hu mana estiver separada da existéncia dos homens médios, Pot le burgues tos de vista contradi iedade nao pode deixar de dessa individualidade (€ a outros opinam que a equiparagéo formal ealizada pela burguesia, o conformismo que isso acarretou e, sobretud 1m abolido © desenvolvimen- to da indivi individual, possibilidade -de “grandes homer Gucs verdadeiramente livres (€ a concepeio do romantismo). Para quem considere os fatos com atencfo, resultaré evidente que as duas anélises contém elementos de verdade, ainda que em sentidos diferentes. & verdade que a sociedade burguesa desenvolveu a individualidade numa medida sem precedentes; isso pode ser comprovado do modo mais evidente se ree darmos 0 momento histérico em que tal desenvolvimento ciou © seu processo, ou seja, o Renascimento, Posteriorm 74 a individualidade se enriquecew com te novas, como a subjetividade, tadas pelo grande. desenvolviment sensiveis sismégrafos. Tio-somente a scciedade burguesa po- detia proporcionar a0 individuo a possibilidade de clevar-se a ‘qualquer altura: a personalidade de Napoledo exemplifica sen- sivelmente essa circunstincia, Mas, subseqiientemente, revela- duos ‘se viram cclocados num ni duos de pocas anteriores. Du segunda tendéncia reforgou-se constantemente ©, em nossos dias, a maior parte dos individuos representatives & represen- tativa precisamente pelo fato de negar seu mundo ¢ de buscar ‘uma nova perspectiva para o desenvolvimento humano, ‘A configuracio do mundo burgués acarretcu uma altera~ ‘so bisiea da hierarqui 1 dos valores — e, de modo mais geral, da hierar tempo, transformou a relagdo do individuo com essa hierarquia, [Nas comunidades naturais, imperava uma ordem fixa de va- lores, exisiia uma hierarquia de valores representada pela co- ‘munidade i erm a sabedoria, a coragem, a temperanca ¢ a justica). E evidente que também naquelas co- munidades existia uma margem de movimento e de escolha ia do individuo era medida por singular of gundo sua (0, bem como de aplicar se~ lores dados a cada concreta situaco de escolha iso da sociedade burguesa acarretou também a dissoluedo das hierarquias axiol6gicas, fixas, ive das comunidades naturais. A partir de ent individuo no mais consiste apenas em hierarquia de valores j& dada a cada aco concreta (embora também isso seja imprescindivel), mas igualmente em zscolher 15LL “ouppunuiod aug wm 428 9 01108 assopnd twowoy 0 jonb mu apopays0s vaou Dui ap viouaslxs {y as-nowos “,apeplunmo. vp SBSE Seu, ONPIAIPUE asseag|a anb> “apeprunuoa ‘we apeprant “soyjou op equ ep anb ou souou oped 14MIN 2p oBSNIOK ‘pp opait, wn 2p eIes) 98 OBN “SEP gross otto} 918 Sub Sapeprunuos seu 223) ye anb ps-tuoajoauasep “por so vred onysnys ‘up Oyuomajoanasop 0 -09 9p wifey e wiode snsqns orsdsasep 0 +,277218 sqour 2A UpeD Opuiwo) 2 sHMpUOI OF Woq wn 9 Ten wwo2 senbyenb 2p eo} onpiaipur © anb ap vduvyy Psa Ut -opesred oungs op sopeons sou vic ¥ pur © anb s200nbs2 sowerep oy ef sending owssyenprarpar 2 nu ap wudosd jenuss opisanb eum 9 eyandsod wpundos wsseq *JOTRA,, 9P O19 -noo 0 opxagar wssou wo arznpoxtut sowersp “eyuniied upund ‘os @ sapuodsex wed ‘gq ‘oersonb wo onpyalpur o woo ovSey ‘auduios anop epmpnye apepy Sab ome opm) 9p. syuewosaidas 0 9 Smbavony eps wops0 ep iedny, 01 SONA tOH0U. 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B ‘woo ‘unssy ‘sojdure souats no stem ‘solu $1390 9p 3012) -ut ow Eanesoyea winbrezary euidoid ens sTRuystOS 2 sal0TeA’ soDecerto, trés fendmenos histéricos que se diferenciam em seu caréter © em seu tipo influfram de tal modo em nossa época, que a busca da comunidade voltou a sofrer um re- trocesio. So fascismo; a m: poraineo teiramente distintos, Nao podemos analisar agora suas rencas, ma: de cité-los porque eles provocaram cismo ‘com relaco & comunidade e, conseqiientemente, reco- locaram com urgéncia a questéo: Que comunidade deve o ho- mem escother? Como dissemos, torna-se necessério, nest independente da avaliagio humans, 0 conju relagdes, produtos, acdes, idéias, eic, sociais que promovem © desenvolvimento da esséncia humana no estdgio histdrico 10- ‘mado em consideracao. ee Mas o que é “esséncia humana”? Essa ss pergunta pode ser ina ‘por uma idéia de. Marx, através da intrpretaga0 pelo jovem fildssfo hiingaro ‘Gyorgy Mark do, a esséncia humana consta de essa_interpi trabalho (obj ci dade. Essas qu que fornecem aos homens possibili racd0, que integram suas - Rgoram mais univereamente sua conseléaca e que aumctam sua liberdade social. Consideramos tudo aguilo que impede ‘ou obstaculiza esses. processos como negativo, ainda que a maior parte da sociedade empreste-lhe valor positivo, ‘Como esses valores se configuram em esferas heteroge- reas, podem certamente entrar em contradi¢io uns com ¢s outros. Ha situagdes sociais que desenvolvem um valor ¢ des- trom outro, ow que desenvolvem um valor em seu aspecto social tctal © impedem seu desenvolvimento nos individuos. Por isso, a0 escolher uma comunidade, deve-se ter presente 0 todo, 0 predominante no contraditério complexo de valores, 78 ‘bem como suas conseqiigneias possiveis para a explicitagdo da substancia axioldgica. A explicitacdo dessa substancia, em nos- ‘sa hipotese, identifica-se com a explicitagio da esséncia hu- idade — comparada com as demais comunidades (¢ pos fades comunitérias) — explicita a esséncia humana de ‘odo satisfat6rio, bem como © modo pelo qual o faz ¢ ‘© fato de que uma comuni rével & explicitagdo da essénci nhum modo, que também ext ‘mente — a8 capacidades dos ralelismo necessdrio entre o desenv’ e 0 desenvolvimento individual; na ricas, ao contrario, verifica-se uma dar 0 terror revoluciondrio das comunidades jacobinas, ne~ cessirio para o desenvolvimento de seus contedidos axiol6gicos, ‘mas ao mesmo tempo significando ruina moral para nao pou- os individuos que delas participavam, sobre a base de uma decisio auténoma © dotados do pathos adequaio & tarefa his- ‘t6rico-universal que tinham diante de si. Isso € exemplo do caso no qual a explicitagdo do individuo torna-se problema- tica por causa das contradigbes i nidade em questo. Mas o paralelism pecto, deve ser excluido: as comunidades organizadas tendo tm vista determinados fins hist6ricos solicitam sobretudo de- terminadas capacidades dos individuos. Pot isso, os individuos ‘capacidades inatas so congruentes com as qualidades mais rtantes para as metas de uma ide tém_maiores possibilidades de desenvolver sua is {es cujas capacidades e talentos inatos estio fora de déncia. Portanto, dois motives podem estar na base da escolha de comunidade: 0 valor axiolégico objetivo da comunidade, seus momentos fav‘ a esséncia humat intencao de explicitar nela e através dela a prépria individualidade. O 7918 -uaxe wn 9p :oyeur uisq oBfe op sum ‘rusanf opepianojoo vom ap syenseo 0 os 2p mbe wen os Impaq Du20d dod mypos speprmnion © os juaueauauodss sow auesedap “oinops Ossou wa ujquiey ojduroxs-eu0D um seasnq OY us8-ousuny § 2559 ‘OUpIUOD OF ‘onpIAy epluntwos sen “sexe[noned soysye sop ovsur P,, © SwauMjoAryAaM wrerese OLSesBo) ‘uns ‘eyeIpou OvSejax y ‘ovSesSoqu oo ‘oynaurepouey ep soo1syq Sas0[eA SOP um ayoqe op wresaAn vonysd josey OM © “Osst od opuoKsI9e4q “eYIODS op pep je xajuUm wopod zoNbos wou anb Soames ur sn9s owtoo Sep 0589 ot 021 ‘ ‘2e-xeul0) 3p apepisedes opw ‘ppossad apopuonopaod 9 onnedaU oo:F9joIKe ops “uso 2p spepruntios wun seanSzu09 apod 9s an 0 “unt op sareng) “sopepioedeo sens op opbeiodxo v wed openbape oSed s0 0 vjou opeuooue 40) eypaiee opwenb ‘apepruntiod [6 wo ‘uioq ayes 95 9589 Opuenb owsaUE WOH ‘ony ‘ajoaussap oonodure, 2nb 0% “2p sweure! oanedou youre apeprumios