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N.

o 159 — 11 de Julho de 2001 DIÁRIO DA REPÚBLICA — I SÉRIE-B 4183

do citado decreto-lei e no n.o 3 do artigo 164.o do Decre- de acção, tendo em conta que durante a execução do
to-Lei n.o 227-B/2000, de 15 de Setembro: programa de acção aprovado pela Portaria n.o 683/98,
Manda o Governo, pelo Ministro da Agricultura, do de 1 de Setembro, se constatou que as medidas do refe-
Desenvolvimento Rural e das Pescas, o seguinte: rido diploma legal eram insuficientes ou careciam de
1.o É suspensa a actividade cinegética na zona de clarificação, por forma a obter-se o cabal cumprimento
caça turística de Vale de Lobos e Salineiras (processo das obrigações comunitárias.
n.o 1733-DGF) pelo prazo máximo de 180 dias. Tendo em conta que a zona vulnerável ocupa uma
2.o A presente portaria produz efeitos a partir de superfície total de 65,37 km2;
4 de Junho de 2001. Considerando que se integra na zona do Sotavento,
Pelo Ministro da Agricultura, do Desenvolvimento estendendo-se desde a subzona do barrocal onde o rega-
Rural e das Pescas, Victor Manuel Coelho Barros, Secre- dio permitiu a instalação de pomares de citrinos e algu-
tário de Estado do Desenvolvimento Rural, em 18 de mas prunóideas, coexistindo com as culturas tradicionais
Junho de 2001. até à zona litoral, onde se destaca a campina de Faro,
ocupada principalmente com hortícolas;
Considerando a habitação dispersa na zona;
Portaria n.o 703/2001
Considerando que a pecuária não tem expressão;
de 11 de Julho Considerando que o declive é suave, e no barrocal
só raramente ultrapassa os 10 %;
Pela Portaria n.o 722-O7/92, de 15 de Julho, alterada Considerando que os solos dominantes são os alu-
pela Portaria n.o 546/2000, de 4 de Agosto, foi con- viossolos, antigos calcáreos de textura pesada (cambis-
cessionada ao Clube de Caça e Pesca de Amaro Gon- solos calcários flúvicos), e os solos calcáreos vermelhos
çalves a zona de caça associativa das Herdades da Farela, (calcissolos háplicos crómicos);
Cruz e outras (processo n.o 519-DGF), situada nas fre- Considerando que a precipitação média anual obser-
guesias de Santa Cruz e São Pedro de Solis, municípios vada na estação de Faro é de 461 mm, repartindo-se
de Almodôvar e Mértola, com uma área de 1087,1750 ha, num semestre chuvoso (com 84,4 % da precipitação
válida até 31 de Maio de 2001. média anual), que coincide com a estação fria, e num
Entretanto, a entidade concessionária veio requerer semestre seco (com 15,5 % da precipitação média anual),
a sua renovação.
na época quente, característico do clima mediterrânico;
Cumpridos os preceitos legais, com fundamento no
Considerando que a temperatura média anual se situa
disposto no n.o 8 do artigo 44.o, em articulação com
nos 17oC, apresentando uma variação regular ao longo
o disposto na alínea a) do n.o 1 do artigo 36.o do Decre-
to-Lei n.o 227-B/2000, de 15 de Setembro, e ouvido o do ano, atingindo os valores médios mensais, mínimo
Conselho Cinegético Municipal de Mértola: e máximo, respectivamente em Janeiro (12oC) e em
Manda o Governo, pelo Ministro da Agricultura, do Agosto (23,2oC):
Desenvolvimento Rural e das Pescas, o seguinte: Assim:
1.o Pela presente portaria é renovada, por um período Manda o Governo, pelo Ministro da Agricultura, do
de 12 anos, a concessão da zona de caça associativa Desenvolvimento Rural e das Pescas, ao abrigo do dis-
das Herdades da Farela, Cruz e outras (processo posto no n.o 1 do artigo 7.o do Decreto-Lei n.o 235/97,
n.o 519-DGF), abrangendo vários prédios rústicos sitos de 3 de Setembro, com a nova redacção introduzida
nas freguesias de Santa Cruz e São Pedro de Solis, muni- pelo Decreto-Lei n.o 68/99, de 11 de Março, que seja
cípios de Almodôvar e Mértola, com uma área de aprovado o programa de acção para a zona vulnerável
1087,1750 ha. n.o 3, constituída pela área de protecção do aquífero
2.o É revogada a Portaria n.o 534/2001, de 28 de Maio. miocénico e jurássico da campina de Faro, em anexo
3.o A presente portaria produz efeitos a partir do ao presente diploma e que dele faz parte integrante.
dia 1 de Junho de 2001. Pelo Ministro da Agricultura, do Desenvolvimento
Pelo Ministro da Agricultura, do Desenvolvimento Rural e das Pescas, Victor Manuel Coelho Barros, Secre-
Rural e das Pescas, Victor Manuel Coelho Barros, Secre- tário de Estado do Desenvolvimento Rural, em 21 de
tário de Estado do Desenvolvimento Rural, em 18 de Junho de 2001.
Junho de 2001. ANEXO

Programa de acção para a zona vulnerável n.o 3 — Área de


Portaria n.o 704/2001 protecção do aquífero miocénico e jurássico da campina de
Faro.
de 11 de Julho
o
Artigo 1.o
O Decreto-Lei n. 235/97, de 3 de Setembro, que
transpôs para o direito interno a Directiva n.o 91/676/CEE, Programa de acção
do Conselho, de 12 de Dezembro, visa reduzir a poluição
das águas causada ou induzida por nitratos de origem O presente programa de acção tem como objectivo
agrícola, bem como impedir a propagação desta polui- reduzir a poluição das águas causada ou induzida por
ção, tendo para o efeito determinado, em particular, nitratos de origem agrícola, bem como impedir a pro-
a identificação de zonas vulneráveis. pagação desta poluição, na zona vulnerável n.o 3, cons-
Na sequência da definição, pela Portaria n.o 1037/97, tituída pela área de protecção do aquífero miocénico
de 1 de Outubro, da zona vulnerável n.o 3, constituída e jurássico da campina de Faro, delimitada pela ribeira
pela área de protecção do aquífero miocénico e jurássico de Bela Mandil, caminho de ferro Olhão-Faro, ribeira
da campina de Faro, importa agora, igualmente por de Biogal, EN 520-3, estrada Estói-Areia-Pechão e
força do referido diploma, aprovar o novo programa ribeira de Bela Mandil.
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Artigo 2.o azoto por lixiviação, sobretudo no período outono-in-


Época de aplicação
vernal, e com o objectivo de limitar a contaminação
das águas por nitratos, as épocas em que não é permitido
1 — Tendo em conta as necessidades das culturas aplicar às terras determinados tipos de fertilizantes são
durante o seu ciclo vegetativo e o risco de perdas de as seguintes:

Culturas Estrumes, compostos e lamas secas Chorumes e lamas húmidas

Hortícolas . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Até um mês antes da sementeira ou plantação Até 15 dias antes da sementeira ou plantação.
Culturas arbóreas . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Durante a dormência, até um mês antes da Durante a dormência, até um mês antes da
retoma do crescimento. retoma do crescimento.

2 — Sem prejuízo do disposto no número anterior, Artigo 5.o


deverá ser evitada a aplicação de fertilizantes em perío-
dos de fortes chuvadas que originem a lavagem dos nitra- Aplicação de fertilizantes em terrenos adjacentes
a cursos de água e a captações de água potável
tos, sobretudo quando os solos estão escassamente
cobertos ou nus, não permitindo às plantas absorver
1 — É proibido cultivar numa faixa de 2 m a contar
os nitratos fornecidos pelos fertilizantes. da linha de margem dos cursos de água, nomeadamente
3 — Prevalecendo na zona vulnerável a aplicação dos das linhas de água temporárias.
adubos através da água de rega, a sua aplicação deverá 2 — É proibida a aplicação de estrumes e chorumes
ser feita de acordo com as seguintes regras: a menos de 50 m de uma fonte, poço ou captação de
O intervalo entre fertirregas não convirá ser supe- água que se destine a consumo humano, sem prejuízo
rior a 15 dias; do aplicado na legislação em vigor, nomeadamente no
Nas culturas hortícolas não deverá ser aplicada adu- Decreto-Lei n.o 381/98, de 22 de Setembro, e demais
bação azotada nas primeiras três semanas após legislação aplicável.
a plantação ou sementeira, e deverá suspen-
Artigo 6.o
der-se a adubação 15 dias antes da última
colheita. Plano e balanço de fertilização