win :es109 Ua) 08 ox Opnazuo9 ow opou sym ap sony sar Onpyagpat 2380p oatigjorxe opyaquo> Oindoxd 0 ‘0 apepnerouasss up eyed zey (apeplummios yp wqjoose red senno ws ‘no) epepinwos y opSejer woo ainy apmne ¥ anb ope, “epepramuios ap squoumejnonred 2s-vny janbep ovSnjossip © sode Ww $(SeUY WOO S9qeII9g oP ORS mye SOpEpIURWOD sep Ost OU ¥f wwasOP 2p Mes O wOD OpI0ge fouewny aiuaureo2u—3 oF OFS ~eapjo ns 9 epepuyjmonaed ens onu> ,0,0oU 889 wowoy 0 “Teqo[8 jeoos opepiane ens uy “our seuuou sep ‘ojun{uoo nos ula apeparsos ep “9 Sep 2 SoUIMYSOD SOP wupguIE)“ajuotssoUD|sod "S apeprecurs ¥p s9atsye Jen] oxroutsd two ‘ousoU 18 ap e40} OpEp ut 00 onprarpur o red opezuasaadan 9 H9UAB-ouBUINY 0 ‘ot essett Ooupuaf-ouetny 396 nos Wod aquagosuco opSejas tum “ASuys-reqnonsed oyu9 ojwenbus ‘ezuoaUd as wowoY Opo,, “OoUIxT -sS-ouemmny sayysv0 wonssod sopepissooou 2 sojtoumuas sn9s 2 oueumy osou® op osquiem owWos wnye ‘dw; ousom oP ‘sem tapepyieas @ seysodsox yp 2 wHozrayu ‘oqoared “eanaodsiod vssep anued v ‘9 ‘ng nes 08 sopusyor setm sopemoy a}uaMITEID U2 SoqUNSUE snes opunas wnye aldwos oP ny eindus mms 0: oudgad op mpugssa vp wgaoud sex eu unuls 98 ou ‘opeinysod osou wn ~unfos Ov opSejar woo wyzeumid exduiosplo de comunidade humana socialista, de um exemplo das pos- sibilidades que o socialismo contém em principio, Nao vamos ‘nos deter nas peculiaridades dessa comunidade, pois Georg Lukécs j4 0 fez em sua anilise desse livro®. Basta-nos lem- gressar quem quisesse, assim como podia sair quem o desejas- se. Em segundo lugar, a orientacao teleolégica da coletivida- de. A existéncia coletiva jamais € um fim em si mesma, as- sim como no so fins em si mesmos a educacio ou o “ficar sozinho”. Trata-se apenas de resultados produzidos para a realizago de objetivos concretos fixados pela sociedade em embora a relacdo da comunidade com essa so- i sempre uma concordancia caregads de coufn). Ey Baakbensr tan ‘tutors stan 2 organizagio das normas éticas da comunidade, que julga fir- memente qualquer acdo que nasca da particularidade e destrua es globais da coletividade, no deixa, todavia marcas, variados modos de’ comportamento, Trata-se de uma organizacdo tio heterogénea, tio polifacética das possibilidades ativas da coletividade que cada wm dos mem- bros pode desenvolver suas capacidades naturais. Tem sentido, entdo, falar numa contradigio entre indivi- duo € comunidade? Nao € casual que tenhamos contraposto, m: comunidades diferentes. Afirmamos que, na ‘mem nao pode absolutamer Gividualidade, razio pela qual s6 the resta 0 recurso de defen- 1 Georg Lukies, Werke, vo russische Realismus in dor ‘We Berlim, pp. 417-471 82 , Probleme des Realismus I, Der lieraiur, Lachterband, Newwied und der sua individualidade contra a comunidade; wo segundo tipo, a0 contrério, ele encontra condigdes dtimas para a explicita- edo de sua individualidade. Assim, na verdade, jé respondemos A questo de saber o que um homem deve fazer quando exis- te, na sua sociedade, uma comunidade de conteido axiol6- ico positivo: nfo hd divida de que deve escolher essa co- de que se explicitem suas capzcidades ¢ de ravolver-se. Bem mais pto- que sua Dlemitica parece a réplica: que deve fazer o homem se sua sociedade ndo apresenta nenhuma comunidade de conteddo axiolégico positive? cio, etc. E, ainda que o individuo nfo pudesse produzir em nenhuma dessas esferas, continuaria a ter oportunidade de es- colher possibilidades Pode encontri-las nas objeti- das, e pode escolher os valores ai contidos, converté-los em pproprios, hipostasis-los no futuro, etc. O fato de que fiduo, com uma tal escolha, entre em conttaposicao ‘comunidades de seu tempo néo anula um dado efetivo: com © de que cle est escolhendo uma comunidade, ainda que apenas idealmente. O individuo decide-se por uma comuni- dade com aqueles que, em épocas passadas, produziram aque- les valores; decide-se em favor da integractio que venha a de- uma comunidade: quem escolhe um valor igo (e as duas coisas so insepardveis) escolhe também, no mais amplo sentido da palavra, uma co- muaidade. Decerto, -partimos do pressuposto de que existem épocas que no concedem nenhuma possibilidade de explicitacio de comunidades de valor axiolégico 0. Mas nio © afir- 83‘opeparsos wssep oywaut wssod anh [e190s osssoord Op OvSeI2[092 UNO OF (© fas earalgo ofno sapeprmmos aqumsse 9 ez amy s9ze5 ostoard 9 smposd 9 sonpiaipur 4od sopoznn’io $3} suo apopaysos un ‘otdiouud ap apo} aoaiajo vansnass9 vind apop2}s0s Dun 5 payjoadsiad 2p soup! opuond ‘2pepa v ‘oudound wo sousut ojed “28 0 soai sor seuode os ‘elas no ‘apepiiqissod jwanbusayul OX9 SIPUE Z9A UpED ORSE LUINE 2s-nalroAUOD (BSSOP OLS 8 woo 9 apyplenprarpur wp svjonbe Wig SBUIOS B 2 epeprunmos ¥ OES joo,, PUM ‘o}afqo oxoUT Wnu os 21meynsa4,, ep ‘onb oista ‘apepruni0s ¥8 ows wuo1uny opu opemdiuear odns O “vou opSediorued ep owsinbax > 2s-noyoauoo epeprantios ep vyjoos> v anb wa oywamom op ‘opniaiqos ‘opeprunmoo e euiSem 2pod "W 2p OPEpa_s,, U augOs SagSeUE So101I2) svAnWBIU. sagStpu0D sussd oqpusaid epyndiuew ,sesseur ap apepaioos,, y “Soaneuasasdas sonpya {pul wis 9ywouTeZESseOo as-urNHIaAUOD od 2ss9p opeprunNM0D Bum suo ep sezedeo suomoy So :seineyed senno wy“ ‘woniosuoo Soaneyuasazdas Sonpialpur so 9s onb “Tenjooqan Teiou wie 2p osuayu og) oFeidwe um ‘seUyEpIORNXD sopeproedeo Jonbax epeprrenpiatpur Uap spree Joajoauaso ‘epeprunuios tum rey ap 18 O anb wa seood9 wiastxq “sopor pid opw — viouguodun war may opSeyu| wsso 2 — seu foanisod oofoforxe oppajuos 2p apepranmos eum. 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Ao estudar a cate- estejam, dados de modo sm, e, pelo menos, possam Tongo que a existéncia da 4 nenhuma_fronteira dos do caréter de “pa- tigida entre os comportamentos dest pel” ¢ agueles que 0 possuem, Quais so esses fatores gerais? Mesmo a vida social mais elementar setia inimaginével sem imitagdo. A mimese humana distingue-se daquela animal 1 Fragmenio de um ensaio mais ample, 8768 sues ap apepis2oau v ‘apeplsou ap apepyssaoou ess “as-reu zoysuvs} ap ‘9s-1aoua1 op ‘2qusuayuouewiied s-1eoypow ap apepissoou e wouioy ou zmpoxd (xxBY) [ePUDSSD OR eILUNL 98 OF anb wpruyapul ovSnposd ewn ap opepmyayssod y "Buu, EISUgA -ya00o vp emasIs ou ‘oyompsenay op ansed e ‘s}U2MD}U—9 a10 sodur 25% wiowoo ommyny 0 ered OeSeaLO e “esons ang 9pupai90s ep oysuT9se e WOD “Ign OpoUL ap sep-RENsos ap sozedeo sieur so 2 opessed op seisuguadxa se ureisayuoo JoyppUr anb so we SOUTaA SO “S210 BABIHOT 25 pep B 2 ‘SORIDU sop seiino anu ‘eaejauvoe ovsems -oid vp XPIA ¥P epepreio1 ep OpseTLO vO MiPqUIE, SEM ‘SopErLMISSE sosn sop tanejor apepmqeise Bune seuade ovu vanoyiduit Oss] ‘opessed o wind ajuamerpuasso as-uearwsHo seysendea-grd sapepoizos sy “osmmy 0 esd epejuauo vjonbeu vuiuopard ‘pou @ ojenbue ‘opessed o vind epsqiatio [woos eumsD wo viougiiodum soreur eyued oRSipeN VY “sez0[eA op EUIaISIS OD -queur 2p souyjnonsed seuuoy ovs upou v 2 ovsipen y pdvd,, wa opSuny vns 9104 1S UN aTtuNsse 9p OTe] ofad 9 CEN “eunoT wu yefns OP BISIA ap ood op ‘oUpss900u soUaUE no sigur opow ep senno wezz009p stenb sep saostoap vy ‘oid -waxd od “wissy ‘wlosep 96 onb we omeWoU oF oluamTEEN “giv smadax 2s wopod Ogu ‘ossip sesodv ‘2 forwsonb wa wow “oy ojad upeou no wpemmye > nb ‘epeyumsse vf sozojea op ‘emmbsesary eum ap oj0s Op WeIOIG sEUo|GoIT SOssa SEP “Ted ow vypoase up sewa|gord so eyuomesueuT OME UMEalord 95 stenb sou sooiipisou sovwod sopeummaiop wueuma Epi wu ‘woisixa axdurag “euro enb sopmine se supor ‘gp onb sossed 0 Sopos ayuammesour seyexe 2p zedvour 9 2UDIostI09 ytoM ‘Wot © Sy _“sTuIOUE sazoyEA ap embrexary ep oBSeymIsse ep Tazp Sowapod ousam