4 — Nos solos não cultivados, não é permitida a des- 1 — Considerando a complexidade dos factores que
carga de matérias fertilizantes contendo azoto. condicionam a determinação da quantidade, tecnica-
mente correcta, de azoto a aplicar, o agricultor deverá
recorrer a serviços especializados, nomeadamente aos
Artigo 3.o serviços oficiais do Ministério da Agricultura, do Desen-
Aplicação de fertilizantes em solos inundados ou inundáveis volvimento Rural e das Pescas, que, em função da análise
da terra, da água e ou da análise foliar, e tendo em
1 — É proibida a aplicação de chorumes, misturas conta a produção esperada para a cultura que pretende
de chorumes e estrumes ou dejectos animais no período fazer, recomendarão a fertilização mais adequada,
de Dezembro a Janeiro. incluindo a quantidade e forma de azoto a aplicar e
2 — Sempre que, durante o ciclo vegetativo das cul- a época e técnica de aplicação.
turas, ocorram situações de excesso de água no solo, 2 — Com base nos conhecimentos técnicos e cien-
deverá aguardar-se que o solo retome o seu estado de tíficos disponíveis, a quantidade de azoto a aplicar não
humidade, característico do período de sazão, antes de deverá exceder as quantidades máximas indicadas no
se proceder à aplicação de fertilizantes. artigo 7.o
3 — No cálculo da quantidade de azoto a aplicar a
qualquer cultura, é obrigatório entrar em linha de conta
Artigo 4.o
com a quantidade veiculada na água de rega, nos fer-
Aplicação de fertilizantes em terrenos declivosos tilizantes orgânicos, nos adubos e nos resíduos das
culturas.
Sem prejuízo do disposto no artigo 2.o, a aplicação 4 — Em todas as explorações superiores a 2 ha, os
de fertilizantes em terrenos declivosos deverá ter em agricultores são obrigados, um mês após a data de publi-
conta o risco de escorrimentos superficiais. Verifican- cação desta portaria, a manter um registo das fertili-
do-se que na zona predominam os declives inferiores zações por parcela ou grupos de parcelas homogéneas,
a 5 %, é apenas exigido que o sistema de cultivo man- preenchendo para o efeito as fichas constantes dos ane-
tenha o solo revestido durante o período de Outono- xos I e II, que fazem parte integrante do presente pro-
-Inverno, de molde a minorar o risco de erosão e, con- grama de acção.
sequentemente, as perdas de azoto e de outros nutrien- 5 — Nas explorações hortícolas com mais de 0,5 ha,
tes nas águas de escoamento. Nos terrenos com declives os agricultores são obrigados, um ano após a data de
entre 5 % e 10 %, as mobilizações serão, tanto quanto publicação desta portaria, a manter um registo das fer-
possível, segundo as curvas de nível e evitando a linha tilizações por parcela ou grupos de parcelas homogé-
de maior declive, sendo ainda obrigatório nesta classe neas, preenchendo para o efeito a ficha constante do
de declive a modelação do terreno em vala cômoro para anexo II, que faz parte integrante do presente programa
as culturas hortícolas. de acção.
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Artigo 7.o e ou superficiais carecem de licenciamento por parte


da Direcção Regional do Ambiente e do Ordenamento
Quantidade máxima de N a aplicar às culturas
do Território — Algarve e parecer favorável da Direcção
1 — As quantidades máximas de azoto, em quilogra- Regional de Agricultura do Algarve, nos termos do
mas por hectare, a aplicar nas culturas são as seguintes: Decreto-Lei n.o 46/94, de 22 de Fevereiro.
6 — Antes da aplicação de efluentes orgânicos é obri-
1) Citrinos — o máximo de N que se pode aplicar gatório estes serem analisados, pelo menos, quanto ao
em citrinos adultos é de 200 kg/ha/ano, quan- seu teor em azoto. Os boletins de análise e respectivos
tidade equivalente a 480 g/árvore/ano, para um pareceres técnicos acompanham a ficha de registo de
compasso padrão de 6 m×4 m. fertilização.
De acordo com a idade do pomar, as quan- 7 — Os tanques de armazenamento de efluentes zoo-
tidades máximas de azoto a aplicar são as técnicos deverão ser construídos com capacidade para
seguintes: o período mais prolongado em que não é permitida
a aplicação às terras. A capacidade do depósito de cho-
Até 2 anos — 50 g de N/árvore/ano; rumes é calculada de acordo com a seguinte fórmula:
De 2 a 5 anos — 200 g de N/árvore/ano;
De 5 a 10 anos — 400 g de N/árvore/ano; V=d×n×y
Mais de 10 anos — 430 g de N/árvore/ano (1);
em que:
2) Hortícolas (ar livre) — as quantidades máximas V=capacidade do reservatório;
de azoto, em quilogramas por hectare, a aplicar d=número de dias de retenção do efluente, nunca
nas culturas hortícolas (ar livre) são as seguintes: inferior a 150 dias;
Batata — 140 (2); n=número de cabeças de gado;
Couve-flor — 150; y=volume de efluente diário/cabeça.
Couve-repolho — 170;
Melancia — 85; 8 — O chorume será aplicado à superfície do solo,
sempre que possível com recurso a equipamento que
3) Hortícolas (forçadas) — as quantidades máxi- funcione a baixa pressão, a fim de reduzir as perdas
mas de azoto, em quilogramas por hectare, a de azoto por volatilização e a libertação de maus cheiros.
aplicar nas culturas hortícolas (forçadas) são as A sua incorporação no solo efectuar-se-á, tanto quanto
seguintes: possível, imediatamente após a sua distribuição.

Alface — 100;
Feijão-verde — 150; Artigo 9.o
Melão — 200; Gestão da rega
Morango — 180;
Pepino — 180; 1 — Tendo em vista prevenir a poluição das águas
Pimento — 160; superficiais e ou subterrâneas com nitratos em terrenos
Tomate — 200. de regadio e, por outro lado, assegurar a produção agrí-
cola, deverá garantir-se uma correcta gestão da água
2 — Na aplicação dos adubos químicos deverá con- no sentido de evitar ou reduzir ao mínimo as suas perdas
siderar-se o estabelecido e aplicável no Código de Boas por escorrimento superficial ou por infiltração profunda,
Práticas Agrícolas (MADRP, 1997). devendo ainda ser criadas condições favoráveis para uma
3 — É proibida a aplicação de chorumes ou lamas eficiente absorção dos nitratos pelo raizame das culturas.
húmidas de Dezembro a Janeiro. 2 — Para garantir a realização dos objectivos fixados
no número anterior, os agricultores poderão informar-se
junto dos serviços do Ministério da Agricultura, do
Artigo 8.o Desenvolvimento Rural e das Pescas, nomeadamente
Fertilizantes orgânicos junto dos respectivos serviços regionais, quanto a uma
correcta gestão da água de rega através, essencialmente,
1 — A quantidade de fertilizantes orgânicos a aplicar, da determinação da oportunidade e dotação de rega,
por hectare e ano, não poderá conter mais de 170 kg por forma a prevenir a degradação da água subterrânea
de azoto. e a manter a produtividade das culturas.
2 — Na construção de nitreiras é obrigatória a imper- 3 — Nas áreas identificadas como de elevada infiltra-
meabilização do pavimento e a sua capacidade deverá ção (taxa de infiltração básica › 4 cm/h), é exigida uma
ser calculada para um período mínimo de 120 dias. maior repartição dos fertilizantes azotados durante o
3 — A descarga de águas residuais na água e no solo ciclo cultural e impedido o uso de métodos de rega
está sujeita a condições específicas, atendendo às neces- por alagamento. Para evitar perdas de água durante
sidades de preservação do ambiente e defesa da saúde o transporte, é obrigatório o revestimento dos canais
pública. de rega ou o uso de tubagem estanque.
4 — Todos os projectos de tratamento têm de ser
submetidos a parecer do organismo licenciador, que é
a Direcção Regional do Ambiente e do Ordenamento Artigo 10.o
do Território — Algarve. Controlo dos nitratos
5 — No caso de o destino final do efluente ser o solo
agrícola, as medidas que evitem a poluição da água pela 1 — O controlo será efectuado pela Direcção Regio-
drenagem e derramamento para as águas subterrâneas nal de Agricultura do Algarve, através da comparação
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dos elementos constantes na ficha de registo da fer-