O “peded od op soosumy ap ayusweudosd wen 26 ou enb wo soses 88 +a19 ‘soquaUme ago ered Joze] ep sow onb o ‘zn & repusde gu no sourea 9s “wonSye v JEpNES OLU nO soUTEA 98 OExeHOI ‘eperowp ap sganine 9p oxSeqwar vjad sopisixe soje1ouo9 soiuod sou *o) broy v ‘owauresusd 0 resqus0u0d “elas no “(watioqorg Banynaiso ‘eum ep onpssax owo9 Ogu ‘opSisinbe sod OAnURSUL Seu) OA fy 2p RUIDISIS OP OvUSUE sassq “sopednoarsysa opour 0320 -epuny 0 wamnstioo seu: APUIPMANSUOD seUIA|SIS WOD assejUOD OBE os seUODUNy + qladed,, oB5any ep sorsodnssazd Sop un 9 *(spepaioos ¥ 2 Uplajoauasop stew oyuENb oxojduos ‘se O}UE} eMIDISTS) seUTPUIpHYENsuOD seoSeAr SeLIBA ap waUEINUE eimjansa Ou -09 ‘wuss OWS ‘eAnL[AY SpuprEO EWN ,apuaide,, so 219 fsopejos! sosn woo wjuasjua 9s stem! wowoY Q “sauaZepp SBHPEIPMansuoS semyns|s9 9S-WaoNsUOD apeplear Lp souALa wo oaseUr 0 9 up assod eusor owoa opous Bf pupup eu WOU ol] © {fe;D0s OyaUAFoAUEsap ISS SO SOpOY UTY “Sost ‘owo> Opnyarqos as-visojiueM OBSeUU y ‘ous -39} assou sonbos wou ‘omnjosqe opour wn 2p ezaimeu Ens 3p asereuayfe apod ov wowoy Q “Lane opdel seu vaCMINY oBSIUT B OUSEUE slog “aPEpIANE > aUnjUEE 2-onop “OpSeUUINE Ussou ‘Se “sigded ap ovd sso Boney OPU OysoWPISduIND uM ep apepyEIO EP VATE 'B wes siod ‘sieded ap ovSejumisse © asouyu PU auIUE as-elosug “oBse ap 2 wINpuOD 2p sopoUT sosTayUT WIZqUIEY sou ‘sopejost saoSuny 2 so) setiode ov sem 2p zeieo 9 wewoy o {o719y9 wos ‘seamunsd stem somo} sens we yf i BU essaformarmos constantemente tanto a soci mos, é uma das quanto nés mes- iores conquistas da histéria humana, Mas, ‘com a crescente alienacao, também essa conquista converte-se A orientagfo para o futuro termina por transformar-se em moda. Da mesma maneira como vao se es- tereotipando os sistemas funcionais da sociedade, do mesmo modo como os tipos de comportamento tendem a’ converter-se em “papéis”, assim também a orientagdo para o futuro trans~ forma-se na’necessidade de nao ficar atrasado com relagio & moda. Quem quer desempenhar adequadamente seu pa- pel no pode se permitir o menor atraso com relacdo & moda; tem de segui-la pas de submeter-se a seu ar- tanto no sistema consuetudingrio geral quanto no ves- ou nas esferas estéticas da vida (decoragéo da habita- lade artistica, etc.). A moda, portanto, € a ma- -nada da orientacdo para o futuro, encontrando- tenha desaparecido senvolvido. Pode, a camadas sociais em que o capital penetron apenas de modo relativo. Eo caso, por exemplo, dos pequenos camponeses, ainda que mesmo aqui o fenmeno esteja em regressio. Tampou- co se trata de afirmar que a orientacdo para o pasado no cesteja_absolutamente presente na cristalizagdo dos comporta- ‘mentos sob a forma de_ 4 © caréter piblico das agdes influi nas préprias agdes. O com- portamento global dos homens transforma-se quando cles es- to colocados diante do pit iante de seus olhos ¢ diante de seu julgamento; os homens, nesses casos, adotam uma “pos- ura” mum sentido redundante. Tsso se deve, em parte, a0 fato de que — colocado no meio piiblico — 0 homem sente mais intensamente o dever de representar a humanidade, de dar exemplo. Quem grita um viva & patria no patibulo, quem declara no leito de morte seu legado moral & familia eunida, 0 menino que se atreve a dizer a verdade ao profes- sor diante de seus companheiros, “superam-se a si mesmo”. 90 Por outro lado, é inegével que o homem vé muitas coisas de outro modo quando se encontra sob uma luz piblica, Quem cometeu um erro é capaz de vé-lo muito melhor diante do piiblico, ¢ ndo por oportunismo, mas porque a presenga da ‘comunidade funciona como um catalizador: nessa situagao, é possivel reconhecer os prOprios etros, os quais, em outras si- Iuagées, passariam desapercebidos. Mas isso ndo significa que os homens desempenhem um papel diante do piblico como con- seqiiéncia de sua esséncia social; na verdade, o que fazem & ser mais sinceros, Quem se abandona a0 medo da morte nic 6 “mais sincero” do que quem a espera serenamente; ¢ quem issimula seus erros nao is sincero” do que quem os vé, etc. De resto, 20 dar 0 exemplo, ao nos: autocontemplarmos ‘com os olhos do pablico, a presenca da comunidade nem sem- pre é materialmente necessaria. A pessoa intimamente vincu- jada com as normas da comunidade sente a presenga da so- ciedade mesmo quando esta ndo esté presente, mesmo quando fa pessoa em questo est sozinha, O revolucionério executado em segredo, sem ser visto por_ninguém, costuma comportar- se de modo nobre ¢ sublime. Em sua mente, esta presente a comunidade. E seria possivel, de um homem assim, afirmar- mos que esté apenas representando seu papel diante de si mesmo? De nenhum modo. O ato de assumir uma postura em piiblico no tem nada a ver, em si mesmo, com a desem- penko de um papel. Mas nao ha divida que é um pressuposto desse desempenho. Peis, dado que o comportamento huma- no se decompoe em varios clichés estereotipados ¢ dado que a personalidade auténoma do homem pode pet ich@s, nos casos em que iss0 se VE ipre existente entre pode converter-se fos, ete, que talvez nada tenbam em comum com’ ot que The pisorios,, Um exemplo de cliché obrigntério destinado 20 ie moda, 0 sortiso obrigat6rio, 0 fundamen dseperd apresenta-se como “otimis i constantemente por necessidade, , bem humorado, porque o am- 91£6 ‘ens © woo OpSera]UT we 9s-eMOYSUEN WaMOY Op ,opepLO1E) -u, 8 onb ‘elas no ‘jeiou 495 nas 0 Opor ap apnmie v 22198 snGasuod ‘sogSemns soqasap wo ‘onb 9 ‘soquouaylp sejoa 9p ovSnoexo Bu se}uaxa]IP sopepioedes anfoauasep onpiaip enb iwyuowaye oy WM x “OIeZ e [eNT! 9 VOUNU [e—x OFS -euuojsues) ¥ ‘oBSunj ap wSuepnt ap Sosed sassoN{ “noUIO} sue 2s oyuoueor yen wut ‘asp ru ‘eszEyeo BUM OpEssoAEIE ‘eyua; “soUDUE epIA Uns opeuluexsas Baud) ‘e}UaWOLZO}SOd 9 zpanb wns op opueab ‘anb [passod swooped 9 w9qure) tozisonb wo ogdenuis y openbape joded wn oprumnsse eyusy fose9 onnou 2 wnu anb 2p oysnjouoa v — ayuonboasur 91 9 9 Oyu ‘2]ues9|0r uN 25-9110A -voo ‘opeqnizap 395 ov ‘sjodap seur ‘[e!00s winbresoIy up awn ‘ow openyss cavisa opuenb stisyoria sopoygiu vaugordwo ‘ojd -wex® od ‘eossed wun, “sopepifenb sexyno tures vjoxey vow = onb we epipeur vu ouisoul 1s © Zepnu v eSowos Stur ‘joded 9p ae20n & 28 Ogu ‘ewiojqoxd Ozmo 2axjosox wa vyuod uo 98 wondje ‘vjore) Eun seuIMIa] OF “opuENd “woUDrsIxo E yepriaissod. wiau 9p OB51pHOD ypuig|qo1d Oxa|dusos asso ios 9 ‘seuiaigod toded,, P Cwame}odwos ou tougLOdUT MIqUIE, eyU ope; uDyUE @ apepLoNsa}x9 enue eduaIEIP vp OWedse ONO ‘jenssodu 2s-zeusoy e opolm uinquau ap way opu “openoyip vfas eioquio ‘suatoy, Sop oWWauZo4N09 © anb estou (eimjosqe 9 vouNU OBSEUAHE ¥ OUWOD OpoLT oUISSUL op) soucwny sojwame}odwoo sop opeptieior w Iej08s> apod steurel .joded,, oxSuny ® sey “ulowioy Op tonsa} apep -oudosd eum "2p ogSeuate ep duep soumss mbe wsquey, eoasgodwa 95 pep) jod ev anbrod wpqure seu <.SPEpHOLOyUL, ® eIGnOUD IseMIOp UW ,opEpLIO! anb ap ciey ojad seuade ovu opeynayip 9 Suowoy Sop dwuamiD9qu -09 0 ‘oe “Yrad9igodula 95 eoUasS? U1 sopsyuedwasap sigded ins win sod 8 on soymu Jog “soanenuen yenb sojuawaj9 408 ap o1ucuva S sagsujax se as-mepesdop ‘foded wgisqns Ens op apepouea e wD} 6 POURS suue vSuaxayp ep Jesede ‘anb ap omy O wae OssIp wpeu F yssod & 15 wu wes] s9I> Sopor anb wo epipotu ‘wu ‘aeo0ninbe oS apod oquousquoo onbjenb anb wo upip -aur va stuade seul ‘ie20xmbs 2s ajuamauapIA9 apod su=wioy sop oywounsaquos Q “orSimu wun ap y-2s-IeIEN ‘soza SEP ;1F9| oySerodo vuin Sost> sounssises wo seuade y303 aur vun an auaplae a “ovde vanbep no ‘opunied “osroimr wowoy op apmye e no ‘seanjny soo pur UN 9p oIuuEBOdMOD © auayUI ap apEp yssod & eNeAR w9qUIT: 2s-9pod ‘SuOWOY SOP CTUDUIDOqU ueipout — apod wawoy -orxa opSeisayreur, 2, ~ysodenuos wun w: iduny of Osst Sep SOMPIMpUE SOP e9U9Ss2 ep ‘epeprfeuosied EP sOpLIOSE S01 sqwammos-or1 ‘ardtuas ‘reideo no Jovayu09 wapod 5 -09 se Oquenb seossad se ovuE], “s205eax sens op apepl ‘eu ‘so0Sepex sens se Sepor we OnpiaIpur ono 0 JevaquOD ep zedeo elas no vSsquod a 2 muINYuaN wet!) wou yeeX Sens Ap apeprieior and ¥ woD oFpHos ¥P oBSefer TE 4} A880 EUID}Xe 2 DU v ‘obeyedexterioridade. Mas, na medida em que os modos de compor~ famento convertem-se em papéis estereotipados, as transfor- mages se mantém como meras aparéncias (sem esquecer que, ‘como. dissemos, essas transformagdes aparentes jamais sio ab- solutamente aparentes, jamais absolutamente nulas), Quando lades técnicas, de sua capacidade fe precisamente nesse caso a ali sua esséncia social-moral), ou seja, — € para voltarmos 20 problema aqui analisado, — significa que a mudanga de papel (0 implica absolutamente numa transformacao do homem. O jameno é expresso de modo bastante plistico no drama O de Rolf Hoch nifor apresenta numerosos fas- , “purocratas da morte”, que prestaram “serviga” nas as de gis de Auschwitz’ E esses mesmos homens, sem a menor alterago de sua ‘ cia, so hoje comerciantes,:es- pecialistas industriais, juizes. Hochhuth sublinha precisamen- te o fato de que essas pessoas mudaram muito pouco, de que viveram ¢ praticaram sem a menor catarse as monstruosidades do fascismo e sua posterior revelacdo piblica, etc., e que neles a mudanca de ocupacao uma simples mudanca de papel, no jem até a altura de sua n infantil permanece, ‘Ao se generalizarem, os comportamentos de tipo “papel” am a fungio do devet-er na vi veres”, com suas vinculagdes, sejam essas econémicas, poll- ticas, morais ou de outro tipo. Todos conhecemos, enquanto expresso de fatos da- vida, férmulas de exortagdo como: “te~ as oito, “devo ser sincero nesse ponto”, “hei de levar sempre uma vida honrada”, “tenho de ‘me casar com essa garota”, bem como “tenho de’ éscovar os lentes”, ete, Nao menos conhecido € 0 fato de que o dever-ser entrelaca-se freqiientemente com o fato da representagao, Te~ tho de comportar-me, por exemplo, como um cavalheiro, te- 94 iho de saber resistir se sou bom marinheiro, etc. Nesses casos de dever-ser, eles podem se referir a um fato singular, a um 6 assunto, bem como a inteiros complexos de comportamento. ‘Assim, por exemplo, a exortago “tenho de comportar-me co- mo um cavalheiro, ou como um marinheiro” nao se refere sua totalidade. apenas a um aspecto do comportamento, mas Com efeito, a autonomia do homem, sta possl colher, sua liberdade no sistema dos casos de dever-ser, revela~ se apenas quando tal sistema contém igualmente o dever-ser moral. Se 0 dever-ser referente ao complexo global do com- portamento se torna exclusive, ents chega-se a reprimir ou abolir_o dever-ser moral, dissipando-se também a autonomia, a verdadeira alternativa a liberdade do homem. Mas, em ‘situagdes sociais néo ou alienadas apenas par- cialmente, o dever-ser refetido a inteiros complexos de com- portamento no apenas nao reprime o dever-ser moral, mas até mesmo o pressupde. Assim, o pathos bésico da vida de a apsia-se no fato de que deve-ser uma boa iema, ou seja, de que esse dever-ser refere-se a0 complexo de compcr- tamento “ser irma”, Como, apesar das ameacas de Creonte, la decide se manter fiel & tradicdo moral, decide ao mesmo tempo acerea do modo de cumprir 0 dever-ser referent 20 “ser irma”. Em troca, quando os complexos de comporta- mento se nfo se pode sequer a questio do ". Sou camareiro, portanto com como camareiro, como deve comportar-se um camai mie, portanto faco aquilo que uma mie deve fazer, estereétipos descrevem detalhadamente 0 que uma mie ou um camareiro devem fazer; ¢, na medida em que os aspectos morais do dever-ser se atrofiam, nfio pode mais se apresentar fa questio de saber se efetivamente serei uma mie tio boa quanto prescreve o papel, ou se basta como contetido de uma vida 0 exato cumprimento dos deveres de camareiro. O de- ver-ser converte-se numa exigéncia puramente externa ¢ minha atitude seré uma simples adaptagio. Observamos, de passa gem, que a conexiio dos aspectos do dever-ser € muito mais complicada na realidade. Nao apenas os casos de dever-ser moral ¢ os casos de dever-ser referentes aos complexos de comportamento se encontram Jigados através de numerosas 9546 eSuaiagp e ‘apopioygnd & ‘ommny o emd opseuaH0 v ‘oB5ip -en & {,sopeuorIpuoD soxoljas,, ap vUaysIs O ‘ost O ‘ORSEIIE — sap sopoi ‘opmuo3 “ogSuny wss9 ossaoazede onb sorue Jadvd,, opSung va wedarede onb soong 9 Soaprosou pazt0D S09 SOPOT? SO ‘oyNoUNEJOdIIOD 2p seuNIO Se ‘anb seunye sowopod ‘Ssodesaprsuco Svssou TUUTENO Bred “or-gze} wares onb wpnsye woo -109,, © saptiaxde Joayssod 9 BU Soar ‘oyssyord eum op 503838 So 9 sogbesado se un zanbyenb woo sopuasde jaasssod ‘owaueodwios Op epeziuvsam ‘9 vpemndiuem opSanp wun t aqususojduns wess] “wowoy op wyone e ‘onsuToasqodu ov ajuamos-ov1 wznpuoo faded wn op steopt so onb vous oss] ‘Teossad emEumy wougssa E OBSefaX TOD TeINApITe opoT tun op oxdwias 9 ‘oumstios o wid sopequat 2 sojuoxd vf soanat -qo snas aqaaar uiauoy © anb w: -u9s 9 [eapl 0 onb opep ‘sry “saforrarxa Souaur opt sejoqnu senno sod — onpyarpur op opeiuo vp 2 epepqenosiod =p onropuedapur aitourenifosqe opots ap 9 — ajtouiuEsu09 ¥p IsqHS “HoyOIKD FuoUMEATERUE wa|NU EMM TS SEM ‘TCOpr O a1 OUSSU gre [easssod Fu4O as qenb eu oRSeAsT eu ‘2p opnuss ou apepyeuossad vp CluaumAjoauosap 9p mes WN oo eptipisuoo J0sapod Ot [et Op eyoas w osto ON 2p soprumsuoo sour “oper 9 OBE WoWoY 0 9 “eHOpRD 9 siod ‘[eapr op uyjoosa wu zeyomdxa 28 epod opu 7 qenprarpur apepreuosiad wv “ORSEMMS BISON *I0UT nur ap Odn 9389 sefasap © wessed suattoy 30 sopoy ojmenbua ¥ omod sywomestoaid OuE ase as-reNI0} wesanb ww9 ‘seiome# se sepoy ‘stmnayjad sens wo v-edinaip ‘epusod may Epes 9p ,[eapl soyNU, & aTuauNTeNTE znpoxd ‘oyduoxO sod ‘poosKjjoH “wowgyne” epepreuosiod woo sjuomjeor as-ranjoauasep woniie jeayssod 9 oWeuREZodmOD ep soxaid moo sre) 9p ogSeusse ¥ aluE|paur 9s ‘steMTOpE ‘as-xjanar 2 ‘sqvopt Op eyjoaso eperreA vam Taayssod rem es v OfoU op awawEeyodui0) ap oxo[dai09 OpeUTUEID}SP wn ap OZU—p sey mar sapeprevosiod wa8ins apepe|oos wu 96 veAcr 2s enb 9 © atjoase as Jen ® woo apupraqit tu ‘ejaz9N09 BIHNOUC ne vu ‘apt op kyTOss9 waxouOD BN “wuEEMY epeprTeKosiad ep OWouAjoaussap Op OUpSsao0u OIuSMIOM WH 9 sf “Or -usmeodiios nos wa aI! 50 2 steapt UlRYTO2se suaWOy 60 ‘nb ap O70 ow waar 9s opt widnooieIso oneNbue oBSeUaTE 96 .leded,, ap owawenodwos auapuodsaxi09 0 — of-giruy : se e opuessed ‘oajou No osfareum 2p O1BNISGe O1!29U09 Op aUEIP ¥I|O9 as CRU ‘oAIoU ap joded © opuvyuadwosop z3[9} aju9s 28 onb o no ‘oslaseue> ap fod ed 0 suytunsse wfasap wend ‘odn ap oweureysdwos ‘ou yeep! op sowuswiow s0 onb wateuosiad op ‘woo raA219s9p Japod wos “IvoWJDadso was SeUL ‘svS9-> owes 328 aaronb wazip souluow sounut ‘o(dwaxe 30d Y “OpSeBiIqo ERs WD UIEWOY Op oF -[em1129u09 Opou uN ap ‘aidwos arou2sap 29S-12x9P O (0 stout no a1U>}3su0> > 0 vhuos seuewny, 00 0 sep “svamnbysd sogsequmiad owod *,: jaudsoquy © wie8ay9 sunije‘steafiauo> “stuotoung” sooduqamss suvi0 ap sow2y9p," S109 suasaudar so ‘OSs! Jog pded ov 308 95 0 oor ol] win an wo eprpaut vu sioap vssaudya 98 onb ‘[elout opSeuayfe BU apeyuon y Wou9s eres 9 Jaded op wsnaas y seoned Sojad onsosasd 9 am anb jaded 0 esnsax a wyseye ‘eqnnap anb wo eprpaut vu at suauresioard eu2rosuoo it 0 SEIN “our -ado 9p o1120u09 op o1 pur eles seu) -eqen @p O18 0 8104 jado ap jaded nas ap ssi ye stall > oppo © anh pearl as gu onb sajanbep voacio de capacidades diferentes