tilização para cada parcela com as doses máximas a apli-
car indicadas para as culturas referidas nesta portaria
ou para outras, neste caso mediante parecer da Direcção
Regional de Agricultura do Algarve. As análises ao solo,
água de rega e efluentes orgânicos, quanto ao teor em
nitratos, deverão ser efectuadas, anualmente, na época
de Outono. Os boletins de análise e respectivos pare-
ceres técnicos acompanham a ficha de registo de
fertilização.
2 — A Direcção Regional de Agricultura do Algarve
deverá proceder, nas explorações agrícolas com 2 ha
ou mais, à colheita de amostras de água de poços situa-
dos dentro das explorações agrícolas e de amostras
de solo a duas profundidades (0 cm-25 cm e
25 cm-50 cm), para determinação do valor de nitratos.
O controlo nas restantes explorações será feito, alea-
toriamente, por classe de área (0 a ‹ 0,5 ha, 0,5 a ‹ 1 ha
e 1 a ‹ 2 ha).
3 — As amostras, colhidas aleatoriamente de Abril
a Setembro, serão analisadas no campo por um método
colorimétrico expedito, e nas amostras que registem,
por este método, valores superiores a 50 mg/l será feito
o doseamento em laboratório pelos métodos norma-
lizados.
Artigo 11.o
Norma revogatória

É revogada a Portaria n.o 683/98, de 1 de Setembro.

(1) Para uma produção de 40 t. Para produções de 60 t, o nível Portaria n.o 705/2001
máximo de fertilização azotada permitida é de 480 g/árvore/ano, para de 11 de Julho
o compasso de referência.
o
(2) Para uma produção de 35 t a 40 por hectare. O Decreto-Lei n. 235/97, de 3 de Setembro, que
transpôs para o direito interno a Directiva
n.o 91/676/CEE, do Conselho, de 12 de Dezembro, visa
reduzir a poluição das águas causada ou induzida por
nitratos de origem agrícola, bem como impedir a pro-
pagação desta poluição, tendo para o efeito determi-
nado, em particular, a identificação de zonas vulneráveis.
Na sequência da definição pela Portaria n.o 1037/97,
de 1 de Outubro, da zona vulnerável n.o 2, constituída
pela área de protecção do aquífero quaternário de
Aveiro, importa agora, igualmente por força do referido
diploma, aprovar o novo programa de acção, tendo em
conta que durante a execução do programa de acção
aprovado pela Portaria n.o 622/98, de 28 de Agosto,
se constatou que as medidas do referido diploma legal
eram insuficientes ou careciam de clarificação, por
forma a obter-se o cabal cumprimento das obrigações
comunitárias.
Tendo em conta que a zona vulnerável abrange uma
superfície total de 35,6 km2;
Considerando que se integra na zona do Baixo Vouga,
da região da Beira Litoral, apresentando um relevo
muito heterogéneo;
Considerando a pequena dimensão das parcelas
orientadas para a produção de hortícolas ao ar livre,
ocupando uma área cultivada de 40 % e cerca de 20 %
da área pela sucessão de culturas de milho e forragem
e a restante por floresta;
Considerando a densidade habitacional existente;
(1) Para uma produção de 40 t. Para produções de 60 t, o nível Considerando que as manchas de solos predominan-
máximo de fertilização azotada permitida é de 200 kg/ha/ano. tes correspondem aos solos litólicos, não húmicos, nor-

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