cm diferentes situa , 0 deverser € 0 ideal — aparecem no papel de modo Em seguida, vamos estudar de dentro a categoria, « Primeito, em seu aspecto objetivo, do ponto de vista ss €, depois, c 0 de sua relagio com 0 papel do. homem, Individuo e papel social Ja indicamos que o comportamento ¢o individu com telagao ao seu papel ou a seus papé igo, pode- s,,quais se- fo fas regras 3) distancia- 120 dominantes n gras de ine6gnito oposicionista); 4) recusa do. papel. A plena identificacdo com 0 papel ou os papéis é preci- samente a forma direta de revelar-se a alienaclo, Nesse caso, chegase a perder a continuidade do cardter, chega-se & com- fa atrofia, & dissolucdo da personalidade. Tipico exemplo iterdrio € Peer Gynt, que — apds uma vida mais do que rica wenturas € aparentemente muito variada — volta a sua Pitria e vé-se obrigado a constatar que, como as tem cascas ¢ nenhum micleo. Essas cascas sio 0s ¥: Ps enquanto © nicleo humano inexistente € a persona ipada. Diferentemente dessa atitude, no incégni homem no se identifica cam seu papel. E capaz de penetrar no papel e em sua funcdo social. Por isso, tem uma persona- lidade que nio se dissipa, que nfo se aniquila. Mas, dado que a preservacdo de sua personalidade corre paralelamente & aceitagdio e aproveitamento da realidade (realidade que cle 98 FT accita tao mais prazerosamente quanto pior ela 6), essa per sondlidade torna-se demoniaca, amoral. Ninguém 0 conhece, mas ele conhece todos e tem todos em suas maos, de tal mo- do que — para aludir apenas a um exemplo — po- de se distrair, como o faz Tartufo, com os honestos cidaddos que perderam a capacidade de ver através dos papéis. Mas 6 extremamente importante ¢ nunca se sublinharé em demasia © fato de que todos esses jogadores demoniacos que vivem no incégnito nfo podem jamais evitar seu colapso final, por mui- tas que sejam as almas que tenham confundido ¢ dominado. E 0 que podemos depreender, em todo caso, da arte ¢ da his- téria. Cippola enganou muitos cavalheiros de Roma, mas no final chega Mario e dispara sua arma contra ele. E isso in- dica uma coisa mio menos importante: que todos os experi- mentalistas que podemos encontrar entre os criminosos da li- teratura ¢ da historia — ow seja da vida — compartilham 0s preconceitos da moderna filosofia burguesa. Com efeito, todos eles desprezam tanto os pobres homens que desempe- nham seus papéis que passim a considerar a fetichizagiio como algo absoluto © definitive, acreditando assim que € possivel manipular o homem tanto quanto se queira, Mas sempre acon. tece que, na realidade, os homens nao so manipuléveis in- definidamente © em qualquer direcao, 2s no qual deixam de ser objetos © se que existe um ponto além do qual ja nfo € mais possivel confundir 0s homens © 05 povos. Esse ponto pode surgir em lugares diferentes quando se trata de homens diferentes, ou seja, um homem poder ser arrastado a uma situacdo de desumanidade diante da qual outro jé tera gritado “bastal”. E também nos vatios povos esse ponto se situa em locais’ distintos; basta comparar, para -exemplificé- Jo, 0 fascismo alemao com o italiano. A localizagio do ponto varia também segundo as classes: 0 pequeno burgués (visto, certamente, no nivel médio da sua classe) € moralmente mais, débil_que 0 opera Mas, em todos os casos, 0 ponto sempre existe. 2. Personagens ¢ situagées da novela Mério ¢ 0 Mago, de Thomas Mann (Nota dos Tradutores) 99Tor “pow vu vaqus jaded op esnoai ap ody 969 syonb sou seo 50 ‘sosino so ied ‘9s aoqes" ap u osqe udnooaid 25 opu wsnoax Usso wunsu0> uraAb ‘SoseD s “SeN “epeaud equaureind ogsanb eum ops anb jaded ap svsno +31 wars9 amb ayuapise go ~se0u oft anb epure ‘apjoqar wn ap oiduias 95" -ed,, od ep Soywameysoduios sop wapro eur a5-s1981 zat v svi ‘jeded op spaene apepreuosiad ens Iwaasasd 4 uieu ‘faded op wouyjsip a5 ow pf urowioy assy “0: 9 © vpearosuoo ‘epesadns 9 OW , Boa v ‘jaded win wsnoar anb ajonbep ose ON, sqom 8 912 ooo nay wo spreiuopeow om ‘spzoyuayuae om OZIUa m= “o12s nay wo soSepad sov yalvo vj0 semuiyy op epeoseyous ‘saz 0 ou 28 ‘anbiod “emeuoqy, 2m wep seat “eanosgo 9 ey wxeaspur eu O42] BIOSY -ser0p] wo Uiinyox nau ‘esedsa ow anb ouod 0 95 w wnuRUOD ‘sozopnd owenbug “wroupioed Woy, “voismim BSoIMoMLIEY ap Seip 0 IeB0Y9 ap ‘OEY epUNY “eougIoed may, P soyou seu wea 4 wou WNBA ‘aur nb sowauriol sasso “spins soyjeues ‘sopewwavufiva sepeu 2099) ou WesIU9 3 ‘opunu op epeinop wns{ns ajuedinday © eur, “oxsuonuy op oduist 0 9 aisq -euo(# was eyny os ope joo wun Hap 12195, oor ‘ores wing ossod ovu eioay, * feqnos wou sNuou on) 9 wo8e soyy “wyuedwos ap eioy vous wu “z4j9y wun ‘Zaa wo opuenb 2p ‘sous ojad ‘no ‘sers(ojA woo Jousoyu wor seSUCCL “SBIlOUIE “sOIavIe ‘opu ougpt p s0]89 © opor “zn ¥ wpoy wo s20919}9 9p wNSOF ‘ssapnd na og “Su-topisd, tous z24ye1 ‘opegsay ‘ouumyjse1 nog gopesOUIRY-TeU NOISE (uesoorery) oppose ep. soqueyuosoad “21 Sos0YouI 50 91}U9 quanbax} OjIMU 9 OjuoMEOdWOD assy ‘OUPUOIONJOAT Wn 328 ¥ wHayD Conodue) Seu “ejsHIHIOJUOD wn n) ap ‘suawioy SO WO sore o> 3999998189 2p “ouusoau! nas o sodep ap '9S-sso}|UoUE Op wuEysoH “seussesdor 9p way onb sided sop vsnes Jod axjos wipquIe] OMoD UIISsE ‘Yexos Zo} JN] BIS fopeplteas LU OPERA a1Uas 98 ON “seimyny seood9 9p StexoW SeMOU sv WOD vied ‘opepriqisues epesreu Bun We) No sopessed soduiai op sieou SeULOU se vAlDSald “Sigded sie onasosazd soy] anb Opunut 0 us seur ‘sipded Somes So ayuaurenuadur wyuasoadas anb sucur -o 80 ezoidsop opu toa1a onb wo opunu 0 wir ovsisoden ‘epieaM soem no JoreuE WOplo, o Senhor Trefusis, que se recusa a vestir luto pzla morte uulher tZo-somente porque ¢ isso que esperam dele. A. fos sobre 0 excénttico, © contrario do que es is, Shaw mostrou — com grande pois esse faz sempre peram que ele faca, a qual moral da realizagio da personalidade. Por isso, a realizagdo da personalidade € sempre problem: Em troca, aquele que recusa 0 papel por motivos reve- lucionérios nfo apenas subtrai sua propria pessoa ao jogo dos mas também se opde a base econdmica e politica de rminadas fungdes de papel € se propde a abolir a socie- ue produz os costumes e usos determinados que se cris- izaram em papéis. Que se pense, por exemplo, em Lénin, radical de todos os clichés de comportamento, ‘mas apesar disso insistiu ma conservagio das normas tradicio- nals elementates, embora nos clichés de comportamento expres- sem-se precisamente, com freqiiéncia, de um modo fetichizado jenado, essas normas. A relagio geral_média com os papéis se apresenta, de- certo, nos periodos histéricos relativamente tranqlilos, como de identificagio, como perda de si mesmo na simultaneidade © na sucesso dos paptis representados. Nesse proceso, o in- teresse 6 sempre a determinante mais abstrata e mais universal. Isso pode ser visto claramente nos casos conflitives, mas s¢ trata de uma situacio que — embora possa ser existe em todos os casos. A determinante universal mais con- creta 6 a socialidade do homem, a aspiragio de todo homem de que essa soci ternos, em relagées human: io, referi-me ao fato de que o capil 102 ‘odas as relagdes humanas, cristalizando em papéis todos os sistemas consuetudindrios, todas as_hierar mento, etc,, de as, mas os periodes de curtos se com- ta. Quanto mais revoluciondria aguda parados com todo o desenvolvido & 0 c encobertas so suas manifestagdes de crise, tanto mais herdico vai se tornando. até ‘mesmo o mero comportamento médio estéico que se distancia do papel. Embora tenhamos estabelecido uma relagio entre a iden- tificagiio com papel ¢ a alienacdo, com isso mio queremos afirmar que haja sempre uma razio direta entre a medida dessa identificagio © a alienacéo. A situaco esta determinada em grande parte pela relacdo entre as concretas possibilidades da- das a porsonalidade e 0 papel concreto em questio. Existem, por exemplo, p iades pessoais que podem ser desenvol- vidas — ainda que limitadamente — em determinados papéis. Nesses casos, naturalmente, a alienacao sera menor do que quando 0, pay west ou o sistema de papéis for con- trério as ‘possibilidades pessoais de um homem em todos os © & evidente qui volvimento ou ni de, por exempl rolucdo da personalidade. Um papel po- et assumido por obrigacao intima. Embora © papel. seja mente conforme & estrutura social dada © embera tamt a a determinante sltima da motivacio, pode ocorrer — se essa determinacio aparecer 4 consciéncia sob uma forma inconformista, ou seja, se na esfera da chega- da da motivacio & consciéncia se der uma aparéncia d conformismo — que a personalidade se empobreca apena 103ded Sopeurunojop seysoe v unfou os puodsar as ‘sey “osin> ap ‘sv¥oI0a snas 1b sores ovwpsoud wn op sjodap seins sed opSeioifos ws9 seyodns ap zedeo 9 anb ojenbe bax} wos ‘911090 “anfoxBas So OUaU 9B 9 oz 9p $0 apeptuntos ens ‘ossip wsneD 10d ‘onb pure ‘seatop ~rouliq sessop svdionied e umgou os anb soueioiaa.soqmepm “out oxowd op sayuepmss sop ‘soxnoje> sop iP 9p EUIOIUIS 9 osn 498 opod oqusiquIe wl, -afuo] ste sd sequodutasop 3p apepioedeo up oni jpossoaqsd eoxpu) O anb ap asoy v seynal Used -ods01 ‘sso “eyjoaso upunias apaduit anb o yea azeudsop ib sopuodso1 onap 98 og “sipded ops soqmy gjeimjod ajanbe woo anb sopipueq ap ajaifo ap [adud 0 eidepe 95 opm) v anb opt ‘anbsod ‘owwaxopip 498 zanb opu anb op ovzex -ws upd “jeayxoy siueuyuotounsur no JOU W owlsoUL no — upIpaMt je usygord win 2p wAqun ‘opour wngusu 9p ‘onb semajqoxd 2o}oD JaypseD win 9p ezal0dse JOUALH nO soIeW ¥-MO apEpIy widepe sousur io so;eu v anb “ren] opundos wa “o2009p 908 Sejougpuay seAou ap seI0p we sadias wesoy ysded wngu SO. -aqusu ‘oquenb esos ‘wa ‘apepsoa fos Jowgze> wn anb ‘wsn] oxous ‘wd ronbas ‘woo ‘sopeindiueu pun seuade opu 2B: ‘aiutnfasuos 0g “opepiau 50 ajnoure: opuearesuos azdutos mmuodso wp tUjae yIse BPEL LIDuDID siuodss, up soquou: ‘ezoguis ‘eopeuo apap or wp aoojaqeisa 98 enb vjanbe ppded wn aeyp0e anu ars)x9 on ssod 9 ON ‘wSuaIO}Ip B IWOYNUEP! [aAIs eSunsIP PUN Jozey SowDAIP Inbe wipqUIEI, ‘aj spepieuosied ep oyetmoauasep 0 anb ap epianp gy ove seW ‘ousonb we sigded sop jes0ur-o1o9s opgaiuos op epIpatm pues w> spuadap ‘epianp wos ‘opeyjnssx Q “2yusurEpEr ll r™™™™™—r—“(”r sr Lldispostos a aceitarem qualquer papel, terminam inevitavelmen- te segregados quando chegam idade adulta, por que consi- derar essa resposta uma verdade eterna, “correlacao. psicosse~ cial”, ao invés de sublevar-se contra ela? © condicionamento do papel social Ja varias vezes sublinhamos 0 carter condicional da funcio “papel”. O homem é mais do que o conjunto de seus papéis, antes de mais nada porque esses so simplesmente as formas de suas relagées sociais, estereotipadas em clichés, € posteriormente porque os papéis jamais esgotam 0 comporta~ mento humano em sua totalidade. Assim como nfo existe ne- nhuma relado social inteiramente alienada, tampouco ha com- portamentos humanos que se tenham cristalizado absolutamen- te em papéis. ‘Vimos que as funcdes de tipo “papel” so condiciona- das, antes de mais nada, pelo conjunto da sociedade. Mes- ‘mo’ nos contextos mais manipulados, produz-se.constantemen- te a “recusa do papel”. Em todos esses contextos, hd excn- tricos, rebeldes ¢ revoluciondtios. Até mesmo os contextos mais ‘manipulados esto repletos de homens que vivem em incégnito de oposicéo”, Embora limitando nossa investigacao ao comportamento objetivamente cfnico, embora pensando apenas naqueles que se identificam com seu papel ao accité-lo, ainda assim nos en- contramos diante do referido carter condicicnal Pensemos no camareito de Sartre. Esse camarcira repre- senta dia apés dia, do inicio da manha até o fim da noite, o papel de camarciro. Mas que aconteceré no dia em que — hipotese nada excepcional, mas cotidiana — alguém por cle servido (uma garota, ou uma vetha senhora) comecar se tir mal? Como reagira a essa situacdo inesperada? Nas pectativas” do papel de camareiro ndo existem preceitos ou receitas que digam se, ao necessitar um concreto set humano de uma ajuda concreta, deva o camarciro ajudar-the, nem tam- 106 pouco 0 modo de tal ajuda. Nessa situacdo, portanto, o ca- mareiro no se comportaré de acordo com as expectativas do papel. Seria ridiculo afirmar que, nesse caso, o camareiro “as- sume” os papéis de médico, enfermsiro, amigo, ete. A_ver- dade & que, na hipétese examinada, devem entrar em agio &s qualidades humanas mais gerais ¢ imediatas, como a bondade, a solidariedade, e também —e nfo em ultimo luger — a capacidade simpatética de conhecer uma situacio e, com ela, © emprego do tato. Ou, no caso de um comportamento con- trario, as qualidades humanas, também gerais e imediatas, de indiferenca, egoismo, falta de talo, comodismo, etc. E claro que as qualidades que, num tal caso, impdem-se em primeira instincia nao se limitam a papsis determinados, mas sio ca- racteristicas do homem do individuo. "Em situacdes hovas, surpreendentes, nas quais’os esteretipos deixam de fun- cionat ou funcionam mal, restabelece-se sempre a unidade da personalidade, ow seja, manifesta-se repentinamente como é 0 homem em questo, de que tipo de homem se trata. Daremes também aqui um exemplo literério: o Holmer, de Tbsen, de- sempenha durante toda a sua vida dois papéis*. £ um funcio- nario duro e egoista; mas, a0 mesmo tempo, um marido amé- vel e afetuoso e um pai exemplar. Quando se encontra diante de uma situago nova, de uma situacio conflitiva, desprende- se subitamente de qualquer elemento de papel e ‘comporta-se fambém diante de sta mulher como um egoista brutal e desu- mano. Inutilmente tenta retornar a seu “papel” familiar ante- rior, apés 0 conflito. Nora ja 0 conhece e nfo acredita nele. Quanto mais conflitiva e desconhecida, quanto mais inédita for uma situagdo, tanto mencs seré possivel comportar-se di- ante dela conforme as prescrigdes de um papel. Por isso, jé sublinhei repetidamente que 0 elemento “papel” do compor- tamento debilita-se do ponto de vista social geral nes casos fem que, durante seu decurso, produz-se uma situagio contli« tiva repentina e revolucionéria, 3 Os eventos desctitos sf tomados da peca Casa de Bonecas, de Henrik Tosen (Nota dos Tradutores) 10760r sozopiadns sepemea se 2 eispsodo asseja v ops opdezigonay B35 B Sojsodxa souayy “seyst{eziduo sousnbad sop 2 svedoumw Sop “seyexo0unq sop ‘sosenfinq souonbod sop sepemes se ovs jeded op seafax se Opundos oueuny oywoureoduco op opseziqonoy seysodxe sreur Sy ‘sgyoyo ua Sopedijoarayse sigded 2p On) “BuO eprpour eLUsOUE LU euOrDIPUOD OLU sepEMTED 2 S2sstID SESIOAIP SEP BOMQUODD LIOUDISIKD t-te JOU Ing 5507 f BUUN 2850] 23 OMI eBorEUE yurwomnbisd suatwoy ap ovaUuTE}Jod 8 SoaiWojored souamouay sop opSeSysaaut ep ‘urvssed anbiod ze}uawiay> oes asso wisoaq]uoD—1 OBE SIeII08 SoH -ojoaisd sounpy “apepyear v9 ogSeruasoidar © o1uo ‘epia vo ofof © onus amnSansip op opeproedes © ajuaueax opiod oop “pur oattigxozInbso 0 ‘iuaxjozinbsa ® 9 [e208 -mbso & a7u2 w9sta ¥ enuoouD 5 osstu an "Zay © suouEANE}> 9 OBO! O 2 wax UpIA B aNUD snd [eu sjueuesinbisd wrowoy Jonbjend) “tozzop-no-wugNa opsanb e “pia tp ool op sesfax sejad ozaidsop ov no vio ~uyasosqo. @ SIuoureAIsNppxD woznpor 9§ SieMIe! vIOUQIOsUOD ES -59p soeds so 9 yex0u BiougIOsUOD y “otapuodsoiz09 apt “suas e ‘suet ojad ‘no ‘yeossad apepmiqesuodsox ep wiDUgID -Su09 8 “elougnbat et anb 2p ope 0 O18 30d sessed 9s-an9p ‘odof Op seidar se opunfas wenye suau of So ‘,oded,, ap ojwoureyoduios ou ‘onb sowsssip vf (e128. anb ‘vortysous syeut sod) yjoaso @ opSejax woo no (uo{as onb saxqod stout od) somaumnuas sov ose! woo (oprieur ap faded Ofed ‘oses assou) ded ojed sopeunmsojep gu soduea sou oluouryod woo 2P seumo] se sonazoypar elas onb 203 08 sepenbope seansjoodxa Sep ost ou 2A nos ap seaniadxo sep sono20p wwelsoAap issjed sep wien 25 ovtt anb eiuapi4o g “,opunut © woo opSejer wns op odn oad seut ‘oosou09 oeSejas eas ap oda ofad sou ap S08 oft wowoy Wn,, soul BIN 2p fano “TIP Ei “eusoyUL joes) wUYUaN has ‘SOuso}x seu some, $0359 onb joasssodu 9 wpa ‘sun ted sour wee onb senonured oueuuod,, opt anb fenprarpal 80L red apepitenb vumnyuou ‘sodugazsisa fey Deu onb [axpuideuuL J “ostOR Ixo 328 apod O8u trouysuNoND Usso m0 Ino 2389 OFM “Bjonbe NO 2959 guaMIS!S ard oS-ouoose ‘somioytun sesoyjnun SeyIMUE Sup no sudwiOy soi -inur sop odnuB op omuap ‘sey, + nuenb (w29j9q ap eistmmoswoo peop) seuxerx> opt One) axaya1 9s osst a ‘Teded ss weyuasaidos soyjou anb svossad seu ‘o;uTy ~iod ‘oprout yenb “eyjooso © ouauow opep wa -uvedord wazey ogsingjax v 2 vutoulD o yenb =u99.0 anb 9 oujayueduios op w~joss> wt SoA\ janaz aided, ody 2p sewonbsa so onb weiou ‘epoinduew —aiusw “epunyord tfarso vpn up wrayso valsioap sso onb ap b crejuauo9 oy wun aes jPded o woo ayusweajdwoo as-zeoynuap! v srour{ pe Epa en ‘opuend duo ap sopour us ded vjumsst OL OuuoU o anb sowIassIp Ef y “won 99 wa OsMo-195 ou Is Sem ‘sigded soso WO s]UaUE -sojdints s00quo09s 25 Opt ouTuaW © “SoWLsssIp pf OWOZ “1ys0> ov otoueuaid sods os aque odjoud oso covSeunye “oduioy owsau ox "p opsugau tpoy, “oanefau opnaquos wn 9p sien 98 eoquis ‘ouemNY oppaztoD wn OFS ‘pIOU CYSOII09 T “opepmnoea & mpquiei ‘ajo a1qos o8j@ z1p sigded sopeumuusiap atwaumedo0 ezear 2 euinsse wawoy wn anb op viDuE) wudgsd & — Jexopered eSamed oss ~pfns ou eumie toxem waxiop oru sopiunsse sigded so jenb on ‘fos anb opruarye seur 30d ‘01 ‘an sepsos9x 9s-042p “Inbe wi9quteT 3 ‘som oyjea yios pf Wouoy o anb wo ose “suorbUr 41 au, wondosuos sigded Soups so sous owe ‘ouPMNy OV seuoduoa 0 49) 2} sour OTERO “wiougpuar sojd “mis eum sjuoueIMeL 7 J2IeIe Op epepmunuos ep orddns sroimy ¥ wgquIE) ‘opepreuossed cp vpsod & oO UISSyda burguesia, No caso da classe opetiria, o decisivo € que o processo de trabalho — por mais aliendo ¢ mecinico que seja — presta-se pcuco a formagio de papéis estereotipados tar” o papel de da hé a fazer do caracteres, nfo sdo personalidades, de mo- ipio — todos poderiam ter cometido 0 ato 110 O Lugar da Etica no Marxismo Tove stovisterto social importante, mais cedo ou mais tarde, deve enfrentar os problemas éticos. Pode no tomar posigdo espontaneamente, pode nio propor aos seus seguidores ‘uma teoria, uma ideologia, ou perspectivas ligadas a semelhan- te teoria ou ideologia, porém, se exige uma militfncia cons- ciente no pode deixar de assumir uma atitude determinada, positiva ou negativa, em face da tradi¢do moral, No entanto, do fato de que um movimento social importante nio pode existir por muito tempo sem uma tomada de posi¢io diante da Gtica nao decorre que o seu importincia e 0 en- i , de modo diretamente a, Tss0 aparece de ma- tudo dos movimentos socialistas, © mar- xismo j4 existe hd mais de um século, ha mais de um século ele exerce sua influéncia, mobiliza massas, Hoje, de um modo ou de outro, ele se acha na tada por movimentos que ex do inteiro, Nenhum dos notéveis, nonhum deles dieit ‘opnjse equasard ow e]UOD wa TPAD] ‘opt sowpsjoid onb ‘seisprwuropu seysteisos SojwaUAOM SO ‘ered ourapepson stew 9 epure oss] “wreNUNaL 95 EoUNU S9Q5{puOD STE ‘SeIP SOsSOU So 918 OWISIPEIDOS Op OyUaIMIOSeU O Epsoq jaugorayoy Sox0TEy sopuajer soe wooosede oni od ovouinou op seuoqur = epeulo) ep 29-7760 £80129 “on 2p sotode tron 35 ON, umn “s ap vlougfosuoa wu eisIxo afou amb oUpsseoau 9 "eOng un suuoy 95 ojucusow wn Wo onb vmod “any 40d (p ip90 © woo opiose 2p fe sojp ered Jomssodw vusoy as jenb: tur opSems wun wo tye o5 sonp -IMpur ep oxwMU spuess un Opuenb auauLEMonred ‘ersug) -sodu [vor oumsse (jenpiarpur opsioop up jeded o owed 2) Tenpiarpur ezjn{ 0 “2peprunaiod wn ap o¥9s Ou “opuen vir “ssooau vuoi 3¢ 9 feslsod 9 Bon? up oBdiMsu09 B (2 s(eaneSou asuo) seobipen ‘oudoid op souqat ou opuenb 2 21 seo0d 9 ourjd outoumd ‘urNMop wu ‘ong e amb [emnyeU 9 woo os-urejsayiueur O1UaLHLA oaggod asy9 9p) sey id 9 ‘owaMAoU 10d “seuruY saoSdo sep viouyod! 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"© movimento operétio do final do século passado ficou da sociedade, Baseou-se interessou unilateralmente portanto, que a praxis, sobretudo as motivacées da praxis, mas também a heterogenci- \d0 isso tenha ficado fora de seus horizontes ideolégicos. De tal situacdo resultou que a @tica foi definida unanimemente como uma ética de classe ©, ‘ainda por cima, como um sistema absoluto e fechado, elabo- ado & base de interesses ¢ necessidades, ¢ tornando biolégicas, as motivacdes morais, Era uma posicao mais aproximada da de D’Hotbach ou da de Darwin do que da de seus pontos de partida marxianos. A ética de Kautsky nos fornece um exem- plo elogtiente do que dizemos, porém, poderfamos lembrar também o estudo em que Lafargue analisa 0 mascimento das 114 nogdes morais. O. pr Amti-Duhring, *“aday século XVIII a anal sa época néio compé sua caréncia de um: Kautsky ¢ Plekhan inovagdes. Na rei ‘mo, combinando & fusio um cédigo extremamente rigido © limitado, Esse matriménio artifical € uma decorréncia do ca- réter mesmo do movimento. Subsistia 0 fator do isolamento, que se tornara até mesmo mais relevante do que na época da Segunda Internacional, E as possibilidades de uma praxis real no interior do movimento se toraram ainda mais reduzidas. Tudo isso, poréim, misturava-se a um ativismo coletivo no qual nfo existia mais espagospara a espontaneidade, a margem para a atividade individual era mfnima e o-contedido das acdes individuais era determinado pelo cédigo moral a que j4 nos referimos, Como ja dissemos, a necessidade de uma moral reaparece no primeiro quartel do nosso século, Semelhante necessidade se manifestou nfo 6 em decorréncia da revolucio, mas tam- por forca da crise da social-democracia, Tornara-se pos- tio, escolher entre dois tipos de movimento, entre dois ais caminhos. Nao & casual que, em condigdes bastante sas e de maneiras diferentes, Lénin © Jautés, que nao queriam isolar o mundo operério dos problemas e contlitos do conjunto da sociedade, tenham percebido claramente essa ne- cessidade. No Que Fazer? Lénin recoloca programaticamente a ia de “praxis” em seu justo lugar, enquanto reavalia ivamente, de outro lado, o papel vas, como Nao podemos analisar aqui a explicitacdo histérica des~ sas posicdes: limitamo-nos a constatar que, apesar de tudo, @ elaboraco de uma ética marxista no representou, naquela ocasiao, um problema que pudesse ser efetivamente enfrenta- do. E verdade que, juntamente com as questies da praxis ¢ das, 115ait cred © euwsou 1s e znposd 25 opeprueuny vy “,sreanyeu soyrany sop ojadsonoy,, © 9 epniedenuos vino oduvav ojed ‘easy BU vp oyvoureaxoyuosse op nei Oped sopeurmaap ops vuTUE e Japuodsasi0D 2 -uadixo sesso sojmunyse essef>_ 2p wIouDIASUOD ¥ aqeD “Uy Te wed ‘9) opumar o sepnu vied vide eSioj vumu vl-PuoysuEN 2p sozedeo seanepomut sv sodoxd anap asveyo 2 B anb seiouginx seaow svssap Zn] J “Tex97 wD EpIA up onduz -quoumy @ seaneyas serouaiixa sep 0 9 woojoo as anb vurajqoxd © ‘ost uiexeradns rado $0 "XX O1ND9S ON, “soUPIado sop ,sejougSix9 ap eu, Up BARLEY ePUTE a[fesser ° ot -0} Up SooSnjoaes,, sep wood9 ti suomoy sou aquasaid eaLyoe 28 selrpumd stear sopeprssovou sep opSujsnes p OrlauIp Op BID -uelesuoo @ omos exaueM EMIT vp ‘sruSUMTeIONAIOd ‘suOWOY sou Muasead vse tavUMY BIuaMENEpEPIOA EpIA vu w oslo “1p Op viougiosuoo Y “eUMIIN ee e oItlouTEAND]a IeBaqD ‘odo 2p89P “9 OreIpowr OaTofgo Ossou o :muBMINY aUoUTEsEpEpIOA pA wu wavy siodop 2 eueUNY vpIA w eIMd soreyuORE -919 SagStpuod se Feud 9p seu ee 9 op yf “wUPIOF] OWL sour 918 #328 OFo] 9 wIZEpunNDas 405 w Ussed Pf woe anb oBSuny bun seuade 30) 8 wssed euigstum tp OWwoureUeasap no oFSEiz9q) 9IT V_qiatg and op wuiziqord 0 sosou soune, wa ure20]09 “fe “28 TeySo-uIIG “oANLIaL wloqMIa “e]UD9s—x9 WN So} -nfosse onb ‘edosngy up a vouguY Up _sepejndiur ~2iuaufwe Sopepaioos se ‘Ossi $0 Sopoi io adaredesap jenpia HE Opuenb Jeo9]u008 epod onb o ‘ovSeztuewny p eperndas 9 2 vonqod vp wioyso vp soaiedesop ‘syexou SasoeA Sop vje0s9 & ‘Tesou e Opuenb so00}uCI" apod ‘onb © werexsou opessed op saxoxi0y, so 2 seipgden se “ren outpumad wg “esioalp cwoureajdmos 9 ene oBSenys y (s205e sep solopean OU ood So}stA ‘sar0jeA SO sopo1 omtod ‘oUELIOd ad -siod_vpeo ap ody o wezzaroeie9 anb sozojea owod ‘epindos we ‘9 sopeorpur-tudns soanalqo sou sopnuod sowawo}s owos ‘sqeutfzem seuaigoid owoo stuade wesojos a8 Soong. semDI, 01d sO “mp Op wopr0 wu wEARIso Onb seioupfrxa sv ‘ory 2p uod® B IezueEioa1 2 ovssoido B 9 BLDSTU v I9C0r 7} ‘sapod 0 seysinbuoy “,owo} wp OFSnjOA3,, OWL ‘ojno9s Ossou op aured eataumud ep soosnjonar se weet ‘sn ~rej{ Ot109 ‘enh sazopestiad so sososomntt os a1uaKUTENAY ‘Ip-Op-wapIo UE eARYIE 28 OL pure vpougZo e cnbiod nasioo0 ovu “speprfear ex :vip-op -uopio wu wae 2s onb viougsnx wum v eisodsax sep ap een 28 opuenb eudosd audwes 9 woody v siod ‘,etzdoxd wood © ‘oyu epure,, anbod nasi090 opU Ossy “aiustUtt -St09 0 98 no ‘oomuyfi0 Ope; wn sinysEOD T urBsEOYD vO ‘ogina janbeu ‘sogisenb sess9 wos oven ou sexoqe[o 28 © ured cefoyp onb setso2} se ‘ossip Jesady “aquauomuad ovénjoaa! eum 2p WS 2 vonSEIP EUPUOINIoAar OpSe vor EU 9p opusdap vu wpa v seziueumy ap Zede> apepaioos ep oeSeziueZs03z etn ‘anb ap Op5ou, ¥ eooredsuen saojsonb sesso Sepor wy *(se0Seu -20FP 9p apepiniqissod y msodya adios so ‘oqwouesvssos0u ‘vu anb epure ‘omeyod '2 usa vou onb suowoy sojad up ~eumojsuen 2idu2s 3 epeparsos ¥ jenb v opundes 9591) ,opue> -np9,, 09 ,Jopeonpo,, © aud BWR O Estee anb Youqrony auqos wuenxseu 2521 Up opSeoqde vjarouoD ® fopeperdos T Ieur ossuen 2q89 syenb sou 9seq 0D saloqea sop OLSeMTUNZaIap B ‘stexom Sobipen Se woo sagdejor se “elougIosUoD ® 9 OpepIatyy suodss e anus seany sagsipenuos se PIou9IOIA EP OND 2 Teo -05 opduny @ :soor9a) seutaigoad sonno wens ‘seaneaxoyT2jstéria da hu- imento e do desenvolvimento da ‘am cada vez mais da fatalidade ‘Marx nos natural e, no entanto, 44 portanto uma deducéo conseqiente da idgia da imanéncia, ‘As motivagdes da humanidade sao, de fato, sempre imanentes; ‘mas 05 homens no tém consciéncia disso (ou, pelo menos, no tém plenamente). A consciéncia da liberdade, para a huma- nidade © para os individuos, desenvolve-se na medida em que es homens compreendem semelhante imanéncia, a alternativa € 0 poder que nascem dela, & aqui que podemos discernir os contornos gerais da ética de Marx. A moral & sem, porém a humanidade — enquanto humanidade livre — s6 pode se elevar a autoconsciéncia & base da imanéncia’ moral, © que significa — convém repetir — a tomada de consciéncia do carter terreno da vida ¢ da continua aut. ‘A meu ver, essa € a cont 2 ética de Marx ¢ todas do fato de que ambas as espécies de ética podem chegar sultados completamente diversos, ou semelhantes, ou até idén- ticos, na apreciagio de determinados valores. femmltado o6 aparece depois Ge uma exche cat veis alternativas, Em nossa opinio, a autonomia relativa da atividade humana constitui o segundo ponto de partida da ica marxista Essa autonomia relativa significa duas coisas para o in- dividuo: por um lado, ela Ihe ofercce a possibilidade dele criar seu préprio destino e promover, mediata ou imediatamente, sua integracdo e a de toa a humanidade; por outro lado, ela Ihe 4 a possibilidade de levar em conta tudo aquilo que & ne- cessirio € cobra dele 0 esforco no sentido de encarar os fatos tais como eles so, reconhecimento sem o qual todo compor- tamento ativo degenera em moralismo abstrato ou sonho esté- 118 fil, As atitudes de Prometeu ou de Epicuro representam, para Mar, juntas, a tomada de posigao correta diante dessas’alter- nativas, Para Marx, a moral 6 a relagdo existente entre indivi- duo, sua circunstincia ¢ suas possibilidades concretas. Por iss0, ele ‘riticou implacavelmente os que pretendiam descrever as ", repelindo ainda toda e qualquer ten izar a sociedade do futuro através de nogdes morais. Marx considerava desprovida de sentido a crenga na onipoténcia da “educagio moral”. Isso nfo significa que ele negasse a existén- cia dos valores ¢ até da acumulagdo dos valores; 86 que 10 considerava os valores sociais, antropolégicos, acumulades co- mo sendo por si mesmos valores morais, entendendo-os como realizam no Ambito dos costumes (e, de qualquer modo, como pela escolha ou pela rejeigdo do desenvolvi- humana: na perseveranca, nas formas da ‘busca dos fins almejados, ete. Somente & base dessa concepcao € que péde nascer a caractetizagio do “revolucionério prema~ ‘como cla. se acha mas cartas sobre o drama Franz von Sickingen de Lassale), tipo no qual a grandeza humana da ago nio fica indicada pela pura motivagao, nem pelas conse- ‘quéncias, © sim pelo fato do heréi assumir a defesa de uma causa, tomnar-se responsdvel por ela, © essa causa representar valores humanos ¢ sociais que 0 proprio her6i no pode zar nas condigées dadas e que, no entanto, sio valores i Do que dissemos, con: pertence a qualquer esfera hhumanas tém um contetido moral, mas ndo ha nenhuma na- tureza puramente ética, A moral indica a relagtio objetiva do individuo com a sua espécie, a sua pertinéncia ao género hu- mano (relago dos valofes),’o nivel em que expressa essa re- Jaco (em que medida o individuo tem consciéacia de sua per- ncia ao género, em que medida sua personalidade particu- lar se combina com essa pertinéncia e em que medida a uni- 119 que para Marx @ moral ndo ticular. Quase todas as agéessue 8p ‘opnuss ou opipuarus “ersiunuos ojwamrour op sopeinisod so sopor exed jen anb olnbe aoajeaasd — vsrxsem wong v wed m9qure, 9 — kong v eI “SayvosMe wasoanso soroTey sosso ‘as sezieax a5 apod ofu vispxreu Opnuas UMU opunuT oO seW -sojsuen op zede> ojnaumsot win ‘opnuos ‘fenye opunur ON, (GeuojeUau] wpunog Ep vood9 Tu sesrTEM sojaUMAOM sop wHOISI| BU nas070 OLIOD) SeSseUT Se 91q0S BroUNNIFUE 2yU3D -so19 wun Jo910x9 ‘oUIseISM}Ua eUIadsep ‘sanjonuasp 9 spod ‘onuatmtsow 0 “eyrey Ho -9f9 $9859 98 OMS “LOND e essed 2p 2 apepruntucs ep o1s Ou oa ongumy © vyuoume “eioupiesuoo ens ep apeplouEuods> 9005 -edesap ‘oinjosqe exopisuoo 9s onb wo ojwauiour ou of-9zey ap un Texoqe|o apod oMwouTAOU wn opuonb sourE>1p “UT “TESTE oRSeMAE essou Y LOA 9p oMMEHOd sou-st .SeOUEIND OP UIE}, ip © woo seSueAe apod Os XIE eu LON w eLAYSSISIu NOMI) p Bape} MpTEML, Y “ ezrucUmy an apEpIAne. ep) Sesseur sens op ‘suowoy snas ap ‘oipuoronjonar OUSWIA ow op oxjuoousar wn :eansadsiad wun 0) wapod os Soules qenb ep eproayuoosop e1s9), ¥8s9 zeL0]dx2 roxanb 9 wISTKseM ong BUM sesOguIa WEIUAL afoy anb sO To1oW owoD sop _D anb onmawisow op onuaunayoauasep op Stes onus apuadap eI HUY @P 501x91 SOP F103700 ogdeonde ep 2 opsuaa:diH09 ep 9s ‘apuadap Ogu vysixrew rong & ‘osst Jog “2peprapuny e ezzUEKIT 2 Oulsou {SB eZTUEUMY a8 anb OyLAtIEAOU! 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